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Nomes que ajudaram a escrever a história de Pernambuco estão enterrados no Cemitério de Santo Amaro, no Centro do Recife. Nesta quarta-feira (2), Dia de Finados, muitas pessoas compareceram ao local para prestar homenagens, levar flores e outros enfeites às sepulturas de pessoas famosas como políticos, artistas e religiosos. Entre os túmulos mais visitados estava o do percussionista Naná Vasconcelos, que morreu aos 71 anos no último mês de março, vítima de um câncer de pulmão.

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Na sepultura do percussionista, a integrante do Maracatu Estrela Brilhante, Jandira Pereira, de 67 anos, prestava sua homenagem ao grande ídolo e amigo. "O Carnaval do Recife não podia ficar sem Naná Vasconcelos. Ele tocava com a alma e até mesmo a água era instrumento para Naná. A falta dele é tão grande que não tenho como explicar, conta.

Outro tumulto muito visitado todos os anos é o do cantor pernambucano Chico Science, morto em um acidente de carro em 1997. Usando o tradicional chapéu que fazia parte do figurino do artista, o garçom Pereira Campos compareceu ao cemitério para prestar uma homenagem.

"Como bom fã, venho todos os anos fazer essa homenagem em datas importantes, como aniversario e data de morte. Sou fã dele desde 94 e admiro muito sua capacidade de ter mostrado ao mundo os ritmos de Pernambuco. Chico é inesquecível", disse. 

Em outra área do cemitério, o túmulo do ex-governador de Pernambuco e candidato à presidência Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo em agosto de 2014, chamava atenção dos visitantes. Flores e outros enfeites repousavam sob o túmulo do político.

A aposentada Nivalda Burgos, 66, ascendia velas e orava diante da sepultura. "Rezo todos os dias por ele. Tenho uma admiração enorme pela pessoa simples que ele foi. Desde sua morre venho todos os anos ao cemitério para prestar homenagens ao melhor governador que já tivemos", ressalta.

O prefeito Geraldo Julio (PSB) foi reeleito, neste domingo (30), para governar o Recife por mais quatro anos. Com 100% das urnas apuradas, de acordo com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE), o pessebista contabilizou 528.335 mil votos enquanto o adversário João Paulo (PT) obteve 333.516. A vitória concede a manutenção do mandato dele até 2020. 

Endossado por um palanque de 23 partidos [PSB, PCdoB, PMDB, PPS, PP, PSDC, PPL, PSC, PHS, PRP, PTC, PMB, SD, Rede, PDT, PR, PSD, PROS, PRTB, PEN, PV, PSDB e DEM], Geraldo Julio vence o pleito após um embate intenso com João Paulo. Durante a campanha do 2º turno, os dois não pouparam críticas um ao outro, principalmente no que se tratava das obras feitas por eles enquanto governantes da capital pernambucana.

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Nos últimos dias, o pessebista iniciou uma investida mais ampla contra o ex-prefeito e seu partido, o PT. Culpando a legenda, que governou o país com a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em meio a uma crise econômica nacional. Os discursos de que o PT era o culpado pela ausência de investimentos na cidade surtiram efeitos positivos ao prefeito dando a ele a manutenção do mandato nas urnas.

O segundo turno foi mais intenso que o primeiro quando a disputa era mais ampla e oito candidatos concorriam o cargo – tendo Daniel Coelho (PSDB), Priscila Krause (DEM), Edilson Silva (PSOL), Carlos Augusto (PV), Simone Fontana (PSTU) e Pantaleão (PCO) –, entretanto, a série de ataques já era polarizada. E apesar de no início da campanha, em agosto, o socialista ter pregado um discurso pacificador, depois da divulgação das primeiras pesquisas, Geraldo Julio intensificou as estratégias para um embate mais direto contra João Paulo.

Entre uma alfinetada e outra, o pessebista sempre pontuava ter feito mais em 3 anos e meio do que o PT em 12. Na primeira etapa da votação, o prefeito conquistou 49,34% dos votos válidos e João Paulo 23,76%, configurando uma diferença de mais de 200 mil votos, o que os levou de volta as urnas. 

A reeleição do prefeito, apesar de uma avaliação da administração variando entre negativa, no início da campanha eleitoral, e positiva, nas últimas semanas, consolida a indicação feita pelo ex-governador Eduardo Campos em 2012, quando disputou o posto pela primeira vez.  Naquele momento, o PSB protagonizava um rompimento com PT na capital após a gestão do ex-prefeito João da Costa (PT) e brigas internas na legenda petista. Naquele ano, apesar de neófito na vida política, Geraldo venceu a disputa no 1º turno, com 51,15% dos votos válidos.

Novo mandato

Para o segundo mandato, o prefeito reeleito prometeu, entre outras ações, consertar a Avenida Conde da Boa Vista, um dos principais gargalos da cidade na questão de mobilidade; concluir a reforma do Teatro do Parque, fechado desde 2010, ainda na gestão do ex-prefeito João da Costa (PT); construir o Hospital do Idoso nos mesmos moldes do Hospital da Mulher; calçar 480 ruas da cidade e criar 1.500 novas vagas para creches na capital pernambucana. 

Perfil

Geraldo Julio de Mello Filho é servidor de carreira do Tribunal de Contas do Estado (TCE) desde 1992, onde diretor de Recursos Humanos do TCE.  Entre 1995 e 1998 atuou no terceiro Governo Arraes. Em 2000 e 2001 foi diretor de planejamento da secretaria de Administração da Prefeitura do Recife. Anos depois assumiu a secretaria da Fazenda da Prefeitura de Petrolina e trabalhou no Ministério da Ciência e Tecnologia. 

A partir de 2007, no Governo de Eduardo Campos ele atuou como secretário de Planejamento e Gestão, coordenador do Pacto pela Vida, secretário de Desenvolvimento Econômico e presidente do Complexo Portuário de Suape.

Um final de tarde marcado pelo encontro de lideranças políticas aconteceu nesta quinta-feira (27), em ato final de campanha do prefeito do Recife e candidato à reeleição Geraldo Julio (PSB). A Frente Popular do Recife escolheu uma caminhada com início na Praça Maciel Pinheiro até a Praça do Diário, no Centro do Recife, para realizar o que denominaram como a “Caminhada & Comício de Encerramento”.

Entre os presentes estavam o senador Fernando Bezerra Coelho, o deputado federal Danilo Cabral, os governadores do Distrito Federal e de Pernambuco, Rodrigo Rollemberg e Paulo Câmara, respectivamente. Também participaram do ato o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Guilherme Uchoa; a viúva do ex-governador Eduardo Campos, Renata Campos, e João Campos, filho de Eduardo e atual chefe de gabinete de Paulo Câmara.

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Após a caminhada, no palanque montado na Praça do Diário, o prefeito Geraldo Julio iniciou seu discurso agradecendo. “Estou olhando nos olhos de muita gente, vendo muitas pessoas que pude ver durante toda esta campanha em vários bairros desta cidade, em vários encontros. Todo mundo sempre alegre e feliz, todo mundo com paz no coração como sempre falei desde a nossa convenção. Fazendo a campanha da paz, do futuro. Fazendo a campanha da esperança. Hoje é noite de convocar também para as pessoas nessas poucas horas que faltam (para as eleições). Quero agradecer a toda a militância de coração. Também é noite para agradecer a esse grande governador de Pernambuco Paulo Câmara”.

Homenagens

No segundo momento, o socialista enalteceu o ex-governador Miguel Arraes. “Esta é uma história construída por lideranças históricas, que sempre tiveram compromisso com o povo. Não tem um dia que esta Frente não seja guiada pelos olhos de Miguel Arraes, que sempre olhou para os mais necessitados da população”. 

Geraldo Julio subiu o tom ao falar de seu padrinho político, o ex-governador Eduardo Campos, que faleceu em acidente aéreo no ano de 2014. “É Eduardo Campos, João, Renata e Duda que estão aqui, que guiam as realizações do nosso governo. É Eduardo Campos que nos dá a grandeza política de saber atuar e de saber fazer crescer um conjunto político que tem compromisso com o povo. Foram com essas lideranças que a gente aprendeu e chegou até aqui fazendo uma campanha bonita e crescente”, salientou.

“A sexta, o sábado e o domingo nós temos que fazer campanha o tempo inteiro, conquistar os votos, conversar com todos da cidade. Eu quero convocar a todos porque o que nós defendemos não é um nome, o que está em jogo agora é o futuro do Recife e todo mundo aqui sabe que a Frente Popular tem história”, finalizou o prefeito. 

 

O presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, anunciou que irá apoiar a candidatura de Antônio Campos (PSB), em Olinda, no segundo turno. O senador declarou que a decisão é uma homenagem pessoal ao ex-governador Eduardo Campos. 

“É uma forma de homenagear não apenas uma sigla que, no Congresso Nacional, tem tido conosco uma enorme identidade e parceria. Também é homenagem minha, pessoal, ao ex-governador Eduardo Campos, apoiando seu irmão, Antônio, e de alguma forma retribuindo o importante apoio que tive do PSB, em Pernambuco, no segundo turno das eleições presidenciais”, disse.

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A então concorrente Izabel Urquiza (PSDB) ainda não disse quem irá apoiar. Ela afirmou que teve reunião tanto com Antônio quanto com o concorrente Lupércio (SD), mas que espera definir até a próxima quinta (6).

Apoio a Geraldo

O Diretório Regional do PSDB já anunciou apoio à candidatura de Geraldo Julio (PSB) no Recife, nessa segunda (3). “Quero aqui afirmar oficialmente que o PSDB apoiará a candidatura do prefeito Geraldo Julio porque encontra com ela, apesar dos questionamentos e críticas naturais feitos durante a campanha, uma enorme identidade”, declarou, sobre o apoio, Aécio Neves.

 

Denunciado por participar de um esquema que desviava verbas da Refinaria Abreu e Lima para abastecer um suposto caixa dois da campanha do ex-governador Eduardo Campos (PSB) em 2010, o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) afirmou, em nota encaminhada a imprensa, que as acusações feitas pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, são "imputações absolutamente descabidas". 

No texto, assinado pelo seu advogado de defesa André Luís Callegari, ele pontua que não há "qualquer rastro de prova" que justifique a denúncia encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF). "São imputações absolutamente descabidas, baseadas em ilações e sem qualquer rastro de prova. Não houve qualquer recebimento de favores em troca de incentivos fiscais na construção na Refinaria do Nordeste ou Refinaria Abreu e Lima-RENST", declara. 

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O advogado também pontua a falta de provas das declarações concedidas em delações premiadas e afirma que o senador está à disposição da Justiça. "Tais imputações serão rechaçadas ao longo da marcha processual", conclui. 

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, também saiu em defesa do senador e do ex-governador, morto em 2014. “O PSB reitera a sua confiança na conduta do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos e do senador Fernando Bezerra e reafirma seu apoio incondicional ao trabalho de investigação, esperando que resulte no pleno esclarecimento dos fatos", frisou, em nota.

Segundo Janot, o senador e o ex-presidente da Companhia Pernambucana de Gás, Aldo Guedes, são responsáveis pelo recebimento de R$ 41,5 milhões em propinas de empreiteiras nas obras da Refinaria de Abreu e Lima, da Petrobras. O dinheiro teria sido repassado tanto por meio de doações oficiais, quanto por meio de contratos de fachada que teriam servido para abastecer o caixa 2 da campanha do então governador pernambucano.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB), o ex-presidente da Companhia Pernambucana de Gás e o empresário dono do avião que se acidentou com o então candidato à Presidência em 2014 Eduardo Campos (PSB) pelo recebimento de R$ 41,5 milhões em propinas de empreiteiras nas obras da Refinaria de Abreu e Lima, da Petrobras, em Pernambuco.

Na denúncia de 64 páginas, o procurador-geral da República aponta que grande parte dos recursos desviados da Petrobras por meio das empreiteiras Queiroz Galvão, OAS e Camargo Corrêa teriam abastecido o caixa da campanha de Campos à reeleição para o governo do Estado de Pernambuco em 2010. O dinheiro teria sido repassado tanto por meio de doações oficiais, quanto por meio de contratos de fachada que teriam servido para abastecer o caixa 2 da campanha do então governador pernambucano.

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A denúncia acusa os empresários Aldo Guedes Álvaro, então presidente da Companhia Pernambucana de Gás, e João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho, de serem os operadores que viabilizaram o repasse da propina.

Na época dos crimes, entre os anos de 2010 e 2011, Fernando Bezerra exercia os cargos de secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco e presidente do Complexo Industrial Portuário de Suape, ambos por indicação do então governador de Pernambuco Eduardo Campos.

Fernando Bezerra é acusado de realizar os esforços políticos para assegurar as obras de infraestrutura da refinaria e garantir os incentivos tributários, de responsabilidade político-administrativa estadual, indispensáveis para a implantação de todo o empreendimento, o que acabou ocorrendo.

As investigações descobriram 17 operações sob o disfarce de doações eleitorais "oficiais". Também foram verificados contratos de prestação de serviços superfaturados ou fictícios com as empresas Câmara & Vasconcelos - Locação e Terraplanagem Ltda e Construtora Master Ltda, sucedidos por transferências bancárias das empreiteiras às empresas supostamente contratadas, pelo saque dos valores em espécie e pela posterior entrega do dinheiro aos destinatários finais, como estratégia de lavagem dos recursos.

Ainda segundo Janot, a morte de Eduardo Campos trouxe à tona novos elementos sobre a existência do grupo de pessoas e empresas pernambucanas responsáveis pela operacionalização da propina em seu favor. A denúncia aponta que o grupo adquiriu a aeronave com a qual ocorreu o acidente e que as operações de compra e utilização foram por meio de caixa 2.

Pedidos

A denúncia oferecida no Inquérito 4005 pede a condenação de Fernando Bezerra e dos empresários por praticarem no mínimo 77 vezes o crime de lavagem de dinheiro. Também é pedida a condenação do senador e de Aldo Guedes Álvaro por corrupção passiva qualificada. O PGR também quer a decretação da perda em favor da União e a reparação dos danos no valor total de R$ 41,5 milhões.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio concedeu o habeas corpus aos empresários presos pela Operação Turbulência, que investiga uma organização criminosa responsável por lavar dinheiro de obras públicas para financiar campanhas políticas – entre elas a do ex-governador Eduardo Campos (PSB) em 2014. A decisão foi publicada pelo Diário Oficial da Justiça nesta quarta-feira (14).

Presos desde junho, no Centro de Triagem (Cotel) em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife (RMR), João Carlos Lyra Pessoa Mello Filho, Eduardo Freire Bezerra Leite, Apolo Santana Vieira e Arthur Roberto Lapa Rosal já podem responder ao processo em liberdade, mas, de acordo com a decisão do ministro, devem permanecer na residência indicada a Justiça Federal e comunicar qualquer tipo de alteração.

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O alvará de soltura foi concedido após uma solicitação feita pelo advogado de João Carlos Lyra, Nabor Bulhões. Na decisão, o magistrado estende o benefício para todos os supostos envolvidos no esquema em fase da apuração pela Justiça Federal. 

Outros pedidos de liberdade já haviam sido solicitados em instâncias menores da Justiça. Em agosto, Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) negou, por unanimidade, o pedido de liberdade do empresário Arthur Rosal.

Os quatro empresários são apontados pelo Ministério Público Federal (MPF) como líderes e gerentes do esquema. No primeiro grupo, enquadram-se João Carlos Lyra, Eduardo Leite e Apolo Vieira. Já Arthur Rosal estaria no segundo. Além deles, o MPF indiciou mais 14 pessoas por crimes contra o sistema financeiro nacional, lavagem de dinheiro oriundo de superfaturamento em obras públicas, além de pagamento de propinas a agentes políticos e funcionários públicos.

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Após mais de dois meses de investigação, a Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) apresentou a conclusão do caso da morte do empresário Paulo César de Barros Morato na tarde desta terça-feira (30), em coletiva de imprensa. Alvo da Operação Turbulência, da Polícia Federal (PF), Paulo Morato foi encontrado sem vida no dia 22 de junho, no Motel Tititi, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR). A delegada Gleide Ângelo, responsável pela investigação, confirmou que o auto-envenenamento por chumbinho foi causa da morte, descartando a possibilidade de assassinato. 

Segundo as investigações, Paulo Morato deu entrada no Motel Tititi no dia 21 de julho às 12h47. O tempo de hospedagem era de 12 horas. No dia 22, funcionários do estabelecimento tentaram contatá-lo, sem sucesso, para renovar a estadia. Desconfiada com o silêncio de Morato, uma gerente do local abriu a porta da suíte de número 2, relatou ter sentido um mau cheiro, e logo enxergou o corpo - já sem vida.

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Segundo Gleide Ângelo, a advogada do empresário confirmou em depoimento que ele já havia tentado suicídio em março de 2015. Em atendimento psiquiátrico no Hospital Ulysses Pernambucano, Morato alegou que estava com problemas financeiros e não conseguiria viver desta forma. Mais tarde, ao saber que estava sendo investigado pela PF, Paulo tentou contra a própria vida novamente, em 22 de junho. "A motivação foi o desespero de ter um mandado de prisão contra ele. Não há sequer um indício de crime", explicou Gleide.

Após o início da Operação Turbulência, Morato chegou a ser considerado foragido e seu nome seria incluído na lista de procurados da Interpol. Um dia depois, foi encontrado morto. Ele é apontado como o responsável pela empresa fantasma Câmara & Vasconcelos Locação e Terraplanagem Ltda, que teria aportado recursos de aproximadamente R$ 19 milhões para a compra da aeronave usada na campanha presidencial do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB).

A Operação Turbulência foi deflagrada pela PF no dia 21 de junho para desarticular uma organização complexa de lavagem de dinheiro que movimentou R$ 600 milhões desde 2010. O ponto de partida da investigação foi a compra do avião Cessna Citation PR-AFA, usado por Eduardo Campos. Ele e mais seis pessoas morreram na queda da aerovane, em agosto de 2014, em Santos, São Paulo.

Perícia

Foram realizadas 17 perícias por 14 profissionais da área em Pernambuco, de acordo com a perita do caso, Vanja Coelho. Foi realizado o chamado laudo tronco no local e foram analisados pen drives e celulares – solicitados, após a conclusão do caso, pela Polícia Federal -, uma garrafa de água já aberta, três frascos da substância utilizada para o envenenamento, o corpo e as câmeras de vigilância. 

A garrafa de água possuía 47ml de uma substância que faz parte da química completa do chumbinho, pesticida de venda proibida utilizado para a morte. Além disso, “a perícia toxicológica detectou no conteúdo gástrico grânulos da substância”, detalha a perita. 

Também foi encontrado registro de fezes e sangue no lençol e travesseiro, provocados pelo efeito do chumbinho. “Quando reviramos o corpo, identificamos também desprendimento de derme, o que caracteriza que ele havia morrido em não menos de 24 horas”. 

Nas câmeras não houve registro de entradas de mais nenhuma pessoa as suíte de número dois; o quarto não estava desarrumado e também não havia sinais de violência no corpo, descartando a possibilidade de que ele tenha sido assassinado. 

Foi solicitada a quebra do sigilo telefônico e foram constatadas ligações apenas dos familiares e amigos, inclusive, telefonemas com indícios de despedida. Morato também entrou em contato com o amigo – que passou a morar após o fim do seu casamento de 27 anos – para que pegasse roupas para ele, colocasse em uma mala e o entregasse, sob a justificativa que iria “fugir”. O empresário possuía doenças como diabetes, obesidade mórbida, problema cardíaco, esteatose, enfisema pulmonar e outros males. 

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O prefeito do Recife e candidato à reeleição, Geraldo Julio (PSB), declarou, nesta sexta-feira (19), que o apoio dele em 2018 a postulação do governador Paulo Câmara (PSB) “está garantido”. A postura foi colocada durante o seminário “Propostas para o Recife” do Grupo de Líderes Empresariais em Pernambuco (Lide-PE), ao ser indagado sobre planos para o futuro político, diante da defasagem de lideranças políticas do PSB no estado. 

“Meu candidato a governador em 2018 é Paulo Câmara, já tem meu apoio. Ele está enfrentando um imenso desafio [com a crise], mas tem conseguido superar”, salientou. “Agora quero ser prefeito por mais quatro anos, para dar continuidade com muita responsabilidade, para gente poder continuar... Lá na frente, quero viver esta cidade olhando para uma cidade melhor do que tínhamos há quatro anos”, acrescentou, fazendo uma crítica sutil a gestão do PT. 

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Geraldo também aproveitou o encontro para explicar que a nova marca da sua campanha foi pensada para dar autonomia e não por conta das investigações que envolvem o nome do ex-governador e padrinho político dele, Eduardo Campos, morto em 2014. “Somos a favor de todas as investigações e estamos seguros que, ao final, será constatado que a campanha de Eduardo não cometeu nenhuma irregularidade. A marca não tem nenhuma ligação com o afastamento de Eduardo. O tempo vai passando, a campanha é de Geraldo e nada mais justo do que criarmos uma marca”, justificou.  

Apesar de o seminário se tratar de propostas para a capital, na conversa com o empresariado, o socialista decidiu apresentar um balanço das ações realizadas na cidade e se comprometeu em, se reeleito, “levar a mudança a diante”.

“É este o padrão que a gente quer continuar entregar à cidade. Não podemos discutir o futuro sem olhar o que já foi feito. Em 2012, a cidade clamava por mudança e nós apresentamos um plano que era diferente daquilo que seguia na cidade. O que apresentei aqui mostra que a mudança já iniciou”, argumentou, dizendo que durante a campanha vai apresentar um programa de governo “trazendo inovações” ao que foi posto no último pleito e a manutenção do que foi efetuado.

Durante a discussão, Geraldo reforçou ainda a pretensão de ouvir as pessoas. “Esse é o meu dever, porque eu acho que ninguém é dono da verdade. Não me acho nem melhor nem pior do que ninguém. Eu me esforço para tentar fazer aquilo que as pessoas esperam que eu faça. E o que as pessoas querem que eu faça, elas têm que me dizer”, afirmou.

Veja o debate na íntegra:

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Há poucos dias, as declarações da ministra do Tribunal de Contas da União (TCU), Ana Arraes, quanto à candidatura do filho Antônio Campos à prefeitura de Olinda gerou insatisfação dos adversários políticos. A polêmica aconteceu quando a ministra, em ato de homenagem ao filho Eduardo Campos, que faleceu em acidente aéreo em 2014, “teria” defendido a candidatura do seu outro filho, Antônio Campos, à prefeitura da cidade de Olinda. 

Osmar Ricardo (PT), líder da oposição da Câmara do Recife, chegou a dizer que o pronunciamento de Ana Arraes foi incoerente. Osmar teria dito que ao discursar fazendo coro a candidatura do filho, Ana Arraes perde a razão pela posição que ocupa no TCU. "Ela está esquecendo a sua posição de ministra do TCU e faz discurso político para atacar a esquerda porque quer ver o filho Antônio Campos a se eleger pela direita", disse.

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Em entrevista Portal LeiaJá, Antônio Campos disparou. “Não reconheço em Osmar Ricardo uma liderança política, mas um ventríloquo de alguns que se escondem no anonimato. Ana Arraes apenas falou a história do seu pai, em sua casa, e que ele sempre teve posição política, lado, e nunca prestigiou a neutralidade”.

O candidato também falou sobre a relação da sua candidatura com o PSB estadual. “Alguns candidatos, e não quero nominá-los, começam a tirar o ‘É’ de Eduardo nesta eleição. A maioria desses deve muito a ele e, no meu entendimento, serão cobrados pelo eleitor pernambucano e recifense, especialmente, o mais pobre que ama Eduardo. Eduardo terá defesa, com ou sem PSB, e a história absolverá a sua memória", frisou o prefeiturável.

Antônio Campos preside o PSB em Olinda. O candidato também é presidente da Comissão Nacional de Ética do PSB nacional. O PSB estadual declarou o seu apoio na pré-campanha e durante a homologação de sua em convenção. 

 

 

 

 

 

 

“Eduardo só fez o bem”, com uma única frase proferida, na missa em homenagem a memória de Eduardo Campos, a viúva Renata Campos recebeu familiares, autoridades e amigos na Igreja Matriz de Casa Forte, na noite deste sábado (13). O então candidato à presidência do Brasil morreu há dois anos em acidente aéreo no qual  faleceram mais seis pessoas. A missa também foi em memória do também ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes. 

O governador Paulo Câmara, presente na celebração, frisou que Eduardo Campos faz muita falta. “Já faz dois anos, mas lembro do que ele dizia e fazia. Eu vi o que ele falava, era um pensamento avançado. Eduardo e Arraes só queriam o bem de sua terra, da sua gente e faz muita falta como amigo e também na política. Eles acreditavam muito que poderíamos transformar cada vez mais o Brasil e Pernambuco”, declarou.

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Câmara acrescentou que fica o ensinamento. “E também essa vontade de continuar a trabalhar por um Pernambuco melhor sob a inspiração dos dois e na busca constante por dias melhores. Campos e Arraes servem de inspiração permanente. O trabalho é diário e, com a ajuda deles lá no céu, com certeza, vamos continuar trabalhando e avançar”.

Mulher forte

O padre Edwaldo Gomes, que celebrou a missa, disse que Renata foi e continua sendo uma mulher forte. “Você enfrentou a morte do seu marido, enfrentou o dia seguinte e continua enfrentando com essa fortaleza. Assumiu essa família com todo o empenho. Os bons morreram e é como se nunca tivessem morrido. Não podemos esquecer o que os que passaram e deixaram. Nos dias de hoje, nos quais muitas coisas ruins acontecem, damos graças a Deus porque pessoas boas existiram”, destacou. 

O sacerdote salientou que falhas todos possuem. “Somos testemunhas das virtudes dos que se foram. Fraquezas, falhas e erros, todos possuem, mas o importante foi a dedicação que tiveram. Nem pelas falhas deixaremos de valorizar os verdadeiros políticos. É bom que nos lembremos disso e lamentar os que não sabem fazer a boa política, pois, muitos se colocam a serviço do povo como Eduardo Campos fez, mas, outros, são egoístas, só pensam em si. Esses nos desanimam na hora de escolher nossos representantes. É muito difícil entender certas coisas, mas é bom lembrar dos que fizeram o bem”, continuou Edwaldo

João Campos, filho do ex-governador, voltou a dizer que saudade é grande. “Ele deixou um grande legado”. Eduardo também era pai de mais quatro filhos: Maria Eduarda, Pedro, José e Miguel. 

Na manhã deste sábado foi lançado um blog sobre o centenário de vida do ex-governador, que é coordenado pela neta Elisa Arraes; além do lançamento do livro Porto do Renascimento – a última campanha de Arraes, escrito pelo jornalista pernambucano Marcos Cirano. A obra tem como mote a campanha pela reeleição de Arraes ao governo de Pernambuco, em 1998.

Há exatamente dois anos o cenário político estremecia com a notícia de que um acidente aéreo em Santos, São Paulo, havia ocasionado a morte do então candidato à presidência da República Eduardo Campos (PSB) e de mais seis pessoas. De lá para cá, a ausência do líder socialista foi latente, quer seja nas articulações políticas ou na condução de crises, e constantemente relembrada nos discursos dos aliados. Entretanto, hoje, o maior desafio para eles é desvincular a imagem do ex-governador como beneficiário de esquemas de corrupção como os investigados pelas operações Lava Jato e Turbulência, da Polícia Federal (PF).

Nesta semana, a PF concluiu um inquérito comprovando a destinação ilegal de R$ 20 milhões à campanha eleitoral de Campos a governador em 2010. O montante, segundo os investigadores, teve origem em valores desviados de contratos celebrados pela Petrobras com três empreiteiras e teria sido articulado pelo senador Fernando Bezerra Coelho (PSB), então presidente do Complexo Industrial Portuário de Suape, em Ipojuca, onde fica localizada a Refinaria de Abreu e Lima (Renest).

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Por já ter falecido, o inquérito contra Campos foi arquivado, mas o senador e outras duas pessoas, uma delas o empresário João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho, podem ser indiciados na Lava Jato por corrupção passiva qualificada, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

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João Carlos Lyra, inclusive, está preso em Pernambuco, a partir da operação Turbulência, que apura, entre outras coisas, a participação de uma organização criminosa composta por empresas fantasmas na compra do avião Cessna Citation PR-AFA, o mesmo que caiu em Santos matando Campos. O Ministério Público Federal (MPF) aponta Lyra como líder do grupo e único comprador do jatinho utilizado na campanha.

As suspeitas são duras, mas em todas as aparições, dirigentes do PSB, familiares e aliados pregam a inocência do ex-governador. “A memória de Eduardo será absolvida, até porque ele não pode ser responsabilizado por atos de terceiros. Tenho convicção que ele não tinha conhecimento. Sou favorável que esclareçam os fatos e que as investigações aconteçam dentro do devido processo legal”, defendeu o irmão dele e advogado, Antônio Campos (PSB).

Corroborando, o presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, disse que as acusações são amenizadas quando se observa o legado deixado por Eduardo Campos. “O que está em curso no Brasil as autoridades judiciárias vão continuar investigando, mas a gente tem plena consciência do papel que o governador Eduardo Campos exerceu em Pernambuco e no Brasil”, reforçou.

A herança política e a família

Apesar dos episódios negativos, é inegável que a morte precoce do ex-governador também deixou uma lacuna na política pernambucana. Quem vem, de uma forma ainda principiante, sendo colocado pelos aliados para preenchê-la é um dos filhos mais velhos dele, João Campos. Secretário de Organização do PSB no estado e chefe de gabinete do governador Paulo Câmara (PSB) – mesmo cargo ocupado por Campos no segundo governo do avô, Miguel Arraes, entre 1987 e 1990 – o jovem tem sido requisitado para os palanques municipais na campanha deste ano, como “substituto” do pai.

Indagado sobre como avaliava a perspectiva de ser o herdeiro político de Eduardo, João pontuou que todos os aliados do pai são responsáveis por preencher o espaço deixado e ampliar o legado. “O meu pai não deixou uma herança, deixou um legado. Acredito que cabe a todos os companheiros que militaram com ele, acreditaram e fizeram parte do time dele dar continuidade a este trabalho. É assim com o prefeito do Recife, com o governador e tantos deputados. Isso não cabe só a mim, é de um conjunto político”, destacou, em conversa com o Portal LeiaJá.

A ausência no âmbito político não é maior que o familiar. Hoje mais conformados, mas ainda transbordando sentir a dor da perda, os familiares de Campos prestaram homenagens a ele na última quarta-feira (10), quando se estivesse vivo faria 51 anos. Durante o ato religioso, as lágrimas tomaram conta do semblante da mãe e ministra do Tribunal de Contas da União (TCU), Ana Arraes. 

Em casa, João Campos detalhou que o amor e união entre eles têm superado a falta da presença do pai. "É uma falta grande que nós sentimos. Ele era uma pessoa presente, mas a união da nossa família e o amor que temos nos faz superar isso", frisou, fazendo um balanço dos últimos dois anos, ao lado da mãe, Renata, e dos irmãos, Maria Eduarda, Pedro, José e Miguel. 

Primeira eleição municipal sem Campos e o crescimento do PSB no estado

A morte de Eduardo Campos também deixou o PSB sem seu principal articulador político. Há quem diga, nos bastidores, que neste quesito não haverá substituições, mesmo que muitos apadrinhados dele tentem. O pleito eleitoral deste ano será o primeiro municipal sem a batuta dele, porém, a expectativa é de crescimento não só em Pernambuco, mas em outros Estados do país. 

“A falta dele é permanente no PSB. A capacidade de liderança, de aglutinação, de articulação e a presença dele não serão preenchidos. É uma falta  que mexe conosco todos os dias, mas ele deixou um legado também, um caminho. Tanto é que o PSB conseguiu, nesta eleição, lançar mais candidatos no Brasil que em 2012 e isso se dá justamente pelo caminho que foi traçado sobre a liderança dele”, afirmou Sileno Guedes. “É um desafio enorme coordenar estas eleições no Brasil inteiro. Em Pernambuco, Paulo Câmara tem conseguido liderar isso. Agora vamos continuar segundo o legado dele”, completou.

A causa do acidente

A queda aconteceu numa manhã chuvosa de uma quarta-feira, 13 de agosto de 2014. Por volta das 10h30, a Força Aérea Brasileira (FAB) registrou o acidente envolvendo o jatinho no litoral paulista. Além do candidato à presidência Eduardo Campos, os pilotos Marcos Martins e Geraldo Magela, os fotógrafos Alexandre Severo e Macelo Lyra, o jornalista Carlos Percol e o assessor Pedro Valadares também estavam na aeronave. Todos morreram no acidente.

Em janeiro deste ano, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), responsável pela investigação do acidente, apontou que a falta de conhecimento específico dos pilotos para operar o modelo Cessna 560-XL contribuiu para o acidente.

A Força Aérea Brasileira (FAB) evitou falar em falha humana, mas referiu-se a “fatores contribuintes” para o acidente. As más condições meteorológicas, que chegaram perto do mínimo de segurança para navegação de aparelhos, também foram consideradas. De acordo com o relatório final do Cenipa, os sistemas e motores da aeronave funcionavam normalmente e não apresentaram falhas. A tese, entretanto, foi contestada pelos familiares dos pilotos e também pelo PSB.

A família Arraes terá mais um dia de homenagem póstuma esta semana. Após ter realizado missa no dia em que o ex-governador Eduardo Campos faria 51 anos (10 de agosto), se estivesse vivo. Neste sábado (13), a família Arraes fará nova missa em homenagem a Eduardo, desta vez em lembrança aos dois anos de morte do marido de Renata, pai de João, Maria Eduarda, Pedro e Miguel. A celebração católica será realizada na Igreja de Casa Forte, às 19h30. 

As comemorações do aniversário de morte de Miguel Arraes contarão com o lançamento de um blog sobre o centenário de vida do ex-governador, que é coordenado pela neta Elisa Arraes; além do lançamento do livro Porto do Renascimento – a última campanha de Arraes, escrito pelo jornalista pernambucano Marcos Cirano. A obra tem como mote a campanha pela reeleição de Arraes ao governo de Pernambuco, em 1998.

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Campos e Arraes – Os dois ex-governadores de Pernambuco, avô e neto, coincidentemente faleceram no mesmo dia, 13 de agosto. Eduardo morreu em um acidente de avião em Santos, no Litoral Paulista, durante o período de campanha presidencial em 2014. Miguel Arraes morreu em 2005, em decorrência de uma infecção generalizada, no Recife. 

A Polícia Federal (PF) divulgou uma nota confirmando a comprovação de que a campanha do ex-governador Eduardo Campos (PSB), falecido em 2014, à reeleição em 2010 recebeu R$ 20 milhões de doações ilegais. Sem citar nomes, o texto da PF diz que o montante foi adquirido por articulação do então Secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco e Presidente do Complexo Industrial Portuário de Suape, o hoje senador Fernando Bezerra Coelho (PSB). As informações já haviam sido divulgadas pelo jornal Estado de São Paulo em reportagem nessa quarta-feira (10).

Segundo a investigação da polícia, o montante “teve origem em valores desviados de contratos celebrados pela Petrobras com três empreiteiras responsáveis pela execução de obras da Refinaria de Abreu e Lima” e os repasses se efetivaram por meio de operações fictícias, o que incluía doações eleitorais “oficiosas” e pagamentos em espécie, além de contratos fraudulentos ou superfaturados firmados com empresas de fachada ligadas aos envolvidos.

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“Foram identificados elementos suficientes para apontar a materialidade e autoria dos crimes de corrupção passiva qualificada, lavagem de dinheiro e organização criminosa”, afirma a PF. Além de Bezerra Coelho, o ex-presidente da Companhia Pernambucana de Gás, Aldo Guedes, e o empresário João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho também estão envolvidos nos crimes. Este está preso desde junho por outra operação da PF, a Turbulência. O relatório conclusivo do inquérito foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). 

Outro lado

Em sua defesa, Bezerra Coelho declarou, através do seu advogado André Luís Callegari que, no processo penal, a conclusão do Inquérito é apenas um registro administrativo da polícia.  No texto, encaminhado à imprensa Callegari ainda ressaltou "que Fernando Bezerra espera que o procurador-geral da República mantenha suas prévias manifestações no sentido de que a finalidade do inquérito policial e as atribuições de delegados de polícia concentram-se na apuração de infrações penais, com o intuito de subsidiar a atuação do Ministério Público, não cabendo aos delegados emissão de juízo de valor sobre a conduta investigada”.

Veja a íntegra da nota da PF:

A Polícia Federal encerrou na última segunda-feira (8/8) o inquérito 4005 do Supremo Tribunal Federal, instaurado no âmbito da Operação Lava Jato, que apura eventual envolvimento de pessoas com prerrogativa de foro em crimes de corrupção e desvio de recursos ocorridos na Diretoria de Abastecimento da PETROBRAS.

A investigação comprovou a destinação ilegal de R$ 20 milhões à campanha eleitoral de reeleição do então Governador de Pernambuco, hoje falecido, por meio da atuação do então Secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco e Presidente do Complexo Industrial Portuário de SUAPE. O montante teve origem em valores desviados de contratos celebrados pela PETROBRAS com três empreiteiras responsáveis pela execução de obras da Refinaria de Abreu e Lima.

Os repasses se efetivaram por meio de operações fictícias, o que incluía doações eleitorais “oficiosas” e pagamentos em espécie, além de contratos fraudulentos ou superfaturados firmados com empresas de fachada ligadas aos envolvidos.

Foram identificados elementos suficientes para apontar a materialidade e autoria dos crimes de corrupção passiva qualificada, lavagem de dinheiro e organização criminosa de três pessoas: um senador, um empresário e ex-presidente da Companhia Pernambucana de Gás e de um empresário recentemente preso na Operação Turbulência.

O relatório conclusivo do inquérito foi encaminhado ao STF na própria segunda-feira (8/8), juntamente com todo o material produzido no decorrer das investigações.

Filho do ex-governador Eduardo Campos, o chefe de gabinete do Governo de Pernambuco, João Campos (PSB), afirmou, nesta quarta-feira (10), que a ausência do pai ainda é latente na família e pontuou o orgulho que sente pelo legado deixado por ele no estado. Caso estivesse vivo, o socialista faria 51 anos hoje. No próximo sábado faz dois anos que o pernambucano faleceu após um acidente aéreo em Santos.

"É uma falta grande que nós sentimos. Ele era uma pessoa presente, mas a união da nossa família e o amor que temos nos faz superar isso", disse, em conversa com o Portal LeiaJá, após participar junto com a família de uma missa em São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife em homenagem ao pai. 

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Considerado herdeiro político do líder socialista, o jovem lembrou das ações do pai enquanto governador. "Hoje reunimos os amigos para celebrar a vida dele, uma vida de serviço voltada para o povo. Ele nos deixou um grande legado, nos últimos meses tenho tido a oportunidade de andar pelo estado e sou parado por inúmeras pessoas, de jovens a adultos, que contam os benefícios que tiveram com as ações de Eduardo Campos", destacou.

Presente também no ato religioso, o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB) falou da amizade firmada com o padrinho político. "Este dia é de homenagem ao amigo. A gente militava na política juntos, mas acima de tudo era meu amigo. É um momento importante para família e para nós, que ficamos para perpetuar o seu legado", resumiu. 

Além deles, a mãe do pessebista e ministra do Tribunal de Contas da União, Ana Arraes; a viúva Renata Campos, os filhos Eduarda, Pedro, José e Miguel Campos; o irmão e candidato a prefeito de Olinda, Antônio Campos (PSB); o presidente da Arpe, Ettore Labanca (PSB); o presidente da Alepe, Guilherme Uchoa (PDT); os deputados estaduais Vinicius Labanca e Aluisio Lessa, ambos do PSB; e o prefeito da cidade, Gino Albanez (PSB) participam da cerimônia.

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Uma missa em São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife, marcou, nesta quarta-feira (10), as comemorações do aniversário do ex-governador Eduardo Campos (PSB). Caso estivesse vivo, o socialista faria 51 anos. O local foi escolhido porque Campos costumava participar do ato religioso em vida, por ser o dia do santo celebrado na data em que nasceu. 

A mãe do pessebista e ministra do Tribunal de Contas da União, Ana Arraes; a viúva Renata Campos, os filhos Eduarda, Pedro, José, Miguel e João Campos, este chefe de gabinete do Governo de Pernambuco; o irmão e candidato a prefeito de Olinda, Antônio Campos (PSB); o presidente da Arpe, Ettore Labanca (PSB); o presidente da Alepe, Guilherme Uchoa (PDT); os deputados estaduais Vinicius Labanca e Aluisio Lessa, ambos do PSB; e os prefeitos da cidade, Gino Albanez (PSB) e do Recife, Geraldo Julio (PSB), participam da cerimônia.

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A missa foi celebrada pelo vigário do Vicariato Norte II da Arquidiocese de Olinda e Recife, padre Paulo Sérgio. Durante a homilia ele lembrou da trajetória do ex-governador e agradeceu pelo que chamou de "dedicação a Pernambuco".

Neste sábado (13) fazem dois anos da morte do ex-governador em um acidente aéreo em Santos, São Paulo. Ele estava em agenda da campanha presidencial quando a aeronave que estava entrou em pane, caindo e matando além dele mais seis pessoas.

A Polícia Federal (PF) comprovou que o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) pediu propina ao ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, para financiar a campanha do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), à reeleição em 2010. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (10) pelo jornal Estado de São Paulo. O repasse foi de R$ 20 milhões, como relata Costa em delação premiada à Lava Jato. 

Segundo a reportagem, o inquérito já foi concluído e encaminhado ao ministro Teori Zavascki, relator da operação no Supremo Tribunal Federal (STF). No texto, a PF diz que “restou demonstrado que Bezerra participou ativa e substancialmente na solicitação de propina às empresas envolvidas e também se beneficiou de uma parte do montante ilícito.” No inquérito, o socialista é acusado de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

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Os investigadores classificaram o senador como “braço direito” de Eduardo Campos. Na época, o parlamentar era secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco e presidente do Complexo Industrial Portuário de Suape e o valor foi pago por empreiteiras em troca de esforços políticos para assegurar a Refinaria Abreu e Lima (Renest), em Ipojuca, e incentivos tributários. 

Os R$ 20 milhões, de acordo com o periódico, chegou ao destino final por várias formas: doações eleitorais “oficiosas”, contratos fraudulentos ou superfaturados firmados com empresas de fachada e, até mesmo, pagamentos em espécie. A reportagem diz ainda que a PF comprovou os benefícios prestados pelo esquema a Campos. 

Bezerra Coelho, que foi ministro da Integração Nacional no governo Dilma Rousseff e é pai do atual ministro das Minas e Energia Fernando Filho (PSB) disse ao Estadão, por meio da assessoria de imprensa, que a defesa dele não teve acesso a qualquer “informação sobre a suposta conclusão do inquérito 4005-STF”. 

“A defesa deixa claro que, passado mais de um ano do início das investigações, o procedimento segue sem qualquer prova sobre a participação do senador em qualquer atividade ilícita, e continua calcado tão-somente nas informações conflitantes fornecidas por delatores, declarações estas que não vem com sequer um documento comprobatório”, argumenta. Ele ainda lembra que não participou da coordenação das campanhas de 2010 e 2014 de Eduardo Campos.

Caso estivesse vivo, o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), faria 51 anos nesta quarta-feira (10). Para celebrar a data, aliados vão prestar homenagens ao socialista com a realização de uma missa, em São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife (RMR). 

O político costumava participar do ato religioso, já que a data também celebra a festa do santo que é padroeiro da cidade. A viúva Renata Campos e os filhos, João, Eduarda, Pedro, José e Miguel Campos vão participar da missa, marcada para às 18h, o governador Paulo Câmara (PSB) e outros aliados também são esperados. Em 2014, a agenda foi a última aparição pública de Campos no estado, três dias antes do acidente que vitimou ele e mais seis pessoas em Santos, São Paulo.

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Além disso, o aniversário de Campos também está sendo lembrado nas redes sociais. O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, divulgou um vídeo falando sobre o legado deixado pelo correligionário. “Eduardo é um grande exemplo de governo e de práticas administrativas muito modernas e eficazes, capazes de inspirar muitos outros governos e inspirar a outros brasileiros, com uma nova forma de fazer política. Estaremos sempre prontos a defender o legado de Eduardo Campos e a torná-lo realidade, tornando realidade os sonhos dele, que são os sonhos de milhares de brasileiros”, frisou. 

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Irmão do político e candidato a prefeito de Olinda, o advogado Antônio Campos destacou a falta que sente dele. “Sempre nos damos bem que até em silêncio nos falamos, nos entendemos, nos compreendemos. Em bonita comunhão. Solidária. Viva. Como se em momentos assim novas sílabas e novos sentidos se construíssem. Não apenas palavras, nem mesmo gestos. O sentimento. Só viveu e vivencia uma imensa perda pode aquilatar o peso, a dor de uma saudade. E que saudade eu sinto de você”, pontuou.

No próximo sábado (13), quando completam dois anos da morte, outra missa será realizada em homenagem ao socialista. Desta vez às 19h30, na Igreja Matriz de Casa Forte, zona norte do Recife.

A Procuradoria da República, em Pernambuco, cita na denúncia contra 18 alvos da Operação Turbulência, que o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), pai do ministro das Minas e Energia do governo interino Michel Temer (PMDB), Fernando Filho, é 'cliente' de um esquema de lavagem de dinheiro desviado dos cofres públicos supostamente liderado pelo empresário João Carlos Lyra. Ainda segundo a Procuradoria, o deputado federal Arthur Lira (PP-AL) e seu pai, o senador Benedito de Lira (PP-AL), também teriam se favorecido da estrutura montada por João Carlos Lyra, apontado também como pagador de propinas.

Os políticos não são denunciados pela Turbulência. Como detentores de foro privilegiado, os Lira e Bezerra Coelho são investigados perante a Procuradoria-Geral da República no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF). Ao denunciar 18 investigados, o procurador Cláudio Henrique Dias menciona o deputado e os senadores.

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"Frise-se que até o presente momento, os parlamentares citados no presente apuratório apenas se valeram dos serviços da organização criminosa, sem a integrarem, não havendo qualquer indício da participação ativa e concreta de agente político ou autoridade detentora de prerrogativa de foro nas condutas descritas nesta denúncia. Daí porque a tramitação desse feito no Juízo de primeiro grau não acarreta nem mesmo a probabilidade de violação da competência prevista no artigo 102, I, b, da Constituição Federal", diz o procurador.

A denúncia da Procuradoria na Operação Turbulência foi entregue na segunda-feira, 1, à Justiça Federal. O documento diz que o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), morto em acidente aéreo em agosto de 2014, também era 'cliente' do esquema de lavagem. Lyra seria líder de suposto grupo criminoso encarregado de entregar propina da empreiteira Camargo Corrêa ao ex-governador Eduardo Campos.

"Por meio dessa rede de controle, João Carlos Lyra operacionalizava a prática sistemática de agiotagem e de lavagem de capitais desviados dos cofres públicos", aponta a denúncia.

A acusação diz que Lyra tinha seis 'clientes' em um esquema de agiotagem, emprestando "montantes altos, com juros de 2% e curto período de resgate". "Ele fazia, assim, circularizar os capitais que movimentava em razão do segundo crime, de branqueamento de capitais, mediante a "venda" de dinheiro em espécie, também mediante a cobrança de juros de 2%, esquema do qual eram seus "clientes", a Construtora OAS, o deputado federal Arthur Lira, o senador Benedito de Lira, o falecido ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos e Fernando Bezerra Coelho."

Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) foi ministro de Integração Nacional entre 2011 e 2013 (Governo Dilma). Seu filho, Fernando Bezerra Coelho Filho (PSB-PE), é ministro de Minas e Energia do Governo interino Michel Temer.

O documento indica ainda que João Carlos Lyra "atuava também por sua própria conta nas práticas de lavagem de dinheiro e agiotagem".

"Ele foi reconhecido pelos ex-empregados da Camargo Corrêa como sendo a pessoa encarregada de entregar a propina devida por aquela empreiteira ao ex-governador Eduardo Campos e ao senador Fernando Bezerra Coelho em virtude das obras na Refinaria Abreu e Lima", acusa o procurador da República Cláudio Henrique Dias, autor da denúncia da Turbulência.

A denúncia inclui ainda outro empresário Eduardo Bezerra Leite, o "Eduardo Ventola", sócio de João Carlos Lyra. A acusação aponta ainda que Eduardo Ventola também "operacionalizava a prática sistemática de agiotagem e de lavagem de capitais desviados dos cofres públicos".

Neste trecho da denúncia, a Procuradoria inclui o Consórcio Mendes Júnior como um dos clientes do esquema de lavagem, ao lado da OAS, do deputado federal Arthur de Lira, do senador Benedito de Lira, do ex-governador Eduardo Campos e de Fernando Bezerra Coelho.

Defesa

O advogado André Callegari, que defende o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), "esclarece que são absolutamente imprecisas as afirmações feitas pela Procuradoria da República em Pernambuco na denúncia oferecida e relacionada ao Inquérito 163/2016 ("Operação Turbulência"), as quais vão de frontal encontro aos depoimentos anexados ao Inquérito 4005 ("Operação Lava Jato").

Diferentemente do que foi descrito pelo MPF naquele Estado, Fernando Bezerra não foi citado por qualquer pessoa ligada à construtora Camargo Correa - muito menos, como sendo receptor de recursos da empresa - conforme atestam testemunhas cujos depoimentos constam das páginas 859 e 890-891 do Inquérito 4005".

Nessas páginas, verifica-se que, nos depoimentos de Gilmar Pereira Campos e Wilson da Costa (ex-funcionários da empresa Camargo Correa), utilizados para subsidiar a denúncia, conforme item 24 da mesma, não há sequer a citação do nome do Senador Fernando Bezerra Coelho.

Outrossim, no tocante ao inquérito 4005, a defesa deixa claro que, passado mais de um ano do início das investigações, o procedimento segue sem qualquer prova sobre a participação do senador em qualquer atividade ilícita, e continua calcado tão-somente nas informações conflitantes fornecidas por delatores, declarações estas que não vem com sequer um documento comprobatório.

Por fim, frisa a defesa que o senador não participou da coordenação das campanhas de 2010 e 2014 de Eduardo Campos".

O deputado Arthur de Lira (PP-AL) afirmou que não se pronunciará sobre esse assunto.

O Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco (PE) ofereceu uma denúncia contra 18 dos 20 empresários indiciados pela Polícia Federal (PF) por fazer parte da organização criminosa investigada pela Operação Turbulência, pelo pagamento de supostas propinas, através de laranjas, para políticos, entre eles, o ex-governador Eduardo Campos. O grupo é acusado de envolvimento em crimes contra o sistema financeiro nacional, lavagem de dinheiro oriundo de superfaturamento em obras públicas, além de pagamento de propinas a agentes políticos e funcionários públicos. 

A Operação Turbulência, deflagrada no dia 22 junho, partiu de investigações sobre a propriedade da aeronave Cessna Citation PR-AFA, cuja queda provocou a morte Eduardo Campos, em agosto de 2014, quando fazia campanha à Presidência da República.

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Os 18 acusados de integrar a organização criminosa foram divididos em quatro grupos pelo MPF. Os líderes, que são: João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho, Eduardo Freire Bezerra Leite e Apolo Santana Vieira, todos presos pela Turbulência; os gerentes Arthur Roberto Rosal, Severnia Divanci de Moura, Paulo Gustavo Cruz Sampaio e Paulo César Morato, o primeiro também preso no dia 22 e o último falecido no dia seguinte à deflagração da operação

Além dos colaboradores: João Victor Sobral, Carlos Roberto de Macedo, Gilberto Pereira da Silva, Pedro Neves Vasconcelos, Carolina Vasconcelos e Sérgio André Mariz; e dos subordinados: Bruno Alexandre Moutinho, Carolina Gomes da Silva, Cledeilson Nogueira, Neusa Maria de Sousa, Silvânia Cristina Dantas e Vlamir Nogueira de Souza.

“Os líderes direcionavam as transações bancárias ilícitas com auxílio dos gerentes, utilizando as contas bancárias dos colaboradores e operacionalizando a gestão e a circulação dos recursos ilícitos por meio dos subordinados. A ligação entre os líderes ficou evidente desde o início das investigações, pois os três tiveram participação no arrendamento da aeronave Cessna Citation PR-AFA”, detalha o MPF.

De acordo com a Justiça Federal, a organização atuava desde 2010 a partir do controle de movimentações financeiras fraudulentas entre pessoas físicas e jurídicas, envolvendo empresas de fachada e caixa paralelo de empresas em atividade, de maneira eventual – por meio de empresas coligadas à organização - e continuada – no caso de empresas gerenciadas pelos membros da organização.

“Embora nem todos os denunciados soubessem do funcionamento total do esquema criminoso, todos tinham consciência e manifestaram vontade de participar da empreitada ilícita, assumindo os riscos pelo envolvimento na fraude”, apontou o órgão. 

O MPF também requereu a instauração de novo inquérito policial para aprofundar as investigações a respeito dos crimes de lavagem de dinheiro e contra o sistema financeiro nacional praticados pela organização criminosa. A pena para o crime de formação de organização criminosa pode chegar a oito anos de reclusão.

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