Tópicos | eleições 2020

O ex-deputado estadual Edilson Silva anunciou que vai ingressar no PCdoB. O ato de filiação será na próxima segunda-feira (7), às 18h, no Jardim Aurora, no bairro de Santo Amaro, área central do Recife. Edilson, que não conseguiu ser reeleito em 2018, deixou o PSOL em maio deste ano, com duras críticas internas

Ao anunciar a escolha do partido, o ex-deputado disse ter escolhido o PCdoB por ter, na sigla, espaço para defender a democracia e o Estado de Direito. 

##RECOMENDA##

“O momento que vivemos, no Brasil e no mundo, exigem defesa implacável da democracia e do Estado de Direito, e para tanto exige também disposição sincera e profunda de construção de uma ampla unidade política e social na defesa dos patamares civilizatórios alcançados pela humanidade até aqui, nas ciências, nas artes, no senso humanitário, nas liberdades fundamentais. O PCdoB é o partido cuja história, já quase centenária, o autoriza, por coerência, a cumprir papel de grande autoridade política nesta missão”, descreveu Edilson.

Além de Edilson, o grupo político que o acompanha e deixou o PSOL na mesma época também vai se filiar ao PCdoB. Na época, quem também anunciou a desfiliação foram lideranças como a ex-presidente da legenda em Pernambuco Albanise Pires e a ex-dirigente estadual, Gaby Conde. 

Em São Paulo, mais um impacto é esperado para as eleições de 2020: partidos que tradicionalmente não concorriam à Prefeitura vão, ano que vem, ter seus próprios candidatos. É o caso do PSB, do ex-governador Márcio França - que venceu João Doria na cidade ano passado na corrida pelo governo - e o PCdoB de Orlando Silva. Os dois já se colocam como pré-candidatos.

Outra novidade será a entrada do PSL do presidente Jair Bolsonaro na disputa pela capital. Líder do governo no Congresso, a deputada Joice Hasselmann já se colocou como o nome da legenda, mas, sem consenso, terá de disputar internamente a indicação. O deputado estadual Gil Diniz, o "carteiro reaça", já pediu prévias para a escolha do representante de Bolsonaro na urna.

##RECOMENDA##

O atual prefeito, Bruno Covas (PSDB), tentará ser reconduzido ao cargo e tem o apoio do governador João Doria (PSDB). O PT ainda não tem definido quem será seu candidato à Prefeitura.

Já o Rio de Janeiro, berço político do presidente Jair Bolsonaro e de outro possível presidenciável em 2022, o governador Wilson Witzel (PSC), deve ter pelos menos três concorrentes fortes na disputa do ano que vem. O prefeito Marcelo Crivella (PRB) buscará a reeleição. Pela esquerda, o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL) tentará chegar ao Executivo carioca pela terceira vez. Mais ao centro, o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM) é apontado como um nome forte até pelos adversários. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O rigoroso processo seletivo criado pelo partido Novo para aceitar filiados e escolher seus candidatos impede que a legenda cresça de forma consistente nas eleições de 2020 e amplie sua capilaridade no País. O caso mais emblemático é o de Minas Gerais.

Contrariando a tradição de governadores que se esforçam para eleger o maior número de prefeitos e assim fortalecer sua base, o Novo terá apenas cinco postulantes no Estado, que tem 853 municípios. O diretório estadual ainda tenta convencer o nacional a ampliar para 19 candidaturas.

##RECOMENDA##

Único governador eleito pelo Novo e principal liderança do partido, Romeu Zema terá uma base pequena de prefeitos aliados em Minas.

Na capital, Belo Horizonte, até agora ninguém se apresentou para entrar no processo seletivo para disputar a prefeitura - que consiste em preencher formulários, ser sabatinado por um headhunter e, na última etapa, ser entrevistado pelo diretório nacional, que dá a palavra final.

Segundo Ubiratan Guimarães, coordenador do processo seletivo do Novo, a ideia é que o partido cresça de forma "sustentável". "Nosso projeto é de longo prazo, sem atalhos. Escolhemos as grandes cidades para expandir a marca do partido", disse ele. Além disso, na avaliação de Ubiratan, o Novo enfrenta problemas "geográficos". "O Novo ainda é um partido pequeno e sem os recursos do fundo partidário." Foi uma opção da sigla abrir mão dos recursos públicos.

No plano nacional, o Novo deve ter candidatos a prefeito em apenas 53 cidades. O perfil majoritário é de empresários ou lideranças sem passado partidário. A tese da sigla é de que qualidade é melhor que quantidade.

São Paulo

 

Amigo do governador João Doria (PSDB), o médico Claudio Lottenberg, presidente do conselho de administração da companhia multinacional UnitedHealth e ex-presidente do Hospital Albert Einstein, deu entrada na semana passada no processo de filiação do Novo para concorrer à Prefeitura de São Paulo em 2020.

A notícia, antecipada pela coluna Direto da Fonte, ampliou a disputa interna pela vaga na legenda fundada pelo ex-presidenciável João Amoêdo. Depois de fazer sua inscrição e ser sabatinado por um headhunter, Lottenberg será entrevistado pelo diretório nacional do Novo

Procurado, o médico não respondeu aos contatos da reportagem. Além dele, outros três nomes já se apresentaram e finalizaram o processo: o presidente do Fundo Social de Solidariedade do governo paulista, Filipe Sabará, e os empresários Diogo da Luz e Emerson Capaz.

Só na capital paulista, o Novo registrou 52 inscritos para o processo de seleção na primeira fase. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A um ano das eleições municipais de 2020, aumenta a movimentação interna nos partidos por candidatos a prefeito e de políticos por legendas com capacidade financeira para custear campanhas. A partir do ano que vem, novas regras eleitorais devem resultar em um número maior de candidaturas. Só São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte já somam ao menos 26 cotados para a disputa de prefeituras.

Ao vetar a possibilidade de coligações proporcionais, o Congresso impediu que legendas sem nomes fortes na urna peguem "carona" em puxadores de voto de outros partidos, em prática que ficou conhecida como "efeito Tiririca" - emreferência ao deputado federal do PL paulista. Já a cláusula de barreira, em vigor desde o ano passado, estabelece um desempenho eleitoral mínimo para que políticos tenham acesso ao fundo partidário e ao tempo gratuito de rádio e televisão.

##RECOMENDA##

Ao todo, 14 partidos não conseguiram passar por essa barreira no pleito do ano passado, perdendo, assim, acesso à verba pública destinada para custear as campanhas - nove com representação na Câmara. De lá pra cá, legendas incorporaram outras, como estratégia para "crescer", ou liberam seus deputados a sair.

Rafael Greca, de Curitiba, deixou o PMN e foi para o DEM. O mesmo caminho foi seguido pelo prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, que trocou o PHS pelo PSD. Em ambos os casos, as siglas anteriores não atingiram a cláusula de barreira. E essa lista pode aumentar ano que vem, quando a janela partidária permitirá uma nova leva de trocas partidárias.

"Quem foi eleito por um pequeno partido vai tentar buscar partidos maiores para concorrer, para ter verba para campanha. A não ser que o candidato tenha recursos próprios para se bancar sozinho", afirmou o PhD em ciência política e professor da UFMG Felipe Nunes.

Com a esperada "pulverização" dos votos em função do fim das coligações proporcionais, outras consequências prováveis no pleito de 2020 são um aumento do número de eleições definidas em segundo turno - a legislação prevê o pleito em duas fases em municípios com mais de 200 mil eleitores - e o fortalecimento de quem já tem mandato. Entre as capitais, 14 dos 26 prefeitos podem tentar a recondução ao cargo.

Segundo o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, os candidatos a prefeito vão assumir papel ainda mais estratégico nos partidos. "Se um candidato a prefeito for fraco, isso pode resvalar na candidatura de vereadores com boas chances de eleição."

Para o prefeito de Salvador (em segundo mandato) e presidente do DEM, ACM Neto, o novo cenário "aumenta o estímulo para que o partido lance o maior número possível de candidatos a prefeito e vereador em todo o Brasil". A sigla, que se diz "totalmente favorável ao fim das coligações", acredita que o maior impacto da mudança virá em 2022, com a diminuição do número de partidos. "Permaneceriam, assim, só os partidos fortes e com capilaridade", disse.

O presidente do Cidadania, Roberto Freire, acredita que o processo de voto passará por uma reeducação a partir das novas regras. Para ele, o eleitorado terá mais discernimento sobre os partidos. Na mesma linha, o ex-ministro e ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, fundador e atual presidente do PSD, diz que o fim das coligações proporcionais e as cláusulas de desempenho farão com que os partidos tenham cada vez mais projetos com linha programática clara. Segundo ele, ainda que as novas regras diminuam a quantidade de legendas no futuro, a tendência é que elas sejam muito mais fortes e consolidadas.

O PSDB, também a favor do fim das coligações, planeja ter candidatos próprios no maior número de cidades que conseguir. A perspectiva da legenda, que detém a maior quantidade de prefeitos em capitais do País (8, no total), é de que haverá concentração de mandatos em um número ainda menor de partidos.

Ideologia

Já Luciano Bivar, presidente do PSL, afirma que a posição ideológica bem definida de seu partido fará com que a sigla tenha menos dificuldades com a mudança. A expectativa é que o presidente Jair Bolsonaro participe da escolha dos nomes que representarão a sigla em 2020.

Para a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, a nova configuração não afeta tanto a política de candidaturas do partido. "A mudança fortalece legendas que têm organicidade e uma linha programática clara", disse a deputada federal.

João Amoêdo, presidente do Novo, é o único líder partidário ouvido pelo Estadão crítico à emenda. "A alteração, mais uma vez, ataca o sintoma, não o problema. Os partidos deveriam ser livres para se coligarem se tiverem pautas semelhantes, embora o façam basicamente para agregar tempo de propaganda eleitoral 'gratuita' ou por conta de interesses eleitorais locais", afirmou ele. Ainda assim, segundo Amoêdo, deveria caber ao eleitor vetar esse procedimento nas urnas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR), Elias Gomes (PSDB) transferiu, nesta sexta-feira (4), seu domicílio eleitoral para o Cabo de Santo Agostinho, cidade também da RMR da qual ele já também foi prefeito por dois mandatos. 

Com a mudança, Elias se colocou como pré-candidato ao comando do Cabo.  Em 2016, quem disputou o cargo de prefeito do município foi o filho dele, Betinho Gomes (PSDB), mas foi derrotado por Lula Cabral (PSB), atualmente afastado da prefeitura por acusação de corrupção. 

##RECOMENDA##

A mudança foi anunciada nas redes sociais do tucano, que afirma ter ouvido o “chamado a colaborar com a construção de um projeto de mudança para o Cabo”. Elias disse que há alguns meses ele vem circulando no município e constatando a atual situação do município.

“O Cabo de Santo Agostinho vem passando um momento muito difícil. A saúde e a educação sucateadas, os serviços públicos com grandes problemas e os escândalos de corrupção são frequentes”, criticou.

“Estou colocando minha experiência de mais de 40 anos de vida pública limpa, meu passado  honesto, minha honradez e minha capacidade de unir as pessoas à disposição do povo cabense. O Cabo me chamou, meu coração ouviu e tomei a decisão de transferir meu título de eleitor para a cidade que me projetou na política a mais de 40 anos e que sinto que precisa de minha contribuição nesse momento”, acrescentou o tucano.

O Plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (2) o projeto de lei que estabelece teto de gastos de campanha para as eleições municipais de 2020. O PL 4.121/2019 determina a repetição das regras usadas no pleito de 2016, com atualização dos valores de acordo com a inflação. O projeto segue para a sanção presidencial, que precisa acontecer antes do dia 4 de outubro para que as regras possam ter efeito.

Em 2016, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fixou pela primeira vez um limite de gastos para as campanhas dos candidatos a vereador e prefeito. O critério escolhido foi um cálculo baseado nas prestações individuais de contas da campanha eleitoral anterior, em 2012.

##RECOMENDA##

Cada município recebeu o seu próprio teto para cada cargo. A única exceção foram os municípios com menos de 10 mil eleitores, onde o TSE estabeleceu valores fixos: R$ 108 mil para prefeitos e R$ 10,8 mil para vereadores.

Para 2020, caberá ao Tribunal divulgar a tabela de tetos por município e cargo antes do pleito. Os valores de 2016 deverão ser atualizados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Nos municípios onde houver segundo turno na eleição para prefeito, o teto de gastos será de 40% daquilo que tiver sido permitido no primeiro turno.

O texto também introduz um limite para o investimento de candidatos nas suas próprias campanhas. O autofinanciamento ficará limitado a 10% do teto estabelecido para o cargo ao qual o candidato concorre.

O projeto de lei chegou ao Senado nesta manhã após ter sido aprovado na noite de terça-feira (1º) pela Câmara dos Deputados. Os senadores chegaram a discutir na terça-feira uma proposta própria de teto de gastos eleitorais, que também determinava a repetição das regras de 2016 (PL 3.813/2019), mas não chegaram a uma decisão sobre ele. Com a aprovação do PL 4.121/2019, o texto do Senado foi descartado.

Na ocasião, o relator do PL 3.813/2019, senador Marcos Rogério (DEM-RO), apresentou um substitutivo que alterava profundamente o texto. A versão original, de autoria do senador Chico Rodrigues (DEM-RR), trazia sete tetos diferentes para prefeito e outros sete para vereador, de acordo com faixas de eleitorado.

Marcos Rogério disse que o método de Rodrigues era um “estudo zeloso”. Porém, como o Congresso tem pouco tempo para aprovar o projeto a tempo de aplica-lo às próximas eleições, não seria possível debater uma proposta completamente nova. Por isso, o relator preferiu manter as regras já conhecidas.

Os senadores aprovaram o projeto apesar das críticas dirigidas na terça-feira à ideia de não produzir uma fórmula nova para estabelecer tetos. O senador Marcelo Castro (MDB-PI) comentou que as regras do TSE de 2016 criaram situações “completamente díspares” em municípios de características semelhantes —já que elas não usaram como referência o tamanho do eleitorado, e sim a prestação de contas da eleição anterior.

Para Castro, o Congresso não poderia cometer o erro de perpetuar a “deformação”. Os senadores Cid Gomes (PDT-CE) e Angelo Coronel (PSD-BA) fizeram coro e destacaram que candidatos de todo o país seriam “empurrados para o caixa dois” em virtude de tetos muito baixos em seus municípios.

Numa emenda ao projeto, que foi rejeitada por Marcos Rogério, Castro chegou a propor o limite para o autofinanciamento — no seu caso, seria de 20%. Também propôs que doações de pessoa física não pudessem ultrapassar 10% do teto de cada candidato.

*Da Agência Senado

 

 A quase um ano das eleições municipais de 2020, os prefeitos que devem pleitear suas reeleições já iniciaram o processo de articulação e a busca por apoios para permanecerem nos cargos que ocupam atualmente. Em Pernambuco, gestores que desejam uma recondução podem ser vistos desde a Região Metropolitana até o Sertão. 

Vizinhas da capital pernambucana, Jaboatão dos Guararapes e Olinda comandadas, respectivamente, por Anderson Ferreira (PL) e Lupércio Nascimento (SD); além de Caruaru, no Agreste, governada por Raquel Lyra (PSDB) e Petrolina, no Sertão, por Miguel Coelho (sem partido) são exemplos disso. Eles, inclusive, são vistos como gestores com chances reais de serem reeleitos. 

##RECOMENDA##

Segundo maior colégio eleitoral do Estado, com 448,5 mil eleitores, Jaboatão dos Guararapes é cobiçada por diversos partidos e Anderson Ferreira, apesar do discurso de que o foco no momento é na administração municipal, já admitiu que é candidato à reeleição e, inclusive, tem circulado entre algumas legendas para fechar a manutenção de apoios. 

Em 2016, Anderson foi eleito com 171.057 mil votos após uma disputa no segundo turno contra o ex-vereador da cidade, Neco, então candidato do PDT. Para o próximo ano, ainda não existe um desenho definido sobre quem o prefeito deve enfrentar, mas há movimentações do PP, para lançar um candidato - tendo o próprio Neco e os deputados estaduais Cleiton Collins e Joel da Harpa como opções - e o PSB vem ensaiando a possibilidade de concorrer com a delegada Gleide Ângelo, atualmente deputada estadual. 

Um dos trunfos que deve ser utilizado por Anderson Ferreira na campanha é a dissociação do governo estadual e as parcerias que tem firmado diretamente com a gestão do presidente Jair Bolsonaro (PSL) que, inclusive, prometeu usar Jaboatão como cidade piloto para a implantação do projetos no Nordeste. 

Já em Olinda, Lupércio assumiu quebrando um ciclo hegemônico de 16 anos do PCdoB à frente da prefeitura e, diante de um antecessor mal avaliado, soube articular para que obras da cidade começassem a sair do papel.  Ele também foi eleito no segundo turno, com 120.225 votos em uma disputa contra Antonio Campos, então postulante pelo PSB. 

“Olinda é uma cidade difícil de gerir, com uma capacidade de receita baixa, que tem melhorado ao longo dos anos, mas tem uma arrecadação baixa. É um município desafiador que vinha carecendo de alguém mais próximo, existia uma queixa geral da gestão anterior sobre a ausência do gestor, e nessa gestão isso foi reduzido pelo perfil do próprio Lupércio”, observou a cientista política Priscila Lapa.

Segundo uma avaliação da estudiosa, a cidade apostou em algo novo e “hoje existe um sentimento de que foi a melhor opção para o município”, mas ainda assim Lupércio deve ter dificuldades de reeleição. 

“Acredito que ele vai ter dificuldade da reeleição, porque é normal e neste momento tudo parece meio desgastante para quem está no Poder, porque a capacidade de investimentos nos municípios está muito baixa. E Olinda tem uma série de problemas estruturais muito antigos, mas ele é um prefeito que tem condições sim de reeleição”, salientou.

Outro fator que pode ser positivo para Lupércio, ao menos neste período de um ano antes do pleito, é a falta de definição dos partidos que fazem oposição a ele na cidade sobre seus eventuais candidatos, como o PCdoB e o PT. 

Cidades polos

Em Caruaru, Raquel Lyra chegou à prefeitura em 2016 após enfrentar um segundo turno contra o deputado estadual Tony Gel (MDB) e, na ocasião, recebeu 93.803 votos. A tucana também está na lista dos que defendem oficialmente uma discussão eleitoral apenas em 2020 e pontua estar focada na gestão, mas também observou que não pode “deixar de levar em conta que Caruaru é a principal cidade do PSDB aqui [em Pernambuco], é claro que é prioridade para o partido renovar mandatos”.

Na considerada capital do Agreste, Raquel tem enfrentado dificuldades de parcerias com o Governo Estadual - classificado, nos bastidores, como o principal adversário da tucana - e uma oposição ferrenha que já tem, além dela, o deputado federal Fernando Rodolfo (PL), os deputados estaduais José Queiroz (PDT), Tony Gel, Erik Lessa (PP); Raffiê Dellon (PSD) e Silvio Nascimento (PSL) como possíveis candidatos no próximo pleito. 

Dos quatro apontados com chances de reeleição, o prefeito de Petrolina foi o único eleito já no primeiro turno em 2016. Miguel Coelho recebeu 60.509 votos e desde que assumiu tem feito uma administração bem avaliada, apesar de também enfrentar dificuldades de acordos com a gestão estadual no último ano, depois que a família Coelho rompeu com o PSB. 

Ainda sem partido, para driblar os impasses estaduais, assim como Anderson Ferreira de Jaboatão, tem buscado o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), do qual seu pai, Fernando Bezerra Coelho (MDB), é líder no Senado. 

“Jaboatão e Petrolina escolheram um caminho importante, eles conseguiram uma conexão com o governo federal no momento em que o Estado vive um deslocamento ideológico do governo. Eles conseguiram atrair ministros e investimentos federais”, ponderou a cientista política Priscila Lapa. 

Descolamento do governo Paulo pode ajudar prefeitos

Na avaliação de Lapa, o contexto político atual do Estado tem imprimido uma avaliação negativa do governador Paulo Câmara (PSB) e isso pode ajudar Anderson Ferreira, Raquel Lyra e Miguel Coelho no próximo ano. 

“Eles são prefeitos de municípios que não estão fechados de cara com o governador e isso, historicamente, contou como um fator para colocar em dúvida a reeleição de prefeitos em Pernambuco. Por outro lado, temos um governador mal avaliado, que apesar de ter sido reeleito está longe de ser um governo tranquilo”, observou. 

“Hoje Paulo Câmara padece do mal do desgaste da máquina, de um partido que está há muito tempo no poder e, portanto tem suas dificuldades de consolidar alianças, e em 2018 não conseguiu se consolidar nos municípios polos, como Caruaru, Petrolina e Jaboatão. Portanto, a falta de aliança com o governador não é um impeditivo de sucesso eleitoral desses prefeitos. O descolamento do governo pode ajudar e ser usado no discurso. Raquel Lyra, por exemplo, tem usado isso de forma veemente”, acrescentou a estudiosa. 

A partir de agora resta aguardar o xadrez eleitoral começar a se desenhar, através da formação de alianças, apoios de líderes estaduais e federais na busca pela reeleição dos executivos municipais no pleito 2020 que não demora muito.

A deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), que vive uma crise interna na legenda, afirmou na noite dessa segunda-feira, 30, que não acredita em partidos - e que só escolheu um para poder disputar a eleição. "Se você me perguntar o partido que é, assim, o partido dos sonhos, não tem", disse em evento no Rio de Janeiro.

Joice passa por uma disputa no PSL de São Paulo, liderado pelo também deputado federal Eduardo Bolsonaro. Ela pretende disputar a Prefeitura da capital paulista no ano que vem, mas sofre resistências.

##RECOMENDA##

Questionada após a palestra se essas declarações eram uma sinalização de desgaste com o PSL, alegou que não: "Os partidos têm gente boa e gente ruim. O PSL é um que tem mais gente boa."

Joice foi perguntada, então, se Eduardo seria uma das pessoas ruins. "Não, não. Ele é um bom menino, mas é induzido ao erro às vezes", disse, criticando o que chamou de "radicalismo extremo".

Incomoda o PSL, ainda, a proximidade da deputada com o governador João Doria (PSDB). O partido de Doria é tido como um dos prováveis destinos dela caso a deputada saia da legenda do presidente Jair Bolsonaro. A parlamentar afirma que há pelo menos quatro siglas interessadas na sua filiação.

O PSDB, porém, deve ter o prefeito Bruno Covas como candidato à reeleição em São Paulo. Joice também chama o tucano de "bom menino", mas não deixa de manifestar o que pensa sobre a suposta ausência de força política do prefeito. "O Bruno eu 'engulo' em duas semanas", afirmou.

Joice participou do evento "Protagonistas do Brasil", no tradicional Copacabana Palace, na zona sul do Rio. Ela ficou hospedada no hotel. O encontro, no qual a parlamentar era a única política presente e a principal estrela, contou com discursos de empresários apresentados como "empreendedores" e teve forte viés meritocrático.

Embalados por taças de champanhe e vinho, os convidados ouviram e aplaudiram histórias de superação dos participantes, entre eles Joice, apresentada como "uma gigante, uma protagonista que está só começando" pelo comandante da festa.

No ano em que tentará a reeleição, o prefeito Bruno Covas (PSDB) quer quase dobrar os gastos da Prefeitura de São Paulo com ações de zeladoria urbana, como recapeamento, calçadas, tapa buracos, poda de árvore e limpeza de áreas verdes. Esta área é tida como primordial no primeiro escalão para garantir aprovação à atual gestão municipal. Para 2020, são previstos cerca de R$ 3 bilhões, quase o dobro dos cerca de R$ 1,5 bilhão previsto para este ano.

O valor está na projeto da Lei Orçamentária Anual, enviada pelo prefeito nesta segunda-feira, 30, à Câmara Municipal. Hoje vencia o prazo legal para o envio da lei. Os valores serão agora discutidos pelos vereadores e em audiências públicas. O Legislativo tem de aprovar o texto até o fim do ano.

##RECOMENDA##

Dos R$ 3 bilhões previstos para zeladoria, cerca de R$ 1,2 bilhão irá só para o recapeamento de vias. Quando o antecessor de Covas, João Doria (PSDB), lançou o programa Asfalto Novo, em 2017, a previsão de gastos para aquele ano era de R$ 350 milhões.

Covas prevê fazer investimentos de R$ 7,4 bilhões ao longo do ano que vem. Para comparar, até a última sexta-feira, a Prefeitura havia empenhado (autorizado o gasto) de R$ 2,3 bilhões. A previsão de investimentos este ano era de R$ 5,4 bilhões.

Entre as obras que Covas deve terminar, estão os hospitais de Brasilândia, na zona norte, e de M'Boi Mirim (aberto parcialmente, na zona sul). Há ainda a entrega de oito Centros de Educação Unificados (CEUs), obras que o antecessor, Fernando Haddad (PT), começou mas não terminou. "A gente tem caixa porque gasta bem o dinheiro público", disse Covas.

"Renegociamos contratos para a gente ter tranquilidade de entregar todas as obras que encontramos (ele e Doria) pela metade quando assumimos", afirmou. O prefeito vinha sofrendo críticas na Câmara e de até alguns secretários por não ter investido tanto quanto podia neste ano. Os balancetes da Prefeitura apontam um caixa de cerca de R$ 6 bilhões em recursos já arrecadados que podem ser usados ainda neste ano.

Além da zeladoria, Covas pretende reforçar os gastos em duas outras áreas tidas pelos aliados como sensíveis: a saúde e o atendimento aos moradores de rua, população que está aumentando na capital. Para a saúde, o orçamento deve subir 11,5% em relação a este ano, de R$ 10,5 bilhões para R$ 11,8 bilhões. Para a Secretaria da Assistência Social, o aumento é de R$ 1,3 bilhão para R$ 1,5 bilhão (15%).

Segundo nota da Prefeitura, o orçamento destina um total de R$ 8,9 bilhões para atingir todos os índices previstos no Plano de Metas aprovado pela Câmara Municipal para este mandato. No ano passado, após assumir o governo e depois de enfrentar crises como o desabamento do Viaduto da Marginal do Pinheiros, Covas revisou para baixo parte das metas aprovadas.

Reajustes

O orçamento apresentado pelo prefeito também prevê aumento de 7,25% na arrecadação de impostos. No caso do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), o aumento de receitas será de 7,7%.

"Não houve nenhuma lei aprovada neste ano aumentando a carga tributária. Muito pelo contrário: enviamos para a Câmara um projeto que trata da manutenção dos 10% de limite de aumento do IPTU inclusive para aqueles que perdem a isenção" no ano passado, disse Covas, ao descartar um novo pacote de correções da Planta Genérica de Valores (PGV), documento que serve de base para reajustar o IPTU.

Ao todo, a previsão de arrecadação com impostos, taxas, multas e repasses obrigatórios vindo dos demais entes federativos (governos do Estado e federal) deve subir 7,25%. Os recursos vindos de linha de crédito e empréstimo para financiar obras passará de R$ 4,4 bilhões para R$ 5,6 bilhões.

Outro ponto sensível é a tarifa de ônibus. No orçamento, Covas reservou um total de R$ 2,7 bilhões para os subsídios à tarifa do transporte pública, ou 10% a menos do que o valor para o orçamento deste ano.

Nesta segunda, quando falou brevemente com a imprensa após entregar o orçamento ao presidente da Câmara, Eduardo Tuma (PSDB), o prefeito não descartou reajustar a tarifa no ano que vem. "O aumento da passagem ainda não está decidida e, até dezembro, a gente deve tomar uma decisão conjunta com o governo do Estado". Seus antecessores Doria, Haddad e Gilberto Kassab (PSD) não aumentaram tarifa em anos eleitorais.

Líder do PSL na Assembleia Legislativa de São Paulo, o deputado estadual Gil Diniz, conhecido como "Carteiro Reaça", é cotado para concorrer pelo partido presidente Jair Bolsonaro à Prefeitura no ano que vem. Diniz, de 33 anos, é tão próximo da família Bolsonaro que é chamado de "sexto filho" do presidente. Estreante na política, elegeu-se com 214 mil votos.

"Eu estou no banco de reserva. Se o treinador disser: 'Olha, o camisa 10 se lesionou ali, vai lá e faz o teu melhor', aí eu entro em campo", disse Diniz em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. "Eu sou leal ao Bolsonaro. Esquece partido. Eu não sou uma pessoa de partido. Eu sou uma pessoa do grupo político do presidente Bolsonaro", afirmou ele. "Carteiro da periferia de SP, líder da maior bancada na maior Casa da América Latina, então eu estou confortável demais."

##RECOMENDA##

Diniz afirmou que conheceu o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho "03" do presidente, em São Paulo, em 2014. "Saí de um shopping e ele estava entregando panfleto. Me perguntou: 'Faz o quê da vida?' Sou carteiro, moro na favela da Vila Flávia. Aí ele pegou o telefone e ligou para o Jair. 'Ô pai, tô com um carteiro aqui'. E eu falei: 'Capitão, tô em sentido, posso descansar?' Começou ali", relatou.

Outros nomes ventilados no PSL para disputar a Prefeitura são a deputada federal Joice Hasselmann e a deputada estadual Janaína Paschoal. Questionado sobre sua relação com Joice, Diniz afirmou que a deputada "se colocou como candidata, sem dar espaço para ninguém".

"Não foi surpresa. Ano passado ela fez o mesmo com o (senador) Major Olimpio. Tinha um grupo formado e ela se colocou como candidata ao governo de São Paulo. Só que tem uma Executiva para conversar. Agora, para a eleição municipal, ela fez o replay", disse Diniz. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um dos organizadores da ação pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, o Movimento Brasil Livre (MBL) se aproxima do partido Novo e parte de seus integrantes pode migrar para a legenda para as eleições do ano que vem. Eleito pelo DEM, o vereador de São Paulo Fernando Holiday, um dos fundadores do MBL, está negociando sua transferência para sigla.

As conversas preliminares passam pela mudança de uma cláusula do estatuto do Novo que precisaria ser modificada para receber Holiday: a proibição de que parlamentares deixem o mandato pela metade. Segundo aliados, o projeto de Holiday é se reeleger vereador nas eleições do próximo ano e depois, em 2022, tentar uma vaga na Câmara dos Deputados.

##RECOMENDA##

Nas eleições de 2016, o Novo elegeu apenas a vereadora Janaína Lima na capital, mas em 2018 a legenda fez 4 deputados estaduais e 8 federais. Além de Holiday, o coordenador nacional do MBL, Renato Batista, filiou-se ao Novo e está participando do processo seletivo para vai disputar uma vaga de vereador no ano que vem.

Nas últimas eleições, três coordenadores do MBL conquistaram mandatos pelo DEM. Além Holiday, que foi eleito vereador de São Paulo em 2016, Kim Kataguiri foi eleito deputado federal e Arthur do Val, 32, o Mamãe Falei, foi eleito deputado estadual na disputa do ano passado.

O Novo, por usa vez, tem buscado ampliar sua presença no Legislativo paulistano. O vereador Caio Miranda (PSB), que deve mudar de partido para disputar a reeleição no ano que vem, chegou a ser sondado pela legenda. Segundo assessores, o vereador ainda estuda o caso.

Aliado

Em outra frente, o presidente do Fundo Social de São Paulo, Felipe Sabará, que é aliado do governador João Doria (PSDB), chegou à fase final do processo seletivo do Novo e é o favorito para disputar a prefeitura de São Paulo pelo partido. .

A eventual candidatura de Sabará no ano que vem pode contar com o apoio velado de Doria, que ampliaria sua área de influência na eleição municipal e teria um "plano B" caso a candidatura de Bruno Covas (PSDB) à reeleição não decole. Sabará chegou a participar de eventos na Prefeitura de São Paulo representando o governador, o que foi lido por aliados como uma sinalização de apoio.

Essas participações, porém, causaram desconforto entre correligionários e aliados de Covas, que cobraram explicações do Palácio dos Bandeirantes.

Sabará foi secretário municipal de Assistência e Desenvolvimento Social nas Gestões de João Doria e Bruno Covas. Foi idealizador do projeto Horta Social Urbana, de produção de alimentos orgânicos dentro da cidade, com geração de empregos para pessoas em situação de vulnerabilidade social.

Dirigentes do Novo ainda esperam uma eventual candidatura do médico Claudio Lottenberg, presidente do conselho do Hospital Albert Einstein e do UnitedHealth Group Brasil. Entretanto, ele ainda não se inscreveu no processo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Movimento Brasil Livre (MBL) não deve ter candidatos oficiais nas eleições municipais de 2020. É o que foi afirmado pelas lideranças nacionais do grupo, neste sábado (21), durante o primeiro congresso do MBL em Pernambuco que aconteceu no Centro de Convenções, em Olinda. 

Durante o evento, eles debateram a nova roupagem da entidade, chamada de ‘MBL 3.0’, que define a diretriz de não encabeçar candidaturas, mas isso não impede que membros do movimento postulem cargos públicos. Além disso, também abordaram em diferentes rodas de discussão o cenário político nacional e local, a difusão de fake news e os meios de fiscalização e combate à corrupção. 

##RECOMENDA##

De acordo com o vereador de São Paulo, Fernando Holiday, “a ideia é que o movimento não tenha nenhum candidato e os nossos coordenadores, se forem candidatos, deixem a coordenação e continuem sendo membros”. “O foco do movimento não vai ser mais eleger o máximo de pessoas possíveis, como em 2016. O nosso intuito agora é qualificar o debate interno, nas comunidades e universidades e deixar o eleitoral, pelo menos por enquanto, de lado”, salientou, em entrevista ao LeiaJá

Holiday explicou o que seria, na prática, o ‘MBL 3.0’ e relembrou fases anteriores do movimento, fazendo autocríticas e ponderando a necessidade de mudanças.  “O [MBL] 1.0 foi a fase em que fizemos as primeiras manifestações pelo impeachment da Dilma, com uma agenda muito específica que era a derrubada do governo; o 2.0 é quando a gente passa a ter candidatos, nas eleições de 2016, e é aí onde a gente cometeu os principais erros e faz as principais autocríticas”, disse. 

“O MBL 3.0 é para fazer autocrítica e tentar agora ter um diálogo maior com quem pensa diferente. Acreditamos que é possível debater de forma civilizada, a ideia é chamar para ambiente nosso [como o Congresso Nacional no fim do ano] figuras que discordam da gente, de esquerda, e debater com essas pessoas sem hostilidade e baixaria”, emendou o vereador. 

Para o deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), o momento agora é para “estruturar o movimento, estimular a resolução de problemas locais da comunidade, de gente que não se interessa por política, mas busca canais para solucionar os problemas públicos ou mesmo ações sociais”. 

Além dos dois, o deputado estadual de São Paulo, Arthur Mamãefalei (DEM), o coordenador nacional do MBL, Renan Santos, e os líderes do movimento em Pernambuco, Pedro Jácome e Rodrigo Ambrósio, participaram dos debates. O evento, que se estende até às 17h, será finalizado com a exibição do documentário “Não Vai Ter Golpe”, que mostra o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) a partir de uma visão do grupo. O MBL, inclusive, tentou passar o filme hoje em salas de cinema do Recife, mas não obteve êxito. 

[@#galeria#@]

Em Pernambuco, de acordo com Rodrigo Ambrósio, o MBL tem cerca de 200 membros - o mesmo número de pessoas que segundo ele se inscreveram para o Congresso, que também contou com pessoas de outros estados, como Paraíba - e está organizado em diversas cidades, principalmente, no Recife, Caruaru, Petrolina e Garanhuns.

Ambrósio também afirmou que o encontro de hoje serviu para “iniciar o debate municipal, com lideranças da oposição; explicar as mudanças que o movimento está passando interna e externa; além nosso posicionamento diante do posicionamento do governo Bolsonaro”. O MBL surgiu em 2014 e tomou corpo com o início da campanha pelo impeachment de Dilma.

Um ensaio do que deve ser o embate municipal em 2020 foi exposto, neste sábado (21), durante um debate sobre os últimos 20 anos de gestão da Prefeitura do Recife - comandados pelo PT e o PSB, respectivamente - no 1º Congresso Estadual do Movimento Brasil Livre (MBL). No evento, o ex-ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), disse que o saldo do período é “20 anos de mediocridade”. 

“PT e PSB se misturam e fazem parte do mesmo projeto de política. São 20 anos de mediocridade. O que a gente encontra, no ponto de vista de resultado, é algo que vai muito distante daquilo que seria razoável. Não há nada de relevante em termos de infraestrutura, por exemplo, nesse período”, cravou. 

##RECOMENDA##

Fazendo um panorama do que classificou como sendo a realidade do Recife, Mendonça não poupou críticas. 

“Recife ainda é uma cidade suja, mal cuidada. A saúde perdeu qualidade, postos fechados, atendimento sem qualidade. Na educação nem se fala, Recife perde para Teresina em termos de Ideb. Recife é capital do desemprego, temos uma cultura anti empreendedora. As barreiras voltaram a cair e matar denunciando o descaso da administração que se diz voltada para o mais pobre”, listou o democrata. 

Com o retrato, o presidente estadual do DEM pregou que na eleição de 2020, a oposição presidente assumir a responsabilidade de “oferecer ao Recife uma alternativa que leve a cidade para outra dimensão”. 

“Não se raciocina no PSB de que alternância faz bem ao povo. O deles projeto é um combo. Elege João em 2020, Geraldo governador em 2022 e em 2030 sai e dá lugar a João Campos até 2038. Estão planejando isso no Estado que é histórico das lutas democráticas. Chega de mandonismo, chega de dominação, de projeto de perpetuação do poder”, disparou. 

Segundo o ex-ministro da Educação, que já se colocou à disposição para ser candidato em 2020, a oposição precisa agir no próximo ano “apresentando propostas concretas para mudar a educação, investir na saúde, mudar o trânsito e investir a capacidade no turismo, que não atinge seu potencial máximo hoje”. “Nosso desafio é político, de enfrentar essa organização que tomou conta do Recife e de Pernambuco”, argumentou.

Além de Mendonça, o deputado Daniel Coelho (Cidadania) também fez disparos e disse que em 2020 o PT e o PSB querem empurrar a quarta geração de Miguel Arraes para o comando do Recife. Fora os dois Priscila Krause (DEM), André Régis (PSDB) e Charbel (Novo).

Com vantagem no processo interno para eleger o presidente do PT em Pernambuco, o grupo liderado pelo senador Humberto Costa (PT) afirmou, nesta segunda-feira (16), que não necessariamente pretende firmar uma aliança com o PSB para a disputa pela prefeitura do Recife em 2020. 

“Não é nenhum absurdo o PT imaginar a possibilidade de ter um candidato para disputar no Recife. Por outro lado, se o PT também fizer uma aliança com o PSB não é uma coisa do outro mundo. É da naturalidade da política”, disse Humberto em coletiva de imprensa ao lado do candidato da ala ao comando da legenda, o deputado estadual Doriel Barros, na sede estadual do partido, no Recife.  

##RECOMENDA##

A chapa adversária, que tem na liderança a deputada federal Marília Arraes e a estadual Teresa Leitão, argumenta que eles não buscam a independência do partido. As parlamentares foram contra a junção eleitoral firmada com o PSB em 2018 que chegou, inclusive, a preterir a candidatura de Marília a governadora do Estado. E já temem que o quadro se repita no próximo pleito, uma vez que Marília tem o nome cogitado entre os prefeituráveis. 

“Essa discussão [das eleições de 2018] é vencida, não existe mais isso”, disse o senador, observando que o intuito da chapa adversária ao levantar tal argumento era de “fazer uma polarização”, mas isso não deu certo porque, segundo ele, muitos que eram contra a aliança em 2018 viram que a escolha resultou em efeitos positivos.

Na ótica de Humberto, que defende um debate mais intenso entre os partidos de esquerda para as eleições de 2020, “ter uma estratégia comum não quer dizer que seja uma candidatura comum, necessariamente”. 

“Não temos nenhum umbigo amarrado com o PSB. Nem com PCdoB, nem PDT… É lógico que temos uma aliança nacional, estadual e municipal que é importante, não vamos chutar isso. Não interessa para gente por causa de uma cidade jogar isso fora”, destrinchou o parlamentar. 

Humberto observou ainda que com a consolidação da vitória do grupo dele, será discutido o assunto com base da tese de que um candidatura própria ou aliança com o PSB não pode ser “para destruir uma relação política” construída entre os partidos, “que é muito boa”. “Existe a possibilidade de candidatura própria, mas que não seja para estourar a aliança com a esquerda que construímos aqui”, ressaltou. 

“Ninguém aqui vai ganhar no grito, vamos discutir com os filiados de cada cidade. E não vamos levar o PT para alguma aventura. Vamos discutir, dialogar e ponderar”, corroborou o secretário de Desenvolvimento Agrário de Pernambuco, Dilson Peixoto. 

A discussão sobre o pleito de 2020 também deve ser baseada na orientação nacional, de acordo com Doriel Barros. “O PT é um partido que não é apenas local, que pensa apenas no Estado. É um partido que tem um projeto de sociedade. O PT diferente de outros partidos têm uma dinâmica de diálogo das suas instâncias, principalmente na nacional. A estratégia em Pernambuco estará ligada à nacional. Não dá para pensar Pernambuco de forma isolada. Se temos o projeto de voltar a presidir essa país, temos que está baseados com estratégias nacionais”, disse.  

[@#galeria#@]

Eleição interna - O grupo é composto por três chapas, tem Doriel Barros como candidato a presidente do partido e, na primeira etapa do Processo de Eleições Diretas (PED) que aconteceu no último dia 8, conquistou a maioria dos votos (65,77%) consolidando a eleição de 204 dos 310 delegados que estarão aptos a votar no Congresso Estadual marcado para 19 e 20 de outubro - datas em que serão eleitos o presidente e o novo diretório.

“Temos uma avaliação extremamente positiva do PED, mais de 21 mil filiados participaram votando e mostrando o vigor do PT. Temos um campo que estava articulado antes do PED e conseguimos 65,77% dos votos válidos. Teve uma ressonância positiva”, ponderou Doriel. Hoje o PT está organizado em 130 municípios pernambucanos. 

Faltando cerca de um ano para a eleição 2020, os que pensam em disputar uma vaga na Câmara Municipal do Recife começam a se movimentar. Em um evento realizado na Casa Rosada Recepções, no Rosarinho, para cerca de 100 convidados, o Movimento Avança Recife (MAR) oficializou sua entrada ao Partido Trabalhista Cristão (PTC).

O MAR foi criado, em 2013, para integrar as pessoas que não se sentem representadas na política. Ao todo, cerca de 40 membros do movimento anunciaram a suas respetivas pré-candidaturas a vereador do Recife. Os coordenadores do MAR, Nininho Costa, José Rufino e o novo vice-presidente municipal do PTC no Recife, Vânio Silva, ambos suplentes de vereador na capital pernambucana, estão entre os que oficializaram os nomes para o pleito do próximo ano.

##RECOMENDA##

“Sabemos do quadro competente e forte que integra o movimento e, por isso, essa união só fortalece o nosso partido para a disputa eleitoral”, ressaltou o presidente estadual do PTC, Fabio Bernardino, que presidiu o evento. De acordo com o presidente municipal da legenda, Joaquim Oliveira, o objetivo é que o grupo conquiste cinco vagas na Casa de Jose Mariano.

Para o vereador Hélio Guabiraba, fundador do movimento, o importante é que cada vez mais haja participação popular na política. “Todo mundo de bem e que verdadeiramente pense em melhorias para a cidade e para o povo está convidado para fazer parte desse time que se chama Movimento Avança Recife”, convidou.

*Da Assessoria 

O deputado federal Daniel Coelho (Cidadania) ironizou, nesta quarta-feira (28), uma eventual aliança majoritária entre PSB e o MDB para disputar o comando da Prefeitura do Recife em 2020. 

Ao compartilhar uma notícia em que a possibilidade é apontada, o parlamentar diz que a junção dos partidos para uma chapa prefeiturável é um “museu” que mostra a “falta de futuro” e ressalta que as siglas já completam 30 anos no poder. 

##RECOMENDA##

“Lembrei de Cazuza: ‘vejo o futuro repetir o passado, eu vejo um museu de grandes novidades, o tempo não para.’ SÓ QUE NÃO!!!! [sic] Esse museu mostra uma falta de futuro. São 30 anos no poder, 30 anos de atraso, pobreza e violência para nosso povo”, escreveu Daniel Coelho no Twitter. O deputado é visto como um possível prefeiturável.

O debate sobre a possível aliança entre PSB e MDB surgiu após um encontro entre o governador Paulo Câmara, do prefeito do Recife Geraldo Julio, do deputado federal João Campos - todos do PSB -  e o senador Jarbas Vasconcelos na última segunda-feira (26). 

João Campos é cotado como candidato do PSB a prefeitura e, apesar de alas do MDB ensaiarem candidatura própria na capital pernambucana, costuras de bastidores ventilam o nome do secretário de Segurança Urbana do Recife, Murilo Cavalcanti, como eventual vice.

O PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, deu a largada para as eleições municipais do ano que vem. Em evento voltado para empresários da área de infraestrutura nesta terça-feira, 27, o senador Major Olímpio (PSL-SP), convidou a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), de quem era desafeto, para ser a candidata à Prefeitura de São Paulo pelo partido.

O convite ocorre no momento em que o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), tem assediado quadros do PSL. O deputado Alexandre Frota (SP) e o suplente de senador Paulo Marinho (RJ) são os dois primeiros que deixaram o partido de Bolsonaro para se aliar a Doria. Joice é amiga pessoal do governador de São Paulo, participou de sua campanha em 2018 e é alvo de ataques de setores do bolsonarismo nas redes sociais por conta dessa proximidade.

##RECOMENDA##

O acordo significa uma trégua entre Olímpio e Joice, que têm um histórico de disputas e atritos desde a pré-campanha de 2018, quando ambos se alinharam a Bolsonaro. "Está na hora de colocarmos as divergências de lado em nome de um interesse maior que é o partido", disse Olímpio.

Segundo ele, Bolsonaro não participou do acordo. Fontes do PSL de São Paulo disseram que a costura contempla interesses tanto do senador quanto da deputada. Olímpio retira obstáculos para a candidatura de Joice à Prefeitura e em troca a deputada não atrapalha a pretensão do senador de disputar o governo de São Paulo em 2022.

Em um discurso repleto de afagos ao ex-desafeto, Joice falou como candidata. "Perdão pelo atraso. É falta de infraestrutura em São Paulo", disse ela, meia hora atrasada para a abertura do evento. Olímpio retribuiu as gentilezas e lançou um desafio para que a deputada aceite a candidatura à Prefeitura em 2020.

"A Joice está nessa luta como líder no Congresso, queremos que ela continue nessa luta até o meio do ano que vem, mas a partir daí queremos fazer um desafio à Joice. Todo mundo sabe que tivemos atritos, até com dificuldade de lembrar do que foram os atritos, mas o PSL e o presidente Bolsonaro têm procurado candidaturas fortes no ano que vem. Então fica o desafio, Joice, para que você possa amadurecer a ideia e pense com muito carinho na possibilidade de se colocar como pré-candidata à Prefeitura de São Paulo", disse o senador.

À reportagem, Joice respondeu afirmativamente. Segundo ela, o apoio de Olímpio e a unidade do PSL paulista eram detalhes necessários para a candidatura. "Tudo caminha para o sim. Não poderia dizer sim sem que a executiva estadual de São Paulo estivesse unida", afirmou.

Segundo ela, a candidatura foi objeto de uma conversa com Bolsonaro um mês e meio atrás, quando o presidente fez um balanço da eleição municipal nas principais cidades e sugeriu que gostaria de ter uma mulher no comando do terceiro maior orçamento do País.

Para viabilizar a candidatura, no entanto, o PSL vai ter que enfrentar problemas com a Justiça Eleitoral. O partido está proibido de formalizar um diretório em São Paulo por não ter prestado contas da movimentação financeira entre 2009 e 2018.

O Partido Progressistas (PP) anunciou que pretende lançar 80 candidaturas a prefeito em Pernambuco nas eleições municipais de 2020. A meta foi definida pela legenda durante uma reunião nessa segunda-feira (12) com a bancada de deputados estaduais e federal. 

De acordo com uma nota encaminhada à imprensa, o partido pretende eleger 10 vereadores na cidade do Recife e lançar cerca de 80 candidaturas majoritárias no Estado, tendo sido tratadas na primeira reunião as questões das cidades da Região Metropolitana do Recife como Cabo, Camaragibe, Jaboatão, Paulista, Ipojuca, São Lourenço da Mata; e no Agreste, Caruaru, todas com mais de 100 mil habitantes.

##RECOMENDA##

Além disso, os 11 deputados estaduais e o deputado federal Eduardo da Fonte, que também preside o partido, fizeram um da atuação dos parlamentares e  trataram sobre as ações voltadas a contribuir com a gestão do governo Paulo Câmara (PSB).

A 2ª edição do “Curso Eleições Municipais: Novas Regras”, promovido pela Escola do Legislativo do Assembleia de Pernambuco, chega nesta quinta-feira (8) em Caruaru, no Agreste Central. A capacitação acontece das 13h às 18 horas na casa de eventos Maria José 1, na Avenida Margarida Peixoto Vieira, 196, no bairro de Indianópolis.

De acordo com o superintendente da Escola do Legislativo, José Humberto Cavalcanti, esta edição contemplará todos os municípios da região, a exemplo do primeiro encontro, realizado em junho em Petrolina (Sertão), que atendeu as cidades de Afrânio, Cabrobó, Dormentes, Lagoa Grande, Orocó e Santa Maria da Boa Vista. 

##RECOMENDA##

O objetivo do curso é revisar as principais alterações das regras eleitorais que irão vigorar nas eleições para prefeito e vereador no próximo ano, orientando servidores públicos, candidatos ou não, a evitar atos ilícitos.

O projeto é resultado de uma parceria da Assembleia Legislativa com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), com a Escola Judiciária Eleitoral e com a União dos Vereadores de Pernambuco (UVP). 

Os vereadores e assessores das câmaras municipais são o público-alvo do curso que compreende os seguintes temas: Extinção das Coligações; Propaganda Eleitoral; Prestação de Contas e Expectativas para 2020. A ideia da Escola do Legislativo é estender o curso às 12 Regiões de Desenvolvimento do Estado.

*Da assessoria de imprensa

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que critica os gigantes da tecnologia com frequência por considerá-los politicamente tendenciosos, acusou o Google, nesta terça-feira (6), de desfavorecê-lo ilicitamente em face das próximas eleições presidenciais nos EUA.

O CEO do Google, Sundar Pichai, esteve recentemente no Salão Oval para explicar "que não planejava sabotar ILEGALMENTE as eleições de 2020, apesar de tudo o que foi dito na direção oposta", tuitou o presidente.

Trump reproduziu acusações feitas no canal conservador Fox News por um ex-engenheiro do Google, segundo o qual o grupo californiano quer "garantir que Trump perca em 2020".

Também citou um jornalista que afirmou que, em 2016, o Google removeu artigos negativos sobre a candidata democrata à Casa Branca, Hillary Clinton, e destacou matérias negativas sobre Donald Trump.

"Tudo isso é muito ilegal", disse o presidente antes de avisar: "Estamos observando o Google de perto".

A ofensiva de Trump contra os gigantes do Vale do Silício não é nova.

No início de julho, o presidente organizou uma cúpula sobre redes sociais na Casa Branca, que não contava com os principais atores do setor, como Twitter e Facebook, mas sim com personalidades e organizações ultraconservadoras.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando