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As cortinas do Plurarte desta semana se abrem para Maria Lídia, compositora e intérprete paraense. A artista nasceu e mora em Santarém, na região do Tapajós, e utiliza as suas raízes para servir de inspiração em suas composições. É uma artista nata. Criada no meio musical. Além de outros artistas na família, seu avô tocava flauta. Maria Lidia desenvolveu seu talento de forma organizada, estudando piano clássico, popular, harmonia e fez diversos outros cursos na área da música. A artista é autora de grandes composições, como "Insinuantes", em parceria com Nego Nelson, um bolero sensual cantado por artistas de renome e, em breve, também será gravado por Sandra Duailibe. Após compartilhar seus pensamentos sobre como Belém muda de atmosfera na época do Círio de Nazaré, Maria comenta sobre seu próximo trabalho: “'As Amazonas dos Tapajós' será um projeto audiovisual gravado em Santarém com intérpretes locais e convidadas especiais”, incluindo ela mesmo e Lucinnha Bastos.

Apresentado por Sandra Duailibe, o Plurarte está no ar sempre às sextas-feiras, na Rádio Unama FM (105.5), às 13h20, com reapresentação aos sábados, às 10 horas, e publicação no portal LeiaJá. Acesse o canal do Plurarte no Youtube aqui.

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O procurador-geral do Ministério Público do Trabalho (MPT), José de Lima Ramos Pereira, afirmou, em entrevista ao Estadão, que o número de denúncias de assédio eleitoral a funcionários em 2022 "vai superar e muito" os números da disputa de 2018.

Até a sexta-feira (14), o órgão havia recebido 294 denúncias. Em 2018, foram registrados 212 casos, envolvendo 98 empresas, em todo pleito. Segundo ele, as ameaças feitas aos trabalhadores para que votem nos candidatos escolhidos pelos empregadores estão ocorrendo "como se fossem normais".

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A Procuradoria já fechou uma série de termos de ajustamento de conduta e entrou com ações por assédio eleitoral. No início do mês, o braço do MPT no Pará fechou o cerco a um empresário apoiador do presidente Jair Bolsonaro que tentou comprar, por R$ 200, os votos de funcionários de sua cerâmica. No Paraná, o órgão entrou com ação contra empresa que anunciou corte de 30% no quadro de funcionários caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja eleito. Leia os principais trechos da entrevista abaixo.

Que tipo de casos de assédio eleitoral têm sido recebidos pelo Ministério Público do Trabalho e como são encaminhados?

O que nós encontramos foram situações em que a empresa enviou um comunicado afirmando que vai reduzir postos de trabalho se determinado candidato fosse eleito. Também encaminhando a fornecedores que vai reduzir em 30% do que foi contratado se determinado candidato for eleito. E várias situações de exigir que o empregado vote no candidato sob pena de perda do emprego, redução de algum posto de trabalho. Há uma normalização, uma banalização do assédio nessas eleições.

Houve aumento de denúncias e casos de assédio eleitoral?

Podemos fazer a comparação com 2018, quando houve 212 denúncias, envolvendo 98 empresas. Hoje nós chegamos ao número de 294, neste exato momento, em que não tem nenhuma região do País imune deste assédio. Há um aumento muito grande, considerando que faltam duas semanas para terminar o período eleitoral, com o segundo turno no dia 30. Então, percebendo que ainda falta bastante tempo para a prática de mais casos de assédio, com certeza a gente vai superar e muito esse número. A fragmentação, a velocidade desses atos de assédio e a banalização desses mesmos constrangimentos é que chama bastante atenção nessa eleição.

Houve uma organização diferente, dentro do MPT, para o enfrentamento desses casos?

Realmente, entre o primeiro e o segundo turno houve um aumento desses casos, e isso chamou atenção do MPT. Pensávamos, inicialmente, que não ia ter nenhum acréscimo ao que houve em 2018, mas nossas previsões foram totalmente afastadas. Houve realmente um aumento muito grande e a necessidade inclusive da criação de um gabinete de crise.

Na noite do último domingo (9), Simaria Mendes abriu as portas de sua casa, em São Paulo, para falar do fim da dupla com Simone. Em entrevista ao 'Fantástico', a cantora desabafou sobre o término da parceria musical com a irmã. No bate-papo com a jornalista Renata Ceribelli, Simaria relembrou as declarações que deu de sua relação com Simone, quando na época relatou alguns detalhes íntimos ao colunista Leo Dias.

"Não é nem que eu gostaria de separar. Eu estava extremamente vulnerável naquela entrevista que eu dei, cansada, sem voz, rouca, esgotada, sabe, observando algumas coisas que eu não estava gostando dentro do trabalho, juntou tudo e chega uma hora que eu falei: 'Gente, eu não aguento mais isso'. É como se fosse um marido, que fica no seu pé", contou.

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Simaria fez questão de explicar que ela e Simone se entenderam quando a decisão foi tomada: "Só que depois nós conversamos. Nós nos entendemos. Ela veio aqui em casa. Ela disse, era cuidado, minha irmã. Minha irmã, mas estava me sufocando. A gente conversou, a gente se entendeu. Na vida, hoje nós somos parceiras, irmãs". Ainda segundo ela, o fato de cada uma seguir seus caminhos não foi recebido bem por muita gente. A baiana revelou que não se sentiu acolhida por completo pelos familiares.

Falando em família, Simaria Mendes também falou do fim do casamento com o espanhol Vicente Escrig. A voz do hit 'Vontade de Morder' afirmou que ficava angustiada ao ver os filhos tristes com a separação.

"Na verdade, eu vinha já há muito tempo passando por problemas pessoais e estava muito difícil para mim entender o que era que Deus queria para mim, porque Deus sempre fala comigo através dos meus sonhos. O doutor disse pra mim: 'Minha filha, você tem dois caminhos a seguir - ou você continua casada pelos seus filhos e vai ser infeliz ou vai ser feliz'. Eu disse: 'Eu escolho ser feliz e voltei pra casa decidida a não seguir no casamento'", disse. O processo de separação corre em segredo de Justiça. Simaria e Vicente estavam casados há 14 anos. Eles são pais de Giovanna, de dez anos, e Pavel, de sete.

Após o presidente Jair Bolsonaro (PL) arregimentar apoios de governadores eleitos, o ministro das Comunicações, Fábio Faria (PP), diz confiar numa virada no segundo turno. Para ele, o presidente consegue avançar no Sudeste - região considerada prioritária -, mas também no Nordeste, onde, conforme sua avaliação, deputados que fizeram campanha colados no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) agora poderão angariar votos para Bolsonaro, já que não são mais candidatos.

Embora tenha se mantido no governo, Faria integra um núcleo próximo de assessores do presidente na campanha. Nesta entrevista ao Estadão, ele aposta que Lula atingiu um teto e que ainda há votos úteis que caminham para Bolsonaro. O ministro se tornou um crítico dos institutos de pesquisa e pediu para que as pessoas não respondam levantamentos eleitorais. A seguir, os principais trechos:

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O presidente relançou um programa que permite a renegociação de dívidas com a Caixa. A isso se somam o Auxílio Brasil durante o período eleitoral, um pacote de bondades, a redução do preço da gasolina. Adversários acusam o governo de atuar pela campanha. Como o sr. vê isso?

A gasolina foi uma atuação do presidente com Arthur Lira (presidente da Câmara). Desde o começo da pandemia e depois, com a Guerra da Ucrânia, o governo tem trabalhado no combate à inflação. São quatro mil itens que reduziram impostos e isso tem dado certo. Por outro lado, muitos perderam emprego durante a pandemia. (Por isso) O governo fez o auxílio. Depois da guerra, com a inflação, teve que voltar para R$ 600 (o auxílio). O presidente já tinha falado de 13.º para o auxílio lá atrás, que não ia acabar. O presidente sempre faz a média ponderada. Conversa com a política, escuta o Paulo Guedes (ministro da Economia) e decide.

Também, por outro lado, há cortes no orçamento da Farmácia Popular e das universidades. Até que ponto o governo pode prejudicar a campanha?

Isso ficou sem explicação, foi um contingenciamento de R$ 57 milhões. Teve um aumento de R$ 900 milhões em relação aos outros anos. O presidente já disse que dezembro, quando libera o contingenciamento, ele vai garantir os R$ 57 milhões. É algo muito pequeno (em comparação ao orçamento total). Farmácia Popular é a mesma coisa. O presidente chamou o Paulo Guedes na hora. Guedes já ficou com dever de casa de cortar de outros lugares para repor. O que existe no governo muitas vezes é o seguinte, você tem que performar. Se você não executa até setembro, sofre um corte. Parece que foi corte do governo, mas é porque seria impossível executar até dezembro. Na campanha isso soa ‘parece que cortou algo’, mas não.

Que cálculos a campanha faz para reverter a desvantagem de 6 milhões de votos?

A gente terminou o primeiro turno com as pesquisas dando um resultado bem diferente, uma grande possibilidade de primeiro turno (para Lula). E os nossos (institutos de pesquisa) que estávamos nos baseando, cravando segundo turno com 6 pontos (de diferença). A gente ficava muito tranquilo que iria para o segundo turno com uma margem de 4 a 8 pontos. Esse é o cenário que dava para virar no segundo turno. Se o resultado fosse acima de 8, eu achava difícil a virada. Quando veio esse cenário de cinco pontos, a gente sabe fazer conta. Primeiro precisávamos ganhar no Sudeste e ganhar em São Paulo e o Tarcísio (de Freitas) ir para o segundo turno, para a gente ter um arranque. (Bolsonaro) Recebeu apoio do governador de Minas (Romeu Zema), que pode ajudar a virar Minas. Recebemos grandes apoios. A gente projeta mais de 60%, tanto ele quanto Tarcísio (dos votos em São Paulo). Goiás está com o presidente. No Nordeste é o voto de base, (o deputado) coloca o voto na urna.

Como assim?

Teve 82% de votos válidos para deputado federal. A cola desses deputados para sobreviver era com Lula. Se eles colocassem na colinha o nome de Bolsonaro no primeiro turno, eles perdiam voto. E esses deputados que já estão eleitos foram ao Planalto, tiveram com o presidente e disseram: ‘Agora, no segundo turno, é só o presidente. Nossa base vai votar no presidente’. Ele vai ter aí 300 deputados que não trabalharam para ele e que agora vão trabalhar. Hoje vejo perspectiva total de vitória de Bolsonaro.

Lula conseguiu apoios ao centro, como Simone Tebet, enquanto Bolsonaro fechou com os governadores eleitos dos grandes colégios eleitorais. O que vale mais?

Os grandes apoios estão do lado do presidente. O voto da Simone Tebet que ia para o Lula a gente já mediu e foi no primeiro turno. Nas nossas pesquisas, Lula não teve aumento de votos. A gente acredita que ele chegou no teto. Ele recebeu todos os votos possíveis de Ciro Gomes e Simone. Ele perde em São Paulo, perde em Minas. O presidente vai converter votos até pela rejeição, que já diminuiu muito. Quem recebeu apoio foi Bolsonaro. A política sabe ler. O mercado cresceu na segunda-feira, 5,5%. Quem tem leitura política vê que um Congresso conservador assumiu o Senado e a Câmara. Bolsonaro teve um pouco menos votos que esse Congresso. Tem tudo para chegar a esse patamar. A leitura do mercado é: Se Lula for eleito nesse Congresso, o Brasil não vai se entender.

Em um eventual segundo mandato, o presidente conviverá com um Congresso teoricamente menos hostil. A possibilidade de investir no impeachment de ministros do Supremo é real?

O presidente me disse: ‘Fábio, você tem ideia do poder que tem um presidente da República? É maior do que você pensa. Se eu quisesse, estaria em lua de mel tal com os ministros do Supremo, com o Judiciário, com a imprensa, o problema é que eu estaria traindo o meu eleitor’. Ele tem uma crise de consciência. Quando viu esse resultado, disse: ‘Isso é um recado para todo mundo que achava que ia ser uma derrota geral’. Você vê a conversa dele com o (Sergio) Moro. Se chegar qualquer conversa que for com alguém e a pessoa falar: ‘Presidente, daqui para frente, o sr. se excedeu aqui, vamos conversar’. O presidente é zero revanchista.

O presidente insiste em colocar em dúvida o resultado das urnas. No pedido da Defesa, o TSE atestou que não houve fraude. O presidente não precisa se manifestar? É uma questão que tensiona o processo eleitoral.

A gente respeitou totalmente o resultado. O presidente disse: ‘Eu só quero que tenha mais transparência’. Acho que (o ministro) Alexandre (de Moraes) teve papel importante nisso. Depois que assumiu (o TSE) ele aceitou as Forças Armadas, acho que diminuiu bem a tensão e foi quando a gente conseguiu prosseguir nesse assunto. Aqui e acolá pode ter alguém que fale alguma coisa, um fato isolado. Se você olhar para o fato central está pacificado, mas o presidente quer que as Forças continuem lá dentro, contribuindo.

Estimular as pessoas a não responder uma pesquisa eleitoral não é contribuir para um processo que pode virar desinformação?

Eu pedi para elas não responderem porque erraram no primeiro turno. Nossas pesquisas dando 2 ou 3 pontos e eles soltaram 17 de diferença. No outro dia começou uma campanha de voto útil, coincidentemente. E isso funcionou para o Lula. Uma boa parte da população vota em quem vai ganhar. Quando vejo que é fair play, eu aceito, mas quando a pesquisa vem, no outro dia vem um trabalho de voto útil e fica um trabalho de uma dando o mesmo resultado da outra enquanto todo mundo está caminhando para outro sentido… Vai induzir voto, vai interferir no regime democrático, a gente tem que reagir. Tem uma parcela do bolsonarismo que não responde pesquisa. Vão sempre errar, eu pedindo ou não.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após sair na liderança no primeiro turno das eleições ao Palácio dos Bandeirantes, o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos) pregou continuidade na gestão estadual, se eleito, e disse ao Estadão nessa quinta (6) que "não vai ter tecla reset" ou "cavalo de pau" em São Paulo. O candidato afirmou que não estará ao lado do governador Rodrigo Garcia (PSDB) na TV, e que tucanos não devem assumir cargos em secretarias ou diretorias de estatais se for governador. O ex-ministro afirmou que seu eventual governo vai privilegiar técnicos de carreira nas posições de comando.

Apesar de dizer que não estará no palanque com Garcia, que confirmou "apoio incondicional" a ele e à reeleição de Jair Bolsonaro nesta semana, Tarcísio disse que o embarque do tucano é "bem-vindo" e que vai dar continuidade a algumas políticas da atual gestão, se eleito governador.

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Nos últimos três dias, os diretórios estaduais do Podemos, MDB e União Brasil também embarcaram em sua candidatura. Questionado se, em eventual eleição, vai terminar o mandato de quatro anos no governo de São Paulo, o ex-ministro disse somente que se compromete a "trabalhar e entregar". "Não sei, não sei se estou vivo amanhã", pontuou.

Eleição nacional

Sobre o resultado do primeiro turno da eleição nacional, Tarcísio disse que "o bolsonarismo saiu fortalecido". "Lula teve a maioria eleitoral, a maioria política ficou com Bolsonaro. Bolsonaro fez 20 dos 27 senadores. O partido do Bolsonaro fez 99 deputados. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal estão na mão da direita".

São Paulo

Na disputa ao Bandeirantes, ele alegou que não se surpreendeu com a vitória de Haddad na capital paulista. "A gente não pode se surpreender com esse movimento. A capital se move por ciclos", disse, ressaltando a alternância de poder entre direita e esquerda na Prefeitura.

Dilma

Servidor de carreira, Tarcísio disse que assumiu cargo no governo da ex-presidente Dilma Rousseff por ter visto uma oportunidade de "dar o exemplo". Sobre o governo do PT à época, argumentou que houve pressão para que saísse do cargo no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), mas que foi blindado para continuar atuando contra a corrupção.

Apesar de criticar a gestão de Dilma e dizer que ela não percebeu ou coibiu "a corrupção acontecendo embaixo do nariz", Tarcísio afirmou que tem gratidão à petista. "Por que não teria? Ela foi muito correta. Não quer dizer que eu ache o governo dela um bom governo. Não acho que ela tenha acertado como presidente", disse.

Padrinho político

Tarcísio também defendeu a atuação de Bolsonaro à frente do governo federal e de programas no Nordeste. Questionado sobre a associação entre nordestinos e analfabetismo feita pelo presidente nesta semana, disse que "quem está muito exposto, uma hora ou outra dá uma escorregada", mas ponderou que Bolsonaro está "mais maduro, muito apto".

PSDB

Tarcísio afirmou que não via sentido ter Garcia em seu palanque, e que o apoio é programático. "As estruturas que estavam mobilizadas vão trabalhar agora em nosso favor", disse. "Tenho que deixar claro que há uma mudança. A mudança não significa desconstrução, porque as boas políticas públicas que já estão incorporadas e fazem parte do dia-a-dia paulista têm que ser preservadas", defendeu. Ele prometeu dar continuidade e ampliar programas de transferência de renda e de segurança alimentar, como o Bom Prato.

Covas

Tarcísio também ressaltou o legado tucano no Estado. "Não vou ficar trocando nome de programa, eu quero resolver problemas. Vou manter o que é bom e acelerar o que eu acho que está andando devagar", completou. Ele reforçou que não preservará cargos de tucanos em secretarias ou diretorias de estatais, mas que vai privilegiar técnicos de carreira nas posições de comando.

O candidato atribuiu as políticas que deram certo do PSDB ao ex-governador Mário Covas, morto em 2001. "Covas foi um grande governador e depois dele você teve um lampejo de gestão com Serra mas faltou novidade com Alckmin", disse. "Gestão Doria é para ser esquecida". Segundo ele, o ex-governador Geraldo Alckmin, que agora concorre à vice de Lula, fez um governo burocrático, sem inovações.

Terceira colocada no 1° turno da eleição presidencial, quando recebeu 4,9 milhões de votos (4,16%) a senadora Simone Tebet (MDB), de 52 anos, declarou apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na segunda etapa, mas não deixou de fazer críticas ao petista e se colocou contra a hipótese do partido ingressar em um eventual governo.

"Ao olhar apenas para o retrovisor e falar dos possíveis acertos do passado, Lula menosprezou e não deu conforto para o eleitor", disse Simone nesta entrevista ao Estadão. A seguir, os principais trechos:

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A sra. defende que o MDB esteja em um eventual governo Lula?

Não defendo. Acho que o MDB tem que manter sua autonomia como um grande partido de centro democrático no Brasil. É fundamental que o MDB se fortaleça como o fiel da balança. Quando falamos do centro democrático temos que incluir o PSDB, por mais machucado que tenha saído do processo, além do Cidadania e o Podemos. Isso não significa que o partido não possa dar apoio ao próximo presidente nas pautas construtivas. Há um país a ser reconstruído, mas sempre critiquei o fisiologismo do partido. Não vejo dificuldade de composição, mas não pode ser na velha tradição do toma lá, dá cá, da troca de cargos por apoio.

O ex-presidente indicou que a sra. pode estar em um eventual ministério. Cogita essa hipótese?

Nada me foi oferecido. O Lula tem a experiência de saber lidar com a classe política. Ele sabe muito bem com quem fala e com quem trata. A conversa foi muito clara. Meu manifesto estava pronto e eu ia declarar o meu voto à favor da democracia e da Constituição por amor ao Brasil. Eu não vejo uma escolha difícil porque não há dois lados. Um eu reconheço como democrata apesar de todos os defeitos, o outro não. Há um lado só. Mas meu apoio não será por adesão, mas por propostas. Se eles tivessem com intuito de aceitar minhas propostas, o apoio seria maior.

Lula sinalizou que deve aceitar as suas sugestões?

Apresentei sugestões palatáveis, mas decisivas. Coloquei todas no mesmo guarda chuva. Não estou falando de teto de gastos, mas seja qual for a âncora fiscal ela precisa existir como um meio para alcançar a responsabilidade social. As propostas a princípio foram bem aceitas. Amanhã (hoje) eles devem acatar essas sugestões. Provavelmente vai haver um encontro meu com o ex - presidente Lula.

A sra. falou em âncoras fiscais. Não falta clareza no programa econômico do Lula?

Total. Todos nós erramos na campanha. Foi isso que tirou a vitória do Lula no 1° turno. Ao mesmo tempo que pregava o voto útil, que é legítimo, e eu faria a mesma coisa, ele não apresentou ao Brasil as propostas que ele vai fazer se for eleito. Ao olhar apenas para o retrovisor e falar dos possíveis acertos do passado, Lula menosprezou e não deu conforto para o eleitor. O eleitor ficou desconfiado e concluiu que precisava de mais tempo.

Isso prejudicou a 3.ª via...

Foi aí que eu e Ciro desidratamos. Cheguei a bater em 11% nos trackings em São Paulo. Na reta final, o eleitor migrou mais para o Bolsonaro. Agora será diferente. Será uma nova eleição. É muito difícil o Bolsonaro conseguir desidratar os votos do Lula.

A sra. falou que o respeito à democracia pesou na sua decisão. Não falta o ex-presidente se posicionar de maneira mais crítica em relação aos regime antidemocráticos latino-americanos? E tem também a ideia de regulamentar a mídia...

Sem dúvida. Nesse aspecto da mídia ele recuou, mas precisa deixar isso mais claro. O editorial do Estadão foi brilhante. Não é que o eleitor escolheu um Congresso mais conservador. Isso é do jogo e faz parte da democracia. O problema é que junto com esse conservadorismo vieram pessoas com pautas reacionárias e que representam o extremismo. Houve um aumento da bancada da bala. Não dá para desconsiderar que no caso de uma possível reeleição do Bolsonaro ele terá uma hegemonia de poder que há muito tempo não se via. Teria o controle do Congresso Nacional para se assenhorar do único poder que não é político, que é o Judiciário. Quando a gente fala de ditaduras de esquerda, não tem como apagar a história do PT. Temos que olhar para frente e para o Brasil de hoje. Eventual vitória de Bolsonaro pode dar a ele o controle do STF.

Como foi tomar a decisão de apoiar Lula?

Foram as 48 horas mais difíceis da minha carreira política. O maior risco político que eu já corri foi tomar uma decisão, mas não havia outro caminho. Conhecidos, correligionários e parentes me imploraram por minha neutralidade no 2.° turno.

Por que fez a declaração de apoio ao Lula sozinha sendo que muitos emedebistas estavam em São Paulo?

Muitos não estiveram comigo na campanha. E quem estava precisava manter a imparcialidade.

Pretende participar dos programas de TV e subir no palanque do Lula?

Tudo que for necessário fazer para garantir a democracia como pilar estou disposta a fazer, mas como defesa do Brasil.

Participar de uma entrevista de emprego é um momento crucial para a vida profissional e que pode causar medo em muitos candidatos. Com o objetivo de explicar mais sobre o tema e auxiliar os profissionais, o Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube) realizou uma pesquisa e com o tema “qual a sua maior dificuldade em uma entrevista de emprego ou estágio?”e trouxe a opnião de Vitória Ribeiro, selecionadora da empresa.

Cerca de 41,26% dos entrevistados (8.858) citaram a dificuldade em controlar a ansiedade e o nervosismo como o principal obstáculo no processo seletivo. Segundo Vitória, estar preparado já auxilia bastante. Para isso, conhecer um pouco sobre a empresa, o cargo e os planos para a carreira trarão mais confiança. “Além disso, é importante respirar, inspirar pelo nariz e expirar pela boca. Parece simples, mas ajuda a se comunicar melhor. Isso deve ser feito antes da conversa e, se necessário durante, nos períodos de pausa. Essa prática traz mais segurança e clareza”, afirma, segundo informações divulgadas pela assessoria de imprensa.

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Como consequência, 26,61% (5.713) não sabem como demonstrar suas competências em um diálogo. Para a especialista, é possível demonstrar as habilidades contando a história acadêmica e profissional, focando principalmente em situações de destaque e êxito, como desafios solucionados em trabalhos em grupo, ideias de melhoria propostas e implementadas, entre outros. Ela ainda reitera ser fundamental trabalhar a objetividade para ser assertivo na hora de contar essas situações. 

Já 8,04% (1.725) não sabem como falar de si naquele curto espaço de tempo. Vitória orienta que, antes da seleção, é interessante avaliar quais são as vivências determinantes para a oportunidade oferecida, algum trabalho voluntário ou acadêmico e como contribuíram para sua formação. “É preciso filtrar as informações imprescindíveis para aquele instante, usando-as a seu favor e compartilhando as partes mais relevantes de sua trajetória.” 

Da mesma forma, 18,61% (3.996) não sabem como falar os pontos fracos e fortes na entrevista. De acordo com a recrutadora, é preciso ser honesto e não dar respostas vagas como “proativo”, “perfeccionista” e “comunicativo”. O candidato deve buscar em seus comportamentos quais características podem agregar à corporação e explicar os motivos para ser escolhida. Em relação aos pontos de melhoria, o indicado é pensar em suas limitações e ao mesmo tempo contar como lida com esse aspecto para não afetar na produtividade da empresa. 

Por fim, para 5,48% dos entrevistados (1.176) não é fácil mostrar ao recrutador o tamanho da vontade de ingressar naquela vaga. "É essencial ser honesto e entender internamente o motivo do interesse por aquele posto. Pode estudar um pouco as atividades e decifrar porque elas despertam algum interesse, ou seja, qual parte naquela rotina chama a atenção? Se imagina ali daqui vários anos? Teria satisfação profissional? Respondendo essas perguntas a si mesmo, ficará mais fácil de pontuar ao selecionador”, conclui a selecionadora.

O Plurarte flutuou no superpapo com o músico Cris Barea. Ele falou do seu amor pela arte e do papel do artista na sociedade. “A arte é uma forma de se conectar com o espírito criador”, diz. Cris é um dos idealizadores e criadores do Instituto Ilumina, em prol das natureza, arte e educação. Como cantor, compositor e arranjador, integra a Banda Saciwere, de Brasília.

Apresentado por Sandra Duailibe, o Plurarte está no ar sempre às sextas-feiras, na Rádio Unama FM (105.5), às 13h20, com reapresentação aos sábados, às 10 horas, e publicação no portal LeiaJá. Acesse o canal do Plurarte no Youtube aqui.

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Nesta reta final da corrida pelo Governo de Pernambuco e na tentativa de ajudar os eleitores que ainda estão indecisos em quem irão votar, o LeiaJá convidou os cinco candidatos que melhor pontuaram nas pesquisas eleitorais para conversar sobre as suas propostas. 

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Anderson Ferreira (PL), segundo candidato entrevistado pelo portal, garantiu que um dos seus principais trabalhos, se governador de Pernambuco, será a geração de emprego e promete 600 mil postos de trabalho em quatro anos. "Nós vamos potencializar a economia de cada região. Nós temos um Estado com diferenças sociais bem acentuais e potências econômicas nessas regiões. Temos o pólo do agreste, que tem o pólo têxtil e a bacia leiteira, temos o pólo gesseiro, o turismo religioso e uma área de litoral muito forte que pode ser potencializada. Se você potencializa esses polos, você impulsiona a economia local”, detalha.

Confira a entrevista completa e as propostas apresentadas

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Entrevista com os candidatos

Os cinco principais candidatos foram convidados pelo LeiaJá para debater Pernambuco. No entanto, Marília Arraes (Solidariedade), Danilo Cabral (PSB) e Raquel Lira (PSDB) não tiveram agenda para conversar com o portal.

Esta era a segunda vez que *Ana (nome fictício), de 25 anos, participava de uma seleção na Maracatu Digital Intelligence, agência de marketing localizada na Reserva do Paiva, no Cabo de Santo Agostinho. Dessa vez, de acordo com *Ana, não havia outros candidatos para participar da dinâmica.

“Cheguei cedo e fiquei esperando na praça de alimentação (...) só tinha eu dessa vez. Na outra vez, tinha uma menina e um menino lá. Ele disse que seria entrevista coletiva, cheguei lá, falou comigo e quando terminou, foi fazer com os dois juntos. Dessa vez ele não pediu nada e disse 'agora dessa vez vai dar certo'", contou em entrevista ao LeiaJá.

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Na agência, ela foi recebida por um dos sócios, Dinho Araújo, que foi responsável por conduzir a entrevista no primeiro momento. "[Ele] me explicou o que eu tinha que fazer e foi enfático toda vez sobre o design dos posts. Porque, na outra vez, eu disse que eu só sabia mexer no Canva, ele tirou sarro da minha cara. 'Qualquer um sabe mexer no Canva. Até eu', bem debochado. Dessa vez, era o tempo inteiro 'mas é a escrita, viu? ESCRITA' só faltou gritar”, relembra. Após algum tempo, Laura Araújo, que também é responsável pela Maracatu Digital, começou a participar da entrevista.

Na ocasião, segundo Ana*, Laura falou sobre um ex-funcionário. "Começou a falar mal dele o tempo inteiro e a ridicularizar", disse à reportagem. A sócia da agência de marketing teria alegado que o ex-funcionário “não aguentou a pressão, por isso, se demitiu”. O comentário foi seguido por um questionamento de Dinho Araújo a Ana*: “tu toma Rivotril?”

Ao ter uma negativa da jovem, Dinho teceu outros comentários sobre o ex-funcionário. “Esse ex-funcionário disse que começou a tomar Rivotril por causa do trabalho (...) os jovens hoje em dia não querem trabalhar porque são muito mimados, têm tudo na mão e não aguentam pressão”, expôs à candidata. “Na parte que perguntaram se eu tomava Rivotril: eu disse que antes de começar, eu pularia do barco porque não vale comprometer saúde mental com excesso de trabalho. Me olharam calados”, contou.

Ao ser questionada sobre a idade, Ana* foi criticada por não está no mercado de trabalho. “Ela [Laura] falou: e nunca trabalhou? Que estranho. Então, ele [Dinho] disse que era porque essa geração é mimimi e Nutella, não conseguem fazer nada”.

Lula ou Bolsonaro?

Ainda durante a dinâmica, os contratantes iniciaram a questionar sobre posicionamento político nestas eleições presidenciais. “tu é de direita ou esquerda”, teria perguntado Dinho. “No início, eu não saquei, falei “hã”? Ela [Laura] falou: 'Bolsonaro ou Lula?', disse que era Lula”, afirma Ana*.

Após a resposta, um dos contratantes fez insinuações acerca do ex-presidente. “Ele [Dinho] disse ‘não faça isso’, não perca seu voto. Você não sabe o que é um país em crise? Lula colocou o país em crise. Ele é um ladrão!” Ao tentar argumentar, Ana* foi interrompida por outro comentário do dono da Maracatu Digital. “Você nunca pagou conta, nunca pagou imposto, nunca viveu uma inflação”.

"Gastei dinheiro para ser humilhada"

A entrevista durou aproximadamente 15 minutos. Tempo em que Ana* foi alvo de brincadeiras, realizadas por Dinho, mas apaziguadas por Laura. “Ele fazia piada, falava indiretamente. Ela disse ‘olha, ele faz muitas brincadeirinhas, porque ele é assim, mesmo. Eu não ligo’”. De acordo com a jovem, este foi o único momento em que permaneceu calada. “Eu pensei ‘que brincadeira é essa, né?' Que ela já vai avisando antes e que em algum momento futuro poderia dar margem pra assédio’”.

Para ela, a vaga de redatora na agência de marketing, cujo salário ofertado, para 40 horas semanais, é de R$ 1.500,  já não fazia mais sentido. “Que tipo de entrevista para emprego é essa onde você fala mal, caçoa de um ex-funcionário na frente de um possível empregado? Fica de piadinha e indireta, porque até esse momento, eu ‘tô’ desempregada. E ainda tenta virar voto, duvidar da minha inteligência, devido à política, e dizer que não aguento a pressão do lugar? Não pede textos pra analisar, não pergunta nada sobre a profissão ou qualquer coisa relacionada a isso. Isso não é entrevista, gastei dinheiro pra ser humilhada”, desabafa.

Em um jogo de 'empurra-empurra', ficou decidido que Ana* seria contratada e começaria no mesmo dia da entrevista ou no dia seguinte. "Eu só ‘tava’ com dinheiro da passagem e identidade. Quando fui ao banheiro, esqueci que ‘tava’ menstruada. Falei que não poderia ficar naquele dia, mas que amanhã, às 8h, estaria lá. Ele [Dinho] disse 'tá certo'", ressalta.

Ao chegar em casa, ela foi surpreendida por uma mensagem enviada pelo WhatsApp por Laura Araújo. "Eu estava precisando de alguém para hoje e começar imediato. Eu agradeço a sua disponibilidade por ter vindo."

Em seguida, Ana* retornou a mensagem: "Não entendi. Me perguntaram se EU poderia escolher hoje ou amanhã pra começar, e já dispensaram? Expliquei o porquê não poderia ficar hoje." E complementou: "Bom, eu queria pontuar que vocês são péssimos entrevistadores. Falar mal de ex-funcionário, ridicularizá-lo por causa de saúde mental, e colocar partido político como crivo de inteligência, assim como diminuir alguém por não ter trabalho ou não seguir partido, só mostra a falta de respeito e profissionalismo de ambos".

O desabafo foi respondido por Laura, que apenas agradeceu o feedback e desejou "muito sucesso e espero que você se coloque logo no mercado de trabalho".

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O que diz a Maracatu Digital Intelligence

Procurada pelo LeiaJá, a agência de marketing, por meio de nota, ressaltou que os processos seletivos da empresa levam em "conta apenas aspectos curriculares e profissionais" e que a equipe é "composta por profissionais multiculturais de diversas crenças, orientações sexuais, identidades de gênero e ideologias distintas".

Além disso, a Maracatu Digital alega que o relato de Ana* "vai de encontro ao nosso compliance" e que a empresa repudia "qualquer prática nesse sentido, como mencionado acima, nossa equipe é completamente plural e diversa".

Antes de virar rei nos celulares de adolescentes de todo o mundo, o TikTok passou por um longo desenvolvimento de erros e acertos dentro e fora da ByteDance, gigante chinesa dona da plataforma. O caminho envolveu testes com música, notícias e memes. Mas foi o formato de vídeo curto que garantiu a popularidade.

No livro TikTok Boom, lançado em abril no Brasil, o jornalista britânico Chris Stokel-Walker conta a trajetória da rede social, dos primeiros dias apenas na China à fusão com o Musical.ly. No livro, também é possível entender como a chegada de um app chinês fez barulho no governo americano, resultando em uma batalha que quase fez o app ser banido no país.

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Em entrevista ao Estadão, Stokel-Walker reconhece que o TikTok tem desafios no futuro. Porém, ele crava que o TikTok permanecerá no topo dos downloads de apps por muito tempo. Além da potência do algoritmo para entender tudo aquilo que os usuários gostam, a ByteDance aprendeu com erros de rivais, como o Facebook.

Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista.

O TikTok parece ter seus passos bem divulgados na internet. O que mais surpreendeu sobre a empresa durante o livro?

Uma das coisas que mais me deixaram surpreso é que as pessoas ainda pensam que o sucesso do TikTok aconteceu do dia para a noite. Elas acreditam que não existia a plataforma até o começo de 2020 - e que, de repente, se tornou um aplicativo com mais de 1 bilhão de usuários no mundo. O que as pessoas pensam que foi sorte foi, na verdade, um movimento de uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, desenvolvendo o sucesso do aplicativo a partir de seus predecessores.

Desde o ano passado, empresas como o Facebook já falaram abertamente sobre como o TikTok é uma ameaça aos seus negócios. O quanto a ameaça é real?

Passamos os últimos 25 anos online seguindo regras que eram ditadas por poucas empresas do Vale do Silício, nos EUA. Vivemos nossas vidas pelas lentes do Facebook e do Instagram. Consumimos notícia pelo Twitter, com a empresa decidindo o que é importante. O que preocupa algumas pessoas é a ideia de um app de fora dos EUA se tornar popular e a ideia de quem vai ter o controle da internet no futuro.

O TikTok pode vencer a batalha com o Facebook mesmo com as mudanças de ferramentas das plataformas para se tornarem mais semelhantes?

Acho que o que é significativo sobre o TikTok é que ele tem esse elemento intangível por trás. O Facebook já teve um app parecido, o Lasso, uma primeira tentativa de derrubar o TikTok, mas não funcionou. O TikTok tem esse algoritmo que nos conhece melhor que nós mesmos e estamos vendo uma mudança no poder das empresas. O TikTok aprendeu com os erros das outras redes sociais, como o Facebook, e isso faz com que eles evitem ao máximo repeti-los.

Por que o Vale do Silício está tão preocupado com o TikTok?

Talvez o que assuste as outras empresas de tecnologia é que elas passaram anos construindo a posição que elas ocupam na nossa vida. E, de repente, o TikTok conseguiu entrar pela porta dos fundos, com esse formato de vídeo curto, e deixou todo mundo viciado. A ideia de o TikTok virar um superapp no futuro, como o WeChat na China, pode acontecer. A ByteDance nunca planejou ser apenas mais uma empresa chinesa. Eles investem no formato.

Nas últimas semanas o TikTok lançou uma versão do app similar ao BeReal, rede francesa de fotos ‘espontâneas’. Isso pode significar um esforço menos voltado para o foco do usuário e mais para acompanhar o mercado?

É muito interessante ver os paralelos entre os dois apps. O TikTok é muito consciente dos problemas de seus antecessores. Ao copiar o BeReal, e colocar outro recurso no aplicativo, isso prejudicaria a reputação do TikTok entre os usuários? Partindo do princípio de que ele está ciente de como o Facebook colocou vários recursos diferentes em seu aplicativo e acabou assustando todo mundo, talvez haja uma razão por trás disso e pode ser que o TikTok seja bem-sucedido.

No livro, o sr. comenta sobre o TikTok desenvolver formas próprias de atrair usuários. Com a popularidade, existe chance de a empresa ser menos criativa daqui para frente?

Uma das questões-chave ainda desconhecidas é como as pessoas vão continuar olhando para o aplicativo. Análises da empresa de monitoramento SensorTower identificaram, pela primeira vez, que o crescimento do TikTok está ficando mais lento. Isso foi visto como uma grande questão para eles. Como vão resolver esse problema? Esse é um risco constante quando um aplicativo se torna maduro. Esse é o risco que o TikTok corre em cada nova ferramenta que eles adicionam, de diluir o que os tornou populares.

Os EUA lideram a discussão sobre coleta e armazenamento de dados de usuários no TikTok, afirmando uma possível ligação com o governo chinês. Essa preocupação faz sentido?

O TikTok tem consciência sobre os dados que recolhe. Eles precisam ser muito cuidadosos na forma em que lidam com isso. Mesmo que a gente tenha identificado problemas com o TikTok, existe o argumento de que eles são mais observados do que qualquer outra empresa por conta de suas origens. Além disso, vivemos em um mundo pós escândalo da Cambridge Analytica, no qual passamos a ver mais o que empresas de tecnologia fazem com os dados que armazenam.

Então, o TikTok não apresenta evidências de compartilhamento de dados?

Eles não enviam sistematicamente os dados para a China. Mas o TikTok agrega os dados, extraem padrões gerais e enviam esses padrões para o time de engenharia que está baseado na China, porque a maioria dos engenheiros da empresa trabalha lá. A empresa afirma que eles nunca compartilharam dados com o governo chinês e que nunca irão. Eu não sou o melhor jornalista do mundo, mas também não sou o pior. Se eu tivesse evidências de que o governo chinês tem acesso aos dados, eu reportaria. Isso não significa, no entanto, que isso não aconteça. Não posso afirmar com 100% de certeza.

Estamos em ano de eleição aqui no Brasil, e desinformação é um assunto relevante nas plataformas. O TikTok tem interesse em moderar esse conteúdo?

Nenhuma plataforma de tecnologia quer moderar conteúdo político porque, não importa o que façam, vão desagradar à metade dos usuários. Então, historicamente, nós vemos as plataformas fugirem dessas questões sensíveis desesperadamente. O TikTok, e as redes em geral, sempre podem se "livrar" desse questionamento político dizendo "vamos permitir conteúdos em contas pessoais, mas não vamos permitir que exista publicidade paga". Quando há dinheiro envolvido, as coisas começam a se tornar um problema.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Copa do Mundo é uma época tradicional de compra de novas TVs para acompanhar os jogos. Com a concorrência mais acirrada das multinacionais LG e TCL e um mercado com vendas abaixo do patamar pré-covid, a Samsung aposta em sua capacidade de convencer o consumidor. "Queremos que o consumidor chegue à loja sabendo qual TV comprar", diz ao Estadão o vice-presidente da divisão de eletrônicos de consumo da Samsung no Brasil, Gustavo Assunção. A aposta da empresa sul-coreana, que lidera o setor no País com 43% do mercado segundo a consultoria Statista, é de que a Copa irá aumentar as vendas de TVs com telas de 65 polegadas ou mais e também de modelos top de linha.

Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista.

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O consumidor brasileiro ainda usa a Copa do Mundo como um marco temporal para trocar de TV?

Sem dúvida. Para a Copa de 2022, temos o objetivo de consolidar a venda de telas de 65 a 85 polegadas, e vender produtos mais sofisticados, como os televisores Qled e Neo Qled, tanto 4k quanto 8k.

Como a empresa trabalha com as varejistas para aumentar as vendas de televisores para a Copa?

Há um planejamento de demanda e entrega para evitar gargalos de distribuição. Isso acontece não só com os grandes, mas também com os varejistas regionais. Queremos convencer o consumidor no momento da pesquisa para que ele chegue à loja sabendo qual TV comprar. Como fazemos em todos os anos, apoiaremos nossos parceiros comerciais, com treinamento, bons conteúdos, e, naturalmente, boas ofertas e campanhas dedicadas para a data.

Por que a Samsung mantém tanto uma loja virtual própria quanto parcerias com varejistas no País?

Nem sempre conseguimos oferecer todos os nossos produtos por meio dos parceiros comerciais. Nossa loja é complementar, ela oferece todo o portfólio. O objetivo não é ser o principal canal de vendas, mas um local para eliminar dúvidas. Na nossa loja online, por exemplo, estamos lançando uma plataforma que sugere a TV ideal a cada consumidor a partir de um questionário de cinco perguntas.

Como a empresa vê a chegada de concorrentes brasileiros, como Multilaser, e multinacionais, como TCL?

A chegada de novos concorrentes não nos surpreende, mas não vamos abrir mão do protagonismo. Seguiremos com o objetivo de oferecer produtos inovadores, mas que também são sustentáveis. As caixas dos televisores são ecológicas e nosso controle remoto dispensa o uso de pilhas.

O segundo semestre é marcado pela Black Friday e pelo Natal. Qual é a expectativa para este ano?

A locomotiva de crescimento para o segundo semestre serão as telas grandes e as TVs premium, que esperamos um aumento de vendas de 46% e 93% em receita, respectivamente.

A retração das vendas no varejo em 2022 afetou o comércio de televisores?

As vendas ainda estão em patamar inferior ao período pré-covid, mas já observamos uma melhora neste semestre. O consumidor está menos confiante, mas entende quando há uma boa oferta. Por isso, buscamos eliminar barreiras de compra.

Como o cenário macroeconômico, de alta de juros e inflação, afeta a demanda por TVs no Brasil?

Esse momento desafiador é global e afeta outros segmentos. Estudamos os segmentos afetados e trabalhamos junto aos varejistas para resolver isso. Confiamos muito no nosso portfólio. Vamos trabalhar fortemente em comunicação e com o varejo. Acredito que o Brasil vencerá nos campos e também nas vendas de TVs.

A médio e longo prazo, qual é o plano para não perder a liderança de vendas de TVs no País?

Somos líderes globais há 16 anos consecutivos no mercado de TVs. Nenhuma fabricante chega a essa marca sem oferecer os melhores produtos e serviços. Temos TVs para público jovem e de estilo de vida, além de produtos tecnológicos. Buscamos ter sempre a melhor oferta no momento e lugar certo para o consumidor.

O mercado corporativo é relevante nas vendas de televisores no Brasil?

As vendas do varejo são em maior volume, mas temos uma quantia relevante de vendas para grandes e pequenas empresas. Cada vez mais, as telas servirão como principal equipamento para exibir informações em todos os tipos de ambiente, desde salas de aula até grandes pavilhões de eventos.

Segundo a CNI, a indústria teve retração de 3,7% no primeiro semestre. A Samsung vai continuar a produzir televisores localmente?

Estamos no País há 35 anos. O Brasil é um mercado prioritário e relevante na operação global. Em grande parte, isso veio de ter uma fábrica local, o que mostra o compromisso com o mercado e nos dá chances de aprender com os gostos dos brasileiros. Não só temos intenção de manter a fábrica, como trabalhamos todos os anos para modernizá-la. Todos os produtos avançados são fabricados no Brasil, como a Neo Qled 8K. Ter a fábrica é uma condição estratégica para a operação. Acreditamos no mercado brasileiro.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) liderou na audiência das entrevistas com presidenciáveis do Programa do Ratinho, no SBT, que foram transmitidas entre o último dia 13 e essa quinta-feira (22). O ex-presidente e candidato que lidera as pesquisas, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), teve o menor índice de audiência entre os entrevistados. Os dados foram repassados pela emissora ao Estadão.

Bolsonaro teve média de 6,4 pontos de audiência, com pico de 5,8. O petista marcou 5,1, com pico de 5,8 pontos. Ciro Gomes (PDT) aparece em segundo lugar no ranking de audiência, com média de 5,4 e pico de 5,6. Os números de Simone Tebet (MDB) foram 5,3 e 5,8.

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Sob a ótica do share (taxa que compara o total de pessoas com aparelhos televisores ligados àquelas sintonizadas na emissora), Bolsonaro continua na liderança (9,6%) e Tebet aparece em segundo lugar (8,2%). Lula e Ciro dividem a última posição (ambos com 8,1%).

Lula encerrou a série de sabatinas chamada de "Candidatos com o Ratinho". No programa de quinta-feira, o petista se definiu como um "socialista refinado" por defender a propriedade privada e afirmou que a regulação da mídia, pauta que defende, cabe ao Congresso e não ao presidente da República.

Mesmo com a pior entre as audiências, o candidato do PT aproveitou a repercussão da entrevista e compartilhou nesta sexta-feira (23), um vídeo com cortes da conversa em que diz gostar "de uma cachacinha" e "ser um cara refinado". A publicação ressalta o tom informal da sabatina no SBT e a compara com "uma mesa de bar".

O primeiro a ser entrevistado foi Bolsonaro, em 13 de setembro. Ciro foi ouvido no dia 19 e Tebet, 20.

Confira os dados da audiência no SBT:

Candidato: Jair Bolsonaro | Média: 6,4 | Pico: 7,3 | Share: 9,6%

Candidato: Ciro Gomes | Média: 5,4 | Pico: 5,6 | Share: 8,1%

Candidato: Simone Tebet | Média: 5,3 | Pico: 5,8 | Share: 8,2%

Candidato: Luiz Inácio Lula da Silva | Média: 5,1 | Pico: 5,8 | Share: 8,1%

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aproveitou a repercussão de entrevista que concedeu ao Programa do Ratinho nesta quinta-feira (22) e compartilhou, nesta sexta-feira (23), um vídeo com cortes da conversa em que diz gostar "de uma cachacinha" e "ser um cara refinado". A publicação ressalta o tom informal da sabatina que participou no SBT e compara a entrevista com "uma mesa de bar".

Durante a entrevista de 30 minutos, o ex-presidente fez piadas, brincou com o apresentador Ratinho e chamou o presidente Jair Bolsonaro (PL) de "chucrão".

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Na ocasião, o entrevistador perguntou a Lula se a garrafa que o petista costuma carregar nos comícios estaria cheia de água ou de cachaça. "Aquilo é água", respondeu Lula. "Tem certeza?", questionou Ratinho. Lula então argumentou que faz tratamento com fonoaudiólogo para a voz não falhar ao longo da campanha. "Mas eu gosto de uma cachacinha, nós já tomamos juntos na sua casa, onde eu comi a melhor rabada", brincou.

O vídeo compartilhado por Lula também destaca outros pontos da entrevista. Em um deles, Ratinho pergunta ao ex-presidente como ele vai aumentar o salário mínimo, ao que Lula responde apenas: "Aumentando".

Lula também voltou a falar que a população vai voltar a comer picanha, se ele for eleito. "Você pensa que eu não vi você falando em picanha?", questionou sobre entrevista realizada por Ratinho com o presidente Jair Bolsonaro (PL). "Nós vamos voltar a comer picanha, aquela parte com gordurazinha passada na farinha, tomar cervejinha gelada, é tudo que o povo quer", afirmou o ex-presidente.

Em outro momento descontraído, o petista disse que, quando era presidente, Ratinho levou a dupla Bruno e Marrone para comer na Granja do Torto, uma das residências oficiais da Presidência.

O candidato do Republicanos ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas, disse nesta quinta-feira, 22, que não se recordava do bairro e do local de votação no município de São José dos Campos, interior de São Paulo. Questionado sobre onde vota, o ex-ministro afirmou apenas ser "um colégio", sem saber informar qual. "Agora fugiu à cabeça", afirmou em entrevista à Rede Vanguarda, filiada da Rede Globo.

O ex-ministro nasceu no Rio e, até o início da corrida eleitoral, morava em Brasília. Para poder concorrer ao Palácio dos Bandeirantes, transferiu seu título e declarou endereço em São José dos Campos, onde afirma ter familiares residindo há mais de 20 anos. A mudança repentina foi questionada em inquérito do Ministério Público, mas o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) rejeitou por unanimidade a ação movida contra ele.

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O candidato do Republicanos ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas, disse nesta quinta-feira, 22, que não se recordava do bairro e do local de votação no município de São José dos Campos, interior de São Paulo. Questionado sobre onde vota, o ex-ministro afirmou apenas ser "um colégio", sem saber informar qual. "Agora fugiu à cabeça", afirmou em entrevista à Rede Vanguarda, filiada da Rede Globo.

O ex-ministro nasceu no Rio e, até o início da corrida eleitoral, morava em Brasília. Para poder concorrer ao Palácio dos Bandeirantes, transferiu seu título e declarou endereço em São José dos Campos, onde afirma ter familiares residindo há mais de 20 anos. A mudança repentina foi questionada em inquérito do Ministério Público, mas o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) rejeitou por unanimidade a ação movida contra ele.

Na entrevista desta quinta-feira, Tarcísio justificou a escolha por São José por conhecer a cidade e ter familiares morando no município. "No período do Ministério (da Infraestrutura) trabalhamos na questão da (rodovia) Dutra, na questão da concessão do aeroporto, que foi logo após passado para iniciativa privada. Trouxemos investimentos para essa região, tenho familiaridade, tenho vínculo afetivo, frequentei muito durante um período da minha vida, é o local mais lógico para estabelecer domicílio eleitoral", afirmou.

A campanha do governador Rodrigo Garcia (PSDB), que disputa o segundo lugar nas pesquisas com Tarcísio, ironizou a falha do concorrente no Twitter. "Já que é a primeira vez que você vota em SP, clica aqui pra descobrir o seu local de votação", escreveu, inserindo um link do Tribunal Superior Eleitoral que ajuda o eleitor a saber onde vota.

Ministro da Fazenda no governo Michel Temer e presidente do Banco Central nos oito anos do governo Lula, Henrique Meirelles manifestou apoio à candidatura do petista na reta final das eleições.

Ao Estadão, Meirelles diz que Lula já está falando as "coisas certas", como a intenção de fazer as reformas administrativa e tributária, e que a responsabilidade fiscal vai prevalecer com ele novamente na Presidência da República. "Coisas certíssimas. O que precisa é fazer a sintonia fina agora", disse ele, que insiste na necessidade de manutenção do teto de gastos, regra que limita o crescimento das despesas à variação da inflação, criada por ele e sua equipe no Ministério da Fazenda.

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Meirelles não descarta integrar a equipe de Lula, se convidado, mas diz que agora não é o momento de discutir isso. "Como eu disse e já dizia desde aquela época, eu não perco tempo decidindo sobre hipóteses. Se ele ganhar a eleição e quiser conversar comigo, aí vamos conversar", afirma.

A seguir, os principais trechos da entrevista concedida ao Estadão depois da declaração de apoio de Meirelles à campanha de Lula.

Por que o sr. decidiu apoiar o ex-presidente Lula e o que vislumbra pela frente?

Eu me baseei na minha experiência concreta, trabalhando com ele durante os oito anos no primeiro e no segundo mandatos dele. Em primeiro lugar, fizemos um acordo na época de independência e autonomia do Banco Central. Ele cumpriu o acordo. Os resultados foram extremamente positivos. Durante esses oito anos, o Brasil cresceu uma média de 4% ao ano. O País criou quase 11 milhões de empregos. Mais de 40 milhões de brasileiros saíram da linha da pobreza. Quando assumimos, encontrei um acordo com o Fundo Monetário Internacional. O Brasil dependia da aprovação do fundo para adotar uma série de medidas, que o FMI determinava, em última análise, a política fiscal do País. Compreensível, porque o Brasil era devedor. Chegamos a sacar toda a linha (de empréstimo) para pagar compromissos. As reservas internacionais, que eram de US$ 37 bilhões quando assumi, pagando todos os compromissos, chegou a US$ 15 bilhões. E começamos a fazer todo o trabalho. Foi tudo muito bem-sucedido.

Há poucos dias, o sr. alertou que flexibilizar o teto de gastos seria abrir uma porta para o descontrole. O ex-presidente Lula já disse que vai revogar o teto. Não é contraditório?

O que eu disse, e fui muito claro lá, foi que uma das razões era exatamente o fato de que ele (Lula) no primeiro mandato teve austeridade fiscal, entregou superávits primários etc. E a minha suposição é de que essa responsabilidade fiscal vai prevalecer.

Mas o ex-presidente fala abertamente em acabar com o teto, que o sr. criou...

Exatamente. Eu acho que é uma declaração equivocada. Já disse que ele está sendo mal assessorado nesse aspecto.

E o ex-presidente falou o que para o sr.?

Ele não fez comentários. Nós não chegamos a ter uma discussão direta para discutir política econômica. Não é o momento. Inclusive, eu não gosto de ficar muito discutindo hipóteses. Em 2002, eu recebi emissários e tal que me diziam para eu me preservar e não me candidatar na época. Eu tinha saído da presidência mundial do BankBoston e era candidato aqui para deputado federal. Eu disse a mesma coisa, que não trabalho sobre hipóteses. Fiz a minha campanha, me elegi como deputado federal pelo PSDB. Em dezembro de 2002, ele me convidou para ser presidente do BC. Nós acertamos as condições e aceitei. Nós evidentemente vamos conversar no devido tempo. Agora, eu resolvi fazer um movimento em que acredito que a responsabilidade e a realidade vão prevalecer.

O sr. vai participar de um eventual governo Lula?

Como eu disse e já dizia desde aquela época, eu não perco tempo decidindo sobre hipóteses. Se ele ganhar a eleição e quiser conversar comigo, aí vamos conversar. Se não, tudo bem. Ou ele não ganhar ou ele não me convidar. O que eu quero dizer é o seguinte: frente uma coisa concreta eu vou parar para pensar e conversar.

O que é central na política econômica?

Ele (Lula) falou essa questão do teto, mas por outro lado falou coisas muito certas, de fazer a reforma administrativa e de fazer a reforma tributária. Ele está bem assessorado aí. É apenas uma questão de discutir isso com maior profundidade. Com uma reforma administrativa bem-feita, a tributária pode respeitar o teto e fazer programas sociais, investimentos em infraestrutura, e o País crescer muito ao mesmo tempo. Aliás, como fiz aqui em São Paulo.

O sr. vai precisar de um trabalho de convencimento do presidente Lula?

Ele já está falando coisas certas. Da reforma administrativa, da reforma tributária. Coisas certíssimas. O que precisa é fazer a sintonia fina agora.

O sr. sempre enfrentou resistência dos economistas do PT no governo Lula.

É normal. Isso aconteceu quando eu estava no Banco Central. É normal. Como já dizia Nelson Rodrigues, muito expressivo, toda unanimidade é burra.

Como o sr. vê a proposta de waiver (licença para gastar) que o PT e o governo Bolsonaro falam para financiar o Auxílio Brasil?

Eu não sei do que se trata. É uma coisa muito genérica e aberta.

Após discursar da sacada do prédio da embaixada do Brasil em Londres, Jair Bolsonaro (PL) se irritou ao ser questionado sobre o aproveitamento eleitoral da viagem ao funeral da rainha Elizabeth II. Em sua fala aos apoiadores, o presidente cravou que seria reeleito no primeiro turno.   

Recepcionado por admiradores no Reino Unido, Bolsonaro criticou o Supremo Tribunal Federal (STF) e seu maior adversário, o ex-presidente Lula (PT). O discurso eleitoral feito em um prédio oficial motivou as campanhas do petista e de Soraya Thronicke (União) a entrarem com ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

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Perguntado por jornalistas sobre o teor eleitoral do seu pronunciamento e os ganhos políticos da viagem ao Reino Unido, Bolsonaro ficou irritado e mais uma vez fugiu da resposta.

Ele deu as costas e encerrou a entrevista abruptamente. "Você acha que eu vim aqui fazer política? Pelo amor de Deus. Não vou te responder não. Isso é pergunta descente?", disse.

O Ministério da Saúde indica que, pelo menos, dois milhões de brasileiros convivam com o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Cerca de 3% a 5% das crianças em todo o mundo já foram diagnosticadas com o transtorno, que é genético e não tem cura. Durante a pandemia, o debate acerca dos transtornos mentais e síndromes foi acalorado, já que as tensões sociais e econômicas têm grande impacto na saúde mental da população e um “boom” de novos diagnósticos surgiu. 

Nas redes sociais, o burnout (nome mais popular da Síndrome do Esgotamento Profissional) foi o centro de muitos relatos de fadiga, desatenção, ansiedade e sintomas de cunho psicossomático no geral. Esses mesmos sintomas, também associados à depressão, transtorno borderline, entre outros, são parte da rotina de vários dos pacientes com TDAH. A confusão entre os sinais é comum e muitas pessoas não têm ciência de que esses transtornos dialogam dentro de cada sistema e podem, inclusive, serem os provocadores uns dos outros. 

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Na maioria dos casos, o TDAH é melhor tratado com uma combinação de terapia comportamental e medicação. Para crianças em idade pré-escolar (4-5 anos de idade) com TDAH, a terapia comportamental, particularmente o treinamento para os pais, é recomendada como a primeira linha de tratamento antes que a medicação seja tentada. 

O que funciona melhor pode depender da criança e da família. Bons planos de tratamento incluirão monitoramento próximo, acompanhamentos e mudanças, se necessário, ao longo do caminho. Reconhecer o problema e se permitir ser ajudado, porém, é o primeiro grande passo. 

“Busque ajuda. Não é nada demais, você não tem culpa. Nasceu desta forma e a gente sabe que é genético. Buscar ajuda não é ser diminuído, pelo contrário, é mostrar que você é uma pessoa bem-informada e que conhece seu sistema e as mudanças de comportamento. Sempre que preciso, busque um profissional especializado, que tenha as ferramentas e o conhecimento necessários para lhe ajudar nesse momento. O ser humano não é engessado e nem uma ciência exata”, é o que diz o neuropsicólogo Carol Costa, entrevistado pelo LeiaJá. 

Confira a entrevista completa 

— Carol Costa Júnior, neuropsicólogo e coordenador do setor de psicologia do Sistema Hapvida em Pernambuco

LeiaJá: O que é ou o que causa o TDAH? Há mais de um tipo desse transtorno? 

CC: O TDAH é o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade e é genético, as pessoas já nascem com ele. O que as pesquisas indicam é que é genético. Ele provoca alterações físicas e estruturais no cérebro. Sabe-se, de forma muito recente, que o córtex pré-frontal de pessoas que têm o TDAH é um pouco menor do que o tamanho normal. Essa área é responsável pelo sistema inibitório, personalidade, ação, tomada de decisões.  

É um transtorno que afeta a vida da pessoa como um todo. As crianças são mais agitadas que o normal, que não param de falar, se movimentam e falam o tempo todo. Também causa transtornos funcionais sociais, porque muitas vezes só eles falam e têm a vez, e isso para o grande grupo é complicado, pois gera uma estigmatização [das pessoas com TDAH]. 

Temos o TDAH em crianças com predominância do TDA - o déficit de atenção; crianças desatentas, que não conseguem focar e se distraem com facilidade. E tem também as com foco em hiperatividade, as crianças mais agitadas. Os níveis são leve, moderado e severo. Também temos o Transtorno Hipercinético, que se encaixa na condição do TDAH. São formas diferenciadas de apresentação do transtorno. 

LeiaJá: Especialmente durante a pandemia, surgiram muitos relatos e “memes” de pessoas se perguntando: “tenho TDAH, burnout ou depressão?”, e as discussões apontaram para a similaridade entre os sinais de cada um. Essa impressão é verídica? 

CC: Em alguns momentos, os transtornos se fundem. Muitas vezes um é comorbidade do outro. Por exemplo, o espectro autista (TEA), muitas vezes, tem o TDAH como comorbidade. O TDAH pode até se fundir com a depressão. Por quê? Essa criança, ao longo da vida, ela é muito agitada, fala muito e conforme cresce e tem contato com os pares, percebe que as pessoas começam a se afastar dela. Como jovem, passa a ter depressão. Muita gente diz que o TDAH some, mas não é verdade, a pessoa que começa a controlá-lo para não ser banida do convívio social. Muitos também desenvolvem a depressão e a ansiedade por não conseguirem manter o foco, por terem baixo rendimento escolar, embora sejam os mais inteligentes. Tudo isso [os sintomas] é muito próximo. Essas pessoas também têm dificuldade de fixar informações, são muito esquecidas, têm dificuldade de socialização, o que pode se confundir com a ansiedade e com o burnout. 

LeiaJá: Como diferenciar transtornos cujos traços comportamentais e sintomas são parecidos? 

CC: Por isso é necessária uma equipe multidisciplinar. Profissionais especializados para intervir e identificar com segurança e ética onde esse indivíduo está inserido. Para isto, existem algumas escalas de avaliação, testes e questionários, pelos quais conseguimos perceber. Não são transtornos que se percebem através de exames ou de imagens. Todo o diagnóstico é comportamental e observacional-clínico. Logo, são entrevistas com os pais, entrevistas com o paciente e observações do paciente em determinadas situações. Assim, a equipe multidisciplinar chega ao diagnóstico. Em alguns casos, será preciso a intervenção medicamentosa. Há casos de TDAH que precisam, para que as terapias aconteçam, do tratamento medicamentoso, feito com psicofármacos para que a pessoa foque, fique mais atenta, e possa ter uma vida mais funcional. 

LeiaJá: Quem pode fazer o diagnóstico do TDAH? 

CC: O diagnóstico é feito pela equipe multidisciplinar. São parte dessa equipe terapeutas, neurologistas, psiquiatras infantis, neuropediatras, psicólogos, neuropsicólogos, psicopedagogos, professores, médicos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, psicopedagogos, neuroeducadores. Todos esses estão aptos a identificar o indivíduo com o TDAH. O tratamento é através de sessões terapêuticas que trabalham foco, atenção e memória, também com auxílio do tratamento medicamentoso. 

LeiaJá: Qual o grupo (idade, gênero) mais afetado pelo TDAH? 

CC: O TDAH se percebe na infância, geralmente na idade escolar. A prevalência maior é em meninos, mas aí existe uma discussão: será que a prevalência do TDAH é mesmo maior em meninos ou a menina sente um peso social de se manter mais comedida, mais recatada, culturalmente falando? Isso já é base de algumas pesquisas, mas estatisticamente, a prevalência maior é em meninos; os transtornos no geral, as neuropatologias, surgem mais em meninos. Na fase da alfabetização o transtorno costuma ficar mais evidente, por conta da desatenção. O TDAH segue ao longo da vida; não tem cura, mas tem tratamento. 

LeiaJá: O TDAH ainda é um transtorno desconhecido e/ou negligenciado? 

CC: Antigamente tínhamos o menino "danado", agitado, o "burro da sala", a criança que não aprende nada. Esse era o TDAH da época. Isso mudou através da expansão da neurociência comportamental e da psicologia, que ganharam força analisando padrões de comportamento e buscando evidências. Temos uma metodologia para isso. Hoje há um entendimento do que é essa desatenção. Não existe mais o menino burro, mas o que precisa de uma metodologia adaptada. Temos aí os Planos Educacionais Individuais (PEIs), profissionais voltados ao atendimento dessa demanda. É uma dificuldade no aprendizado, mas não é limitante. Cada vez mais as pessoas estão buscando informações e hoje conseguimos ter uma visão um pouco maior. 

 

Oito anos depois de apoiar Aécio Neves (PSDB) no 2° turno da campanha presidencial, a ex-ministra Marina Silva, que disputa uma vaga de deputada federal em São Paulo pela Rede, anunciou, na segunda-feira, que se engajaria na campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Marina já fazia campanha colada em Fernando Haddad (PT), candidato ao governo. A ideia é ajudar a reduzir o antipetismo em parte da classe média, especialmente no interior, e também entre evangélicos.

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Ao Estadão, Marina disse que relevou os ataques do PT e que as pesquisas mostram que o eleitorado de Lula hoje é muito maior que a esquerda ou direita.

Em 2014, a sra. foi muito atacada pela campanha da presidente Dilma e o PT. A sra. Relevou?

O tema relevar é o gesto que aconteceu na segunda-feira. Após uma conversa de duas horas em caráter individual houve um compromisso público e transparente em cima de um documento que está sendo reconhecido no mundo inteiro como uma agenda estratégica para tirar o Brasil da condição de pária ambiental. Isso é olhar de baixo pra cima para ver o que está acima de nós. É isso que importa. Quando a banalização do mal ameaça o tecido social, homens e mulheres precisam defender a democracia e depois tratar de suas diferenças. Existem coisas acima de nós. Acima de mim está a democracia, a proteção da Amazônia e a pobreza.

Como a sra., que é evangélica, explica a resistência dos evangélicos a Lula e apoio a Bolsonaro?

Silas Malafaia já esteve com o presidente Lula e com José Serra. Comigo ele nunca esteve. Lideranças como Marcos Feliciano, Magno Malta, Renê Terranova e Bispo Manoel Ferreira já estiveram com Lula e Dilma. Esse papo de que Lula vai fechar igrejas não é verdade. Sou cristã evangélica da Assembleia de Deus e nunca instrumentalizei a fé nem as igrejas em minhas campanhas.

Esse é o momento de defender o voto útil para tentar evitar que tenha 2° turno?

Esse é o momento de mobilizar a sociedade para derrotar Bolsonaro. Temos que nos dirigir aos cidadãos donos de seu voto. Nesse momento difícil da história do Brasil a gente percebe o que Hannah Arendt chama de banalização do mal, contaminando e degradando o tecido social brasileiro. Os homens e mulheres que defendem a democracia têm que se juntar para preservá-la. Fiz o gesto de uma recomposição política e programática. Acredito que o presidente Lula é quem reúne as melhores condições de ajudar o Brasil a derrotar Bolsonaro e o bolsonarismo, que é a banalização do mal.

Em 2018 a sra. foi vítima do voto útil. Neste ano avalia que é necessário?

Em 2018, de fato, isso aconteceu, mas foi uma decisão das pessoas. Não vi um movimento. Por isso eu insisto: vamos dialogar com as pessoas.

Como explica o fato de Bolsonaro levar tanta gente na rua e a dificuldade do campo de apoio a Lula em mobilizar como no passado?

A pontuação do Lula nas pesquisas é muito maior que o recorte de esquerda e direita. São muito mais os brasileiros que não querem a continuidade do Bolsonaro. Não sei fazer a comparação entre as métricas das ruas. O importante é que a métrica da ética, democracia, liberdade de expressão e direitos humanos vai prevalecer em legítima defesa do Brasil.

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Aretha Souza Fernandes atua há 20 anos no mercado de comunicação. A jornalista é focada em comunicação acessível e na área da saúde. Em Belém, foi repórter do Jornal Amazônia e editora do Diário do Pará, além de ter atuado em agências e assessorias de imprensa do Governo do Estado. Em Marabá, onde mora atualmente, Aretha trabalhou na comunicação do Hospital Regional do Sudeste do Pará e, hoje, é analista de comunicação da agência Planet, onde atende projetos culturais.

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O interesse de Aretha pela comunicação acessível nasceu do contato com a comunidade surda da sua igreja. Ela começou a pesquisar sobre o assunto, aprendeu Libras e levou essa expertise para a comunicação. Segundo pesquisa divulgada pela Agência Brasil, apenas 1% dos sites brasileiros cumpre todos os requisitos de acessibilidade. Nesta entrevista, a jornalista detalha os aspectos positivos do uso desse tipo de comunicação.

 O que é comunicação acessível?

 Comunicação acessível é tornar a informação livre de barreiras, para que qualquer pessoa possa entendê-la. Por exemplo, quando uso legenda em vídeos, a comunicação se torna acessível para surdos oralizados ou pessoas que estejam em um local com ruídos. Se garanto um intérprete de Libras - Língua Brasileira de Sinais, torno acessível para o surdo. Se disponibilizo o recurso de áudio para leitura de textos em veículos digitais, possibilito que analfabetos funcionais acessem a notícia. E assim por diante. A comunicação acessível é um direito de todos e fundamental para o exercício da cidadania.

O assunto parece novo, porém é a base da comunicação, do jornalismo, da publicidade. Em 1948, a Declaração dos Direitos Humanos reconheceu a informação como um direito humano. Infelizmente, a maioria dos profissionais da área não discute o assunto e desconhece os recursos de acessibilidade já existentes.

Segundo dados levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2019, são pelo menos 45 milhões de brasileiros que contam com algum tipo de deficiência. Qual a importância da comunicação acessível para essas pessoas?

 Pessoas com deficiência têm necessidades como as de pessoas sem deficiência. Elas se alimentam, vestem roupas, sonham... isso significa que elas também consomem. A diferença é que existe uma grande barreira comunicacional no mercado. Somente 1% dos sites brasileiros cumpre todos os requisitos de acessibilidade. Com isso, coisas simples para a maioria das pessoas, como comprar uma passagem de viagem pela internet ou pedir uma pizza por um aplicativo, podem ser bem complexas. Essas barreiras excluem, além das mais de 45 milhões de pessoas com deficiência, outros 11 milhões de analfabetos funcionais e 2 milhões de autistas, dentre muitos outros segmentos. Falamos até aqui em relação à esfera privada, ao mercado de consumo. Mas e nos órgãos públicos? Sim, também precisamos avançar nesse aspecto. Estamos evoluindo, é verdade, mas há um caminho longo pela frente.

Como fazer comunicação acessível?

 Há muitas maneiras de começar a fazer comunicação acessível. Uma delas é colocar a acessibilidade como regra em qualquer processo da comunicação. Por exemplo, meu cliente se comunica pelo Instagram, Facebook ou outra rede social? Eu preciso conhecer os recursos de acessibilidade, passar a fazer descrição de imagem para facilitar a compreensão por pessoas com deficiência visual, usar cores com bom contraste para leitura, escrever com linguagem simples e clara. Enfim, preciso pensar a comunicação sob a perspectiva de quem tem dificuldade para enxergar ou ouvir, tem baixa escolaridade, déficit de atenção.

No passado, as pessoas com deficiência faziam parte de um grupo "esquecido", mas a partir da lei de cota em 1991, eles começaram a ganhar novas oportunidades de se desenvolver profissionalmente e intelectualmente, tornando-se pessoas produtivas, empreendedores e até mesmo potenciais consumidores.

Vale a pena empresas ou instituições investirem nesse tipo de comunicação?

 Sim, vale muito a pena. Vivemos em sociedade e precisamos ter empatia pelo outro. Comunicação acessível é um investimento. Jamais deve ser considerado um gasto. É responsabilidade social, engajamento, postura humanizada e respeito à diversidade. É inegável que hoje em dia o consumidor está de olho no posicionamento das marcas em relação a assuntos como esse. Portanto, vale muito a pena.

Na sua avaliação, o que já tem sido feito no Brasil e o que ainda pode ser feito em relação à comunicação acessível?

Avançamos em alguns aspectos, mas ainda estamos longe do ideal. O eixo Sul-Sudeste está na frente, claro. Grandes empresas e instituições como bancos e varejistas já criaram áreas de diversidade para tratar o assunto. Isso é um avanço. Porém, nossas TVs ainda não disponibilizam o recurso de Closet Caption em toda a sua programação, como previsto em lei, as faculdades de Comunicação pouco discutem o tema e a maioria dos veículos de comunicação continua tratando a deficiência de maneira capacitiva (preconceituosa). Se conhecermos os recursos tecnológicos já disponíveis no mercado e cumprirmos as leis já sancionadas a favor dessas minorias, o cenário pode ser outro. Isso é respeitar a diferença. E respeito muda tudo.

Por Suellen Santos (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

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