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O primeiro-ministro paquistanês, Nawaz Sharif, se tornou o centro de um escândalo de político que pode lhe custar seu cargo. E seu destino pode depender de uma evidência tecnológica. Ele está sendo investigado por tirar proveito ilegal de sua posição desde a década de 90. Uma das provas de corrupção envolve a fonte Calibri, usada amplamente pela Microsoft.

Ao examinar documentos dos ativos financeiros do primeiro-ministro do país, os investigadores descobriram que sua filha, e sucessora, falsificou papéis para ocultar que é dona de imóveis no exterior. O problema é que as evidências, datadas de 2006, estão redigidas na fonte Calibri, que só foi distribuída publicamente pela Microsoft em 2007.

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Esse detalhe pode se revelar crítico na investigação. O principal jornal inglês do Paquistão, o Dawn, entrevistou o criador da Calibri, Lucas De Groot, que parecia cético quanto ao uso da fonte antes do lançamento público. "Por que alguém usaria uma fonte completamente desconhecida para um documento oficial em 2006?", questionou.

Enquanto isso, a página da fonte Calibri na Wikipédia recebeu tantos pedidos de edição que agora está bloqueada. O primeiro-ministro Nawaz Sharif está sendo investigado por uma equipe que envolve policiais, militares e reguladores do sistema financeiro. O assunto causou frenesi na internet, e vários usuários do Twitter estão usando o termo #fontgate para ridicularizar o governo.

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O deputado federal Silvio Costa (PTB), no Recife, durante a inauguração do novo prédio que funcionará a Assembleia legislativa de Pernambuco (Alepe), disse que não conhece na “história do mundo” um presidente que foi denunciado continuar no poder. “Que foi denunciado recebendo 38 milhões de propina. Um cara que foi pego negociando 500 mil reais por semana, um cara que foi pego fazendo obstrução de justiça continuar na presidência da República. Seria o maior escândalo da história mundial Temer continuar no poder”, criticou.

O petebista definiu o presidente Michel Temer como um “corrupto declarado”. “É um vale tudo. Esse governo não tem escrúpulo, então eles vão para cima dos parlamentares oferecer tudo para que o parlamentar ou falte no dia [da votação sobre a denúncia] ou vote a favor de Michel Temer. Nessa primeira denúncia, eles ainda vão conseguir sobreviver porque eles estão usando todas as táticas republicanas e não republicanas”, lamentou.

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Por isso, o parlamentar defende os protestos como a greve geral desta sexta-feira (30). “Agora, nós precisamos das ruas. Sem as ruas, eles se sustentam. A grande mídia nacional, a grande mídia pernambucana, todo mundo está trabalhando para tirar Michel Temer. Eu tenho lido vários artigos querendo definitivamente que esse cara saia. Agora, é natural que ele use todo o poder que ele tem para tentar permanecer, mas nós também vamos para cima tentar derrubar”.

Silvio Costa também declarou que a oposição vai fazer um “amplo diálogo” por meio das redes sociais. Segundo ele, há um projeto que deve abranger todos os estados do Brasil para que, por meio das mídias sociais, a população possa pressionar as bancadas federais dos seus respectivos estados com o objetivo de “tentar transformar Temer em réu”.

O ex-diretor do FBI, James Comey, afirmou nesta quarta (7), por meio de um testemunho que ele lerá no comitê de inteligência do Senado amanhã (8), que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump teria pedido para que ele abandonasse parte da investigação sobre as relações entre seu então assessor de Segurança Nacional, Michael Flynn, e a Rússia. Flynn é acusado de ter mantido contatos frequentes com oficiais russos para influenciar o resultado das eleições norte-americanas do ano passado.

Comey também afirmou que, em seu primeiro encontro com o então presidente eleito, no dia 6 de janeiro, em Nova York, ele disse a Trump que não o estava investigando pessoalmente. No testemunho, ele revela também que, em um encontro seguinte, um jantar em que só os dois participaram no dia 27 do mesmo mês, já depois da posse, Trump perguntou se ele gostaria de ficar no cargo, mesmo já tendo confirmado em duas ocasiões que ele continuaria conduzindo o FBI. Nesse encontro, o presidente teria afirmado a Comey que precisava de “lealdade”, ao que o ex-diretor do FBI respondeu que poderia conceder “honestidade”.

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No encontro seguinte, no dia 14 de fevereiro, na Casa Branca, o presidente teria dito que o seu assessor de Segurança Nacional Michael Flynn era “um cara bom” e que “não fez nada de errado” em seus contatos com os russos. Segundo Comey, Trump teria dito: “eu espero que você possa encontrar um caminho para deixar isso pra lá, deixar o Flynn pra lá. Ele é um cara bom. Eu espero que você possa esquecer isso”.

Comey não teria confirmado que iria abandonar as investigações. Segundo o ex-diretor, Trump estaria se referindo a abandonar a investigação sobre um episódio específico relativo a Flynn, e não toda a investigação sobre o ex-assessor.

Posteriormente, no dia 30 de março, por telefone, Trump teria dito a Comey que a investigação sobre a Rússia teria virado “uma nuvem” que o estava impedindo de governar, e disse que não tinha “nada a ver com a Rússia” e perguntou o que o ex-diretor poderia fazer para “tirar essa nuvem”. A última conversa entre os dois, antes de Trump despedir Comey no dia 10 de maio, teria sido no dia 11 de abril, quando, por um telefone, o presidente teria dito: “Eu fui muito leal a você, muito leal, nós tínhamos aquilo, você sabe”. Comey afirma que não perguntou o que o presidente quis dizer com “aquilo”.

Pré-candidato à Presidência da República, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) defendeu nesta quinta-feira, 18, a renúncia de Michel Temer (PMDB) como a melhor solução para crise do País, caso os áudios da conversa entre o presidente com o empresário Joesley Batista, sócio da JBS, confirmem as acusações contra Temer.

"A solução mais indicada é ele renunciar, pois é mais rápido." Bolsonaro afirmou ainda que, nesse caso, o novo presidente deve ser escolhido por meio de eleições indiretas. O deputado se disse contrário à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da eleição direta. ""Não pode ter casuísmo."

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Bolsonaro estava em Florianópolis, em mais uma de suas viagens pelo País nas quais tenta tornar viável sua candidatura presidente em 2018.

Por enquanto, Bolsonaro afirmou que não deve ser candidato em caso de eleição indireta. "Não tenho um grande apoio entre os parlamentares e não vou concorrer para pagar um mico." Somente no caso de ele conseguir reunir apoio suficiente, é que uma candidatura indireta poderia ser apresentada. Por enquanto, Bolsonaro acredita poder contar com apenas uma quinzena de votos de seus colegas.

O pré-candidato afirmou que ficou surpreso com as denúncias contra Michel Temer e o senador Aécio Neves (PSDB-MG). "Em 2014, meu antigo partido (PP) quis colocar na minha conta de campanha dinheiro da JBS. Eu recusei. Vi que tinha maracutaia. A contrapartida não era só votar com o governo, era não assinar CPI. Esse escândalo vai mais longe. Você olha para cara dos caras no Congresso todo dia e vê o que está acontecendo", concluiu.

Quando o Brasil dava sinais de que estava recuperando a economia mesmo aos trancos e barrancos, uma nova bomba de efeito devastador recai sobre a política brasileira. As informações foram divulgadas ontem à noite dando conta de uma gravação do dono da JBS em março de uma conversa com o presidente Michel Temer, que consistia em comprar o silêncio do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.

A operação feita pelo dono da JBS teve o suporte e o aval da força tarefa da Lava-Jato, tanto as gravações, em vídeo e áudio, quanto o dinheiro dado a pessoas ligadas aos senadores Aécio Neves e Zezé Perrella, foram feitas com o consentimento da Lava-Jato para a produção de provas. Os efeitos desta denúncia são imediatos e indiscutíveis. A queda do presidente Michel Temer é um fato inexorável.

Temer cometeu pelo menos o crime de obstrução à justiça, e corre sérios riscos de ser preso, basta que o plenário do Supremo Tribunal Federal assim decida. Com a denúncia, além da queda do presidente, que já era plausível via TSE, as reformas trabalhista e previdenciária simplesmente foram pro vinagre, acabando assim com os planos de retomada da economia.

Com a provável saída do presidente, o deputado federal Rodrigo Maia (DEM/RJ) herda interinamente o mandato, onde será convocada uma eleição indireta que pode ser disputada por qualquer brasileiro com idade para o cargo que esteja filiado a um partido político. Essa eleição ocorreria pelo Congresso Nacional, composto por 513 deputados federais e 81 senadores. A profecia feita pelo ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha de que seria responsável pela queda de dois presidentes está em vias de ser consumada.

Futebol - A Comissão de Esportes e Lazer, presidida pelo deputado Beto Accioly (PSL)  realiza nesta quinta-feira, às 10h, audiência pública para debater a democratização e o controle social sobre as entidades responsáveis pelo futebol no Estado de Pernambuco. A iniciativa veio através da elaboração do projeto de lei 1303/2017, apresentado pelo deputado Rodrigo Novaes (PSD).

Vice - Com o ministro das Cidades Bruno Araújo nas cordas, ora pela Lava-Jato, ora pela provável queda de Michel Temer, o nome do deputado estadual Antonio Moraes ganhou força para ser candidato a vice-governador na chapa de reeleição do governador Paulo Câmara. O deputado fez rasgados elogios ao governador durante o Pernambuco em Ação semana passada.

Melhor - Durante a Marcha dos Prefeitos em Brasília, o presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia afirmou que Paulo Câmara é o melhor governador do Brasil. A declaração não foi muito bem recebida pelo ministro da Educação Mendonça Filho, que ainda sonha em ser candidato majoritário numa chapa opositora ao governador. Mendonça e Rodrigo são filiados ao DEM.

Sinal - A maioria dos deputados estaduais sinalizam que não querem trocar o certo pelo duvidoso. A relação da Alepe com o governador Paulo Câmara tem sido a melhor possível e os deputados não enxergam nenhum nome capaz de fazer melhor do que o governador vem fazendo ao longo do seu mandato diante de tamanha dificuldade.

RÁPIDAS

PEN - O Partido Ecológico Nacional comandado pelo vereador Davi Muniz está montando uma chapa extremamente competitiva para a Assembleia Legislativa de Pernambuco, que poderá contar com seis vereadores do Recife e eleger pelo menos dois deputados estaduais em 2018.

Alvaro Dias - Um nome que pode ser candidato a presidente numa eleição indireta é o do senador Alvaro Dias (PV), que foi eleito com a maior votação proporcional de 2014 para o Senado. Alvaro também não teve seu nome envolvido na operação Lava-Jato.

Inocente quer saber - Como ficam os ministros pernambucanos após a bomba envolvendo Michel Temer?

Após ter fotos íntimas vazadas nas redes sociais, o Padre Antônio Bernardo dos Santos, pároco de Palmeira dos Índios, interior de Alagoas, será investigado pela Diocese da cidade. Será  apurada a conduta do religioso da Catedral Nossa Senhora do Amparo.

As imagens mostram o padre ao lado de dois jovens, que seguram latas de bebida alcoólica, com a mão em cima da genitália de um deles. O processo corre em segredo de justiça e após a fase investigativa da Diocese, seguirá para o Vaticano para a decisão do Papa Francisco. No entanto, o Padre já foi afastado de suas atividades.

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Confira a nota na íntegra:

A Diocese de Palmeira dos Índios comunica que, no dia de hoje, foi instituído um Processo Administrativo Penal em desfavor do Reverendo Pe. Antônio Bernardo dos Santos, do clero desta Diocese. O Processo transcorre em segredo de justiça. Os autos do procedimento canônico, concluída a fase diocesana, seguirão para a Cidade Estado do Vaticano, em Roma (Itália), para a decisão do Santo Padre Francisco. Rezemos pela Santa Igreja, particularmente pela nossa Diocese. 

Palmeira dos Índios, AL, 09 de maio de 2017 

A operação “Carne fraca”, da Polícia Federal, revelou diversas irregularidades nos frigoríficos brasileiros. A carne de salsicha e linguiças eram comercializadas mesmo estragadas, segundo as investigações. Além disso, aponta a PF, empresas utilizavam substâncias químicas como o ácido sórbico para que as carnes tivessem aparência saudável.

A notícia assustou a população brasileira e logo se tornou um escândalo no país. Carnes estragadas podem transmitir diversas bactérias para quem consome, além de infecções e problemas intestinais. O Leia Já Pará consultou consumidores para saber a opinião deles em relação ao caso. Veja no vídeo abaixo:

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Com apoio de Naiara Prado.

 

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Uma operação realizada pela polícia de Turim, na Itália, prendeu nesta segunda-feira (20) dois treinadores e um árbitro de futebol acusados de oferecerem relações sexuais em troca de uma vaga como titular em uma equipe de futebol. Um dos técnicos, de 50 anos, que tentava abusar sexualmente dos jogadores, teria também incentivado o outro treinador, de 20 anos, a colecionar material pornográfico infantil.

Já o árbitro é investigado por oferecer massagens revigorantes como desculpa para praticar o abuso. A ação coordenada pelas autoridades de Turim foi iniciada a cerca de um ano quando os pais de um jovem de 16 anos sofreu agressão sexual. Na ocasião, o treinador mais jovem havia convidado o adolescente para visitar sua casa após um treino, quando tentou a abordagem sexual.

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De acordo com as investigações, os treinadores seduziam os jogadores com a promessa de um papel como titular na equipe, ou até mesmo oferecendo outros favores pessoais. Todos eles foram indiciados por pedofilia, abuso sexual e vários outros crimes. Segundo as autoridades, 15 vítimas já foram confirmadas. No momento, os acusados, que também inclui um arquiteto, cumprem prisão domiciliar e estão proibidos de usar qualquer meio de comunicação.

Suspeito de ter recebido propinas, o auditor da escolha do Rio de Janeiro para sediar os Jogos Olímpicos de 2016, Frank Fredericks, renunciou nesta terça-feira (7) ao seu cargo como presidente da comissão de avaliação dos Jogos de 2024, no Comitê Olímpico Internacional (COI) e abriu mão até mesmo de votar para a escolha da próxima sede. A disputa está entre Paris e Los Angeles.

De acordo com o Ministério Público francês, a família do dirigente esportivo Lamine Diack, suspeito de ter recebido US$ 1,5 milhão de empresários próximos aos organizadores do Rio-2016, transferiu US$ 299,3 mil pela empresa Pamodzi para a empresa offshore Yemli Limited.

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O depósito ocorreu em 2 de outubro de 2009, dia da vitória do Rio para sediar os Jogos. A empresa tinha uma relação direta com Fredericks, que foi justamente um dos monitores do COI no momento do voto nas eleições de 2009 e vencidas pelo Rio.

"Eu acredito na integridade do processo eleitoral do COI e nunca notei nada de errado que me fizesse duvidar disso", garantiu o suspeito, em um comunicado. "Reitero que nunca fui envolvido em manipulação de votos ou práticas ilegais", disse. "Mas ainda assim decidi pessoalmente que é do melhor interesse para o bom funcionamento do processo de candidatura do COI que eu saia do cargo de presidente da comissão de avaliação 2024, já que é essencial que o importante trabalho de meus colegas seja visto como sendo verdadeiro e justo", escreveu.

Ele ainda anunciou que não participará das reuniões com as cidades candidatas para receber os Jogos de 2024 e que nem mesmo vai votar durante a reunião de setembro, quando o COI terá de optar por Los Angeles ou Paris. "As duas cidades estão preparando duas candidaturas fantásticas e não gostaria de me tornar uma distração a essa grande competição", disse Fredericks, que também deixou a presidência do comitê organizador dos Jogos da Juventude.

Num primeiro momento, a entidade afirmou que confiava em sua inocência. Mas, nos últimos dias, ele vem sendo retirado de algumas das principais iniciativas no esporte. Na segunda-feira, Fredericks deixou seu cargo num grupo de trabalho da Associação das Federações Internacionais de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês) destinada a avaliar o doping na Rússia.

Nesta terça-feira, foi a vez de sair dos principais organismos do COI, ainda que ele continue membro da entidade. Em uma declaração, ele insistiu que a revelação dos jornais franceses apenas "insinua" que ele recebeu dinheiro. "Categoricamente nego qualquer envolvimento direito ou indireto e confirmo que nunca quebrei a lei, as regras de ética em relação a qualquer tipo de eleição no COI", escreveu.

Na declaração, ele deixa claro que não é ele o alvo das reportagens. Mas sim a "integridade do sistema de escolha de sedes do COI e o processo de eleição de sedes". "Claro que todos os processos de eleição devem ser livres e justos", insistiu. O ex-atleta da Namíbia prometeu que continua "ativamente cooperando com a Comissão de Ética do COI para que possam conduzir uma investigação independente e adequada".

O suspeito indicou que deu uma declaração à Comissão do COI e que vai aguardar os resultados desse "processo independente". "É de meu maior interesse limpar meu nome dessas insinuações negativas e de meu papel dentro do COI assim que possível para evitar um maior dano para a minha reputação e para o COI", disse. Ele disse confiar que a comissão de Ética do COI vai concluir que as menções a ele nos jornais são "difamatórias".

O herdeiro do império Samsung, Lee Jae-Yong, prestou novo depoimento aos investigadores do escândalo de corrupção que provocou a destituição da presidente sul-coreana, Park Geun-Hye.

O vice-presidente da Samsung Electronics, filho do presidente do grupo Lee Kun-Hee, já foi interrogado diversas vezes dentro da investigação do escândalo que abala o país.

No mês passado, a equipe especial de investigadores provocou uma grande reviravolta na empresa ao solicitar a detenção de Lee, de 48 anos, suspeito de corrupção, fraude e depoimento falso.

A justiça se negou, no entanto, a prorrogar a ordem de detenção, por considerar que não existiam provas suficientes para o mérito do pedido.

Os promotores acusaram Lee de pagar ou prometer 43 bilhões de wons (36,3 milhões de dólares) em subornos à melhor amiga de Park, Choi Soon-Sil, que está detida.

O pagamento serviria, supostamente, para que o governo apoiasse uma fusão de duas filiais da Samsung, um movimento crucial para a transferência a Lee dos poderes da empresa, a maior fabricante de smartphones do planeta.

O Parlamento da Coreia do Sul votou hoje pelo impeachment da presidente Park Geun-hye, após meses de polêmica causada por acusações de influência externa no governo, dando início a um período de incertezas na quarta maior economia da Ásia.

O afastamento de Park foi aprovado por 234 votos a favor e 56 contra. O impeachment exigia maioria de pelo menos dois terços no Parlamento sul-coreano, que tem 300 integrantes.

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O primeiro-ministro Hwang Kyo-ahn, cujo cargo no governo é meramente simbólico, assumirá como presidente interino no lugar de Park.

A queda de Park veio após promotores a acusarem de ter compartilhado documentos confidenciais com uma amiga de longa data e de tê-la ajudado a extorquir grandes grupos industriais, incluindo Samsung e Hyundai. Fonte: Dow Jones Newswires.

O Papa Francisco criticou a "coprofilia" na mídia, ao criticar os meios de comunicação e sua atração pelo escândalo, em entrevista publicada nesta quarta-feira na revista católica belga Tertio.

"Não se deve cair - sem ofensas, por favor - na doença da coprofilia: que é buscar sempre comunicar o escândalo, comunicar as coisas feias, mesmo que sejam verdade", declarou o pontífice durante a entrevista, concedida em espanhol.

"E como as pessoas têm a tendência à coprofagia, pode fazer muito mal", acrescentou.

O papa argentino, que costuma conceder entrevistas a veículos católicos, nas quais conversa livremente sobre vários temas, reconheceu que considera chave o papel dos meios de comunicação no mundo moderno como um instrumento para educar e formar, embora tenha advertido que podem cair em diferentes tentações.

"A desinformação é, provavelmente, o pior dano que um meio pode fazer. Porque orienta a opinião em uma direção, tirando a outra parte da verdade. Os meios, eu penso, têm que ser muito muitos, muito limpos e muito transparentes", disse.

Em sua análise o papa reconhece o poder dos veículos de comunicação por sua "capacidade de formar opinião, boa ou ruim", reforçou.

"Os meios de comunicação são construtores de uma sociedade", disse.

Como se fosse uma lição, o pontífice argentino alertou para as grandes tentações em que os veículos podem cair.

"Podem ser tentados à calúnia (então, usados para caluniar e sujar as pessoas), sobretudo no mundo da política", admitiu.

Francisco defendeu sua exortação apostólica Amoris Laetitia, em que vincula a defesa dos pobres à do meio ambiente e criticou novamente a guerra.

"Há uma teoria econômica que eu nunca tentei constatar, mas a li em vários livros: que na história da humanidade, quando um Estado encontrava que seus balanços não andavam, faziam uma guerra e punham em equilíbrio seus balanços", disse.

"Penso que (o continente europeu) não levou a sério o 'Guerra nunca mais', porque depois veio a segunda e depois da segunda está esta terceira que estamos vivendo agora aos pedacinhos", afirmou.

"É que hoje em dia faltam líderes, a Europa precisa de líderes, líderes que sigam adiante", admitiu na entrevista.

A empresa Friend Finder Networks foi hackeada novamente, vazando os detalhes privados de mais de 412 milhões de contas - uma das maiores violações de dados já registradas. O ataque, ocorrido em outubro, expôs endereços de e-mail, senhas, datas das últimas visitas, informações do navegador, endereços IP de seus 300 milhões de usuários. As informações foram divulgadas pela empresa de monitoramento Leaked Source

A empresa opera um dos maiores sites de encontros sexuais do mundo, o Adult Friend Finder, que tem mais de 40 milhões de membros. Ela também é responsável pelo serviço de sexo ao vivo Cams.com, que tem mais de 62 milhões de contas, e pelos endereços Penthouse.com, Stripshow.com e iCams.com.

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Esta não é a primeira vez que o site AdultFriendFinder foi invadido. Em maio de 2015, os detalhes pessoais de quase quatro milhões de usuários foram vazados por hackers, incluindo seus detalhes de login, e-mails, datas de nascimento, códigos postais, preferências sexuais e se estavam procurando casos extraconjugais.

A companhia FriendFinder não admitiu diretamente a invasão. A rede, no entanto, informou que identificou e corrigiu uma vulnerabilidade. Caso seja confirmado, o vazamento da rede FriendFinder vai superar o ataque contra o site de infidelidade AshleyMadison e até do MySpace, que teve cerca de 360 milhões de contas de usuários expostas neste ano. 

A presidente sul-coreana, Park Geun-hye, nomeou um novo primeiro-ministro e dois outros membros do gabinete, em um movimento para tentar conter um escândalo sobre a influencia de uma pessoa próxima a ela nos assuntos do governo.

Park tem estado sob crescente pressão após ter se desculpado na semana passada por deixar uma amiga ajudá-la a preparar seus discursos no começo do mandado. As reportagens da imprensa sul-coreana ainda dizem que a amiga, Choi Soon-sil, estava profundamente envolvida em questões políticas, mesmo não tendo um papel oficial no governo.

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Choi, de 60 anos, negou qualquer influência no governo, em uma entrevista concedida a um jornal. Ela foi detida por procuradores nesta segunda-feira por questionar. Choi também está sendo investigada por corrupção em duas fundações de caridade.

A popularidade de Park despencou após as acusações. Ela não falou publicamente sobre o escândalo desde que se desculpou. Nesta quarta-feira, Pak nomeou Kim Byong-joon, um assessor do ex-presidente Roh Moo-hyun, como primeiro-ministro, de acordo com um comunicado do gabinete presidencial.

Park também nomeou Yim Jong-yong como ministro das Finanças e anunciou um nove chefe para Segurança Pública. Fonte: Dow Jones Newswires.

Milhares de sul-coreanos tomaram as ruas da capital, Seul, neste sábado (29), pedindo a renúncia da cada vez mais impopular presidente Park Geun-hye, sob alegações de que ela teria deixado uma velha amiga, filha de um líder religioso, interferir em importantes assuntos de Estado.

O protesto ocorreu após Park ordenar que 10 de seus secretários seniores renunciem por causa do um escândalo, que deve prejudicar ainda mais a imagem da presidente, antes das eleições do próximo ano.

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Segurando velas e cartazes dizendo "Quem é o verdadeiro presidente?" e "Park Geun-hye, demita-se", os manifestantes marcharam pelo centro de Seul depois de realizar uma vigília perto da prefeitura. A polícia estima que cerca de 9 mil pessoas tenham comparecido à maior manifestação antigovernamental da capital sul-coreana em meses.

"Park perdeu sua autoridade como presidente e mostrou que não tem as qualidades básicas para governar um país", disse o prefeito da cidade de Seongnam, Jae-myung Lee, do Partido Minjoo, de oposição.

Park vem enfrentando pedidos para reorganizar sua equipe depois que admitiu, na última terça-feira, que forneceu à amiga de longa data Choi Soon-sil rascunhos de seus discursos para edição. Seu pedido de desculpas na televisão provocou inúmeras críticas sobre sua má gestão da informação nacional e de seu estilo de liderança mão pesada que muitos veem como falta de transparência.

Há também especulações da imprensa de que Choi, que não possui qualquer emprego no governo, teria se intrometido nas decisões do governo e explorado seus laços com a presidente para se apropriar de fundos de organizações sem fins lucrativos.

Promotores aprofundaram neste sábado a investigação, fazendo buscas nas casas e escritórios de funcionários presidenciais suspeitos de interagir com Choi, informou a agência de notícias sul-coreana Yonhap. O escritório de Park negou que promotores tenham procurado a Casa Azul - gabinete presidencial e residência.

Os promotores haviam previamente convocados alguns dos principais interlocutores de Choi e estiveram em suas casas e locais de trabalho e também os escritórios de duas fundações sem fins lucrativos supostamente controladas por Choi.

A saga, desencadeada por relatos da mídia, levou a aprovação de Park a níveis recordes de baixa. O Partido Justiça, de oposição, pediu que ela renunciasse. O Partido Minjoo, também de oposição e que tem maior representatividade, absteve-se de pedir a renúncia, com medo de que isso pudesse afetar de forma negativa a eleição presidencial do próximo ano, mas declarou que a decisão de Park de mudar seu secretariado era muito pequena e tomada tardiamente e pediu mudanças mais fortes, incluindo o remanejamento de seu gabinete.

Entre os assessores de saída está Woo Byung-woo, secretário presidencial sênior para assuntos civis, e Ahn Jong-Beom, secretário sênior para a Coordenação Política. Lee Won-jong, chefe de gabinete de Park, apresentou sua demissão na quarta-feira. Woo tem sido responsabilizado por não ter impedido Choi de influenciar os assuntos do Estado e também tem sido envolvido em acusações de corrupção em torno de sua família.

O escritório de Park informou que pretende anunciar uma nova linha de secretários seniores em breve. Fonte: Associated PressS

O Yahoo foi acusado de ter construído secretamente um programa de software em 2015 que analisou e-mails de milhões de clientes a mando de oficiais de inteligência dos EUA, atitude que levou o chefe de segurança da companhia a renunciar ao cargo em protesto. Pedidos de informações teriam partido do FBI e da Agência de Segurança Nacional (NSA). As informações foram divulgadas nesta terça-feira (4) pela agência Reuters.

Segundo a reportagem, não se sabe quais informações as autoridades de inteligência dos EUA estavam procurando. A Reuters também não conseguiu determinar quais foram os dados repassados, se houve realmente essa transferência, e nem se outros provedores também receberam esse pedido do governo americano.

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De acordo com dois dos ex-empregados do Yahoo, a decisão da CEO Marissa Mayer de obedecer ao governo americano irritou alguns executivos de alto escalão e causou a demissão do chefe de segurança de informação Alex Stamos, que agora trabalha para o Facebook.

"O Yahoo é uma empresa que cumpre a lei, e está em conformidade com as leis dos EUA", disse a companhia em um breve comunicado. O grupo se negou a fornecer qualquer comentário adicional. Especialistas em segurança ouvidos pela Reuters acreditam ainda que a NSA e o FBI tenham feito o mesmo pedido para outras empresas do ramo.

Esse é o segundo escândalo que envolveu a empresa recentemente. Em setembro, a companhia admitiu o vazamento de dados de pelo menos 500 milhões de usuários em 2014. A gigante de tecnologia, que foi comprada pela Verizon por US$ 4,83 bilhões, solicitou na época a troca de senhas de todos os clientes afetados pelo incidente.

O nadador americano Michael Phelps, recordista absoluto de medalhas olímpicas, deixou claro nesta quarta-feira (3) que o doping é algo "triste" com o qual o esporte sempre conviveu. "Posso dizer sinceramente que, na minha carreira, acho que nunca cheguei a competir em um ambiente limpo", lamentou o atleta de 31 anos em entrevista coletiva às vésperas dos Jogos Olímpicos do Rio.

O brilho do evento vem sendo ofuscado pelo mega escândalo de doping que provocou a exclusão de mais de cem atletas russos, entre eles sete nadadores. Para Phelps, dono de 22 medalhas olímpicas, 18 delas de ouro, trata-se de mais um escândalo que se soma a uma longa lista.

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"Há quantos Jogos temos convivido com esse problema? Parece que sempre acaba surgindo algo. É triste, e o mais triste é que não podemos controlar isso. É preciso fazer algo para trazer mudanças em todos os esportes", completou. Outro ídolo do esporte, o tenista sérvio Novak Djokovic, número um do mundo, se disse "feliz com a presença de alguns atletas russos aos Jogos".

"O que eu li e ouvi nos últimos meses não é bom para nós, para o esporte internacional", lamentou 'Nole'. "A Rússia é uma potência mundial. Não posso dizer se tudo é verdade, porque não conheço os detalhes", argumentou.

O sérvio reiterou que a conquista da medalha de ouro é uma das suas "grandes aspirações", por ser o último grande título que ainda falta na sua carreira.

A cinco dias da cerimônia de abertura, o presidente Thomas Bach rejeitou neste domingo qualquer responsabilidade do COI diante da incerteza que reina sobre o número exato de atletas russos que poderão disputar os Jogos Olímpicos do Rio-2016.

Acusado de não ter pulso firme em relação à punição contra a Rússia, acusada de organizar um esquema de doping estatal no esporte, o chefão do COI explicou que a entidade que rege o esporte olímpico "não é responsável pelo 'timing' da publicação (18 de julho) do relatório McLaren".

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Utilizando o relatório como base, o COI pediu em 24 de julho às federações internacionais para que excluíssem atletas russos dopados ou acusados de doping.

Mas a cinco dias da cerimônia de abertura dos Jogos do Rio, o número exato de russos que poderão participar do evento ainda é incerto.

As federações internacionais redigiram suas listas de atletas russos autorizados a disputar os Jogos, mas o COI finalmente confiou no sábado a três de seus membros a responsabilidade de estabelecer a lista definitiva da delegação russa, com a possibilidade de afastar novos nomes. Isso tudo após solicitar a opinião de um especialista do Tribunal Arbitral do Esporte (TAS).

O número de atletas da delegação russa, que convocou inicialmente 387 atletas, vem diminuindo consideravelmente. O ministro dos Esportes russo, Vitaly Mutko afirmou na sexta-feira que seu país será representado no Rio por 266 atletas, em 29 modalidades.

Segundo a última contagem da AFP, 117 atletas russos já estão oficialmente excluídos dos Jogos do Rio, quase um terço da delegação prevista.

-"Culpa da Wada"-

"O COI não é responsável pelo fato de diferentes informações dadas a Agência Mundial Antidoping (Wada) há alguns anos não terem sido seguidas", explicou Bach em coletiva de imprensa neste domingo.

O COI também "não é responsável pelo credenciamento ou supervisão dos laboratórios antidoping, então o COI não pode ser responsabilizado nem pelo 'timing', nem pelos motivos dos incidentes com os quais temos que lidar a alguns dias dos Jogos", completou, afirmando não ter conversado "com qualquer autoridade governamental russa" antes ou depois da publicação do relatório McLaren.

"A confusão reina e tudo isso é um pouco culpa da Wada", explicou à AFP um membro de uma federação, que não quis ser identificado. "Como é possível divulgar o relatório McLaren a apenas alguns dias dos Jogos? Isso coloca as federações numa situação muito difícil".

"O COI já mostrou muita firmeza", respondeu o sérvio Nenad Lalovic, presidente da Federação de Luta e membro do COI, questionado pela AFP. "Para que o COI tome uma decisão mais dura, são necessários argumentos indiscutíveis".

O escândalo explodiu em novembro de 2015, com a acusação de um doping organizado no atletismo russo, o que causou a exclusão de todos os atletas do país pela Federação Internacional de Atletismo (Iaaf), inclusive a bicampeã olímpica do salto com vara Yelena Isinbayeva e o campeão do mundo dos 110 m com barreiras Sergey Shubenkov.

Somente Darya Klishina (salto em distância), que treina nos Estados Unidos, foi declarada elegível para os Jogos por responder positivamente aos critérios definidos pela Iaaf para poder competir.

- Recursos individuais -

Outras federações internacionais anunciaram punições severas nos últimos dias. Os oito halterofilistas russos, assim como 22 dos 28 remadores da delegação do país, foram excluídos dos Jogos, citados pelo relatório McLaren.

As decisões das federações internacionais de boxe, ginástica, golfe e taekwondo, porém, ainda não foram anunciadas.

Os atletas rejeitados de antemão, porém, têm a possibilidade de recorrer ao TAS para contestar sua exclusão, um caminho que os nadadores Vladimir Morozov e Nikita Lobintsev anunciaram ter escolhido neste sábado.

Ambos medalhistas de bronze nos Jogos de Londres-2012, os nadadores apresentaram recurso contra a decisão do COI de 24 de julho e contra a Federação Internacional de Natação (Fina).

Uma decisão poderá ser anunciada neste domingo, afirmou à AFP Cornel Marculescu, diretor-geral da Fina, que anunciou também que a nadadora russa Yulia Efimova recorreu ao TAS.

O Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) anunciou nesta quinta-feira ter negado a apelação do Comitê Olímpico Russo (COR) e de 68 integrantes do atletismo russo que pediam para participar dos Jogos Olímpicos-2016, após a suspensão imposta à Federação Russa de Atletismo pela Federação Internacional (IAAF), no âmbito de um escândalo de doping.

"O júri do TAS confirma a validade da decisão da IAAF segundo a qual os atletas e a federação nacional (russa) ficam suspensos e não podem ser selecionados para as competições sob a organização da IAAF", declarou o TAS.

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Segundo o TAS, o COR segue "habilitado para selecionar como representantes da federação da Rússia para os Jogos Olímpicos os atletas que completarem os critérios e forem selecionáveis para competir segundo (o regulamento) da IAAF".

Duas repescagens

Hoje, apenas duas atletas russas, a especialista em salto em distância Darya Klishina e Yulia Stepanova (800m), foram repescadas pela IAAF.

Os três juízes do TAS também estimaram que não eram competentes para determinar se os atletas russos selecionados deveriam se inscrever "como representantes da Federação da Rússia ou como atletas neutros".

A IAAF reagiu imediatamente à decisão através de seu presidente Sebastian Coe, que agradeceu pelo apoio do TAS às regras da IAAF e por ter criado "condições de competição com armas iguais entre os atletas".

O TAS, no entanto, se declarou chateado com a aplicação imediata com efeito retroativo da regra da IAAF, adotada em 17 de junho de 2016, que prevê critérios de seleção excepcionais para atletas cuja federação esteja suspensa.

Em virtude desta regra, apenas os atletas residentes no exterior ou que tenham se submetido a um sistema antidoping que não seja o russo podem ser escolhidos para participar. Isso permitiu repescar Klishina.

"Esta regra inclui critérios baseados em uma atividade anterior, não deixa praticamente nenhuma possibilidade aos atletas que haviam apelado para poder completá-las", disse o TAS.

Depois desta decisão do TAS, outra sentença mais global sobre a exclusão ou não da Rússia nos Jogos do Rio deve ser tomada até 27 de julho pelo Comitê Olímpico Internacional, que pediu um tempo para analisar a situação e esperar a decisão do TAS para contar com mais fundamentos ao basear sua própria determinação.

Na Rússia, os lamentos pela decisão se multiplicaram e a estrela do atletismo, Yelena Isinbayeva, afirmou que com esta decisão "enterraram o atletismo".

O presidente da Federação Francesa de Futebol, Noel Le Graet, afirmou nesta quarta-feira que Karim Benzema poderá voltar a defender a seleção do país após a disputa da Eurocopa. O atacante do Real Madrid foi descartado desta edição da competição continental, que está sendo realizada no seu país, após um escândalo que envolveu a sua suposta participação em um esquema de extorsão por meio de uma gravação de uma relação sexual de Mathieu Valbuena, seu companheiro de seleção que também ficou fora da convocação para o principal torneio de seleções do futebol europeu.

A decisão de deixar Benzema fora desta Eurocopa foi tomada por Le Graet e pelo técnico da França, Didier Deschamps, que temiam que a presença do jogador no elenco poderia causar polêmica e afetar a harmonia do grupo, assim como provocaria um maior assédio da imprensa aos atletas já pressionados a levarem a seleção do país a uma boa campanha pelo simples fato de estarem disputando a Eurocopa em casa.

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Nesta quarta, porém, em entrevista coletiva concedida em Clairefontaine, onde a seleção francesa está concentrada já projetando as oitavas de final da Eurocopa, o dirigente ressaltou que Benzema "não está suspenso por toda vida" do time nacional e disse apostar que o processo que o jogador enfrenta na Justiça será resolvido rapidamente.

"Ele não está entre os 23 (convocados), mas eu desejo que a Justiça possa ir mais rápido. Ele não está suspenso pela vida, eu não acredito em suspensões por toda a vida", ressaltou Le Graet, abrindo as portas para a volta de uma das principais estrelas do futebol da França na atualidade ao time nacional.

Benzema é acusado na Justiça de "cumplicidade em tentativa de chantagem" e "participação em uma associação criminosa", em um dossiê que está sendo julgado pelo Tribunal de Apelação de Versalhes.

Excluído desta Eurocopa, o atacante chegou a dizer, em uma entrevista ao jornal esportivo espanhol Marca, que Deschamps "se curvou à pressão de uma parte racista da França" ao deixá-lo fora da convocação para a competição, na qual ele esperava muito estar presente. "Perder a Copa do Mundo de 2010 na África do Sul foi um revés, mas a Eurocopa em casa é ainda mais difícil. Esta é uma das maiores decepções que tive, sem dúvida", lamentou.

O ex-jogador da França Eric Cantona também acusou Deschamps de deixar o atacante do Real Madrid e Hatem Ben Arfa, um dos principais destaques da última edição do Campeonato Francês, fora da convocação por questões raciais.

Francês de origem argelina, Benzema também disse que contexto político na França, onde a extrema-direita tem ganhado força política ao longo dos últimos anos, joga contra ele. A Frente Nacional, partido de extrema-direita, anti-imigração e liderado por Marine Le Pen, é cada vez mais popular na França, com a expectativa de que vá ao segundo turno na eleição presidencial do próximo ano.

Autor de 27 gols em 81 partidas pela seleção francesa, Benzema também ficou fora da Copa do Mundo de 2010 por causa de seu envolvimento em outro escândalo. Naquela ocasião, não foi convocado por Raymond Domenech, então técnico da França, quando o atacante e Franck Ribery eram alvos de uma ação judicial por terem solicitado os serviços de uma prostituta menor de idade. Ambos foram absolvidos na Justiça na época, mas o jogador do Real Madrid acabou ficando fora do Mundial.

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