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A ex-presidente argentina Cristina Kirchner comentou pela primeira vez na noite desta quinta-feira, 16, a prisão do ex-secretário de Obras de seus dois governos, José López, flagrado quanto tentava esconder em um convento US$ 8,9 milhões em bolsas de madrugada. "Alguém deu o dinheiro que José López tinha em seu poder. E não fui eu", escreveu em sua conta no Facebook.

Tão logo o ex-funcionário foi detido na quinta-feira, kirchneristas reagiram ao escândalo com uma tática de criticar López e desvinculá-lo de seu chefe, Julio de Vido, ex-ministro do Planejamento, e da própria Cristina. O kirchnerista levado a uma prisão a 50 quilômetros de Buenos Aires esteve no primeiro escalão dos governos de Néstor (2003-2007) e Cristina (2007-2015). Em algumas das transmissões em cadeia nacional que chegaram a ocorrer uma vez por semana na reta final de Cristina, López apareceu fazendo anúncios de inaugurações dialogando com a ex-presidente.

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Em sua carta na rede social, Cristina se desvincula do escândalo e responde a militantes kirchneristas, em especial intelectuais que exigem uma explicação sobre a origem do dinheiro. Ela disse se dirigir aos que "estão profundamente doloridos como se alguém tivesse lhes dado um soco no estômago". Acrescentou que palavras como repudiar, rejeitar ou condenar não eram suficientes. "Quero saber quem são, além de López (secretário de Obras Públicas durante a minha gestão), os responsáveis pelo que ocorreu". Ela afirmou que o dinheiro partiu da iniciativa privada.

Sua manifestação foi rebatida pelos principais denunciantes do período kirchnerista. "Ela não pode dizer que quer saber quem pagava, como se ele não tivesse nada a ver com ela", criticou a deputada a ex-ministra da Saúde kirchnerista Graciela Ocaña, que rompeu com Cristina em 2009, ao canal TN.

A Justiça prendeu há dois meses o empresário da construção Lázaro Báez, que chegou a ganhar 80% das licitações na Província de Santa Cruz, berço político dos Kirchners. Ele é investigado em causas de lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito que envolvem os hotéis da família de Cristina. José López era o funcionário kirchnerista que ditava o ritmo das obras públicas e tinha influência sobre regiões beneficiadas. Há expectativa sobre as revelações que ambos poderiam fazer em caso de delações premiadas contra altos funcionários do período kirchnerista, mas nenhum dos dois deu sinais de que possa fazê-las. (Rodrigo Cavalheiro)

O único dirigente brasileiro preso no escândalo do futebol, José Maria Marin, já não fala da modalidade, não tem contato com cartolas e nem mesmo acompanha os resultados de seu time, o São Paulo. Em prisão domiciliar em seu apartamento de luxo em Nova York, Marin aguarda seu julgamento e uma próxima audiência no início de agosto. E, enquanto isso, começa a ganhar uma liberdade cada vez maior.

Em um ano, o brasileiro foi obrigado a buscar mais de R$ 60 milhões em garantias de crédito para sua fiança, para pagar por sua segurança e por um pequeno batalhão de advogados na Suíça, EUA e Brasil.

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Com 84 anos, Marin foi autorizado a permanecer em seu apartamento. Pouco a pouco, sua rotina ganhou ares de liberdade. Se nos primeiros meses era obrigado a manter um segurança na porta de seu apartamento 24h por dia e usar uma tornozeleira, hoje Marin já não precisa ser vigiado da mesma forma.

Às segundas, quartas e sextas, ele desce até a academia de seu prédio para fazer exercícios e esteira, sem qualquer segurança. Às terças, ele pode ir ao supermercado. Toda quinta-feira, ele tem o direito de sair, entre as 13h e as 17h, em uma "programação livre". Marin caminha pelos parques, vai a lojas de CDs e livrarias, sempre acompanhado por um segurança. Aos domingos, é a vez da Igreja com sua esposa, Neusa.

Marin ainda sai para ir ao escritório de seus advogados e, se necessário, ao médico. Mas, depois de realizar exames, foi constatado que ele está bem de saúde.

Ele recebe todos os dias o jornal New York Times, ao qual dedica boa parte de sua manhã em leituras. Na semana passada, mostrou a seu advogado uma notícia que encontrou: a da extradição de Julio Rocha, seu ex-companheiro na Fifa e também preso no mesmo dia em que foi detido em Zurique.

O que, sim, preocupa Marin é a crise política no Brasil. Mostrando-se alarmado, ele acompanha o caso pela imprensa internacional e perguntando a seus interlocutores. O cartola foi sempre contrário à presidente afastada Dilma Rousseff e nunca escondeu das pessoas mais próximas a falta de simpatia com o governo.

Apesar da liberdade cada vez maior, a rotina se contrasta com a agenda de um ex-governador e ex-chefe da CBF, repleta de encontros, viagens e bajulação. Hoje, ele não recebe visitas e nem telefonemas de dirigentes brasileiros de clubes, algo que era diário em sua vida antes de 27 de maio de 2015. Da CBF, Marco Polo del Nero e Ricardo Teixeira, os contatos são proibidos.

DEFESA - Sua defesa, porém, garante que não existe qualquer plano de um acordo de delação premiada. O argumento dos advogados é de que as provas que existem contra Marin são frágeis e que poderiam não ser suficientes para convencer o juiz a condená-lo.

O Departamento de Justiça dos EUA tem até o final de junho para apresentar para a corte as provas contra o brasileiro e uma audiência está marcada para agosto. A esperança dos advogados é de que ele ainda seja inocentado.

Com ou sem uma condenação, pessoas próximas a ele constatam que ele não fala mais de futebol, nem sobre a seleção brasileira e nem sobre o São Paulo. Há poucas semanas, um de seus quatro advogados comentou o fato de que a escolha do dirigente de trazer Dunga depois da Copa de 2014 de volta ao comando da seleção havia sido um "desastre". Ele apenas riu.

A investigação do escândalo da venda de vacinas vencidas na China provocou a detenção de 202 suspeitos e punições contra mais de 300 funcionários e autoridades públicas, anunciou o governo.

A descoberta de uma rede de venda de vacinas vencidas, armazenadas ou transportadas ilegalmente por um valor total de milhões de de euros provocou, em março, uma onda de indignação no país.

Além dos suspeitos detidos, 357 funcionários do governo envolvidos no escândalo foram demitidos ou rebaixados de cargo, informou o governo.

A opinião chinesa expressou indignação com o tempo entre a detenção, há quase um ano, das duas principais suspeitas, uma mãe e sua filha, moradoras da província de Shandong (leste), e a recente revelação do caso pelas autoridades.

Desde 2010, as duas mulheres venderam 25 tipos de produtos, incluindo vacinas contra poliomielite, hepatite B ou a gripe.

O escândalo é o mais recente de uma longa série de problemas na área da saúde na China, o mais famoso deles em 2008, quando leite em pó adulterado provocou a intoxicação de quase 300.000 crianças e matou seis delas.

Karim Benzema está fora da Eurocopa deste ano, na França. Investigado por participação em um esquema para chantagear seu colega Mathieu Valbuena, o atacante do Real Madrid foi descartado da competição nesta quarta-feira pela Federação Francesa de Futebol (FFF). Com isso, não poderá defender a seleção da casa no torneio que começará em junho.

De acordo com comunicado oficial divulgado nesta quarta-feira pela FFF, "Noel Graet (presidente da entidade) e Didier Deschamps (técnico da seleção) decidiram que Benzema não poderá jogar na Euro 2016".

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Benzema é um dos protagonistas de um escândalo que estourou na França no ano passado. O atacante do Real Madrid enfrenta acusações preliminares de conspiração por chantagem relativa a um esquema de extorsão envolvendo a gravação de um vídeo de uma relação sexual de Valbuena.

O atacante é considerado intermediário do encontro de Valbuena com um criminoso, amigo de infância do atleta do Real Madrid que dizia ter um vídeo íntimo do jogador do Lyon com a namorada. Benzema, entretanto, garante que tudo não passou de um "grande mal-entendido".

Por conta deste processo, a Justiça francesa chegou a proibir que Benzema se aproximasse do atleta do Lyon, e o atacante do Real Madrid foi suspenso preventivamente da seleção enquanto o caso não se resolvesse. Ele esperava que a FFF revogasse a decisão, mas a entidade chegou a um acordo com Deschamps nesta quarta e decidiu mantê-lo afastado.

Assim que foi anunciada, a ausência de Benzema foi imediatamente lamentada pelo próprio atacante nas redes sociais. "Infelizmente para mim e para todos aqueles que sempre me apoiaram e seguem apoiando, eu não serei convocado para a Eurocopa na França", escreveu em sua página no Twitter.

A decisão da FFF vai ao encontro do desejo de boa parte dos torcedores franceses, que ficaram estarrecidos com o escândalo envolvendo o atacante, e de políticos do país. O primeiro-ministro Manuel Valls foi um dos que se manifestaram contrários à volta de Benzema à seleção para a Eurocopa.

O cantor Roberto Carlos também apareceu em um dos recentes escândalos do País, conhecido como Panamá Papers. O nome do artista está entre os 11,5 milhões de documentos da firma de advocacia da Mossack Fonseca. O Rei surge na papelada como acionista de uma offshore, a Happy Song. As suspeitas são de que entidades offshore tenham sido criadas para evitar o pagamento de impostos. 

Segundo o colunista Fernando Rodrigues, a Happy Song foi criada em 2011 com três diretores, Reynaldo Ramalho, José Carlos Romeu e Marco Antonio Castro; todos parceiros profissionais de Roberto Carlos há muitos anos. O cantor se pronunciou, através de nota enviada ao mesmo colunista por sua assessoria, alegando que a empresa está devidamente declarada à Receita Federal e ao banco Cental. 

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O grande escândalo de corrupção que estourou no futebol mundial em 2015 fez mais uma vítima nesta segunda-feira. O presidente da Federação Equatoriana de Futebol, Luis Chiriboga, renunciou ao cargo após ser acusado de participação em um esquema de lavagem de dinheiro. A decisão foi confirmada pelo advogado do dirigente, Carlos Machuca.

"Efetivamente, há uma renúncia assinada por Chiriboga, e isso será tratado amanhã (terça) no diretório da federação", declarou em entrevista à estação local Más Deportes. A federação ainda não se manifestou sobre o assunto.

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Machuca explicou os supostos motivos que levaram Chiriboga a renunciar. "Há muita pressão neste processo, há muitas versões nas redes sociais, também há pressão da imprensa. E como advogados, consideramos que é preciso reduzir a pressão para o bem do futebol equatoriano."

Chiriboga atuou por 18 anos como presidente da federação e neste período teve como grande feito a classificação da seleção nacional para suas primeiras três Copas do Mundo. No entanto, foi considerado culpado de envolvimento em um escândalo de lavagem de dinheiro com outros três dirigentes da entidade. Por isso, está em prisão domiciliar desde dezembro.

Trata-se de mais um dirigente destituído depois da investigação da Justiça norte-americana que estourou no ano passado. Machuca, no entanto, fez questão de ressaltar que a renúncia de Chiriboga foi "voluntária" e considerou este passo "bom para o futebol, para a família, o processo e o entorno".

VENEZUELA - Também nesta segunda-feira, o Ministério da Justiça da Suíça revelou que o ex-presidente da Federação Venezuelana de Futebol, Rafael Esquivel, foi extraditado para os Estados Unidos. Lá, ele responderá às acusações de suborno, em meio ao escândalo investigado pela Justiça norte-americana.

De acordo com as autoridades suíças, policiais norte-americanos "escoltaram Esquivel em Zurique e o acompanharam em um voo a Nova York". O ex-dirigente venezuelano deverá comparecer a um tribunal no Brooklyn dentro de 24 horas para prestar esclarecimentos.

A Corte Arbitral do Esporte (CAS) informou nesta quarta-feira que o francês Michel Platini formalizou uma apelação ao órgão contra seu afastamento do futebol por seis anos. O presidente da Uefa foi suspenso do esporte por causa de um caso de conflito de interesses que envolveu também o ex-presidente da Fifa, Joseph Blatter.

Platini já havia anunciado que apelaria contra a decisão à CAS, mas somente nesta quarta-feira oficializou o protesto. A punição impediu que o francês concorresse à presidência da Fifa na eleição realizada na última sexta-feira. Ele era considerado o principal favorito a suceder justamente Joseph Blatter. Sem o ex-jogador, seu ex-braço direito, Gianni Infantino, acabou eleito.

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A CAS explicou em comunicado nesta quarta que ainda não há data marcada para a primeira audiência do caso e garantiu que Platini não pediu urgência no julgamento. O francês e Joseph Blatter haviam sido punidos inicialmente com oito anos de suspensão, mas a pena foi diminuída após julgamento realizado na semana passada. Há ainda a possibilidade de que o Comitê de Apelação da Fifa proteste contra essa redução e tente ampliar novamente a pena de ambos junto à CAS.

A redução de sua pena, aliás, não deixou Platini satisfeito e o dirigente chegou a dizer na semana passada que só teria um julgamento justo na CAS. "Sou uma vítima de um sistema que tinha apenas um objetivo: impedir que eu me tornasse presidente da Fifa para proteger certos interesses que eu estava prestes a trazer à tona."

O julgamento da CAS também deverá definir o futuro de Platini na Uefa. A entidade europeia se recusou a apontar um presidente interino para o lugar do francês, que segue como mandatário da entidade, pelo menos oficialmente. A Uefa explicou que só fará uma possível substituição do dirigente depois que a CAS determinar seu futuro.

Platini é suspeito de ter recebido US$ 2 milhões de Joseph Blatter de forma indevida em 2011. Ele argumenta que era um salário atrasado por um serviço prestado nove anos antes. Mas os juízes e o Ministério Público da Suíça suspeitam que o dinheiro seja um pagamento para que ele não se apresentasse como candidato nas eleições da Fifa daquele ano.

Um juiz federal que supervisiona centenas de ações coletivas contra a Volkswagen nos Estados Unidos diz que quer que a montadora responda, dentro de um mês, sobre como pretende enquadrar os 600 mil veículos movidos à diesel nas leis ambientais do país.

O juiz distrital Charles R. Breyer disse a advogados da empresa alemã em uma audiência na Califórnia nesta quinta-feira, que espera que eles respondam até 24 de março. Ele disse que até lá, ele quer saber sobre as soluções técnicas disponíveis para consertar os carros e o status de negociações sobre um possível acordo com os consumidores prejudicados.

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Em setembro, a Volks admitiu aos reguladores americanos que usou um software de forma ilegal na aparelhagem dos veículos a Diesel. A trapaça permitia que os carros passassem em testes laboratoriais de emissão de poluentes, ainda que liberassem mais poluentes do que o permitido pela legislação.

Breyer disse que o prazo de seis meses é suficiente para que a companhia encontre uma solução. Ele ainda ressaltou que a cada dia que os veículos permanecem rodando, níveis excessivos de poluição estão sendo lançados na atmosfera e os proprietários estão presos com carros Volkswagen que nem podem vender. Fonte: Associated Press.

O brasileiro João de Souza, o Feijão, condena o fato de alguns tenistas aceitarem suborno para entregarem partidas. Mas não se surpreendeu com as denúncias feitas pela BBC e pelo site BuzzFeed, envolvendo 28 tenistas - 16 dos quais estão entre os 50 melhores do mundo - suspeitos de vender resultados. Ele disse já ter escutado muitas histórias sobre o tema e levanta um motivo que contribui para a corrupção: a baixa remuneração dos torneios.

Feijão lembra que, no circuito do tênis, são poucas as competições que distribuem bons prêmios. Muitos atletas, diz, acabam pagando para jogar. Com isso, podem ser tornar presas fáceis para os aliciadores da máfia de apostas.

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"Os torneios do Grand Slam, do Master 1000, 500 e 250 são muito bem pagos. Mas é o resto? Quem joga Challenger ou Future acaba pagando para jogar. O cara que não tem patrocínio, tem família, vai fazer o quê?", disse o brasileiro, atual 149.º do ranking mundial. "Eu não concordo com isso, mas entendo esse lado."

Ele mesmo já foi alvo de uma tentativa de suborno, mas não aceitou. O caso aconteceu, segundo Feijão, há dois ou três anos, durante um torneio em Bucaramanga, na Colômbia. "Eu já recebi uma vez, alguns anos atrás uma proposta, por meio do Facebook. Eu nem respondi. Um cara me comunicou, eu não lembro com quem ia jogar, ele perguntou se eu aceitava perder por 2 sets a 0 e tal. Li e não respondi."

João de Souza afirma que não conhecia o aliciador e diz que o modus operandi dificulta que autoridades e a própria ATP possam localizar integrantes dessa máfia. "Achar um cara via Facebook é praticamente impossível. O cara tá na China, é chinês mas manda dizendo que é dos Estados Unidos. Não tem foto, nada. No meu caso, ficou por isso."

Ao se aprofundar sobre as dificuldades enfrentadas pelos tenistas que não fazem parte do grupo dos 80 primeiros do ranking, Feijão lembrou que eles não têm vida fácil e gastam muito para participar de torneios. "Dos Challenger para baixo é muito mal pago, não ser que seja um Challenger de US$ 55 mil. Tem Future que dá prêmio de US$ 1,8 mil ao campeão. O cara gasta muito mais do que isso com viagem, hospedagem, comida, treinador... Aí, ele pensa: vendo dois, três jogos pago um mês (de despesa). Todo mundo tem amor ao tênis, mas tem de ganhar dinheiro."

Feijão diz já ter escutado falar em várias propostas feitas a tenistas nessas condições. "Já ouvi 25 mil euros, 10 mil reais, 20 mil dólares... Não estou defendendo os caras que fazem. Mas quem não esta no Grand Slam vende o almoço para pagar a janta."

Sobre as denúncias, ele ressalta que é preciso provar o envolvimento dos tenistas. "Primeiro tem de provar. Já estão falando nisso há muito tempo e as provas são muito poucas. Enquanto não provarem que venderam ou manipularam resultados, não tem muito o que falar", entende. "Se tiver rolando, cada jogador tem de responder pelos atos cometidos."

Mais um cartola preso na Suíça aceitou sua extradição aos Estados Unidos. Nesta quarta-feira (6), o Departamento de Polícia em Berna comunicou que Alfredo Hewit, ex-presidente da Concacaf e vice-presidente da Fifa, acatou o pedido feito pela Justiça dos EUA para que seja transferido para Nova York.

Hewit é acusado de corrupção e, apesar de ter herdado a entidade de outro dirigente preso, Jeff Webb, foi acusado nos EUA por manter as mesmas práticas corruptas. Hondurenho, Hewit comandava a Concacaf com sede em Miami.

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Preso no dia 3 de dezembro em Zurique ao lado do presidente da Conmebol, Juan Napout, Hewit se recusou inicialmente a ser extraditado aos EUA. Hoje, em interrogatório, acabou aceitando a transferência para ser julgado.

Dos quase dez dirigentes presos na Suíça entre maio e dezembro de 2015, mais da metade deles já está nos EUA. José Maria Marin, ex-presidente da CBF, deve voltar a ser ouvido pela corte na semana que vem. Napout também aceitou sua extradição, pagando um total de US$ 20 milhões em fianças. Já Webb deu até o anel de noivado de sua mulher como garantia de que não fugiria.

Estão na Suíça ainda apenas três dirigentes: Julio Rocha, Costas Takkas e Rafael Esquivel, da Venezuela.

O Congresso Nacional Africano (ANC), o partido no poder na África do Sul, anunciou nesta terça-feira uma denúncia por uma mensagem no Facebook que compara os negros aos macacos, um caso que provocou um escândalo no país.

Penny Sparrow, uma agente imobiliária branca de Park Rynie, na província de KwaZulu-Natal (leste), se queixou no Facebook da atitude dos negros que deixam lixo na praia nas festas de fim de ano. "A partir de agora chamarei de macacos os sul-africanos negros porque os pequenos e adoráveis macacos selvagens fazem o mesmo que eles: pegam e jogam o lixo", escreveu.

O ANC, no poder desde o fim do regime racista do apartheid, em 1994, decidiu entrar com uma denúncia por ultraje contra "vários sul-africanos que publicaram mensagens racistas nas redes sociais". "É alarmante que pessoas intolerantes que até agora guardavam suas opiniões estejam ganhando coragem", disse o porta-voz do partido, Zizi Kodwa.

Diante da repercussão, Sparrow apagou sua mensagem e pediu desculpas, afirmando que "não queria insultar ninguém".

Por sua vez, o partido da oposição Aliança Democrática (DA), do qual Sparrow é membro, disse rejeitar o racismo e apresentou uma denúncia contra ela. Este caso e outros parecidos são a mostra de que as questões raciais continuam sendo muito sensíveis na África do Sul mais de 20 anos após o fim do apartheid.

O ex-presidente da Conmebol Eugenio Figueredo desembarcou nesta quinta-feira (24) em Montevidéu, no Uruguai, extraditado da Suíça depois de ter sido preso por envolvimento no escândalo de corrupção que manchou o futebol em 2015. O ex-dirigente mal chegou ao seu país natal e já foi imediatamente encaminhado a um tribunal para prestar depoimento.

Figueredo entrou no tribunal sem fazer declarações. Sua advogada, Karen Pintos, disse à imprensa que seu cliente "vem em um estado de saúde delicado e não se pode esquecer de sua idade, 83 anos, e que chega depois de uma viagem de muitas horas".

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Karen ainda manifestou que caso seu cliente seja enviado à prisão, pedirá que tenha o benefício da prisão domiciliar, justamente em virtude da idade avançada e dos problemas de saúde. Mas o promotor de crime organizado Juan Gómez adiantou que pedirá à juíza Adriana de los Santos que decrete a detenção de Figueredo pelos crimes de fraude e lavagem de dinheiro.

Figueredo conseguiu ser extraditado ao Uruguai, como desejava, ao invés dos Estados Unidos, que foi quem comandou a operação executada na Suíça. O Ministério da Justiça suíço entendeu que em seu país natal o ex-dirigente poderia ser julgado por outros crimes, que não seriam considerados nos EUA.

Em uma tentativa de impedir que Figueredo fosse enviado a Nova York, autoridades uruguaias pediram aos suíços sua extradição ao país, alegando que também o investigam por corrupção.

No dia 17 de setembro, os suíços já haviam autorizado a extradição do uruguaio para Nova York, mas Figueredo entrou com um recurso. Semanas depois, foram as autoridades de Montevidéu que pediram sua extradição. O uruguaio, durante o processo, chegou a entrar com um recurso pedindo para esperar pelo processo em prisão domiciliar. Os suíços rejeitaram.

Condenados por "abuso de poder", o suíço Joseph Blatter e o francês Michel Platini foram suspensos do futebol por oito anos. A decisão foi anunciada pela Fifa na manhã desta segunda-feira e marca um divisor de águas na história da entidade que, pela primeira vez, afastou do futebol seu presidente. O gesto também passa a ser considerado como uma demonstração de que a entidade quer "virar a página" em relação à corrupção, afastando seus antigos chefes.

Para Blatter, com 79 anos, a decisão representa o fim de sua carreira na gestão do futebol. Ele esperava ser inocentado para que pudesse voltar ao comando e, em fevereiro, entregar o cargo ao seu sucessor. Platini esperava também ser inocentado, desta vez para ser candidato à presidência da Fifa. Ambos ficam afastado de qualquer envolvimento com o futebol até o ano de 2023, depois da Copa do Mundo do Catar, e a aplicação da medida é "imediata". Blatter, assim, deixa de vez seu cargo na Fifa e Platini é obrigado a abandonar a presidência da Uefa e seu sonho de ser presidente da Fifa.

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O Comitê de Ética da entidade havia suspendido ambos de forma provisória por 90 dias, enquanto examinava o caso. Blatter e Platini são suspeitos por conta de uma transferência de US$ 2 milhões do suíço ao francês, em 2011. O Ministério Público da Suíça também investiga o caso.

Ambos fecharam um entendimento para apresentar a mesma argumentação ao Comitê de Ética: a de que o dinheiro era um salário atrasado que a Fifa devia para Platini. Mas os juízes suspeitaram quando ficou claro que o salário era sobre um suposto serviço que ocorreu nove anos antes. Blatter e Platini também defenderam a ideia de que não existia um contrato por escrito. Para a Fifa, porém, a realidade é que houve suspeita de falsificação do balanço financeiro da entidade. Blatter era presidente e Platini, em 2011, seu vice-presidente e teriam de ter informado aos demais membros do Comitê Executivo sobre o pagamento, o que não ocorreu.

Mas a decisão promete ser polêmica. Segundo o comunicado, o pagamento de US$ 2 milhões "não tem base legal". "Blatter não conseguiu demonstrar qualquer outra base legal para o pagamento", insistiu o Comitê de Ética. A tese de um "acordo de cavalheiros" não foi "convincente e rejeitado". O Comitê também admite que as evidências coletadas não foram suficientes para provar que se tratou de corrupção. Mas aponta que a "conduta de Blatter em relação a Platini sem base legal constitui uma violação das regras da Fifa sobre dar e aceitar presentes e outros benefícios". "Além disso, Blatter se encontrou em uma situação de conflito de interesse, falhando em publicar essa situação e a existência de interesses pessoais", indicou a Fifa.

A decisão apontou que Blatter colocou seus interesses pessoais acima dos da Fifa. "Suas ações não mostraram compromisso com uma atitude ética, demonstrando um uso abusivo de sua posição de presidente da Fifa e violando as regras de conduta". Além da suspensão, ele terá de pagar US$ 50 mil em multas. Os mesmos argumentos foram apresentados sobre Platini: não conseguiu convencer os juízes sobre a natureza do pagamento. "Além disso, Platini fracassou em agir com completa credibilidade e integridade, mostrando desconhecimento da importância de suas obrigações", indicou o Comitê de Ética.

"Suas ações não mostraram compromisso com uma atitude ética, falhando em respeitar leis e regulações e demonstrando um abuso de sua posição como vice-presidente da Fifa", apontou. Além da suspensão, ele paga US$ 80 mil em multas. Blatter e Platini ainda podem recorrer à Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês). Mas a decisão dificilmente será revertida e marca o fim melancólico de dois dirigentes que, por anos, mandavam no futebol.

O ex-presidente tinha na Fifa sua própria vida e era acusado por opositores de confundir a história do futebol com a sua própria. Blatter entrou na entidade ainda nos anos 70 e passou a ser o braço direito de João Havelange. Juntos, os dois criaram um sistema clientelista no qual as federações nacionais recebiam privilégios, dinheiro e torneios em troca de um apoio incondicional aos dois cartolas em Zurique. Apoiado principalmente por países irrelevantes no futebol, Blatter costurou a criação de um império que o permitiu vencer cinco eleições a partir de 1998. Mais de cem federações pelo mundo dependiam praticamente de forma plena dos recursos que a Fifa os enviava.

Mas, no dia 27 de maio de 2015, a história de Blatter mudaria de forma profunda. Uma ação policial em Zurique e na sede da entidade fez com que as empresas patrocinadoras exigissem sua saída. Quatro dias depois de vencer as eleições, o suíço foi obrigado a anunciar novas eleições, em fevereiro de 2016. Ele estava convencido, porém, que voltaria ao poder e usaria esse tempo para desmascarar e manobrar seus opositores, os eliminando. Assim, em fevereiro de 2016, demonstraria às 209 federações nacionais que apenas ele poderia continuar mandando na Fifa.

O que ele não contava, porém, era com uma ação da polícia de Zurique que, em setembro, entrou na Fifa e o colocou como suspeito por corrupção e gestão desleal. Apesar de insistir em sua inocência, foi obrigado a deixar seu escritório na Fifa. Ao mundo, chegou a dizer que não era "demônio".

CAMPANHA - Quem também conheceu o fim de uma trajetória de poder no futebol foi Michel Platini, presidente afastado da Uefa e candidato à presidência da Fifa. Argumentando que a decisão sobre sua punição já havia sido tomada, o francês sequer apareceu ao tribunal da Fifa na última sexta-feira. Ele alega que a manobra foi orquestrada por Blatter para o impedir de ser presidente da Fifa.

Platini era considerado como o herdeiro político do cartolas suíço e, por anos, aguardou sua vez de concorrer à presidência. Mas, em 2011, rompeu com Blatter, depois que o dirigente descumpriu uma promessa feita e voltou a se apresentar para o comando da Fifa. Platini considerara que aquela era sua vez. Hoje, a suspeita é de que Blatter tenha feito o pagamento de US$ 2 milhões justamente para compensar Platini por não se apresentar ao pleito. Hoje, ambos estão banidos do futebol.

Marco Polo del Nero e Ricardo Teixeira foram acusados nos EUA por corrupção e conspiração, enquanto a Fifa abre investigações contra o presidente da CBF também por violações ao código de ética e pode suspender o dirigente do futebol. O Departamento de Justiça dos EUA apresentou nesta quinta-feira (3) acusações por corrupção contra mais 16 integrantes da FIFA, entre os quais o atual presidente e o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Marco Polo Del Nero e Ricardo Teixeira. Se condenados, eles estão sujeitos a penas que podem chegar a 20 anos de prisão.

Com as novas denúncias, o número de pessoas apontadas no processo quase dobrou, para um total de 41. O caso teve início em maio, com apresentação das acusações em uma corte do Brooklyn, em Nova York. Até agora, 12 indivíduos e duas empresas de marketing esportivo foram condenados e US$ 100 milhões recuperados pelo governo dos EUA.

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Com a acusação confirmada, todos os três cartolas que comandaram a CBF nos últimos 30 anos estão sob suspeita ou serão julgados: José Maria Marin, Del Nero e Teixeira. Questionado se Del Nero poderia continuar na presidência da CBF, o chefe do Comitê de Auditoria da Fifa, Domenico Scala, apontou para um situação insustentável. "Essa é uma questão muito pertinente", disse.

No total, o Departamento de Justiça dos EUA indiciou um grupo de 16 cartolas, a maioria deles da América Latina. Pela manhã, em Zurique, dois vice-presidentes da Fifa, Alfredo Hawit e Juan Napout, foram presos e aguardam extradição aos EUA. A Justiça, porém, também confirmou o que a reportagem do Estado de S. Paulo havia revelado com exclusividade em 15 de setembro: Del Nero estava sendo investigado pelo FBI.

Agora, ele é acusado formalmente por receber propinas em contratos comerciais envolvendo a CBF. A Agência Estado apurou que o governo americano estava costurando um pedido de cooperação com o Brasil para que Del Nero fosse preso ou pelo menos ouvido pela Justiça.

Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, também foi indiciado por corrupção. Ele é suspeito de ter feito parte de um esquema em contrato com a Nike, ainda nos anos 90. Mas uma decisão de uma juíza no Rio de Janeiro suspendeu todo tipo de cooperação entre norte-americanos e brasileiros envolvendo o escândalo da Fifa. Com isso, o MP do Brasil ficou impedido de cumprir qualquer solicitação do FBI relacionado com o caso.

Nos EUA, a apuração sobre Del Nero se debruçava sobre pagamentos feitos por José Hawilla, dono da Traffic. A Justiça apontava como o empresário brasileiro foi obrigado a compartilhar um contrato que tinha com a CBF para os direitos da Copa do Brasil com a Klefer a partir de 2011. Para o período entre 2015 e 2022, a Klefer pagaria à CBF R$ 128 milhões pelo torneio, minando a posição privilegiada que Hawilla tinha desde 1989.

Para evitar uma guerra comercial, Hawilla e a Klefer entraram em um entendimento. Mas só neste momento é que a Klefer informou que havia prometido o pagamento de uma propina anual a um cartola da CBF, cujo nome não foi revelado. Essa mesma propina teria de ser elevada a partir de 2012, quando dois outros membros da CBF entrariam em cena. Um deles é José Maria Marin, preso em Zurique e extraditado aos Estados Unidos. O outro, segundo os americanos, seria Del Nero.

Dois documentos revelados ainda no dia 27 de maio pelo Departamento de Justiça dos EUA confirmavam a suspeita. Del Nero negava que ele fosse a pessoa indiretamente apontada nos informes. Num deles, um empresário "informa Hawilla que o pagamento de propinas aumentou quando outros dois executivos da CBF - especificamente o Co-Conspirator #15 e Co-Conspirator #16 - pediram propinas também".

O documento explicava que o co-conspirador 15 era membro do alto escalão da CBF e membro da Fifa e da Conmebol - a descrição apenas pode ser preenchida por José Maria Marin. Naquele momento, ele era o presidente da CBF, era membro da Fifa e da Conmebol. Já o co-conspirador 16 seria membro do alto escalão da Fifa e da CBF. Nesse caso, apenas Del Nero mantinha um cargo na CBF (vice-presidente) e na Fifa (membro do Comitê Executivo). "Hawilla concordou em pagar metade do custo da propina, que totalizava R$ 2 milhões por ano, para ser dividido entre Co-Conspirator #13, Co-Conspirator #15, e Co-Conspirator #16", indicou o indiciamento do empresário.

O mesmo caso é contado no documento que serve de base para o indiciamento de José Maria Marin e, neste caso, o nome do ex-presidente da CBF é apresentado. No indiciamento, a Justiça traz até mesmo um diálogo entre Marin e Hawilla, em que o cartola insiste que o dinheiro precisa ir para ele também. A reunião gravada ocorreu nos EUA em abril de 2014.

No documento de maio que cita Marin, Del Nero não é citados nominalmente na acusação. Mas a Justiça explica que um "co-conspirador 12" teria também recebido parte da propina. Esse co-conspirador 12 seria um "alto funcionário da Fifa e da CBF". Uma vez mais, apenas Del Nero se enquadra nessa descrição.

O jornal The New York Times informou que autoridades suíças realizaram na manhã desta quinta-feira uma nova série de batidas policiais e prisões em Zurique, como parte das investigações sobre corrupção na Fifa.

Citando autoridades policiais, o jornal afirmou que pelo menos uma das prisões ocorreu no mesmo hotel de luxo que dirigentes da Fifa foram presos em maio.

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A reportagem diz que a polícia suíça entrou no hotel Baur au Lac por uma porta lateral às 6h desta quinta-feira. Um gerente disse às pessoas que estavam no lobby que eles deveriam deixar o local por causa de uma "situação extrema".

Autoridades na Suíça, onde a Fifa tem sede, e nos Estados Unidos estão investigando dirigentes da entidade por acusações de extorsão, lavagem de dinheiro e fraude.

O presidente Joseph Blatter e secretário-geral Jérôme Valcke, ambos afastados de suas funções na Fifa, não estão entre os procurados pela polícia, segundo o The New York Times.

A Fifa divulgou um comunicado informando que "estava ciente" da operação policial e que "vai continuar a cooperar com a investigação".

Fonte: Associated Press

Mais de 1.500 proprietários de automóveis Volkswagen e Audi, na Coreia do Sul, apresentaram queixa coletiva contra o fabricante alemão para exigir o cancelamento da compra e o reembolso do valor pago pelos carros, informa hoje (11) a agência Yonhap.

Os 1.536 proprietários de carros da marca entraram com ação no tribunal de Seul, alegando que foram enganados pela Volkswagen no âmbito do escândalo da manipulação dos valores das emissões de gases poluentes dos veículos a diesel.

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O escritório de advocacia que defende os donos dos veículos informou que, no total, mais de 6 mil pessoas apresentaram documentos para aderir à iniciativa e, por isso, o número de demandantes deve aumentar nas próximas semanas.

Eles exigem que a Volkswagen anule os seus contratos de compra dos veículos, aceite a devolução e os reembolse na totalidade, incluindo uma compensação pecuniária.

A ação ocorre depois de a fabricante alemã de automóveis ter começado a oferecer, na segunda-feira (9), vales de até US$ 1.000 aos clientes afetados nos Estados Unidos, o primeiro passo para recuperar a confiança, segundo a fábrica.

No caso da Coreia do Sul não está previsto ainda nenhum plano de indenização, já que a investigação do Ministério do Ambiente sul-coreano está em andamento, sendo esperada a divulgação dos resultados antes do fim deste mês.

A Agência Mundial Antidoping (Wada) suspeitou dos atletas brasileiros na preparação para os Jogos Olímpicos de 2016. Quem faz o alerta é Richard Pound, que no domingo (8) publicou seu informe sobre as suspeitas de doping organizado pelo governo russo. À Agência Estado, ele não hesitou em apontar que existiu uma preocupação de que, para garantir resultados positivos em casa no maior evento já recebido pelo País, as equipes brasileiras usassem métodos ilegais.

"Sim, existia essa suspeita", confirmou ao final de sua coletiva de imprensa. Segundo ele, esse teria sido o motivo pelo qual o único laboratório credenciado no Brasil pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) foi suspenso, o Ladatec. "Não havia confiança alguma", indicou o canadense.

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O Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD/Ladetec) foi aprovado em maio deste ano, depois de ter a licença cancelada em 2013. O local teve sua nova sede inaugurada em 2014 a um custo de R$ 188 milhões para o governo federal. Mas não tinha a capacidade de realizar as análises conforme os padrões internacionais.

Para ele, os casos que foram identificados com atletas brasileiros mostravam que a preocupação era uma realidade. Pound aponta que esse foco no Brasil não aconteceu por acaso. "Se as entidades suspeitarem de algo, elas podem focar em determinados atletas", contou.

Desde 2001, o País soma 30 casos positivos na natação e é superado apenas pelos 33 casos da China, segundo a Federação Internacional de Natação. Os russos vêm na terceira colocação, com 28 casos.

Na natação, o Brasil ainda tem metade dos casos que testaram positivo para diuréticos desde 2001, com oito incidências. Eles incluem Nicholas Santos e Henrique Barbosa em 2011, Evandro Vinicius Santos Silva em 2014, Pamela Alencar em 2012 e Daynara de Paula em 2010.

Entre 2008 e 2011, o ciclismo brasileiro ainda registrou 20 casos de doping. Em 2009, por exemplo, o Brasil somou no geral 33 casos de doping, entre eles Daiane dos Santos e outros 15 no atletismo.

Para Pound, a investigação russa é apenas "a ponta de um iceberg". "Esse é apenas o começo da história e há muito mais", disse. "A Rússia não é o único país e o atletismo não é o único esporte a ter essa realidade", disse. Segundo ele, outro exemplo é do Quênia. "Se eles não resolverem a situação, outros virão para fazer o serviço", ameaçou.

Pound acredita que a Wada tem sido "frouxa" demais com diversos países. "Temos o código antidoping por doze anos já. Quem não conseguiu ainda o implementar é por falta de vontade", acusou. "Todos os países precisam olhar para suas práticas e suas regras. Caso contrário, estarão ameaçados", alertou.

Para ele, as revelações sobre os russos aprofunda o golpe na credibilidade dos esportes, já afetado com a corrupção na Fifa. "Esses são dois dos maiores esportes do mundo. Não podemos negar que a opinião pública terá cada vez mais a impressão de que tudo é corrupção", disse. "Se não pudermos mais acreditar nos resultados em campo, vivemos um sério golpe à credibilidade dos esportes", concluiu.

A Volkswagen está oferecendo cartões de presente no valor de US$ 500 (aproximadamente R$ 1.885) e créditos para serem gastos em concessionárias a proprietários de carros equipados com o software que engana normas de emissões de poluentes, uma tentativa para começar a reabilitar sua imagem desgastada pelo escândalo.

A montadora alemã admitiu em setembro ter equipado 11 milhões de carros em todo o mundo com um software de manipulação de dados de emissões de poluentes. O caso foi descoberto nos Estados Unidos e resultou na renúncia do então presidente-executivo Martin Winterkorn. Entre os modelos que possuem esse dispositivo estão o Jetta, Golf, Passat e o Audi A3.

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Para se desculpar, a montadora alemã vai oferecer um cartão de débito com saldo de US$ 500, que pode ser gasto em qualquer coisa, e um crédito de US$ 500 em concessionárias a proprietários de 482 mil carros a diesel envolvidos no escândalo de emissões. Os donos de veículos Audi afetados receberão a mesma oferta.

Ao aceitar a proposta, os proprietários de veículos não serão obrigados a renunciar ao seu direito de participar de um processo de ação coletiva, tomar ações legais por conta própria ou desistir de qualquer compensação potencial no futuro, confirmou o porta-voz da Volkswagen, Jeannine Ginivan.

“Estamos trabalhando incansavelmente para desenvolver uma solução para os veículos afetados", disse o CEO da Volkswagen norte-americana, Michael Horn, em comunicado. "Enquanto isso, estamos oferecendo este pacote de como um primeiro passo para recuperar a confiança dos nossos clientes”, complementou.

No Brasil, o único carro vendido pela Volkswagen com motor a diesel é a picape Amarok. A Volkswagen do Brasil afirma que uma atualização do software se encontra em desenvolvimento pela matriz da empresa na Alemanha para aplicação nos países afetados a partir do primeiro trimestre de 2016. A medida envolve um total de 17.057 unidades no mercado brasileiro.

"A partir do primeiro trimestre de 2016, a Volkswagen do Brasil enviará cartas aos proprietários dos veículos afetados nesta ação", disse a empresa, em comunicado.

O presidente da Federação Alemã de Futebol (DFB, na sigla em alemão), Wolfgang Niersbach, apresentou nesta segunda-feira (9) sua renúncia ao cargo. Após uma reunião de emergência, o dirigente disse que estava assumindo a "responsabilidade política" pelo escândalo que recentemente abalou o órgão, acusado de pagar propina a dirigente da Fifa para ser escolhida como sede da Copa do Mundo de 2006.

Em outubro, Theo Zwanziger, antecessor de Niersbach, disse que o dirigente tinha conhecimento de um suposto "caixa dois", que seria utilizado para pagar suborno a integrantes do Comitê Executivo da Fifa - o órgão é responsável por escolher as sedes da Copa do Mundo.

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Quando o escândalo estourou, Niersbach negou qualquer irregularidade, dizendo que os 6,7 milhões de euros foram pagos à Fifa em 2002 como uma garantia financeira para que a principal entidade do futebol mundial enviasse à Alemanha uma quantia já disponível para a organização do Mundial. Mas a transação ainda não foi totalmente explicada e a federação chegou a abrir sua própria investigação sobre o caso.

Na semana passada, autoridades realizaram buscas nas instalações da DFB e na residência de Niersbach. À época, a procuradora de Frankfurt, Nadja Niesen, disse que promotores estão investigando "evasão fiscal em um caso particularmente grave". Os alvos das buscas foram Niersbach, Zwanziger e Horst R. Schmidt, ex-secretário-geral da entidade. Todos os três faziam parte do alto escalão do Comitê Organizador da Copa de 2006.

Presidente da DFB desde 2012 e membro dos Comitês Executivos da Fifa e da Uefa, Niersbach disse nesta segunda-feira que está deixando o cargo com "dor no coração" e que "mantém a boa consciência de que não fez nada de que possa se arrepender".

Um grupo de quase 100 estudantes de uma pequena cidade do Colorado, no oeste dos Estados Unidos, provocou um escândalo ao trocar entre 300 e 400 fotos dos próprios alunos nus, uma prática conhecida como "sexting".

A escola de Canon City divulgou o caso na quarta-feira, explicando em sua conta no Facebook que um grupo de alunos "fez circular fotos mostrando partes íntimas de seu corpo ou roupa íntima".

As autoridades iniciaram uma investigação para determinar se algum adulto participou do esquema e se trata-se de um caso pornografia infantil.

Alguns do alunos fotografados não têm mais de 13 anos, de acordo com o jornal The New York Times.

Os envolvidos, inclusive muitos membros da equipe de futebol americano da escola, poderão ser acusados formalmente de vários delitos, segundo a direção do centro escolar.

"Isto acontece há anos", revelou uma aluna da escola de Canon City à TV local KRDO13. Segundo a jovem, muito foram coagidos a enviar fotos.

Os responsáveis da escola realizaram uma reunião na quinta-feira para avisar os país dos alunos sobre a situação.

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