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A Universidade Federal do Pará (UFPA) realizou na última sexta-feira (26) a quinta edição do FALE (V Fórum de Alfabetização, Leitura e Escrita Flor do Grão Pará). O evento contou com a participação voluntária de 180 pessoas, alunos e não alunos da instituição. Dentre os palestrantes havia representantes das secretarias de Educação, formadores, pesquisadores e alfabetizadores licenciados.

  Segundo os organizadores do evento, o principal objetivo do fórum é mostrar a importância da alfabetização na era da cybercultura. A palestra tratou de temas como a responsabilidade que as universidades têm na formação do indivíduo, a inclusão das crianças na “sociedade digital” e também sobre a relação que a linguagem tem com outros cursos de graduação.

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Uma das organizadoras do evento, Elizabeth Orofino, disse que o fórum tem muitos desafios e destacou a importãncia do estímulo da leitura. “O FALE está ligado à rede de formação Latino-Americana de formação docente. Nós temos o principio de fazer uma simetria de universidade e escola básica. Nesse momento o fórum tem uma base na pesquisa narrativa e então os professores que estão ali, da escola básica e da universidade, estão produzindo uma narrativa sobre sua prática docente”, informou.

Por Henrique Herrera.

 

 

NÃO PUBLICAR AINDA A promessa de bons salários, estabilidade e progressão de carreira atraem muitas pessoas para os concursos públicos, deixando a concorrência pelas vagas muito alta e aumentando a importância de se dedicar bem à preparação para todas as etapas de seleção. A redação, que para muitas pessoas é um desafio desde os tempos de colégio, é cobrada em alguns certames e exige tanta atenção quanto as provas objetivas, por exemplo, uma vez que pode ser um fator decisivo para a aprovação. 

De acordo com a professora Vanessa Alves, que dá aulas de redação voltadas ao público concurseiro, não há muitas diferenças entre as redações dissertativas-argumentativas dos vestibulares e as dos concursos, que têm a mesma estrutura textual, podendo apenas variar um pouco em relação à temática abordada. “Nos concursos os temas podem ser mais objetivos, como no vestibular, ou mais metafóricos e subjetivos”, explicou ela. 

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A professora Tereza Albuquerque também destaca que, para alguns cargos, o tema da redação do concurso pode ter ligação com a atividade laboral a ser exercida pelos aprovados. De acordo com ela, um candidato a analista, por exemplo, tem questões ligadas ao direito na profissão. Nesse caso, a prova de redação quer que o aluno discurso sobre essas questões ligadas ao universo jurídico. 

Vanessa também explica que alguns concursos podem cobrar questões discursivas, que de acordo com ela têm uma estrutura semelhante com a da redação, mas com perguntas pré-moldadas pela banca, dando um assunto a ser tratado, explicado, embasado e exemplificado, porém sem criação de argumentos, em um texto expositivo. A professora explica que também podem ser cobrados estudos de caso em que a banca cria uma situação em que o aluno irá usar dispositivos legais e base jurídica para responder à questão.

Ainda sobre a temática cobrada nas provas, Vanessa explica que, via de regra, os concursos têm alguns eixos temáticos, abordando assuntos ambientais, políticos e sociais. Uma pesquisa realizada pelo LeiaJá em temas que já foram cobrados encontrou, por exemplo, “preservação do espaço público”, que apareceu em uma prova para o Banco do Brasil em 2015, “a conciliação dos sentimentos humanos na vida moderna” no concurso da Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul em 2013 e “o papel da linguagem escrita na sociedade contemporânea” no certame do Tribunal Regional Federal da 4ª Região em 2014, entre outros. 

No que diz respeito às maiores dificuldades que os concurseiros apresentam quando se trata de redação, a professora Tereza aponta a dificuldade de compreensão do texto, erros gramaticais, progressão temática e textual, textos confusos, argumentos baseados em senso comum, preconceito e desrespeito aos direitos humanos como os problemas mais comuns. Por sua vez, Vanessa apontou a falta de embasamento teórico, arcabouço cultural e leitura como erros mais frequentes. 

A professora Tereza Albuquerque orienta que os concurseiros comecem a se preparar para a prova de redação com antecedência para garantir que já estejam produzindo textos bons o suficiente para obter uma boa nota na data da prova. “Às vezes o aluno começa em cima da hora e aí infelizmente tira uma nota baixa, porque a produção de texto requer prática”, explica ela, que também destacou a importância de ter o acompanhamento de um professor que corrija os textos produzidos para sanar os erros e aprimorar a redação.

A mesma posição é defendida por Vanessa, que também recomenda que o candidato a uma vaga no serviço público, ao se preparar para uma prova de redação, se mantenha informado e antenado com os fatos contemporâneos, desde questões sociais até assuntos ambientais. Para isso, ela indica que o concurseiro esteja atento a “bons manuais, boas enciclopédias, jornais, revistas, portais, porque só se aprende a escrever escrevendo, mas para fazer uma boa redação antes de tudo é preciso ser um leitor antenado à realidade”. 

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Quando foi a última vez que você utilizou uma caneta ou um lápis? Em uma realidade em que usar aplicativos, redes sociais e e-mail é uma tarefa ordinária, escrever à mão está ganhando espaço de outra forma: como trabalho manual. Em cursos, canais na internet ou no mercado editorial, a escrita à mão se populariza com os nomes de caligrafia e lettering.

O conceito principal é o mesmo, de desenhar letras. A diferença é que a caligrafia tem por base regras tipográficas, enquanto o lettering é feito no improviso e mistura as mais variadas técnicas (como combinar letra cursiva e de forma em uma mesma frase, por exemplo).

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Escritora em tempo integral, Tati Lopatiuk, de 33 anos, aderiu à caligrafia há pouco mais de um mês. O hobby surgiu quase como uma necessidade para melhorar a preparação do bullet journal - tipo de diário semanal.

Agora, ela criou um grupo com cinco amigas para organizar encontros sobre o tema. "Quando estava no colégio, gostava de ter a letra bonitinha, cuidar do caderno. É legal ver que é uma coisa sua, não um recorte", diz. A escritora aprendeu a técnica por meio do livro "Caligrafia para relaxar", aposta da Editora Sextante para o mercado de livros interativos.

Lançado em novembro, o livro traz exercícios diversos, amparados em textos motivacionais, e é personalizável. "A pessoa sai do mundo digital para fazer as tarefas, mas, depois, quer fotografar e compartilhar o resultado", comenta a gerente de aquisições da Sextante, Nana Vaz de Castro. Só no Instagram, as hashtags "lettering" e "caligrafia" tem 7,2 milhões e 324,5 mil postagens, respectivamente.

Adepta dos livros de colorir, a contadora Ilca Lacerda, de 42 anos, começou no lettering há quase um ano. Acostumada a praticar todos os dias, aprendeu tudo de forma autodidata e é, hoje, administradora de um dos principais grupos do tema no Facebook, o Hand Lettering Brasil, com quase 1,9 mil membros.

Segundo Ilca, a procura aumentou desde agosto e é maior principalmente entre paulistas e curitibanos. "Estou começando a fazer vídeos ao vivo para ensinar o que já aprendi, mesmo não sendo profissional."

Já o programador Nelson Antunes, de 28 anos, entrou em contato com a caligrafia em um curso de curta duração. A ideia veio por meio de uma postagem do designer Hugo Cruz, de 32 anos, que já costumava seguir no Instagram. "Minha maior preocupação era se eu teria as habilidades necessárias", diz o jovem, que não costuma escrever à mão no dia a dia.

A organizadora de eventos Camila Iwazaki, de 43 anos, adotou o hábito diariamente, escrevendo desde cartas para sobrinhos até cartões-postais - por ser "de outra geração". Mesmo assim, encarou a caligrafia como um hobby, assim como o crochê e o tricô, que começou há um ano. "Sou de outra geração, não funciono assistindo tutorial, prefiro ver na minha frente alguém fazendo", diz ela.

Tanto Camila quanto Antunes aprenderam em uma oficina de Hugo Cruz. Originalmente ligado mais a trabalhos de outro tipo, o designer se voltou ao lettering e à caligrafia há um ano. "Vai de ações publicitárias de personalizar bolsas até cardápios escritos a giz e ilustrações para revistas", explica.

Também atuando no mercado, a arquiteta Marina Viabone, de 28 anos, do canal Primeiro Rabisco, transformou há dois anos o hobby em lettering em profissão. "É um resgate do analógico. As pessoas gostam de ganhar o produto na hora, com a frase que escolheu", comenta ela, que diz atender um público de 14 a 65 anos em suas oficinas.

Novos significados

O professor de Sociologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie Rogério Baptistini observa que as pessoas "estão buscando desenhar letras como se estivessem fazendo uma atividade manual, artesanal". "Talvez essa busca de frases que têm sentido, que chegam a ser de autoajuda, até demonstre uma tentativa de buscar novos significados, como se nós, humanos, estivéssemos tentando humanizar um mundo cada vez mais desumanizado", arrisca.

Para o professor de Linguística da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Marcelo Buzato, a escrita é uma prática sociocultural, que permanece, embora esteja em constante transformação. "Nos anos 1920, 1930, não se deixava crianças pegarem em lápis, porque eram afiados, os pais tinham medo. (Hoje) muitas das funções da escrita que estavam amarradas à escrita cursiva perderam valor, estão sendo substituídas. Ao mesmo tempo, as pessoas se apropriam da escrita com outras funções", analisa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Dados divulgados hoje (25) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) apontam que a alfabetização estagnou entre 2014 e 2016. Para tentar reverter esse quadro, o Ministério da Educação apresentou medidas da Política Nacional de Alfabetização. Mais da metade dos estudantes do 3º ano do ensino fundamental apresentaram nível insuficiente de leitura e em matemática para a idade, ou seja dificuldade em interpretar um texto e fazer contas.

De acordo com a Avaliação Nacional de Alfabetização, 54,73% dos alunos tinham nível de leitura insuficiente em 2016 e 45,27% tinham nível suficiente. Em 2014, o percentual de estudantes avaliados com nível insuficiente era um pouco maior: 56,17%.

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As regiões Norte e Nordeste foram as que obtiveram os piores resultados de leitura, com 70,21% e 69,15% dos estudantes apresentando nível de insuficiência, respectivamente. Esses percentuais caem para 51,22% no Centro-Oeste; 44,92% no Sul; e 43,69% no Sudeste.

Os estudantes que participaram da ANA foram enquadrados em quatro níveis com relação à proficiência em leitura: elementar (leitura de palavras com sílabas constituídas de uma consoante e uma vogal); básico (capazes de identificar a assunto e finalidade de textos de até cinco linhas); adequado (inferir o assunto em textos simples, localizar informação no meio ou final do texto, identificar o referente de um pronome pessoal e reconhecer significado de expressão de linguagem figurada); e desejável (reconhece participantes de um diálogo, e reconhece relação de tempo e identifica o referente de pronome possessivo). Os dois primeiros são níveis considerados insuficientes.

Escrita

No caso da escrita, 33,95% dos estudantes apresentaram proficiência insuficiente e 66,15% tiveram níveis adequados. As regiões Norte e Nordeste também apresentaram os menores resultados - 53,01% e 50,83%.

Matemática

Com relação aos conhecimentos em matemática, 54,46% apresentaram desempenho abaixo do adequado, enquanto 45,53% com nível suficiente. Em 2014, 57,07% dos estudantes tiveram seus conhecimentos matemáticos classificados como insuficientes; e 42,93% como suficientes. Norte e Nordeste registraram 70,64% e 69,46% dos estudantes com conhecimentos em matemática insuficientes.

Política Nacional de Alfabetização

A presidente do Inep, Maria Inês Fini, classificou como “sofrível” os resultados da avaliação. “Precisamos dar apoio para que essas crianças tenham um mínimo de condições para recuperar e reconstruir essas estruturas e prosseguir. Do contrário, continuaremos enxugando gelo”, disse.

De acordo com a ministra substituta da Educação, Maria Helena Guimarães, os dados mostram que as políticas desenvolvidas até o momento não produziram resultados efetivos. “A mesma situação de insuficiência dos resultados observados em 2014 são repetidos em 2016. Não houve evolução nem melhoria significativa”.

Na divulgação dos dados, o secretário de Educação Básica, Rossieli Soares da Silva, informou algumas medidas da nova Política Nacional de Alfabetização que prevê  acesso de professores a cursos de mestrado e a presença de um professor auxiliar nas salas de aula para ajudar no processo de alfabetização.

A pesquisa foi feita entre os dias 14 e 25 de novembro do ano passado em escolas públicas com pelo menos 10 estudantes matriculados no 3° ano do ensino fundamental em 2016. Foram mais de 2 milhões de estudantes de aproximadamente 105 mil turmas em 48 mil escolas. Quase 90% dos estudantes avaliados tinham 8 anos ou mais.

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As crianças e jovens de Camaragibe, tanto de escolas públicas como de particulares, estão tendo a oportunidade de conhecer melhor as memórias de sua cidade, de maneira lúdica, através do Projeto Histórias do Meu Povo. As atividades acontecem até o mês de novembro em diversos pontos do município.

A proposta é que os participantes passem por oficinas de ilustração, musicalização, cartonagem e acessibilidade na leitura, além de encontros com mestres da tradição oral de Camaragibe e visitação aos patrimônios culturais da cidade. O objetivo maior é trazer o exercício da leitura e da escrita, o mais próximo  possível da realidade do púlico, através da contação de histórias. 

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Entre as ações previstas estão a distribuição gratuita de 1.250 livros com a produção textual dos participantes, a doação de 125 livros para o acervo das instituições que integram o projeto, além da apresentação de cinco espetáculos profissionais de contação de histórias abertos ao público e com intérprete de libras. 

Programação

Centro Comunitário Vivendo e Aprendendo – Celeiro/Timbi

Até 25/11/2017

Sextas (14 às 16h) e Sábados (09 às 11h)

Associação das Mulheres do Loteamento Santana – Santana

Até 30/11/2017

Terças e Quintas de 14 às 16 horas.

Escola Municipal Paulo Freire (Loteamento São Pedro)

ATé 29/11/2017

Segundas e Quartas (09 às 11h)

Biblioteca Municipal de Camaragibe – Vila da Fábrica

ATé 30/11/2017

Terças e Quintas de 09 às 11 horas.

Escola Municipal São José – Vera Cruz

Até 29/11/2017

segundas e quartas (14 às 16h)

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Utilizada em muitos processos de recrutamento, a redação pode virar uma inimiga no momento de conquistar a nova oportunidade. Isso acontece quando a caligrafia dos candidatos dificulta, muita vezes bastante, o entendimento dos recrutadores ao analisarem um texto escrito manualmente. Nas avaliações, são analisadas ortografia, a repetição de palavras e coesão, entre outros aspectos.

“Os erros de ortografia, tanto quanto a maneira de se escrever, podem acarretar em uma desclassificação não só em processos seletivos que envolvam uma leitura do material que foi escrito, como também em provas de faculdade e concursos”, explica a Psicóloga e Diretora da Empresa RSP Psicologia, Marisol Tarragô.

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Segundo ela, muitas vezes a maior dificuldade - antes mesmo de encontrar os erros de ortografia - é entender o que o candidato escreveu. “É muito comum não conseguir ler ou entender o que o participante escreveu. Eu particularmente tento usar uma 'lupa' como ajuda para identificar algumas letras, mas infelizmente, muitas vezes, nem dessa forma consigo decifrar o que foi escrito”.

A recrutadora ainda dá um exemplo para explicar melhor a situação. “Imagine um processo seletivo para 20 vagas, a quantidade de pessoas selecionadas sendo 200 e um prazo pequeno para selecionar. Dependendo dessas questões e de outras, fica até inviável tentarmos 'decifrar' o que o candidato escreveu”, esclarece Marisol, que conclui: “Infelizmente isso acontece na maioria das seleções. E pode gerar um prejuízo para qualquer pessoa”.

Em entrevista ao LeiaJá, Mychele Barros falou sobre a Grafologia em processos seletivos de empresas. Foto: Chico Peixoto/LeiaJá Imagens

Além disso, a forma de como se escreve pode dizer muito sobre a personalidade do candidato e suas características. De acordo com Mychele Barros, analista de Recursos Humanos do Grupo Ser Educacional, os recrutadores podem desvendar o perfil comportamental dos candidatos por meio da análise da grafia de cada um. Ainda é possível observar a pressão, o tamanho e até mesmo a direção do texto escrito por quem participa da seleção.

Para ela, uma pessoa pode até ser eliminada de uma seleção por causa da forma da escrita, mas ainda sim é analisado o todo, o conjunto. “Se for algo que a gente percebeu tanto no teste grafológico quanto em outros instrumentos e que vai trazer um prejuízo, a gente pode eliminá-lo naquele momento”, explica.

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Como é feita essa avaliação?

Atualmente, a aplicação deste tipo de avaliação costuma ser feita pelos recrutadores da seguinte forma: o candidato é orientado a escrever uma redação de 15 a 30 linhas e recebe duas folhas de papel. Para isso, ele recebe uma caneta esferográfica azul ou preta. O profissional é orientado a não usar o verso do papel e precisa redigir a próprio punho sobre algum tema, o seu dia a dia, ou até mesmo para ele se apresentar.

“Além da ortografia e da caligrafia, a gente observa também a grafologia. Alguns candidatos se preocupem em não errar e fazer tudo certinho, mas se esquecem que somos capacitados para analisar outras coisas além disso em um texto. As pessoas teclam mais que escrevem e isso também é um dos fatores que prejudicam e nos deixam com a caligrafia pior. Tem alguns sinais na grafologia que são mais críticos, que conseguimos perceber apenas no olhar, mas lógico que a gente não pode se prender só a isso”, esclarece Mychele.

Dentre os sinais, está a pressão da caneta no papel. A analista diz que “A pressão é a energia da pessoa. A escrita leve indica que a pessoa está um pouco triste, que ela pode está desempregada há muito tempo, está menos animada. Quando uma pessoa escreve com mais rigidez, traz indícios de que aquela pessoa tem mais vitalidade”. E finaliza: “Nós, recrutadores, temos cuidado com esses casos. Buscamos fazer um conjunto para poder analisar o todo. Já tivemos textos que eram praticamente incompreensíveis e isso acaba prejudicando sim. A grafologia é diferente da caligrafia, mas se você escreve de uma forma que ninguém entende fica muito difícil a nossa comunicação”. 

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Apesar do avanço nas políticas de aprendizagem e de educação de adultos nos últimos anos, 758 milhões de adultos, incluindo 115 milhões de pessoas com idade entre 15 e 24 anos, não tinham capacidade de ler ou escrever uma simples frase em 2015. É o que mostra o 3º Relatório Global sobre Aprendizagem e Educação de Adultos (Grale III), divulgado nesta quarta-feira (15) pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

De acordo com o levantamento, a maioria dos 144 países signatários do Marco de Ação de Belém, assinado em 2009 no Brasil, informou não ter alcançado a meta da Educação para Todos (compromisso global firmado por 164 governos reunidos na Cúpula Mundial de Educação, em Dakar, em 2000), de atingir 50% de melhoria nos níveis de alfabetização de adultos até 2015.

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Aprovado por ocasião da 6ª Conferência Internacional de Aprendizagem e Educação de Adultos, no Marco de Ação de Belém os países concordaram em melhorar a aprendizagem e a educação de adultos em cinco áreas: políticas, governança, financiamento, participação e qualidade. Os signatários do acordo se comprometeram a adotar ações em aprendizagem e educação de adultos por meio de políticas públicas e leis.

Segundo o Grale III, a maioria dos países signatários relatou progressos na implementação de todas as áreas do acordo. Mas ainda há um longo caminho a ser percorrido, segundo a Unesco, especialmente na redução da desigualdade de gênero. Conforme o levantamento, a maioria dos excluídos da escola é formada por meninas: 9,7% das meninas de todo o mundo estão fora da escola, índice comparado a 8,3% dos meninos.

Da mesma forma, mostra a pesquisa, 63% dos adultos com baixas habilidades de alfabetização são mulheres. “A educação é essencial para a dignidade e os direitos humanos e é uma força para o empoderamento. A educação de mulheres também tem grande impacto nas famílias e na educação das crianças, influenciando o desenvolvimento econômico, a saúde e o engajamento cívico de toda a sociedade”, diz trecho do Grale III.

Segundo a Unesco, 81% dos países que responderam às perguntas do levantamento disseram que suas políticas tratam de adultos com baixos níveis de alfabetização e habilidades básicas. “Entretanto, vários grupos continuam marginalizados: as políticas de aprendizagem e educação de adultos de apenas 18% dos países tratam de minorias étnicas, linguísticas e religiosas. Somente 17% dos países tratam de imigrantes e refugiados e somente 17% tratam de adultos com deficiências”.

Conforme o estudo, 75% dos países relataram ter melhorado significativamente suas políticas e leis em aprendizagem e educação de adultos desde 2009. Em contrapartida, 70% disseram ter aprovado novas políticas nessa área desde 2009. Para 85% dos países, a alfabetização e as habilidades básicas são prioridades dos programas de aprendizagem e educação de adultos. Na Europa Central e no Leste Europeu, por exemplo, somente 57% dos países dão prioridade a essa área.

A terceira edição do Grale tem como tema “O impacto da aprendizagem e da educação de adultos na saúde e no bem-estar, no emprego e no mercado de trabalho e na vida social, cívica e comunitária”. O estudo apresenta dados e exemplos práticos que demonstram que a aprendizagem e a educação de adultos ajudam o indivíduo a se tornar e se manter mais saudável, a melhorar as perspectivas econômicas e a se tornar cidadão mais informado e ativo, onde quer que viva no mundo.

As inscrições para a edição 2017 do concurso de cartas dos Correios estão abertas até o dia 17 de março e podem ser realizadas através do site dos CorreiosO tema deste ano é “Imagine que você é um (a) assessor (a) do novo secretário-geral da ONU – Qual é o problema mundial que você o ajudaria a resolver em primeiro lugar e de que forma você o aconselharia para isso?”. 

Os textos devem ser escritos à mão em formato de carta com caneta esferográfica preta ou azul e conter, no máximo, 900 palavras. Os estudantes devem passar por uma seleção prévia dentro de sua escola, que deve inscrever no máximo duas redações. 

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O presidente dos Correios, Guilherme Campos, afirma que os temas das cartas sempre abordam questões de grande importância no cenário mundial. “Com isso é possível analisar a visão dos jovens de todo o mundo sobre essas questões e medir o desenvolvimento educacional dos países membros da União Postal Universal”, disse.

O Brasil ocupa posição de destaque na premiação, com o segundo lugar em medalhas – são sete no total, três de ouro. O país está atrás somente da China, que tem nove medalhas, sendo cinco de ouro.

O curso “A Criação Literária e sua Prática: A arte de escrever Romance”, com o escritor Arthur Cecim, está com inscrições abertas entre os dias 25 e 29 de abril. A oficina é promovida pela Casa das Artes da Fundação Cultural do Pará (FCP). Os interessados em participr do curso podem fazer a inscrição das 17 às 20 horas.

A oficina tem como proposta trabalhar os aspectos da composição literária, com base nos fundamentos elementares da composição artística na obra “Poética”, de Aristóteles: a justa medida, a mimese, a verossimilhança e a catarse; além dos aspectos essenciais do Romance em E. M. Foster e da estrutura narrativa da obra “Primeiras Histórias”, de João Guimarães Rosa.

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Segundo informações da Agência Pará, por meio da primeira obra a ser abordada no curso, o escritor apresentará aos alunos os elementos básicos da composição, trazendo as peças introdutórias para a composição poética, como a metáfora e a verossimilhança (um meio termo entre real e não real), aos quais toda criação artística se fundamenta.

Em um segundo momento do curso, o escritor volta-se para a obra “Aspectos do romance”, de E. M. Foster. “Aristóteles trata a criação de maneira muito genérica, podendo se aplicar para música, escrita, teatro", conta.

A segunda parte da oficina vai tratar em especial do romance, seus elementos específicos, tais como saber contar uma história, compor personagens, enredo, temporalidade, ritmo e a capacidade de projeção da realidade. Assim, a ideia do curso é ir cada vez mais particularizando a abordagem.

No último momento do curso, a obra de Guimarães Rosa vai ser utilizada para exemplificar todos os fundamentos apresentados antes. “Essa obra é um verdadeiro exemplo de como se escreve um romance, apesar de não se tratar de um romance, mas de pequenas histórias. A maneira como ele conta é muito própria de conduzir uma história”, explica Arthur.

De acordo com o escritor, para escrever um romance as pessoas não precisam partir de um romance, podem partir de três parágrafos bem escritos de uma estória. “As pessoas tendem a recuar em escrever porque acreditam não ter fôlego para escrever um romance quando na verdade a estória é um dos aspectos mais importantes de um romance”, afirma.

SERVIÇO

Curso “A Criação Literária e sua Prática: A arte de escrever Romance”.

Local: Casa das Artes (ao lado da Basílica de Nazaré).

Data: 25 a 29 de abril, das 17h às 20h.

Inscrições: Casa das Artes (Sala das Coordenações), das 09h às 12h e de 14h às 18h.

Valor: R$ 20,00.

Informações: (91) 4009-2934/ 4009-2938.


As regras do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa são obrigatórias no Brasil a partir desta sexta-feira (1º). Em uso desde 2009, mudanças como o fim do trema e novas regras para o uso do hífen e de acentos diferenciais agora são oficiais com a entrada em vigor do acordo, adiada por três anos pelo governo brasileiro.

Assinado em 1990 com outros Estados-Membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) para padronizar as regras ortográficas, o acordo foi ratificado pelo Brasil em 2008 e implementado sem obrigatoriedade em 2009. A previsão inicial era que as regras fossem cobradas oficialmente a partir de 1° de janeiro de 2013, mas, após polêmicas e críticas da sociedade, o governo adiou a entrada em vigor para 1° de janeiro de 2016.

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O Brasil é o terceiro dos oito países que assinaram o tratado a tornar obrigatórias as mudanças, que já estão em vigor em Portugal e Cabo Verde. Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste ainda não aplicam oficialmente as novas regras ortográficas.

Com a padronização da língua, a CPLP pretende facilitar o intercâmbio cultural e científico entre os países e ampliar a divulgação do idioma e da literatura em língua portuguesa, já que os livros passam a ser publicados sob as novas regras, sem diferenças de vocabulários entre os países. De acordo com o Ministério da Educação, o acordo alterou 0,8% dos vocábulos da língua portuguesa no Brasil e 1,3% em Portugal.

Alfabeto, trema e acentos

Entre as principais mudanças, está a ampliação do alfabeto oficial para 26 letras, com o acréscimo do k, w e y. As letras já são usadas em várias palavras do idioma, como nomes indígenas e abreviações de medidas, mas estavam fora do vocábulo oficial.

O trema – dois pontos sobre a vogal u – foi eliminado, e pode ser usado apenas em nomes próprios. No entanto, a mudança vale apenas para a escrita, e palavras como linguiça, cinquenta e tranquilo continuam com a mesma pronúncia.

Os acentos diferenciais também deixaram de existir, de acordo com as novas regras, eliminando a diferença gráfica entre pára (do verbo parar) e para (preposição), por exemplo. Há exceções como as palavras pôr (verbo) e por (preposição) e pode (presente do indicativo do verbo poder) e pôde (pretérito do indicativo do verbo poder), que tiveram os acentos diferenciais mantidos.

O acento circunflexo foi retirado de palavras terminadas em “êem”, como nas formas verbais leem, creem, veem e em substantivos como enjoo e voo. Já o acento agudo foi eliminado nos ditongos abertos “ei” e “oi” (antes "éi" e "ói”), dando nova grafia a palavras como colmeia e  jiboia.

O hífen deixou de ser usado em dois casos: quando a segunda parte da palavra começar com s ou r (contra-regra passou a ser contrarregra), com exceção de quando o prefixo terminar em r (super-resistente), e quando a primeira parte da palavra termina com vogal e a segunda parte começa com vogal (auto-estrada passou a ser autoestrada).

A grafia correta das palavras conforme as regras do acordo podem ser consultadas no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp), disponível no site da Academia Brasileira de Letras (ABL) e por meio de aplicativo para smartphones e tablets, que pode ser baixado em dispositivos Android, pelo Google Play, e em dispositivos da Apple, pela App Store.

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Um direito digno de toda a sociedade brasileira é ser beneficiada com uma educação pública de qualidade. Pelo menos na teoria. Se na prática a boa educação não abrange uma totalidade do povo, é preciso valorizar e tentar manter vivas iniciativas que estão dando bons resultados e levando conhecimento a uma parcela da população, apesar dos problemas administrativos e governamentais que existem no Brasil. Muitos educadores, inclusive, apontam que a educação, seja ela pública ou privada, é a principal estratégia de mobilidade social. É por isso que o poder público, mesmo deixando a desejar em alguns aspectos e precisando melhorar bastante, investe em ações que buscam disseminar a educação escolar e social entre seu povo.

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Para destacar iniciativas que vêm apresentando bons resultados na educação pública, o Portal LeiaJá inicia nesta quinta-feira (6) a série de reportagens “Nossa Escola”. Cinco matérias vão mostrar programas e ações municipais do Recife que tentam melhorar a educação de crianças e jovens. As histórias serão publicadas todas as quintas-feiras e para abrir a série, conheça o ProLer. Trata-se de um programa que busca alfabetizar crianças das escolas municipais através de atividades lúdicas e interativas.

Em busca do letramento

As crianças chegam comportadas e em fileiras. Já almoçaram, brincaram e estão indo de volta para a sala de aula. O espaço é colorido, cheio de livros, ambiente propício ao aprendizado e para brincadeiras. Os pequenos, de 4 a 5 anos de idade, são os personagens principais de uma iniciativa que é municipal, mas que foca numa meta federal. Como o Plano Nacional da Educação (PNE) tem como intuito alfabetizar todas as crianças até o final do terceiro ano do ensino fundamental, a Prefeitura da capital pernambucana (PCR), por meio da Secretaria de Educação, criou em fevereiro de 2014 o Programa de Letramento do Recife (ProLer). Nele, os alunos começam a ter contato com a leitura aos quatro anos de idade, através de atividades que estimulam não apenas a leitura e a escrita, mas também a criatividade e a habilidade lúdica.

A proposta é boa, honesta e de direito. Mas os desafios são muitos. Em um deles, as crianças chegam à escola com diferentes bases de conhecimento, principalmente por falta de auxílio familiar no processo de letramento. “Algumas crianças chegam zeradas e isso complica um pouco o aprendizado. Aquelas que já tiveram experiência apresentam melhores resultados de início. Para passar o conteúdo de uma maneira que possamos atender a todo mundo, sem separar um aluno do outro, realizamos diversas capacitações com os professores, durante todo o ano”, explica a chefe de divisão e letramento da Secretaria de Educação, Cláudia Hellena Fragoso.

Na Creche Escola Iraque, localizada no bairro da Estância, Zona Oeste do Recife, o ProLer é realizado nas turmas do Grupo 4 da educação infantil. Nas mais de 300 escolas municipais da cidade, além desse público, são beneficiados alunos até o terceiro ano do ensino fundamental. Mas é justamente entre os mais novos, com idade de 4 a 5 anos, que o trabalho precisa ser feito com muito cuidado e atenção. É quando a alfabetização começa a tomar forma e a criança solidifica sua base de conhecimento. De acordo com a coordenadora técnica do ProLer, Valéria Marques, os recursos utilizados em sala de aula, como mesas de leitura, teatros, livros, canções e histórias, são ferramentas essenciais para tornar o aprendizado atrativo.

“Temos vários recursos importantes que chamam a atenção dos alunos. De uma forma bem natural, eles começam a tomar gosto pela leitura. Nossos professores também procuram trabalhar os assuntos de uma forma lúdica, seja usando um teatro ou contando histórias. Também sabemos que é natural recebermos crianças com níveis diferentes de aprendizado, porém, o objetivo da nossa avaliação não é medir conhecimento. Quando identificamos que algum aluno não está tendo êxito ou não está acompanhando os demais, começamos um acompanhamento intensivo com ele para tirar essa dificuldade”, explica Valéria Marques.

Na sala de aula do Grupo 4 da educação infantil da Creche Escola Iraque, a professora Andrea Araújo (foto abaixo), educadora há quase 15 anos, busca todos os dias trabalhar a oralidade, escrita e leitura entre as crianças. A tarefa não é tão fácil. A ânsia por brincadeiras faz alguns pequenos ficarem inquietos. Só que tudo volta ao normal quando a professor pega um livro e começa as dinâmicas. A educadora inicia a leitura e pouco a pouco as crianças vão acompanhando lendo trechos da obra.

 

Segundo Andrea, como o letramento virou rotina após a implantação do ProLer, os alunos criaram um gosto natural pelas atividades. “Dentro dessa proposta do ProLer, eles não enxergam o letramento como uma obrigatoriedade. Ocorre tudo normalmente, como se eles estivessem brincando. Uso letras grandes, figuras, músicas, brincadeiras... Tudo vai interagindo e proporcionando que, de uma forma pedagógica, eles aprendam a ler e escrever como se estivessem brincando”, relata a professora.

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O pequeno Iuriel Rafael Gomes da Silva, de 4 anos, demonstra no olhar o gosto pela leitura. O garoto fica fantasiado com as diversas obras espalhadas pela sala de aula. “Gosto de ler porque aprendo e vejo figuras. A professora é muito legal. Ela lê com a gente”, diz Iuriel.

Nas ondas da leitura

Se alfabetizar os alunos nos anos iniciais não é uma tarefa simples, continuar o processo de alfabetização com as crianças a partir dos seis anos também não é fácil. Os professores do ProLer continuam o desafio de manter o letramento como algo atrativo, dentro e fora da sala de aula. Uma das ações do Programa, além de trabalhar a própria leitura, estimula os alunos do ensino fundamental a se tornarem autores de obras literárias. É o projeto Ondas da Leitura, inaugurado também no ano passado.

Após a leitura, os alunos podem contar e recontar histórias. Depois desse processo e estimulado pelos professores, os pequenos podem trabalhar suas próprias produções textuais. Segundo a Secretaria de Educação, no final do ano letivo as produções textuais são expostas em eventos nas próprias escolas, contando inclusive com a participação dos familiares.

E se tem um ponto importante no processo de letramento da Rede Municipal de Ensino do Recife é o envolvimento com a família. De acordo com a coordenadora pedagógica da Escola Municipal Miguel Arraes, situada no bairro de Areias, Zona Oeste da cidade,  Simone Maria Jorge, a alfabetização dos pequenos se torna mais difícil quando as famílias não se envolvem e não incentivam a leitura dentro de casa. “A educação não é feita apenas na escola. Os pais são figuras importantes nesse processo também. É preciso chegar aos filhos e incentivar: vamos ler e escrever! Esse retorno familiar atrelado ao que se aplica nas aulas é fundamental para o sucesso do letramento dos alunos”, conta a coordenadora.

O politerapeuta Sérgio Franklin da Silva, pai de Vitória Maria da Silva, de 7 anos, também compartilha da ideia que a presença da família é importante. Para Sérgio, o Ondas da Leitura gera um benefício para o estudante, mas também reflete na família. “Hoje as condições de aprendizado estão bem melhores na escola pública e eu sempre fui um incentivador da educação pública de qualidade. Hoje as crianças têm uma gama incrível de atividades que ajudam a aprender. Minha filhar aprendeu a contar histórias através da leitura, por meio do projeto, mas também já tinha uma base familiar. Na minha casa, sempre incentivava ela. É por isso que eu acredito que a família tem um papel fundamental. Minha filha, de tanto tomar gosto pela leitura, já começou a influenciar meu filho mais novo, de três anos. Apesar de pequeno, ele fica muito ligado em livros”, relata Sérgio.

É dentro da sala de aula que tudo acontece. As crianças embarcam em viagens lúdicas através dos livros. O projeto, conduzido pelos professores, é realizado todos os dias do período letivo, alternando entre brincadeiras, teatros e a leitura de livros propriamente dita. Mikaelly Braga, 7, é um exemplo de como a leitura desenvolve a criança. “Começo a ler no colégio, mas também pego os livros em casa. É muito bom porque a gente aprende muito mais. Eu quero crescer lendo”, conta a pequena.

Há 17 anos ensinando para crianças da educação infantil e fundamental, a professora Letícia Souza acredita que o Ondas da Leitura deve ser reproduzido em escolas de todo o Brasil. Para a docente, a iniciativa é positiva e de fato ajudou a melhorar as aulas de alfabetização. “Eu achei o projeto extremamente positivo e importante para as crianças. Minha turma, por exemplo, está toda alfabetizada. Acredito também no poder da interação entre a família e a escola. Se isso acontecer, a probabilidade do aluno se tornar um leitor natural é bem maior”, opina a professora.

De acordo com a PCR, não existe um levantamento para descrever os índices de alfabetização dos alunos integrantes do ProLer. Segundo a Prefeitura, o que há é uma análise interna sobre os alunos que precisam ou não de um acompanhamento mais próximo, no que diz respeito àqueles que estão tendo dificuldade durante o letramento.

>> Leia também as outras quatro reportagens da série: A doença, várias crianças, uma classe e muitos sonhosOs reflexos da robótica na educação municipal do RecifeO silêncio que não cala a educação e O jogo em que a educação sai vencedora.  

 

 

Escrever bem é uma habilidade muito importante para as pessoas que almejam participar de processos seletivos, como os vestibulares, ou que pretendem fazer trabalhos acadêmicos. É por isso que a Faculdade ESUDA promoverá, a partir do próximo dia 30, uma oficina de produções textuais.

Com carga horária de 20 horas/aula, a capacitação será realizada também nos dias 6, 20 e 21 de junho, além do dia 16 de agosto. Os encontros ocorrerão no horário das 14h às 17h.

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Ao todo, 40 vagas estão disponíveis e as inscrições podem ser feitas pelo site da ESUDA, até o próximo dia 29. O investimento para participação no curso é de R$ 100.

A Faculdade ESUDA fica na Rua Bispo Cardoso Ayres, no bairro da Boa Vista, Centro do Recife. Mais informações sobre a qualificação podem ser obtidas pelo telefone (81) 3412-4242.

As inscrições do 43° Concurso Internacional de Redação de Cartas, realizado pelos Correios no Brasil, começam nesta segunda (3). O concurso tem o objetivo de desenvolver a habilidade de composição dos jovens, contribuir para o estreitamento das relações de amizade internacionais e aprimorar a comunicação por meio da escrita.

O concurso é promovido, em todo o mundo, pela União Postal Universal (UPU) — entidade que congrega os operadores postais de 192 países. O tema de 2014 é Escreva uma carta para dizer de que forma a música influencia a vida. Poderão participar, por meio de suas escolas, estudantes de até 15 anos de idade das redes pública e privada de ensino. As inscrições vão até o dia 17 de março, através do site dos Correios.

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As redações devem ser redigidas de próprio punho, com caneta esferográfica preta ou azul e escritas em língua portuguesa, contendo no máximo 800 palavras em formato de uma carta. Para participar, o estudante deverá passar por uma seleção na sua escola, na qual será escolhida a carta que irá representá-la. Cada escola pode inscrever no máximo duas redações.

O concurso acontece em duas fases: estadual e nacional. Na estadual, serão premiadas as três melhores redações de cada Diretoria Regional dos Correios. O primeiro colocado ganhará um tablet, o segundo e terceiro ganharão uma câmera digital. Já na fase nacional, o vencedor ganhará uma TV de LED 40' polegadas mais um troféu, e sua redação representará o Brasil na etapa internacional, a ser realizada pela União Postal Universal. As escolas também vão receber prêmios.

Em 2013, o concurso teve a participação de mais de três mil escolas de todo o Brasil. Maírla Marina Ferreira Dias, de Pernambuco, foi a vencedora nacional. Na fase internacional do concurso, o Brasil é o 2° melhor país em número de vitórias, com três medalhas de ouro, atrás apenas da China, com cinco.

Confira o regulamento completo o do concurso aqui.

O título original era outro: “Escrever e beber sem moderação”. Porém, o sopro de juízo que me resta murmurou nos meus ouvidos: “Cara, teus inimigos gratuitos vão adorar e vai ser um prato, melhor dizendo, um copo cheio para o punhado de teus inimigos com RG e CPF”.

Tudo bem. Concordei com este doce anjinho da guarda. Nem por isto desisti de escrever sobre o livro de autoria Mark Bailey, ilustrado pelo neto caçula de Hemingway, Edward Hemingway, editado pela Zahar, que é um primor estético-literário e narra, com beleza e concisão, a tragédia que marca tão de perto pessoas especialíssimas.

Com pouco mais de 100 páginas, o GUIA DE DRINQUES dos grandes escritores americanos embriaga o leitor com saborosas receitas de coquetéis e frases alforriadas das censuras, mas deixa o mal-estar da ressaca que resulta do binômio escritor-alcoolismo.

O time de escritores e escritoras é da pesada. Ao todo 43, oito mulheres, trinta e cinco homens; cinco ganhadores do Nobel, quinze do prêmio Pulitzer, vários agraciados com  National Book AWards, todos imortalizados pela merecida glória. 

Começo pelo mais incorreto politicamente (uma preferência pessoal) H.L. Mencken, autor de O Livro dos Insultos, cervejeiro voraz e, por gostar de todas as bebidas, se declarava um onibíbulo (v. Aurélio, bíbulo: aquele que bebe): “Bebo exatamente o quanto quero e um drinque a mais”.

A minha segunda escolha recai, talvez, sobre o mais sofrido (bastante traduzido no Brasil) Charles Bukowski, alemão de nascimento. Atormentado pelo pai e por deformidades no rosto por uma enfermidade de etiologia desconhecida, entregou-se ao álcool e aos livros que produzia desde os quinze anos a partir do profundo mergulho na vida mundana. Aos 73 anos, a leucemia cumpriu o papel que estava reservado à cirrose. Dos porres homéricos, deixou a lição: “Beber é uma forma de suicídio em que a gente pode voltar à vida e começar no dia seguinte”.

Curioso: a atração entre os escritores americanos e a bebida foi alvo da observação de alguns ilustres visitantes do país, entre eles Alexis de Tocqueville e objeto da obra escrita por Ticknor&Fields, 1989, cuja tradução livre  é A musa sedenta: álcool e o escritor americano. E a companhia dela foi a sina de cinco ganhadores do Nobel.

O intenso Hemingway, um farrapo humano, suicidou-se aos 61 anos, deu status ao mojito e nos deixou a mensagem: “Um homem não existe até que fique bêbado”; na companhia inseparável do uísque enquanto escrevia, Faulkner foi longe: “A civilização começou com a destilação”; o primeiro americano a ganhar o Nobel de literatura, Sinclair Lewis, tinha uma grande frustração: “De que adianta ganhar o prêmio Nobel se isso não nos permite nem entrar nos bares clandestinos?”; o breakfast de Eugene O´Neil era uísque puro; para John Steinbeck, movido a vinho “Só a luxúria e a gula valem alguma coisa”. 

Para não dizer que não falei de flores aqui vai o que disse, completamente bêbada, Edna Millay, a primeira mulher a ganhar o prêmio Pulitzer: “Minha vela queima dos dois lados”; e a grande escritora e pinguça confessa, Dorothy Parker, não deixou por menos: “Gosto de um Martini/dois, no máximo/com três estou debaixo da mesa/com quatro embaixo do anfitrião”

Para os extravagantes Truman Capote “Esta profissão é uma longa caminhada entre um drinque e outro” e Jonh O´Hara “Comecei numa quinta-feira. Sábado já estava sóbrio de tanto beber”.

Por sua vez o misterioso Edgar Allan Poe, fissurado em absinto, terminou tão misteriosamente quanto suas obras. Já Sherwood Anderson morreu por conta de uma infecção causada por um palito que engoliu a bordo de um transatlântico com destino ao Brasil. E para encerrar o doloroso, porém, excêntrico necrológio, cabe lembrar a morte de Tenessee Williams engasgado com a tampa de um frasco de remédio que tentou abrir com os dentes. 

Por fim, certo crítico considera o livro tão divertido quanto leviano porque dá uma conotação folclórica ao alcoolismo que deve ser tratado como uma doença, por vezes, fatal. Neste sentido, os autores advertem: “Lembre-se de que alguns coquetéis não fazem de você um bêbado, e de que nenhuma quantidade de bebida pode fazer de você um escritor”.

E como estamos falando sobre a grandeza e a miséria da natureza humana, não custa lembrar Abraham Lincoln: “Aprendi com a experiência que as pessoas que não têm vícios têm muito poucas virtudes”.

Aperfeiçoar a escrita diária ou ajudar pessoas engajadas em projetos que exigem produção textual. É com esse objetivo que será realizado, do dia 9 de setembro a 28 de outubro, o Curso de Produção Textual, promovido pela empresa Palavra Final.

Segundo a assessoria de comunicação que divulga o evento, o curso desenvolverá nos participantes habilidades redacionais. Durante a capacitação, haverá aulas dedicadas à prática e à análise da redação dos mais diversos gêneros textuais, tais como jornalísticos, literários, publicitários, acadêmicos, científicos, administrativos.

Os interessados em participar do curso devem se inscrever pela internet ou pelo e-mail contato@palavrafinalweb.com.br. As aulas serão realizadas nas segundas e quartas-feiras, no horário das 19h às 21h. Os encontros serão na Dimensão Consultoria Organizacional, localizada na Avenida Engenheiro Domingos Ferreira, 215, na sala 208, no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife.

  

A primeira encíclica da história escrita "a quatro mãos" por dois Papas, Francisco e Bento XVI, com o título "Lumen fidei" ("A luz da fé"), foi apresentada nesta sexta-feira pelo Vaticano. A encíclica, considerada o documento mais importante que um Papa escreve durante o pontificado, foi traduzida para vários idiomas, entre eles espanhol, italiano, francês, inglês, alemão e português, e é uma ampla reflexão sobre a fé no mundo moderno.

"É um documento forte. Um grande trabalho, ele começou e eu vou terminar", anunciou em 13 de junho Francisco durante um encontro com os bispos de todo o mundo, quando reconheceu que o texto foi escrito a "quatro mãos". Dividida em quatro capítulos, uma introdução e uma conclusão, o documento, que na versão em português tem mais de 80 páginas, completa o trabalho teológico de Bento XVI sobre as virtudes depois de "Deus caritas" ("Deus é caridade") de 2005, "Spe Salvi" ("Sobre a esperança cristã") de 2007 e "Caritas in Veritate" ("Na caridade e na verdade") de 2009.

Esta é a primeira encíclica da história do catolicismo escrita por dois pontífices, já que Bento XVI iniciou a redação antes de renunciar ao pontificado em fevereiro. Ao texto original elaborado pelo Papa emérito, Francisco acrescentou "algumas contribuições", explicou o Vaticano.

"Ele havia completado praticamente uma primeira redação desta Carta encíclica sobre a fé. Eu o agradeço de coração e, na fraternidade de Cristo, assumo seu precioso trabalho, acrescentando ao texto algumas contribuições", afirma Francisco na introdução. "Em primeiro lugar devemos recuperar o caráter de luz próprio da fé, capaz de iluminar toda a existência do homem, de ajudá-lo a distinguir o bem e o mal, sobretudo em uma época como a moderna, na qual o crer se opõe ao buscar e a fé é vista como uma ilusão, um salto no escuro que impede a liberdade", escreve o Papa na introdução.

A carta papal, dirigida tanto aos bispos e religiosos de todo o mundo como aos laicos, dedica o quarto capítulo à relação entre a fé e o bem comum. "A fé [...] torna forte os laços entre os homens e se põe a serviço concreto da justiça, do direito e da paz" e "não é alheio ao compromisso concreto do homem contemporâneo".

No mesmo capítulo defende "a família fundada no matrimônio, entendido como união estável de um homem e uma mulher". Para Francisco, a família "nasce do reconhecimento e da aceitação da bondade da diferenciação sexual", que "promete 'um amor para sempre' e reconhece o amor criador que leva a gerar filhos".

Os problemas encontrados na correção das últimas redações do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) serão debatidos nesta quinta-feira (9), em audiência pública na Câmara Federal em Brasília, às 10h. Com o tema: “Os Critérios de Correção das Redações do Enem 2012”, o deputado federal e membro titular da Comissão de Educação e Cultura, Raul Henry (PMDB-PE) solicitou o debate com o intuito de fixar obrigatório o uso da norma culta na avaliação.

Henry rebateu a justificativa defendida por algumas pessoas sobre um texto com vários erros de ortografia e concordância. A redação citada recebeu nota máxima. “Algumas pessoas vieram com o argumento que Patativa do Assaré falava errado. Mas temos que avaliar que é uma prova para avaliar a escrita e, nesse caso, é preciso analisar a linguagem culta. Adoro Luiz Gonzaga e Patativa do Assaré a pretexto do preconceito linguístico”, Argumento.

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O peemedebista frisou que o objetivo principal da audiência pública é provocar o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Idep) sobre o caso de redações como a que foi encontrada com os erros. “Se os professores estão sobrecarregados e erraram vamos debater isso, mas o Idep precisa reconhecer seus erros e aceitar como padrão das provas a língua culta”, pontua o deputado.

Para participar do debate foram convidados representantes de universidades dos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, além do presidente do Idep.

A Universidade Estadual Paulista (Unesp), de São José do Rio Preto, realizou um estudo que analisa o comportamento da vogal anterior à sílaba tônica das palavras quando pronunciadas por falantes do interior paulista. De acordo com informações da instituição de ensino, a ideia é entender quando ocorre a variação dessa vogal e por qual motivo ela acontece.

O estudo contribui para a produção de materiais em prol do ensino de português direcionado a estrangeiros, além de proporcionar aprendizado para os próprios brasileiros, no momento em que é detectado que as crianças ora escrevem da maneira como falam, ou de forma como imaginam ser correto.

Os pesquisadores envolvidos no estudo identificaram que nas vogais que antecedem uma sílaba tônica, existe o fenômeno denominado alçamento vocálico. De acordo com a Unesp, através dele, as vogais “e” e “o” são pronunciadas, respectivamente, como “i” e “u”. Exemplos dessa variação no dialeto do interior paulista são as palavras “boneca”, que pronunciamos “buneca”, e “menino”, que pronunciamos “minino”.

Além disso, o estudo também constatou que na fala do interior paulista não acontece o abaixamento vocálico, que ocorre bastante na Região Nordeste do Brasil. “Coração” e “menino” são alguns exemplos, em que no Nordeste são pronunciados “córação” e “ménino”.

“Procuro entender quando acontece a variação dessa vogal na fala e por que essa variação acontece”, explica a doutoranda Márcia Cristina do Carmo, uma das pesquisadoras do estudo.

O estudo

A pesquisa possui vínculo com o Projeto PROBRAVO – Descrição Sócio-Histórica das Vogais do Português (do Brasil)–, coordenado pelos professores Seung-Hwa Lee, da Universidade Federal de Minas Gerais, e Marco Antônio de Oliveira, da PUC de Minas Gerais. O estudo, segundo a Unesp, realiza investigações sócio-históricas e linguísticas sobre as realizações fonéticas das vogais em diversas variedades do português brasileiro.

No projeto, foram utilizadas 38 entrevistas do banco de dados do Iboruna, oriundas do Projeto ALIP (Amostra Linguística do Interior Paulista), que conta com amostras de fala espontânea de pessoas do noroeste paulista.   

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Neste mês de agosto, a Biblioteca Popular de Afogados oferecerá novas vagas para aulas de reforço, que focam no incentivo à leitura e à escrita. O reforço tem como público alvo estudantes da alfabetização à quarta série. O preço da taxa mensal é de R$ 5.

Além do reforços, os estudantes terão atividades pedagógicas, brincadeiras, oficinas, dança, música, entre outras ações. As aulas serão realizadas às segundas e terças-feiras, nos horários de 8h:30 às 10h, e das 10h:30 às 12h, bem como às quintas e sextas-feiras, das 13h:30 às 15h, e das 15h:30 às 17h.

As inscrições podem ser realizadas até o dia 31 de agosto, na própria biblioteca, que fica localizada na rua Jacira, no bairro de Afogados, no Recife. Mais informações podem ser conseguidas pelo telefone (81) 3355-3122.

Na intenção de desenvolver o aprendizado da leitura e escrita para crianças, será realizado o 16° Encontro de Educação para o Nordeste – Edune. A ideia do evento é ajudar professores e educadores do ensino infantil e dos primeiros anos do ensino fundamental, mostrando as possibilidades de inserir jogos numa rotina alfabetizadora.

O evento ocorrerá do dia 3 a 5 de julho, na Faculdade Frassinetti do Recife (Fafire), que fica localizada na avenida Conde da Boa Vista, no Recife. As inscrições podem ser feitas por meio da página virtual da faculdade, e no endereço podem ser encontrada mais informações sobre o evento.  

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