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Um avião da companhia Ethiopian Airlines com 157 pessoas a bordo caiu na manhã deste domingo (10), informou a companhia aérea. A emissora estatal da Etiópia informou que todos estão mortos. O avião, que se deslocava da capital etíope Adis Abeba a Nairóbi, capital do Quênia, caiu logo após a decolagem. A aeronave pertencia à Ethiopian Airlines.

Segundo a imprensa estatal, na aeronave havia passageiros de 33 nacionalidades. Até o momento, não há informações sobre a lista de passageiros e membros da tripulação. Segundo um porta-voz da companhia aérea, entre os mortos estão 32 quenianos e 17 etíopes. Familiares de passageiros aguardam informações no aeroporto de Bole.

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Ainda não foram divulgadas as causas deste acidente com o avião modelo Boeing 737, com 149 passageiros e oito membros de tripulação, segundo a companhia aérea. O operador de tráfego aéreo do país disse que a aeronave apresentou velocidade vertical instável após a decolagem e que a visibilidade parecia estar clara.

A Ethiopian Airlines confirmou que a aeronave caiu seis minutos depois de decolar do aeroporto internacional de Adis Abeba às 8h44 (horário local, 2h44 em Brasília), na altura da cidade de Bishoftu, informou em comunicado. "Neste momento, as operações de busca e resgate estão em andamento e não temos informação confirmada sobre possíveis sobreviventes nem vítimas", afirmou no texto a companhia, que é a maior operadora aérea da África. A empresa disse ainda que o avião era novo e que foi incorporado as suas operações em novembro do ano passado.

O Escritório do primeiro-ministro etíope, Aby Ahmed, expressou "suas mais profundas condolências às famílias daqueles que perderam seus entes queridos. Ele considera que a queda tenha deixado vários mortos", segundo lamentou via Twitter. O presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, disse que muitos quenianos "se preparam para o pior".

O avião, com número de voo ET302, tinha previsto aterrissar no aeroporto internacional de Nairóbi Jomo Kenyatta às 10h25 local. (Equipe AE com Agências Internacionais)

O Parlamento da Etiópia nomeou nesta quinta-feira (1º) por unanimidade a advogada e ativista Meaza Ashenafi como a primeira mulher presidente do Supremo Tribunal Federal. A magistrada foi designada para substituir Dagne Melaku, que deixou o cargo para facilitar o avanço das reformas propostas pelo primeiro-ministro Abiy Ahmed.

A designação de Meaza ao cargo mais alto do poder judiciário ocorreu apenas uma semana depois da nomeação da primeira presidente mulher da Etiópia, Sahlework Zewde.

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O chefe do escritório do primeiro-ministro, Fitsum Arega, afirmou em sua conta no Twitter que “a manifestação do país em prol da igualdade de gênero em cargos de liderança continua imbatível”.

Antes da nomeação, Maeza atuava como conselheira da Comissão Econômica da Organização das Nações Unidas (ONU) para a África (UNECA). Ela também é a fundadora da Associação Etíope de Mulheres Advogadas – organização em defesa dos direitos da mulher – e cofundadora do banco ENAT, primeira instituição financeira do país a ter propriedade majoritariamente feminina.

A diplomata de carreira Sahle-Work Zewde, 68 anos, será a primeira mulher presidente na história da Etiópia. Ela foi eleita em uma sessão conjunta das duas câmaras do Parlamento, após a renúncia de seu antecessor, Mulatu Teshome, no poder desde 2013.

A nomeação de Zewde ocorre no momento em que o primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, aprovou uma histórica reforma em seu gabinete, estabelecendo que metade dos seus membros é formada por mulheres.

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Na Etiópia, o presidente da República tem valor representativo, mas não poderes executivos, como no Brasil.

Sahle-Work Zewde ocupou até recentemente a função de representante especial na União Africana do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.

País

Até a década de 1980, a Etiópia era um dos países mais pobres do mundo, sofrendo com a fome e o intenso fluxo migratório. Lentamente, a economia etíope se recupera. A região é o berço histórico das civilizações, pois em pesquisas há referências bíblicas e do período pré-histórico no local.

Também foi a Etiópia um dos primeiros países que adotaram o cristianismo como religião, mas um terço da população é formada por muçulmanos.

*Com informações da Agência EFE

Os médicos de um hospital de Addis Abeba extraíram 122 pregos e outros objetos cortantes do estômago de um paciente de 33 anos.

"O paciente sofre de uma enfermidade mental desde os 10 anos e há dois anos parou de tomar os medicamentos", afirmou AFP Dawit Teare, cirurgião do hospital St. Peters de Addis Abeba, capital da Etiópia. "Provavelmente por esta razão começou a consumir estes objetos", completou.

Além dos 122 pregos de 10 cm de comprimento, os médicos retiraram quatro tachinhas, duas agulhas, um palito e vários pedaços de vidro, informou Teare, antes de explicar que por sorte os objetos não cortaram seu estômago, o que poderia ter provocado uma infecção grave e a morte.

"Imagino que consumiu estes objetos tomando água", disse o cirurgião, que já havia operado pacientes com problemas psíquicos que haviam consumido objetos cortantes, mas nuca em tal quantidade.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva viajará à Etiópia, na África, dois dias depois de seu julgamento em segunda instância no "caso tríplex".

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), sediado em Porto Alegre (RS), julgará o líder petista no dia 24 de janeiro, após ele ter sido condenado em primeiro grau a nove anos e seis meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

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Em 26 do mesmo mês, Lula embarcará para Adis Abeba, capital da Etiópia, para participar de um evento organizado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), entidade que tem sede em Roma e é chefiada pelo brasileiro José Graziano.

O evento foi marcado antes do julgamento do ex-presidente no TRF-4, e ele decidiu manter o compromisso. Se for condenado, Lula, líder nas pesquisas, pode ficar inelegível para as eleições de 2018 e corre até mesmo o risco de ser preso.

O Ministério Público Federal o acusa de ter recebido R$ 2,2 milhões em propina da construtora OAS, por meio de um apartamento tríplex no Guarujá (SP). O ex-presidente nega ser proprietário do imóvel.

Da Ansa

Em um movimento surpresa, o primeiro-ministro da Etiópia, Hailemariam Desalegn, anunciou nesta quarta-feira planos para retirar acusações contra presos políticos e fechar uma penitenciária, no que ele chamou de esforço para "expandir o espaço democrático para todos".

Os comentários do premiê etíope aconteceram depois de protestos anti-governo nos últimos meses, deixando empresas, universidades e redes de transporte paralisadas. Os protestos foram os mais graves desde que o atual governo chegou ao poder, em 1991, e se espalharam para diversas regiões do país, levando a um estado de emergência de um mês. "Os prisioneiros políticos que estão enfrentando processos judiciais e já estão presos serão libertados", disse Hailemariam. "E a prisão de Maekelawi será fechada e transformada em um museu", comentou.

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Não ficou imediatamente claro quantos presos políticos seriam mantidos em todo o país, que é um aliado próximo dos Estados Unidos. Os etíopes responderam rapidamente, mesmo com as redes sociais bloqueadas no país. "Estou escrevendo a vocês sobre essa luta com minhas lágrimas. Todas essas promessas precisam ser implementadas imediatamente", escreveu o blogueiro Befeqadu Hailu.

Grupos de direitos humanos e de oposição na Etiópia pediram a libertação de presos políticos, dizendo que prisões foram baseadas em acusações falsas, com os presos punidos por seus pontos de vista. O governo da Etiópia tem sido acusado de prender jornalistas críticos e líderes opositores. Fonte: Associated Press.

Campeão da Corrida Internacional de São Silvestre em 2014 e segundo colocado em 2016, o etíope Dawitt Admasu teve a sua participação oficialmente confirmada na 93ª edição da tradicional prova de rua realizada em São Paulo, no próximo dia 31 de dezembro.

A organização do evento anunciou nesta sexta-feira que o fundista encabeçará a relação de corredores da Etiópia desta São Silvestre, quando buscará o bicampeonato após ter vencido como uma grande surpresa há três anos. Na edição anterior da prova, ele só foi superado pelo seu compatriota Leul Aleme, que não estará presente nesta edição do evento para defender o título.

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A Etiópia ainda contará com mais dois atletas na prova masculina e quatro participantes na feminina. Entre os homens, os outros representantes do país serão Demiso Gudeta, vice-campeão da Meia Maratona Internacional do Rio de Janeiro, e Belay Bezabeh, destaque na San Juan Porto Rico 10K Road Race deste ano.

Já entre as etíopes, destaque principal para a presença de Birhane Dibaba, campeã da Maratona de Tóquio neste ano. Ela sonha com uma vitória para se tornar apenas a terceira atleta do seu país a ganhar a prova feminina da São Silvestre em todos os tempos. As outras duas foram Derartu Tulu, que triunfou na capital paulista em 1994, e Yimer Wude Ayalew, tricampeã ao chegar em primeiro lugar em 2008, 2014 e 2015.

A largada da São Silvestre ocorrerá a partir das 8h20 do próximo dia 31, na Avenida Paulista, altura da rua Frei Caneca, e a chegada acontecerá em frente ao prédio da Fundação Cásper Líbero.

O percurso da São Silvestre deste ano sofreu algumas alterações para aumentar a área de dispersão dos atletas, sendo que um deles ocorreu na própria largada. O outro ajuste foi realizado no trecho do centro da cidade, na região do Largo do Arouche, onde saíram do percurso as ruas Sete de Abril e Dr. Bráulio Gomes.

O ex-ministro etíope da Saúde Tedros Adhanom foi eleito nesta terça-feira novo diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), superando em votos o britânico David Nabarro e a paquistanesa Sania Nishtar.

Esta é a primeira vez que um africano irá dirigir a OMS, uma das agências mais poderosas das Nações Unidas. "É um dia histórico para a Etiópia e para a África", comemorou o embaixador etíope na ONU, Negash Kibret. O novo chefe da OMS assumirá o cargo em 1º de julho, substituindo a chinesa Margaret Chan, que dirigiu a instituição por 10 anos.

O ex-ministro da Saúde etíope e pesquisador renomado sobre a malária, de 52 anos, liderou o primeiro e segundo turno, mas sem obter a maioria dos dois terços dos votos necessários. Seu adversário David Nabarro, de 67 anos, foi enviado especial da ONU para a luta contra o ebola.

No primeiro turno, três eram os candidatos. Mas aquele que obteve menos votos foi eliminado. Esta era a cardiologista e ex-ministra da Saúde paquistanesa Sania Nishtar.

OMS transparente

Esta é a primeira vez que três candidatos competem para se tornar diretor-geral da OMS, uma instituição criticada por sua falta de transparência. Anteriormente, apenas o nome de um único candidato, proposto pelo Conselho Executivo da OMS, era submetido à votação da Assembleia Mundial da Saúde.

Tedros vai dirigir uma agência particularmente criticada por sua falta de discernimento sobre a gravidade da epidemia de ebola no oeste africano entre o final de 2013 e 2016, que deixou mais de 11.300 mortos.

A chinesa Margaret Chan reconheceu na segunda-feira em um discurso na Assembleia Mundial da Saúde, que reúne uma vez por ano os países-membros da OMS, que a epidemia "apanhou todo o mundo, incluindo a OMS, de surpresa".

Ao apresentar a sua candidatura e seu programa, Tedros Adhanom Ghebreyesus contou ter perdido, quando era criança, um irmão que não havia recebido os medicamentos necessários. Ele então afirmou que "se recusava a aceitar que pessoas morram porque são pobres".

"Faço as seguintes promessas: trabalhar incansavelmente para cumprir a promessa de garantir a cobertura universal da saúde e garantir que haja fortes respostas em situações de emergência", declarou. Além disso, o médico etíope indicou que vai fortalecer "a saúde e a autonomia dos países" e "colocará a transparência no coração da OMS".

Durante a seleção de uma lista de 6 candidatos dos 3 finalistas em janeiro, Tedros já liderava as intenções de voto, à frente de Nishtar e Nabarro. Tedros, que também foi ministro das Relações Exteriores de seu país, era apoiado pela União Africana. A OMS coordena as respostas a pandemias e estabelece normas para os sistemas de saúde em todos os países.

"O novo diretor-geral deve continuar a trabalhar para que a OMS se torne mais eficiente e transparente. A OMS deve ser transparente sobre como utiliza seus recursos e seus resultados", declarou o secretário da Saúde dos Estados Unidos Tom Pricese em Genebra.

Primeira ONG a reagir a esta eleição, a Gavi, the Vaccine Alliance saudou a eleição de Tedros, ex-membro do seu conselho administrativo. "Eu gostaria de expressar meus sinceros parabéns ao Dr. Tedros", declarou Seth Berkley, diretor executivo da Gavi, the Vaccine Alliance.

Equipes de resgate confirmaram, até o momento, 46 vítimas fatais após um deslizamento de terra atingir um grande depósito de lixo nos arredores da capital da Etiópia, Adis-Abeba. Outras dezenas de pessoas ficaram feridas.

A maioria das vítimas era composta por mulheres e crianças, mas ainda há muitos desaparecidos, conforme relato da porta-voz da prefeitura de Adis-Abeba, Dagmawit Moges.

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Não foi esclarecido o que provocou o deslizamento, ocorrido no sábado à noite (horário local) no aterro de lixo Koshe, que soterrou várias casas improvisadas e construções de concreto. O aterro tem sido um depósito para o lixo da capital há mais de 50 anos.

Cerca de 150 pessoas estavam no local quando o deslizamento de terra ocorreu, relatou o morador Assefa Teklemahimanot. Mais cedo, o prefeito de Adis-Abeba, Diriba Kuma, havia dito que 37 pessoas foram resgatadas e recebem tratamento médico. "A longo prazo, vamos conduzir um programa de reassentamento para realocar pessoas que vivem dentro e em volta do aterro", disse o prefeito de Adis-Abeba. Fonte: Associated Press.

Subiu para 35 o número de mortes em um deslizamento de terra que atingiu um grande depósito de lixo nos arredores da capital da Etiópia, Adis-Abeba. O acidente deixou dezenas de pessoas feridas.

A porta-voz da prefeitura de Adis-Abeba, Dagmawit Moges, disse que a maioria dos mortos eram de mulheres e crianças, e que mais corpos poderiam ser descobertos nas próximas horas.

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Não foi esclarecido o motivo do deslizamento, ocorrido no sábado à noite (horário local) no aterro de lixo Koshe, que soterrou várias casas improvisadas e construções de concreto. O aterro tem sido um depósito para o lixo da capital há mais de 50 anos.

Cerca de 150 pessoas estavam lá quando o deslizamento de terra ocorreu, relatou o morador Assefa Teklemahimanot. Mais cedo, o prefeito de Adis-Abeba, Diriba Kuma, havia dito que 37 pessoas foram resgatadas e recebem tratamento médico.

Muitas pessoas no aterro coletavam itens no lixo para revender para reciclagem, mas outras viviam lá porque casas para aluguel no local, em grande parte construídas com lama e pedaços de madeira, eram relativamente baratas.

Moradores do local acreditam que a retomada da colocação de lixo no local nos últimos meses tenha causado o deslizamento de terra. O depósito de lixo tinha sido interrompido nos últimos anos, mas foi retomado depois que fazendeiros em uma região próxima de onde um novo complexo de aterro de lixo estava sendo construído obstruíram a colocação de lixo na área.

Pequenos deslizamentos de terra ocorreram no aterro Koshe nos últimos dois anos, segundo Assefa. "A longo prazo, vamos conduzir um programa de reassentamento para realocar pessoas que vivem dentro e em volta do aterro", disse o prefeito de Adis-Abeba. Fonte: Associated Press.

Um deslizamento de terra atingiu um grande depósito de lixo nos arredores da capital da Etiópia, Adis-Abeba, matando pelo menos 15 pessoas e deixando dezenas de desaparecidos. O prefeito de Adis-Abeba, Diriba Kuma, disse que 15 corpos foram recuperados depois que o desabamento ocorrido no sábado (11) à noite (horário local) no aterro de lixo Koshe soterrou várias casas improvisadas e construções de concreto. O aterro tem sido um depósito para o lixo da capital há mais de 50 anos.

Cerca de 150 pessoas estavam lá quando o deslizamento de terra ocorreu, relatou o morador Assefa Teklemahimanot. O prefeito disse que 37 pessoas foram resgatadas e recebem tratamento médico. Muitas pessoas no aterro coletavam itens no lixo para revender para reciclagem, mas outras viviam lá porque casas para aluguel no local, em grande parte construídas com lama e pedaços de madeira, eram relativamente baratas.

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Moradores do local acreditam que a retomada da colocação de lixo no local nos últimos meses tenha causado o deslizamento de terra. O depósito tinha interrompido nos últimos anos, mas foi retomado depois que fazendeiros em uma região próxima de onde um novo complexo de aterro de lixo estava sendo construído obstruíram a colocação de lixo em sua área.

Pequenos deslizamentos de terra ocorreram no aterro Koshe nos últimos dois anos, segundo Assefa. "A longo prazo, vamos conduzir um programa de reassentamento para realocar pessoas que vivem dentro e em volta do aterro", disse o prefeito de Adis-Abeba. Fonte: Associated Press.

Ao menos 52 pessoas morreram pisoteadas neste domingo em uma debandada depois que a polícia disparou balas de borracha e gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes que protestavam contra o governo durante um enorme festival religioso na cidade de Bishoftu, ao sudeste da capital da Etiópia, Adis Abeba, disseram testemunhas.

Pessoas que estavam no festival anual em Bishoftu foram esmagadas até a morte depois que a polícia usou balas de borracha e gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes que gritavam frases contra o governo, enquanto eles se empurravam e tentavam chegar até o local onde líderes estavam discursando. Estima-se que 2 milhões de pessoas estavam presentes no evento.

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Um repórter da Associated Press viu pessoas segurando os pulsos cruzados em um gesto de protesto contra o governo.

Durante vários meses, a Etiópia presenciou protestos, vários deles com mortes, exigindo mais liberdades. Os EUA recentemente expressaram preocupação sobre o uso excessivo da força contra os manifestantes. Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.

Dezenas de pessoas morreram pisoteadas e esmagadas neste domingo (2), durante o encontro religioso promovido anualmente pelo povo oromo em Bishoftu, cidade situada na região central da Etiópia, no Chifre da África.

Pelo menos 2 milhões de indivíduos participavam do festival, e alguns começaram a gritar frases contra o governo. Em resposta, a polícia reagiu com gás lacrimogêneo e balas de borracha, desencadeando o pânico na multidão, que se espremeu perto do palco do evento.

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Algumas pessoas, tentando fugir, caíram no fosso que rodeia o local e foram esmagadas por quem veio depois. Há meses a Etiópia é palco de protestos por mais liberdade política, levantando preocupações até nos Estados Unidos quanto ao uso excessivo da força pela polícia contra manifestantes.

O número exato de vítimas ainda é incerto, mas o diretor-executivo da Oromia Media Network, Jawar Mohammed, disse no Twitter que 175 cadáveres já foram recuperados e levados para a capital Adis Abeba.

Por sua vez, o governo fala em "mortos e feridos", mas sem precisar o número, e culpa "pessoas preparadas para provocar tumultos" pelo massacre. Os oromos são o grupo étnico mais numeroso da Etiópia e representam 35% da população do país, além de habitar parte do Quênia.

Majoritariamente cristãos ou muçulmanos - embora alguns sigam a religião tradicional baseada na adoração ao deus Waaq -, eles também são em sua maioria agricultores e criadores de gado. No entanto, há décadas o grupo diz ser marginalizado por Adis Abeba, motivando recorrentes protestos contra o governo.

O governo etíope assegurou nesta segunda-feira (22) que Feyisa Lilesa, o maratonista e medalhista olímpico que protestou nos Jogos Olímpicos do Rio-2016 contra a política de Addis Abeba, não será punido se voltar para o País, informou a rádio estatal Fana. No domingo (21) de manhã, o atleta, prata na maratona masculina, realizou um protesto político ao cruzar a linha de chegada neste domingo, cruzando os braços, como se estivessem atados, em defesa da etnia Oromia, cujas manifestações recentes foram reprimidas com violência pelo governo.

"Realizei este gesto pela atitude do governo do meu país contra a etnia Oromia. Tenho familiares na prisão no meu país. Se você falar de democracia te matam. Se eu voltar à Etiópia, talvez me matem ou me prendam", declarou Lilesa, que pertence a esta etnia, durante coletiva de imprensa após a prova. "É muito perigoso se viver no meu país. Talvez eu tenha que ir para outro país. Protestei pelas pessoas em qualquer lugar do mundo que não têm liberdade", acrescentou.

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"Lilesa não terá nenhum problema em razão de seu posicionamento político", afirmou nesta segunda-feira o porta-voz do governo, Getachew Reda, citado pela Fana. "Apesar de expressar seu ponto de vista político nos Jogos Olímpicos, o atleta será acolhido quando retornar para casa, assim como os outros membros da equipe olímpica etíope", acrescentou a mesma fonte.

A Etiópia experimenta atualmente um movimento sem precedentes de contestação anti-governo, que começou na região Oromo (centro) em novembro e que se espalhou nas últimas semanas para a região Amhara (norte). Estes dois grupos étnicos representam cerca de 60% da população da Etiópia e protestam cada vez mais abertamente contra o que eles percebem como um domínio da minoria dos Tigreans, do norte do país, que ocupam posições-chave no governo e nas forças de segurança. A violenta repressão aos protestos já deixou centenas de mortos desde o final de 2015, estimam organizações de direitos humanos.

Grupos armados mataram mais de 140 civis em uma área próxima da fronteira da Etiópia com o Sudão do Sul, informaram autoridades da Etiópia. Os ataques vieram do Sudão do Sul entre os mortos estão mulheres e crianças, afirmou o ministro das Comunicações da Etiópia, Getachew Reda.

"As forças de defesa de nosso país estão perseguindo os criminosos", afirmou Reda, acrescentando que não há relação entre os ataques e o governo do Sudão do Sul ou com os rebeldes do país. "Nossas forças de defesa mataram 60 das pessoas que realizaram os ataques até agora", disse ele. Oficiais de defesa podem atravessar a fronteira com o Sudão do Sul para perseguir os criminosos, afirmou o ministro.

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O ataque aconteceu na sexta-feira na província de Jakawa, na região de Gambella, e os autores eram membros da tribo murle, do Sudão do Sul. Crianças foram sequestradas, mas ainda não se sabe o número. Os ataques mais recentes são maiores que os anteriores, segundo o ministro das Comunicações da Etiópia. Essa região abriga milhares de refugiados do Sudão do Sul, que fogem da guerra que assola o seu país desde dezembro de 2013. Fonte: Associated Press.

Mais de 100 mil pessoas protestaram nas ruas da capital da Etiópia nesta quarta-feira (22) contra a morte de um grupo de cristãos etíopes que tentavam imigrar para a Europa. A manifestação, que eventualmente gerou confronto com a polícia, também criticava a incapacidade do governo de elevar os padrões de vida dos mais pobres.

"Queremos vingança pelo sangue de nossos filhos", diziam alguns manifestantes, se referindo aos imigrantes que foram decapitados pelo grupo extremista Estado Islâmico quando estavam no Líbano, tentando chegar à Europa.

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Ahaza Kassaye, mãe de uma das vítimas identificada como Eyasu Yikunoamlak, disse à Associated Press que estava impressionada pela quantidade de pessoas que apareceram à demonstração. "Eu estou feliz agora. Antes, eu apenas lamentava a morte de meu filho com meus parentes e vizinhos. Nunca esperei que isso pudesse acontecer", disse.

De acordo com o primeiro-ministro Hailemariam Desalegn, embora a pobreza seja a causa da imigração, pessoas que se oferecem para fazer a travessia são os verdadeiros culpados porque encorajam a "jornada da morte".

Parlamentares debateram ontem sobre a possibilidade de responsabilizar o Estado Islâmico pelas mortes. No entanto, não se sabe se o fato pode gerar uma resposta militar aos extremistas. Fonte: Associated Press.

Legisladores da Etiópia devem aprovar uma lei que coloca a homossexualidade em uma lista de infrações consideradas "não perdoáveis" sob a lei de anistia do país. A medida, aprovada na semana passada pelo Conselho de Ministros da Etiópia, é amplamente esperada para passar quando for submetida à votação na próxima semana.

Na Etiópia, os atos homossexuais são ilegais e puníveis com até 15 anos de prisão. A pena de prisão de 25 anos também é prescrita para qualquer pessoa condenada por infectar outra com HIV durante a atos sexual com indivíduos do mesmo sexo.

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O presidente da Etiópia, muitas vezes, perdoa milhares de prisioneiros durante o Ano Novo no país. Se o projeto se tornar lei, o presidente vai perder o seu poder de perdoar prisioneiros que enfrentam acusações que vão desde a homossexualidade ao terrorismo. A homossexualidade é criminalizada em muitos países africanos. Fonte: Associated Press.

A Etiópia apresentou nesta sexta-feira a primeira fase de um programa de exploração espacial, que inclui o primeiro observatório de padrão internacional na África Oriental, destinado a promover a pesquisa astronômica.

O observatório apresentado nesta sexta-feira, mas que será inaugurado oficialmente no sábado, conta com dois telescópios de um metro de diâmetro cada um para observar "planetas, diferentes tipos de estrelas, a Via Láctea e galáxias distantes", explicou seu diretor, Solomon Belay, à AFP.

Esta nova instalação, estimada em 3,4 milhões de dólares (2,5 milhões de euros) e administrada pela Sociedade Etíope do Espaço e da Ciência, foi financiada pelo executivo etíope-saudita Mohamed Alamudi.

O observatório está localizado 3.200 metros acima do nível do mar, nas montanhas de Entoto, perto da capital Adis Abeba. Uma localização ideal, segundo os especialistas.

O observatório se destinará essencialmente "à busca em astronomia e astrofísica", disse Belay.

A próxima etapa para o governo etíope será a criação de uma política espacial.

Nos próximos três anos, o país lançará seu primeiro satélite com fins de pesquisa meteorológica e desenvolvimento das telecomunicações, afirmou a Sociedade Etíope do Espaço e da Ciência.

Para Belay, a promoção da ciência é um dos elementos chave para o desenvolvimento deste país, que ainda é um dos mais pobres do mundo.

"Se relacionarmos a economia com a ciência, poderemos então passar de nossas técnicas agrícolas obsoletas à industrialização e a uma agricultura mais moderna", afirmou otimista Belay.

A Nigéria chegou a levar um susto, mas está muito perto da classificação para a Copa do Mundo de 2014. Neste domingo (13), fora de casa, em Addis Abeba, os atuais campeões continentais derrotaram a Etiópia, de virada, por 2 a 1, no jogo de ida do confronto decisivo pelas Eliminatórias Africanas.

As 10 seleções que chegaram à terceira e última fase do torneio classificatório na África se enfrentam em cinco confrontos mata-mata para definir os representantes do continente no Mundial do Brasil. Assim, a Nigéria deu neste domingo um passo importante para garantir presença na próxima Copa do Mundo, pois se classifica com um empate no jogo de volta, em casa, na cidade de Calabar, no dia 16 de novembro.

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Em busca da sua primeira participação em uma Copa do Mundo, a Etiópia até começou bem a partida deste domingo, tanto que abriu o placar aos 12 minutos do segundo tempo, com o gol marcado por Behailu Assefa. A Nigéria, porém, reagiu na partida, liderada por Emmanuel Emenike.

O atacante do Fenerbahce marcou o gol de empate aos 12 e definiu a vitória da seleção nigeriana aos 45 minutos do segundo tempo ao converter cobrança de pênalti. Assim, deixou a Nigéria mais próxima de voltar ao Brasil no próximo ano após a sua participação em junho na Copa das Confederações.

A Fifa anunciou nesta segunda-feira que a seleção da Etiópia perdeu os pontos relativos ao triunfo por 2 a 1 sobre Botsuana, no dia 8 de junho, pelas Eliminatórias Africanas para a Copa do Mundo de 2014, por causa da escalação de um jogador irregular. Assim, a África do Sul voltou a ter chances de se classificar para o próximo Mundial.

Apesar de estar suspenso, Minyahile Beyene foi utilizado na partida. Por causa da irregularidade, a seleção etíope foi punida como uma derrota por 3 a 0 para Botsuana e a federação nacional foi multada em 6 mil francos suíços (aproximadamente R$ 14,2 mil) pela Fifa. Assim, a Etiópia, que estava classificada antecipadamente para os playoffs finais das Eliminatórias Africanas, ficou com a sua vaga ameaçada.

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Faltando uma rodada para o encerramento do Grupo A, a Etiópia soma 10 pontos, dois a mais do que a África do Sul e três à frente de Botsuana, ambos ainda com chances de classificação. Na rodada final, no dia 6 de setembro, a África do Sul vai receber Botsuana, enquanto a seleção etíope vai encarar, fora de casa, a já eliminada República Centro-Africana.

A Etiópia, que nunca disputou uma Copa do Mundo, não deve recorrer da punição imposta pela Fifa, pois reconheceu anteriormente seu erro. Com a punição, apenas Tunísia, Costa do Marfim, Egito e Argélia já estão classificados para os playoffs que definirão os cinco representantes africanos no Mundial do Brasil.

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