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A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) anunciou nessa sexta-feira, 30, a incorporação de seis novos itens no rol de coberturas obrigatórias para planos de saúde. As mudanças devem entrar em vigor na segunda-feira, 3, quando serão publicadas no Diário Oficial da União. Passam a ser obrigatoriamente cobertos pelos planos de saúde o transplante de fígado e cinco medicamentos, para o tratamento de câncer colorretal e infecções hospitalares fúngicas.

Os pacientes com doença hepática e plano de saúde que forem contemplados com a disponibilização do órgão pela fila única do Sistema Único de Saúde (SUS) terão o transplante custeado pelo plano. Para assegurar a cobertura da cirurgia conforme a situação do paciente na fila e com os processos definidos pelo Sistema Nacional de Transplantes, foram realizados ajustes no Anexo I do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde.

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As alterações preveem o acompanhamento clínico-ambulatorial, período de internação necessário e testes PCR para detecção do citomegalovírus (CMV) e do vírus Epstein Barr (EBV), infecções virais comuns em pessoas recém transplantadas que precisam ser monitoradas nesses pacientes.

Atualmente, cerca de 37 mil pacientes aguardam na fila por transplante e 2.030 delas esperam um fígado. O transplante desse órgão é o segundo na lista, depois do de rim, que é uma necessidade para 33.990 brasileiros. Conforme o Ministério da Saúde, o Brasil conta com o maior programa público de transplante de órgãos, tecidos e células do mundo, já que cerca de 88% dos transplantes no país são financiados pelo SUS.

Além do transplante de fígado, a Diretoria Colegiada da ANS também aprovou a inclusão no rol do medicamento Regorafenibe, usado no tratamento de pacientes com câncer colorretal avançado ou metastático. Segundo a ANS, as inclusões cumpriram os requisitos previstos em norma e passaram por análise após terem sido apresentadas pelo processo de avaliação continuado da agência, o FormRol.

Elas também foram discutidas em reuniões do Comitê Permanente de Regulação da Atenção à Saúde (Cosaude) realizadas entre os meses de junho e setembro e foram tema de consulta pública em agosto.

Profissionais cuidam de paciente na UTI do Hospital Emílio Ribas, em São Paulo

Planos de saúde: veja o que muda com a lei que derruba rol e obriga cobertura fora da lista da ANS

Outros quatro medicamentos foram incorporados ao rol da ANS, com o embasamento da lei que determina a inclusão de tecnologias recomendadas pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) e que tenham portarias de incorporação ao SUS publicadas pelo Ministério da Saúde.

Trata-se de antifúngicos injetáveis que, segundo a agência, possibilitam a desospitalização de pacientes em um contexto de aumento de micoses profundas graves resultantes da pandemia de covid-19.

Os quatro itens são o Voriconazol, para pacientes com aspergilose invasiva; Anfotericina B lipossomal, para tratamento da mucormicose na forma rino-órbito-cerebral; Isavuconazol, para tratamento em pacientes com mucormicose; e Anidulafungina, para o tratamento de candidemia e outras formas de candidíase invasiva.

A ANS informou que essa é a 13ª atualização do rol em 2022. Até o momento, foram incorporadas a cobertura obrigatória de 12 procedimentos e 25 medicamentos, além de ampliações para pacientes com transtornos de desenvolvimento global, como o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Os limites para consultas e sessões de psicologia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e fisioterapia foram suspensos, desde que tenham indicação médica.

A descoberta de um novo tumor no fígado do prefeito Bruno Covas, anunciada nessa quarta-feira (17), não muda o prognóstico da doença, afirmou ao Estadão o oncologista Tulio Eduardo Flesch Pfiffer, membro da equipe médica do Hospital Sírio-Libanês que trata o prefeito de São Paulo. De acordo com o especialista, trata-se de uma metástase que, embora não desejada, ocorre "com uma certa frequência" em casos como o de Covas.

Pfiffer afirmou que a nova lesão não piora o quadro, pois o prefeito já havia tido uma metástase também no fígado que pôde ser eliminada com quimioterapia. "Em outubro de 2019, quando ele descobriu o câncer, ele já tinha uma metástase no fígado. Ele fez as sessões de quimioterapia e a resposta foi completa e sustentada. O resultado foi muito bom. A descoberta dessa nova lesão não piora o cenário. Esperamos que ocorra o mesmo agora", explicou Pfiffer. Ele contou ainda que o tumor recém-descoberto no fígado é "bem menor" do que o detectado no mesmo órgão em 2019.

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O especialista esclareceu que a única mudança que a equipe foi obrigada a fazer foi a interrupção da imunoterapia para controle das lesões cancerígenas nos linfonodos para início da quimioterapia para combater a lesão no fígado.

Bruno Covas terá de fazer mais quatro sessões de 48 horas, com intervalo de duas semanas entre elas. A primeira sessão foi realizada já nesta quarta-feira, e o prefeito deverá permanecer internado até sábado. "Em dois meses faremos novos exames de imagem para ver a condição e definir os próximos passos do tratamento", explicou o oncologista.

O médico disse ainda que Covas não mudou sua postura ao receber o novo diagnóstico e que a equipe médica pretende manter a autorização para que ele trabalhe entre as sessões de químio. "Ele sempre tem uma cabeça muito boa, uma disposição muito grande, força e determinação. A ideia é que ele mantenha a rotina de trabalho", finalizou.

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), foi diagnosticado nesta quarta-feira (17) com novo nódulo no fígado, de acordo com boletim médico divulgado pelo hospital Sírio-Libanês, onde ele faz o tratamento. A presença do nódulo foi detectada após a realização de exames de imagens. Segundo o hospital, o prefeito voltará a fazer sessões de quimioterapia.

"A imunoterapia será interrompida e um novo protocolo de quimioterapia convencional terá início", diz o comunicado. O prefeito já havia sido submetido a oito sessões de quimioterapia, que foram concluídas há um ano, em fevereiro de 2020.

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De acordo com o boletim, foram prescritas mais quatro sessões de 48 horas, a cada duas semanas. A primeira sessão foi realizada já nesta quarta, e o prefeito deverá permanecer internado até sábado.

Ao final do ciclo, serão realizados mais exames. Acompanham Covas as equipes médicas coordenadas por David Uip, Roberto Kalil, Artur Katz, Tulio Eduardo Flesch Pfiffer e João Luis Fernandes da Silva.

De acordo com a nota divulgada, o tucano havia sido internado no na terça, dia 16, para a realização de exames, e está bem disposto. "Os exames de imagem evidenciaram sucesso da radioterapia no controle dos linfonodos, próximos ao estômago", informou o texto.

O Programa Estadual de Transplantes (PET), da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES), atingiu este mês o recorde de 304 autorizações para doações de órgãos. “Isso significa que 304 famílias tiveram órgãos de seus familiares doados. Essas doações geraram mais de 800 transplantes de órgãos”, informou hoje (31) à Agência Brasil, o coordenador do PET, urologista Gabriel Teixeira.

Teixeira explicou que dependendo da idade do potencial doador e do caso clínico, cada pessoa pode doar determinados órgãos. “Na maioria das vezes, cada doação gera mais de um transplante de órgãos”, explicou.

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Os órgãos mais transplantados no estado são rim, fígado, coração e pâncreas. Teixeira disse que o rim é o órgão que mais pessoas precisam em função de doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, e também pelo envelhecimento da população. “A doença renal crônica cada vez tem maior incidência e, dessa forma, o transplante renal acaba sendo uma terapia cada vez mais demandada. E, por conseguinte, o rim é o órgão mais transplantado também”.

O recorde anterior de transplantes foi registrado em 2015, com 303 doadores. No ano passado, foram 218, o que representa expansão, este ano, até o momento, de 16,4%. Gabriel Teixeira afirmou que até o final de 2020, a meta é alcançar o 4º lugar nacional em termos de doadores. “Começamos este ano em 11º lugar e estamos terminando em oitavo. Esperamos acabar 2020 em 4º lugar”.

Os estados brasileiros que apresentam maiores taxas de doações são Santa Catarina, Paraná e Ceará. “Em números absolutos, acho que já somos o terceiro (colocado) no Brasil. Mas quando a gente relativiza pela população, a gente acaba caindo algumas posições. São Paulo tem o maior número de doadores em termos absolutos, mas quando você relativiza pelo número de habitantes, aí o estado não fica nas primeiras posições”.

Investimentos

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) prevê investir este ano, no PET, cerca de R$ 25 milhões. Segundo Gabriel Teixeira, o dinheiro deve ser usado para ampliar as equipes nos hospitais, aumentando as estruturas mais centralizadas, melhorar a estrutura logística e operacional da própria central e os centros transplantadores, para que a capacidade trasplantadora do estado consiga acompanhar o ritmo de aumento dos doadores.

Teixeira avaliou que a doação de órgãos ainda é um tabu para muitas famílias brasileiras. “Na nossa sociedade, falar sobre a morte é difícil. O Brasil ainda enfrenta muito desconhecimento sobre a morte encefálica (completa e irreversível parada de todas as funções do cérebro), sobre a doação de órgãos, porque nós temos ainda medo de falar sobre a morte”, disse. Ele ressaltou a importância de informar familiares sobre a decisão de doar os órgãos no caso de morte encefálica ou até em uma morte não encefálica. “Ainda se fala pouco sobre isso”, lamentou.

Taxa de autorização

Apesar do assunto ainda não ser amplamente discutido, o coordenador do PET disse que um dos muitos motivos para que o programa conseguisse alcançar a marca expressiva de doadores foi a melhora considerável na taxa de autorização familiar. A taxa no estado girava em torno de 40%, semelhante à média nacional. No final do ano, a taxa média foi da ordem de 75%.

“Teve momentos de até 90% de autorização familiar. Realmente, uma mudança bastante expressiva na nossa sociedade fluminense com relação ao tema. Isso se deu a ações de conscientização mas, principalmente, à melhora nas técnicas de abordagem a famílias que, por vezes, precisam de um profissional bem treinado e capacitado para que elas possam compreender a morte encefálica e tomar a decisão da doação de forma clara e consciente”, explicou.

A meta do PET para 2020 é elevar o número de doações em, no mínimo, 20%, o que significaria chegar a um número próximo de 360 doadores. Gabriel Teixeira acredita, porém, que com o investimento novo sendo aplicado na doação e no transplante, o PET poderá “alçar voos mais altos e conquistar o 4º lugar no país em doação de órgãos”. Embora o número do último trimestre do ano ainda não esteja consolidado, ele estimou que o programa poderá atingir cerca de 400 doadores.

O secretário de Estado de Saúde, Edmar Santos, espera que o investimento de R$ 25 milhões ajude a expandir a rede de transplantes no estado, “já que nossas equipes estarão atuando em hospitais de diversos municípios”.

Balanço

O PET foi lançado oficialmente pelo governo fluminense em abril de 2010, embora os trabalhos tenham sido iniciados no ano anterior. Nos nove anos do programa, já foram realizados mais de 16 mil transplantes. “A gente começou lá atrás, em 2009, com 44 doadores em um ano e, hoje, a gente consegue fazer isso em praticamente um mês. Conseguimos avançar bastante no tema”, contou Gabriel Teixeira.

O PET realiza também transplantes de medula óssea, ossos, pele, córnea e esclera, que é uma membrana que protege o globo ocular.

Um homem morreu na manhã desta quarta-feira (25), após se engasgar com um pedaço de fígado cru. A vítima chegou a ser internada no Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, no bairro Pedro Gondim, em João Pessoa, capital paraibana, mas não resistiu a uma parada cardiorrespiratória.

Jandilson Lourenço de Souza, de 38 anos, havia ingerido bebida alcoólica e queria mostrar aos familiares que conseguia comer a carne crua, na noite da terça-feira (24). Após o engasgo, ele foi socorrido por uma equipe do Samu. De acordo com a assessoria da unidade de saúde, ele ainda foi entubado, mas morreu nesta manhã, segundo o ClickPB.

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Pernambuco bateu o próprio recorde de transplantes de rim em 2018. Em 2017, foram realizados 404 procedimentos, enquanto no ano passado houve 463, o que representa um aumento de 15%, uma quebra de recorde pelo segundo ano consecutivo. Até então, a maior marca de transplantes tinha sido em 2015, com 344 cirurgias.

“Esse aumento nos transplantes de rim demonstra que a população tem se conscientizado da importância desse ato de solidariedade. Além disso, ratifica o empenho da Central de Transplantes e de todos os profissionais envolvidos no processo. Temos equipe de referência para captação de órgãos e de transplante de rim que estão à disposição todos os dias do ano para que as pessoas em fila de espera possam ganhar qualidade de vida”, declarou a coordenadora da Central de Transplantes de Pernambuco (CT-PE), Noemy Gomes.

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O fígado também superou as marcas anteriores. No balanço, foram realizadas 137 cirurgias, o que representa um aumento de 6% em relação a 2017, que teve apenas 129. O maior quantitativo tinha sido alcançado em 2012, quando 134 transplantes foram realizados no Estado.

Ao analisar os órgãos sólidos (coração, fígado, rim e pâncreas), Pernambuco atingiu 652 transplantes, aumentando o número de procedimentos em 9,6%, comparado a 2017, que obteve 595. Além dos 463 de rim e os 137 de fígado, foram realizados 42 de coração, que decaiu em 22%, em comparação a 2017, onde foram realizadas 54 operações. Os transplantes duplos de rim/pâncreas foram cinco, enquanto em 2017 houve seis, uma queda de 17%, e cinco de fígado/rim, que apresentou um aumento de 150%, já que em 2017 só houve dois procedimentos.

Já os procedimentos de tecidos (córnea e medula óssea), totalizam 1.652 em 2018, uma diminuição de 7,7% em relação a 2017, quando foram realizados 1.790. Os transplantes envolvendo medula óssea permaneceram na marca de 225, e 775 de córnea, uma queda de 20%, já que em 2017 houve 969. Sobre a redução nos transplantes de córnea, a coordenadora da entidade lembra que o fato é resultado da fila zerada para esse tecido em 2017. “Desde junho de 2017 estamos com o status de ‘córnea zero’. Isso significa que todo paciente com indicativo para o procedimento, com os exames realizados, bem de saúde e inscrito na lista, fará o transplante em até 30 dias”, informou Noemy.

Fila de Espera

Atualmente, 1.128 pessoas aguardam na fila de espera por um órgão ou tecido em Pernambuco. O mais demandado é o rim, com 852 pacientes, seguida por fígado (124), córnea (116), medula óssea (16), coração (13) e rim/pâncreas (7). Fato que pode ser revertido, já que de acordo com as Organizações de Procura de Órgãos (OPO), foram realizadas 339 entrevistas com familiares de pacientes por morte encefálica. Desse total, 183 autorizaram a doação e 156 negaram. Isso significa que 46% das possíveis doações não puderam ser concluídas.

“A população ainda tem muitas dúvidas e mitos relacionados à morte encefálica. Nas unidades hospitalares, os profissionais de saúde esclarecem aos familiares dos potenciais doadores, mas precisamos difundir esse tipo de informação para que cada pessoa possa decidir em vida se quer ser doador de órgãos e tecidos. Todos precisam ficar cientes que o diagnóstico de morte encefálica segue um rígido protocolo na sua confirmação e que a família receberá o corpo do ente querido íntegro para realizar todas as cerimônias de despedida. Como a doação só ocorre com a autorização de um familiar de até segundo grau, de acordo com a legislação brasileira, precisamos difundir esse tema; tirar dúvidas, mitos e preconceitos; e saber que esse ato pode salvar muitas vidas”, finalizou a coordenadora.

Com informações da assessoria

Morreu, na noite de sexta-feira (28), o ator Leonardo Machado. O gaúcho lutava contra um câncer no fígado desde 2016 e estava internado no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre. 

Leonardo participou de quatro novelas da Globo, tendo maior destaque em "Viver a Vida", em 2010. Ele também atuou em três minisséries da emissora, entre elas "Na Forma de Lei". Em 2009, ganhou o Kikito de Melhor Ator pelo filme "Em Teu Nome", em que interpreta um estudante durante a ditadura militar.

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Em mais de 20 anos de carreira, Leonardo Machado encenou 14 peças de teatro e atuou em 36 curtas-metragens e 23 longas. A produção mais recente estreou neste ano. Em "Teu Mundo Não Cabe nos Meus Olhos". Ele deixa, ainda, dois longas que não estrearam: "Legalidade", do diretor Zeca Britto, no qual interpreta Leonel Brizola, e o filme "A Cabeça de Gumercindo Saraiva", de Tabajara Ruas, sendo intérprete do Capitão Francisco.

Leonardo Machado vai ser velado neste sábado (29) na Sala Álvaro Moreyra do Teatro Renascença, em Porto Alegre, das 10h às 17h. Após o velório, ele será cremado no Crematório Metropolitano em cerimônia fechada para amigos e familiares.

As três filhas da dona de casa Ninivalda Pereira Macedo, de 38 anos, precisaram de um transplante de fígado. Após períodos de espera e angústia, as três conseguiram. Nascidas com uma doença genética que compromete o funcionamento do órgão, as meninas, agora com 15, 12 e 10 anos, tiveram de ser mantidas em boas condições de saúde para esperar por um doador compatível.

É o primeiro caso de transplante de fígado em mais de dois irmãos, entre pacientes com colestase intra-hepática familiar progressiva, realizado no Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

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Lindalva Macedo dos Santos, de 15 anos, nasceu com a doença, que faz com que ocorra um acúmulo de bile no fígado, comprometendo o funcionamento do órgão. Quando ela tinha 2 anos, passou mal e foi levada para uma Unidade Básica de Saúde (UBS) na zona leste da capital. "A médica disse que era sério e ela foi encaminhada para o Hospital Menino Jesus e, depois, para o Hospital das Clínicas. Com 2 anos, ela entrou na fila", relembra a mãe.

Quando crianças precisam de transplante de fígado, os pais costumam ser os doadores, mas as meninas não tiveram essa opção. "Em crianças, entre 80% e 90% dos transplantes fazemos com doação do pai ou da mãe por meio do transplante intervivos, quando se tira um pedaço do fígado e transplanta. Nesse caso, havia uma característica particular. Os pais não poderiam ser doadores por questões genéticas e clínicas", explica Uenis Tannuri, chefe do serviço de cirurgia pediátrica e transplante hepático do Instituto da Criança.

Apenas quando Lindalva estava com 8 anos, em 2010, o transplante foi realizado. "Foi uma cirurgia longa e mexeu muito com a gente, mas não fiquei com medo de as minhas outras filhas também terem o problema porque nasceram saudáveis", conta a mãe.

No ano seguinte, a filha do meio de Ninivalda, Juliana Macedo dos Santos, hoje com 12 anos, começou a ser acompanhada pelo setor de hepatologia do hospital. Ela tinha um quadro de coceira desde os 2 anos e foi esse sintoma que ajudou no seu diagnóstico. "Elas tiveram sintomas diferentes. Deu para perceber na Lindalva pelo inchaço na barriga. A Juliana começou com uma coceira. Tinha gente que dizia que era alergia de comida, de tempero, mas não foi nada disso. Ela fez os exames e teve o diagnóstico. O médico já avisou que teria de fazer transplante."

Foi assim que, mais uma vez, a família se viu na fila para tentar um órgão para outra filha. Durante a espera, em 2015, Priscila Macedo dos Santos, hoje com 10 anos, começou a apresentar coloração amarelada, um indício de que o funcionamento do fígado não ia bem.

Em setembro de 2016, apareceu o doador compatível para Juliana. Ela passou mais de dois meses internada e, nesse período, Priscila piorou. "Ela teve uma hemorragia quando a Juliana estava internada e perdeu bastante sangue", conta o pai das garotas, o pedreiro Joelson Pereira dos Santos, de 42 anos.

Priscila conseguiu receber o órgão em março deste ano e teve alta em maio. As três ainda têm uma rotina de remédios: a mais nova toma dez medicamentos e a mais velha, apenas um, mas levam uma vida normal. Lindalva e Juliana frequentam a escola, e a caçula deve voltar a estudar após as férias deste meio do ano.

Mesmo enfrentando idas ao hospital para exames e internações, a família tem a sala de casa decorada com fotos das jovens em vários lugares. São registros em diferentes fases de suas vidas, mas em nenhuma elas estão com a aparência de quem um dia esteve doente. O que difere das pessoas da idade delas, atualmente, é a história de luta pela vida e a dieta que seguem. "Tem de ser uma comida sem sal e sem gordura, mas elas estão bem", afirma Ninivalda.

Alívio

Santos se diz aliviado pelo fato de as três terem conseguido o transplante e não esconde a gratidão pela equipe médica. "Só quero que Deus ilumine esses médicos. Se não fossem eles, minhas filhas não estariam aqui. Às vezes, a gente se sentia derrotado, foram muitos altos e baixos, e essa é uma coisa que a gente tem trauma de falar, mas é uma história de superação e vitória."

O médico Tannuri, que também é professor titular da disciplina de cirurgia pediátrica e transplante hepático do departamento de pediatria da FMUSP, diz que o caso das três irmãs era um "desafio multiplicado".

"Já vi esse tipo de caso com dois irmãos, mas foi o primeiro que tivemos com três. Estou desde o início do programa. O nosso empenho era em controlar as meninas para a gente conseguir fazer o transplante. É uma coisa bonita pela alegria de ver as três irmãs sobreviverem e por ser um procedimento feito em um hospital público", afirma. Desde 1989, 745 transplantes foram realizados no Instituto da Criança.

Transplantes

Atualmente, das 33.154 pessoas que estão na fila por um transplante no País, 1.289 aguardam por um fígado, segundo o Ministério da Saúde. Em 2017 houve aumento de 12,1% nos transplantes hepáticos em relação a 2016 e crescimento de 15,9% nos procedimentos com doadores vivos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Há três meses Daivison Kellrs, vocalista de 28 anos da Banda Torpedo, teve que reduzir sua carga de shows. Na época, o quadro clínico do cantor era indefinido, mas agora foi revelado que se trata de um câncer no fígado. Em um show realizado na noite do último sábado (22), ele não conteve as lágrimas ao subir no palco durante um evento que celebrava o aniversário do grupo de brega. Com uma aparência debilitada, Daivison se apresentou ao lado da também vocalista Francyene Röper, emocionado.

“Emoção define a noite de ontem! Oramos e esperamos tanto por esse momento e finalmente ele chegou, guerreiro! E quando te chamamos ao palco, passou um filme na cabeça de todos, aí ficou difícil conter a emoção! Sei que sua volta será aos poucos, mas seu lugar estará sempre ali!", escreveu a vocalista em seu Instagram, referindo-se ao parceiro de banda.

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O estado de saúde de Daivison é delicado, mas ele está em tratamento e tem apresentado melhoras, segundo sua assessoria informou ao jornal Diário de Pernambuco. O cantor tem participado de eventuais apresentações da Banda Torpedo quando se sente melhor e é autorizado pelos médicos, e costuma estar acompanhado de profissionais quando sobre aos palcos. Na sua ausência, ele é substituído por Júnior Dieckman nos vocais da banda. 

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Você é uma pessoa muito gulosa e não pode ficar sem comer doces? A culpa disso pode ser de variações de um gene que se ativa no seu fígado. Segundo o estudo conduzido pelo Novo Nordisk Foundation Center for Basic Metabolic Research, entidade sediada na Universidade de Copenhague, na Dinamarca, "um hormônio chamado FGF21 que é secretado pelo fígado depois de comer doces pode determinar" quem é mais viciado nesses alimentos açucarados.

De acordo com a pesquisa, divulgada na revista científica "Cell Metabolism", quem possui certas variantes ou mutações do gene FGF21 acaba tendo uma chance maior de ser um grande consumidor de doces, como balas, chocolates e sorvetes, em relação a outras pessoas e tendo uma maior dificuldade de resistir à tentação de comer esses alimentos. Neste estudo, descobriu-se que o gene FGF21 tem um papel importante na regulação da quantidade de doces que uma pessoa tende a comer, ou seja, de um certo modo, ele tem responsabilidade no "controle da gula por doces" de cada um.

Os pesquisadores estudaram o DNA e os hábitos alimentares de 6,5 mil dinamarqueses que foram distribuídos em uma "escala de gula" em base na quantidade de doces que consumiam em média. Os estudiosos também fizeram um teste clínico com uma pequena amostra destes voluntários para realizar a pesquisa. Nele, foi dada uma bebida muito adocicada (com a quantidade de açúcar de duas latas de Coca-Cola) a 51 pessoas, que haviam dito anteriormente que amavam muito ou odiavam comer doces.

Com isso, os pesquisadores fizeram uma medição dos níveis do FGF21 no sangue das pessoas, que estavam em um jejum de 12 horas, logo antes delas beberam o líquido e outras até cinco horas após a ingestão da bebida. A partir das medições chegou-se a conclusão de que as pessoas que não gostavam muito de doces tinham uma quantidade 50% maior do hormônio que os outros participantes. No entanto, depois que elas consumiram a bebida açucarada, os níveis do FGF21 no sangue seguiram a mesma trajetória que o das outras pessoas até eles ficarem semelhantes.

Sendo assim, a conclusão do estudo apontou que quem tem as variações no gene, que foram representadas no teste pelas pessoas com os níveis menores de FGF21 no sangue em jejum, tem uma probabilidade de estar no topo dos consumidores de doces 20% maior em relação aos outros participantes. 

O cantor britânico George Michael, que morreu em 25 de dezembro, em casa, na cidade inglesa de Goring-on-Thames, morreu de causas naturais, afirma o relatório final do legista.

As causas da morte do artista aos 53 anos foram uma "miocardiopatia dilatada com miocardite e gordura no fígado", afirma em um comunicado Darren Salter, legista chefe do condado de Oxfordshire, o que conclui a investigação, sem necessidade de um inquérito.

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A hepatite (inflamação do fígado) é uma das doenças que os médicos costumam chamar de silenciosas. É muito comum que os sintomas só apareçam (principalmente em se tratando das hepatites dos tipos B e C) quando a doença já está em estágio avançado e já se transformou, na verdade, em cirrose ou câncer de fígado. Esses pacientes levam anos para descobrir que estão infectados. Por isso, o diagnóstico precoce é determinante para evitar a transmissão ou a progressão das hepatites, que podem acarretar graves consequências. Para conscientizar as pessoas sobre o assunto, a Organização Mundial de Saúde (OMS) criou em 2010 o Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais, 28 de julho, e orientou médicos e agentes de saúde sobre a necessidade de aumentar o alerta em relação ao problema.

Para Bianca Lastra, oncologista clínica do Centro de Tratamento Oncológico, em campanhas como o Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais “é importante aproveitar para conscientizar a população de que a hepatite pode evoluir para doenças mais graves, como o câncer”. A hepatite viral é uma doença infecciosa que afeta diretamente o fígado. Cerca de 1,4 milhão de pessoas morrem por ano por conta da doença em todo o mundo. No Brasil, as mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. “Milhões de pessoas no Brasil são portadoras dos vírus B ou C e não sabem. Elas correm o risco de as doenças evoluírem e causarem danos mais graves ao fígado, como cirrose e câncer. Por isso, é importante ir ao médico regularmente e fazer os exames de rotina que ajudam no diagnóstico”, alerta a oncologista Bianca Lastra.

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Os principais sintomas das hepatites virais são: náuseas e vômitos, dores abdominais, febre, falta de apetite, mal-estar geral, urina escura (cor de refrigerante de cola), fezes esbranquiçadas, e pele e olhos amarelados (icterícia).

O câncer de fígado pode ser primário ou secundário. O câncer primário é o tumor que se origina no fígado e o secundário é o metastático, ou seja, originado em outro órgão e que atinge também o fígado.

As hepatites virais B e C são importantes fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de fígado. Uma pessoa infectada pelo vírus B tem 100 vezes mais chance de desenvolver tumores do que uma pessoa saudável. E a hepatite C é responsável por 54% dos casos de câncer de fígado no Brasil. No Brasil, enquanto a hepatite B é mais frequente na faixa etária de 20 a 49 anos, a hepatite C acomete mais pessoas entre 30 e 59 anos.

As formas de prevenção do câncer são conhecidas. Ter hábitos de vida e alimentares saudáveis, evitar alcoolismo, além da identificação e tratamento dos pacientes com hepatite B e C. As medidas preventivas para hepatites incluem o saneamento básico, as boas práticas de higiene pessoal, como lavar bem as mãos após ir ao banheiro e antes de comer, lavar bem alimentos que serão consumidos crus e cozinhar bem os demais, principalmente frutos do mar e carne de porco. 

É muito importante também o uso de agulhas e seringas descartáveis, além de evitar compartilhar objetos perfurocortantes como barbeador e instrumentos de manicure/pedicure. É importante ainda ter certeza de que materiais utilizados para fazer tatuagens e para a colocação de piercings sejam descartáveis. A proteção nas relações sexuais com preservativos também é fundamental. “A hepatite C também é considerada uma doença sexualmente transmissível”, destaca Bianca Lastra. “Alguns tipos de vírus e bactérias, como os da toxoplasmose, rubéola, sífilis, hepatites e AIDS são o que chamamos de ‘amigos’, provocam a co-infecção. É comum o paciente ter essas doenças simultaneamente, por isso a prevenção é fundamental”, avalia a médica.

Já existem vacinas para as hepatites A e B, que têm se mostrado eficazes em aproximadamente 95% dos casos. Nas crianças, a primeira dose da vacina de hepatite B é dada ao nascer, sendo repetida aos 2 e aos 6 meses. Já a vacina para hepatite A é aplicada quando a criança completa 1 ano, e o reforço ocorre com 18 meses. No caso de adultos, é preciso tomar as 3 doses de hepatite B e as duas de hepatite A para que a vacinação possa ser considerada completa. É possível ainda tomar a vacina combinada de hepatite A e B. Atualmente não existe vacina para a hepatite C.

Por Dina Santos, especial para o LeiaJá.

 

Médicos suíços realizaram em outubro de 2015 o primeiro transplante de fígado do mundo entre duas pessoas portadoras do vírus HIV, informa um comunicado publicado em Genebra após seis meses de observação do paciente.

O anúncio, também publicado em um artigo no American Journal of Transplantation, foi feito após uma operação idêntica realizada por médicos dos Estados Unidos em 15 de março de 2016, também apresentada como uma novidade mundial.

Os Hospitais Universitários de Genebra (HUG) informam que os seis meses de observação mostraram que não há rejeição do órgão, nem perda de controle do vírus no receptor.

"Este primeiro transplante praticado na Suíça, que acaba de ser seguido por outro transplante análogo nos Estados Unidos, abre perspectivas inéditas para as pessoas que vivem com o HIV", destacam os HUG.

Isto significa que os portadores de HIV podem se declarar possíveis doadores de órgãos, e, ao mesmo tempo, os que estão à espera de um órgão têm melhores perspectivas de ser operados.

A lei suíça sobre os doadores de órgãos autoriza desde 2007 o transplante de órgãos entre doadores e receptores soropositivos, mas foram necessários oito anos para a primeira operação.

"Há duas razões: de um lado o desconhecimento por parte de médicos e pacientes soropositivos deste dispositivo da lei e, de outro, o problema da compatibilidade necessária entre doador e receptor", explicou à AFP Nicolas de Saussure, porta-voz dos HUG.

Neste caso, o doador era um homem de 75 anos, que faleceu após uma hemorragia cerebral. Era soropositivo desde 1989 e havia autorizado a doação de seus órgãos.

O receptor foi diagnosticado soropositivo em 1987 e foi informado antes da operação dos possíveis riscos adicionais. Ele aceitou os riscos.

Em uma entrevista, o receptor, que sofria uma doença grave do fígado, disse que estava na lista de espera há dois anos e meio.

O transplante foi realizado por uma equipe integrada pela professora Alexandra Valmy, diretora da unidade HIV, o professor Thierry Berne, médico chefe do serviço de transplantes, o professor Christian van Mendel, diretor da unidade de infectologia de transplantes, e o professor Emiliano Giostra, especialista em doenças do fígado.

Foi durante os exames de rotina que a dona de casa Marilene Valese Pantarotte, hoje com 69 anos, descobriu que algo não ia bem com seu fígado. Acima do peso, diabética, ela fazia acompanhamentos semestrais.

Depois de muitos especialistas e exames veio o diagnóstico de cirrose e tumor. O fígado estava perdido. Marilene está há dois anos à espera de transplante. Ao contrário do senso comum, que associa cirrose a consumo de álcool, Marilene nunca bebeu. A doença foi causada pelo acúmulo de gordura no fígado, a esteatose hepática. A longo prazo, a gordura acumulada pode levar a processo inflamatório crônico até, por fim, desencadear cirrose ou câncer.

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"A esteatose há até dez anos não representava causa importante no transplante de fígado. Hoje, a curva é ascendente", afirma o hepatologista Carlos Terra, presidente do Grupo de Fígado do Rio e médico do Hospital Federal da Lagoa. "Não é difícil entender a razão. Metade da população tem sobrepeso, o principal fator de risco. Se considerarmos que 20% dos pacientes com esteatose podem desenvolver cirrose, a gente entende que o impacto no transplante do fígado vá aumentar progressivamente nas próximas décadas."

Dados do Ministério da Saúde mostram que 52,2% da população adulta tem excesso de peso. Nove anos atrás, a taxa era de 43% - o aumento da população acima do peso foi de 23%. "É preciso conscientizar as pessoas de que o sobrepeso não é problema de ordem estética. É questão de saúde, que pode impactar muito seriamente a qualidade de vida", diz Terra.

A gordura no fígado não tem sintoma nenhum. O paciente não sente dor, enjoo, nenhum incômodo. Costuma ser descoberta por acaso. Entre as mulheres, quando fazem o exame periódico e o ginecologista pede ultrassom abdominal. Nos homens, quando as enzimas do fígado aparecem alteradas em exames de sangue feitos em check-ups. Não há remédio para acabar com a gordura acumulada no fígado, mas o quadro é reversível com alimentação adequada e exercícios.

"Dos pacientes com gordura no fígado, entre 10% e 15% desenvolverão a inflamação crônica em 10 anos. Desses, nos 10 anos seguintes, 20% terão cirrose; o tipo de cirrose que predispõe ao câncer de fígado", diz o hepatologista Carlos Eduardo Sandoli Baía, da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.

Sem aviso. Como o paciente não sente dor ou desconforto, muitas vezes não entende a gravidade do problema. Nem acredita que está com cirrose. "Surpreendeu muito quando o médico disse que Marilene tinha cirrose. É uma pessoa que não bebe, nunca bebeu", diz o militar reformado João Eduardo Pantarotte, de 72 anos. "Há uma ignorância muito grande da população. Quando digo que ela tem cirrose, a gente nota que a pessoa tem uma reação, vê como coisa pejorativa. Minha mulher adoeceu por causa da alimentação mal feita durante a vida. Ela foi criada passando gordura de porco em tudo, até no pão. Mas o costume adquirido desde o início da vida é difícil mudar. Nesse ponto é que nem o álcool. A pessoa não consegue mudar."

Hoje, as principais causas de transplante de fígado são a cirrose provocada pelas hepatites B e C, com 30% dos casos, e cirrose alcoólica, 20%. "As novas drogas que estão para ser aprovadas para o tratamento da hepatite C resolverão a questão da fila de transplantes. Os pacientes com cirrose por esteatose se tornarão a maioria", disse Baía. Em 2011, os transplantes por cirrose em decorrência da esteatose respondiam por 0,6% dos transplantes de fígado. Em 2014, essa proporção passou para 2,3% - crescimento de 283%.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O atual presidente executivo da Apple, Tim Cook, propôs doar o próprio fígado a seu antecessor Steve Jobs, a fim de tentar um transplante que pudesse prolongar sua vida. Mas o cofundador da empresa, falecido em 2011, recusou prontamente.

Um novo livro, intitulado "Becoming Steve Jobs" ("Como Steve Jobs se tornou Steve Jobs", em tradução livre), que sairá em fins de março, narra o episódio e confirma a recusa de um dos responsáveis pela fundação do gigante na área de informática. Um transplante teria permitido o prolongamento de sua vida, quando ele sofria de um câncer no pâncreas.

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"Ele me interrompeu no mesmo instante, quase antes de as palavras saírem da minha boca", relata Tim Cook no livro escrito por Brent Schlender e Rick Tetzeli. Segundo Cook, Steve Jobs respondeu: "Jamais deixaria que você fizesse isso. Nunca".

No entanto, ambos compartilhavam o mesmo tipo sanguíneo, ainda por cima raro, e seriam compatíveis, é o que consta do livro. O fígado tem a particularidade de se regenerar por conta própria. Assim, o transplante parcial de um doador saudável costuma ser possível.

Cook se declarou surpreso com a reação de Steve Jobs à sua proposta, feita em janeiro de 2009: "Eu disse a ele, 'Steve, estou em perfeito estado de saúde, aqui está o boletim médico. Posso fazer isso sem correr riscos'".

"Steve gritou apenas quatro ou cinco vezes durante os 13 anos que nos relacionamos: essa foi uma das raras ocasiões que ele se irritou comigo", acrescentou Tim Cook.

Os reguladores da área de Saúde nos Estados Unidos solicitaram aos médicos que não prescrevam medicamentos com mais de 325 miligramas por comprimido de acetaminofen (paracetamol), devido ao temor de que cause lesões ao fígado. As receitas de analgésicos comuns no país, como Vicodin e Percocet, contêm paracetamol e podem ser perigosos, se forem combinados com outros remédios, como Tylenol, ou com o álcool.

"Não há dados disponíveis que mostrem que tomar mais de 325 miligramas de acetaminofen por dose proporciona benefícios adicionais que superem o risco aumentado de uma lesão do fígado", afirmou a FDA, o órgão que regula o setor de alimentos e remédios nos Estados Unidos.

"Limitar a quantidade de acetaminofen por dose reduzirá o risco de feridas graves no fígado, devido a uma overdose não intencional de acetaminofen, que pode produzir insuficiência hepática, levar a um transplante de fígado, ou à morte". A dose máxima diária para adultos é de 4.000 miligramas. Para evitar superar esse teto, a FDA pediu aos pacientes que não tomem mais de um remédio que contenha paracetamol por vez. Pede-se ainda que esses medicamentos sejam evitados, em caso de ingestão de mais de três doses alcoólicas no mesmo dia.

A FDA também recomenda que os profissionais de Saúde considerem receitar combinações de medicamentos com menos de 325 miligramas de acetaminofen, conhecido como paracetamol fora dos Estados Unidos e do Canadá. Em 2011, a FDA solicitou aos fabricantes de remédios que limitem a quantidade de paracetamol a até 325 miligramas em cada comprimido para proteger os consumidores. Em 14 de janeiro, mais da metade dos fabricantes que existem no país haviam cumprido a determinação, informou a agência.

O problema é que as overdoses não intencionais - devido a combinações de remédios com esse princípio ativo - ainda são responsáveis por metade dos casos de insuficiência hepática relacionada ao paracetamol no país, alertou a FDA.

Uma antiga promessa das pesquisas com células-tronco - de criar novos órgãos para substituir aqueles que venham a falhar - pode estar um passo mais perto de ser alcançada. Cientistas japoneses conseguiram desenvolver um "broto" de fígado humano em laboratório que, ao ser transplantado num camundongo, se transformou num órgão funcional.

O grupo trabalhou com as chamadas células-tronco de pluripotência induzida (iPS), as vedetes das pesquisas da área. Criadas a partir de reprogramação de células adultas, são tão versáteis quanto as células-tronco embrionárias, que têm a capacidade de se diferenciar em qualquer célula e tecido do corpo, com a vantagem de não precisar destruir um embrião para obtê-las.

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Vários trabalhos mostraram com sucesso a diferenciação das iPSs e de outras células-tronco em diversas células específicas do corpo, mas nenhum deles havia sido bem-sucedido em criar um órgão tridimensional e vascularizado. Foi exatamente isso que conseguiu o trabalho publicado nesta quinta-feira, 4, na revista científica "Nature". Como escrevem no artigo, os pesquisadores da Universidade da Cidade de Yokohama buscaram reproduzir o processo natural de organogênese.

A partir de células iPS humanas, eles, primeiramente, obtiveram células hepáticas que, misturadas com outras células, foram estimuladas in vitro e geraram um precursor do fígado. Em seres humanos, esse broto é formado logo no início da gestação, por volta da quinta ou sexta semana. "Basicamente, nós mimetizamos esse estágio bem inicial de formação", afirmou o líder do estudo, Takanori Takebe.

Esse broto de órgão foi então transplantado para o crânio do animal, de modo que fosse possível observar por uma espécie de janela como ele estava se desenvolvendo. A vascularização deu certo e ele amadureceu, se transformando em tecido hepático. Depois, era preciso descobrir se ele era funcional.

Sobrevida

Para isso, os pesquisadores checaram diversas medidas específicas da função de um fígado humano, como produção de proteína, o sistema biliar e o metabolismo de drogas. Todas foram confirmadas. Eles também observaram a presença de substâncias químicas que são metabolizadas pelo fígado humano, mas não por um camundongo.

Por fim, foi induzida a falha do próprio fígado do animal, e o broto transplantado foi capaz de desempenhar funções suficientes para aumentar sua sobrevivência.

Para o biólogo brasileiro Stevens Rehen, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e um dos poucos pesquisadores brasileiros que trabalham com iPS, o maior avanço da pesquisa foi ter conseguido provar que é possível criar órgãos funcionais - uma esperança para as filas de pacientes críticos que precisam de transplante.

"A sacada deles foi se valer do que a natureza ensinou para mimetizar a organogênese. E a ideia de transplantar um broto, e não o órgão já pronto, também foi muito boa, porque favorece que a construção do fígado já seja mais adaptada ao organismo", diz o pesquisador.

Em coletiva à imprensa, os pesquisadores disseram que já estão tentando aplicar essa técnica para a formação de pâncreas, e que ela poderia ser usada também com rim e pulmão. Eles estimam que pode ser possível iniciar testes clínicos em humanos em 10 anos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ícone do rock Lou Reed está se recuperando depois de um transplante de fígado feito nos Estados Unidos, de acordo com uma entrevista de sua esposa publicada neste sábado, 1, pelo jornal britânico Times of London. Laurie Anderson disse que Reed estava morrendo antes da operação, feita em uma clínica em Cleveland, Ohio. Ela afirmou ainda que Reed, de 71 anos, ainda não está totalmente recuperado, mas "já está trabalhando". "Estou muito feliz. É uma nova vida para ele."

Anderson, que também é música e artista performática, elogiou a estrutura do hospital de Cleveland, um dos principais centros de transplante dos EUA, e disse que os hospitais do cidade natal do casal, Nova York, eram "inadequados".

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Lou Reed é um dos fundadores do influente grupo de rock dos anos 1960 The Velvet Underground e também teve uma bem-sucedida carreira solo. As informações são da Associated Press.

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