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A Presidência da República sancionou a Lei 14.151, que garante regime de teletrabalho às trabalhadoras gestantes durante a pandemia de Covid-19. A norma foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (13).

O texto estabelece ainda que a substituição do trabalho presencial pelo remoto, para a trabalhadora gestante, deverá ocorrer sem redução de salário.

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A lei é originada do PL 3.932/2020, de autoria da deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB-AC) e relatado no Senado pela senadora Nilda Gondim (MDB-PB). Durante a discussão da matéria no Senado, Nilda Gondim argumentou que o avanço da pandemia no país, com ampliação considerável do número de vítimas e de ocupação de UTIs hospitalares, levou à necessidade de se pensar em uma alternativa para reduzir os riscos à gestante e ao feto.

A senadora ressaltou que atualmente o maior risco laboral para o trabalhador é a contaminação por Covid-19, e o risco de complicações é ainda maior para as empregadas gestantes.

"A trabalhadora na referida condição, além de necessitar de cuidados especiais para a preservação de sua saúde, tem que adotar todas as medidas possíveis para a proteção da vida que carrega. Não pode, em um momento como o ora vivenciado no país, ficar exposta a esse terrível vírus, que pode ceifar a sua vida, a de seu filho, bem como arrasar o seu núcleo familiar", justificou Nilda.

*Da Agência Senado

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu nota no final da noite desta segunda-feira (10) recomendando a suspensão imediata do uso da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford em gestantes. No Brasil, o imunizante é produzido pela Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz).

De acordo com a agência reguladora, a orientação é resultado do monitoramento de efeitos adversos da vacina. "A orientação da Anvisa é que a indicação da bula da vacina AstraZeneca seja seguida pelo Programa Nacional de Imunização (PNI)", diz a nota enviada à imprensa. A atual bula do imunizante não recomenda a aplicação em grávidas sem orientação médica individual.

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O Senado aprovou, nessa terça-feira (27), uma proposta da Câmara dos Deputados que autoriza a prorrogação da validade de prescrições médicas e de pedidos de exames complementares de diagnóstico para grávidas e mulheres no puerpério. A votação foi simbólica. O PL 2.442/2020 segue agora para sanção do presidente da República.

A proposta, de autoria dos deputados federais Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Rodrigo Coelho (PSB-SC), Alexandre Padilha (PT-SP) e Dr. Zacharias Calil (DEM-GO), foi aprovada na Câmara em março. No Senado, a relatoria da proposta coube à senadora Rose de Freitas (MDB-ES). Ela recomendou a aprovação do projeto e acolheu emendas de redação dos senadores Izalci Lucas (PSDB-DF) e Rogério Carvalho (PT-SE).

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"De fato, entre os públicos mais vulneráveis durante a pandemia estão as mulheres, notadamente em razão do seu papel de cuidadoras de crianças, idosos e enfermos, mas também pelos maiores riscos de violência doméstica e sexual", disse a relatora.

Meio eletrônico

Pelo texto aprovado, os documentos, a critério do médico, poderão ser válidos durante todo o período da gravidez ou do puerpério em que foram emitidos, podendo ser usados formulários em meio eletrônico. O período chamado de puerpério começa no parto e termina quando o organismo da mulher volta às condições normais.

Atualmente o prazo de validade de pedidos de exames varia segundo definição de cada secretaria de saúde.

Acesso a UTIs 

A proposta aprovada também obriga o sistema de saúde a facilitar o acesso de grávidas e puérperas a cuidados intensivos e a internação em UTI enquanto durar a emergência de saúde pública relacionada à Covid-19.

"Estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Birmingham, no Reino Unido, mostrou que as gestantes com Covid-19 apresentam risco aumentado de desenvolver as formas graves da doença, de serem admitidas em UTI e de necessitarem de alguma forma de ventilação. Nada mais razoável, portanto, que elas tenham acesso facilitado ao necessário suporte clínico caso venham a contrair a enfermidade", acrescentou a relatora.

Pandemia

Para ela, mesmo diante da pandemia por Covid-19, "o cuidado no ciclo gravídico-puerperal não deve sofrer descontinuidade ou interrupção, falha que certamente resultaria em aumento na incidência de complicações". Ela considera ainda que a oferta dos cuidados de saúde da mulher, inclusive o planejamento reprodutivo, também é serviço essencial e deve ser garantido.

De acordo com a senadora, tanto a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) quanto Ministério da Saúde brasileiro recomendam atenção especial a grávidas e mães recentes durante a pandemia.

"É exatamente nesse sentido que aponta a proposição sob exame, ao facilitar a condução dos cuidados pré-natais e puerperais, flexibilizando não apenas o prazo de validade de prescrições e pedidos de exames, mas também a forma como esses documentos podem ser emitidos, ao autorizar a utilização do formato eletrônico", disse Rose de Freitas.

*Da Agência Senado

A atenção à gestante voltou a ser foco nas discussões recentes do Ministério da Saúde, que investiga inserir o público nos grupos prioritários do Plano Nacional de Imunização contra a Covid-19. Já consideradas grupo de risco, gestantes estão mais suscetíveis às infecções sistêmicas e graves, podendo assim comprometer a própria vida e também a vida do feto. Nesta sexta-feira (16), o secretário de Atenção Primária da pasta, Raphael Câmara Medeiros Parente, já anunciou que a nova recomendação da pasta, alinhada com as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS), é de incluir as futuras mães ou pais. Também nos próximos dias, os municípios devem receber R$ 247 milhões para prevenir a disseminação da Covid-19 entre gestantes.

Enquanto a vacina não chega para todos, o cuidado segue fazendo parte da rotina daqueles que precisam atenção redobrada à saúde, seja porque realizam atividades fora de casa ou porque convivem com quem vai e volta diariamente da rua. Para o obstetra pernambucano André Buarque Lemos, entrevistado nesta reportagem, o sentimento não é somente forte entre gestantes, como tem se intensificado de forma geral, por um efeito da segunda onda de casos, “pois há mais informações do que há um ano, mas há também mais óbitos e poucas vacinas”.

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Em Pernambuco, os casos de Covid-19 entre gestantes seguem na casa inferior a 1%, diferente de outros estados como o Rio Grande do Sul e Minas Gerais, onde as infecções entre grávidas passaram por uma crescente de casos e os destacam que cerca de 10% das gestantes e puérperas com Covid-19 têm casos graves da doença.

Desde janeiro de 2021, o Governo do Estado disponibilizou a Cartilha de recomendações para gestantes e puérperas frente à pandemia da Covid-19, para informar e atualizar o grupo quanto ao contexto pandêmico e sua relação com o acesso, situação e assistência à saúde. Segundo a futura mãe, Eduarda Serafim, 29 anos, grávida de seis meses, as orientações prescritas no protocolo têm sido aplicadas no cotidiano da Saúde, ao menos nas unidades em que precisa visitar para o pré-natal e exames de rotina, no Grande Recife.

“Desde o início estou bem tranquila em relação a isso. Meu maior receio é sobre o dia de parir, de estar no hospital, onde a incidência [das infecções] parece maior. Eu já fiquei sabendo que no hospital onde eu estava imaginando ter a bebê, não estão recebendo grávidas porque lá só recebem pessoas que tenham sintomas da Covid-19 e sintomas relacionados, nenhum outro tipo. O resto é encaminhado ao Hospital da Mulher, que é onde provavelmente eu terei a bebê. Estão acontecendo superlotações por conta disso, mas lá eles estão tomando todas as medidas cabíveis para que tudo flua da melhor maneira. Sempre nas consultas eles nos confortam e nos informam. No hospital de pré-natal, que é perto de onde eu moro também há distanciamento entre as grávidas, a prioridade da consulta e dia específico para comparecimento. Isso me conforta muito”, relata Serafim.

Com uma vida ativa, Eduarda é professora de dança e ainda dá aulas presenciais semanalmente, tendo contato com as ruas e ambientes fechados, mas de convivência coletiva. Em casa, além do companheiro, também tem a responsabilidade de cuidar de sua filha mais velha, Fernanda, 8, fazendo o possível para não levar o vírus até dentro de casa. Se aproximando da reta final, Serafim diz que já se isola mais, evita idas ao supermercado e delega as atividades ao marido e aos sogros.

“O medo é existente, demais, principalmente agora, gestante. Até então não peguei, e se peguei, foi assintomático. Mas eu tenho muito medo. Quando eu descobri que estava grávida no meio da pandemia, fiquei desesperada. As pessoas que estão ao meu redor têm essa consciência também, estão tendo esse cuidado. Eu ainda estou trabalhando, de forma presencial e dou aulas de dança, mas tomo todos os cuidados desde sempre, em dobro agora. Agora ando mais isolada do mundo, só saio uma vez na semana para trabalhar. Não pego mais transporte público, mas é porque tenho a sorte de ter carro e moto. No geral, faço agora tudo o que estava fazendo há um ano”, completa, explicando que só se vê mais tranquila porque tem tido um acompanhamento “bacana” dos profissionais de saúde da rede pública, que focam no acompanhamento psicológico de gestantes durante a pandemia.

Covid-19 pode trazer complicações antes e no pós-parto

Assim como a gestante recifense, a potiguar Tatiane Lourenço, 24 anos, também passou por uma gravidez sossegada, mas foi pega de surpresa a menos de duas semanas do seu trabalho de parto, quando testou positivo para a Covid-19. A publicitária está trabalhando em regime home-office desde o início da pandemia e vivia em Vera Cruz-RN, sua cidade natal, até se mudar para o Recife em junho do ano passado. Dias após chegar à capital pernambucana, se descobriu grávida. Apesar de todos os cuidados, Lourenço contraiu a doença e acredita ter sido em algum momento durante as suas frequentes idas ao Rio Grande do Norte, onde realizava o pré-natal.

“Escolhi fazer assim porque como o bebê ia nascer lá, toda a minha rede de apoio está lá [no RN]. Passamos oito meses nos cuidando, eu e meu companheiro, sem Covid. Peguei a doença já no nono mês. A gente achava que estava indo tudo bem, até que no nono mês eu fui pro Rio Grande do Norte de vez, porque perto da hora de parir ficamos naquela iminência de que o bebê pode vir a qualquer momento e então comecei a apresentar alguns sintomas como tosse, moleza e coriza, mas não tive dor no corpo, nem febre, só sintomas gripais. Falei para a médica como estava me sentindo e ela disse que era bom fazer o teste. E foi bem num período que estava muito quente e do nada chovia, então a gente pensou até que podia ser uma crise alérgica”, relata a publicitária sobre o começo da sua relação com a doença.

Para ela, o ponto alto do seu período infectada foi quando precisou ser encaminhada a um outro hospital e se separou do filho. Temendo desenvolver um caso de SRAG e uma internação mais longa, diz ter pensado que poderia morrer: “Meu maior medo era ser separada do meu filho. Lembrei do que vemos nos jornais sobre os quadros respiratórios, fiquei com medo de piorar e precisar ser intubada. Entregar o meu filho para a minha mãe e seguir sozinha para o hospital foi cruel”.

Hoje, Tatiane está curada e o seu filho, Arthur, tem pouco mais de um mês de nascido. O bebê nasceu dia 6 de março, quando a mãe ainda estava com 11 dias de sintomas da Covid-19. Apesar do susto, a criança nasceu bem e não contraiu a doença. No entanto, ela não consegue mais amamentar, após ter a lactação interrompida por um processo anêmico grave, piorado pela doença e durante a sua internação, também não teve direito a acompanhante. 

Cuidados

Para alertar sobre os cuidados necessárias que as gestantes devem ter, o LeiaJá convidou o médico e especialista em saúde da família e ginecologia obstetrícia André Buarque Lemos, coordenador do programa Nascer Bem, da rede Hapvida. Lemos também é médico intensivista e trabalha na linha de frente da Covid-19, tendo demandas dos dois grupos — gestantes e pessoas com Covid positivo.

LeiaJá: Qual o protocolo para atendimento de gestantes durante a pandemia? Há demanda com dúvidas e medos relacionados à Covid?

ABL: O cuidado da gestante e da não gestante, de prevenção, é o mesmo: evitar contato com quem teve contato com a doença recentemente, respeitando o período dos quatorze dias de quarentena. O tratamento também vai ser o mesmo da gestante para a não gestante. A dificuldade da gestante é que ela é uma paciente que tem uma imunodepressão pela gestação. Então ela tem uma tendência de o caso ter uma porcentagem um pouco maior de evoluir para casos moderados e graves. Lembrando que a Covid tem um percentual de chance de 85% da população ter sintomas leves. E 15% ali, 10% a 15%, vai ter sintomas moderados a graves. Grave mesmo, na realidade, apenas 5%, e desses, apenas 1% a 2% podem ter chance de risco de morte.

*LeiaJá: Como é que a Covid atua durante uma gestação?

ABL: A gestante é imunodeprimida. A gestação em si causa inflamações no corpo que diminuem o sistema imunológico da mulher, deixando ela mais suscetível a infecções sistêmicas, que é o maior medo dos médicos, se tratando de gestantes que contraem Covid. Por isso, nós obstetras também temos medo de uma infecção urinária ou de uma infecção vaginosa se tornar uma infecção maior. Porém, na prática médica, a gente não observa essa grande quantidade de gestantes graves e óbitos de gestantes [por Covid]. A gente não tem um número tão expressivo, seguindo mais ou menos a lógica que a gente tem visto no normal, com apenas 1%, menos de 1%, 0.5%, 0.3%, de óbitos entre as gestantes. Realmente é um grupo de risco, mas elas estão seguindo os grupos [de vacinação] conforme as comorbidades. Elas não estão pulando na frente de idosos e jovens; estão seguindo o critério.

*LeiaJá: Quais os perigos para a saúde do feto e da criança, durante a recepção do corpo ao vírus?

ABL: O grande risco de a mulher [gestante] pegar Covid é essa infecção se tornar uma infecção sistêmica. E o corpo, durante a infecção, vai querer se proteger, vai querer viver. A primeira forma de ele querer viver é querer expulsar esse feto e ser iniciado um trabalho de parto prematuro, levando, assim, ao aborto ou a uma perda fetal. Um exemplo muito conhecido disso aqui no Brasil foi o caso da esposa de Alok (DJ), cuja Covid evoluiu para um caso tão grave que acabou com o corpo tendo que expulsar a criança. Como ela já tinha trinta e três semanas gestacionais, a criança era uma com viabilidade e sobreviveu. A gente ainda não tem estudos que relatem se a imunidade da mãe passa pra criança; ainda não tem nada em relação a isso. Sobre a transmissão [da doença] da mãe para o feto, não passa, muito pelo contrário. O que a  gente observa é que em RNs e em crianças, a doença não desenvolve. Muito se coloca devido à hemoglobina, porque a hemoglobina das crianças é fetal, então ela, com o passar do tempo, vai se transformando em hemoglobina normal, que é a que tem os adultos.

*LeiaJá: Sabemos que os estudos sobre a reação dos imunizantes da Covid em gestantes ainda caminham de forma um pouco mais lenta que os demais. Qual a orientação médica quanto à imunização desse público?

ABL: A recomendação é tomar a vacina. A gente sabe que a nossa realidade é a seguinte: a gente não tem ainda números que deem relatos de que tomar ou não tomar a vacina pode causar algum problema para a restante, mas a gente sabe que uma gestante com Covid é preocupante e ainda há dificuldade no acesso à vacina por parte da população. Independente de qual seja a vacina, a gestante ou lactante podendo tomar, deve tomar. Tanto para sua segurança, quanto para a segurança do seu lar. Então essa celeuma de possíveis contra indicações ainda não tem números, ainda não tem dados, pra gente em nenhuma hipótese alarmar ou criar esse pânico para a população. Então, acho que a corrente é incentivar e, a partir daí, com a população vacinada é que infelizmente a gente deve conseguir dados. A gente sabe que é uma pandemia, sobre a vacina foram feitos estudos, mas a gente não sabe realmente as reações mas a gente sabe de fato que as gestantes, principalmente que pegarem no segundo ou terceiro trimestre, podem ter maiores chances abortivas e aí sim o perigo ser maior para a criança e para a vida dessa mãe.

*LEIAJÁ: O que pode ser feito para proteger o bebê depois que nasce?

ABL: O que se sabe é que o aleitamento materno traz anticorpos pra criança de forma geral. Então a criança bem amamentada vai pegando esses anticorpos e vai estar forte pra qualquer infecção. E mais uma vez: a gente não tem visto COVID como problema pra RN, neonatos, e ainda um problema pediátrico. 

 

 

Tramita na Câmara dos Deputados um projeto de lei (PL 155/21) que duplica a pena para o crime de tortura quando a vítima for criança, gestante, pessoa com deficiência, adolescente ou maior de 60 anos. A proposta é do deputado Diego Garcia (Pode-PR) e altera a Lei dos Crimes de Tortura.

A lei prevê hoje reclusão de 2 a 8 anos para os condenados por tortura. A pena é aumentada de um sexto a um terço se a vítima for criança, gestante, pessoa com deficiência, adolescente ou idoso. Para o deputado, a punição atual é branda e deve ser aumentada.

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Ele decidiu apresentar o projeto após tomar conhecimento do caso da criança de 11 anos que era mantida acorrentada pelo pai em um barril de metal, passando sede e fome. O caso aconteceu em Campinas (SP) e ganhou repercussão nacional.

“A nossa proposta reconhece a necessidade de punir justa e proporcionalmente os agentes do crime de tortura praticada contra crianças e adolescentes”, disse Garcia.

*Da Agência Câmara de Notícias

Um centro de partos humanizados vai fazer parte do Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam), no bairro da Encruzilhada, Zona Norte do Recife. De acordo com o anúncio feito pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) nessa segunda-feira (23), as obras devem ser iniciadas ainda na primeira metade de 2021.

O plano é que o local possua 870m², com um pavimento, e ofereça cinco leitos, um deles com hidromassagem, para auxiliar as parturientes. O edital para contratar a empresa responsável pelo projeto já foi autorizado e a expectativa é que o novo dispositivo seja entregue em 18 meses, após iniciada a intervenção. “A redução da mortalidade materna é uma necessidade para a sociedade”, disse o secretário de saúde, André Longo.

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A ampliação repercute na capacidade de atendimento da unidade, que almeja realizar 250 partos mensais com o anexo. O Governo de Pernambuco ainda ressalta que as obras também vão permitir a introdução de 10 leitos na enfermaria da maternidade.

“Com a ação, vamos diminuir o número de mortes e melhorar a satisfação das parturientes, dando mais qualidade aos atendimentos e aos serviços prestados”, avaliou o diretor do Cisam, Olímpio Barbosa.

Na visão da coordenadora de enfermagem, Benita Spinelli, "além de ganharmos um novo espaço, ainda teremos a vantagem da prática que os enfermeiros graduados em obstetrícia poderão exercer o ofício, considerando se tratar de um hospital que também é escola”, lembrou.

A Fifa anunciou nesta quinta-feira (19) que vai proteger melhor as jogadoras grávidas e impor aos seus 211 países-membros uma licença-maternidade de "pelo menos 14 semanas", a partir do próximo ano, bem como a proibição de demiti-las.

"Queremos ver mais mulheres jogando futebol e, ao mesmo tempo, terem uma família", disse Sarai Bareman, chefe do futebol feminino da Fifa, a vários jornalistas após uma reunião do comitê.

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A Fifa explicou que vai propor em seu conselho de dezembro uma série de medidas que serão aplicadas imediatamente em suas 211 federações, que no momento oferecem um quadro desigual de acordo com as leis e práticas locais.

A entidade com sede em Zurique não sabia dos "graves problemas" até agora, segundo seu diretor jurídico Emilio García, mas quer "antecipá-los" no momento em que o futebol feminino acelera sua profissionalização.

Os clubes que jogam internacionalmente, portanto sob a jurisdição da Fifa, devem propor uma licença-maternidade de "pelo menos 14 semanas, das quais oito serão após o nascimento", remuneradas "em pelo menos dois terços de seu salário contratual".

Durante este período, os clubes poderão contratar uma jogador para substituir a grávida, ainda que fora do período de transferência, com possibilidade de integração a longo prazo, se ambas as partes concordarem.

É proibido "questionar a validade dos seus contratos pelo fato de as jogadoras engravidarem". Em caso de demissão por este motivo, o clube será sancionado econômica e esportivamente.

Após a licença-maternidade, os clubes deverão "reintegrar as jogadoras e lhes fornecer suporte médico e físico adequado", disse García.

A jogadora poderá "amamentar, ou tirar o leite", em "locais adaptados" pelo seu clube.

Jogadoras profissionais que continuam suas carreiras após a gravidez não costumam ter o mesmo sucesso, com exceção de estrelas americanas como Amy Rodríguez, Sydney Leroux ou a artilheira Alex Morgan, que busca participar dos Jogos de Tóquio em 2021 após o parto de uma menina em maio.

A Fifa quer viabilizar a possibilidade de ter filhos em um momento crucial do futebol feminino, quando ganhou intensidade física e profissionalismo, após o boom planetário que foi a Copa do Mundo da França 2019.

"Tive de recuperar minha saúde de A a Z. Meus músculos derreteram literalmente e ganhei 15 quilos", reconheceu a bicampeã olímpica Amy Rodríguez, mãe de dois filhos, no site da Fifa.

A atacante do Utah Royals, protegida por seu contrato, está entre as poucas jogadoras que conseguiram igualar seu nível.

O desenvolvimento do esporte feminino de alto nível e as aspirações por igualdade profissional estão levando as autoridades a abordarem a questão, como fez a União Ciclista Internacional (UCI) em 2019.

Essa instituição estabeleceu um seguro-maternidade para a prova de rota a contar a partir de 2020, além de um salário mínimo que será igual a partir de 2023 ao das equipes masculinas.

A questão dos patrocinadores permanece. Em maio de 2019, a rainha da velocidade Allyson Felix criticou duramente a redução de seus prêmios imposta pela Nike durante a gravidez, em um artigo de opinião publicado no jornal "The New York Times", o que levou a marca a mudar seus critérios.

A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco informou nesta quarta (28) que os registros da coqueluche, doença que atinge, principalmente, crianças com menos de um ano de idade, apresentaram aumento de 27% no estado em 2019 em comparação com 2018. A doença é infecciosa e compromete o sistema respiratório, e a única forma de estimular a imunidade contra a enfermidade é a vacina.

Em 2018, foram registradas 405 ocorrências da doença, e 517 em 2019. Do total de casos em 2019, 276 ocorreram em bebês menores de um ano, o que corresponde a 53% das confirmações. Crianças entre 1 e 4 anos de idade formam a segunda faixa etária mais acometida pela doença, com 118 confirmações.

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Analiria Pimentel, médica infectologista do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), comenta que, sobretudo durante a pandemia, a população tem apresentado um receio maior em levar as crianças à vacinação, mas reafirma que manter o calendário vacinal em dia não é somente importante, como uma obrigação.

"A imunidade adquirida pela doença por meio da vacina é duradoura, mas não é permanente. Assim, crianças maiores, jovens e adolescentes, além dos adultos, também podem adoecer e transmitir a doença para crianças menores de um ano, que desenvolvem a forma mais grave, por isso a importância de garantir as doses para evitar o adoecimento do público infantil, sempre mais vulnerável. Infelizmente, é uma doença grave que acomete os pequenos de forma mais intensa", afirma a especialista.  

A imunização disponível é a pentavalente, que protege contra difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenzae do tipo b e hepatite B. Ela deve ser feita em três doses, aos dois, quatro e seis meses de vida.

O primeiro reforço, aos 15 meses de vida, ocorre com a vacina tríplice bacteriana (DTP), que protege contra difteria, tétano e coqueluche. O segundo reforço deve ser feito aos quatro anos de idade, para que se complete a imunização.

Gestantes também podem se vacinar. A imunização é gratuita e está disponível nos postos de saúde. É recomendada a cada gestação, a administração de uma dose de dTpa (difteria, tétano e coqueluche acelular), a partir da 20ª semana de gestação.

As autoridades informam que é preciso estar atento aos sintomas nos primeiros anos de vida. Eles se apresentam em três fases sucessivas, com manifestações respiratórias do tipo leve nas primeiras duas semanas. Os efeitos podem chegar à congestão nasal, crises de tosse súbita, estado febril, náusea e pele azulada.

Segundo informações do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), na edição de 2020, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) realizará 47.847 atendimentos especializados a pessoas com deficiência, gestantes, lactantes, idosos e estudantes em classe hospitalar, entre outras condições específicas. 

Ao todo, o Instituto recebeu cerca de 55 mil solicitações de atendimento para o Enem Impresso, marcada para 17 e 24 de janeiro de 2021, uma vez que não há atendimento na versão digital, em 31 de janeiro e 7 de fevereiro. O Inep também aprovou 508 pedidos para utilização do nome social para participantes trans, mas o número total de solicitações não foi divulgado. Confira os recursos disponíveis em cada tipo de atendimento especializado:

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Gestantes e idosos: possibilidade de escolha de recursos de acessibilidade, no momento da inscrição, como sala de fácil acesso e apoio para pernas e pés. 

Lactantes: tempo adicional de 60 minutos por dia para participantes lactantes que informaram a condição no sistema de inscrição e levarem o lactente (bebê) e o acompanhante no dia da aplicação. A lactante que não levar o bebê fará prova em sala extra, sem o tempo adicional. A participante lactante deverá anexar a certidão de nascimento do lactente, com idade inferior ou igual a 1 ano, no último dia de aplicação do exame.

Estudante em situação de classe hospitalar: poderá fazer as provas no hospital o participante que estiver internado, desde que esteja recebendo escolarização; que exista disponibilidade de instalações adequadas para aplicação do exame e que tenha informado a condição no sistema de inscrição, conforme previsto em edital.

Cegueira: prova em braile, ledor, transcritor e sala de fácil acesso. Assim como os participantes com baixa visão, o deficiente visual também pode ter o auxílio de materiais próprios. São eles: máquina Perkins, punção, reglete, assinador, tábuas de apoio, sorobã e cubaritmo – instrumentos que auxiliam na escrita e em cálculos para pessoas cegas. Também é possível fazer a prova acompanhado de cão-guia.

Surdocegueira: haverá três guias-intérpretes para atendimento ao participante surdocego, prova em braile, transcritor e sala de fácil acesso.

Deficiência auditiva e surdez: tempo adicional de 120 minutos por dia de prova, tradutor-intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras), leitura labial e vídeo prova em Libras. 

Autismo, discalculia, déficit de atenção e dislexia: ledor, transcritor e tempo adicional de 60 minutos por dia de prova.

Deficiência intelectual: ledor, transcritor e sala de fácil acesso.

Deficiência física: transcritor, sala de fácil acesso e mobiliário adaptado (mesa e cadeira sem braços e mesa para cadeira de rodas).

Travesti/transexual: quem não solicitou ou teve sua solicitação pelo nome social indeferida poderá escolher o banheiro que deseja utilizar no dia da aplicação.

*Com informações do Inep

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Mulheres grávidas e infectadas com a COVID-19 podem transmitir o vírus para seus bebês, de acordo com as "provas sólidas" apresentadas nesta quinta-feira (9) por um grupo de pesquisadores.

Desde o início da pandemia, foram detectados apenas casos isolados de bebês infectados com coronavírus.

Os pesquisadores analisaram casos de 31 mulheres internadas devido ao SARS-CoV-2 e detectaram a presença do vírus em uma placenta, no cordão umbilical de várias mulheres, na vagina de uma mulher e no leite materno.

Identificaram também os anticorpos específicos da COVID-19 nos cordões umbilicais de várias mulheres, assim como em amostras de leite.

Claudio Fenizia, da Universidade de Milão e autor principal do estudo, declarou que os resultados "sugerem em grande medida" que a transmissão no útero é possível, embora seja "muito cedo para avaliar o risco e as possíveis consequências".

Nenhum dos bebês nascidos durante o período de estudo deu positivo à COVID-19, afirmou o pesquisador.

Todas as mulheres participantes estavam no terceiro trimestre de gravidez, segundo Fenizia, que pediu à comunidade científica que considere este assunto como "urgente" e aprofunde sua pesquisa.

Divididas entre a expectativa para nascimento dos filhos e o medo em meio às incertezas da Covid-19, gestantes e profissionais de obstetrícia da Região Metropolitana do Recife (RMR) sofrem com uma rotina de pressão e com limitações para manter o pré-natal em contexto de isolamento. O risco de contaminação degrada o fator psicológico das parturientes, no entanto, os atendimentos e partos seguem normalmente, segundo secretarias de saúde.

"O último exame que fiz foi logo no começo da quarentena", lembra a microempreendedora Cybele Campos. Com 28 semanas de gestação, ela aguarda o nascimento da segunda filha e admite a tensão vivida nesta gravidez. "Tô morrendo de medo. Só rezando para passar daqui para setembro, [...] a pessoa fica em casa procurando fazer várias coisas, porque se não a pessoa é capaz de se entregar", lamenta.

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Embora seja acompanhada pela rede particular, Cybele prefere evitar deslocamentos e, para isso, mantém contato com o obstetra mesmo à distância. "Tudo que eu posso, pergunto a ele por ligação mesmo. Prefiro ligar", pontua. Em um momento em que é necessário redobrar a atenção para que todas as recomendações sejam cumpridas, a primeira medida tomada por ela foi escolher uma unidade que não recebesse pacientes da Covid-19.

Agora, o objetivo é continuar em casa e evitar contato com pessoas até o dia do parto. "Não sei se ela vai ter que usar aquelas viseirinhas assim que nascer, mas espero que passe dois dias só no hospital e tome o maior cuidado possível. Álcool em gel, luva, máscara e tudo direitinho[...] a pessoa tem que seguir as regras para tentar amenizar", recomenda.

A obstetra Flávia Gusmão reforça que as mães realmente estão sendo afetadas psicologicamente pelo medo da Covid-19. Muito desse temor é resultado da morte de grávidas com comorbidades, que contraíram a doença. "Outra [gestante] era para fazer o tratamento, fugiu do hospital porque não quis ficar lá e voltou gravíssima, e morreu no mesmo dia", conta.

Ela ainda acrescenta que tal condição reverbera e também é sentida pelos profissionais da área, sobretudo os envolvidos em gestações de alto risco. "O estresse emocional é muito maior. Porque os tempos tão muito difíceis, a gente fica sem saber se vai pegar a doença, fica vendo colega adoecendo e morrendo", relata.

Gusmão estipula que nos próximos meses pode haver uma queda no índice de natalidade da região, tendo em vista que muitas mulheres adiaram o sonho de engravidar durante a pandemia. "A minha recomendação é dar um tempo [de tentar engravidar]. A gente só vai poder dar segurança quando houver uma vacina", avalia a profissional.

Ainda que acredite na possibilidade de uma segunda onda de surto, a médica prega cautela e bom senso. Mesmo assim, aprovou o retorno dos atendimentos e consultas médicas em Pernambuco, no último dia 10, tendo em vista a necessidade de outros tratamentos e enfermos. "Eu tenho pacientes que estão tendo hemorragia por causa de mioma e não conseguiram se operar. Hemorragia mesmo de sangrar por 10, 15 dias e não puderam se operar porque tudo é só Covid", disparou.

Rafael Bandeira/LeiaJáImagens/Arquivo

O LeiaJá solicitou informações e registros das principais secretarias de saúde da RMR. A secretaria do Recife informou que entre 12 de março e 26 de maio realizou 3.500 partos agendados nas maternidades Arnaldo Marques, no Ibura; Bandeira Filho, em Afogados; e Barros Lima, em Casa Amarela. As consultas do pré-natal são realizadas normalmente, em 130 unidades de Atenção Primária à Saúde, que não recebem pacientes da Covid-19. Maternidades próximas aos hospitais de campanha, como o Hospital da Mulher do Recife (HMR), no Curado, há uma divisão de setores e isolamento para infectados.

Em Olinda, a rede com 57 equipes de Atenção Básica manteve os atendimentos às gestantes com risco habitual. A unidade destinada para a classificação foi o Hospital Tricentenário, em Bairro Novo. Já as mães classificadas como alto risco tiveram à disposição nove policlínicas para o acompanhamento pré-natal e foram assistidas pela rede estadual. Entre março e abril o município contabilizou 679 partos, informa o comunicado.

Jaboatão dos Guararapes somou 714 partos no Hospital Memorial Guararapes e no Hospital Jaboatão Prazeres, entre fevereiro e março, garante a secretaria de Saúde. O atendimento pré-natal está mantido em todas as Unidades de Saúde da Família, no Centro de Referência em Saúde da Mulher e na Rede Conveniada (Humanize).

O mundo enfrenta a pandemia de coronavírus, que faz com que as preocupações e prioridades sejam repensadas, principalmente no caso das gestantes. A autônoma Heloisa Franco, 21 anos, espera sua primeira filha e diz que ficar em casa é o melhor a ser praticado. "Tenho saído apenas para compromissos com o médico. Fazer pré-natal e exames de rotina em época de pandemia, é complicado", conta. "Tenho tomado todas as medidas preventivas indicadas pela OMS [Organização Mundial da Saúde] e pelo consultório e laboratório que frequento, como o uso obrigatório de máscara, ir a consulta sem acompanhante para evitar aglomerações, por menores que sejam", complementa.

Heloisa está preocupada com o risco de contágio na hora do parto. Porém, a obstetra e ginecologista Rachel de Sá, profissional da clínica Alba, do Rio de Janeiro, explica que a maioria dos estudos não demonstrou a presença da Covid-19 no sangue do cordão umbilical, independente da via de parto. "É orientado aguardar de um a três minutos para o clampeamento [rompimento do cordão com a placenta], uma vez que não haveria maior risco de transmissão vertical, diante aos dados e estudos atuais", diz. 

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Na sala de parto e consultório, a medida deve ser ainda mais rígida. "Na emergência dos hospitais, toda gestante e seu acompanhante devem ser triados para casos suspeitos ou confirmados de Covid-19 logo no início do atendimento e devem usar a máscara cirúrgica, como recomendado pela OMS", explica Rachel.

A médica explica que é preciso diminuir ao máximo o trânsito hospitalar. Porém, a presença de acompanhantes será permitida conforme as regras do hospital. É recomendado no máximo um acompanhante por paciente, durante toda internação, com idade entre 18 e 59 anos e que não tenha sintomas gripais, nem contato com indivíduos que tenham apresentado sintomas nos 14 dias que antecedem a internação.

 

Um grupo voluntário de enfermeiras obstétricas estão orientando gestantes do Recife sobre o trabalho de parto. A iniciativa tem o objetivo de fazer com que as mulheres grávidas continuem em quarentena devido a pandemia provocada pelo novo coronavírus.

O atendimento é realizado através do grupo ‘Fale com a Parteira’, no Whatsapp, onde as gestantes podem iniciar o atendimento dizendo “preciso de informação”, em seguida o profissional escalado irá responder no contato privado, e assim que  as dúvidas são esclarecidas, o atendimento é encerrado. 

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Os profissionais voluntários ficam à disposição durante 24h por dia, através de uma escala e  identificam o tempo das contrações, intervalo, movimento do bebê, se a bolsa rompeu, a cor do líquido e sinais de risco

Além disso, o grupo de enfermeiros esclarece que também estão disponíveis para tirar dúvidas relacionadas ao novo coronavírus, para que a população possa se informar se é o momento de procurar uma emergência. Os profissionais ainda reforçam que a iniciativa busca contribuir com a melhoria do fluxo de atendimento nos hospitais, já que haverá maior demanda nas triagens de maternidade em função da covid-19, diante disso, o grupo se configura como apoio virtual e portanto, deixa claro que se trata de um suporte apenas com orientações.

O Grande Recife Consórcio de Transportes anunciou que todos os assentos dos ônibus da Região Metropolitana do Recife passaram a ser preferenciais. A medida começou a valer a partir dessa terça feira (11).

A mudança beneficia idosos acima de 60 anos, gestantes, mulheres com crianças de colo e pessoas com necessidades especiais e já entrou em vigor com publicação no Diário Oficial do Estado.

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De acordo com a resolução, a medida será fiscalizada e terá divulgação realizada em todos os veículos em até 30 dias.

A atividade física tem se tornado uma prática de muitos brasileiros, seja uma caminhada diária ou horas na academia malhando ou praticando crossfit. Porém, é importante ressaltar que todo exercício físico precisar ter um acompanhamento de um profissional da saúde e de um educador físico. O mesmo acontece entre as gestantes e as puérperas, que são mulheres que tiveram parto recentemente.

Segundo o ginecologista e obstetra Alexandre Chieppe, de modo geral, as atividades físicas são recomendadas, sempre levando em consideração a saúde da mulher e o histórico da saúde. “É indicado que as grávidas e puérperas façam em média 150 minutos de atividade física por semana em intensidade moderada. Os estudos mostram que atividades dentro d’água são mais benéficas para este público”, explica.

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Durante a prática de exercícios físicos, as mulheres precisam ficar atentas aos sinais que o corpo manifesta, como dores articulares, falta de ar e cansaço extremo. No ponto de vista do professor do curso de Educação Física da UNG Edilson Tresca, manter-se fisicamente ativa durante a gravidez é uma preocupação muito saudável, tanto para mãe quanto para o bebê. “A rotina de práticas de atividades físicas é também importante antes da mulher se tornar gestante, o que facilita o benefício de se exercitar durante a gestação”.

Entre as mulheres atletas, durante a gestação o ideal é seguir com as atividades enquanto não houver nenhum desconforto, mas nunca fazer exercícios de maneira mais intensa do que já está acostumada. “As mulheres que passam pela cirurgia de cesária, o tempo para voltar a se exercitar pode variar entre 30 e 90 dias, depende da recuperação”, afirma o ginecologista obstetra.

De acordo com o professor de educação física, o médico ginecologista precisar liberar a paciente para fazer os exercícios físicos. “Mulheres que já tinham uma rotina de treinamento antes da gestação possuem mais facilidade para se exercitar neste período. Mesmo assim, é indicado reduzir a exigência dos exercícios em cerca de 30% no início, como prevenção de complicações e, conforme o avanço da gestação, a exigência do exercício deve diminuir”, orienta Tresca.  

Atividades como caminhadas, ciclismo, ginástica, natação e hidroginástica são as mais indicadas para as gestantes e puérperas. A musculação também é uma alternativa, mas devem ser evitadas as séries com cargas elevadas. “Pilates e alongamento são atividades que promovem o relaxamento, mas não pode exagerar na amplitude pois, devido à ação dos hormônios, as articulações das gestantes ficam mais instáveis”, finaliza Tresca.

 

Para frear o surto de sarampo que atinge o Brasil - um óbito e cerca de 2.331 casos foram confirmados - o Ministério da Saúde reforça a prevenção através da imunização pela tríplice viral. Entretanto, há casos que a vacinação é contraindicada. O infectologista Danilo Silvino explicou ao LeiaJá quais grupos sociais devem procurar um médico antes de se prevenir.

A vacina contra o sarampo é produzida com o próprio vírus, de forma atenuada. Por isso, pessoas com a imunidade baixa podem desenvolver complicações. "O vírus existe, mas a capacidade de transmitir a doença é diminuída. Com a baixa imunidade, ele pode ter uma ativação e provocar a doença do sarampo", elucidou o infectologista.

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Arquivo/Agência Brasil

A gravidez geralmente deixa o sistema imunológico mais vulnerável. Desse modo, para proteger a mãe e o bebê, o Ministério da Saúde recomenda que "a mulher que faça planos de engravidar tome todas as doses da vacina antes".

Pacientes transplantados, portadores do vírus HIV e os que fazem certos tipos de tratamento - como a quimioterapia -, bem como pessoas acima dos 50 anos, devem ser avaliados por um médico. Dependendo do caso, Danilo Silvino indica que a prevenção seja feita através da administração da imunoglobulina, que reforça os anticorpos. 

Em Pernambuco, cinco casos foram confirmados, todos entre 16 e 19 anos. Quatro deles realizaram uma excursão para Porto Seguro, entre junho e julho, e tiveram contato com um paciente de São Paulo. A outra confirmação veio do município de Taquaritinga do Norte, no Agreste. Na cidade, também é investigada a relação da morte de um bebê de sete meses com o sarampo.

Em um levantamento concluído na última segunda-feira (3), o Ministério da Saúde avaliou que o público-alvo formado por crianças e gestantes ainda não atingiu a meta de 90% de imunização na Campanha Nacional Contra a Influenza. Até o momento, 76% tomaram a vacina, ou seja, o restante, 3,7 milhões de crianças e 514,5 mil gestantes, ainda não se vacinaram.

A vacina protege contra a gripe e reduz o risco de complicações, internações e mortes relacionadas à doença. O estado de São Paulo é o segundo com a menor taxa de cobertura (73,78%), em primeiro lugar está o Rio de Janeiro com 66,33%.

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Para o reumatologista e responsável técnico do setor de imunização do Cura Previne, Charlles Heldan de Moura Castro, as fake news têm provocado um efeito negativo sobre os programas de vacinação em geral. "A vacina contra a gripe é extremamente segura e está recomendada para pessoas maiores de seis meses de idade. Ela é produzida a partir de vírus da gripe inativado ou de pequenas partículas do vírus inativado. A vacina da gripe não causa a doença. Como qualquer produto com fins médicos, a vacina pode causar alguns efeitos colaterais, os quais são muito leves e transitórios", afirma.

Desde segunda-feira (3), a vacina está disponível para toda a população do país. Porém, os grupos prioritários ainda podem se vacinar até acabarem os estoques das doses. "Todas as estratégias que melhoram a cobertura vacinal nos grupos de risco são importantes para vencer a batalha contra a doença. De forma muito clara, todos os estudos realizados demonstraram que a vacina da gripe é segura, não produz efeitos colaterais graves e reduz de forma significativa o risco de complicações graves da doença", conclui Castro.

O Supremo Tribunal Federal (STF), derrubou nesta quinta-feira (29), o trecho da reforma trabalhista em que dizia que mulheres gestantes ou em fase de amamentação só poderiam deixar de exercer suas atividades de trabalho em locais considerados insalubres se apresentassem atestado médico. Por 10 votos a 1, a entidade julgou inconstitucional o texto da reforma trabalhista aprovada no governo de Michel Temer.

Sendo assim, passa a revigorar o texto antigo da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) no qual protege a gestante ou lactante que deverá ser afastada do setor tido como insalubre, sem a comprovação de atestado médico.

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A Professora de direito Renata Beringuer diz que já era esperada a alteração desse ponto da reforma que gerou muita discussão no passado “A decisão do STF recebe com avanço frente à legislação que nesse ponto estava realmente prejudicando as mães lactantes e gestantes que estavam expostas em situações insalubres”, pontua.

A mudança demorou dois anos para ser realizada. De acordo com a professora, isso se deu devido aos lentos processos dos judiciários, mesmo já sendo discutida antes da aprovação, em 2017. A Procuradoria Geral da União já havia se manifestado contra a prévia recomendação médica para o afastamento de empregadas gestantes ou lactantes de atividades insalubres.

Alteração pode cair na OAB deste ano?

Os estudantes da OAB que será realizada em 30 de junho, não verão a mudança da reforma trabalhista no exame. Segundo Renata Berenguer, com o edital já publicado, questões sobre a recente alteração não corre risco de cair na prova. Mas, que com certeza, para os próximos editais é importante estudar. 

Confira algumas normas para as gestantes da Consolidação das Leis do Trabalho em uma das aulas do Vai Cair na OAB.

 

Começa nesta quarta-feira (10), em todo o país, a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe. Nesta primeira fase, serão priorizadas crianças com idade entre 1 e 6 anos, grávidas em qualquer período gestacional e puérperas (mulheres até 45 dias após o parto). A escolha, de acordo com o Ministério da Saúde, foi feita por causa da maior vulnerabilidade do grupo.

A partir de 22 de abril, todo o público-alvo da campanha poderá receber a dose, incluindo trabalhadores da saúde, povos indígenas, idosos, professores de escolas públicas e privadas, pessoas com comorbidades e outras condições clínicas especiais, jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas, funcionários do sistema prisional e pessoas privadas de liberdade.

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A escolha dos grupos segue recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). A definição, segundo a pasta, também é respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe. A meta é vacinar pelo menos 90% dos grupos elegíveis para vacinação.

A vacina

Em nota, o Ministério da Saúde destacou que, em relação ao ano passado, houve alteração de duas cepas na vacina. Em função da mudança na composição, a pasta considera “imprescindível” que os grupos selecionados, ainda que já tenham sido imunizados anteriormente, recebam a nova dose este ano.

“O Ministério da Saúde não indica a utilização da vacina contra influenza com cepas 2018, pois não tem a mesma composição da vacina de 2019, o que faz com que não seja eficaz para proteção.”

Sintomas e prevenção

A orientação da pasta é que indivíduos que apresentem sintomas de gripe evitem sair de casa durante o período de transmissão da doença (até sete dias após o início dos sintomas), restrinjam o ambiente de trabalho para evitar disseminação, evitem aglomerações e ambientes fechados, procurando manter os ambientes ventilados, e adotem hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.

Para prevenir a doença, o ministério recomenda medidas gerais de proteção, como a constante lavagem das mãos, principalmente antes de consumir algum alimento, e a adoção da etiqueta respiratória, que consiste em espirrar na parte de dentro dos cotovelos e cobrir a boca ao tossir, visando à redução do risco de infecção pelo vírus.

Outra dica importante é não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas. É importante ficar alerta a sinais e sintomas de gravidade para, nesses casos, buscar imediatamente avaliação em uma unidade de saúde.

A partir da próxima quarta-feira (10), aproximadamente 400 mil recifenses poderão procurar uma das 170 unidades de saúde da família (incluindo as Upinhas), unidades básicas tradicionais e policlínicas da Prefeitura do Recife para receber a vacina contra a gripe. A meta do Ministério da Saúde é vacinar pelo menos 90% do público-alvo. A faixa etária das crianças que precisam se vacinar foi ampliada e agora a vacina será para os menores de 6 anos (5 anos, 11 meses e 29 dias).

De acordo com a prefeitura, entre os próximos dias 10 e 17 de abril, das 8h às 17h, serão vacinadas apenas as gestantes e as crianças de 6 meses a menores de 6 anos. Na semana seguinte, serão imunizados os outros grupos prioritários: pessoas com 60 anos de idade ou mais, puérperas (até 45 dias após o parto), trabalhadores da saúde, professores das escolas públicas e privadas, povos indígenas; adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade em cumprimento de medidas socioeducativas; os detentos e os funcionários do sistema prisional; pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais.

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Os profissionais de saúde vão aproveitar o período de campanha para atualizar a Caderneta de Vacinação da população. “Precisamos aproveitar que as pessoas estão nos nossos serviços para melhorar as coberturas vacinais. Vamos aplicar as vacinas contra coqueluche nas grávidas e crianças que precisarem, assim como pretendemos imunizar mais adolescentes contra HPV, por exemplo”, explicou o secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia.

A vacina é contraindicada apenas para pessoas que têm alergia a ovo e para aquelas que apresentaram alguma reação adversa em doses anteriores. Nos casos de doenças febris agudas, moderadas ou graves, é recomendado que a vacinação seja adiada.

Documentação necessária

Parte do público-alvo precisa apresentar documentos que provem a necessidade da vacinação. Profissionais das redes públicas e privadas de educação e de saúde devem levar comprovantes laborais, como crachás ou carteira de trabalho, por exemplo. Mulheres puérperas necessitam de comprovação de que passaram por parto nos últimos 45 dias. Já as pessoas com comorbidade têm de apresentar encaminhamentos médicos justificando a aplicação da vacina.

*Com informações da assessoria

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