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Pernambuco fechou com chave de ouro a seletiva para os Jogos Mundiais Escolares – Gymnasiade 2013, realizada neste final de semana, em Brasília. Pela primeira vez na história, o Estado garantiu a presença de atletas locais na competição internacional, sendo eles o judoca Pedro Braga, medalha de ouro na categoria meio-leve, e a enxadrista Ramyres Coelho, prata no xadrez. A dupla agora tem pouco mais de dois meses para intensificar a preparação visando o Mundial, entre os dias 28 de novembro e 4 de dezembro.

Além de conquistar a vaga para a Gymnasiade, os dois pernambucanos deram uma demonstração clara que é o Interior do Estado tem muitos atletas com qualidade e com um nível técnico diferenciado. Isso porque Pedro Braga é de Canhotinho, no Agreste, e Ramyres de Petrolina, no Sertão.

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Além Pedro e Ramyres, Pernambuco ainda conquistou mais seis medalhas. No judô, Emanuela Posztbiegel ficou com a prata na categoria médio. Ela perdeu a final para a paulista Carolline Gonzales. Outro que também ficou perto foi Giancarlo Correia. Ele perdeu a final do meio-pesado para o também paulista Leonardo Ribeiro. Brenda Lima, na categoria pesado, Leandro Alves, no ligeiro, e Antônio Ricardo, no meio-médio, ficaram com a medalha de bronze.

Atletismo - Victoria Ferreira ficou com a prata nos 800m, assim como Felipe Fomes, nos 400m. Anderson Luiz, Felipe Gomes, Leonardo Nascimento e Rômulo Barboza ficaram com o bronze no revezamento medley.

Com informações da assessoria

O fim de semana esportivo dos brasileiros será movimentado, principalmente nas competições paraolímpicas. Campeões mundiais da natação, atletismo, halterofilismo e esgrima estarão disputando na cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, o Circuito Loterias Caixa. Já em Brasília, atletas do hipismo paraolímpico participam do Campeonato Internacional de Adestramento Paraequestre.

Brasileiros também participam de competições nas seguintes modalidades: judô, rúgbi, tênis, ginástica, canoagem, golfe, handebol, boxe e tênis de mesa.

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Confira a agenda esportiva completa:

Judô
A Supercopa de Caxias do Sul irá levar o judô ao Rio Grande do Sul neste sábado (14.09). A competição é a sétima etapa do circuito estadual da Federação Gaúcha de Judô em 2013 e irá reunir 846 atletas de 31 equipes, recorde na temporada.

Além de outras 27 filiadas do Rio Grande do Sul, a Supercopa de Caxias terá a participação de uma equipe formada por cinco atletas uruguaios, que lutarão na condição de convidados. Paralela às lutas, duas seletivas irão movimentar o torneio: a que formará a seleção gaúcha sênior e outra para definir o time do Rio Grande do Sul no Meeting Infantil e sub-13 de Santa Catarina.

Rúgbi
A cidade de São José dos Campos recebe, a partir deste domingo (15.09), o Campeonato Sul-Americano Juvenil de rúgbi, o Consur A, da categoria M-19. Além do Brasil, a competição contará com representantes da Argentina, Chile e Uruguai. O torneio segue até o dia 21 de setembro e é a principal competição deste ano para os atletas até 19 anos.

Os quatros países participantes se enfrentarão em partidas únicas para definir o ranking sul-americano da categoria e o das equipes que disputarão para o Junior Trophy, em 2015.
 
Tênis de Mesa
Os melhores mesatenistas nacionais e internacionais da nova geração estão no Rio de Janeiro para a disputa do Aberto de Jovens do Brasil, etapa válida pelo Circuito Mundial Juvenil da Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF, na sigla em inglês). A competição segue até o próximo domingo (15.09).

Paraolímpicos
A cidade de Porto Alegre recebe a partir desta sexta-feira (13.09) até o domingo (15.09) o Campeonato Brasileiro de Esgrima em Cadeira de Rodas. Serão 37 esgrimistas que estarão no Centro Estadual de Treinamento Esportivo (CETE) brigando pelo título nacional.

Também em Porto Alegre, começa nesta sexta-feira a 2ª etapa nacional Loterias Caixa de halterofilismo. A competição contará com a participação de 96 atletas de todo o país.  No sábado e domingo (14 e 15.09), terão início as disputas do Circuito Loterias Caixa de atletismo e natação com a presença dos campeões mundiais Alan Fonteles e Terezinha Guilhermina, na pista do clube Sogipa, e Daniel Dias e Andre Brasil, na piscina do Grêmio Náutico União.

Ainda no fim de semana, Brasília receberá a elite do hipismo paraolímpico brasileiro para a disputa do Campeonato Internacional de Adestramento Paraequestre (CPEDI 3*). O torneio, que será disputado a partir desta sexta-feira (13.09) até o domingo (15.09), Brasília Country Club, reunirá 14 atletas brasileiro, além de dois da Argentina e um da Venezuela.

Ginástica
A cidade de Aracaju será palco do Campeonato Brasileiro de Ginástica Artística Juvenil, neste sábado e domingo (14 e 15.09). A competição reunirá jovens talentos da modalidade, entre eles ginastas da seleção brasileira da categoria, como Ângelo Assumpção, Lucas Cardoso, Rebeca Andrade, Flávia Saraiva e Lorrane Oliveira. Além disso, o evento contará com uma atração a mais: a presença de Daniele Hypólito e Letícia Costa, que se preparam para o Campeonato Mundial, de 30 de setembro a 6 de outubro, na Bélgica. Elas estarão na capital sergipana, no Ginásio Constâncio Vieira, para treinamentos e avaliações.

Canoagem
A cidade de Praga, na República Tcheca, recebe até o próximo domingo (15.09) o Campeonato Mundial de Canoagem Slalom. Participam da disputa 367 atletas de 51 países.

O Brasil tem dois canoístas classificados para as semifinais da disputa: Pedro Henrique Gonçalves, no K1 masculino; e Ana Sátila Vieira Vargas, no C1 feminino; disputam a etapa nesta sexta e sábado, respectivamente.

Golfe
Começou nesta quinta-feira (12.09) a etapa final do Circuito Brasileiro de Golfe, principal série de torneios do golfe profissional nacional.  O torneio segue até o próximo sábado (14.09), no Clube de Campo de São Paulo. O campeonato faz parte da Série de Desenvolvimento do PGA Tour Latinoamérica, que dá vagas para o mais importante circuito do continente.

Handebol
As equipes Ipanema (AL) e HCP/Unipe (PB) disputam a fase zonal do Campeonato Brasileiro Feminino de Handebol, que garante a vaga para a competição, em novembro. Os confrontos serão realizados a partir desta sexta-feira (13.09), às 20h, e têm como palco o Ginásio Ronaldo Cunha Lima, em João Pessoa. No sábado (14.09), as equipes voltam a se encontrar, às 14h.

Boxe
O boxeador Cassio Oliveira é o único representantes brasileiro no Mundial de Boxe Cadete, que está sendo disputado em Kiev, na Ucrânia. Na quinta-feira (12.09), o brasileiro venceu o indiano Ashish e alcançou a vaga para a semifinal da disputa, garantindo, no mínimo, a medalha de bronze e se tornando o primeiro brasileiro a subir ao pódio em um Mundial Cadete. As semifinais acontecem neste sábado (15.09), quando o brasileiro enfrenta o russo Ilya Kulikov. As finais acontecem no domingo (15.09).

Tênis
A partir deste sábado (14.09), a cidade de Campinas recebe o Campeonato Internacional de Tênis. A competição é realizada com recursos captados por meio da Lei Federal de Incentivo ao Esporte e segue até o dia 22 de setembro.

 

Com informações da assessoria

O Mundial de Judô realizado durante toda a semana passada, no Rio, recolocou a ordem no ranking mundial. Por conta do desempenho ruim no Maracanãzinho, Victor Penalber perdeu a primeira posição na lista da categoria até 81kg. Da mesma forma, Rafael Silva, prata entre os pesos pesados, deu seu lugar para quem de direito: o francês Teddy Rinner.

As três brasileiras que chegaram ao Mundial como líderes do ranking em suas categorias lá se mantiveram, apesar de não terem sido campeãs no Rio: Sarah Menezes (bronze na até 48kg), Mayra Aguiar (bronze na até 78kg), e Maria Suelen Altheman (prata na +78kg).

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A atualização da lista, feita nesta quarta-feira pela Federação Internacional de Judô (IJF, na sigla em inglês), mostra a campeã mundial Rafaela Silva no segundo lugar do ranking da categoria até 57kg, atrás apenas da francesa Automne Pavia, que ficou sem medalhas no Rio.

Outra vice-líder do ranking é Erika Miranda. Prata na categoria até 52kg no Rio, ela subiu para o segundo lugar da lista, atrás exatamente da sua algoz, Majlinda Kelmendi, do Kosovo.

As demais brasileiras que competiram no Rio aparecem em posições intermediárias: Maria Portela (até 70kg) é nona, Katherine Campos (até 63kg) está em 16ª, Ketleyn Quadros (até 57kg) ocupa a oitava posição enquanto Eleudis Valentim (até 52kg) aparece em 17º.

No masculino o cenário é pior. Felipe Kitadai caiu para o quinto lugar na categoria até 60kg, Luiz Revite é o 14º na até 66kg, Bruno Mendonça aparece apenas como 10º na até 73kg, enquanto Renan Nunes agora é o 11º na até 100kg. Nesta mesma categoria, Luciano Corrêa aparece na 13ª posição.

O único que aproveitou o Mundial para subir no ranking foi Charles Chibana. Quinto colocado no Rio, ele ocupa esta mesma posição na lista da categoria até 66kg, mesmo não tendo nenhum ponto para somar de agosto do ano passado para trás.

Depois de conquistar cinco medalhas no Mundial de Judô, a seleção brasileira feminina está na semifinal do Mundial por Equipes, competição à parte que acontece neste domingo, também no Maracanãzinho. Nesta manhã, as brasileiras venceram seus dois confrontos, diante de Alemanha e França. Agora disputará diante da China um lugar na final. No masculino, os homens foram surpreendidos pela Alemanha logo na estreia.

No Mundial por Equipes, são disputadas cinco categorias, na ordem: leve, meio-médio, médio, meio-pesado e pesado. Diferente do individual, não participam a categoria meio-leve (até 48kg para mulheres e até 60kg para homens) e o peso pesado é reduzido para mais de 70kg no feminino e mais de 90kg no masculino. São cinco lutas e cada uma delas vale um ponto.

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O dia começou no Maracanãzinho com vitória tranquila do Brasil sobre a Alemanha no feminino, por 4 a 1. A primeira a conquistar um ponto para o País foi Erika Miranda, na categoria até 52 kg. Logo em seguida, Rafaela Silva, a dona do único ouro brasileiro neste Mundial, não deu chance para a adversária e, com uma postura bastante agressiva, fez 2 a 0 para o Brasil.

Os outros resultados positivos vieram com Maria Portela nos médios e com a peso pesado Maria Suelen Altheman (prata nas disputas individuais). A única atleta que saiu com saldo negativo foi Ketleyn Quadros, que é da categoria até 57kg, mas lutou entre as meio-médio, de até 63kg.

Depois, diante da França, Eleudis Valentim foi escalada no lugar de Erika Miranda, por decisão tática. A caçula do time aplicou um ippon logo no comecinho da luta, mas a mesa avaliou o vídeo e mudou a decisão para um wazari apenas. Ao fim de cinco minutos, foi o suficiente. Logo em seguida, com Rafaela Silva, a mesma coisa. Duas pontuações foram revistas para baixo, mas mesmo assim ela ganhou.

Mariana Silva entrou como representante do País na categoria até 63kg, a mais deficiente da equipe, e acabou derrotada. Maria Portela caiu na quarta luta e a disputa ficou empatada em 2 a 2.

No confronto decisivo, a equipe brasileira comemorou um ippon de Maria Suelen, quando ela estava atrás no placar, mas novamente a pontuação foi retirada, virando wazari. A pesado brasileira não se desconcentrou, continuou dominante, e colocou o País na semifinal.

HOMENS - No masculino, a esperança era por uma final, até porque a CBJ considerava a chave tranquila. Charles Chibana começou bem, vencendo, mas a derrota da Bruno Mendonça deixou tudo igual. Victor Penalber, que chegou ao Mundial do Rio como líder do ranking categoria até 81 kg, não decepcionou, venceu o adversário alemão e recolocou o Brasil na frente.

Com o machucado Tiago Camilo na torcida, Eduardo Bettoni foi o escolhido para lutar na categoria até 90kg (Eduardo Santos foi quem lutou a chave individual), mas também acabou derrotado.

Na última luta, confronto de gigantes para Rafael Silva, que ficou mais uma vez frente a frente com Andreas Toelzer, eliminado pelo peso pesado brasileiro nas semifinais, no sábado, Baby não conseguiu repetir o feito. Único homem a sair deste Mundial com uma medalha no peito, o brasileiro acabou perdendo para o alemão, colocando fim às chances de o País fechar a competição em casa com um bom resultado no masculino também.

Rafael Silva é o melhor judoca peso pesado deste mundo. Porque Teddy Riner é de "outro mundo". Neste sábado (31), na última luta do Mundial do Rio, o Maracanãzinho lotado viu o confronto mais aguardado da competição, entre o brasileiro e o francês. Mas ainda não foi dessa vez que a zebra apareceu. Aos 24 anos, o maior nome do judô na atualidade conquistou seu sexto título mundial para ficar a um ouro de se tornar o maior da história.

Os números de Riner impressionam. De 2008 para cá, Riner só perdeu uma vez: na final da categoria aberta (para judocas de todos os pesos, não disputada no Rio) no Mundial de Tóquio, em 2010, para um judoca local. O francês contestou tanto a arbitragem caseira que sequer foi buscar a prata.

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Desta vez nem ajuda do árbitro tirou o ouro de Riner, que está a uma conquista de se tornar o líder do quadro histórico de medalhas em Mundiais de Judô. Com seis ouros e uma prata, fica atrás da chinesa Wen Tong e da japonesa Ryoko Tani, ambas com sete de ouro e uma de bronze.

Diante de um judoca de tamanho calibre, Rafael Silva não conseguiu se impor como fez nas outras três lutas que fez neste Mundial. O judoca de 2,03m e 165kg - mas que tem uma dieta rígida, com frutas orgânicas, arroz integral e chocolate 70% cacau - estreou vencendo Iurii Krakovetski, do Quirguistão, por ippon. Na sequência, superou o japonês Ryu Shichinohe, apenas o 26º do ranking mundial, também com o golpe perfeito.

Na semifinal, enfrentou o forte alemão Andreas Toelzer, campeão do Grand Slam de Moscou, bronze no Masters e nos Jogos Olímpicos de Londres/2012, e medalhista de prata nos dois últimos Mundiais. Mas o apoio da torcida falou mais alto, Rafael dominou a gola do rival, conseguiu induzi-lo ao erro e venceu graças a uma punição a mais recebida por Toelzer.

Diante de Riner, não houve o que fazer. O francês, muito mais ágil, dominou a luta desde o começo. Rafael se movimentava pouco e recebeu a primeira punição. Em seguida, Riner conseguiu o golpe para em seguida usar toda sua força para imobilizar o brasileiro no chão.

A medalha, de qualquer forma, é a primeira e única do judô masculino do Brasil neste Mundial. De resto, o País só chegou a uma disputa por medalhas, com Gabriel Chibana terminando no quinto lugar, ainda no segundo dia de competições, pela categoria até 66kg.

Rafael volta a lutar neste domingo, quando acontece a disputa do Mundial por Equipes. A disputa, porém, não entra no quadro de medalhas, encerrado com o Japão à frente, com três medalhas de ouro. A França foi segunda, Cuba terceira, e o Brasil acabou em quarto, com seis medalhas, sendo uma de ouro, três de prata e duas de bronze.

Será de Rafael Silva a responsabilidade de tentar garantir a primeira medalha de um lutador do Brasil nesta edição do Mundial de Judô, que está sendo realizada no Rio - até agora, só as mulheres do País subiram ao pódio no Ginásio do Maracanãzinho. Neste sábado, ele venceu as suas duas lutas na categoria mais de 100kg e avançou às semifinais, que serão realizadas nesta tarde.

Rafael Silva só estreou na segunda rodada no Mundial de Judô. E o brasileiro derrotou Iurii Krakovetski, do Quirguistão, em combate que esteve sempre sob seu controle. O adversário estava em desvantagem, por ter recebido um shidô, e ainda levou um ippon de Rafael Silva com 2min55 de luta, o que garantiu a classificação do brasileiro para a próxima etapa do Mundial.

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Em busca e uma vaga nas semifinais, Rafael Silva encarou o japonês Ryu Shichinohe e voltou a ter sucesso. O brasileiro foi cauteloso durante a luta e a definiu a sua vitória com mais um ippon, com 2min57 de combate. Nas semifinais, nesta tarde, no Maracanãzinho, Rafael Silva terá pela frente o alemão Andreas Toelzer.

Já Luciano Correa não conseguiu alcançar o objetivo de repetir a conquista de 2007 no Rio. O brasileiro até estreou bem no Maracanãzinho, com uma vitória sobre o checo Michal Horak. Com uma postura bastante agressiva, ele avançou para a segunda rodada no Maracanãzinho ao aplicar um ippon com 3min52.

Depois, porém, acabou sendo derrotado pelo francês Cyrille Maret. O brasileiro levou duas punições e, na tentativa de aplicar um golpe que lhe garantisse a vitória, acabou levando um ippon nos instantes finais da luta. Luciano Correa foi imobilizado pelo judoca francês e, assim, encerrou a sua participação no Mundial de Judô.

Não passou da primeira luta a participação de Renan Nunes no Mundial de Judô, que está sendo realizado no Ginásio do Maracanãzinho, no Rio. Neste sábado, o brasileiro perdeu na sua estreia na competição, na categoria até 100kg, para o alemão Dimitri Peters e está eliminado do Mundial.

Neste sábado, Renan Nunes, 11º colocado no ranking mundial na sua categoria, e Peters fizeram uma luta equilibrada. Cada um recebeu uma punição no começo do combate, que foi definido apenas nos instantes finais. O alemão aplicou um yuko a 51 segundos do fim da luta, o que foi suficiente para garantir a sua vitória.

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Renan Nunes culpou o cansaço pela derrota diante de Peters, número 15 do mundo e medalhista de bronze na Olimpíada de Londres. "Comecei a sentir o cansaço a partir da metade da luta. Do outro lado estava um medalhista olímpico", disse o brasileiro, ao SporTV, após participar pela primeira vez de um Mundial de Judô.

Apesar da eliminação de Renan Nunes, o Brasil permanece na disputa no Mundial com três lutadores neste sábado: Luciano Corrêa (até 100kg), Rafael Silva (mais de 100kg) e Maria Suelen Altheman (mais de 78kg).

O Mundial de Judô foi como uma guerra para Mayra Aguiar. A primeira batalha ela perdeu, eliminada nas quartas de final da categoria até 78kg pela holandesa Marhinde Verkerk. Mas, após intervalo de quase três horas entre as duas etapas do dia no Maracanãzinho, a brasileira recarregou os cartuchos e venceu a segunda batalha, conquistando a sua sétima medalha seguida em competições desse nível, a segunda consecutiva de bronze.

"Perder uma luta é muito, muito difícil. Temos que usar essa pausa (na competição, até o começo das finais) para esquecer e entrar numa nova competição. O primeiro tiro foi dado. Mas eu ainda tinha mais munição para conquistar o bronze. Fiquei muito abalada, mas tinha muita gente para me motivar. Tem que ser forte para voltar", comentou Mayra Aguiar, após vencer a canadense Catherine Roberge na disputa pela medalha de bronze.

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De acordo com o técnico dela na Sogipa, Kiko, Mayra Aguiar lutou apenas com 40% do seu potencial, culpa de uma lesão no pulso direita sofrida ainda durante o Masters de Judô, em maior. "Não deu tempo de recuperar bem. Quando você está lesionado, você não se prepara bem. Ela estava com 40% da condição dela", disse o treinador.

Mas, na área de entrevista do Maracanãzinho, Mayra Aguiar não quis apontar a parte física como culpada por não ter conseguido o esperado ouro - era a líder do ranking mundial na sua categoria. "Dor não tem como não sentir. Foi na base da superação. Dor vou sentir sempre. Mas agora vou me recuperar para a disputa por equipes, domingo. Vou fazer o que puder para ajudar", avisou..

Em contrapartida, ela revelou que o problema foi mental. "Pesou um pouco a cabeça. Mas isso não vai mais acontecer", explicou a judoca de apenas 22 anos, sem ir a fundo no problema. Durante a entrevista, porém, falou da pressão da mídia e que todo o atleta tem problemas pessoais.

Depois de subir ao pódio nas três últimas edições do Mundial na categoria adulto (foi também quatro vezes medalhista no Mundial Júnior), Mayra Aguiar ainda não ganhou a tão sonhada medalha de ouro - tem prata em Tóquio/2010 e bronze em Paris/2011. Para ela, isso é só questão de tempo. "Fui com muita vontade, mas não conseguiu sair daqui com o ouro. Mas tem Mundial todo ano. Uma hora vai vir o ouro", disse ela, esperançosa - o próximo é no ano que vem, na Rússia.

Antes, Mayra Aguiar ainda tem a chance de ser campeã mundial por equipes, neste domingo, no Rio. Como a categoria de peso dela (até 78kg) não consta no programa da disputa por equipes, será a reserva de Maria Suelen Altheman e, se a seleção precisar, lutará contra atletas sem limite de peso, muitas vezes mais de 50kg mais pesadas do que ela.

O Mundial de Judô teve nesta sexta-feira, no quinto dia de disputas no Rio, três países diferentes no lugar mais alto do pódio, que ainda não tinham conquistado ouro na competição. Os títulos foram para Colômbia, com Yuri Alvear (até 70kg), Coreia do Norte, com Kyong Sol (até 78kg), e Cuba, com Asley Gonzalez (até 90kg).

Na categoria até 70kg, na qual a brasileira Maria Portela foi eliminada na repescagem e não conseguiu lutar por um lugar no pódio, a colombiana Yuri Alvear conquistou o título mundial ao vencer a alemã Laura Vargas Koch na final. Enquanto isso, a holandesa Kim Polling e a sul-coreana Seongyeon Kim ficaram com a medalha de bronze.

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Na outra disputa feminina do dia, a categoria até 78kg, Mayra Aguiar deu mais uma medalha ao Brasil no Mundial do Rio, ao conseguir o terceiro lugar. Além dela, a francesa Audrey Tcheumeo levou bronze. E na final, vitória da norte-coreana Kyong Sol sobre a holandesa Marhinde Verkerk, que tinha sido algoz da brasileira nas quartas de final.

E na categoria até 90kg, única para homens nesta sexta-feira, na qual o brasileiro Eduardo Santos perdeu logo na estreia do Mundial do Rio, a medalha de ouro terminou com o cubano Asley Gonzalez, que ganhou do georgiano Varlam Liparteliani na final. Neste peso, o bronze ficou com o grego Ilias Iliadis e o russo Kirill Denisov.

Agora, faltando apenas dois dias no Mundial - tem mais três categorias neste sábado e a disputa por equipes no domingo -, o Japão segue na liderança do quadro geral de medalhas, com três de ouro, uma de prata e duas de bronze. A França aparece em segundo lugar, com uma de ouro, duas de prata e três de bronze, seguida de perto pelo Brasil, que tem uma de ouro (Rafaela Silva), uma de prata (Érika Miranda) e duas de bronze (Mayra Aguiar e Sarah Menezes).

O judô brasileiro tem chance de conquistar duas medalhas nesta sexta-feira no Mundial, que está sendo realizado no Ginásio do Maracanãzinho, no Rio, mas nenhuma de ouro. Derrotadas nas quartas de final, Mayra Aguiar e Maria Portela vão disputar a repescagem nesta tarde e garantem o bronze caso conquistem duas vitórias cada.

Líder do ranking mundial na categoria até 78kg, Mayra era favorita a ser campeã no Rio. Ela estreou apenas na segunda rodada do Mundial de Judô. A brasileira encarou a italiana Assunta Galeone e forçou a adversária a receber duas punições. Além disso, Mayra conseguiu aplicar um wazari no final da luta, avançando assim para a etapa seguinte da competição no Rio.

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Em seguida, diante da holandesa Marhinde Verkerk, Mayra começou melhor a luta e viu a adversária levar uma punição. A adversária, porém, se recuperou no combate. A brasileira recebeu duas punições, o que pôs sua oponente em vantagem. Além disso, sofreu um ippon quando faltavam apenas quatro segundos para o encerramento da luta.

Pesou para a eliminação de Mayra a lesão no punho direito sofrida pela brasileira durante o Masters de Judô, vencido por ela, no final de maio, na Rússia. Depois disso, mesmo com a contusão, ela participou de outras competições, mesmo que siga com dificuldades até para fechar a mão.

A expectativa, inclusive, é para que Mayra realize uma cirurgia após o encerramento do Mundial. Com dores e decepcionada com a chance perdida de conquistar a medalha de ouro dentro do próprio País, a brasileira deixou o tatame após a sua luta chorando muito.

Sem conseguir a classificação para as semifinais do Mundial de Judô, Mayra disputará nesta tarde a repescagem, quando tentará igualar o seu desempenho na Olimpíada de Londres, no ano passado, quando faturou o bronze. A brasileira vai enfrentar a ucraniana Viktoriia Turkis. Em caso de triunfo, disputará o bronze.

A situação é a mesma de Maria Portela. Nesta sexta, na categoria até 70kg, a brasileira venceu suas duas primeiras lutas, mas acabou sendo derrotada nas quartas de final. Assim, disputará a repescagem ainda nesta tarde, assim como Mayra na categoria até 78kg.

Oitava colocada no ranking mundial na sua categoria, Maria Portela estreou na sua categoria com vitória sobre a dinamarquesa Emile Sook, com um wazari. Em seguida, a brasileira encarou a casaque Dinara Kudarova, que chegou a aplicar um wazari. Maria Portela, porém, conseguiu um ippon quando faltavam 58 segundos para o final da luta para se garantir nas quartas de final.

Em busca de uma vaga nas semifinais, Maria Portela encarou a sul-coreana Ye-Sul Hwang, mas não teve o mesmo sucesso. Diante de uma lutadora mais alta, a brasileira teve dificuldades para aplicar golpes e perdeu por yuko. Assim, vai disputar a repescagem contra a francesa Lucie Decosse nesta tarde. Em caso de triunfo, lutará pelo bronze da categoria até 70kg.

Durou menos de cinco minutos a participação de Eduardo Santos no Mundial de Judô, que está sendo realizado no Ginásio do Maracanãzinho, no Rio. Nesta sexta-feira, o brasileiro foi eliminado logo na sua luta de estreia na categoria até 81kg ao perder para o sueco Joakim Dvarby.

Eduardo Santos foi convocado para representar o Brasil no Mundial de Judô em razão do afastamento de Tiago Camilo, dono de duas medalhas olímpicas, por causa de uma lesão. Mas o brasileiro, que está em 38º lugar no ranking mundial da sua categoria, caiu logo na sua primeira luta.

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Nesta sexta, Eduardo Santos até começou a luta melhor diante do judoca sueco, apenas o número 69 do mundo, que levou uma punição no início do combate. Depois, a arbitragem voltou a aplicar shido, sendo um para cada lutador. Assim, o brasileiro permaneceu em vantagem.

Com isso, Eduardo Santos preferiu ser cauteloso na parte final da luta, mas foi imobilizado pelo sueco quando faltavam seis segundos para o encerramento. Assim, o brasileiro acabou sendo eliminado no Mundial de Judô, enquanto Dvarby avançou para a segunda rodada.

Apesar da derrota de Eduardo Santos, o Brasil ainda tem duas chances de conquistar medalha no Mundial de Judô nesta sexta-feira, com as participações de Mayra Aguiar (até 78kg) e Maria Portela (até 70kg).

Enquanto a mãe brasileira e a filha israelense se abraçavam e choravam, o pai, nissei, anotava o shido que seria decisivo para a judoca eslovena, que acertou uma cotovelada na sua filha duas horas antes, ganhasse uma medalha de bronze no Mundial de Judô. A história, das mais peculiares, aconteceu nesta quarta-feira, no ginásio do Maracanãzinho, no Rio.

No centro dessa história está Camila Minakawa, paulistana de 23 anos que defendeu a bandeira de Israel no Mundial de Judô. Formada pela Hebraica, clube judaico da capital paulista, ela aceitou o desafio de se afastar dos pais/treinadores para morar em solo israelense e mudar de pátria.

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Seu pai é Edison Minakawa, árbitro do Brasil no Mundial do Rio. "Ele é uma manteiga", conta Camila. Mas, sentado na mesa de arbitragem e vendo as lutas da filha, o sensei de 35 anos de judô não esboça reação. "Não quero misturar as coisas", justifica.

E foi assim praticamente desde sempre. Camila surgiu para o mundo do judô no Mundial Júnior de 2008, em Bangcoc (Tailândia), quando conquistou a medalha de bronze. O que foi um crescimento para ela, foi também para o seu pai, que, em seguida, foi convidado para passar a arbitrar em Mundial de adultos.

Camila defendeu as cores do Brasil até o ano passado. No Grand Slam do Rio, em junho de 2012, ficou com a medalha de prata na categoria até 57kg. Seria sua última luta pelo país em que nasceu. Em março deste ano, mudou-se para Israel.

O interesse dos israelenses era antigo. Desde que, ainda na adolescência, Camila perdeu a final de uma Macabíada (a Olimpíada judaica) para Yarden Gerbi, israelense que nesta quinta-feira vai entrar no tatame do Maracanãzinho como favorita ao título da categoria até 63kg.

"Quando o atual presidente da Federação Israelense de Judô foi eleito, ele veio conversar comigo e disse que a primeira coisa que faria na presidência seria levar a Camila para treinar lá", conta Edison. A possibilidade de naturalização existia porque a mãe dela, Miriam, é judia e morou cinco anos em Israel - neste período, recebeu passaporte do país.

No começo de 2013, Camila tinha 22 anos e poucas perspectivas de disputar os Jogos Olímpicos do Rio pelo Brasil. Na mesma categoria, tinha a concorrência da medalhista olímpica Ketleyn Quadros e da agora campeã mundial Rafaela Silva. Aceitou o desafio de ir morar em Israel e treinar com Gerbi, hoje sua grande amiga e até mesmo professora.

A mudança foi em março. Desde então, pai e filha se falaram pessoalmente em mais uma ocasião apenas, na Macabíada deste ano. Edison foi a Israel como árbitro e Miriam, como técnica da Hebraica. Nem ali o pai pôde torcer para a filha, como costumava fazer sempre - o que leva Camila a dizer que o pai é uma "manteiga".

No Mundial do Rio, ele viu de longe as três primeiras lutas da filha, com vitórias sobre a finlandesa Satu Lehikoinen, a russa Irina Zabludina e a holandesa Juul Franssen. A mãe Miriam, enquanto isso, corria de um lado para outro, gritando, gesticulando: "Vai, Camila, vai, vai".

Nas quartas de final, Camila tinha um wazari de vantagem sobre a eslovena Vlora Bedeti quando levou uma cotovelada na boca. O jeitão de mulher brava deu lugar a uma menina doce, que reclamou o lábio cortado. O episódio desequilibrou a brasileira, que, logo em seguida, sofreu um ippon.

A mãe dela já havia avisado: "O técnico é duro, cobra, mas é um excelente técnico. Faz tudo pela atleta". Na saída do tatame, isso pôde ser visto em todo o trajeto até a entrada para os vestiários. Edison tentava, mas não conseguia desviar o olhar daquilo tudo. Ele parou para ver a última luta do dia, enquanto o treinador israelense, em inglês, questionava: "Você é uma mulher ou uma modelo?", perguntava, bravo, vendo que Camila não parava de mexer no lábio machucado.

"Ele é o técnico dela e eu não intervenho", explica Edison, que viu tudo calado. Nem mesmo após as competições, pai e filha comentam sobre o que ela errou. Também técnico, Edison não quer atrapalhar o trabalho do israelense.

Edison, aliás, evita qualquer exposição. No Rio, só encontrou Camila no Congresso Técnico do Mundial. Segundo ele, só piscaram um para o outro. Assim foi ao fim de todas as lutas da primeira fase e também quando ela foi eliminada da disputa pelo bronze, pela alemã Miryam Roper.

Logo em seguida, ele foi da mesa para o tatame. E quisera o destino que fosse de Edison a responsabilidade de ser árbitro da luta entre Bedeti e a japonesa Anzu Yamamoto, valendo bronze. O combate mal havia começado e Camila voltou para a arquibancada. De chinelo de dedo, calça e camisa de Israel.

Assim que Miriam a viu, saiu em disparada. As duas se abraçaram e choraram por alguns minutos, juntas. Quem olhava a cena pelo corredor via, ao fundo, Edison dar o comando de shido para Yamamoto, decisivo para que Bedeti, algoz de sua filha, ficasse com a medalha de bronze.

Mal terminou a luta, Edison foi para o canto do tatame. Chamou a filha, que atendeu. Se até então os dois não haviam trocado mais do que piscadas, desta vez se abraçaram efusivamente por longos segundos. Muito mais do que um abraço de árbitro para judoca. Um abraço de pai, orgulhoso de uma filha que ficou em sétimo lugar do Mundial.

Rafaela Silva entrou nesta quarta-feira para a história do judô brasileiro, ao se tornar a primeira judoca do Brasil a conquistar o título mundial. No campeonato disputado no Rio, ela ganhou o título inédito na categoria até 57kg, após derrotar a norte-americana Marti Malloy na final.

Enquanto a seleção brasileira masculina já somava quatro títulos mundiais na história, a feminina ainda não tinha subido no lugar mais alto do pódio nesta competição. Mas o jejum acabou com Rafaela Silva, uma judoca de apenas 21 anos, que teve uma campanha fantástica nesta quarta-feira.

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Na última edição do Mundial, há dois anos, em Paris, Rafaela já tinha chegado muito perto do ouro inédito, mas perdeu a final para a japonesa Aiko Sato e ficou com a medalha de prata. Dessa vez, porém, ela contou com o apoio da torcida no Rio para poder conquistar o tão sonhado título.

Foi a terceira medalha do Brasil em três dias de disputa do Mundial do Rio. E todas vieram com a seleção feminina. Na segunda-feira, Sarah Menezes ganhou bronze na categoria até 48kg. Na terça, foi a vez de Érika Miranda levar prata no peso até 52kg. E agora veio o ouro com Rafaela Silva.

Para chegar ao pódio, Rafaela precisou disputar cinco lutas nesta quarta-feira. Durante as eliminatórias da categoria, na primeira parte da programação, conseguiu três vitórias complicadas sobre Hana Carmichael (Estados Unidos), Loredana Ohai (Romênia) e Nora Gjakova (Kosovo).

Depois, já pela semifinal, no final da tarde desta quarta-feira, a judoca brasileira teve que enfrentar a francesa Automne Pavia, líder do ranking mundial. Mas Rafaela, atualmente em quarto lugar na lista das melhores da categoria, dominou o combate e conseguiu uma bela vitória.

Na decisão do título, diante número 10 do ranking mundial, Rafaela entrou como favorita - nos sete combates que fez anteriormente contra a norte-americana, teve seis vitórias. E a brasileira precisou de apenas 59 segundos de luta para aplicar um ippon em Marti Malloy, chegando ao ouro.

A conquista no Mundial do Rio é uma espécie de redenção para Rafaela, depois da traumática eliminação na Olimpíada de Londres. No ano passado, ela perdeu a chance de ganhar a medalha olímpica, ao ser desclassificada de sua luta por um golpe ilegal, e chorou bastante ainda no tatame.

Mais dois judocas brasileiros lutaram nesta quarta-feira. Também pela categoria até 57kg, Ketleyn Quadros perdeu logo na segunda luta, justamente para Marti Malloy. E Bruno Mendonça acabou eliminado no terceiro combate da disputa até 73kg, caindo diante do bielo-russo Aliaksei Ramanchyk.

Depois de uma medalha de prata e uma de bronze nos dois primeiros dias do Mundial, o judô feminino do Brasil voltou a mostrar nesta quarta-feira que hoje está à frente do masculino. Rafaela Silva, na categoria até 57kg, será a única judoca do País a lutar por uma medalha, nesta tarde, no Maracanãzinho. Bruno Mendonça, na categoria até 73kg, foi eliminado na terceira luta e deixou a disputa pelo pódio.

Na primeira parte do programa do dia no Mundial do Rio, Rafaela teve três lutas complicadas, conseguiu encaixar poucos golpes, mas o suficiente para avançar à semifinal. Ali, vai encontrar a francesa Automne Pavia, líder do ranking mundial - a brasileira é a quarta. Desde o bronze olímpico em Londres, no ano passado, Pavia já ganhou o Grand Slam de Paris e o Campeonato Europeu, além de ter conquistado a prata no Masters.

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Com grande torcida presente ao Ginásio do Maracanãzinho, uma vez que é do Rio, Rafaela Silva começou o Mundial numa luta arrastada diante da norte-americana Hana Carmichael, número 2 do seu país e 42ª do mundo, que só veio ao Brasil graças a uma "vaquinha" feita pela internet.

Especialista em luta de solo, a norte-americana não conseguiu levar Rafaela para o chão. E, de pé, a brasileira mostrou-se muito melhor. Pontuou com um yuko no começo da luta e depois se defendeu bem. No finalzinho, conseguiu mais um yuko.

Em seguida, mais um confronto difícil diante da romena Loredana Ohai. Com a luta arrastada, de poucos golpes, a europeia, 24ª do mundo, conseguiu um yuko primeiro, jogando a brasileira no chão.

Rafaela contestou a pontuação, mas não havia nada o que fazer. Depois de um período desconcentrada, a brasileira conseguiu voltar para a luta. Nos últimos segundos, encaixou o golpe e conseguiu um wazari para passar à frente e avançar às quartas de final.

Só aí é que a brasileira mostrou toda sua agressividade e conseguiu um ippon com 1min23 de luta para vencer Nora Gjakova, do Kosovo, e, de certa forma, vingar Erika Miranda, derrotada na final da categoria até 52kg por uma atleta daquele país.

KETLEYN QUADROS - Medalhista de bronze na Olimpíada de Pequim/2008, Ketleyn Quadros acabou sendo eliminada no Mundial de Judô, na categoria até 57kg. A brasileira estreou com vitória sobre a húngara Hedvig Karakas por yuko. Em seguida, porém, ela foi eliminada ao perder para a norte-americana Marti Malloy com dois yukos.

Érika Miranda já foi terceira colocada do ranking mundial, chegou ao Mundial como sexta melhor da categoria até 52kg, mas carecia de um resultado que a fizesse chegar como favorita nas competições. No Circuito Mundial desde 2007, a judoca de 26 anos só tem dois títulos de Grand Slam na carreira. Nesta terça-feira, mudou de status ao conquistar o vice-campeonato mundial no Maracanãzinho, no Rio.

"Minha vitória foi pessoal. Hoje eu consegui uma medalha. Meu objetivo era subir no pódio. Tem muitas vezes que eu estava batendo na trave, faltava uma medalha grande. Essa valeu", disse Érika, com dificuldades, atrapalhada pelo choro intenso, em entrevista ao SporTV.

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Até suas maiores conquistas eram o ouro no Grand Slam de Moscou, no ano passado, e no Grand Slam do Rio, em 2011. Na série de torneios que só é menos importante que a Olimpíada, o Mundial e o Masters, só ganhou mais três medalhas: prata em Moscou, neste ano, bronze no Rio e em Tóquio, em 2009.

Mesmo para ser campeã continental Érika vinha tendo dificuldades. Ganhou no Campeonato Pan-Americano do ano passado, mas ficou fora do lugar mais alto do pódio em outras nove oportunidades. Nos Jogos Pan-Americanos, foi prata no Rio/2007 e em Guadalajara/2011.

No Mundial, a prata veio depois de derrota para a kosovar Majlinda Kelmendi. A brasileira foi a primeira a receber uma punição, no segundo minuto de luta. Em vantagem, a líder do ranking deixou de atacar e também recebeu um shido. Mas, a 1min20 do fim da luta, a kosovar conseguiu derrubar a brasileira e ganhar um wazari. Na sequência, se manteve por cima para garantir o ippon.

"Judô é assim mesmo. Até no último segundo pode ganhar, pode perder. Ele era uma adversária forte, a gente não pode cometer esses erros", disse Érika, explicando sua falha. "Andei para trás, não podia andar para trás com ela. No único momento que eu andei para trás ela venceu."

Masashi Ebinuma provavelmente sairia do tatame principal do Maracanãzinho chorando de qualquer jeito após a final da categoria até 66kg do Mundial de Judô do Rio, na tarde desta terça. O japonês lesionou o braço direito durante a luta contra Azamat Mukanov, do Casaquistão, e lutava já sem força nenhuma, aparentando muita dor. Mesmo assim conseguiu dominar a gola e aplicar um golpe perfeito para vencer com um ippon e ser bicampeão mundial. Na saída, abraçado ao técnico, chorou.

Em dois dias de Mundial, os homens japoneses já deram duas lições. Depois de terminarem os Jogos de Londres/2012 sem ouro, ganharam os dois títulos que foram postos em jogo no Maracanãzinho até agora. E tanto Ebinuma quanto Naohisa Takato, ouro na categoria até 60kg, choraram copiosamente, refutando a frieza tradicional dos orientais.

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O pódio da categoria até 66kg teve dois japoneses, ambos algozes de Charles Chibana. Se Ebinuma venceu o brasileiro na semifinal, Masaaki Fukuoka foi quem tirou o bronze do preferido da torcida. O surpreendente Georgii Zantaraia ficou com a outra medalha. O ucraniano chegou ao terceiro lugar depois de eliminar favoritos como o mongol Tumurkhuleg Davaadorj, líder do ranking. Zantaria é apenas o 28º.

No feminino, a disputa do dia foi na categoria até 52kg e o ouro ficou com a líder do ranking mundial Majlinda Kelmendi, responsável por apresentar o hino de Kosovo para o mundo. O país não é reconhecido pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) e por diversas federação internacionais, mas pela de judô sim.

Kelmendi conquistou o primeiro título mundial do seu país. Nos Jogos de Londres/2012, ela defendeu a bandeira da Albânia. Ao Rio/2016, independente da pátria que defender, chegará com a fama de algoz de Érika Miranda no Mundial. Afinal, venceu a brasileira na final no Maracanãzinho.

Numa categoria que as seis melhores do ranking mundial terminaram entre as oito primeiras no Rio, as medalhas de bronze foram para a japonesa Yuki Hashimoto (quinta do ranking) e a alemã Mareen Kraeh (nona). Elas venceram, respectivamente, a romena Andreea Chitu (terceira) e finlandesa Sundeberg (quarta).

Por enquanto o quadro de medalhas do Mundial do Rio tem liderança do Japão, com um ouro, uma prata e dois bronzes. A Mongólia, que passou em branco nesta terça, vem em segundo, com um ouro e uma prata. O Brasil é o outro país que tem mais de uma medalha: uma prata e um bronze. Aparece em quarto.

Dois japoneses impediram Charles Chibana de conquistar a primeira medalha para o judô masculino brasileiro no Mundial do Rio. Nesta terça, o jovem de 23 anos venceu quatro lutas por ippon na fase de classificação, mas foi pouco defensivo nos dois combates decisivos e perdeu a medalha de bronze para o japonês Masaaki Fukuoka. Na semifinal, foi derrotado por Masashi Ebinuma, com um golpe a 20 segundos do fim da luta.

Na disputa pelo bronze, Chibana, sétimo do ranking mundial, começou mais agressivo e chegou a comemorar a medalha quando a árbitra deu comando de ippon. O juiz de vídeo, porém, retirou a pontuação e deu wazari. Pouco depois, o contrário. A árbitra apontou yuko para o japonês, vice-campeão asiático, e a mesa aumentou o golpe para um wazari. Abalado, o brasileiro vacilou e acabou recebendo um ippon, a 1min46 do fim da luta.

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Charles é o mais velho dos três primos Chibana que defendem a seleção brasileira (ele é acompanhado de Gabriela e Mike). Aos 23 anos, ele virou número 1 do País na categoria até 66kg ao vencer o Grand Slam de Moscou, última competição antes do Mundial. Assim, ganhou o direito de defender o Brasil no Rio. Luiz Revite, que até então era o titular da seleção, foi convocado mesmo assim e perdeu logo na sua estreia no Maracanãzinho.

Chibana teve uma ótima manhã no Mundial, vencendo quatro lutas, todas elas por ippon, num total de seis minutos de 42 segundos. Mas não resistiu ao japonês Masashi Ebinuma, oitavo do ranking mundial, na semifinal, já na parte da tarde.

O brasileiro começou a luta mais agressivo e conseguiu que o rival fosse punido. Com essa vantagem, controlou o combate, buscando sempre a luta de chão, para imobilizar o japonês. Ele só não contava que, a 19 segundos do fim do tempo regulamentar, Ebinuma fosse conseguir um wazari. Com Chibana no chão, o asiático ainda foi para a finalização e conseguiu o ippon.

CAMPANHA - Chibana estreou bem no Maracanãzinho vencendo Israel Verdugo, do Equador, em 2min32. Voltou ao tatame contra Patrick Gagne, do Canadá, e, em 1min45, teve tempo para um wazari e um ippon.

Com 1min50 de luta contra o israelense Tal Flicker, estrangulou o rival e conseguiu mais um ippon. Já o russo Pulyaev Mikhail, durou apenas 35 segundos até ser levantado até a altura do ombro de Chibana e jogado de costas no chão.

Ainda não foi nesta terça-feira que o judô feminino do Brasil conquistou sua primeira medalha de ouro em Mundiais. Érika Miranda foi até a final da categoria até 52kg no Maracanãzinho, mas terminou com a medalha de prata depois de ser derrotada, por um ippon de finalização, por Majlinda Kelmendi, atleta do Kosovo que lidera o ranking mundial.

A medalha de Érika é a segunda do Brasil no Mundial do Rio. Na segunda-feira, Sarah Menezes conquistou o bronze na categoria até 48kg. Outras seis brasileiras irão lutar nos próximos quatro dias. No domingo acontece a disputa por equipes.

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De qualquer forma, a prata é a primeira medalha de expressão na carreira de Érika, que já tem oito medalhas continentais mas só foi uma vez campeã pan-americana, no ano passado. Em 2013, ficou apenas com o bronze. Até então, sua única grande conquista havia sido o Grand Slam de Moscou, no ano passado. Este ano, foi vice-campeã lá.

Mas, na final do Mundial, a brasileira não foi páreo para Majlinda Kelmendi. A brasileira foi a primeira a receber uma punição, no segundo minuto de luta. Em vantagem, Kelmendi deixou de atacar e também recebeu um shido. Mas, a 1min20 do fim da luta, a kosovar conseguiu derrubar a brasileira e ganhar um wazari. Na sequência, se manteve por cima para garantir o ippon.

Nascida em Brasília, Érika construiu sua carreira no Minas Tênis Clube. Defendeu a equipe de Belo Horizonte entre 2006 e 2012, rumando para o Flamengo na véspera dos Jogos de Londres. Na Gávea, passou a ser treinada por Rosicleia Campos, que já era sua técnica na seleção brasileira.

Érika, porém, foi dispensada pelo clube carioca quando Eduardo Bandeira de Mello assumiu a presidência e acabou com a equipe de judô adulto. Ficou todo o primeiro semestre sem clube e há duas semanas anunciou sua volta para o Minas.

No Maracanãzinho, a brasileira disputou seu quinto Mundial. Havia sido sétima colocada no Rio/2007 e em Tóquio/2010. Caiu nas oitavas de final em Paris/2011 em Roterdã/2009.

Majlinda Kelmendi também fez história. Com o ouro ela se tornou a primeira atleta a ganhar uma medalha em Campeonato Mundial para Kosovo, país que é reconhecido pela Federação Internacional de Judô (IJF), mas não pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). Por conta disso, ela disputou a Olimpíada com a bandeira da Albânia, terminando em nono.

CAMPANHA - A medalhista de prata iniciou a campanha dela no Mundial contra a holandesa Birgit Ente, número 43 do ranking. Numa luta difícil, conseguiu a vitória apenas a 16 segundos do fim, com um ippon. Na sequência, a adversária foi a russa Natália Kuziutina, vencida apenas por conta de a brasileira ter menos advertências depois de cinco minutos de luta.

Diante da finlandesa Sundberg, quarta do ranking, Érika mostrou-se mais combativa no início e viu a finlandesa receber a primeira punição. Em desvantagem, a europeia teve que procurar o golpe e abriu espaço para a brasileira, que primeiro pontuou com um yuko e em seguida conseguiu um belo ippon, com 2min52 de luta.

Na semifinal, se vingou da romena Andreaa Chitu, responsável por eliminá-la do Mundial de Tóquio, há dois anos. Com o apoio da torcida, a brasileira foi agressiva, tentou o golpe a luta toda, e acabou vencendo a europeia com um wazari dado depois de três minutos e meio de luta. Depois, praticamente não foi ameaçada.

O Brasil terá dois atletas nas semifinais do Mundial de Judô, nesta terça-feira, no Maracanãzinho, no Rio. Depois de Charles Chibana se garantir na categoria até 66kg, Érika Miranda também avançou para a disputa pela medalha na até 52kg. Na semifinal, de tarde, a brasileira, número seis do ranking mundial, irá enfrentar a romena Andreea Chitu, que a eliminou nas oitavas de final do Mundial de Paris, em 2011.

Érika Miranda, sexta do ranking, iniciou a campanha dela no Mundial contra a holandesa Birgit Ente, número 43 do ranking. Numa luta difícil, conseguiu a vitória apenas a 16 segundos do fim, com um ippon. Na sequência, a adversária foi a russa Natália Kuziutina, vencida apenas por conta de a brasileira ter menos advertências depois de cinco minutos de luta.

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Diante da finlandesa Sundberg, quarta do ranking, Érika mostrou-se mais combativa no início e viu a finlandesa receber a primeira punição. Em desvantagem, a europeia teve que procurar o golpe e abriu espaço para a brasileira, que primeiro pontuou com um yuko e em seguida conseguiu um belo ippon, com 2min52 de luta.

As semifinais da categoria até 52kg não terá grandes surpresas. Na outra chave estão Majlinda Kelmendi (Kosovo), líder do ranking mundial, e Yuki Hashimoto (Japão), quinta da lista. Chitu é a terceira. Caso Érika seja derrotada, disputará o bronze contra a cubana Bermoy Costa, vice-líder do ranking, ou a alemã Mareen Kraeh, nona da lista.

ELIMINADA - Outra brasileira de categoria, Eleudis Valentim só chegou ao Mundial graças à nova regra, que permite a cada país inscrever, além de um judoca por categoria, também dois homens e duas mulheres extras.

Ela estreou vencendo por um yuko, pontuação mínima, a argentina Abi Betsabe Cardozo Madaf. Na sequência, porém, ela foi finalizada pela japonesa Yuki Hashimoto, grande favorita ao título, uma vez que passou 2012 invicta e também não perdeu em 2013, vencendo tudo que disputou no período, inclusive o Grand Slam de Paris.

Seis minutos e 42 segundos. Foi o que precisou Charles Chibana para vencer quatro oponentes, todos por ippon, e avançar à semifinal da categoria até 66kg do Mundial de Judô, no Maracanãzinho, no Rio, nesta terça-feira.

Chibana chega à semifinal, que será de tarde, como forte candidato à medalha. Dos quatro cabeças de chave do torneio, três caíram na primeira luta e um foi eliminado na segunda rodada (justamente o sul-coreano que eliminou Luiz Revite na estreia).

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Sétimo do ranking mundial, Chibana vai lutar a semifinal contra o japonês Masashi Ebinuma, o oitavo. Será a primeira luta entre os dois na história. Do outro lado da chave estão duas zebras: Georgii Zantaraia, da Ucrânia, 28º do ranking, e Azamat Mukanov, do Azerbaijão, o 32º.

Com a moral em alta depois de ser campeão do Grand Slam de Moscou, última competição antes do Mundial, Chibana estreou bem no Maracanãzinho vencendo Israel Verdugo, do Equador, em 2min32. Voltou ao tatame contra Patrick Gagne, do Canadá, e, em 1min45, teve tempo para um wazari e um ippon.

Com 1min50 de luta contra o israelense Tal Flicker, estrangulou o rival e conseguiu mais um ippon. Já o russo Pulyaev Mikhail, durou apenas 35 segundos até ser levantado até a altura do ombro de Chibana e jogado de costas no chão.

Já Luiz Revite ficou de bye na primeira rodada no Rio e estreou contra o forte sul-coreano Jun-Ho Cho, quinto da lista. Numa luta parelha, acabou derrotado pelo critério de desempate: o número de punições.

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