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 Marco Zero do Recife é uma praça que marca o local onde nasceu a cidade, à beira do Cais do Porto (Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens)

Adrian tem 13 anos e é morador da Ilha de Joana Bezerra, popularmente conhecida como comunidade do Coque, localizada a cerca de dois quilômetros do Marco Zero do Recife. Pelo menos três vezes por semana, de sexta a domingo, o adolescente se encontra aleatoriamente com colegas, e sem dinheiro para pagar a passagem, entram pela parte traseira dos ônibus. O grupo segue rumo ao centro da capital pernambucana, principal ponto de lazer para eles. A parada obrigatória é no Cais de Santa Rita, onde descem do coletivo e andam mais alguns minutos até chegar ao Marco Zero.

A mureta que divide a maré da área turística do Marco Zero serve como um trampolim de concreto.

Sem trajes específicos de banho ou toalhas para secar, eles pulam de cuecas, calcinhas, calções e sem camisa. O importante é garantir um pulo após o outro, um movimento diferente com o corpo, por vezes ousado, os quais eles apelidam em uma linguagem própria. “Tia, olha esse pulo do mata-boi”, e ele se joga na água com a leveza de quem deixa o corpo ser levado pela espontaneidade do momento.

Adrian mostrando um de seus saltos favoritos. (Foto: Chico Peixoto/LeiaJáImagens)

Crianças, homens mais velhos, adolescentes e algumas mulheres entram na brincadeira e dividem espaço com os barqueiros que naquele mesmo local atracam os barcos e jangadas para atravessar principalmente os turistas ao lado outro lado do rio, no Parque das Esculturas Francisco Brennand. Para Adrian, os mergulhos profundos, os saltos quase nunca ensaiados e o contato com a água são parte de sua rotina e uma das únicas opções de lazer dele e de seus amigos. “Onde eu moro é muito violento, minha mãe está tentando se mudar de lá, mas a gente não pode brincar lá por enquanto”, confessa.

O Marco Zero é parte principal do roteiro de Adrian desde os nove anos. Ele mora com cinco irmãos, a mãe, vendedora de coxinha, e o pai, serralheiro. Faça sol ou chuva, o garoto não dispensa os saltos no rio e as partidas de futebol em pleno centro do Marco Zero. “Se eu pudesse estava aqui todos os dias, mesmo já tendo me machucado com um bicho, acho que o nome é água viva. Me queimou muito. Mas, já tentei mergulhar em uma piscina de verdade no Sport, só que o vigia botou a gente pra fora porque pulamos o muro. Aqui é mar aberto e mesmo com sujeira não tenho medo”, relata o adolescente que sonha em ser engenheiro ou comissário de bordo.

Quem passa com frequência pela  praça que marca o local onde nasceu a cidade já deve ter visto crianças pulando no rio. É comum e já se tornou uma atração à parte no local. Turistas pedem para bater fotos e eles posam para as fotografias, um desafiando o outro. Mas, a brincadeira das crianças é ameaçada pelos agentes de segurança pública da capital. De acordo com Adrian, ele e seu grupo já foi retirado do local em várias ocasiões, até por homens fardados como sendo do Exército Brasileiro.

“A gente só fica aqui pulando e até os barqueiros são amigos. Mas os homens chegam gritando aqui e mandando a gente ir embora. Já levei uns tapas e até spray de pimenta já jogaram na gente. Tia, queria que tu filmasse um dia”, conta Adrian entre um pulo e outro.

Os amigos e moradores da comunidade do Coque jogam uma partida de futebol no Marco Zero. (Foto: Chico Peixoto/LeiaJáImagens)

Praticar esportes se tornou um hábito de fuga da rotina cansativa do estudante Rodrigo Lima, de 18 anos. A poucos metros de Adrian, o jovem sobe em seu skate e faz manobras típicas de iniciantes, mas das quais se orgulha. Desde 2015, ele pratica o esporte no centro do Recife, mais especificamente na praça do Marco Zero, onde consegue reunir amigos e entusiastas do skate de rua.

Negro e periférico, Rodrigo diz que a prática do esporte é proibida na praça e já sofreu diversas intimidações, abordagens com ‘baculejo’ e ordens de sair com seu grupo do local. “Os policiais só focam no grupo que está andando de skate, isso é puro preconceito e racismo porque a gente não fica fazendo bagunça, treinamos e nos divertimos”, lamenta o estudante.

Ele relembra que em 2017 estava com os amigos próximo ao píer da praça e foram abordados pela PM. “Bota a mão na cabeça, quem for de menor vai pra delegacia”, eles diziam. “Eu não vejo sentido nessa proibição do nosso lazer, têm pessoas que só vêm curtir aqui e porque nossa pele é escura já acham que somos ladrões. Ainda tem o racismo dos turistas que quando chegamos perto, escondem o celular”, diz.

A favor da prática do esporte no Marco Zero, Rodrigo diz que todos devem ter a liberdade prevista na lei. “Em muitos bairros não há esse espaço de coletividade e por isso estamos aqui”, conta.

Rodrigo diz que é a favor da prática do 'skate' na praça. (Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens)

Para a pesquisadora Camila Klein, em sua dissertação "Experiências afetivas urbanas: a relação dos habitantes com sua praça central", os espaços urbanos captam a atenção das pessoas e passam a fazer parte que têm da cidade. "Estes possuem uma identidade que os distingue e os destaca do contexto, ao mesmo tempo em que se relacionam com o observador e o entorno. Além disso, possuem um significado, que denota uma implicação emotiva e/ou funcional para a pessoa. A praça pode, além dos aspectos cognitivos e funcionais, congregar memórias, simbolismos e afetividade ao mapa mental que o habitante constrói em suas vivências na cidade".

O Marco Zero é conhecido como um local de integração, em que diversas ‘tribos’ se encontram, principalmente nos fins de semana. É também onde acontecem os grandes eventos do carnaval pernambucano. Mas, atualmente, o uso desse espaço público para a pausa, o encontro, a diversão e o perambular na cidade sinaliza resistência.

Em meados dos anos 1990, o bairro passou por um processo de requalificação no intuito de transformar o bairro num cenário cultural e de consumo, principalmente em lugar de atração turística. Foram implantados serviços relacionados à cultura e lazer, além da chegada de investidores imobiliários. Em 1998, o Bairro do Recife foi tombado pelo IPHAN como patrimônio nacional, devido ao reconhecimento de arquitetura eclética, característico da urbanística francesa no Brasil. Em 2015, inaugurou um novo espaço integrado de entretenimento e gastronomia, os Armazéns do Porto, ao lado da praça do Marco Zero.

De acordo com o professor de Arquitetura e Urbanismo da UFPE Tomás Lapa, o Recife Antigo é palco de um processo de higienização e táticas segregacionistas. “Todos esses processos de revitalização tendem a privilegiar certas camadas, o que podemos chamar de gentrificação, em que se expulsa a população pobre para ser substituída por outros usuários que tenham um maior poder aquisitivo e aparência para frequentar e habitar esse lugares”, pontua o pesquisador autor do livro “Grandes cidades constroem-se com edifícios grandes?”.

Além do risco nas relações de afeto e lazer com  a praça que nos remete às origens da capital pernambucana, o vínculo das pessoas que precisam trabalhar no local para garantir o sustento também passa por incertezas.

Leu, a artesã com mais trinta anos de carreira, conseguiu na luta o direito de vender sua arte no local. (Foto: Chico Peixoto/LeiaJáImagens)

A comerciante Edileuza Gomes, de 54 anos, conhecida como “Leu”, estende um pano improvisado no chão, e expõe seu artesanato também de sexta a domingo, das 10h às 22h, no Marco Zero. Brincos, colares e pulseiras são feitos manualmente pela artesã, que trabalha no ramo há mais de 30 anos, mas escolheu o Marco Zero como um de seus pontos de venda há quatro anos.

Atualmente, Leu trabalha com mais tranquilidade, mas o “pé atrás” nunca deixará de existir. Há dois três anos, ela e amigos artesãos se viram desesperados porque um dos principais pontos de comércios estava ameaçado por uma política de ordenamento da Prefeitura do Recife. “Os fiscais vinham e mandavam a gente sair daqui, chamavam até a polícia. Eles nos tratavam de maneira hostil, com racismo e preconceito. É como se a gente fosse qualquer marginal e isso me fazia sentir um lixo, assim como meus amigos porque a gente só estava trabalhando e vendendo nossos produtos”, lamenta a artesã.

Leu complementa ainda que as expulsões ganharam força após as inaugurações dos restaurantes dos Armazéns do Porto, que tinham o intuito de revitalizar a área do centro histórico e torná-lo um ponto comercial. “A gente já trabalhava por aqui e os donos dos bares não queriam nossa presença porque diziam que isso prejudicaria a circulação de turistas. Muito preconceito com nossa classe porque ninguém atrapalhava, pelo contrário, ocupava essa área com mais diversidade. Só depois de muita luta, conseguimos permanecer aqui com autorização”, pontua.

Em seu livro “O espaço crítico”, o pesquisador e urbanista francês Paul Virilio faz uma análise sobre  o traçado simbólico de demarcação, sem portas físicas de entrada ou saída, mas estruturas menos aparentes e mais sutis, porém igualmente práticas, constrangedores e segregativas. “Redesenham uma paisagem fortificada e enobrecida, numa metáfora de um passado de guerras e invasões que se confunde com um presente marcado pela exclusão e violência”, explica o estudioso Rogerio Proença Leite, em seu artigo “Patrimônio e enobrecimento no Bairro do Recife”.

A pipoqueira diz que vai resistir às ordens de retirada até que tenha seu material levado. (Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens)

A vendedora Rose, 32, que preferiu se identificar apenas com o primeiro nome, vive no Alto José do Pinho, em Casa Amarela, na Zona Norte do Recife. Todos os dias vende pipoca feita na hora no Marco Zero. Ela diz que é uma resistência diária porque é sempre intimidada por fiscais da Prefeitura do Recife para retirar sua carroça da região central do Marco. “Eles dizem que não pode trabalhar aqui e que se me pegarem de novo, vão levar meu material e terei de pagar para recuperar tudo”, denuncia.

A comerciante alega que o cenário piorou e as vendas caíram porque os fiscais retiram o pessoal e proíbem a circulação. “A gente só pode ficar parado do outro lado da rua, mas lá quase não passam pessoas. Eles só liberam em tempos de Carnaval. Mas, não sigo essa regra porque essa é a minha renda e se eu não vender, não alimento meus três filhos”, complementa.

“Passamos por um período de muita violência e miséria por causa do desemprego, é difícil identificar quem é bom ou mau, então esse é um processo que se repete. A expulsão dessas populações porque o que os gestores visam é um espaço acolhedor, bonito e limpo para os turistas e as elites”, explica o professor Tomás.

Procurada pela reportagem do LeiaJá.com, a Diretoria Executiva de Controle Urbano do Recife (Dircon) informou que tem trabalhado desde 2013 para a melhoria do ordenamento e da mobilidade para a população. De acordo com a gestão municipal, no caso do Marco Zero, no Bairro do Recife, foi realizado um cadastro em 2015 e todos os ambulantes da área foram cadastrados (o número total é de 180 cadastrados). "Os vendedores foram orientados que poderiam permanecer nas ruas do Bom Jesus, Barbosa Lima e Vigário Tenório, desde que com equipamentos permitidos pela diretoria. Desde então, a fiscalização faz rondas na área para coibir a ocupação desordenada, que atrapalha a passagem das pessoas. Em caso de flagrante de irregularidade, depois de notificados, os ambulantes podem ser multados e ter o material apreendido. A Dircon desconhece atitudes intimidatórias por parte dos fiscais e reitera o compromisso com o diálogo com os trabalhadores", nota enviada à imprensa.

Já a Polícia Militar de Pernambuco explicou que a denúncia de intimidações e violência com os adolescentes não é de conhecimento do comando do policiamento da área. "Não há orientação para que o efetivo escalado no bairro trate qualquer cidadão de maneira diferenciada ou descriminatória. Além do que, esse tipo de conduta não reflete o pensamento da Corporação". 

A assessoria de comunicação da PMPE informou ainda que os órgãos de correção, a exemplo da Corregedoria Geral da SDS, "seguem à disposição de todos que se sentirem ofendidos por qualquer postura dos nossos profissionais, para que procedimentos inadequados possam ser devidamente apurados".

O professor de geografia Benedito Serafim é o convidado desta semana do programa 'Vai Cair No Enem', que reúne dicas exclusivas para o Exame Nacional do Ensino Médio. Nesta edição, os feras podem acompanhar um tempo importante para a prova: dinâmicas populacionais.

Produzido pelo LeiaJá, o Vai Cair No Enem é publicado todas as quintas-feiras. Nós também estamos no Instagram - @vaicairnoenem -, onde são publicadas dicas e informações diárias sobre o Exame. Confira, a seguir, o programa desta semana, direto do Marco Zero do Recife:

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--> Confira outras edições do programa no site do Vai Cair No Enem

A noite desta quinta (29) foi de ensaio geral para a equipe da Paixão de Cristo do Recife. A 22ª edição do espetáculo será realizada sexta (30), sábado (31) e domingo (1º), mantendo a tradição da Semana Santa na capital pernambucana e, mais uma vez, reforçando o espírito de resistência de técnicos, figurantes e atores responsáveis pela montagem. Este ano, parte da equipe abriu mão do cachê para poder viabilizar o evento.

Não são novidade as dificuldades pelas quais passam toda a equipe do espetáculo para levá-lo para a praça pública. Mesmo assim, todos os envolvidos se dedicam, com bastante paixão, a cada ano, para que o espetáculo não deixe de acontecer. “A gente faz isso com muito carinho, se desloca da casa da gente pra vir aqui pro Marco Zero, na chuva, no sol, mas a gente não perde esse espetáculo. A gente fica realizado, é muito bom”, disse Antônio Carlos, figurante da Paixão há cinco anos.

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Estreando no papel principal da montagem, o ator Hemerson Moura afinava com a equipe os últimos detalhes para a temporada 2018. Entre uma cena e outra, ele parava para atender ao público: “É a força do personagem, Jesus é um personagem que contagia. Acho que isso é um reflexo da fé das pessoas.” Ele revelou que a vontade de participar do espetáculo era antiga e que o ‘ex-Jesus’, e diretor da montagem, José Pimentel, o ajudou muito na sua preparação: “Ele se demonstrou um artista extremamente generoso, só tenho a  agradecer. Foram muitas dicas, verdadeiras aulas tive com ele.”

Observando tudo de perto, José Pimentel falou sobre a conquista de montar a Paixão de Cristo pela 22ª vez: “Este é um ano cansativo, mas que quando terminar tudo isso, a gente vai estar muito feliz por ter conseguido vencer um conjunto de dificuldades”. Sobre o seu sucessor, Pimentel confessou ter ficado surpreso com o desempenho de Hemerson: “É um papel difícil, no primeiro ano ele ainda não vai fazer direito, vai precisar de alguns anos para se acostumar, mas me surpreendeu, é um bom ator e é um cara do bem, principalmente”. O diretor ainda entregou que estará no palco interpretando um personagem: “Vou fazer um papel, só não vou dizer qual para não estragar a surpresa”.

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O Camarote Carnaval Recife antigo anunciou nesta sexta-feira (19) a programação dos seus 4 dias de festa no Recife Antigo. Os shows acontecem no prédio da Associação Comercial de Pernambuco, do dia 9 ao dia 13 de fevereiro, e, entre os cantores que se apresentam, estão Johnny Hooker, Elba Ramalho e Kelvis Duran.Além deles, sobe ao palco também Nena Queiroga. A artista é uma das homenageadas do Carnaval 2018, e cantará também na abertura oficial das festividades, em palco montado no Marco Zero, homenageando os 111 anos do frevo. Já no casarão, se apresentando pelo camarote fechado, ela trará Gerlane Lops e Almério como convidados.O Camarote costumava ser fechado e recebia apenas convidados para as festas carnavalescas. Esse ano, no entanto, a venda de ingressos será aberta para o público geral. Cada ingresso dá direito ao sistema all inclusive, com bebida e comida à vontade, e custa R$ 240 (unissex). Ele pode ser adquirido online no site Ingresso Prime.Confira a programação completa:Sexta (09/02)SandamiDJ Lala KNena Queiroga convida Gerlane Lops e AlmérioSábado (10/02)Elba RamalhoDomingo (11/02)Johnny HookerKelvis DuranSegunda (12/02)Banda EddieDJ 440Terça (13/02)São JorgeBailinho Maravilha 

PARA SÁBADO DE MANHÃ/THABATA

É possível um espetáculo se repetir por 14 anos consecutivos e ainda assim apresentar-se novo para o público? O Baile do Menino Deus - Uma brincadeira de Natal prova que sim e, para 2017, traz uma temporada com grandes novidades que vão dos figurinos ao texto da montagem. As sessões acontecem neste sábado (23), domingo (24) e segunda (25), no Marco Zero, Bairro do Recife. O acesso é gratuito.

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Ronaldo Correia Brito, escritor e diretor do Baile falou ao LeiaJa.com, durante o ensaio geral realizado na última sexta (22), sobre o desafio de renovar o espetáculo. A trama conta, sob as cores e perspectiva de elementos da cultura popular, a história de dois pícaros que buscam celebrar o nascimento do menino Jesus com cores e elementos da cultura popular. “Nunca é o mesmo espetáculo, é sempre diferente. A última fala do Mateus diz: ‘o baile aqui não termina, o baile aqui principia”; nós não imaginávamos que isso era uma espécie de profecia sobre o futuro deste espetáculo escrito há 34 anos”, disse Ronaldo.

Para a temporada 2017, o Baile ganhou figurinos novos, novidades no texto que traz à discussão a temática indígena e reforços na orquestra e no elenco infantil. As apresentações também contarão com audiodescrição, pela primeira vez, além da costumeira tradução em libras. “O Baile nunca é velho, ele é sempre novo, por isso ele é amado pelo público. A gente teve a sorte de alcançar uma linguagem que fala para todas as pessoas.”, arrematou o diretor.

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Outra novidade, para este ano, é o novo integrante do elenco, o cantor Carlos Filho, interpretando o Anjo, a Borboleta e o Arlequim. “São funções que eu não costumo desempenhar, não sou ator nem bailarino. Tem sido muito desafiador. Mas ao mesmo tempo, um encantamento muito grande. O artista precisa disso”, disse. Ele ressaltou a importância  do trabalho da equipe do espetáculo que conta com cerca de 300 pessoas, 14 músicos e 26 cantores, entre outros.

Integrante do elenco do Baile do Menino Deus há 13 anos, o cantor Silvério Pessoa celebra mais uma temporada do espetáculo. “O Baile nunca termina, ele sempre se recria, o nascimento do menino também é um símbolo que é de renovação e, para mim, é sempre como se fosse o primeiro”, disse antes de subir ao palco para ensaiar.  Silvério também falou da relevância do espetáculo enquanto ferramenta de discussão de temas sociais: “A arte sempre foi um mecanismo de posicionamento. Então, mais uma vez o Baile decalca esse olhar e dá um parecer próprio a duas causas universais, a da civilização indígena, que está cada vez mais comprimida e esquecida, e os negros com toda essa questões da intolerância religiosa e da falta de solidariedade. O Baile se posiciona com uma poética e um colorido lindos, vai ser emocionante”.

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Serviço

Baile do Menino Deus - Uma brincadeira de Natal

Sábado (23), domingo (24) e segunda (25) | 20h

Marco Zero (Bairro do Recife)

 

Gratuito

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Há 14 anos, o Baile do Menino Deus - Uma Brincadeira de Natal faz parte do ciclo natalino da cidade do Recife. Dirigido pelo escritor Ronaldo Correia de Brito, o espetáculo celebra o nascimento de Jesus a partir de figuras da tradição popular. Em 2017, a montagem leva para o palco montado no Marco Zero, localizado no Bairro do Recife, reflexões sobre respeito, humanidade e igualdade entre os povos.

As apresentações gratuitas serão entre os dias 23 e 25 de dezembro, às 20h. Para a 14ª edição, a montagem aborda questões como a destruição dos povos indígenas, da Amazônia, dos rios e também discussão acerca do racismo no país. Além disso, a peça traz figuras da mitologia afro-brasileira, como Ogum.

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O Baile do Menino Deus mostra as ações da dupla de Mateus para tentar abrir as portas da casa, onde estão José, Maria e o menino Jesus. O espetáculo é formado por 14 músicos e um coro de 26 cantores. Como nos dois últimos anos, a montagem contará com o recurso da tradução em libras nos três dias de apresentação. A acessibilidade será ampliada em 2018.

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Serviço

Baile do Menino Deus - Uma Brincadeira de Natal

Sábado (23), Domingo (24) e Segunda (25)| 20h

Marco Zero (Bairro do Recife)

Gratuito

Num ato de luta pelas possibilidades da reintegração social, socioeducandos entregaram nesta quinta-feira (7) corações - confeccionados por eles mesmos - no Marco Zero, Bairro de Recife, na tentativa de chamar a atenção da sociedade para o fato de que eles merecem ser vistos como qualquer outro cidadão. Essa ação é uma iniciativa da Casa de Semiliberdade (Casem) de Areias, espaço ligado à Funase (Fundação De Atendimento Socioeducativo), que abriga cerca de 45 jovens que cometeram algum ato infracional.

“Com a chegada do fim de ano, nós começamos a pensar como poderíamos provocar os meninos na sociedade, a partir daí surgiu essa ideia de entregarmos os corações no centro do Recife”, revelou Lilian Fonseca, psicóloga da unidade. Como representatividade do amor, a escolha do coração foi bem pensada pelos integrantes desse evento. “Todas as vezes que falamos de afeto e sentimentos, quando pedimos para qualquer adolescente nomear isso, vez ou outra aparece o coração; seja tatuado no corpo, na representação da família e qualquer ação de ligação com o outro”, pontuou a psicóloga.

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“Uma ação como essa é bom para distrair a mente, tirar desse mundo onde só está acontecendo coisa ruim”, explicou W., menor que participou do ato. “A gente quer mostrar que não somos o que muita gente pensa. Não somos maloqueiros e fazemos isso como um ato de solidariedade. Já bolei até uma frase: coração do amor, pegou se apaixonou”, comentou G., outro jovem participante do evento.  “Queremos mostrar a sociedade que nós temos caráter, queremos mudar, não ser mais como já fomos. A gente quer fazer curso, concurso e mostrar que somos capazes de fazer acontecer”, complementou L.D., que tem um sonho de ser advogado.

Nas falas e ações desses menores, é possível observar o quão impactante foi a marginalização na vida deles para que viessem a cometer uma infração. “Muitos desses adolescentes quando chegam nos Casem, vem sem perspectivas de vida e uma falta de equiparação da idade junto com o ano letivo escolar, por exemplo. Quando encaminhados para esse espaço de semiliberdade, os psicólogos, pedagogos, assistente social e toda uma equipe tenta mostrar as possibilidades de vida para esses meninos”, disse o pedagogo Sthenio Magalhães. “Tanta coisa já foi negada que esses menores não sabiam nem que podem frequentar um cinema público, por exemplo  Até nas escolas que encaminhamos os socioeducandos, existe um preconceito muito grande do próprio professor".

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Entrega dos Corações

O Marco Zero do Recife foi a escolha para esse ato, que iniciou às 10h da manhã desta quinta-feira (7), tendo seu ponto maior a entrega de um dos corações para os policiais que estavam fazendo a segurança do entorno. “Acho muito importante um ato como esse, já que é uma forma de pedir desculpas pelos erros já cometidos. Poderia ser meu irmão, meu amigo e uma ação como essa é muito positiva para a reintegração deles. Eu não esperava por isso”, comentou Gabriela Adria, 18 anos, que andava pelo local antes de ser surpreendida e saber quem eram as pessoas que estavam entregando a confecção.

A estudante Aline Gomes estava no Marco Zero para tirar fotos que farão parte de sua formatura do ensino médio. Não contava que nesta quinta (7) se depararia com esse evento e chegou a se surpreender. “Eu acho muito importante isso para que as pessoas percebam esses meninos e não discriminem por um erro que cometeu”, relatou. A ação contou com cerca de 40 pessoas, entre socioeducandos e coordenadores. Um dos menores se vestiu de Papai Noel e dançou ao som do maracatu, tudo para chamar a atenção de quem passava pelo local.

Marginalização

Quando indivíduos vivem em condições de abandono social, ele é caracterizado como um marginal, ou seja, está à margem da sociedade. Mesmo mediante à alguns avanços sociais que o Brasil passou, milhares de pessoas ainda vivem marginalizadas pela falta de visibilidade e imersos na pobreza que assola o país; confinando os indivíduos a uma posição inferior na sociedade. É importante salientar que o marginal não escolhe integrar esse “grupo”; isso fica inerente a eles, que são empurrados pela desigualdade social e econômica.

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A estátua em homenagem ao músico Naná vasconcelos, localizada no Marco zero, Bairro do Recife, está há um mês sem o berimbau. A denúncia foi feita por Patrícia Vasconcelos, viúva do percussionista, que pede a Emlurb a manutenção do local. O monumento tem 4,5 metros de altura foi inaugurado em fevereiro deste ano e faz parte, ao lado de escritores e músicos, do Circuito da Poesia.

A peça custou R$ 35 mil e foi confeccionada pelo escultor Demétrio Albuquerque. Na época da inauguração, foi instalado um refletor em LED e uma placa informativa com QR Core, que fornece informações sobre a vida e obra de Naná. Em nota, a Emlurb lamentou o ocorrido e o classificou como ato de vandalismo. Confira o comunicado:

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A Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb) informa que está ciente do caso e irá registrar um Boletim de Ocorrência junto à Polícia para denunciar o ato de vandalismo praticado na estátua de Naná Vasconcelos, que está instalada no Marco Zero e faz parte do Circuito da Poesia. A autarquia lamenta que atos desse tipo danifiquem as obras de arte espalhadas pela cidade. A Emlurb já acionou o artista autor da obra para programar o reparo necessário.

O último grande processo de restauro pelo qual passou o Circuito da Poesia foi realizado em 2015 e teve investimento de R$ 115 mil. De lá pra cá, são executados consertos e reparos pontuais nos equipamentos que eventualmente são alvo de vandalismo. Liêdo Maranhão e Joaquim Cardozo foram os mais recentes, além de Naná Vasconcelos. No início desse ano, o projeto foi ampliado e o número de artistas homenageados passou de 12 para 17, com a instalação das esculturas de Ariano Suassuna (Rua da Aurora); Alberto da Cunha Melo (Parque 13 de Maio), Celina de Holanda (Avenida Beira Rio); Liêdo Maranhão (Praça Dom Vital) e Naná Vasconcelos (Marco Zero). O investimento nos cinco novos monumentos foi de R$ 150 mil. Além disso, houve a implantação das placas informativas em todas elas.

Com relação à estátua de Joaquim Cardozo, a obra foi removida para reparos, após ser encontrada completamente depredada. O conserto está em andamento e deverá custar cerca de R$ 9 mil. Por se tratarem de obras de arte, cada recuperação leva um tempo específico para ser concluída, de acordo com o trabalho do escultor das peças. A estátua de Liêdo Maranhão também foi retirada para reparos. Ambas deverão ser repostas no início do próximo ano.

Os atos de vandalismo causam prejuízos milionários à administração municipal. Somente para recuperar monumentos, pontes e edificações públicas que sofreram ações  de  pichação e  vandalismo, por exemplo, a  Prefeitura  do  Recife  chega a gastar aproximadamente  R$  2  milhões  por ano. A Prefeitura também teve que adequar seus serviços por conta dos roubos das tampas de ferro dos  bueiros  do  centro  da  cidade.

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Quem visitar a praça do Marco Zero do Recife, nesta segunda-feira (9), vai se deparar com esculturas novas no ponto turístico. É que peças de xadrez anunciando o novo projeto da cantora Anitta, o 'Xeque-Mate', foram instaladas no local. Os recifenses e os turistas que já estiveram por lá aproveitaram para registrar as novidades e interagir com elas. 

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Lançado em setembro, o projeto Xeque-Mate promete uma nova música da cantora a cada mês. Abrindo os trabalhos, Anitta lançou Will I See You, gravada em parceria com Po Bear. A próxima será Is That For Me?, uma parceria com o DJ Alesso. 

O lançamento da nova faixa do Xeque-Mate ainda não tem data oficial, mas os fãs podem esperar por essa e outras novidades da cantora que promete as colaborações dos internacionais Maejor, Dae One e Tyga, e dos brasileiros Alok, Mc Zaac e Tropkillaz. 

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O coletivo carioca Du'velhomoço encheu a Praça do Carmo, em Olinda, de cores, números circenses, elementos da cultura popular brasileira e teatro, na tarde deste sábado (30). O público compareceu e, sentado no chão, curtiu o espetáculo Querência Quer Ver o Mar com a máxima atenção e interação. O projeto tem o objetivo de ocupar os espaços públicos com arte e a estreia em solo olindense provou que a ideia pode dar certo.

Enquanto crianças e adultos se acomodavam em seus lugares, antes da apresentação, os atores do coletivo falaram ao LeiaJá sobre o projeto. O Du'evelhomoço é formado por quatro artistas apaixonados pela arte e motivados pelo desejo de levá-la ao maior número de pessoas. Berg Farias falou da importância de apresentar-se na rua: "O Rio de Janeiro tem muitos teatros, mas as pessoas não têm acesso. A gente acredita que a rua é o espaço primeiro em que as pessoas possam ter um afeto pela arte. A gente quer levar o espetáculo para as pessoas". Ele também explicou o mote da peça que de tão forte, foi parar até em seu título: "Esse querer é maior do que o comum, é um querer com afeto. É um querer que fala de um mundo melhor, de que as pessoas possam ser felizes. E no meio disso, tem essa Querência, a menina símbolo do espetáculo".

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Gabriel Breves, segundo ator do coletivo, também falou sobre a montagem: "Esse espetáculo me toca muito porque tenho muitos parentes de Natal, então cresci ouvindo as músicas e histórias da tradição oral nordestina. A história da menina, eu enxergo muito a minha irmã nela. Então pra mim tem muitas ligações pessoais". Já a atriz Ana Luiza falou sobre estar em cena, na rua: "É maravilhoso. É uma troca de energia maravilhosa. E acho que essa troca de energia cura. Quantas pessoas devem chegar aqui meio pra baixo e saem daqui radiantes.". Ana que é deficiente visual, revelou que o espetáculo foi um "presente" para ela: "Ele tem muito a ver comigo, tem muito a ver com as vontades de vencer, dos quereres e de formas diferentes de ver esse mundo maluco da gente".

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Plateia

Adultos e crianças, sentados lado a lado, no chão da praça, formavam a plateia da sessão de estreia de Querência quer ver o mar, em Olinda. Enquanto os atores se preparavam para entrar em cena, os olhinhos dos menores não desgrudavam do colorido dos 'apetrechos' e figurinos da trupe. Já os adultos, pareciam bastante satisfeitos com a possibilidade de uma tarde cultural ao ar livre.

Fabiana Cavalcanti, moradora da cidade, levou os três filhos para assistir ao espetáculo, Maria Flor (1 ano e 5 meses), Alice (5 anos) e Gabriel (9 anos): "É diferente, né? O teatro veio até a gente", disse. Alice estava na expectativa pela sua primeira vez no teatro: "Eu quero ver um palhaço", disse a pequena. Já Eugênia Lima estava com a filha, Maria Antônia (7 anos), e a sobrinha, Maria Alice (5 anos): "A cidade não tem essa coisas, a cultura é inacessível. É um presente mesmo trazer a família para ver arte, porque arte é o que comunica", disse.

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Temporada

Seguindo temporada, após a estreia deste sábado (30), o coletivo apresenta o espetáculo na cidade do Recife, neste domingo (1°), no Marco Zero, às 16h. Na segunda, a trupe aporta em Natal, no Rio Grande Norte, para uma circulação em alguns interiores do estado.

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Durante show realizado nesta sexta-feira (29), no Classic Hall, a banda O Rappa anunciou que um DVD gravado no Recife será lançado no fim deste ano. Apesar de ser conteúdo inédito, as filmagens foram feitas em 2016, durante uma apresentação do grupo no Marco Zero, no carnaval.

A ideia inicial era usar as imagens gravadas no ano passado com as captadas para o DVD 'Acústico Oficina Francisco Brennand', que foi liberado ainda no ano passado. No entanto, a produção decidiu que as duas filmagens não combinavam tanto entre si, e por isso as do show gravado no Recife Antigo foram guardadas para fazer parte de um projeto separado. 

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Os últimos shows do Rappa estão marcados para fevereiro de 2018, e, depois isso, o grupo afirmou que irá dar uma pausa por tempo indeterminado. Portanto, é possível que o projeto gravado em solo pernambucano seja um dos últimos lançamentos da banda por um bom tempo.

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O espetáculo 'Querência Quer Ver o Mar' chega a Pernambuco nos dias 30 de setembro, na Praça do Carmo, em Olinda, e 1º de outubro, no Marco Zero, centro do Recife. Misturando teatro, circo e manifestações da cultura popular, a encenação apresenta a história de Querência, uma menina cega, negra e qua vive no Sertão.

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Segundo o coletivo Du'evelhomoço Criações, do Rio de Janeiro, que produz o espetáculo, a peça se utiliza do "experimentalismo sensorial" para mostrar a busca da personagem pelos pais e as dificuldades que ela encontra. As duas sessões acontecem às 15h30. Durante as apresentações, os espectadores podem contribuir com qualquer valor para ajudar a produção.

Serviço

Querência Quer Ver o Mar

Sábado (30) | 15h30

Praça do Carmo (Avenida Liberdade, Carmo, Olinda)

Domingo (1º) | 15h30

Marco Zero (Avenida Alfredo Lisboa, s/n, Recife)

As ruas do Bairro do Recife serão tomadas por atrações culturais durante o projeto Recife Antigo de Coração, que ocorrerá em todos os domingos, no Marco Zero e Rua do Bom Jesus, das 16 às 17h30. As apresentações e ações são gratuitas.

Neste domingo (10), além das já tradicionais ações, como Ciclofaixa de turismo e lazer e feiras do Bom Jesus e do Prodaste, terá apresentação do grupo de Coco Besouro Mangangá. Já no dia 17 de setembro, a atração é o Ballet Deveras. O Recife Antigo de Coração é realizado pela Prefeitura do Recife e Secretaria de Turismo, Esporte e Lazer.             

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Serviço

Recife Antigo de Coração

Domingo (10 e 17)| 16 h

Marco Zero (Armazéns do Porto)

Rua do Bom Jesus (Recife Antigo)

 

Gratuito

Um protesto pacífico em prol de alertar a população pernambucana sobre o decreto assinado pelo presidente Michel Temer (PMDB), que extingue a Reserva Nacional de Cobre e seus Associados (Renca), uma área rica em minérios na Amazônia. Foi essa causa que mobilizou, neste sábado (2), no Marco Zero, área central do Recife, estudantes, engenheiros, médicos, e outros profissionais interessados em cuidar do meio ambiente. 

O grupo, além de participar de oficinas e outras atividades como pinturas de camisas com a frase #EuLutoPelaAmazônia, também orientam curiosos que passam pelo local sobre o assunto. O biólogo e diretor do projeto Trilogiabio, André Maia, conta que a área, alvo de Temer, fica justamente no coração da Amazônia. “Viemos para informar a população o que é esse decreto e o que é essa área. Uma área de aproximadamente 47 mil km², o que equivale ao território da Dinamarca e aí o presidente assinou fazendo com que a Renca fosse extinta. As pessoas estão dizendo que ele revogou, mas ele não revogou, ele apenas suspendeu. Suspender não é revogar”, avaliou. 

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O biólogo conta que o grande problema, caso a área seja liberada, é um impacto ambiental e até mesmo um desastre como o que aconteceu no município de Mariana, em Minas Gerais, há quase dois anos, onde a barragem de uma mineradora rompeu. “Causando um grande impacto irreversível no Rio Doce eliminando toda forma de vida silvestre, se isso acontece no coração da Amazônia, a proporção é mil vezes maior. Isso pode dar um mecanismo de desequilíbrio ecológico muito grande e irreversível não só para o Brasil, como para a Amazônia. A floresta amazônica controla a temperatura praticamente de uma boa parte de alguns países. Não posso falar global, mas isso pode gerar algo irreversível”, alertou. 

Maia disse que o interesse político de Temer é o de que a economia no Brasil precisa ser reerguida. “E, para isso, a exploração do minério na grande reserva natural. Diz que vai fazer como que tenha geração de emprego, investimento e aí aumentar a questão da economia, só que o Brasil é muito rico, ele tem muitas coisas que podem ser feitas para poder levantar a economia. Primeiro, acabar com a corrupção. Esse seria o ponto inicial, mas é muito mais fácil a gente ir para o lado mais simples da coisa do que acabar com a corrupção que existe em nosso país. Estão dizendo que vão tirar da forma mais honesta possível e dizem que vão respeitar todas as partes que estão reservas 100% de proteções e as terras indígenas estão dizendo que não vão mexer”, frisou. 

“Também alega (governo federal) que já existe a ação clandestina de mineradores na região, mas é preciso tentar fiscaliza. Eu sei que é muito difícil conseguir fiscalizar porque é um território muito grande, mas não se pode justificar um erro com outro. É preciso orientar a população do que é esse decreto para que a gente possa conseguir cada vez mais soldados nessa causa”, declarou. 

Ele acredita que é possível revogar o decreto. “Temer já começou suspendo porque teve uma repercussão negativa mundialmente. As redes sociais é um meio de comunicação muito forte, então como foi muito inciso, começou a suspensão. Tem um jeito sim de revogar, inclusive estão querendo colocar em discussão, mas não vão abrir para a população, mas mesmo assim o povo já sinaliza o que está querendo”. 

Para o coordenador do Greenpeace, Thiago Marinho, ressalta que o ato representa um protesto contra a decisão de utilizar a Amazônia “como palco” de investimentos estrangeiros e exploração mineral. “O Brasil já tem áreas que suprem mais cinquenta anos para o futuro, então não é necessário fazer uma medida como essa de utilizar a Amazônia como novo palco econômico de investimentos estrangeiros como a China e outros países”, pontuou. 

Ele também alertou para problemas que podem acontecer na região. “Um grande empreendimento ali pode acontecer a mesma coisa que no município de Mariana, em Minas Gerais, é algo que a gente não quer que aconteça. O ato justamente é para inibir a ajudar o povo da região Norte de fortalecer o movimento e não permitir que o governo faça o que bem quer com a Amazônia”. 

 

“O poder público tem que escutar a população, os movimentos ambientais e saber a melhor proposta para a utilização de recursos naturais conscientes. É uma medida que vai contra legislação porque o Brasil perde investimento com isso. Ele ganha até investimento se preservar a natureza. O Brasil está perdendo esse olhar do investimento pelo lado ambiental. O Brasil não precisa de mais áreas de destruição e, sim, de conservação. Não tem necessidade disso”, finalizou Marinho.

 

 

 

 

A Cow Parade, um dos mais famosos eventos de exposição de arte de rua, aportou pela primeira vez no Nordeste brasileiro, e o destino escolhido para a sua 11ª edição no Brasil foi o Recife. Nascida na suíça, a exposição consiste na exposição de vacas estilizadas por artistas locais e que ficam espalhadas pelas cidades por onde passam. “O Marco Zero é o símbolo do Recife, e receber isso aqui, pela primeira vez no Nordeste, é muito importante. O evento tem repercussão internacional e colocará Recife nessa vitrine artística”, comentou Ana Paula Vilaça, secretária de Cultura, Turismo, Esportes e Lazer.

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Raoni Assis foi o eleito para realizar a tradicional pintura ao vivo da primeira vaca. O artista visual é um dos 55 artistas locais a pintar as vacas que serão espalhadas pela cidade a partir de outubro. Segundo o grafiteiro, a ideia para o desenho no animal esculpido tem inspiração em um texto lido recentemente por ele, ‘O Sertão’, de Ascenso Ferreira. “Hoje a gente começa o trabalho aqui a céu aberto, mas na verdade ainda vou passar um mês concluindo o projeto junto com outras pessoas em um galpão”, explica. Para a sua vaca, ele escolheu cores neons e um visual de caveira, que ainda será terminado ao longo do mês.

“Recife é, primeiramente, uma terra fantástica, Pernambuco é muito rico em artistas talentosos. Acho que vamos ter uma edição extremamente criativa. Vamos fazer as vaquinhas dançar o frevo, o maracatu”, disse Catherine Duvignau, representante da Cow Parade no Brasil. Ela destacou que a partir de hoje estão abertas as inscrições para os demais 54 artistas que tenham interesse em decorar as vacas. Para participar é necessário acessar o site da exposição, preencher a ficha de inscrição e enviar o desenho do projeto pensado para a pintura. A escolha será divulgada no dia 13 de setembro.

A retomada do Arrastão do Frevo irá inaugurar a temporada de preparativos para o Carnaval.  A partir de agosto, orquestras e agremiações terão encontro marcado com a população nos primeiros domingos do mês, até o carnaval de 2018. O ponta pé inicial será dado neste domingo (6), com concentração às 15h no Marco Zero e saída às 16h.

O acesso será gratuito e a marcha será comandada pelo Bloco Brabos e Valentões. A promessa é de usar a capoeira, o passo e o frevo para empolgar os foliões ansiosos que contam os dias para o próximo festejo carnavalesco. A agremiação irá recriar movimentos dos ‘brabos e valentões’ do Recife, que marcaram os carnavais da cidade no século IXX. 

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O Paço do Frevo, organizador do Arrastão, estará aberto para visitação de terça à sexta, das 9h às 17h, e nos sábados e domngos das 14h às 18h. Os ingressos custam R$ 8 (inteira) e R$ 4 (meia), com entrada gratuita às terças. 

Após entrar na maré próxima ao Marco Zero, centro do Recife, por volta das 14h40 da quarta-feira (31), um homem ficou desaparecido até às 10h30 desta quinta-feira (1°), quando seu corpo foi encontrado e encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML). Ele teria tirado seus pertences e entrado na água, apesar da correnteza forte pelo tempo chuvoso.

As buscas foram interrompidas na noite da quarta e retomadas na manhã da quinta-feira. De acordo com o Corpo de Bombeiros, a causa provável da morte foi afogamento. Não há informações sobre a identidade do homem.

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Um homem sumiu após entrar na maré nas proximidades do Marco Zero, no Recife, na tarde desta quarta-feira (31). O Corpo de Bombeiros fez buscas no local, mas elas foram suspensas com o anoitecer.

Segundo o Corpo de Bombeiros, por volta das 14h40 o homem tirou seus pertences e entrou na água. Ele chegou a ser alertado para não entrar por populares da área.

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Por conta do tempo chuvoso, há uma forte correnteza no local. As buscas serão retomadas na manhã da quinta-feira (1º). 

Três dias depois de um ato promovido para pedir a imediata saída do presidente Michel Temer (PMDB) do poder, a Central Única dos Trabalhadores (CUT-PE) e centrais sindicais realizam na tarde deste domingo (21) mais uma mobilização com o mesmo foco e também para pedir a realização de uma eleição direta. No Recife, a concentração acontece no Marco Zero, no bairro do Recife

O presidente da CUT-PE, Carlos Veras, em entrevista ao LeiaJá, reiterou que a pressão popular vai fazer com que Temer caia de uma forma ou de outra. “Temer está fragilizado porque os próprios que o apoiaram para concretizar essa trama, essa farsa estão aos poucos abandonando o barco porque são ratos, são traidores, são golpistas e os golpistas também se traem entre eles, mas Temer não vai cair simplesmente por vontade de setores que inclusive organizaram o golpe querendo dar o golpe dentro do golpe, Temer vai cair pela pressão popular e pela resistência. Nós resistimos desde o início e nós não sairemos das ruas”, avisou. 

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Ele lembrou a greve dia 28 de abril. “O protesto levou mais de 35 milhões de brasileiros a cruzarem os braços sendo a maior realizada nos últimos 100 anos. É por conta da greve, é por conta da resistência que conseguiu com que os trabalhadores, a sociedade pressionassem esse congresso conservador e corrupto no processo de intervenção popular para que as reformas não passem”.

“As reformas não passarão. Temer está sem condições de fazer as reformas. As burguesias, as elites que querem aprovar essas reformas estão querendo também a saída do Temer. Temer vai sair e cair. Seja em uma semana, um mês ou em mais dias, mas vai cair pela pressão popular e pela força do povo nas ruas”, acrescentou o dirigente. 

Também na tarde deste domingo será celebrado os cinco anos do Movimento Ocupe Estelita. O entorno do Cais será ocupado novamente. A programação do "Ocupe+5" contará com debates, entretenimento, exposição de fotografia e muita música, além de reflexão política acerca do atual momento do Brasil. O evento será na Avenida Engenheiro José Estelita, no bairro de São José.

O espetáculo ‘Cão sem Plumas’, da coreografa Deborah Colker, já tem novas datas de estreia em Pernambuco. O espetáculo será apresentado nos dias 3 e 4 de junho, no Centro de Convenções, em Olinda. Os ingressos já podem ser adquiridos através plataforma Bilhete Digital. O valor varia de R$ 25 a R$ 120.

A última apresentação da Companhia de Deborah Colker foi realizada em novembro de 2016, como ensaio. Na ocasião, o espetáculo foi apresentado a céu aberto, no Marco Zero do Recife. Foi através do poema ‘Cão sem Plumas’, de João Cabral de Melo Neto, que Deborah percorreu, durante 21 dias, as cidades de Belo Jardim, Limoeiro, Nazaré, Brejo da Madre de Deus e Recife para retratar a experiência vivida nas cidades e preparar o seu novo espetáculo para 2017. A expectativa é que, mais uma vez, o grupo emocione o público com a história da seca, da fome e da esperança do sertanejo que sai do Sertão para o Litoral. 

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Serviço

'Cão sem Plumas'

3 e 4 de junho

Centro de Convenções de Pernambuco 

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