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O presidente Jair Bolsonaro reconduziu Carlos Marun, ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo da gestão Temer (MDB), e o deputado José Carlos Aleluia (DEM), parlamentar citado na delação da Odebrecht, ao Conselho de Administração da Itaipu Binacional. As nomeações foram publicadas no Diário Oficial nesta sexta, 15, assinadas por Bolsonaro e pelo ministro de Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque, que também foi conduzido ao conselho, ele pela primeira vez. Os mandatos vão até maio de 2024.

O Conselho de Administração da Itaipu Binacional é composto de 14 integrantes, sendo sete de cada país - seis conselheiros e um representante do Ministério de Relações Exteriores. Também foram reconduzidos ao colegiado Pedro Miguel da Costa e Silva, Célio Faria Júnior e Wilson Pinto Ferreira Júnior, presidente da Eletrobras.

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Marun chegou ao conselho por indicação feita pelo ex-presidente Michel Temer no último dia de seu mandato. Ele chegou a ser afastado do cargo em março por liminar do desembargador Rogerio Favreto, mas em setembro o Tribunal Regional Federal da 4ª Região acabou suspendendo a decisão e liberando sua permanência no colegiado.

O ex-deputado pelo MDB foi quem comemorou com dança o resultado da votação do parecer pela rejeição de denúncia contra Temer no plenário da Câmara dos Deputados. Em vídeo, Marun disse que 'surrou' a oposição ao adaptar letra da música Tudo Está no Seu Lugar, sucesso na voz do cantor Benito de Paula.

Advogado, Marun também foi ao encontro de Temer nas duas vezes que o ex-presidente foi preso no âmbito da Operação Descontaminação, desdobramento da Lava Jato.

Marun também é aliado do ex-deputado Eduardo Cunha, tendo o visitado na prisão da Lava Jato no fim de 2016. Depois teve que devolver à Câmara R$ 1.242,62 que gastou para fazer uma 'visita natalina' ao amigo.

Já o outro nome reconduzido por Bolsonaro ao conselho da Itaipu, Aleluia, foi citado na delação da Odebrecht. Documento produzido pelo Ministério Público Federal em 2018 apontou que relatórios com dados extraídos do sistema do Setor de Operações Estruturadas da empreiteira revelavam evidências de suposto pagamento de R$ 300 mil ao deputado.

Anexado ao inquérito que investiga o parlamentar no Supremo Tribunal Federal (STF), o documento indicava que o pagamento ocorreu no dia 17 de setembro de 2010, em favor do codinome 'Missa', que, segundo executivos da empreiteira, identifica Aleluia.

À época, o parlamentar reagiu enfaticamente. "Não houve absolutamente nenhum pagamento. As evidências que têm são de que o dinheiro teve outro destino, porque inclusive a época é incompatível, eu estava com a eleição perdida".

O ex-deputado Carlos Marun (MDB/MS) chegou na manhã desta sexta-feira, 10, à sede da Superintendência Regional da Polícia Federal em São Paulo, no bairro da Lapa, para conversar com o ex-presidente Michel Temer, de quem é antigo aliado e foi ministro-chefe da Secretaria de Governo.

Temer está preso desde quinta-feira, 9, por ordem do Tribunal Regional Federal da 2.ª Região (TRF-2) no âmbito da Operação Descontaminação, desdobramento da Lava Jato que atribui a ele o papel de líder de organização criminosa para desvios de R$ 1,8 bilhão ao longo de 30 anos - crimes que o ex-presidente nega taxativamente.

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O ex-presidente ocupa uma sala especial no 9.º andar da sede da PF em São Paulo, próximo ao gabinete do superintendente regional. A autorização para Temer ficar preso em São Paulo foi dada pelo desembargador Abel Gomes, do TRF-2.

Marun foi a Temer na condição de advogado - sexta não é dia de visitas. Na entrada da PF ele exibiu sua carteira da OAB.

Quando Temer foi preso pela primeira vez na Descontaminação, em 21 de março, Marun também foi ao ex-presidente, então recolhido em uma sala especial na PF do Rio.

Na ocasião, Temer ficou preso quatro dias. No dia 25 de março, foi solto por ordem liminar do desembargador Ivan Athié, do TRF-2.

Na última quarta-feira, 8, a Turma Especializada da Corte, por dois votos a um, cassou a liminar de Athié e acolheu recurso do Ministério Público Federal, restabelecendo o decreto de prisão preventiva de Temer, imposto pelo juiz Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Criminal Federal do Rio, na investigação sobre supostos desvios em contratos da usina de Angra 3.

O colegiado também mandou prender o coronel João Baptista Lima Filho, o coronel Lima. Ele está no Presídio Militar Romão Gomes, na zona Norte de São Paulo.

O criminalista Eduardo Carnelós, defensor do ex-presidente, entrou com pedido de habeas no Superior Tribunal de Justiça. O habeas será julgado na terça, 14, pelos ministros da Sexta Turma do STJ, sob relatoria de Saldanha Palheiro. "A prisão do ex-presidente é injusta e cruel", protesta Carnelós.

O criminalista Maurício Silva Leite, defensor do coronel Lima, informou que também vai recorrer ao STJ.

O ex-ministro da secretaria de governo de Michel Temer, Carlos Marun, afirmou que o ex-presidente estaria sendo vítima de uma "queda de braço entre o STF e a Lava Jato, em que se busca demonstrar poder ao arrepio da lei e em não conformidade com o estado de direito".

Marun deixou por volta das 12h30 desta sexta-feira (22), a sede da PF no Centro do Rio, onde Temer está preso desde a noite de quinta-feira (21), depois de passar cerca de meia hora com o ex-presidente. Marun, que já havia visitado Temer na quinta, voltou a dizer que o emedebista está triste e inconformado.

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O ex-ministro contou ainda que Temer não prestou depoimento, conforme estava previsto. "Que eu saiba, não existe inquérito que autorize uma oitiva neste momento", disse, acrescentando que a prisão é "uma absurda injustiça e ilegalidade". "Tenho absoluta certeza de que ele provará sua inocência ", afirmou, completando: "Temer é um homem digno, honrado, com um patrimônio compatível com a sua renda. Essas acusações são indevidas".

O ex-presidente Michel Temer estava extremamente triste na noite de quinta-feira (21), mas confiante de que sua prisão pudesse ser revertida a qualquer momento. A descrição é do ex-ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, que visitou o aliado preso na Superintendência da Polícia Federal do Rio. Marun deu detalhes do encontro à Rádio Eldorado nesta sexta-feira (22).

"Encontrei um homem obviamente extremamente triste, especialmente por sabre que é uma medida judicial absolutamente esdrúxula", disse Marun a Haisem Abaki e Carolina Ercolin. "Mas (o ex-presidente) ainda confia na Justiça. Está sendo tratado com respeito e dignidade e aguardado que essa decisão absurda seja o mais rapidamente revertida."

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Marun criticou a decisão assinada pelo juiz Marcelo Bretas, da Operação Lava Jato no Rio. "Não vi ela sendo apoiada por nenhum jurista. Não vi ninguém que tenha dois neurônios apoiando essa decisão judicial. É um absurdo que seja a palavra de um homem que estudou Direito. Ela não seria escrita nem por um estagiário."

Sem dar detalhes, Marun disse que, em sua avaliação, a suposta fragilidade da decisão de Bretas abre margem para suspeitas a respeito dos objetivos da decisão que determinou a prisão do ex-presidente. "Tem a suspeita de que exista algo por trás disso e que os motivos sejam outros. De que se busque com essa confusão causada com essa decisão inconsequente e ilegal, outros objetivos."

"Temer era um perigo à ordem pública? à ordem econômica? Perigo são eles", disse Marun. "Ontem (quinta), subiu o dólar, baixou a Bolsa, cria uma celeuma na área política que vai atrapalhar a aprovação da reforma da Previdência. O presidente Temer tentou fugir? Não. O presidente Temer faltou a alguma convocação do Poder Judiciário? Não. O fato de ser absurda cria suspeitas sobre essa decisão."

Marun criticou o fato de a operação dizer que Temer comandava uma organização criminosa há quarenta anos. "Há quarenta anos, o presidente Temer nem exercia função pública. Não interessa o que eles pensam até porque não sabemos o que vai dentro do coração de pessoas que redigem decisões como essa. Ordenaram uma prisão preventiva sem nenhum pré-requisito para isso. Existe lei no País, se esse pessoal não sabe", concluiu Marun.

Um dos principais defensores do presidente Michel Temer, Carlos Marun, ministro da Secretaria de Governo, afirmou, nesta quinta-feira (27), ficar contrariado com o fato de, em sua opinião, as denúncias apresentadas contra o seu chefe não terem sido devidamente investigadas.

Para ele, não existem elementos comprobatórios suficientes nas três denúncias que foram apresentadas contra Temer. A última foi apresentada no último dia 19 de dezembro pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no âmbito do inquérito dos Portos, que apura se houve favorecimento a empresas do setor portuário na edição de um decreto de 2017.

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"Nada existe nesse decreto que possa sequer sugerir um benefício da empresa que está sendo acusada de pagar propina", afirmou Marun, em conversa com jornalistas pela manhã. "O inquérito virou uma tentativa de perseguição contra ele. A denúncia é pífia", completou. No caso das outras duas denúncias, a Câmara vetou a continuidade das investigações contra o presidente até o término do mandato.

O ministro também contestou algumas das práticas usadas pela operação Lava Jato como a prisão preventiva para a obtenção de delações e a prisão em segunda instância, sem a conclusão dos processos dos investigados. "Ou o Brasil caminha para uma reintrodução plena do Estado de Direito ou se caminha para a radicalização do Estado de exceção. A Lava Jato melhorou a política, mas é sabido que ela tomou muitos caminhos que flertaram com a extralegalidade", avaliou.

Para Marun, o fato de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter liderado as pesquisas de intenção de voto na pré-campanha deste ano mostrou que a população "não quer continuar essa guerra". "O preso símbolo da Lava Jato está na cadeia e continua líder das pesquisas, inclusive crescendo na intenção de voto. Mas dizer que a população quer continuar aquela guerra, eu não sei. Não sei se a população quer isso. Acho que guerra começa e termina", afirmou.

Marun disse ainda não saber se Lula deveria continuar preso, já que seu processo ainda não teve o trânsito em julgado, ou seja, ainda cabem recursos. O ministro, no entanto, afirmou que o petista jamais poderia ter sido candidato à Presidência da República.

"Ele não podia ser candidato. Eu nem sei se o Lula devia estar preso. Eu, como sou pelo Livrinho (Constituição), eu leio lá sobre trânsito em julgado e acho que o trânsito em julgado ainda não aconteceu para o Lula", afirmou.

Eleições

O ministro também comentou que o MDB, seu partido, deveria ter lançado alguém com perfil combativo e que fizesse a defesa do governo Temer nas eleições presidenciais deste ano. O ex-ministro Henrique Meirelles foi quem representou o partido. Durante sua campanha, ele acenou aos eleitores de Lula, em um sinal de que avaliava que poderiam eventualmente migrar para ele - já que foi ministro do ex-presidente.

"Eu me arrependo de não ter saído como candidato à Presidência. Foi uma eleição da verdade. Quem ficou de 'nhenhenhém', ficou de fora", disse. De acordo com ele, seu nome chegou a ser levado a Temer por um grupo de parlamentares, mas, o presidente teria dito que precisava de Marun em seu governo. "Acho que o presidente não queria confusão também", disse.

Questionado sobre como faria para bancar sua campanha, já que Meirelles se viabilizou justamente por usar dinheiro próprio no pleito, Marun falou que poderia ter feito uma campanha barata via redes sociais. "A questão financeira era primordial, mas não ia quebrar o fundo partidário se dessem R$ 2 milhões ou R$ 3 milhões para a campanha", afirmou.

O ministro de Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse, nesta quarta-feira, 17, que o presidente Michel Temer está "abalado" e "indignado" com o indiciamento feito pela Polícia Federal no âmbito do inquérito dos Portos. Marun demonstrou irritação principalmente pelo fato da filha do presidente, Maristela, também ter sido envolvida no caso, que apura se houve favorecimento a empresas do setor portuário na edição de um decreto de 2017. Temer e a filha estariam envolvidos, segundo o relatório, em crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Marun disse que, mesmo que os fatos apontados pela Polícia Federal fossem verdadeiros, o que ele nega, "não haveria prática criminosa por parte da filha do presidente". "Preocupa nisso uma situação que tem se tornado constante que é a tentativa de envolvimento de familiares daqueles que se quer atingir. Parece que para abalar o ânimo que quer se atingir se vai atrás de algum parente. Essa é uma prática que tem que ser abolida. Vários são os casos de parentes que são envolvidos e depois fica o dito pelo não dito", afirmou.

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Um dos principais aliados de Temer, Marun disse ainda que o inquérito dos portos "não deveria ter existido", pois "o crime não existiu". "São mil páginas (no relatório) de um festival de ilações. Nessas mil páginas não existe nada de concreto em relação a atitude ilícita do presidente da República. Deveria ter terminado no momento em que se fez a leitura e ficou evidente que a Rodrimar não era beneficiada pelo decreto", disse.

Ele também criticou o fato do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), ter autorizado a quebra de sigilo bancário de Temer desde 2013. Marun considera que Barroso agiu "no mínimo de forma equivocada" e que há uma "perseguição" contra Temer.

"Eu sempre disse que era absurdo que, em um inquérito que investiga uma questão de 2017 se rompe o sigilo bancário de alguém desde 2013. Quer dizer, se deixa de investigar o fato e começa a perseguir a pessoa. Mesmo assim, não existe nenhuma prova nesse inquérito, principalmente de qualquer atitude indevida praticada pelo presidente no exercício do seu mandato", defendeu.

Marun descartou a possibilidade de ser apresentada uma terceira denúncia contra Temer este ano. "Não trabalhamos com a hipótese de uma terceira denúncia, trabalhamos sim com a indignação em função de tudo isso (...) Não podemos perder a esperança nas pessoas."

Mais cedo, um aliado de Temer contou que Temer estava "particularmente chocado", mas que isso não vai abatê-lo e que ele vai continuar cumprindo suas agendas. No Planalto, há um questionamento sobre o presidente Temer não ter sido ouvido antes do indiciamento. O argumento é que não foi dado direito ao contraditório.

O ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência, Carlos Marun, afirmou nesta segunda-feira, 27, que o presidente Michel Temer definirá um novo nome para assumir a liderança do governo no Senado até esta terça-feira, 28. Na tarde desta segunda o senador Romero Jucá (MDB-RR) deixou o cargo por discordar da forma como o governo federal está tratando a questão dos venezuelanos em Roraima. Ele disse que, como líder, não poderia cobrar e reclamar do governo nesta questão.

"O presidente tem algumas ideias de convite e até amanhã terá selecionado um novo líder", disse Marun. Mais cedo, Jucá afirmou que o cargo poderia ficar com o primeiro vice-líder, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) mas Marun afirmou que Temer não chegou a conversar com o pernambucano.

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O ministro classificou a decisão de Jucá como uma "atitude ética" e disse não acreditar que o senador tenha tido alguma intenção eleitoreira. "Jucá está tomando uma atitude ética. A partir do momento em que ele discorda da nossa atitude em relação a essa questão, ele decide se afastar da liderança do governo e, a partir daí, ele tem a liberdade de tomar as atitudes que entender as mais devidas para a questão", disse.

Questionado sobre se o governo já esperava um rompimento de Jucá, Marun afirmou que, diante da negativa de fechar a fronteira do Brasil com a Venezuela em Roraima, principal pleito do senador junto ao governo federal, o Planalto sabia que essa "poderia ser uma das consequências".

Em nome do governo, Marun agradeceu Jucá por seu "dinamismo e inteligência durante o tempo em que exerceu a função". "Desejamos êxito agora, principalmente nessa empreitada eleitoral a qual ele se dedica a partir de agora com mais afinco", disse. Jucá é candidato à reeleição ao Senado por Roraima.

Marun também reafirmou a decisão do governo federal de não fechar a fronteira para conter o fluxo de entrada de venezuelanos no estado. "O Brasil tem condição de resolver a crise sem romper com nossa tradição, com nossa história e com os acordos internacionais que celebramos", disse.

Após ter chamado o candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, de "débil mental" em um grupo de WhatsApp, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, divulgou nota na noite deste domingo (22) afirmando que não teria usado a expressão se soubesse que ela viria a público. Segundo o ministro, a mensagem a parlamentares do MDB e ao pré-candidato do partido, Henrique Meirelles, tratava de posições pessoais que ele deseja discutir com o partido.

"Admito que se soubesse que as mesmas se tornariam públicas não teria utilizado o termo 'débil mental' em relação ao Sr. Ciro Gomes, por reconhecer que, independentemente de minhas posições pessoais, um candidato a presidente da República deve ser publicamente tratado com o maior respeito", afirmou Marun.

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A nota de Marun não comenta outros trechos polêmicos da mensagem. Entre outras propostas, o ministro de Michel Temer defendeu uma forma de "leniência" ao caixa dois praticado em eleições passadas e a fixação de mandato para ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Marun sugeriu a criação de uma corte constitucional para "dirimir conflitos" entre o STF e a Constituição, um conselho superior para controle externo das polícias e ainda avançou sobre a área social, ao recomendar o fim da gratuidade total aos pacientes no Sistema Único de Saúde (SUS).

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta terça-feira, 17, a Operação Swindle contra um grupo criminoso que fazia clonagens de números telefônicos para aplicar golpes via aplicativo de trocas de mensagens. Em março, os alvos da investigação haviam clonado os celulares dos ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria de Governo, Carlos Marun, e do ex-ministro do Desenvolvimento Social e Agrário Osmar Terra.

Os criminosos, diz a PF, se apossavam das contas de WhatsApp das vítimas e, fazendo-se passar pelos reais donos dos números, solicitavam transferências bancárias a pessoas de suas listas de contatos.

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De acordo com a investigação da PF, o grupo se valia de contas bancárias falsas e outras emprestadas por terceiros para receber os valores arrecadados com as fraudes. Ao todo, a PF cumpre cinco mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva no Maranhão e Mato Grosso do Sul expedidos pela Justiça Federal em Brasília.

O ministro Carlos Marun foi o primeiro dos ministros a ser alvo do grupo. Como mostrou o Estado em março, após ser acionado via o aplicativo, um amigo pessoal do ministro se dispôs a fazer um depósito. De acordo com o ministro, quem trocava mensagens com ele recebia de volta um pedido de "um favor" seguido da pergunta se o contato possuía conta do Banco do Brasil.

Braço direito do presidente Michel Temer, o ministro Eliseu Padilha foi alvo duas vezes do grupo criminoso. Após trocar pela segunda vez de celular por causa da clonagem, o emedebista enviou uma mensagem aos seus contatos. "Atenção: este meu celular foi clonado e soube que estão fazendo pedidos indevidos em meu nome. Não atendas nem mandes mensagens para este número. Vou tratar de responsabilizar criminalmente o clonador", escreveu Padilha.

O ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun, reagiu com ironia à tentativa do ex-ministro da Fazenda e pré-candidato à Presidência Henrique Meirelles (MDB) de se distanciar da gestão Michel Temer. "Vejo gente preocupada em perder voto por estar do lado do governo. Mas que voto? Quantos votos tem o Meirelles?", questionou Marun, em entrevista ao programa Canal Livre, exibido na madrugada desta segunda-feira (4), pela Band. Na pesquisa CNT/MDA de maio, o ex-ministro tem entre 0,3% e 1,4% das intenções de voto, dependendo do cenário.

Em entrevista ao Broadcast Político no sábado (2), Meirelles disse não querer ser visto como o representante da gestão Temer nas eleições. "Estou tirando o rótulo. Por exemplo, não sou o candidato do mercado, não sou o candidato do governo, não sou o candidato de Brasília."

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Em resposta, Marun disse ainda que Meirelles e todos os demais presidenciáveis identificados com o "centro" político deveriam retirar suas candidaturas e discutir um projeto comum, para então escolher um candidato. "É a única possibilidade de vitória (do centro)", disse o ministro, que teme uma eleição disputada entre o que chamou de extremos - Jair Bolsonaro (PSL) pela direita e o candidato petista pela esquerda. "No centro, que é o bom senso, ninguém tem voto. Essas candidaturas não vão a lugar nenhum."

Marun foi além e disse que todos os atuais postulantes à Presidência são "ruins". "Não são pessoas ruins, hoje são candidatos ruins." A "única coisa boa" do atual processo eleitoral, segundo ele, é a expectativa de que os líderes da pesquisa - Lula, Bolsonaro e Marina Silva (Rede) - "vão perder". "Sobra o centro, que não se organiza."

Durante a entrevista ao Canal Livre, Marun ainda fez sua habitual defesa enfática do governo Temer. Para ele, a gestão do emedebista é "o melhor governo da história por hora de mandato", mas que não consegue obter popularidade por causa de uma "conspiração asquerosa" que une setores da imprensa e do Judiciário.

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse na manhã desta segunda-feira (28) que o governo Temer atendeu todas as reivindicações dos caminhoneiros em greve. "Portanto, temos absoluta certeza que a greve não tem mais razão para existir", disse ele, em, entrevista à rádio CBN.

Na entrevista, o ministro chamou os caminhoneiros à responsabilidade, reiterando que eles devem retornar ao trabalho porque a pauta de reivindicação foi atendida.

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Indagado sobre os protestos que ainda estão ocorrendo no País, mesmo após o anúncio das medidas, na noite de domingo, pelo presidente Michel Temer, Marun destacou: "Vamos ver o que sobra deste movimento".

Na sua avaliação, mesmo com todo o custo das medidas - acima dos R$ 10 bilhões - o governo aprovou essa pauta porque considerou justas as manifestações da categoria.

O ministro Carlos Marun, da Secretaria de Governo, afirmou neste sábado (26)vque a Polícia Federal já fez pedidos de prisão para empresários que, segundo a corporação, estão por trás de um locaute na paralisação de caminhoneiros. Locaute (termo originado a partir da palavra em inglês lock out) é o que acontece quando uma paralisação é coordenada e incentivada por empresários do setor. A prática é proibida por lei.

Marun informou ainda que o governo começou a aplicar multas no valor de R$ 100 mil por hora parada para donos de transportadoras. Segundo o ministro, as primeiras ações adotadas pelo governo ontem, quando foi anunciada a ação de forças federais para desbloquear rodovias, garantiram o abastecimento das usinas termelétricas em Roraima. Além disso, de acordo com Marun, os aeroportos de Congonhas, em São Paulo, Porto Alegre e do Rio de Janeiro estão abastecidos e operacionais.

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Na entrevista, concedida após de quase três horas de reunião do presidente Michel Temer com ministros para avaliar os efeitos da paralisação dos caminhoneiros, Marun não apresentou novos números sobre rodovias bloqueadas. Conforme o ministro, o governo vai apresentar um balanço no final da tarde deste sábado, sexto dia de paralisações.

O ministro afirmou que o governo formou a convicção de que existe a prática de locaute e que a Polícia Federal já tem inquéritos abertos para investigar os casos. Ontem, o governo publicou um decreto autorizando ação das Forças Armadas na liberação de rodovias. "Hoje temos a convicção de que, além do movimento paredista, existe o locaute", disse Marun. "A PF já tem inquéritos abertos para investigar essas suspeitas. E os empresários suspeitos serão intimados. Rogério Galloro diretor-geral da PF também nos informou que já existem pedidos de prisão. Estão aguardando manifestação da Justiça", completou o ministro. O ministro disse, no entanto, que a PF não pode dar mais detalhes sobre os pedidos de prisão.

O ministro afirmou que o que presidente Michel Temer está muito preocupado com a situação da saúde. "O que o preocupou sobremaneira o presidente Temer é a situação da saúde. Não obstante nós tenhamos os principais hospitais do País em funcionamento, abastecidos, os seus estoques são de minutos e existe nesse momento uma grande preocupação", disse. Segundo Marun, já foi determinada a aplicação de multa em caminhões que estejam transportando insumos de saúde e que estejam parados.

Após caciques do MDB se movimentarem nos bastidores contra uma eventual candidatura própria do partido, o ministro Carlos Marun (Secretaria de Governo) disse à reportagem que "felizmente esses pensamentos derrotistas e adesistas não são majoritários".

O ministro chamou de "oportunista" o pedido de alguns emedebistas para que a sigla permaneça neutra na disputa e não apoie nenhum candidato à Presidência este ano para liberar os Estados. Ele ponderou que "cada um pode ir ter seus pensamentos".

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Marun diz ter certeza que o governo terá candidato e que é "provável" que seja um integrante do MDB. Neste caso, os nomes cotados são os do presidente Michel Temer e do ex-ministro Henrique Meirelles. Na última pesquisa realizada pelo Datafolha, em abril, ambos não ultrapassam 2% das intenções de voto.

Sobre o baixo índice de aprovação dos pré-candidatos do MDB, Marun disse que o partido vai para as eleições "torcendo para que a população caia na real". "Eleição se ganha e se perde. Ninguém pode apresentar à população o conjunto de realizações que nós promovemos. Não existe receita para o país melhor que a nossa", defendeu.

Como mostrou o Estadão/Broadcast, pelo menos nove diretórios regionais não querem que o MDB apresente candidato próprio à sucessão do presidente Michel Temer. O cálculo foi apresentado em jantar na quarta-feira, 9, na casa do presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE).

Também estavam presentes o presidente do partido e líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR), e o senador Renan Calheiros (AL), desafeto de Temer. O receio do comando emedebista é de que a impopularidade de Temer grude nos candidatos e prejudique o resultado nas urnas.

Na quinta-feira, 10, Temer procurou assumir um discurso que deixa aberta a articulação ao dizer, em entrevista ao Estadão/Broadcast, que "nenhuma possibilidade será descartada" embora tenha ressaltado achar difícil uma candidatura única de centro prosperar.

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (MDB), saiu em defesa do presidente Michel Temer, vaiado hoje ao visitar o local do desabamento de um prédio no centro de São Paulo. Em vídeo divulgado em suas redes sociais nesta terça-feira, 1º, Marun disse que Temer sabia da possibilidade de protestos, mas cumpriu seu dever de presidente.

"Expresso minha tristeza em função da tragédia", disse Marun. "Quanto à visita do presidente Temer, ele, mesmo consciente da grande probabilidade de ser hostilizado, em estando em São Paulo, de forma corajosa como é de seu feitio, decidiu visitar o local e, repito, cumprir o seu dever de presidente da República".

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Da ala oposicionista a Temer no MDB, o senador Renan Calheiros (AL) também lamentou o desabamento do edifício e disse que, "para piorar, o presidente apareceu do nada e teve que sair correndo entre pedras e vaias para evitar cena de ódio incontrolável". "A tragédia do edifício que desabou em São Paulo é metáfora do governo Temer: uma construção abandonada pegou fogo, desabou e matou pobres", escreveu Calheiros.

Pessoas arremessaram garrafas contra o presidente. Algumas atingiram um dos carros da comitiva de Temer. O presidente ficou cercado por jornalistas e populares que estavam no local e o vaiavam e xingavam repetidamente. Homens chegaram a se aproximar dos veículos e a deferir socos e pontapés nos carros, quando o presidente já estava dentro e tentava deixar a região às pressas.

Com o objetivo de tentar unificar o discurso do MDB, o presidente Michel Temer promoveu na noite desta terça-feira (24) mais uma reunião com lideranças do partido, com a participação do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, na qual pediu que seu governo seja defendido. Temer e Meirelles são cotados para disputar a Presidência pelo partido.

O senador Renan Calheiros (MDB-AL), considerado um dissidente na legenda, foi convidado para o encontro, mas não compareceu. Por causa da ausência, foi criticado pelo ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun. "Ele falta à reunião, a uma reunião como esta, mas não falta a inaugurações, não falta a solenidades de assinatura de contratos e convênios", disse Marun. "Essa hipocrisia é que entristece a gente que faz política com a verdade, sem hipocrisia e com seriedade."

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A reunião, realizada no Palácio da Alvorada, contou com a participação de dirigentes de diretórios do MDB em São Paulo, Piauí, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Acre, Rio Grande do Norte e Roraima. O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, também compareceu. Dois outros encontros desse tipo deverão ocorrer nas próximas semanas.

Segundo Marun, Temer quis "sentir o partido" e ouvir os dirigentes regionais da legenda, mas não houve discussão sobre a candidatura do MDB à Presidência da República. O ministro afirmou, no entanto, que todos os presentes defenderam que a legenda lance um nome para o Planalto, já que a gestão Temer teria muito a apresentar para o eleitorado. A definição sobre a chapa ocorrerá em junho, de acordo com Marun. O principal, segundo ele, é que o candidato do MDB, seja quem for, defenda o "legado do governo Temer".

O ministro ainda deixou uma fresta aberta para uma eventual composição com outros partidos. "Nós entendemos que temos condição sim de disputarmos, com amplas condições de vitória, as próximas eleições. (...) Não há óbice a que outro candidato se proponha também a fazer parte deste projeto. Mas isso será avaliado, e no momento certo decidiremos quem será nosso candidato", disse.

Articulações políticas nos Estados também foram discutidas. Ficou decidido, por exemplo, que o atual vice-governador de Minas Gerais, Antônio Andrade, será candidato ao governo. Marun disse ainda que o MDB está bem posicionado nos pleitos em São Paulo, com Paulo Skaf, e no Rio Grande do Sul, com o atual governador, José Ivo Sartori. "Vivemos um bom momento, e a cereja no bolo será uma candidatura presidencial que defenda o nosso projeto."

Marun voltou a dizer que o governo não trabalha com a hipótese de apresentação de uma terceira denúncia, pela Procuradoria-Geral da República, contra Temer. O ministro ainda minimizou os ataques de Renan ao partido. "Isso não nos atrapalha. Talvez atrapalhe em Alagoas, mas não em nível de Brasil", declarou, ironizando que "não conheço gente que vá votar por recomendação do senador".

Para o ministro, os baixos índices de popularidade do governo e o fraco desempenho dos dois presidenciáveis do MDB - Temer e Meirelles - nas pesquisas se devem ao fato de que Temer "é vítima da maior perseguição já engendrada contra um presidente da República no exercício do mandato da história do País, porque estamos há um ano sendo atacados de forma pusilânime por setores da mídia, pelo próprio Ministério Público, e isso tem como efeito a dificuldade para que a população reconheça os muitos feitos e realizações desse governo". Para Marun, no "momento certo" essa "injustiça será reconhecida, e esse momento, quem sabe, será antes da eleição".

Na reunião, foram apresentados relatórios de realizações do governo, para que sejam defendidas no âmbito regional. "Em muitos lugares há uma apropriação indébita por governadores oposicionistas dos feitos do governo", disse Marun.

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, negou que a secretaria-geral da Presidência, que era ocupada por Moreira Franco, será extinta. "Está descartada a extinção", disse o ministro, ressaltando que o ministério é "necessário" para o funcionamento do governo. "Jamais se cogitou a extinção deste órgão".

Marun disse que ainda não apostaria em nenhum nome para substituir Moreira, já que o interino Joaquim Lima não deve permanecer na pasta. "Eu não apostaria em nenhum nome. O presidente está avaliando e eu acredito que até o final do mês de abril nós tenhamos essa questão daquele que vai se somar a nós no Planalto (definida)", disse.

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O ministro disse que esse tema acabou não sendo o centro das atenções das conversas do presidente Michel Temer.

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmou nessa segunda-feira, 16, após reunião com o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, que o governo mantém a disposição em editar um decreto ou "outro dispositivo" para permitir a continuação de análises e estudos técnicos para a privatização da Eletrobras, mas que a decisão final sobre a operação cabe ao Congresso.

"O decreto deixará claro que a capitalização só irá ocorrer após autorização pelo parlamento, mas acreditamos ser necessário para a continuidade das análises e estudos. Não vamos ultrapassar o Congresso", afirmou.

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Sem prazo

O ministro não deu um prazo para a publicação deste texto. Na semana passada, o governo chegou a anunciar que um decreto seria editado pelo presidente Michel Temer, mas a medida acabou não saindo. "Estamos atentos e dedicados à questão da Eletrobras. A capitalização é necessária, mas faremos com o apoio do Congresso", afirmou.

Questionado se haveria a necessidade de mudar a composição da comissão especial na Câmara que analisa o projeto de lei da privatização da empresa, Marun disse acreditar que isso não será necessário e enfatizou que esse tema não foi tratado na reunião com Guardia. Marun disse que haverá reunião no Tribunal de Contas da União (TCU) para discutir o leilão das que são controladas pela Eletrobras e que devem ir a leilão antes da capitalização da empresa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse nesta quinta-feira, 12, que desistiu da ideia de apresentar um impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luis Roberto Barroso, a pedido do presidente Michel Temer.

"O presidente entende que não há como, não é o fato de eu me licenciar, e apresentar esse pedido de impeachment na condição de parlamentar, que vai afastar a impressão de que isso seria uma ação de governo", destacou.

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Segundo Marun, Temer colocou que não gostaria que isso se transformasse numa ação de governo, pois neste momento o pensamento do governo é de "pacificação". Apesar de confirmar que não fará mais o pedido enquanto for ministro, Marun repetiu as críticas feitas a Barroso, e disse ter convicção de que o ministro do STF "tem desrespeitado a Constituição nas suas decisões e tem deixado com que suas preferências político-partidárias se revelem nas suas decisões".

Marun afirmou que o cumprimento da Constituição é o único caminho "para que o Brasil continue avançando" e voltou a dizer que Temer sofre "ataques" e "perseguições". "A perseguição é real. A conspiração contra Temer aconteceu, continua e se agudiza", afirmou.

O ministro tentou se esquivar de comentar a informação, revelada hoje pelo jornal Folha de S.Paulo, de que a esposa do coronel João Batista Lima Filho, amigo de Temer, pagou em dinheiro vivo uma reforma no apartamento de uma das filhas do presidente. A PF suspeita que a obra tenha sido paga com dinheiro de propina da JBS.

Lima foi preso por três dias no final de março, alvo da operação Skala. Sua esposa foi intimada a depor. "Não sei se fornecedor de serviço está dizendo a verdade; não tenho como afirmar que isso é verdade", disse.

"Vejo como mais um capítulo da perseguição contra o presidente", completou. Marun disse ainda que é preciso parar de considerar verdade tudo que os delatores falam. "Já aprendemos a navegar na tempestade", ponderou.

Depois de alinhar o discurso com o presidente Michel Temer, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse que a Operação Skala, deflagrada nesta quinta-feira, 29,pela Polícia Federal, mostra que há "um complô" e que os "canhões da conspiração" tentam inviabilizar a candidatura do presidente à reeleição.

"Nós entendemos que a decisão do presidente de colocar a possibilidade de vir a disputar a eleição faz com que novamente se dirijam contra nós os canhões da conspiração", afirmou. "O que aconteceu hoje (quinta) não deixa de ser um reconhecimento de que eu, nas minhas afirmações, sempre estive certo, que se buscava investigar um assassinato onde não existe cadáver. O Decreto dos Portos não beneficia a Rodrimar", completou.

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Segundo o ministro, Temer já é o melhor presidente do País "por hora de mandato" e isso preocupa quem vê chance de ele continuar. "Eu não acredito em coincidências. Sempre que o Brasil dá uma reagida, surgem flechas envenenadas dirigidas ao presidente Temer", destacou.

Marun disse ainda que é claro que o presidente não está feliz com as prisões nesta quinta, já que é amigo de muitos deles, mas disse que "isso não inviabiliza candidatura". "Isso pode até ser um ponto favorável se o presidente vir a ser candidato", avaliou.D

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse que "não cogita" a possibilidade de o presidente Michel Temer ser novamente denunciado por conta do inquérito dos Portos. "Não acontecerá uma nova denúncia, não. Nós não trabalhamos com essa hipótese. E nem cogitamos essa possibilidade", declarou. "Até porque, eu repito, o decreto dos portos não beneficia a Rodrimar", completou.

Apesar das declarações de Marun, a Coluna do Estadão revelou que interlocutores do presidente Michel Temer já trabalham com a informação de que ele será denunciado pela terceira vez pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e começam a preparar o campo político para tentar impedir que a Câmara autorize abertura de processo contra ele no Supremo. Na noite de terça-feira, 20, as conversas sobre o assunto se intensificaram entre advogados e ministros. A expectativa é de que a procuradora Raquel Dodge pode denunciar Temer no inquérito dos Portos antes da eleição de outubro, o que contaminará o período eleitoral. O Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, confirmou com um auxiliar do presidente que há sim este receio no Palácio.

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Marun repetiu que o inquérito dos portos "é a investigação do assassinato de alguém que não morreu. É uma busca de pelo em ovo".

Silêncio

Marun não quis comentar o bate-boca de ontem no Supremo Tribunal Federal (STF) entre os ministros Gilmar Mendes e Luis Roberto Barroso. "Nada tenho a comentar". O ministro confirmou que continua decidido a apresentar um pedido de impeachment contra Barroso e afirmou que, "pelas conversas que teve", seu afastamento do ministério para apresentar a denúncia como parlamentar "será temporário".

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