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O Conselho Tutelar resgatou na noite desta quinta-feira (25) uma criança de três anos presa dentro de um barril no bairro do Itaim Paulista, Zona Leste de São Paulo. A mãe da criança, de 20 anos, foi detida em flagrante pela polícia militar. 

Os policiais e o Conselho Tutelar foram ao local atender a uma denúncia de maus-tratos e encontraram a criança nua, dentro de um barril que estava rente a parede da casa, para evitar a saída do local. O menino foi levado pelo conselho tutelar.

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De acordo com a polícia, a mãe do menino estava na casa quando as equipes chegaram. Ela foi autuada em flagrante e encaminhada para o 50º Distrito Policial, do Itaim Paulista, onde o caso será apurado pelos investigadores.

Outro caso semelhante de maus tratos à crianças também foi registrado neste mês de fevereiro na Zona Leste da capital paulista. Em 6 de fevereiro, uma criança de dois anos foi encontrada amarrada por fios, sozinha, em uma casa na região de Cidade Líder.

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Torturado pela própria família, que o prendeu dentro de um barril com pés e mãos acorrentados, o menino de 11 anos resgatado por policiais militares em Campinas, no Interior de São Paulo, deverá ser encaminhado a um abrigo. Desde que foi salvo no sábado (30), ele está internado no Hospital Municipal Ouro Verde.

Após denúncias da vizinhança, os policiais o encontraram nu e com sinais de desnutrição dentro de um tonel de metal de tinta, fechado com o peso de uma pia de mármore. De acordo com a PM, ele estava muito suado e mal conseguia se mexer após passar cinco dias sem comer. O garoto pesa cerca de 25 kg e ficava exposto ao sol por longos períodos.

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Ele contou que comia as próprias fezes quando sentia fome e durante o resgate chorou ao implorar para ser adotado. O pai, a madrasta e a irmã mais velha foram presos em flagrante e afirmaram que o menino era muito agressivo e costumava fugir de casa. O pai alega que a tortura foi a opção de educá-lo. Caso condenado, ele pode ficar preso de 2 a 8 anos. Já as envolvidas podem receber penas entre 1 e 4 anos de reclusão.

O Conselho Tutelar informou que já monitorava o caso e chegou a visitar a casa da família, mas verificou apenas 'fatores de média vulnerabilidade'. O caso foi registrado na 2ª Delegacia de Defesa da Mulher.

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu em flagrante um homem que teria deixado um cão amarrado para morrer. O crime ocorreu em Mateus Leme, região Central do estado. Após ser ouvido na delegacia, o suspeito foi autuado por maus-tratos qualificado e imediatamente encaminhado ao sistema prisional.

A delegada responsável pelo caso, Ligia Mantovani, ressalta que já foi representada também pela prisão preventiva do investigado. “Vale lembrar que, em 29 de setembro de 2020, houve uma inovação legislativa que tornou possível a prisão em flagrante de quem comete o crime de maus-tratos contra cães e gatos, tendo a pena aumentado para até cinco anos de reclusão”, pontua.

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O animal foi resgatado extremamente fraco, com carrapatos e pulgas, além de ter os dentes quebrados e podres, em razão da falta de cuidados veterinários, e com feridas e secreções pelo corpo. De acordo com a equipe, o cão apresentava mau cheiro semelhante a corpo em decomposição.

As investigações tiveram início após denúncia anônima. A equipe de investigadores compareceu na residência do suspeito, onde constataram que o cão havia sido amarrado junto ao chiqueiro da propriedade, sem água, sob sol e sem ração.

Na delegacia, o preso afirmou que ouvia o cão chorar e gemer, mas que não fez nada para auxiliar. O animal está sob os cuidados de um tutor provisório.

“A Polícia Civil não compactua com a prática de crimes em desfavor de animais e está atenta às denúncias para atuar imediatamente na salvaguarda dos mesmos”, finalizou a delegada.

Da assessoria da PCMG

A mãe e o padrasto de um adolescente foram detidos acusados de maus-tratos. O menor foi encontrado pela Polícia Militar em via pública, com as mãos e os pés amarrados. O caso aconteceu em Tabira, município do Sertão de Pernambuco. 

A PM confirma que o casal tentou explicar a situação dizendo que a atitude era para punir o adolescente porque ele havia cometido roubos e furtos na cidade - e por conta disso estaria sofrendo ameaças de morte.

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Diante dos fatos, todos foram conduzidos à Delegacia de Polícia Civil da cidade, onde a mãe e o padrasto do menor assinaram apenas um Termo Circunstanciado de Ocorrência e foram liberados.

O acorrentamento de animais domésticos pode ser proibido em todo o estado de Minas Gerais e quem for flagrado descumprindo a medida pode pagar multa de até R$ 11,8 mil. A proibição da prática, considerada como maus tratos, consta em projeto de lei em tramitação na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

O projeto é de autoria do deputado Noraldino Júnior (PSC) e tem o objetivo de deixar mais clara as definições de maus-tratos aos animais domésticos presentes na lei 22.231/2016. Segundo o deputado, a lei não é clara com relação à proibição do acorrentamento.

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Noraldino Júnior também destaca que não há entendimento sobre o tema e que muitos profissionais não interpretam a privação de liberdade animal como prática proibida.

“Os animais submetidos a acorrentamento são necessariamente vítimas de violência, uma vez que possuem, pelos menos, uma de suas cinco liberdades violadas: devem ser livres de fome e sede; livres de desconforto; livres de dor, ferimentos e outras ameaças à sua saúde; livres para expressar seu comportamento natural e livres de medo e estresse. Não são raros os casos de animais domésticos impedidos de se movimentar, sendo que muitos passam a vida toda presos com correntes pesadas e até cadeados”, diz o parlamentar no texto. 

O projeto de lei estabelece multa de quase R$ 4 mil para infrações cometidas por pessoas físicas e de quase R$ 12 mil se for pessoa jurídica, valores que podem dobrar em caso de reincidência. O animal poderá ser apreendido e o Estado poderá cassar a inscrição de empresas no cadastro de contribuintes sobre o ICMS.

A proposta já foi aprovada pela comissão de Constituição e Justiça da Assembleia. Ela está na comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Caso seja aprovada, seguirá para o plenário.

Um abrigo clandestino de idosos, localizado no bairro da Mangabeira, Zona Oeste do Recife, foi interditado nessa segunda-feira (30). A proprietária do local foi presa por maus tratos, retenção do cartão de benefício e apropriação indevida dos rendimentos de idosos. 

Os próprios moradores do entorno realizaram a denúncia junto à Promotoria de Justiça e Cidadania. Eles informaram que o abrigo amontoava 11 idosos e duas pessoas com necessidades especiais, que estavam expostas a condições degradantes. 
 
A Vigilância Sanitária encontrou fraldas e alimentos jogados no chão do abrigo, que não tinha ventilação adequada, nem possuía enfermeiros ou responsáveis técnicos. Parte do almoço que seria servido estava estragado e remédios estavam jogados.

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"Não foi apresentado alvará de funcionamento, CNPJ, não havia, sequer, ficha cadastral dos abrigados, prontuário médico, nem prescrições médicas para os medicamentos ministrados", indica a Polícia Civil (PC), que acrescenta que os idosos revesavam poltronas e camas. 

Os quatro colaboradores trabalhavam sem carteira assinada e eram remunerados com o saque dos benefícios dos abrigados. Um dos cartões ainda teria sido empenhado numa farmácia.

O local foi fechado pela Delegacia do Idoso (DHPP) e uma idosa, de 95 anos, precisou ser socorrida para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), com escaras "gravíssimas" nas costas. "Ao longo desses meses na Delegacia do Idoso, nunca vi escaras tão horrorosas. As fotos são chocantes e sequer podrão ser exibidas", disse a delegada Tereza Nogueira.

O grupo Mulheres do Brasil uniu-se às autoridades para identificar as famílias das vítimas. Os que se negarem a receber os idosos responderão criminalmente, reforça a PC.

Uma menina, de um ano e sete meses, foi resgatada na Paraíba após ser vendida pela própria mãe. A criança é natural de Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste de Pernambuco, e está sob os cuidados do Conselho Tutelar do município desde a quinta-feira (19).

Encontrada após uma denúncia anônima, diante do inquérito policial, o Conselho Tutelar não pôde confirmar a cidade paraibana em que ela estava, nem se apresentava indícios de maus-tratos. “O nosso conselho recebeu a denúncia e nós a remetemos para a delegacia, que tem a competência de investigar e fez os encaminhamentos”, informou o conselheiro Marivaldo Andrade.

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Desde a sexta-feira (20), a garota está em uma casa de acolhimento, onde ficará temporariamente até o conselho encontrar parentes próximos, que tenham condições de recebê-la.

Tanto a genitora, quanto a família paraibana que a comprou, foram ouvidas pela Delegacia de Santa Cruz do Capibaribe, que conduziu a investigação. "A Polícia Civil informa que instaurou inquérito policial do caso e na ocasião, a genitora e os intermediadores foram indiciados", confirmou em nota.

Um levantamento da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP/SP) mostra que, de 2016 a 2020, mais de 120 mil animais foram resgatados pela Polícia Militar Ambiental (PMAmb) do estado. Entre os bichos estão aves silvestres mantidas de maneira irregular, animais domésticos vítimas de maus tratos e espécies raras utilizadas por quadrilhas de comércio ilegal.

De acordo com o estudo, desde 2017, mais de 13 mil pessoas foram alvo de processos judiciais por crimes como os de abuso, maus-tratos, ferimentos ou mutilações contra os animais. Segundo o Código Penal, os delitos podem ser punidos com multa mínima de R$ 3 mil ou prisão de seis meses a cinco anos de reclusão.

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Como denunciar?

A SSP/SP tem um canal de comunicação exclusivo para denúncias de crimes contra os animais. A Delegacia de Proteção Animal (DEPA) funciona 24 horas por dia na internet e mantém em sigilo a identidade dos autores da acusação.

Após serem resgatados nas operações policiais, que são acompanhadas por veterinários e membros de organizações não-governamentais (ONGs) especializadas em acolhimento animal, os bichos são direcionados aos Centros de Triagem de Animais Silvestres (CETAs) e Centros de Recuperação de Animais Silvestres (CRAs). As estruturas geridas pelo poder público recebem e cuidam das espécies apreendidas até que possam ser adotados ou, no caso dos silvestres, soltos na natureza.

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Confinada em uma caixa de madeira, sem a devida limpeza ou condição de bem-estar, uma cadelinha foi resgatada pela Polícia Civil (PC) em Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife (RMR). A recente alteração na lei de maus tratos contra animais domésticos, culminou na prisão em flagrante do tutor nesta quinta-feira (11).

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Autuado, o suspeito informou aos policiais que o animal estava preso há meses no espaço improvisado para que não causasse danos às plantas ou atacasse suas galinhas. A PC ressalta que a 'gaiola' estava suja de fezes e urina, e a cadela se agitou com a chegada do efetivo, quando tentou 'desesperadamente' sair do confinamento.

Antes da mudança da Lei 14.064/2020, os donos acusados de maus tratos assinavam um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e respondiam em liberdade. No entanto, a atualização prevê pena de dois a cinco anos de prisão, multa e proibição da guarda do animal. Diante do flagrante, o tutor foi conduzido à delegacia, onde ficou à disposição da Justiça.

Agentes da Polícia Civil, que atuam por meio da Delegacia de Proteção ao Idoso (DPID), prenderam em flagrante nesta sexta-feira (23), um homem de 34 anos, pelos crimes de Maus Tratos e Retenção de Cartão de Benefício de Pessoa Idosa. O caso aconteceu no bairro de Dois Unidos, Zona Norte do Recife.

Segundo a polícia, a vítima trata-se da mãe do agressor, “Dona Hilda”, uma idosa de 70 anos, que vivia sob condições insalubres e era abandonada com frequência. No cativeiro, também não havia medicação ou alimentos em condição de preparo.

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O flagrante foi coordenado pelas delegadas Tereza Nogueira e Marissandra Pimentel, que estão à frente da DPID. A denúncia chegou aos policiais da unidade por meio de material enviado através do WhatsApp, por uma conhecida. Fotos e vídeos da senhora mostravam a situação desumana, e que vinha ocorrendo há meses.

A denunciante também fornecia comida à vítima, voluntariamente, e se dispôs a testemunhar contra o autor.

Ao ser questionado sobre o cartão do benefício da mãe, o autuado informou que “encontra-se empenhado com um agiota”, deixando claro que, além dos crimes citados, também se apropriou dos proventos da genitora em benefício próprio.

A idosa é cadeirante e apresenta sequelas de um AVC. No local, havia muito lixo e até mesmo ratos, e a vítima, que possui dificuldades de locomoção, não tomava banho há dias. Na denúncia, os policiais também tiveram acesso à informação de que a mulher era abandonada durante todos os fins de semana.

Nos períodos em que foi abandonada, a aposentada ficava trancada e no escuro, já que a casa não possui energia elétrica. Também há registros de que a vítima, sem auxílio, não conseguia levantar da cama e precisava defecar e urinar no próprio leito, sem asseio. 

A Polícia Civil também compartilhou que a idosa, no percurso de volta do resgate, ficou deslumbrada com a paisagem da cidade. Dona Hilda já foi acolhida no Abrigo Edusa Pereira, onde passa bem. O autuado foi apresentado para audiência de custódia.

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Um homem de 26 anos foi preso em flagrante pela Polícia Civil do Estado do Espírito Santo na segunda-feira (19) acusado de maus-tratos a animal no bairro de Praia Grande, em Fundão. A ação aconteceu em conjunto com a CPI dos Maus Tratos da Assembleia Legislativa do Estado que realizou a denúncia. 

Após a denúncia da CPI, os investigadores identificaram o local onde os maus-tratos aconteciam e confirmaram o crime.

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“A equipe encontrou nos fundos da residência a cadela da raça pit bull em estado de subnutrição e encoleirada a uma pilastra com uma guia curta, fato que impedia praticamente qualquer movimentação do animal. Além disso, não havia água ou comida disponível para a cadela", afirmou o delegado titular da Delegacia Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Aracruz, Rodrigo Peçanha. 

Uma veterinária que acompanhou a diligência confirmou que a situação em que o animal estava poderia causar a morte. A cadela da raça pitbull foi levada a um hospital veterinário e o homem encaminhado à 13ª Delegacia Regional de Aracruz.

A Agência Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco (CPRH) multou em aproximadamente R$ 4 milhões dois autônomos, flagrados durante realização de transporte ilegal de aves silvestres, na madrugada da última segunda-feira (19). A autuação ocorreu em Custódia, no Sertão, pelo Batalhão Especializado de Policiamento do Interior (BEPI), que integra a Polícia Militar de Pernambuco. Os comerciantes responderão pelos crimes de tráfico de animais silvestres e maus tratos, pelos quais ambos já têm registro.

Com eles, a CPRH encontrou 149 aves, naturais da Caatinga. 136 eram espécies de papagaios, todos verdadeiros, em sua maior parte, filhotes. Duas outras aves eram araras-maracanãs, espécie comum no Norte do país. Também foram resgatadas sete aves graúnas (Iraúna-Grande) e quatro periquitos-de-encontro-amarelo. As aves foram trazidas do Piauí, e o objetivo dos traficantes era comercializá-las na feira de Belo Jardim, no Agreste de Pernambuco.

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Após o flagrante, os policiais acionaram a CPRH, para a lavratura do auto de infração e a recuperação das aves traficadas. 

De acordo com o gerente da Unidade de Gestão de Fauna Silvestre da CPRH, Iran Vasconcelos, essa foi a maior apreensão de papagaios feita pela agência, desde que o órgão estadual assumiu a gestão da fauna silvestre em Pernambuco, em 2014.

“Lamentável o estado dos animais, transportados de forma cruel. Elas estavam famintas e foi necessário alimentá-las, antes de trazê-las para o Centro de Triagem de Animais Silvestres, unidade da CPRH, localizada no Recife”, comentou Vasconcelos.

Ainda segundo o gestor, a multa foi aplicada individualmente, em aproximadamente R$ 1,9 milhão a cada um dos infratores. O veículo utilizado para o transporte ilegal também foi apreendido pela Polícia Civil da Delegacia de Custódia.

Os criminosos, de 43 e 23 anos, residem em Caruaru, no Agreste do estado. Segundo levantamento, a dupla já foi multada várias vezes por fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), inclusive no estado de Alagoas.

As aves já passaram pelo Centro de Animais Silvestres (Cetas Tangara), onde foram alimentadas e examinadas. A equipe da CPRH encerrou a operação na madrugada desta terça-feira (20). Os animais estão agora sob os cuidados da CPRH, até receberem alta e poderem ser reinseridos na natureza.

Uma ação da Polícia Militar (PM) de São Paulo resgatou uma menina de apenas seis meses de vida, vítima de maus-tratos praticados pelos próprios pais.

De acordo com as equipes policiais, o casal estava embriagado, sob o efeito de entorpecentes e agredia a criança. A dupla foi presa em flagrante.

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Segundo os guardas que atenderam ao chamado na região leste da capital, o alerta seria para um caso de violência doméstica entre o casal. No entanto, ao chegar à residência, as equipes da PM notaram que os pais da menina estavam descontrolados, com sinais de embriaguez e uso de drogas.

Refém

Ainda de acordo com o relato dos agentes, o homem não permitia a aproximação dos policiais para poder esconder os ferimentos na cabeça e nos olhos da criança. Com o pai trancado na casa e tendo a filha como uma espécie de escudo contra a PM, os agentes iniciaram uma negociação para que o agressor se rendesse e entregasse a criança.

Segundo os policiais, o casal não respondia às perguntas sobre os hematomas espalhados pelo corpo da pequena e receberam voz de prisão em flagrante pelo crime de maus-tratos.

A garotinha foi socorrida pelos próprios policiais que, comovidos com a situação, cuidaram da criança e a alimentaram no centro clínico. Ainda segundo a PM, exames médicos mostraram escoriações em outras partes do corpo do bebê. Ela permanece internada aos cuidados dos médicos e do Conselho Tutelar.

O deputado estadual de São Paulo Paulo Correa Jr (DEM) apresentou um projeto de lei que proíbe o acorrentamento de animais domésticos, que impeçam a possibilidade do animal caminhar, alimentar-se e até mesmo realizar ações que sejam essenciais para sua sobrevivência.

De acordo com o projeto, caso a norma não seja cumprida, uma multa poderá ser aplicada ao infrator. O valor será de acordo com a quantidade de animais, além disso poderá ser dobrado ou até mesmo triplicado se o animal apresentar qualquer tipo de sequelas ou feridas por consequência e no caso de reincidência da prática.

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Segundo o parlamentar, a ideia de apresentar o projeto de lei veio após algumas denúncias que mostraram a ele que infelizmente essa prática ainda é comum e não há uma fiscalização rigorosa sobre o assunto, algo que deveria existir, pois o acorrentamento evidencia maus tratos.

"Essa prática de usar correntes para prender animais, limitando-os de fazerem suas necessidades básicas, brincar e ter uma vida saudável, além de cruel, é desumana. Os bichinhos merecem cuidado, amor e respeito.", disse Correa Jr.

Da assessoria da Alesp

O projeto que aumenta as penas para maus tratos a cães e gatos deve ser votado nesta quarta-feira (9) no Plenário do Senado (PL 1.095/2019). Pelo texto, a prática de abuso, maus-tratos, ferimento ou mutilação a esses animais será punida com pena de reclusão, de dois a cinco anos, além de multa e proibição de guarda. Hoje, a pena é de detenção, de três meses a um ano, e multa.

Apresentado pelo deputado Fred Costa (Patriota-MG), e aprovado na Câmara no final do ano passado, o projeto altera a Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605, de 1998) para criar um item específico para cães e gatos. Para o deputado, o projeto responde a um problema concreto da sociedade brasileira, que tem se revoltado a cada caso de violência com os animais. Ele ressalta que a aprovação da matéria é uma forma de o Congresso sinalizar que não aceita a cultura da impunidade.

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O relator, senador Fabiano Contarato (Rede-ES), elogiou a iniciativa da matéria. Em seu relatório, ele aponta que, apesar da proibição legal, a imprensa e as redes sociais têm divulgado o aumento da frequência de delitos graves envolvendo atos de abuso e maus-tratos especificamente contra cães e gatos, “o que gera um clamor social para que a legislação seja alterada”. O senador lamenta que muitos desses atos cruéis sejam até filmados e divulgados na internet.

"Espancamento, abandono, criadouros ilegais em busca de lucro são apenas alguns exemplos desse tipo de violência. Não podemos aceitar jamais essa barbaridade", declarou.

De acordo com o relator, estudos acadêmicos e estatísticos ressaltam, inclusive, a correlação entre maus-tratos aos animais domésticos — em sua maioria cães e gatos — e violência doméstica. A crueldade animal, destaca Contarato, está conectada a outros atos de violência, o que torna os maus-tratos aos animais de estimação um indicativo de abuso familiar, com a demanda de serem devidamente evidenciados e reconhecidos, “para que a saúde e a segurança social sejam asseguradas na sociedade”.

"Nós precisamos dar um basta à crueldade contra os animais. Animais precisam de cuidado e não de sofrimento. É nossa responsabilidade garantir aos animais saúde e bem-estar", disse Contarato.

Twitter

Pelo Twitter, o senador Elmano Férrer (Podemos-PI) anunciou seu apoio à matéria. Ele disse que “essa é uma pauta que tem nossa sensibilidade e apoio”. O senador Rogério Carvalho (PT-SP) também foi ao Twitter manifestar apoio ao projeto. Ele afirmou que está na luta pela aprovação do PL 1.095/2019, “para aumentar as penas cominadas ao crime de maus-tratos aos animais”. 

Rogério Carvalho ainda lembrou que é autor do projeto que determina que os abrigos de animais de estimação e os estabelecimentos que vendem animais tenham médico veterinário e sejam registrados no Conselho de Medicina Veterinária (PL 2.181/2019). “Somos favoráveis a todos os projetos em defesa do bem-estar dos nossos pets”, concluiu o senador.

Manifestação

Na manhã desta terça-feira (8), ativistas da causa dos animais fizeram uma manifestação em frente ao Congresso Nacional para defender a aprovação do PL 1.095/2019. Militantes independentes e representantes de entidades ligadas à defesa dos animais estenderam uma faixa cobrando cadeia para quem maltrata cães e gatos. Centenas de imagens de cães e gatos vítimas de violência foram colocadas no gramado, como forma de chamar a atenção para o tema.

Cerca de 30 organizações manifestaram apoio ao ato em frente ao Congresso. Uma das organizadoras e representante do Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, a advogada Ana Paula Vasconcelos diz considerar um grande avanço a aprovação do projeto de lei. Ela classifica a proposta como um anseio da sociedade e um passo importante no reconhecimento dos direitos animais.

Para a coordenadora do Grupo de Estudos sobre Direitos Animais e Interseccionalidades (Gedai), Vanessa Negrini, o crime de maus-tratos não pode mais ser banalizado. A professora acredita que um dos efeitos colaterais da aprovação do projeto é que as pessoas também ficarão mais protegidas.

"Pesquisas revelam que, entre 70 e 80% dos casos, quem maltrata animais também é violento com pessoas. Com penas mais duras, quem for condenado por maus-tratos a animais ficaria impedido de fazer transação penal em outros crimes", afirmou.

*Da Agência Senado

Recentemente, o caso de uma cadela que sobreviveu após ter sido jogada num rio com uma pedra no pescoço na Inglaterra chocou muitas pessoas. No Brasil, crimes praticados contra animais de estimação, que costumam causar comoção e revolta, infelizmente têm sofrido mais crimes durante a pandemia do novo coronavírus.

De acordo com dados da Delegacia Eletrônica de Proteção Animal, houve uma alta de 10% nesse tipo de ocorrência durante o primeiro semestre de 2020 (4524 registros em 2020), em comparação com o mesmo período do ano passado (4108 crimes). 

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Há um projeto de lei de 2019 que visa mudar ampliar de um para quatro anos “quem praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos”. 

A proposta aguarda apreciação do plenário e vem sendo defendida por diversos protetores de animais, entre eles Alexandre Soares, filantropo que comanda a associação "Patas Para Você” e adotou Sansão, cão da raça pittbull que teve as patas traseiras decepadas por vizinhos da empresa onde ficava o pet, na cidade de Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais.

 O caso aconteceu no início de julho, após Sansão pular um muro e brigar com o cão de um dos dois suspeitos pelo crime, punido apenas com uma multa. Caso seja aprovada, a proposta de aumento da pena contra maus tratos poderá ser chamada de Lei Sansão. Há expectativa de que o projeto seja votado pelo Senado Federal na próxima terça-feira, 8 de setembro.

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Uma denúncia anônima fez a Polícia Militar (PM) Ambiental de São Paulo desativar uma rinha de galos na cidade de Limeira (a 144 km da capital). Entre donos dos animais e apostadores, 20 pessoas foram detidas e multadas. No ambiente utilizado para realização dos embates entre os bichos, 87 aves foram resgatadas.

Na chácara, além dos animais, a PM Ambiental encontrou locais em que ringues haviam sido montados para a luta dos galos. Nos poleiros e gaiolas, as aves apresentavam sinais de maus-tratos. Com os responsáveis pelo ambiente, os agentes localizaram anotações alusivas às apostas realizadas para a competição ilegal.

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Todas as aves foram encaminhadas para um viveiro que fica no zoológico do município. Além de autuar os frequentadores pelos crimes de jogos de azar, corrupção de menor e prática de abuso a animais, os 20 detidos foram multados em cerca de R$ 250 mil.

Policiais civis de Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife (RMR), prenderam, na segunda-feira (31), um homem que possuía uma rinha de galo. No momento da prisão, o local contava com cerca de 60 pessoas aglomeradas e 57 galos de briga.

A prisão ocorreu dentro da Operação Caçador, que contou também com a participação da Polícia Judiciária da Força Nacional de Segurança e o 17º Batalhão da Polícia Militar. A ação tinha foco na repressão ao tráfico de drogas, homicídio, roubos e porte ilegal de arma de fogo.

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Estava ocorrendo disputadas de galos no momento da abordagem. O proprietário do local foi preso em flagrante por associação criminosa, maus tratos a animais e por desrespeitar decreto estadual de enfrentamento da pandemia do novo coronavírus. Vários acessórios utilizados nas brigas foram apreendidos.

A polícia também autuou outras 33 pessoas. Dessas, três pagaram fiança e foram liberadas. As demais 30 assinaram Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).

A Operação Caçador cumpriu quatro mandados de prisão, por tráfico de drogas, roubo e violência doméstica; e prendeu cinco pessoas em flagrante. Além do dono da rinha de galo, três pessoas foram presas por tráfico de drogas e outra por violência doméstica.

Uma denúncia de moradores da área rural da cidade de Itatinga (a 225 km da capital) levou equipes da Polícia Civil paulista a resgatar 11 cães que sofriam maus tratos.

De acordo com os agentes, os animais foram encontrados em estado precário de higiene e alimentação. O responsável pelos cachorros é o caseiro de uma fazenda.

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Segundo os policiais, além de não terem água e comida, os animais estavam amarrados a um bambuzal. Os agentes relataram que os cães se mantinham em um ambiente insalubre, no meio de fezes e urina. Dos bichos recolhidos, nove cães apresentavam sinais de inanição.

Ainda segundo a polícia, outros quatro filhotes foram encontrados presos em um tipo de gaiola de madeira e sem muita ventilação. O caseiro assinou um termo de compromisso mas não foi detido. Os animais foram apreendidos e entregues a um abrigo da prefeitura do município.

Final Feliz

Já na região central da capital paulista, a resolução de um caso de furto terminou com final feliz para um cachorro e seus donos. Após abordagem de um veículo dado como roubado, uma equipe da Polícia Militar (PM) chegou a outros produtos oriundos da prática criminosa.

Entre os pertences das vítimas, estava um cão da raça buldogue francês. De acordo com a PM, o crime aconteceu em Guarulhos, cidade da região metropolitana de São Paulo, no último dia 12 de agosto. Além do cachorro, os policiais apreenderam três aparelhos celulares, oito relógios, acessórios, joias, semi-joias e R$ 5,7 mil em espécie. Entre os pertences, as vítimas reconheceram alguns itens e resgataram o bicho de estimação da família.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu parcialmente os efeitos de ato administrativo do Estado de Santa Catarina em que foi determinado o abate sanitário de 86 galos apreendidos em situação de maus tratos num galpão às margens de uma rodovia no Município de Massaranduba (SC), utilizado para a prática de “rinhas”.

Os animais haviam sido apreendidos no dia 18 de julho em operação conjunta da polícia ambiental do estado e dos municípios da região com a polícia militar.

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A decisão foi tomada na Reclamação (RCL) 42764, em que um advogado de Blumenau (SC) alega que o ato da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola (Cidasc) afronta a autoridade da decisão tomada em medida liminar do ministro Gilmar Mendes, que determinou a suspensão, em âmbito nacional, de todas as decisões administrativas ou judiciais que autorizem o sacrifício de animais silvestres ou domésticos apreendidos em situação de maus tratos em decorrência de interpretação ilegítima de dispositivos da Lei dos Crimes Ambientais (Lei 9.605/1998).

Ao analisar o pedido, o ministro Alexandre de Moraes observou que a decisão da Cidasc de abater os galos está diretamente relacionada com a matéria jurídica discutida por Mendes. “Nessas circunstâncias, em que o ato administrativo estabeleceu o abate de animais apreendidos em situação de maus tratos, há inconteste afronta à determinação de suspensão nacional imposta nos autos da ADPF 640”, afirmou. 

O ministro determinou que a decisão suspensiva seja comunicada com urgência à 2ª Companhia de Polícia Militar Ambiental do Estado de Santa Catarina, à Secretaria de Estado da Segurança da Segurança Pública do estado e ao governo catarinense.

Da assesoria do STF

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