Tópicos | meta

Após receber investimentos na casa de R$ 1,4 bilhão nos últimos quatro anos e ficar abaixo da meta de conquistar pelo menos o décimo lugar no quadro geral de medalhas, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) considerou "extraordinária" a participação do Time Brasil nos Jogos do Rio. O País encerrou a competição com 19 medalhas e o 12º lugar na soma total de pódios. Em Londres-2012, o Brasil havia conquistado duas medalhas a menos.

O baixo crescimento - de cerca de 10% - não pode ser creditado à falta de investimentos nos últimos quatro anos. No total, o COB recebeu cerca de R$ 700 milhões em repasses através da Lei Agnelo-Piva, e o montante dobrou com a injeção de recursos de patrocinadores privados. No ciclo olímpico anterior, entre os Jogos de Pequim e Londres, o orçamento da entidade foi 50% inferior - o COB recebera R$ 390 milhões em leis de incentivo e o praticamente o mesmo valor em patrocínios.

##RECOMENDA##

"A meta (de ser Top 10) foi difícil e ousada, mas era factível. Tanto se mostrou que era factível que ficamos três medalhas abaixo do necessário. Os (países) que ficaram na frente estão há vários quadriênios com o investimento que tivemos agora", afirmou Marcus Vinicius Freire, diretor executivo de Esportes do COB.

Presidente do comitê, Carlos Arthur Nuzman não pareceu muito à vontade quando o assunto era a meta não atingida. Ao ser lembrado que outros países que sediaram Jogos Olímpicos tiveram um salto de conquistas muito maior, ele rebateu menosprezando a situação da Grécia (sede dos Jogos de 2004, em Atenas) e, sobretudo, da Espanha (que sediou a Olimpíada de 1992, em Barcelona).

"Eu acho que a Espanha fez Olimpíada também, a Grécia fez Olimpíada também. O objetivo não é meramente numérico, ele é num todo. E ao ter esse objetivo num todo ele tem que abranger um legado que vai ficar no futuro", ponderou Nuzman.

Pouco depois, ele voltou à mesma questão e, apesar de a Espanha ter conquistado o mesmo número de ouros do Brasil nos Jogos do Rio, considerou que o país europeu não pode ser considerado uma potência olímpica.

"Se falou muito na Espanha, mas não que a Espanha depois de Barcelona-1992 tivesse melhorado. Ao contrário, ela caiu em número de medalhas. Eu não quero que transformem a Espanha por causa do Nadal ou por causa do basquete num grande país olímpico que não o é", disse o dirigente.

A delegação do Brasil neste ano foi a maior da história e chegou a 465 atletas. Contou muito para o número inchado o fato de a disputa ter sido no País e o Brasil ter vagas garantidas. Na avaliação do COB, o Time Brasil poderia ter até 90 atletas a menos se a competição tivesse acontecido em outro lugar.

A chegada de um novo grupo de economistas tanto no Ministério da Fazenda quanto no Banco Central, após Michel Temer assumir a presidência, abriu espaço para uma melhora das projeções de mercado também no caso da inflação futura. As previsões contidas no relatório Focus mais recente para o IPCA em 2017 estão convergindo gradativamente para a meta de 4,5% ao ano.

Atualmente, estão em 5,20% - ante os 5,52% do dia em que Temer assumiu, em 12 de maio. Isso representa uma desinflação de 0,32 ponto porcentual nas projeções.

##RECOMENDA##

Já a expectativa para o IPCA em 2018 atingiu esta meta pela primeira vez há duas semanas.

Porém, o ano de 2016, pelas projeções dos economistas, estaria perdido. Desde o início do governo Temer, a expectativa do mercado para a inflação deste ano subiu de 6,99% para 7,21%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

[@#galeria#@]

A presença do Sport na zona de rebaixamento do Brasileirão deve ser passageira, segundo o presidente João Humberto Martorelli. Numa visão ainda mais otimista, o gestor rubro-negro, além de acreditar na saída de degola, vislumbra uma campanha bem mais audaciosa, que é chegar à classificação da Libertadores. O argumento do mandatário é que essa seria uma campanha compatível com a tradição do time vermelho e preto.

##RECOMENDA##

“A finalidade de você colocar o time em campo é ganhar. Seja para fugir do rebaixamento ou ficar entre os quatro. No futebol você tem um trabalhado que vai ganhando, querendo conquistar cada vez mais. Qual é ambição compatível com a tradição do Sport Clube do Recife? A meta compatível com a tradição do Sport é chegar entre os quatro primeiros, disputar uma Libertadores, como já fizemos no passado”, enfatizou Martorelli.

Tomando como referência o Brasileirão do ano passado, o São Paulo, última equipe a alcançar a classificação para a Libertadores, somou um total de 62 pontos. Hoje, o Sport ocupa a 17ª posição com 15 pontos, o que obriga o clube rubro-negro a somar, pelo menos, mais 50. Trata-se de uma meta ousada e que, mesmo com a posição otimista do presidente rubro-negro, divide opiniões entre os torcedores do Leão.

Enquete feita pelo Twitter @LeiaJaEsportes questionou se a torcida concorda ou não com a meta de Martorelli. Quase 70 internautas responderam o questionamento e no final 84% afirmaram que não acreditam no objetivo do presidente rubro-negro. Muitos argumentam que a campanha irregular do Leão até o momento é um dos fatores que gera desconfiança.

No domingo (17), quando o Sport enfrentou o Grêmio na Ilha do Retiro, o LeiaJá conversou com alguns torcedores sobre a meta de Martorelli. Eles disseram se acreditam ou não na classificação rubro-negra para a competição internacional. O policial militar Anderson Melo é um dos que não acham que o objetivo será alcançado: “Em momento algum vamos brigar pela Libertadores. Com este time que está aí, não chega. Sou rubro-negro doente, mas não acredito”, opinou. Já o também PM Eliomar Apolinário segue a linha do presidente do Leão. “Acredito porque sou torcedor do Sport. Faltam apenas mais algumas contratações, mas tenho certeza que vamos chegar”, disse, otimista.

No vídeo a seguir, confira mais opiniões de torcedores rubro-negros sobre a meta da Libertadores:

[@#video#@]

 

Com menos de 24 horas no ar, a plataforma digital que pretende arrecadar recursos para que a presidente afastada, Dilma Rousseff, continue viajando pelo País em defesa de seu mandato alcançou mais de 50% da meta. Em 21 horas, 3.486 pessoas doaram R$ 254,7 mil. O objetivo da iniciativa é angariar R$ 500 mil.

As criadoras da plataforma - Guiomar Lopes e Celeste Martins - lutaram na ditadura militar ao lado de Dilma e afirmam que a ferramenta é a continuidade da luta pela democracia. "Achamos importante abrir uma conta onde as pessoas pudessem fazer doações e haver disponibilidade de recursos que a presidenta pudesse usar para as suas viagens," afirmou Guiomar.

##RECOMENDA##

A decisão de criar um crowdfunding, uma espécie de "vaquinha virtual", foi tomada na terça-feira, 28, em reunião de Dilma com a executiva do PT e aliados no Palácio da Alvorada. "Ela precisa de recursos e duas amigas dela estão lançando um crowdfunding que vai ser arrecadação através do site Catarse", explicou o presidente do PT, Rui Falcão.

Foi praticamente consenso no encontro que a presidente afastada deve continuar com as viagens, apesar da restrição imposta pelo presidente em exercício, Michel Temer, que limita o uso de aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) por Dilma para os trajetos entre Brasília-Porto Alegre.

Após o encontro, Dilma usou as redes sociais para afirmar que está motivada a lutar para recuperar o mandato. "Eu tenho uma ideia fixa: lutar contra esse impeachment. Isso sintetiza o que eu quero do futuro", escreveu.

A equipe coral começou a Série A de forma avassaladora, venceu dois jogos e empatou outros dois, até chegar à liderança da competição. Porém, já está em sua terceira derrota consecutiva. O volante Uillian Correia contradisse o técnico Milton Mendes - que havia apontado o Santa Cruz na briga contra a zona de rebaixamento - e falou: "É hipocrisia, definir a situação apenas na oitava rodada do torneio".

De acordo com Uillian Correia, o Santa Cruz precisa pensar jogo a jogo. "Não podemos analisar nada hoje. Quem falar que vai brigar para ser campeão ou contra o rebaixamento está sendo hipócrita. Nosso pensamento é que não podemos mais perder pontos. Sabemos que não podemos deixar de pontuar. Temos que voltar na quarta e surpreender o Figueirense. Em um momento desse é necessário ter personalidade para jogar, matar a bola no peito e trazer a torcida tricolor para nosso lado novamente", comentou.

##RECOMENDA##

"Sabemos da cobrança e da responsabilidade que temos, o nível do campeonato. Está muito embolado, você perde e desce, mas se ganha já chega lá em cima. Estamos a cinco pontos do G4 e enfrentamos o Figueirense, que vem de uma vitória sobre o Flamengo. Para reverter essa situação é com boca fechada, falar o mínimo e trabalhar para voltar a ganhar e empolgar muita gente", falou Uillian Correia.

Antes de votar a alteração da meta fiscal para um déficit de R$ 170,5 bilhões, nesta terça-feira, 24, o Congresso Nacional precisará apreciar 24 vetos presidenciais feitos ainda pela presidente afastada Dilma Rousseff. A primeira das proposições que serão votadas por deputados e senadores é o veto 53 de 2015, que autoriza a renegociação de dívidas contraídas no Pró-Álcool, modificações no Registro de Títulos e Documentos e ampliação do prazo legal para o fim dos lixões e a compensação dos créditos de PIS/Pasep e Cofins no Programa de Inclusão Digital.

Em seguida, os parlamentares irão analisar a revisão de provimento de cargos e funções vagos no Banco Central e Receita Federal. Quando vetou o texto, Dilma afirmou que a medida fere a prerrogativa do Executivo de dispor sobre a criação e o provimento de cargos e funções. O veto 55 de 2015 é o terceiro e trata sobre a apólice de seguro rural como garantia para concessão de crédito.

##RECOMENDA##

Os deputados e senadores precisarão ainda votar o veto 56 de 2015, que trata sobre a anistia aos policiais e bombeiros militares punidos pela participação em movimentos reivindicatórios nos Estados do Amazonas, do Pará, do Acre, de Mato Grosso do Sul, do Maranhão, de Alagoas, do Rio de Janeiro e da Paraíba, além de ampliar o período de concessão para o Estado de Tocantins. O veto seguinte analisará as competência da Ancine e reduz porcentual da Condecine para obras videofonográficas com tiragem de até 2.000 exemplares.

Caso sigam a ordem, os presentes irão analisar a exclusão do Prosus ou o indeferimento do pedido de adesão por inaptidão do plano de capacidade econômico-financeira, caso não seja efetuado o repasse financeiro necessário ao incremento da oferta de prestação de serviços adicionais. Na ocasião, Dilma afirmou que a ação levaria a uma distorção do programa.

Os congressistas precisarão ainda analisar o veto parcial sobre a obrigação de a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estabelecer a valoração e as condições de pagamento pelos participantes do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE) do custo do deslocamento de geração de energia elétrica decorrente da geração de energia de reserva para os empreendimentos estruturantes, bem como a possibilidade de consumidores livres de grande porte participarem de licitação de energia elétrica em Ambiente de Contratação Regulada.

O veto seguinte diz respeito às parcerias entre a administração pública e as organizações da sociedade civil, especialmente no que se refere às exceções para aplicação da lei, possibilidade de dispensa para chamamento público, possibilidade de afastamento de requisitos para celebração de parcerias, vedação à realização de despesa, autorização para pagamentos com os recursos da parceria, incidência da lei em parcerias já celebradas e arquivamento das prestações de contas anteriores a 2010 ainda não analisadas.

Na justificativa desse veto, Dilma afirmou que "a hipótese de dispensa de chamamento público incluída pelo dispositivo poderia induzir à perpetuação de parcerias, reduzindo a possibilidade de seleção de novas organizações que desenvolvam práticas inovadoras em benefício da implementação da política pública."

O nono veto que será votado durante a sessão é sobre a utilização de linguagem materna no processo de aprendizagem das comunidades indígenas. "Apesar do mérito da proposta, o dispositivo incluiria, por um lado, obrigação demasiadamente ampla e de difícil implementação por conta da grande variedade de comunidades e línguas indígenas no Brasil", justificou Dilma ao vetar o tema.

O veto 62 de 2015 também será discutido. Ele trata dos requisitos para alienação de terrenos de marinha e concessão de direito de superfície; alienação de imóveis da União de modo parcelado; transferência da gestão das praias marítimas urbanas aos municípios litorâneos; repasse de porcentual de receita patrimonial advinda da alienação de imóveis da União para os municípios envolvidos; fixação da remuneração decorrente de celebração de contrato com a Caixa Econômica Federal para execução de ações necessárias para alienação de imóveis da União e a concessão de uso de terreno público contíguo a terrenos privados situados às margens de lagos artificiais com fins de aproveitamento sustentável.

No campo tributário, o Congresso precisará votar a alíquota máxima de IPI para bebidas quentes e restituição tributária; apuração de crédito com relação a bebidas frias; alíquota de Cofins e da Contribuição para o PIS/Pasep no âmbito do Programa de Inclusão Digital e prazos para produção de efeitos da norma.

O veto 64 de 2015 é um dos mais longos e trata sobre diversos dispositivos referentes à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

Em seguida, o veto é relativo ao PLC 77/2015, que cria o Código Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação para estimular a parceria entre pesquisadores de instituições públicas com o setor privado. Entre as proposições, está a concessão de bolsas de estímulo à inovação sem vínculo empregatício e a hipóteses de dispensa de licitação nas contratações que envolvam aplicação sistemática de conhecimentos científicos e tecnológicos.

Já no projeto de lei 78/2015, que modificaria o Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para prever como direito do advogado a requisição de diligências, o veto é sobre o direito de o advogado examinar em qualquer instituição responsável por conduzir investigação, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de investigações de qualquer natureza.

O veto posterior é relativo ao Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN) 6/2015 que institui o Plano Plurianual da União para o período de 2016 a 2019. O governo disse considerar que as metas estariam sobrepostas a outras já previstas no PPA, que são consistentes com as disponibilidades orçamentárias previstas para o período.

Depois, há o veto referente ao projeto 186/2015, aposto pela presidência por contrariedade ao interesse público. O projeto trata da repatriação de recursos mantidos no exterior não declarados à Receita Federal.

O veto seguinte é relativo ao Projeto de Lei de Conversão 27/2015, decorrente da MP 692/2015, que eleva a tributação dos ganhos de capital para pessoas físicas e fazia parte das medidas de ajuste fiscal do governo. No texto, houve mudanças no Congresso vetadas pela presidente. As partes vetadas dizem respeito ao reajuste dos valores sujeitos a tributo, à data para início de produção dos efeitos legais e ao ônus da comprovação da operação.

A próxima matéria a ser discutida pelos parlamentares é referente ao projeto aprovado no Congresso que tipifica o crime de terrorismo. No veto presidencial, foi questionada a penalização de atos com base em conceitos muito amplos e de definições imprecisas. O veto é justificado dizendo que outros incisos do parágrafo já garantem a previsão das condutas graves que devem ser consideradas "ato de terrorismo".

Na sequência, o veto é do PLC 50 de 2014, que dispões sobre a fiscalização e regulamentação da comercialização de planos de assistência funerária.

Os dispositivos vetados do projeto que aparece na sequência questionam a autorização para o Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal adquirirem participação em instituições financeiras. O veto diz que o projeto pretendia incluir possibilidade de anulação nas operações de aquisição permitidas pela MP caso constatadas irregularidades; e adiar para agosto as exigências previstas no Estatuto do Torcedor de regularidade fiscal e liquidação de dívidas para participação de entidades em competições esportivas.

O veto seguinte a ser analisado vetou projeto que concedia até o fim de 2022 a isenção do Imposto de Importação e do IPI aos equipamentos ou materiais esportivos destinados às competições, ao treinamento e à preparação de atletas e equipes brasileiras.

Na matéria seguinte, a presidência vetou o cargo de secretário Especial de Aquicultura e Pesca, entre outros pontos, como a transformação de cargos no âmbito da Receita Federal.

Um dos últimos temas a serem analisados vetou projeto que permitia às empresas juniores admitirem colaboração de pessoas físicas ou jurídicas, mediante aprovação da assembleia geral da entidade.

O último veto a ser analisado é relativo ao projeto que diz que a revista íntima prisional deve se realizada exclusivamente por mulheres. Segundo justificativa do Ministério da Justiça, a redação do dispositivo "possibilitaria interpretação no sentido de ser permitida a revista íntima nos estabelecimentos prisionais". Além disso, "permitiria interpretação de que quaisquer revistas seriam realizadas unicamente por servidores femininos, tanto em pessoas do sexo masculino quanto do feminino".

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou nesta terça-feira (24), que a retirada de urgência do projeto de lei complementar de socorro aos estados enviado pela equipe de Dilma Rousseff teve como estratégia não trancar a pauta no Congresso. "A urgência constitucional não sendo voltada ela passa a obstruir", disse.

Padilha disse que era preciso fazer "uma distinção". "A retirada da urgência não implica na desistência do projeto, só que perde a celeridade que a urgência constitucional prevê", afirmou.

##RECOMENDA##

O presidente em exercício, Michel Temer, pediu ao Congresso Nacional que seja considerada sem efeito, e, portanto, cancelada, a urgência pedida para o projeto de lei complementar de socorro aos estados enviado pela equipe de Dilma Rousseff aos parlamentares em março deste ano. A mensagem de Temer anulando a urgência da matéria está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira.

Pelo projeto, elaborado ainda sob a gestão do então ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, a ajuda aos Estados e ao Distrito Federal se dará por meio de três ações: alongamento do contrato da dívida com o Tesouro por 20 anos e a consequente diluição das parcelas; possibilidade de refinanciamento das dívidas com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); e desconto de 40% nas prestações da dívida por dois anos.

Temer ainda pediu o cancelamento da urgência de outros dois projetos. O primeiro dispõe sobre a criação de fundos de precatórios nos bancos federais para otimizar a gestão do pagamento desses débitos decorrentes de causas perdidas pela Fazenda Nacional. O outro prevê alterações na legislação sobre registro de empresas e procedimentos de Juntas Comerciais, para desburocratizar atividades relacionadas aos agentes auxiliares do comércio - armazéns gerais, leiloeiros, tradutores públicos e intérpretes comerciais.

A quantidade de lixo reciclado na cidade de São Paulo mais do que dobrou nos últimos três anos, mas a gestão Fernando Haddad (PT) vai terminar o atual mandato sem cumprir a meta de reaproveitar 10% de todo o material produzido na capital. Passado mais de um ano da lei das sacolinhas de supermercados, nenhuma multa foi aplicada até agora por seu uso incorreto. O item, agora comprado nos caixas dos estabelecimentos, são vistos como material de educação ambiental pela Prefeitura.

A capital fechou o ano passado com 85 mil toneladas processadas de lixo nas usinas de triagem ou nas cooperativas de catadores. Em 2013, primeiro da gestão petista, eram 40 mil toneladas. O aumento de 112%, no entanto, fará com que a cidade recicle apenas 2,5% das 3,4 milhões de toneladas geradas anualmente pelos paulistanos.

##RECOMENDA##

"A meta existe para ser perseguida. Desde o ano passado e no primeiro semestre deste ano, toda a infraestrutura para que ela seja alcançada foi desenvolvida", diz o diretor de Planejamento e Desenvolvimento da Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb), Samuel Oliveira.

As sacolinhas, lançadas para incentivar a reciclagem, tinham como propósito facilitar a separação do lixo nas residências. Nas de cor verde, o paulistano deveria colocar o material reciclável e, na de cor cinza, o lixo comum e também orgânico, a ser levado para o aterro sanitário. Pela lei, estabelecimentos comerciais que descumprem a regra podem receber multa de R$ 500 a R$ 2 milhões - para os moradores da capital, a punição varia de R$ 50 a R$ 500.

Oliveira reconhece que os itens impostos pela lei não são responsáveis pelo aumento da reciclagem. "Ela (a sacolinha) é um diferencial para chamar a atenção, assim como os jingles que tocam nos caminhões de coleta", diz o diretor da Amlurb.

Uma explicação para a evolução da reciclagem é a expansão do número de ruas atendidas por caminhões de coleta seletiva. "Chegamos a 89 dos 96 distritos da cidade com coleta porta em porta. Em 40, a coleta é universalizada (realizada em todas as ruas). Até 2012, eram 14", conta Oliveira.

Justificativa

O resultado aquém do esperado é justificado pela "lei da oferta e procura". "Estamos oferecendo uma estrutura adequada à demanda existente hoje. Conforme a população passe a separar mais o lixo, já temos as bases para que consigamos processar mais material", diz Oliveira. O argumento é para justificar o fato de que caminhões de recicláveis passem tão poucas vezes pelas ruas - em geral, é apenas um dia da semana, contra seis do lixo comum. "Vamos passando uma vez. Quando vemos que a quantidade é insuficiente, porque a demanda cresceu, podemos aumentar a oferta", afirma.

Da forma como a coleta foi organizada na cidade, os caminhões podem ser operados pelas 32 cooperativas ou pelas duas concessionárias do serviço de lixo. Por não compactar o material coletado nas ruas, os caminhões transportam carga máxima de 3 toneladas de resíduos ante às 11 toneladas que podem levar os caminhões de lixo comum.

Atitude

Há na cidade moradores que têm de brigar para ter o lixo separado coletado em sua casa. Um deles é Claudio Spinola, diretor de uma empresa que fornece composteiras para processar lixo doméstico.

Desde 2009, ele pede caminhões de coleta seletiva em sua rua, no Butantã, na zona oeste da capital. Spinola chegou a procurar diretamente a cooperativa que atende a sua região para buscar ajuda. "Disseram que a quantidade que eu produzia não valia a pena. Então, organizei toda a vizinhança, a rua de cima e a rua de baixo, e montei um ponto de entrega voluntária em casa. Aí, sim, passaram a retirar", conta.

Animais

Montar um ponto de entrega de material reciclável, no entanto, causou uma série de transtornos. "Tivemos de tampar os latões, colocar cadeado, limpar tudo duas vezes por dia", diz. Diante das reclamações dos vizinhos, Spinola desistiu da ideia e a coleta parou de ser feita em sua rua. "Agora, estamos esperando pela empresa e pela Prefeitura", diz.

O conteúdo das sacolas que chegam às unidades de reaproveitamento de lixo precisa melhorar. Em apenas uma tarde na Central Mecanizada de Triagem de Santo Amaro, na zona sul da capital, é possível ver de tudo passar pelas esteiras de processamento. São chuveiros, guarda-chuvas, torneiras plásticas, fitas K7. Até corpos de animais chegam aos centros.

"É comum a gente achar sapatos, ratos, gatos e já achamos até cães", conta um funcionário. Esse material vai para os contêineres de rejeitos, que são levados para o aterro sanitário.

Nos primeiros meses de operação da usina, segundo a administração, 70% dos itens eram de rejeitos sem utilidade. Atualmente, o porcentual é de 40%.

"Um mito que existe é que não adianta separar porque todo o lixo vai para o mesmo lugar. Não é verdade. Precisamos que as pessoas separem o lixo e coloquem para a coleta no dia certo", diz Samuel Oliveira, diretor de Planejamento da Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb). O horário da coleta pode ser consultado em www.capital.sp.gov.br.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A inflação no México desacelerou em março, permanecendo confortavelmente abaixo da meta do banco central, enquanto os preços de produtos frescos e energia contrabalançam parcialmente os aumentos sazonais em custos de viagens.

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do México subiu 0,15% em comparação com fevereiro, o que levou a taxa anual de inflação para 2,60% em março, de 2,87% no mês anterior, segundo o Instituto Nacional de Estatísticas. O aumento mensal ficou levemente abaixo da previsão de +0,18% dos economistas consultados pela Dow Jones Newswires. A meta do Banco do México é uma inflação anual de 3,0%.

##RECOMENDA##

O núcleo do CPI, que exclui alimentos frescos e energia, subiu 0,36% em março ante fevereiro e 2,76% ante março do ano passado. A desvalorização do peso mexicano ante o dólar contribuiu para o aumento do núcleo do CPI ao aumentar os preços de bens duráveis.

Os custos da energia caíram 0,28% em março em base mensal e 2,2% em base anual, pressionado pelos preços da gasolina. Fonte: Dow Jones Newswires.

Depois de passar boa parte de 2015 desempregada, à base de bicos e com o dinheiro da indenização do último emprego, Cátia de Jesus Soares, de 35 anos, traçou uma única meta para 2016: conseguir um emprego, e logo. Na quarta-feira passada, na primeira semana do ano, ela e a amiga Claudete Maria da Silva, de 35 anos, saíram cedo do Jardim Boa Vista, na Zona Oeste de São Paulo, para tentar a sorte no Centro de Apoio ao Trabalhador (CAT), da Prefeitura, no bairro da Luz.

As duas trabalhavam em hotel e foram demitidas no ano passado por causa da crise econômica - justificativa dada pelos empregadores, afirmam elas. Cátia está há quase um ano desempregada e Claudete, há seis meses. "Está muito difícil conseguir emprego. Já fiz algumas entrevistas, mas nenhuma deu certo", diz Cátia, baiana de Ilhéus, que mora há sete anos em São Paulo.

##RECOMENDA##

Mãe de uma menina de dois anos, cujo pai desapareceu, ela tem sobrevivido nos últimos meses de bicos na área de limpeza, que agora também estão escassos, e da ajuda dos irmãos, que dão uma cesta básica por mês. "Mas tem as outras necessidades, como roupa para a filha e transporte. Tenho vergonha de pedir dinheiro para eles. O ideal é estar empregada e não depender de ninguém." Cátia era camareira e tem buscado emprego em qualquer área.

Claudete trabalhou quatro anos e seis meses em um hotel da capital até ser demitida. O dinheiro da indenização e do seguro-desemprego já acabou e ela ainda está com o nome sujo na praça. "Quando estava empregada tinha o meu salário, cesta básica e vale-refeição. Tudo isso reforçava o orçamento mensal. Sem essa renda, tive de cortar todas as coisas supérfluas, como sobremesa, pizza e McDonald’s."

O porteiro Denis Zacarias de Jesus, de 40 anos, também tem passado apuros nos últimos meses. Casado, pai de dois filhos, sendo um recém-nascido, ele está há seis meses desempregado - a mulher saiu do emprego depois que o filho nasceu. O que segurou o orçamento dele nesse tempo foi um consórcio que havia feito para a compra de uma motocicleta. Como já havia pago boa parte do bem, ele retirou a moto e vendeu. Com o dinheiro, pagou dívidas e tem se mantido até hoje.

Além dos gastos com os filhos e despesas com água e luz, ele paga R$ 500 de aluguel. "Antes conseguia fazer alguns bicos como pintor e pedreiro, mas hoje não tem mais nada", diz ele, que conseguiu uma carta de recomendação no CAT para fazer entrevista numa empresa.

Ônibus

Essa também era a esperança de Jaqueline Miriam Dornelles da Silva, de 47 anos. Há três meses desempregada, ela estava à procura de uma vaga na área de limpeza anunciada pelo CAT. Solteira, teve de voltar a morar com a mãe, em Embu, na Grande São Paulo, por falta de dinheiro. Antes, dividia um apartamento com uma prima no centro de São Paulo. Sem recursos até mesmo para a passagem de ônibus, ela conta que tem andado a pé para economizar. "Nos últimos dois meses, tenho batido perna para tentar achar um emprego, mas está difícil. Até para auxiliar de limpeza eles fazem uma série de exigências." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A China pode atingir a meta de crescer cerca de 7% em 2015, afirmou Sheng Laiyun, porta-voz do Escritório Nacional de Estatísticas. Se alcançado, esse crescimento econômico de 7% ainda será o mais lento em 25 anos na segunda maior economia do mundo.

No terceiro trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB) da China avançou 6,9%, na comparação com igual período do ano passado, o desempenho mais fraco no país desde a crise financeira global. Conforme as políticas de estímulo do governo são adotadas, porém, mais fatores positivos começam a ter um papel no apoio do crescimento econômico, disse Sheng. Fonte: Dow Jones Newswires.

##RECOMENDA##

A recém-formada Agência Japonesa de Esportes estabeleceu metas ambiciosas para os atletas do país nos Jogos Olímpicos do Rio e de Tóquio. Chefiada pelo ex-nadador campeão olímpico Daichi Suzuki, a agência do governo revelou a meta de conquistar ao menos dez medalhas de ouro na Olimpíada do próximo ano e no mínimo 20 em Tóquio em 2020.

O Japão ganhou sete medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. A agência calcula que 20 ouros em Tóquio irão colocar o país em terceiro lugar na classificação geral de medalhas da Olimpíada de Tóquio. "Uma das razões para estabelecermos essas metas é que quando os atletas são bem-sucedidos, eles inspiram os cidadãos a se envolver no esporte", disse Suzuki. "Isso cria um ciclo virtuoso".

##RECOMENDA##

A agência foi fundada em 1º de outubro com os objetivos de aumentar a competitividade internacional do Japão e melhorar o apoio aos atletas para os

Jogos Olímpicos de Tóquio. O órgão também tem a tarefa de melhorar a saúde dos cidadãos através do esporte, aumentando o status internacional do Japão. A agência de esportes terá uma equipe de cerca de 120 funcionários.

Suzuki, de 48 anos, já presidiu a Associação Olímpica do Japão e a Associação de Natação de Japão. Em 1988, ele faturou a medalha de ouro na prova dos 100 metros costas na Olimpíada de Seul. "Quando consideramos as características nacionais do japonês e do país Japão, somos um país que atribui grande importância ao trabalho em equipe e a colaboração", disse Suzuki.

"A fim de atingir o nível superior nos esportes em uma base global, talvez nós precisamos nos concentrar muito em harmonia e cooperação, mas, por vezes, dar

ênfase na autonomia e criatividade. Agir e pensar de uma forma diferente", concluiu.

Enquanto a presidente Dilma Rousseff roda o País para inaugurar novas unidades do Minha Casa Minha Vida (MCMV), o governo tem enfrentado dificuldades para tirar a terceira fase do programa do papel e já começa a admitir que não vai conseguir atingir a meta de construir 3 milhões de moradias até 2018.

Dilma inaugura nesta quinta-feira (29) um total de 2.691 moradias do Minha Casa em cerimônia simultânea em Brasília (DF), Bragança Paulista (SP), Sorocaba (SP), Hortolôndia (SP), Nova Odessa (SP) e Canoas (RS).

##RECOMENDA##

Em julho do ano passado, na véspera do início da campanha eleitoral, Dilma esteve na mesma comunidade do Paranoá, em Brasília, para entregar moradias do programa de habitação popular. De cima do palanque, falou do sonho que era para todo brasileiro conseguir conquistar a casa própria e se comprometeu, pela primeira vez, a contratar 3 milhões de residências no segundo mandato, caso fosse reeleita.

De lá pra cá, o início efetivo da nova fase do programa foi adiado sucessivas vezes. Em setembro, o governo desistiu mais uma vez de fazer um lançamento oficial. Em uma reunião com empresários e movimentos sociais, a presidente condicionou o anúncio de metas de contratação de novas moradias "à clareza do cenário fiscal".

Dias depois, o governo anunciou uma série de cortes para tentar reduzir o déficit do Orçamento de 2016. O Minha Casa Minha Vida perdeu R$ 4,8 bilhões do orçamento. Esses recursos serão compensados com o dinheiro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que já autorizou os investimentos no próximo ano.

Nesta semana, na última reunião do conselho curador do FGTS, o secretário executivo do Ministério das Cidades, Elton Santa Fé Zacarias, afirmou que o cumprimento da meta dependerá de uma inversão na tendência de frustração de recursos. A sobrevida do Minha Casa se deve ao papel cada vez mais preponderante do FGTS como o grande financiador do programa. Em 2016, o fundo destinará mais de R$ 60 bilhões ao programa para a construção de moradias destinada às famílias mais pobres (faixa 1) e ao financiamento das outras modalidades com desconto e juros subsidiados.

Em nota, o Ministério das Cidades afirmou que a meta de 3 milhões de contratações de unidades habitacionais continua, mesmo dependendo de questões orçamentárias. "O que pode variar é com relação ao prazo, mas o governo federal trabalha para ser até 2018", completou.

A própria presidente, porém, sabe que será difícil cumprir a promessa. No auge do programa, em 2013, o recorde de contratações foi 940,5 mil. Em 2015, as contratações ainda estão no patamar de 270 mil. Seria preciso contratar mais de um milhão de moradias por ano nos próximos três anos. Dilma sabe que essa tarefa é quase impossível e já disse isso várias vezes.

Para o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (Cbic), José Carlos Martins, além das restrições orçamentárias, a economia brasileira em recessão também dificultará bater a meta até 2018 porque atrapalha as contratações nas faixas 2 e 3. "As famílias não vão querer pegar um empréstimo de longo prazo sendo que podem perder o emprego", afirmou. "Mesmo nos áureos tempos, seria difícil bater em três anos a meta de 3 milhões", completou.

O programa tem sido a principal vitrine de Dilma neste segundo mandato. A cerimônia no Paranoá (DF), com transmissão para outras cidades, será a 18ª do gênero no ano. A presidente tem usado essas agendas para tentar fugir da pauta negativa e demonstrar que, apesar da crise, o governo continua trabalhando por quem mais precisa.

A meta é de contratação de moradias e não de entregas. Desde 2009, o programa já contratou mais de 4 milhões de moradias, das quais 2,34 milhões foram entregues.

O Banco Central já começa a discutir internamente quais são os benefícios e as perdas de assumir o mais rapidamente possível que a inflação só vai para o centro da meta, de 4,5% ao ano, em 2017. O tema já tem sido comentado nos últimos meses entre analistas do mercado financeiro, mas agora começou a fazer parte de encontros entre diretores do banco, conforme apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

Oficialmente, o BC nega que essas discussões estejam ocorrendo. O assunto, no entanto, já foi pauta em reuniões reservadas de alguns diretores. Com a perspectiva de que o BC não mexerá na taxa básica de juros na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que será realizada nesta semana, essa postergação do cumprimento da meta possivelmente será debatida com todos os membros da diretoria neste encontro.

##RECOMENDA##

Até agora, o Banco Central insiste que o IPCA, o índice oficial de inflação, convergirá para o centro da meta no final de 2016. Mas os analistas do mercado dão esse fato como improvável. O que o BC tem de pesar agora é o quanto poderá afetar sua credibilidade se mais uma vez insistir em um discurso de cumprimento da meta no ano que vem, quando os agentes não confiam mais nessa possibilidade.

O melhor, apontam alguns analistas, é o Banco Central assumir mais uma vez que o alvo não será atingido e focar no cenário mais plausível, que é o de 2017. Isso, alertam alguns especialistas, é bom que seja feito o quanto antes.

Sem folga

A economista-chefe da XP Investimentos, Zeina Latif, defende que tal decisão por parte do BC deveria ser tomada já. "Não é para deixar para a virada do ano", diz ela, acrescentando que a folga que o Banco Central tem para ancorar as expectativas é muito estreita. Para a economista, o BC deveria postergar a convergência inflacionária para 2017 deixando claro, obviamente, que se algum choque surgir ao longo de 2016, ameaçando a meta no ano seguinte, pode agir.

Até meados deste ano, o BC vinha conseguindo levar as expectativas do mercado para mais perto do centro da meta em 2016, mas já tinha ancorado as expectativas para os anos seguintes. Nas últimas semanas, o que se tem visto, no entanto, é uma descrença generalizada do mercado de que o BC conseguirá esse feito. O ponto da virada foi a questão fiscal.

Um fator que ilustra bem essa questão é o resultado do Top 5 da pesquisa Focus. Na semana passada, pela primeira vez, os analistas que mais acertam as projeções, cravaram que a inflação de 2016 ficará acima do teto de 6,5%. Naquela pesquisa, para o grupo formado por cinco instituições, o IPCA encerrará o ano que vem em 6,72%. No mesmo boletim, a expectativa geral estava em 6,05%. Pode ser uma questão de tempo a convergência do levantamento geral para esse patamar mais elevado.

Além disso, a avaliação de que a alta dos preços administrados se restringiria a 2015 não parece ser mais o cenário base do mercado e nem do BC. Havia uma expectativa de redução dos preços da conta de luz, por exemplo, que já tem sido deixada de lado. Além disso, aumentaram as chances de a Petrobras anunciar um novo reajuste dos preços dos combustíveis no ano que vem.

Até por conta dessas novas informações, a expectativa para o conjunto desses preços de 2016 na Focus subiu de 5,88% para 6,27% em apenas um mês.

Como o BC vinha comunicando, a tarefa da autoridade monetária este ano era a de tentar circunscrever a 2015 os efeitos secundários desse realinhamento de preços. Não só dos administrados, mas também do câmbio. Mesmo que o BC bata na tecla de que o repasse do dólar para o IPCA está menor, a elevação da moeda americana este ano está em 44%.

A grande questão que praticamente tira o poder de fogo do Copom é a área fiscal. Por isso, até ressurgiu no mundo acadêmico o debate sobre a possibilidade de o Brasil estar em meio a um processo de dominância fiscal.

O BC nega que isso esteja ocorrendo. De qualquer forma, mesmo com a inflação em alta, não se encontra um agente financeiro que acredite em mais uma elevação da taxa básica de juros. O consenso para o encontro desta semana é de estabilidade em 14,25% ao ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Banco Central (BC) está numa encruzilhada. Insiste que vai cortar a inflação praticamente pela metade entre este ano e o final do próximo. Hoje, ela beira os 10% ao ano. Mas o BC afirma que termina 2016 em 4,5%, o centro da mete que ele mesmo se propôs a cumprir. Ocorre que não há um economista que considere a previsão viável. Nem analistas de mercado, nem economistas que um dia estiveram dentro da própria instituição dizem que isso seja possível.

Nesta semana, o Copom (Comitê de Política Monetária do BC), se reúne para decidir justamente como vai perseguir essa meta. Precisa avaliar se eleva a Selic, a taxa básica de juros, hoje em 14,75%. O cenário é delicado. De um lado, a recessão, acompanhada de desemprego e queda da renda, se agrava. As pessoas compram menos e isso naturalmente vai reduzir a inflação. Mas, de outro, o dólar subiu demais e permanece instável, o que pressiona os preços.

##RECOMENDA##

O Estado ouviu três ex-presidentes e quatro ex-diretores do Banco Central. Também consultou projeções atualizadas de mais de 20 instituições financeiras. Numa atípica unanimidade, todos veem que a melhor estratégia para o BC é esperar.

"O BC não tem uma vida fácil", diz o economista Affonso Celso Pastore, ex-presidente do Banco Central e sócio da A.C.Pastore & Associados. "A taxa de juros que está aí impede que a inflação faça uma escalada sem limites: tanto que estamos vendo uma inflação perto de 10%, mas é provável que vá a 6% no ano que vem", diz. "Mas não vai a 4,5%, como diz o BC. Esse discurso é inconsistente." O próprio BC já teria se dado conta e, internamente, estaria estudando como mudar o discurso e o prazo para cumprir a meta.

Na avaliação de Pastore e dos demais economistas, o BC não tem muito a fazer neste momento porque sofre os efeitos de uma espécie de círculo vicioso, alimentado muito mais pela política do que pela economia.

Fiscal. Para deter a inflação, o principal trunfo do banco é elevar os juros. Mas a alta estaria no limite. Ele precisa agora da ajuda do ajuste fiscal - que o governo gaste menos, reduza o volume de dinheiro que injeta na economia. Porém, o ajuste depende da aprovação de uma série de medidas no Congresso. Como governo e Congresso não se entendem, o ajuste empacou.

Para agravar, a crise política gerou uma incerteza tão grande sobre os rumos do Brasil que afetou o apetite dos investidores. Muitos tiram dinheiro do País, o que eleva o dólar. O dólar mais alto alimenta a inflação - e volta-se à origem do problema: o BC precisa do ajuste, que empacou na crise política, que leva à incerteza, que mexe com o câmbio, que eleva a inflação. "Com a dificuldade de implementar um ajuste fiscal profundo, o processo de ancorar as expectativas vai ser muito mais demorado", diz Carlos Langoni, ex-presidente do BC e diretor do Centro de Economia Mundial da FGV.

O mais complicado neste processo é que o BC precisa ser cauteloso sem parecer leniente com a inflação, o que agravaria a situação da economia. "As inflações começam pequenas e depois vão aumentando", diz Gustavo Loyola, também ex-presidente da instituição e sócio da Tendências Consultoria. "Se eu estivesse no BC seria bastante conservador. Não estou defendendo que o BC saia por aí como um míssil sem direção, elevando os juros. Mas ele não deve se comportar como se a briga com a inflação estivesse perdida. O Banco Central precisa ser o último a jogar a toalha." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As metas de redução das emissões de gases de efeito apresentadas no domingo, 27, pela presidente Dilma Rousseff foram em geral elogiadas por ambientalistas e cientistas que trabalham com clima por terem o potencial de influenciar o debate na Conferência de Paris, mas a maioria considera que o País poderia ter sido ainda mais ambicioso.

"O Brasil desempenha um papel produtivo no esforço global de combate às mudanças climáticas. E está contribuindo para dar ímpeto às negociações quando o alto escalão do governo apela para metas globais que acabem com as emissões em todo o mundo neste século.

##RECOMENDA##

Esta visão comum para um mundo de carbono zero é um dos sinais mais poderosos que a Conferência do Clima de Paris pode enviar para investidores, cidadãos e para o meio empresarial", afirma Rachel Biderman, diretora do World Resources Institute (WRI) no Brasil.

Para Carlos Rittl, do Observatório do Clima, "o mais significativo do anúncio é que Dilma diz que o Brasil já fez bastante para cortar as emissões, mas ao apresentar o novo compromisso indica que pode continuar fazendo mais. A direção está correta, mas a velocidade ainda é insuficiente".

"Recebemos como surpresa. Os números são ok, dão uma direção de para onde o País vai e trazem a possibilidade de uma avaliação de cinco em cinco anos da meta, o que é interessante para permitir que aumente a ambição com o passar do tempo. Mas ainda precisamos ver quanto isso vai ajudar com o objetivo de manter o aquecimento a 2°C até o final do século", afirma Carlos Nomoto, secretário-geral do WWF-Brasil.

Uma das dúvidas é como vai se dar a meta de restauração e reflorestamento de 12 milhões de hectares. Se for feita com eucalipto em vez de árvores nativas, por exemplo, o potencial de captura de gás carbônico da atmosfera fica bem menor.

O engenheiro agrícola Eduardo Assad, da Embrapa, afirmou que viu com bons olhos o fato de Dilma ter incluído na meta a recuperação de 15 milhões de hectares de pastagens degradadas e o alcance de 5 milhões de hectares para integração lavoura-pecuária-floresta.

Meta anterior

Mas ele lembra que na Conferência do Clima de Copenhague, em 2009, o Brasil já tinha se comprometido, de modo voluntário, com uma meta semelhante. Citando dados oficiais do Banco do Brasil e do Ministério da Agricultura, ele afirma que nos últimos 4 anos recuperou-se pastagens e foi feita a integração em somente 3 milhões de hectares. "Acho ótimo que tenham colocado na meta. Pode enfim dar um impulso para um programa de mitigação das emissões da agropecuária que é o melhor do mundo", diz.

Gustavo Junqueira, presidente da Sociedade Rural Brasileira, afirma que esse processo é um desafio grande tanto de logística quanto financeiro. "Temos de ver como vai virar realidade, mas o anúncio traz uma mensagem de que o agronegócio pode não ser apenas um ponto de conflito, mas uma solução para o problema", diz.

As metas para energia também foram elogiadas com ressalvas. "A parte de eletricidade é razoável, mas não tem muita ambição além do que já vem sendo feito. Além disso, é preciso transferir essa ambição para a realidade. O Plano Decenal de Energia ainda prevê 71% dos investimentos em combustíveis fósseis e apenas 14% para novas fontes renováveis e biocombustíveis", afirma Ricardo Baitelo, coordenador de Clima e Energia do Greenpeace.

Para Roberto Schaeffer, professor de planejamento energético da Universidade Federal do Rio Janeiro (UFRJ) e autor de um dos estudos entregues pela comunidade científica para balizar a decisão do governo, a meta é ambiciosa, porém factível. "Isso significa um pequeno custo para a economia, mas mais do que compensado, se todos os outros países também fizerem sua parte, do impacto ambiental evitado pelas mudanças climáticas."

 

Outros países

 

União Europeia

Redução de 40% das emissões de gases de efeito estufa até 2030, com base nos valores registrados pelo bloco em 1990

Estados Unidos

Redução entre 26% e 28% até 2025, com base no ano de 2005

Rússia

Redução das emissões entre 25% e 30% até 2030, com base no ano de 1990

África do Sul

Redução de 34% até 2020 e de 42% até 2025, com base em um cenário de 'business as usual', trajetória imaginária de quanto as emissões poderiam subir até o ano determinado se nada fosse feito para reduzi-las

China

A proposta chinesa estipula 2030 como o ano em que as emissões vão atingir um pico. Até lá, o país propõe reduzir entre 60% e 65% a intensidade de carbono por PIB (quanto de carbono é emitido por unidade de PIB gerada), tendo como base o ano de 2005

Indonésia

Redução de 29% até 2030, com base no mesmo cenário de 'business as usual', em que é utilizada a trajetória imaginária das emissões. Em caso de provisões do acordo global serem confirmadas, o país se compromete a reduzir as emissões em 41%

Coreia do Sul

Redução de 37% até 2030,

também com base no cenário de 'business as usual'

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nova York, 27/09/2015 - A presidente Dilma Rousseff anunciou em discurso na manhã deste domingo nas Nações Unidas as metas do Brasil para a redução da emissão de gases que causam o efeito estufa e destacou que os compromissos brasileiros são "ambiciosos". Até 2025, a meta é reduzir em 37% a emissão e até 2030 de 43%, tendo em conta o ano-base de 2005.

"As metas do Brasil são tão ou mais ambiciosas que as anteriores", afirmou a presidente em seu discurso, que durou pouco mais de cinco minutos. Dilma disse ainda que o Brasil se compromete com o fim do desmatando ilegal até 2030, recuperação de 15 milhões de hectares de pastagens degradas, integração de 5 milhões de hectares de lavouras, pecuárias e florestas e ainda o reflorestamento de 12 milhões de hectares. "Nossas obrigações devem ser ambiciosas."

##RECOMENDA##

A presidente também mencionou em seu discurso os avanços ocorridos no governo desde o início da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela citou a política de fome zero, a redução da pobreza, entre outros temas. "O Brasil mesmo enfrentando dificuldades não voltará atrás nesses avanços", disse Dilma, que fez questão de enfatizar que o esforço de superar a pobreza tem de ser "coletivo e global".

Dilma também usou um de seus lemas na campanha ao encerrar o discurso na ONU para dizer que o fim da pobreza extrema "é só o começo de uma longa trajetória". A presidente ressaltou que os riscos das mudanças climáticas sobre a população mais pobre são grandes e é preciso reduzir estes riscos.

"A conferência de Paris é oportunidade única para construirmos resposta comum aos desafios globais da mudança do clima", disse Dilma, mencionando o encontro de líderes globais que ocorre na capital da França em novembro. "O Brasil tem feito grande esforço para a redução de emissão de gases que causam o efeito do estufa sem comprometer o desenvolvimento econômico e a inclusão social."

A presidente citou que o Brasil vem diversificando as fontes de energia e tem uma das "matrizes energéticas mais limpas do mundo". Dilma afirmou que a garantia do Brasil é de 45% de fontes renováveis no total da matriz energética brasileira até 2030. Além disso, frisou que vai aumentar em 10% a eficiência energética até 2030. Dilma ressaltou ainda que no Brasil ocorreu uma redução de 82% no desmatamento da Amazônia. "Podem estar certos que a ambição continuará a pautar nossas ações".

Uma notícia não muito agradável para os estudantes que almejam ingressar na carreira pública e estão estudando há anos para os concursos. Na tarde dessa segunda-feira (14), o ministro do planejamento do Governo Federal, Nelson Barbosa, anunciou o corte de R$ 26 bilhões nos gastos para reduzir o rombo e melhorar o resultado fiscal em 2016. Entre as medidas para economizar dinheiro, está a suspensão de concursos públicos a nível nacional.

Além da suspensão dos concursos está a eliminação do abono de permanência e o adiamento do reajuste salarial de servidores públicos. Segundo Barbosa, a redução "é uma reforma administrativa necessária". Para a área dos concursos públicos, o Governo vai cortar mais de R$ 1,5 bilhão. Barbosa ainda ressaltou que a medida será implementada através de uma alteração na Lei de Diretrizes Orçamentárias, em debate no congresso. As medidas foram divulgadas com o objetivo de atingir superávit primário de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) - soma dos bens e riquezas produzidos em um país -, com o intuito de recuperar credibilidade junto aos investidores internacionais.

##RECOMENDA##

A quatro meses da Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), em Paris - que deve estabelecer um novo acordo de redução das emissões válido para todos os países -, o Brasil diz que deve apresentar "em breve" sua contribuição para o acordo de Paris. A estimativa não muito precisa foi feita pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, na semana passada. Em evento na Fiesp em São Paulo, ela disse que a meta está sendo consolidada após ela ter feito "interlocuções com vários setores" da sociedade.

O prazo final estabelecido pela Convenção do Clima da ONU para o recebimento das chamadas INDCs (Contribuição Nacionalmente Determinada Pretendida, na sigla em inglês) é 1.º de outubro.

##RECOMENDA##

Mas é possível que o anúncio seja feito antes disso, provavelmente logo depois da visita da premiê Angela Merkel ao Brasil, que ocorre em 19 e 20 deste mês. A própria Izabella admitiu essa possibilidade. "Em breve, provavelmente depois da Merkel", disse ao jornal "O Estado de S. Palo".

Por enquanto, as únicas pistas do que deve ter na meta brasileira foram as intenções apresentadas por Dilma em visita a Obama. Ela afirmou que o País se compromete a zerar o desmatamento ilegal e a recuperar 12 milhões de hectares de cobertura vegetal prometidas. Ambas as promessas foram feitas para 2030. Historicamente, o desmatamento foi o principal emissor de gases de efeito estufa no Brasil. Com a queda da perda da Amazônia nos últimos anos, os setores de energia e agricultura têm assumido a liderança. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O próprio ministro da Fazenda Joaquim Levy não fez "marola" - como ele definiu mesmo - ao explicar as razões que levaram o governo a rever, na semana passada, a meta de superávit primário. Levy citou dois fatores. A recessão e a queda da arrecadação. Para o economista Mansueto Almeida, especialista em contas públicas, faltou um terceiro item: contas extras. No primeiro semestre, o governo arcou com despesas adicionais de R$ 21 bilhões para manter a máquina pública e suas obrigações - as chamadas despesas de custeio.

Segundo Mansueto, boa parte dessas despesas não estava na cabeça da nova equipe econômica quando traçou as metas de superávit. Tratam-se, em sua maioria, de "uma herança maldita", como definiu o economista, que não estava clara no final do ano passado. "Eu não tinha a mínima ideia do peso delas e acho que a equipe econômica também não", diz.

##RECOMENDA##

O economista acompanha o desempenho fiscal, mês a mês, a partir de dados da Receita e do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siaf). Para ele, o governo até conseguiu cortar quase R$ 2 bilhões de gastos com pessoal beneficiando o primário. Mas o resultado segue pressionado pelo custeio - por antigos e novos gastos, que limitam a economia.

Algumas das despesas que surpreenderam cobrem "pedaladas fiscais" (subterfúgios para fechar as contas). A despesa de exercícios anteriores, por exemplo, teve alta de R$ 4,4 bilhões. Na lista estão despesas com saúde que são obrigatórias, mas foram proteladas e sequer empenhadas: o governo não registrou o serviço. Quando é assim, o custo não aparece nem como resto a pagar.

Incluem-se também pagamentos de juros por atraso na transferência de recursos do Tesouro para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e para o Programa de Sustentação de Investimentos (PSI), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Veja bem: pagamento de juros. "É como se o banco estivesse financiando o governo: foram R$ 1 bilhão de juros só para o BNDES", diz Mansueto.

O maior extra veio de uma despesa nova: a compensação que o Tesouro Nacional faz ao INSS, por causa de perdas geradas pela desoneração da folha de pagamento. Somaram R$ 4,6 bilhões. A desoneração é uma criação do primeiro mandato de Dilma Rousseff. Para Levy, a medida é cara e ineficiente, mas está prevista em lei e a Fazenda encontrou resistência no Congresso para acabar com ela.

Pesaram gastos antigos também. Seguro-desemprego e abono salarial acrescentaram R$ 2,4 bilhões à conta. Em parte, porque o Congresso demorou para votar mudanças nas regras de concessão do benefício, consideradas benevolentes em relação ao resto do mundo.

Como está cada vez mais difícil cortar, Mansueto vislumbra um cenário desalentador, mesmo com a mudança da meta. "Fazer o (resultado) fiscal hoje é mais desafiador do que há seis meses", diz. Hoje o ajuste depende de receitas extraordinárias, que precisam vir de privatizações e concessões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando