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Para os beneficiários no Minha Casa que estão com as prestações atrasadas, o governo vai recorrer a uma última cartada para reduzir a inadimplência na faixa mais carente do programa de habitação popular. Ministério das Cidades e Caixa devem produzir uma campanha para reforçar que o pagamento em dia das prestações propicia que outras famílias sejam contempladas.

Desde o ano passado, a Caixa apertou a cobrança das prestações que estão atrasadas. Passou a ligar e a enviar SMS para os beneficiários logo após os primeiros dias de vencimento. O nível de calote, porém, ainda é alto: encerrou maio em 18,79% - o número fechado do primeiro semestre, que ainda não foi divulgado, deve se aproximar dos 25%. O nível é destoante das operações das outras duas faixas de renda do Minha Casa: a parcela de atrasos acima de 90 dias nessas faixas é cerca de 2%, patamar dos financiamentos de mercado.

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A reportagem apurou que o Ministério das Cidades não tem orçamento para publicidade neste ano e negocia com a Caixa para decidir se o banco, responsável por tocar o programa, pode assumir o custo da propaganda.

O ministro das Cidades, Bruno Araújo, diz que a inadimplência dessa faixa é uma das preocupações do governo para atender outras famílias necessitadas que estão na fila. Ele afirma, porém, que no momento não está previsto nenhum tipo de repressão, como a retomada da casa.

Públicos

Os imóveis dessa faixa foram bancados em mais de 90% com recursos públicos. Se a inadimplência não ceder, a Caixa pode começar a retomar os imóveis. Para isso, uma lei foi modificada, ainda no governo da presidente afastada Dilma Rousseff, para determinar que os imóveis tomados devem ter tratamento diferenciado. Em vez de ir a leilão, como costuma ocorrer no financiamento imobiliário, a Caixa tem de reincluir o imóvel no programa, para ser direcionado a outro beneficiário que está na lista de espera do Minha Casa.

A alteração na lei evita que o imóvel retomado seja comprado por uma família com renda superior à dos beneficiários, o que seria uma desvirtuação do programa. Essas casas ou apartamentos têm tratamento tributário diferenciado, ou seja, são construídos com menos impostos.

Na terceira etapa do programa, o governo de Dilma aumentou as prestações dessa faixa. As famílias com renda de até R$ 800 passaram a pagar parcela de R$ 80; entre R$ 800 e R$ 1,2 mil, o valor é correspondente a 10% da renda; de R$ 1,2 mil a R$ 1,6 mil, de 15%; e de R$ 1,6 mil a R$ 1,8 mil, de 20%.

Para especialistas do setor da construção, as condições continuam "exageradamente favoráveis" para o calote e parte considerável dos contemplados poderia pagar uma prestação superior até para que o imóvel fosse mais valorizado.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente afastada Dilma Rousseff (PT) afirmou, nesta sexta-feira (22), que não mexeu no bolso dos trabalhadores quando anunciou medidas de ajuste fiscal logo após a sua reeleição, em 2014. A colocação da petista foi em resposta aos constantes discursos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), fazendo de mea-culpa diante dos considerados “erros” da gestão dela que podem ter agravado o clamor de uma classe da sociedade pelo impeachment. 

“Entendo as posições de Lula. Agora não acredito que eu mexi no bolso do trabalhador literalmente, pois o que corrigimos foram coisas incorretas”, argumentou em entrevista a uma emissora de rádio pernambucana. “O que corrigimos tanto na questão do seguro desemprego como no seguro defeso, por exemplo, não foram lesivas. Resolvemos questões até de irregularidade. Se mexeu em distorções da lei. Não acabei com o seguro desemprego, com o seguro defeso ou a pensão por morte e isso se fazia sistematicamente no Bolsa Família, porque muitas vezes fomos acusados de pagar os benefícios para quem não se enquadrava no programa”, acrescentou.

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Reconhecendo que “muitos ficam descontentes com as perdas”, Dilma justificou que as medidas feitas com o ajuste fiscal foram aprovadas pelo Congresso e não impostas pelo governo. “Não teve medidas que foram além disso, até porque elas foram aprovadas no Congresso e não simplesmente propostas do governo”, disse. 

Fazendo uma avaliação das ações do governo do presidente em exercício Michel Temer (PMDB), Dilma criticou a extinção da faixa 1 do programa Micha Casa, Minha Vida. “O Brasil precisava passar por uma revisão dos programas sem acabar com eles. Diferente do que acontece hoje, eles revisam o programa acabando com eles. O governo interino provisório esta acabando, por exemplo, com a faixa 1 do Minha Casa Minha Vida”, criticou.

Comentando sobre o “pacote de bondade” da equipe econômica de Temer, a presidente afirmou que “há excessos”. “No caso do Bolsa Família, o aumento foi de 12% porque ele considerou a inflação. Era para dar o aumento quando eu dei. Ele deu mais tarde. Então, contou a inflação e aumentou”, observou. “Acho que há um excesso nesta história de você dar aumento para aqueles que ganham mais no momento difícil do país. Não tenho nada contra o aumento dos servidores, eles são merecedores, mas há excessos”, acrescentou.

A petista ainda avaliou a condução do Congresso Nacional e disse que, apesar de não ter uma “especial aproximação com o DEM”, acredita que o novo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), terá uma atuação “absolutamente republicana”. 

O ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), culpou a gestão da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) pela ausência das contratações da faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida (MCMV), que contempla famílias que ganham até R$ 1,8 mil ao mês. Segundo ele, neste ano não houve nenhuma contratação do programa habitacional para esta faixa da população e não há previsão para a retomada dos contratos. 

"Fica claro que o governo afastado aniquilou os recursos e tem sido o meu diálogo com o Ministério da Fazenda no sentido de reduzir o dano que o governo anterior causou à população mais pobre tirando os recursos do faixa 1", afirmou o tucano ao fazer um diagnóstico do que ele chamou de "herança maldita" em que encontrou o ministério das Cidades.

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De acordo com informações repassadas pelo ministro, em 2013 foi registrado o maior número de contratações na faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida, um total de 399.219; em 2014 o número registrado foi menos que a metade 132.615; já em 2015 foram 1.188 contratos. “Até abril de 2016 não teve contratação”, frisou. Para esse público, o governo chegava a bancar até 95% do valor do imóvel.

Segundo o diagnóstico apresentado pelo ministério, nessa quinta-feira (2), existem atualmente 51,2 mil moradias para a faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida com as obras paralisadas e 67,2 mil unidades concluídas, mas que ainda não foram entregues. Para este ano, programa tem um orçamento de R$ 11,7 bilhões, dos quais R$ 6,8 bilhões são da União e R$ 4,8 bilhões do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Recurso que será aplicado para pagar as obras das moradias que já foram contratadas.

A presidente afastada Dilma Rousseff afirmou nesta segunda, 30, que "é sintomático" que o governo do presidente em exercício, Michel Temer, tenha decidido rever as políticas do programa Minha Casa, Minha Vida Entidades. "É sintomático que o primeiro corte que o interino golpista fez foi no Minha Casa Minha Vida Entidades. Mostra que ele desconsidera a história das lutas pela habitação popular no Brasil", disse a presidente afastada em um bate papo no Facebook.

Dilma estava ao lado da ex-presidente da Caixa Miriam Belchior - ela tem usado as redes sociais para rebater as políticas de Temer e o tema de hoje foi justamente o Minha Casa, Minha Vida. A petista disse que "é um absurdo que o presidente interino e provisório altere tão dramaticamente as políticas decorrentes do programa de governo que recebeu mais de 54 milhões de votos, em eleições diretas".

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Segundo Dilma, os senadores - a quem caberá decidir sobre seu afastamento definitivo - já estariam sensibilizados com as mudanças no governo e isso pode ajudá-la a retomar o seu mandato. "Tenho certeza que o Senado da República já está percebendo os inúmeros retrocessos advindos das decisões equivocadas do governo provisório. Faremos todo o possível para reverter este quadro que só tem prejudicado a população, especialmente a que mais precisa", escreveu.

Dilma disse ainda esperar "um mínimo de consideração pelas famílias que mais precisam da casa própria". "Acreditamos que eles, do jeito que vão, são capazes de tudo", afirmou. Ao destacar que além de moradias, o programa habitacional é também gerador de empregos, a presidente afastada disse que "é uma temeridade mexer no Minha Casa Minha Vida". "Revela uma falta de compromisso com o povo brasileiro", afirmou.

A petista reconheceu que ainda há muito para se fazer pelo programa e afirmou que "o povo brasileiro não vai permitir que um governo interino comprometa esta conquista". Ao ser questionada se o novo governo poderia aumentar as parcelas de imóveis já comprados, Dilma respondeu: "Nós não sabemos até que ponto eles irão no desmonte do MCMV. Fique de olho! Nós estamos de olho".

A presidente afastada afirmou ainda que o governo Temer "já demonstrou ser contra qualquer subsídio para os mais pobres". "Além de acabar com o subsídio, o governo provisório vai reduzir o número de moradias que serão contratadas. É retrocesso na saúde, na educação, nos direitos humanos, na habitação, enfim... A população que mais precisa será a maior prejudicada. Mais uma vez fica claro quem paga o pato", escreveu Dilma.

Resposta

Logo após o bate papo virtual com a presidente afastada ir ao ar, o ministro da Cidades, Bruno Araújo, gravou um vídeo no Facebook para defender a pasta e afirmar que o andamento do programa Minha Casa, Minha Vida segue normal. Segundo ele, não há nenhuma previsão de suspensão das ações. "Nunca houve suspensão, e nunca foi tratado nada a respeito da matéria", disse.

Araújo reconheceu que o programa perdeu recursos, mas disse que está trabalhando para "amenizar isso da melhor forma possível". "O programa segue firme e pode melhorar muito. Há muito que ser aperfeiçoado. Todos nós estamos num grande esforço de fazer o programa seguir firme e ajudar a reduzir o déficit habitacional do País", afirmou o tucano.

Na manhã desta sexta-feira (27), um grupo de integrantes de movimentos sociais iniciou um protesto em frente ao escritório político do atual ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), na Avenida Agamenon Magalhães, no bairro do Espinheiro, para reivindicar um corte no Programa Minha Casa, Minha Vida em Pernambuco. 

Por volta das 10h, os manifestantes atearam fogo em pneus e madeiras na via, interrompendo o trânsito durante uma hora. O Corpo de Bombeiros e a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU)  foram acionados e conseguiram retirar os entulhos da pista. O protesto, no entanto, seguiu acontecendo e por volta das 12h desta sexta o trânsito da Avenida Agamenon Magalhães, no sentido Olinda, foi bloqueado novamente pelos movimentos sociais. 

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Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, da Frente Brasil Popular e do Movimento Povo Sem Medo estão presentes à frente da manifestação popular. O grupo protesta contra a suspensão da construção de 35 mil unidades habitacionais do Minha Casa Minha Vida no Estado.  Com bandeiras vermelhas e cartazes contra o Impeachment de Dilma Rousseff (PT), os populares estão insatisfeitos com o Ministro das Cidades, Bruno Araújo, que revogou duas portarias que autorizavam a construção de 35.606 unidades – 836 delas em Pernambuco. 

Diálogo

No último dia 20, o ministro das Cidades assegurou que o programa Minha Casa, Minha Vida não sofrerá “qualquer interrupção”. Em nota encaminhada à imprensa, o ministério reafirmou o “compromisso não só com a manutenção do programa, mas também com a importância do seu aprimoramento e na medida em que a economia permitir, sua ampliação, com objetivo justamente de garantir que os programas sociais possam prosseguir”.

Em uma visita ao Recife no último dia 21, Bruno Araújo disse que está aberto a conversar com os movimentos sociais sobre mudanças nos programas habitacionais. O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) sinalizou ocupações caso haja a suspensão de novos contratos do Minha Casa Minha Vida.

No evento, o ministro voltou a negar qualquer suspensão do programa, explicando que serão trabalhados apenas aprimoramentos. “A regra agora é fazer mais com menos, porque nós temos um colapso financeiro. Vamos dar sequencia ao programa sem interrupções e criar dispositivos novos que entreguem mais qualidade para o cidadão que espera seu imóvel”, declarou Araújo na ocasião.

Em visita ao Recife, para o Curso de Formação para Candidatos do PSDB, o ministro das Cidades Bruno Araújo disse que está aberto a conversar com os movimentos sociais sobre mudanças nos programas habitacionais. O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) sinalizou ocupações caso haja a suspensão de novos contratos do Minha Casa Minha Vida.

“Mudança para melhor, a sociedade tem que estar aberta”, disse o ministro. “Qualquer movimento social é uma unidade da sociedade como qualquer outra. Eles estão convidados a sentar à mesa conosco pra entender como podemos ajudá-los a melhorar a eficiência das habitações que foram contratadas e não foram entregues na expectativa”, complementou.

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O ministro voltou a negar qualquer suspensão do programa Minha Casa Minha Vida, explicando que serão trabalhados apenas aprimoramentos. “A regra agora é fazer mais com menos, porque nós temos um colapso financeiro. Vamos dar sequencia ao programa sem interrupções e criar dispositivos novos que entreguem mais qualidade para o cidadão que espera seu imóvel”, declarou Araújo.

"O governo afastado deixou uma conta inimaginável, só este ano R$ 170 bilhões de buracos. É um volume de convênios prometidos, obras prometidas a prefeitos e vereadores que não se deixou nenhuma fonte de recurso para o pagamento", ele criticou. Durante seu depoimento na palestra, Araújo sentenciou: "O Brasil não aceita mais isso [grande volume de convênios e obras prometidas], não aceita a lei da corrupção, não aceita incapacidade,  falta de competência, de planejamento e, sobretudo, de vergonha na cara". 

Entidades – Segundo o ministro das Cidades, as entidades serão convocadas para uma reunião em Brasília na próxima semana. “Vamos discutir um novo relançamento. Vocês precisam compreender que o Minha Casa Minha Vida Entidades representa apenas 1% do programa. Em Pernambuco, foram contratadas 3,5 mil casas para entidades e neste momento estão entregues 128. Precisa acabar o programa? Não. Mas vamos dialogar com as entidades para ter eficiência”.

O relançamento só deve ocorrer após o processo de discussão entre as entidades e o ministério. O ministro revogou a construção de 11.250 moradias da modalidade Entidades, que havia sido assinada pela presidente Dilma Rousseff.

PPPs – Araújo também tem se mostrado interessado por Parcerias Público-Privadas (PPP) para auxiliar o Minha Casa Minha Vida. “É uma coisa que surgiu ontem (sexta-feira, 20). Eu tenho pedido estudos de PPPs em projetos de habitação. Nós podemos ter outra modalidade onde a iniciativa privada é chamada, é entregue a ela o terreno, ela constrói os imóveis e pode explorar serviços comerciais da área e entregar os imóveis para brasileiros e brasileiras. 

O senador Humberto Costa (PT) voltou a disparar críticas contra a gestão do presidente em exercício Michel Temer (PMDB). Para o pernambucano, o governo provisório “está acabando com o Brasil”. Humberto fez o comentário após a possibilidade de suspensão da contratação dos habitacionais do Minha Casa, Minha Vida 3. A medida foi negada pelo ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB). 

“Esse governo provisório e sem voto está acabando com o Brasil. Agora, querem destruir o maior programa de habitação que este país já teve, o Minha Casa Minha Vida. É muita maldade para tão pouco tempo de governo, acabar com o sonho de 2 milhões de famílias que iriam ganhar a casa própria”, criticou o senador.

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Para Humberto Costa, a ação “contrária às conquistas adquiridas nos últimos 13 anos”. Fazendo um balanço do programa, o petista afirmou que o Minha Casa, Minha Vida contemplou mais de 2,6 milhões de famílias, beneficiando 10,5 milhões de pessoas. Em Pernambuco, de acordo com ele, o investimento foi de R$ 8,714 bilhões para mais de 79.340 famílias.

O ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), assegurou que o programa Minha Casa, Minha Vida não sofrerá “qualquer interrupção”. Em nota encaminhada à imprensa, o ministério reafirmou o “compromisso não só com a manutenção do programa, mas também com a importância do seu aprimoramento e na medida em que a economia permitir, sua ampliação, com objetivo justamente de garantir que os programas sociais possam prosseguir”.

O texto foi encaminhado nesta sexta-feira (20), após o jornal Estado de S. Paulo publicar uma matéria afirmando que o governo do presidente em exercício Michel Temer (PMDB) teria suspendido a terceira etapa do programa que passará por um processo de “aprimoramento”.

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“Estamos em um momento de transição, em hipótese alguma neste momento falaríamos em uma suspensão do programa Minha Casa, Minha Vida. O que estamos fazendo é sendo cautelosos, avaliando o que nos permite prometer para que não possam ocorrer falsas esperanças, iremos trabalhar arduamente para que possamos fazer o melhor para a população brasileira,” pontuou Bruno Araújo. 

Em publicação no seu perfil do Facebook, o ministro disse que a suspensão do programa  “nunca foi tratado”. 

O governo do presidente em exercício, Michel Temer, abandonou a meta traçada pela presidente afastada Dilma Rousseff de contratar 2 milhões de moradias do Minha Casa Minha Vida até o fim de 2018, disse o ministro das Cidades, Bruno Araújo. Ao jornal O Estado de S. Paulo, ele afirmou que toda a terceira etapa do programa - e não apenas a modalidade Entidades - está suspensa e passará por um processo de "aprimoramento".

Araújo estimou em 40 dias o tempo necessário para fazer um raio X da principal vitrine de seu ministério. Segundo o ministro, a nova meta para o Minha Casa vai depender da análise das contas públicas a cargo da equipe econômica de Temer, chefiada pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. "É preferível que identifiquemos os reais limites do programa e que os números anunciados sejam o limite de contratação", afirmou. Segundo ele, "metas realistas" não geram expectativas falsas tanto nos empresários - que precisam fazer o planejamento pelo tamanho do programa - como para os beneficiários.

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Dilma Rousseff anunciou o MCMV 3, pela primeira vez, em julho de 2014, na véspera do início da campanha eleitoral, na comunidade do Paranoá, em Brasília. Naquele dia, prometeu construir 3 milhões de moradias até o fim de 2018, número que foi repetido na campanha e no início do segundo mandato. Posteriormente, recuou para 2 milhões de unidades, com investimentos de cerca de R$ 210,6 bilhões, sendo R$ 41,2 bilhões do Orçamento-Geral da União.

A terceira etapa do programa, porém, não engatilhou, e o ministro diz que todas as condições serão reavaliadas, até mesmo a grande novidade - a criação da faixa intermediária, batizada de faixa 1,5 - que nunca saiu do papel. Ela beneficiaria famílias que ganham até R$ 2.350 por mês, com subsídios de até R$ 45 mil para a compra de imóveis, cujo valor pode chegar a R$ 135 mil, de acordo com a localidade e a renda. Além do "desconto", os juros do financiamento, de 5% ao ano, também seriam subsidiados com recursos do FGTS.

O ministro disse que vai propor a Temer fazer uma cerimônia simbólica para inaugurar, simultaneamente, as moradias do programa que estão prontas, mas que aguardavam a agenda de ministros para eventos de inauguração. De acordo com a Caixa, 46,2 mil moradias da faixa 1 do programa (que atende famílias que ganham até R$ 1,8 mil) estão com as obras concluídas, em fase de legalização para serem entregues aos beneficiários.

Dessas, 15,5 mil estão localizadas em cidades do interior, com menos de 50 mil habitantes. Ainda segundo o banco, desde que foi criado, o programa já contratou 1,73 milhão de moradias na faixa 1, das quais 967 mil foram entregues. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro das Cidades, Bruno Araújo, disse ao jornal O Estado de S. Paulo ter orientado a Caixa a suspender emendas e contratos do ministério até ele ter "clareza" sobre seu orçamento. Com isso, poderia ter espaço para "escolhas" ao longo do ano.

Ainda com os quadros que tinha no gabinete da Câmara dos Deputados espalhados pela mesa da sede do ministério, Araújo afirmou que é importante uma "sincronia" com as vice-presidências do banco estatal que tocam os programas do governo, como o Minha Casa Minha Vida. A seguir, os principais trechos da entrevista.

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O sr. encontrou muitos esqueletos no ministério?

No primeiro momento, na sexta-feira, fomos surpreendidos. Uma das principais áreas temáticas do ministério é a habitação. Havia uma decisão técnico-política importante tomada sobre o Minha Casa Minha Vida Entidades, uma modalidade que representa um porcentual pequeno do programa, mas é instrumento de conexão com parte da sociedade, que são organizações não governamentais. Mudanças substanciais foram tomadas por um governo que estava sendo afastado. Nas demais áreas, não começamos a fazer a ocupação técnica para ter clareza. Tem um estoque muito grande de coisas a aprofundar. Diretrizes que estou dando para a minha equipe: tirar amarras ideológicas e burocráticas, o que dá para fazer com uma gestão mais eficiente. Se não tem dinheiro, tem de dar mais eficiência.

O documento "A Travessia Social" defende que o Minha Casa tenha foco nos pobres. Michel Temer detalhou de que forma?

Não tivemos uma conversa dessa amplitude. Ele me pediu o zelo pela manutenção dos programas sociais. Recebi o convite na quarta-feira às 19 horas e tomei posse na quinta-feira. Num processo normal de transição democrática, a eleição é em outubro e a posse, em janeiro. Tem um processo de desenvolvimento para já entrar com uma equipe. Aqui, entrei com o chefe de gabinete. Leva um tempo para estabelecer.

A última meta de Dilma era contratar 2 milhões de moradias até 2018. E a do governo Temer?

Só teremos clareza quando tivermos o real estado da Nação, apresentado pela equipe econômica. A apresentação do déficit das contas públicas é a certidão de nascimento deste governo. É a referência. Se o Senado decidir pelo afastamento definitivo da presidente, ao fim de 2018 vamos poder fazer a comparação com o retrato que tivermos agora. Em relação a dimensionar tudo isso, precisaremos da clareza do diagnóstico orçamentário. Orientamos a Caixa a suspender algumas emendas e alguns contratos para que nos fosse dado o direito de avaliar como é a situação do ministério até 31 de dezembro, para nos dar espaço para as escolhas ao longo do ano.

O sr. está dizendo, então, que não há meta sem o diagnóstico?

Precisamos do diagnóstico completo da equipe econômica e a clareza interna de como ficou a execução orçamentária até aqui. Só devemos ter um desenho da situação interna ao longo da semana que vem. Precisamos compatibilizar com o diagnóstico que será feito com a equipe econômica. A partir daí, teremos elementos para o planejamento. Como vamos nos portar com essa tendência da economia em relação a entregar as metas que estavam definidas. O governo anterior sempre foi expert em superestimar informações boas e subestimar dados ruins.

O MCMV 3 tinha sido promessa da campanha à reeleição, com aumento das prestações e criação de nova faixa, entre outras novidades. Tudo será revisto?

O programa deve ser aperfeiçoado. Se chegarmos a um diagnóstico de que o MCMV 3 adotou regras absolutamente coerentes e que representa um avanço, será bem-vindo. Mas se identificarmos que há aprimoramentos para reduzir o valor final das prestações, para aumentar o porcentual de entrega, isso é factível. A administração Temer e a participação do PSDB (Araújo é deputado federal pelo PSDB-PE) neste governo tem um compromisso daqui para a frente, trazendo tudo que tem de positivo no seu bojo. Minha Casa Minha Vida 3 está submetido a um processo de aprimoramento.

O setor da construção depende muito do programa. Em quanto tempo será feita a reavaliação?

Quando eu pedi, de forma intuitiva, deduzi que levaríamos 40 dias para ter um diagnóstico. Eu e meus colegas ministros estamos construindo nossas equipes. Estamos dedicando este mês de maio à formação da equipe e ela vai mergulhar nos números e informações do ministério. Nesse intervalo de 40 dias, vamos ter um raio X.

Como resolver a falta de recursos do MCMV, já que o subsídio no faixa 1 é praticamente o valor total do imóvel?

O mais importante é que possamos criar uma relação de absoluta confiança. É preferível que identifiquemos os reais limites do programa e que os números anunciados sejam do limite da contratação. As empresas vão poder planejar com esses números e os cidadãos que aguardam o atendimento vão poder criar uma expectativa verdadeira. Temos de ter clareza, sem criar falsas expectativas. A partir daí, para viabilizarmos novos recursos, precisaremos ter em conta os acertos ou erros das decisões macroeconômicas. Se a economia crescer, essa vai ser a principal mola propulsora dos programas geridos por nós. Qualquer engenharia financeira nova tem de ter o caráter da responsabilidade, previsibilidade e segurança para que não crie qualquer instabilidade no futuro.

O sr. já tem marcada a primeira entrega do MCMV?

Há dezenas de milhares de unidades prontas, com usuários já pagando as prestações. Brasileiros que estão olhando as casas e não podem entrar. O governo anterior não inaugurou porque esperava para saber qual ministro ia fazer a cerimônia. Levarei a proposta ao presidente Temer para que ele autorize numa única solenidade simbólica a entrega das chaves a milhares de brasileiros que não receberam ainda por motivo político.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro das Cidades, Bruno Araújo, disse que fará uma auditoria na modalidade Entidades do Minha Casa Minha Vida. "O Minha Casa Minha Vida vai sofrer ajustes para não gerar falsas expectativas às entidades", afirmou o ministro durante coletiva de imprensa. "Vamos colocar critérios para ajudar a modalidade ter uma eficiência maior na relação entre contratação e entrega."

Na entrevista coletiva, Araújo citou reportagem do jornal O Estado de S. Paulo que mostra que a entrega de moradias da modalidade Entidades representa entre 1% e 1,5% do programa como um todo. Segundo o ministro, das 61 mil unidades contratadas pela modalidade, desde 2009, apenas 7.548 foram entregues até o fim de março.

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Lançamento

Araújo disse que a revisão das regras será feita pela nova equipe da Secretaria de Habitação e que ele mesmo já marcou conversas com as entidades. O ministro afirmou que, depois de realizada a auditoria, vai fazer um lançamento dessa modalidade, mas sem dar uma data para a cerimônia.

Na terça-feira, 17, Araújo revogou a autorização para a contratação de 11.250 unidades da modalidade Entidades do programa. Segundo ele, nos últimos dias o governo da presidente afastada Dilma Rousseff havia autorizado a contratação de mais 34 mil unidades, mas o volume de recursos era correspondente a 6.280 moradias. "O volume de recursos disponíveis é bem menor do que a portaria que apontava a seleção para esse conjunto de unidades. Isso passaria a gerar uma forte pressão sobre as unidades da Caixa sem o devido o volume de recursos para esse atendimento", afirmou.

O ministro também revogou as alterações nas regras para a contratação de moradias da versão rural do MCMV. Elas foram publicadas no Diário Oficial da União no primeiro dia do governo Temer. No Dia do Trabalho, às vésperas da votação do impeachment pelo Senado, Dilma anunciou a contratação de 25 mil moradias da modalidade entidades até 2018. As portarias revogadas foram assinadas pela ministra Inês Magalhães - substituta de Gilberto Kassab (atual ministro de Ciência, Tecnologia e Comunicações) - por ordem de Dilma.

Após a revogação das portarias, a coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) prometeu reagir com protestos "contundentes" nas principais capitais do País.

A modalidade entidades programa difere da maneira como o governo toca as outras obras do Minha Casa Minha Vida. Primeiro, pela forma como são feitos os repasses, parcelados, diretamente para as entidades. No restante do programa, os pagamentos são feitos às construtoras na medida em que as obras andam. Engenheiros dos bancos públicos (Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil) são responsáveis por essa medição. No MCMV Entidades, uma parcela do dinheiro é repassada antes mesmo do início das obras. As associações e os movimentos sociais têm liberdade para contratar as construtoras ou construir as casas por meio de mutirões, por exemplo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No discurso de entrega de unidades habitacionais do Minha Casa Minha Vida, nesta terça-feira, 26, em Salvador, o governador da Bahia, Rui Costa (PT), fez duras críticas ao vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), que assume a Presidência em caso de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Ao lado de Dilma, que também participa da cerimônia de entrega das casas, o governador disse que tem sorte por contar com um vice confiável, João Leão (PP). Sem citar nominalmente Temer, disse que seu vice não é traidor, tem caráter e não vai apunhalá-lo pelas costas.

"Este vice é amigo de verdade, não é amigo da onça", disse o governador baiano, nas críticas ao peemedebista. E apresentou, na cerimônia, alguns dos 24 deputados da Bahia que votaram contra o impeachment de Dilma Rousseff no plenário da Câmara dos Deputados, 17. "Vai ter luta e não vai ter golpe", disse Rui Costa, enaltecendo a honra dos parlamentares que votaram contra o impedimento da petista, numa votação, segundo ele, capitaneada "por um gângster (Eduardo Cunha) que quer condenar uma presidente séria e honesta".

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Segundo ele, "o golpe" é da "elite perversa" e dos endinheirados do País que não se conformam com a ascensão dos mais pobres. O governador da Bahia também não poupou críticas à Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp). "A Fiesp, que representa os endinheirados de São Paulo, que recebe imposto sindical, que usa verba pública, pagou uma página de jornal aqui para agradecer aos deputados traíras que votaram com os ricos de São Paulo, negando a vontade do povo baiano." E disse que a Bahia e o Nordeste continuam apoiando o governo petista.

No final de seu discurso, de cerca de 20 minutos, em que defendeu o mandato de Dilma, Rui Costa puxou coro com os presentes para criticar a imprensa, sobretudo a Rede Globo, dizendo: "O povo não é bobo", e o coro dos presentes continuava: "abaixo a Rede Globo".

A presidente Dilma Rousseff acabou "esquecida" durante inauguração de mais um conjunto habitacional do Minha Casa Minha Vida, programa símbolo de seu governo. Os moradores do loteamento de 499 casas, localizado em Luziânia, Goiás, não veem conexão do benefício com a figura de Dilma e pediram a saída da presidente do cargo. Já políticos locais da base do governo não chegaram a mencionar o nome de Dilma durante o evento, que foi conduzido pelo ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD-SP).

"Amei a casa. Veio no momento em que eu mais precisava", afirmou Leila Pereira, 38 anos. Diarista, ela não pode trabalhar porque está grávida do quinto filho e enfrenta uma gestação de risco. A família sobrevive com rendimentos do Bolsa Família, mas Leila não sabe que o loteamento também faz parte do programa habitacional da presidente Dilma Rousseff. Ela conta que sempre falou diretamente com a prefeitura durante o processo de aquisição do imóvel.

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Para saber se podia aumentar a casa de 36m², Leila consultou o prefeito de Luziânia, Cristóvão Tormin (PSD-GO). "O prefeito disse que a casa é minha e eu posso aumentar mais para trás", afirmou. A assessoria do Ministério das Cidades confirmou que a distribuição das moradias é coordenada pelas prefeituras e que, naturalmente, os moradores conectam o programa ao governo local e aos bancos públicos que financiam os imóveis.

Os moradores elogiaram as instalações da casa nova e o fato de todas as unidades terem captação de energia solar para abastecer o chuveiro. Eles acreditam que vai ajudar a economizar na conta de luz. Entretanto, nenhum dos beneficiários entrevistados pela reportagem defendeu a presidente.

Carla Moraes, 29 anos, recebeu as chaves e comemorou o preço acessível da casa nova. "O valor é simbólico de tão barato que é", afirmou. Ela, que é dona de casa, vai pagar prestações mensais de R$ 25 por dez anos até quitar o imóvel. Apesar de feliz com o benefício, Carla criticou a presidente e espera que Dilma saia do cargo. "Eu sou a favor das manifestações. A luz aumenta, a comida aumenta. Talvez com o afastamento dela, isso possa melhorar", disse.

Oziris de Souza, 36, é vigilante e também trabalha como ajudante de pedreiro para complementar a renda. Por causa da situação econômica, ele defende que a presidente saia do governo. "Ela causou muito desemprego para o povo em geral, está cada vez mais difícil achar trabalho", disse. Ana Kelly Silva, 29 anos, disse que tem visto muitas acusações à Dilma na televisão e que a presidente está sendo "muito omissa".

Sem menções à presidente

A cerimônia contou com a participação do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e de políticos locais da base do governo, a maioria do mesmo partido do ministro Kassab. Todos fizeram discurso para as famílias que recebiam as casas, mas nenhum chegou a mencionar o nome da presidente Dilma Rousseff. Perillo, que é tucano, agradeceu as parcerias com o governo federal, mas não falou sobre a presidente. Nem mesmo o deputado federal petista Rubens Otoni (PT-GO) citou o nome de Dilma.

"No Estado de Goiás, o governo da presidente Dilma, que não pôde vir hoje, junto com o governador Marconi Perillo, tem muito do investimento do Ministério das Cidades", disse Kassab, ao fazer a única menção ao nome da presidente durante todo o evento. O ministro direcionou seu discurso às famílias beneficiadas e não falou sobre política no palanque.

Em entrevista à reportagem, Kassab não respondeu se permanece no governo. Com o agravamento da crise política e a possibilidade de impeachment da presidente, os principais partidos da base, como o PMDB, ensaiam uma saída do governo com o abandono de cargos em ministérios e secretarias. Kassab assumiu o cargo em janeiro de 2015 e ganhou visibilidade ao viajar o País fazendo entregas de complexos residenciais e obras de infraestrutura e saneamento básico.

O ministro é presidente licenciado do PSD e fundou o partido em 2011, quando levou com ele diversos deputados de oposição para a base do governo Dilma. Atualmente o partido compõe uma das maiores bancadas da Câmara dos Deputados, onde terá início a tramitação do processo de impeachment da presidente.

Resolução publicada nesta sexta-feira (26) no Diário Oficial da União estabelece o plano de metas e as diretrizes gerais para a aplicação dos recursos do Fundo de Desenvolvimento Social, destinados ao Programa Minha Casa, Minha Vida. Segundo o texto, poderá ser usado o montante de até R$ 970 milhões em 2016, dos quais R$ 613,8 milhões para pagamento de obras em curso e R$ 338 milhões para contratação de novas operações de crédito.

A terceira fase do programa deverá ser anunciada em março. A prestação mínima do Minha Casa, Minha Vida vai subir de R$ 25 para R$ 80 e será cobrada para as novas moradias do programa habitacional, que começam a ser contratadas este ano. Pertencente à terceira etapa do programa, a mudança se refere às famílias que estão na primeira faixa, com renda de até R$ 1,8 mil.

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Para as pessoas que recebem salário mensal de no máximo R$ 800, a prestação será de R$ 80. De acordo com o Ministério das Cidades, para aqueles que têm renda mensal entre R$ 800 e R$ 1,2 mil, o valor corresponderá a 10% do salário. As famílias cujo salário médio varia entre R$ 1,2 mil e R$ 1,8 mil pagarão mensalmente o valor que corresponde a 15% do salário.

A prestação mínima paga anteriormente pelos beneficiários do programa era de R$ 25 por mês. Antes das mudanças, em toda a Faixa 1, cerca de 95% do imóvel era subsidiado pelo governo.

Em menos de um mês da última passagem por Pernambuco, a presidente Dilma Rousseff (PT) deve desembarcar no estado na próxima sexta-feira (19). De acordo com a assessoria de imprensa presidencial, a petista virá para participar da cerimônia de inauguração de unidades do Minha Casa, Minha Vida em Petrolina, no Sertão. Inicialmente a agenda está prevista para acontecer às 10h. 

A cidade sertaneja conta, segundo o prefeito Julio Lossio (PMDB), com cerca de 10 mil unidades habitacionais do programa do governo federal em construção. Desta vez, devem ser entregues as 2.432 unidades do Residencial Vivendas Petrolina I e II. “Temos o maior programa habitacional do interior do Norte e Nordeste. Enquanto vejo Recife comemorando – eu acho que mil casas - nós já estamos com 10 mil”, observou o peemedebista.

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Apesar de ter votado em Dilma para a reeleição, o prefeito de Petrolina é um dos peemedebistas que mais defende a candidatura do vice-presidente Michel Temer em 2018. O que deixa a entender que provavelmente a petista não encontrará um prefeito aliado na cidade. “Petrolina deve muito a Temer”, frisou Lossio. 

Esta é a segunda vez que Dilma Rousseff que vem a Pernambuco em 2016. No último dia 21, ela esteve no Recife onde inaugurou a segunda etapa da Via Mangue. Na ocasião, a petista defendeu a necessidade de reequilibrar o país e construir convênios com campos políticos opostos. Além disso, ela também convocou a população para combater o mosquito aedes aegypti, pauta que tem sido o norte do governo nos últimos meses. 

Por causa da frustração de recursos, o governo vai jogar para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) uma parcela ainda maior da conta dos subsídios dos financiamentos do Minha Casa Minha Vida. O jornal O Estado de S. Paulo apurou que, para deslanchar a fase 3 do programa de habitação popular, haverá redução dos recursos do Orçamento para subsidiar a aquisição das unidades habitacionais.

A parcela de recursos públicos como contrapartida aos subsídios é atualmente de 17,5% e deve cair para 11%. Para compensar a queda, a parcela do FGTS deve subir de 82,5% para 89%.

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Não é a primeira vez que o governo recorre à estratégia de aumentar o subsídio do FGTS para financiar as casas do programa, usado como vitrine eleitoral da gestão PT. Quando foi criado, em 2009, o Tesouro Nacional cobria 25% dos subsídios e o FGTS, os outros 75%.

Trata-se da única saída encontrada pelo governo para manter a média anual de contratar em torno de 400 mil unidades nas faixas intermediárias do programa, pelas quais os beneficiários financiam as casas com juros mais baixos e desconto.

Isso porque o orçamento para cobrir a contrapartida do Tesouro nessas faixas foi cortado de R$ 1,9 bilhão para R$ 918 milhões em 2016. Com esse dinheiro, só seria possível contratar a metade das unidades da média dos últimos anos. Os 11% da nova contrapartida do Tesouro foram calculados para manter a média das contratações de 400 mil unidades.

A falta de recursos públicos para o governo compensar sua parcela nos subsídios dos financiamentos do Minha Casa não é recente, mas agora o governo está impossibilitado de usar o subterfúgio dos últimos anos.

O FGTS desembolsava 100% dos subsídios para que o Tesouro pagasse a sua parte depois. No entanto, essa prática foi condenada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por ser considerada também uma "pedalada fiscal". No fim de 2015, o Ministério da Fazenda transferiu R$ 9 bilhões para quitar essa dívida.

Nova faixa. Com a medida, o governo vai conseguir tirar do papel a faixa 1,5, a grande novidade da terceira etapa do MCMV. Segundo as regras do programa, essa faixa contempla famílias com renda mensal de até R$ 2.350.

Esse público terá um desconto de até R$ 45 mil por moradia, de acordo com a localidade e a renda. Além disso, pagará 5% ao ano no financiamento pelas modalidades SAC (Sistema de Amortização Crescente) ou Tabela Price, num prazo de até 360 messes.

Membros do conselho curador do FGTS criticam o fato de que, como constatou o Estado no fim de 2015, cada vez mais o Minha Casa passa a ser um programa bancado com o FGTS, fundo privado formado com o dinheiro que é descontado mensalmente do salário de todo trabalhador brasileiro. "É fazer bondade com o chapéu alheio", afirmou um integrante. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A intenção da presidente Dilma Rousseff de estimular a construção civil para retomar o crescimento, num plano tratado pelo governo como um "novo PAC", pode esbarrar em obstáculos como juros elevados, restrição na oferta de crédito e incertezas em relação à conjuntura política. Mas no caso do segmento de moradias uma alternativa de estímulo à geração de empregos seria a retomada das contratações na faixa 1 do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV).

No segmento de moradias populares, a escassez de capital tem limitado a atuação de governo e era baixa a expectativa de contratações de unidades no segmento mais popular do MCMV em 2016. A faixa 1 do programa beneficia famílias de renda menor, ao conceder subsídio de até 95% do valor do imóvel.

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De janeiro a novembro, as contratações da faixa 1 do Minha Casa representaram só 4% do total de 365.269 moradias. O programa vai fechar 2015 com o menor patamar de contratações desde 2009, quando foi criado. Em 2014 todo, foram contratadas 515.499 moradias, 46% menos do que o recorde de 2013, quando foram contratadas quase 1 milhão de casas.

Recursos do FGTS

Para o presidente do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), Claudio Bernardes, o possível uso de capital do Fundo de Garantia do Tempo de Serviços (FGTS) para iniciar novas obras na faixa 1 poderia ajudar na recuperação do setor e, assim, incentivar a geração de postos de trabalho.

O conselho curador do FGTS autorizou, no fim de 2015, o socorro de R$ 4,8 bilhões do fundo ao Minha Casa Minha Vida em 2016. Os recursos do FGTS serão usados para bancar até 60% do valor dos imóveis (o resto será bancado com recursos da União), com teto de R$ 45 mil por moradia. Ao contrário do uso do FGTS nos financiamentos das faixas 2 e 3, os recursos que serão usados na faixa 1 não voltarão ao fundo.

"Para o governo dar um impulso, tem de ser na faixa 1. O governo parece não ter recursos do Tesouro, mas pode recorrer aos recursos do FGTS", acrescentou Bernardes, ao apontar que esse capital também poderá ser usado em infraestrutura. "Isso não resolve o problema da construção ou do setor de imóveis, mas pode ajudar a recuperar empregos e acelerar a economia."

Segundo o presidente do braço brasileiro da Federação Internacional Imobiliária (Fiabci-Brasil), Rodrigo Uchôa Luna, o governo pode estar sinalizando o início operacional da terceira etapa do Minha Casa. Mas, aliado a essa iniciativa, as pessoas precisam ter renda e confiança. "O governo precisa aplicar medidas para diminuir a inflação e, assim, conseguir reduzir juros", afirmou o executivo, ao indicar que ainda não foi feita uma consulta à entidade. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Para ajudar o governo a honrar as dívidas do Minha Casa Minha Vida, o conselho curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) afrouxou, mais uma vez, as regras e passou a permitir que os recursos sejam usados para o pagamento às construtoras que estão com moradias em estágio de, no mínimo, 70% de construção.

A autorização já tinha sido dada ad referendum pelo ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, no dia 19 de novembro. Mas, ontem, o conselho curador do FGTS - formado por representantes do governo, dos trabalhadores e dos patrões - ratificou a decisão.

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O FGTS é formado com os 8% que são descontados todo mês dos salários dos trabalhadores brasileiros. A utilização dos recursos do fundo no Minha Casa Minha Vida até este ano se restringia ao financiamento, com descontos e juros mais baixos, das moradias das faixas 2 e 3 do programa de habitação popular, que é uma das vitrines do governo PT.

No entanto, em outubro, o conselho curador liberou a injeção de R$ 3,3 bilhões do orçamento de 2015 para pagar também as moradias do faixa 1 (destinadas às famílias com renda mensal de até R$ 1,5 mil). A diferença, no entanto, é que esses recursos não voltarão ao fundo.

Pela decisão de outubro, os bancos públicos só teriam acesso a esse dinheiro do FGTS com as obras finalizadas, incluindo o habite-se. A Caixa Econômica Federal informou que somente 35 mil moradias já estavam prontas e com registro. O impacto dessas casas no orçamento do fundo ficaria apenas em R$ 1 bilhão.

Para usar a diferença, o conselho aprovou que os bancos fechassem os contratos mesmo com as casas inacabadas, desde que estejam 70% construídas. Nesse estágio, os mutuários são chamados ao banco para fechar os contratos, o que libera os recursos do FGTS para as construtoras.

Desde outubro, já foram liberados R$ 2,3 bilhões do FGTS, o correspondente a 57,6 mil unidades. O governo acredita que neste mês usará o R$ 1 bilhão restante e alcançará as 80 mil moradias beneficiadas com recursos do fundo. O FGTS não arcará com os riscos no caso de as obras não serem concluídas, informou o secretário-executivo do conselho curador, Quênio Cerqueira. Mesmo com a antecipação dos recursos do FGTS, o mutuário só começará a pagar as prestações quando a casa estiver pronta.

A regra aprovada nesta terça-feira, 8, pelo conselho foi estendida até o ano que vem, quando o FGTS aportará outros R$ 4,8 bilhões no faixa 1 do MCMV.

O Congresso manteve na noite desta terça-feira o veto da presidente Dilma Rousseff (PT) a emenda feita ao Projeto de Lei de Conversão (PLV) 13/2015, da Medida Provisória (MP) 679/2015, que permite o uso de imóveis da União e dá garantia de fornecimento de energia elétrica nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016.

A alteração vetada pela presidente Dilma Rousseff (PT) incluiu a criação do Programa Nacional de Habitação dos Profissionais de Segurança Pública no âmbito do Minha Casa, Minha Vida, com a autorização de linhas de crédito para essa categoria de trabalhadores. Por 189 votos contrários, 142 a favor e 2 abstenções, os deputados mantiveram o veto.

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Eram necessários 257 votos contrários, ou seja, a maioria de toda a Câmara, para que o veto fosse derrubado. Com o veto mantido, os senadores não avaliaram a proposta, a segunda da noite de hoje na sessão do Congresso. O terceiro veto, que começa a ser avaliado, é ao projeto do senador José Serra (PSDB-SP) que eleva de 70 para 75 anos a idade para aposentadoria compulsória de todos os servidores públicos.

Como projeto vem do Senado, os senadores avaliarão primeiro a proposta antes dos deputados. Já o último veto avaliado anulou o projeto de lei complementar que regulamentava a profissão de designer.

Enquanto a presidente Dilma Rousseff roda o País para inaugurar novas unidades do Minha Casa Minha Vida (MCMV), o governo tem enfrentado dificuldades para tirar a terceira fase do programa do papel e já começa a admitir que não vai conseguir atingir a meta de construir 3 milhões de moradias até 2018.

Dilma inaugura nesta quinta-feira (29) um total de 2.691 moradias do Minha Casa em cerimônia simultânea em Brasília (DF), Bragança Paulista (SP), Sorocaba (SP), Hortolôndia (SP), Nova Odessa (SP) e Canoas (RS).

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Em julho do ano passado, na véspera do início da campanha eleitoral, Dilma esteve na mesma comunidade do Paranoá, em Brasília, para entregar moradias do programa de habitação popular. De cima do palanque, falou do sonho que era para todo brasileiro conseguir conquistar a casa própria e se comprometeu, pela primeira vez, a contratar 3 milhões de residências no segundo mandato, caso fosse reeleita.

De lá pra cá, o início efetivo da nova fase do programa foi adiado sucessivas vezes. Em setembro, o governo desistiu mais uma vez de fazer um lançamento oficial. Em uma reunião com empresários e movimentos sociais, a presidente condicionou o anúncio de metas de contratação de novas moradias "à clareza do cenário fiscal".

Dias depois, o governo anunciou uma série de cortes para tentar reduzir o déficit do Orçamento de 2016. O Minha Casa Minha Vida perdeu R$ 4,8 bilhões do orçamento. Esses recursos serão compensados com o dinheiro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que já autorizou os investimentos no próximo ano.

Nesta semana, na última reunião do conselho curador do FGTS, o secretário executivo do Ministério das Cidades, Elton Santa Fé Zacarias, afirmou que o cumprimento da meta dependerá de uma inversão na tendência de frustração de recursos. A sobrevida do Minha Casa se deve ao papel cada vez mais preponderante do FGTS como o grande financiador do programa. Em 2016, o fundo destinará mais de R$ 60 bilhões ao programa para a construção de moradias destinada às famílias mais pobres (faixa 1) e ao financiamento das outras modalidades com desconto e juros subsidiados.

Em nota, o Ministério das Cidades afirmou que a meta de 3 milhões de contratações de unidades habitacionais continua, mesmo dependendo de questões orçamentárias. "O que pode variar é com relação ao prazo, mas o governo federal trabalha para ser até 2018", completou.

A própria presidente, porém, sabe que será difícil cumprir a promessa. No auge do programa, em 2013, o recorde de contratações foi 940,5 mil. Em 2015, as contratações ainda estão no patamar de 270 mil. Seria preciso contratar mais de um milhão de moradias por ano nos próximos três anos. Dilma sabe que essa tarefa é quase impossível e já disse isso várias vezes.

Para o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (Cbic), José Carlos Martins, além das restrições orçamentárias, a economia brasileira em recessão também dificultará bater a meta até 2018 porque atrapalha as contratações nas faixas 2 e 3. "As famílias não vão querer pegar um empréstimo de longo prazo sendo que podem perder o emprego", afirmou. "Mesmo nos áureos tempos, seria difícil bater em três anos a meta de 3 milhões", completou.

O programa tem sido a principal vitrine de Dilma neste segundo mandato. A cerimônia no Paranoá (DF), com transmissão para outras cidades, será a 18ª do gênero no ano. A presidente tem usado essas agendas para tentar fugir da pauta negativa e demonstrar que, apesar da crise, o governo continua trabalhando por quem mais precisa.

A meta é de contratação de moradias e não de entregas. Desde 2009, o programa já contratou mais de 4 milhões de moradias, das quais 2,34 milhões foram entregues.

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