O Ministério Público Federal do Paraná (MPF/PR) acusou hoje o Facebook de retardar em pelo menos 15 dias o cumprimento de uma decisão judicial que obriga a empresa a fornecer informações de pessoas investigadas pelo crime de pedofilia. Por conta da demora, o site deve pagar pelo menos R$ 750 mil.
Segundo o MPF/PR, a filial brasileira do Facebook vinha 'ignorando" uma decisão da 2ª Vara Federal Criminal em Curitiba, que emitida no dia 17 de agosto obrigava a empresa a fornecer os dados, que vinham sendo requisitados desde fevereiro, sob pena de multa diária de R$ 50 mil. "A filial brasileira da empresa está impedindo o devido andamento de uma importante investigação, sigilosa, em curso no âmbito federal", disse o MPF em nota.
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Procurado pela imprensa, assessoria de imprensa do site informou que após "trabalho conjunto entre as autoridades dos Estados Unidos e Brasil, o conteúdo solicitado foi fornecido pelo Facebook".
Segundo a assessoria de imprensa do MPF do estado do Paraná, a filial brasileira do Facebook encaminhou na noite da última sexta-feira (31) e-mail à Polícia Federal explicando que os dados foram encaminhados pela matriz da empresa à Embaixada dos Estados Unidos, em Brasília.
Como hoje a embaixada está fechada, devido ao feriado do dia do Trabalho nos EUA (comemorado na primeira segunda-feira de setembro), o documento ainda não chegou a PF nem ao MPF/PR.
"As procuradoras que atuam no caso aguardam o efetivo recebimento do material, pela Polícia Federal, e sua análise, para poderem se pronunciar sobre o atendimento à ordem judicial e ao pagamento da multa" informou o MPF no fim da tarde.
Ainda segundo o Ministério Público, o site vinha alegando ao longo do processo que a empresa no Brasil trata apenas de questões de consultorias em publicidade e não possui relação com a administração do conteúdo dos perfis. A empresa ainda alegou que não possui autorização para acessar contas de usuários da rede social, conforme decisão da justiça americana
Porém, o MPF/PR afirma que há uma contradição na atitude da rede social no Brasil, já que outras empresas como Google, Yahoo e Microsoft, cujos dados também estão armazenados nos Estados Unidos, cumpriram a determinação judicial.
(Com informações da Agência Brasil)