Tópicos | negativa

O currículo acadêmico apresentado pelo desembargador Kassio Nunes Marques, indicado de Jair Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF), traz um curso de pós-graduação que não é confirmado pela Universidad de La Coruña, na Espanha. Nos últimos dias, o Estadão consultou universidades citadas no currículo apresentado por Marques sobre os cursos que ele afirma ter feito.

No documento que enviou ao Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1), e publicado no site da Corte, Marques menciona que concluiu pós-graduação em "Contratación Pública", pela Universidad de La Coruña. A instituição, porém, ao ser questionada pela reportagem, informou que não oferece nenhuma pós-graduação deste curso. "Informamos que a Universidade de La Coruña não ministrou nenhum curso de pós-graduação com o nome de Postgrado en Contratación Pública", declarou a universidade, em resposta ao Estadão.

##RECOMENDA##

Ao ser questionada diretamente se Kassio Marques participou, ao menos, de alguma atividade com o nome de "Contratación Pública", a Universidade enviou uma cópia de um certificado de Marques, mostrando que o desembargador participou apenas de um curso de quatro dias, entre 1 e 5 de setembro de 2014. "Kassio Nunes Marques participou como ouvinte do "I Curso Euro-Brasileiro de Compras Públicas’, organizado pela Universidade da Coruña, o Programa Ibero-Americano de Doutorado de Direito Administrativo, a Rede Ibero-americana de Compras Públicas, o Instituto Brasileiro de Estudos Jurídicos de Infraestrutura e Grupo de Pesquisa de Direito Público Global, realizado na Escola de Direito da Corunha entre 1 e 5 de setembro de 2014", informa o certificado.

Os questionamentos ao currículo já chegaram ao conhecimento de Kassio Marques. Na audiência virtual que teve nessa terça-feira (6), com sete senadores, o desembargador chegou a fazer comentários aos parlamentares sobre os cursos de pós-graduação. Segundo um senador presente na reunião, o desembargador teria demonstrado preocupação com a repercussão que esse tema poderia ganhar, mas disse aos senadores que, caso ocorresse qualquer polêmica, ele já tinha as justificativas. Em dado momento, Marques chegou a mencionar, inclusive, que não há exigência de formação em Direito para que alguém assuma o posto de ministro do STF, mas sim reputação ilibada.

O currículo de Marques cita também dois cursos de pós-graduação feitos na Universidade de Salamanca, na Espanha: o primeiro, um doutorado em Direito, com especialização em Administração, Fazenda e Justiça; o segundo, um pós-doutorado em Direitos Humanos. Questionada pela reportagem, a universidade afirmou que as informações públicas de alunos estão disponíveis no site da instituição. O doutorado aparece, de fato, na página da universidade - com um detalhe: a tese foi defendida há apenas 11 dias, em 25 de setembro. O pós-doutorado em Direitos Humanos, no entanto, não consta no banco de dados públicos da Universidade de Salamanca.

Mais um curso de pós-doutorado consta no currículo de Kassio Marques, o de Direito Constitucional, pela Universidade de Messina (Universitá Degli Studi di Messina), na Itália. Questionada pela reportagem há quatro dias, a universidade ainda não respondeu sobre a atuação do desembargador neste curso.

Chama ainda a atenção o fato de Kassio Marques, com 48 anos de idade, ter concluído o doutorado apenas 11 dias atrás e já possuir dois pós-doutorados consumados em sua carreira acadêmica. O desembargador também não faz uso de um instrumento regularmente utilizado para comprovar a experiência acadêmica, o currículo Lattes, ferramenta básica usada para atestar, com detalhes, a formação e vida acadêmica.

No Brasil, Kassio Marques informou, em seu currículo, que possui mais uma pós-graduação, dessa vez em Ciências Jurídicas, pela Faculdade Maranhense - MA. A reportagem não localizou nenhuma instituição de ensino superior com esse nome que ofereça essa pós-graduação. A Faculdade Maranhense (FAM), contatada pela reportagem, informou que não tem cursos relacionados ao Direito. A Faculdade Maranhense São José dos Cocais, contatada pela reportagem nesta segunda-feira, 6, ainda não respondeu se o curso é ofertado e ou se Kassio Marques foi aluno da instituição.

Com relação à graduação de Marques, em Direito, pela Universidade Federal do Piauí, a universidade confirmou que ele finalizou o curso em 1994 e disse que ele teve obteve Índice de Rendimento Acadêmico de 8.3704 pontos, "sem qualquer registro que desabone sua conduta acadêmica".

Cada uma dessas informações foram enviadas, por meio de mensagens, a Kassio Marques, pedindo esclarecimentos sobre os cursos citados, ano e tempo de duração. Até o momento, não houve nenhuma resposta. O Estadão enviou as mesmas perguntas ao TRF-1 nesta terça-feira. A assessoria de imprensa do tribunal informou que "não está autorizada a falar em nome do desembargador federal Kassio Marques, que, por ora, não está respondendo às demandas da imprensa". O TRF declarou que, conforme informado pelo gabinete do magistrado, o currículo oficial atualizado está disponível no portal do tribunal.

Nesta terça-feira, durante visita a senadores no Congresso, Kassio Marques chegou a lembrar que a formação acadêmica, de fato, não seria um fator decisório na escolha de um ministro do STF. Ao comentar sua postura de defesa contra a corrupção, ele afirmou que "ficaria perplexo se fosse indicado qualquer cidadão brasileiro, seja ele advogado, magistrado, ou outro cidadão, pois a Constituição não exige que seja sequer bacharel em Direito para ser ministro do Supremo Tribunal Federal, que fosse contra o combate à corrupção".

De fato, não é preciso ser formado em Direito para ser ministro do STF. O requisito do "notável saber jurídico", conforme previsto em lei, pode ser alcançado por qualquer pessoa com qualquer formação, e reputação ilibada.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública se negou a entregar ao Ministério Público Federal (MPF) uma cópia do dossiê que monitorou 579 servidores públicos ligados a grupos antifascistas. Em resposta à Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, do Rio Grande do Sul, a pasta justifica que o pedido precisaria ser encaminhado pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, por envolver diretamente um ministro de Estado. O parecer destaca, porém, que mesmo que a PGR faça a solicitação, os dados podem não ser enviados por se tratar de das atividades de inteligência.

A manifestação foi apresentada na sexta-feira (7), em resposta a um pedido de acesso pelo MPF ao conteúdo produzido pela Secretaria de Operações Integradas (Seopi) do ministério chefiado por André Mendonça. A pasta já havia enviado posicionamento semelhante ao Supremo Tribunal Federal, onde tramita uma ação da Rede Sustentabilidade que questiona o monitoramento de opositores.

##RECOMENDA##

A existência do relatório, revelada pelo portal UOL, foi admitida pelo ministro à Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI) na última sexta-feira, 7. Após a audiência, Mendonça se comprometeu a enviar o documento a parlamentares da comissão incumbida de acompanhar atividades inteligência, o que não foi feito até esta segunda-feira (10). A interlocutores, o ministro disse que, pessoalmente, também está disposto a enviar o relatório caso Aras faça o pedido.

Na peça enviada ao MPF, o Ministério da Justiça afirma que, formalmente, o pedido precisaria ser encaminhado pelo procurador-geral da República para ser atendido. Por se tratar de uma resposta que caberia ao ministro da Justiça, a lei determina que o PGR seja a autoridade a requisitar as informações, mesmo que depois repasse internamente a procuradores regionais.

No entanto, o Ministério da Justiça deixa claro que, "ainda que ultrapassados esses óbices (referentes à autoridade que deve enviar o pedido), o que se admite apenas para fins argumentativos, não haveria viabilidade jurídica ao atendimento do pleito do MPF." O parecer cita que "não há margem jurídica" para o fornecimento de dados e documentos por se tratar de informações sigilosas de atividades de inteligência.

A parlamentares, ministro nega termo 'dossiê'

Na reunião com parlamentares na última sexta-feira (7), o ministro negou o termo "dossiê", afirmando que remete a algo ilegal. Pressionado a dizer claramente qual relatório o órgão do ministério elaborou e quem foram os alvos, Mendonça recusou a entrar em detalhes.

Mendonça apresentou relatórios de gestões passadas na intenção de convencer os parlamentares de que a pesquisa sobre opositores do governo é procedimento comum, feito dentro de critérios de legalidade. O ministro também queria mostrar que a busca de informações não é uma exclusividade do governo Bolsonaro, mas seria uma prática legal que ocorre em todas as gestões.

Para sustentar a afirmação, ele expôs trechos de relatórios de inteligência relacionados a eventos como a Copa do Mundo de 2014, a Olimpíada de 2016 e o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Um dos nomes citados em relatório no governo da petista foi o do atual deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), líder do Movimento Brasil Livre (MBL), um dos principais opositores ao governo na época.

Em nota à imprensa após reunião, o ministro disse que atua de maneira "técnica e republicana" e não admite "qualquer tipo de perseguição a quem quer que seja". "Os esclarecimentos prestados não deixam dúvidas de que meu trabalho à frente do Ministério da Justiça e Segurança Pública tem se pautado pelos princípios do Estado Democrático de Direito, não admitindo qualquer tipo de perseguição a quem quer que seja", disse Mendonça.

O ministro acrescentou que sua orientação à Seopi sempre foi para o "esforço máximo em auxílio aos Estados e Distrito Federal em ações integradas para o combate irrestrito ao crime organizado, à corrupção, ao tráfico de pessoas e, principalmente, aos crimes cometidos contra mulheres, crianças e adolescentes".

​​A ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Laurita Vaz negou pedido de liberdade a Thomas Rainer Francisco Rosa, preso em flagrante em junho último após ter invadido a sede da Rede Globo, no Rio de Janeiro, e, com o uso de uma faca, ter feito uma jornalista refém enquanto exigia a presença da apresentadora Renata Vasconcelos. A investigação aponta que haveria a intenção de sequestrar a apresentadora.

Para a ministra, os elementos juntados aos autos até o momento indicam o grau de periculosidade do agente – demonstrado principalmente pelo tipo de conduta – e constituem fundamentação suficiente para a decretação da prisão cautelar como forma de garantir a ordem pública.

##RECOMENDA##

De acordo com os autos, Thomas Rosa imobilizou a vítima com um "mata-leão" e apontou a faca para o seu pescoço. Ainda segundo o inquérito, durante a ação, o invasor pressionava suas partes íntimas contra o corpo da jornalista, cheirava seu pescoço e elogiava seus atributos físicos.

A prisão em flagrante foi convertida em preventiva na audiência de custódia, e a conduta foi classificada como sequestro praticado com fins libidinosos (artigo 148, parágrafo 1º, incis​​o V, do Código Penal). A Defensoria Pública impetrou habeas corpus no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que negou o pedido em razão dos indícios suficientes de materialidade e autoria do crime, além da gravidade dos fatos.

Aniversá​​rio

No novo pedido de liberdade, desta vez dirigido ao STJ, a defesa alega que Thomas foi à sede da emissora com o único objetivo de parabenizar Renata Vasconcelos por seu aniversário e, assim que a avistou, largou a refém. Por isso, a defesa sustenta que a suposta lascívia do invasor não justificaria a capitulação do crime nem serviria como fundamento para a manutenção da prisão.

Ainda de acordo com a Defensoria, não existem evidências de que, sendo solto, o investigado colocaria em risco a ordem pública ou geraria comoção social. De forma subsidiária, a defesa pede a substituição da prisão por medidas cautelares mais brandas.

Perigo ​​concreto

Ao negar o pedido de liminar, a ministra Laurita Vaz observou que o magistrado de primeiro grau considerou que o crime foi premeditado e praticado em local frequentado por diversas pessoas – o que revelaria audácia e destemor do investigado e, consequentemente, sua periculosidade.

"Pelo que se pode inferir das razões declinadas pelo juiz de primeiro grau, ao contrário do alegado pela combativa Defensoria Pública, a prisão preventiva foi decretada com fundamentação idônea, lastreada na análise particularizada da situação fática concreta do caso, a qual sugere a necessidade da medida extrema como forma de garantia da ordem pública", afirmou a ministra.

Laurita Vaz também enfatizou que a defesa não apresentou documentos que, nos termos da Recomendação 62/2020 do Conselho Nacional de Justiça, comprovassem a necessidade de que a prisão de Thomas Rosa fosse revertida em razão da pandemia da Covid-19. O mérito do habeas corpus ainda será julgado na Sexta Turma.

*Do site do STJ

Alvo de críticas nos últimos meses pela forma como lidar com as publicações de Donald Trump em sua rede social, Mark Zuckerberg negou na segunda-feira (20) ter um "acordo" com o presidente americano. Em entrevista ao site Axios, Zuckerberg disse que a ideia era "ridícula" e que conversa sempre com lideranças políticas, independentemente de seus matizes políticos.

"Falo com o presidente às vezes, assim como falamos com nosso último presidente e líderes políticos em todo o mundo. Sob esse governo, enfrentamos multas recorde de US$ 5 bilhões, estamos sob investigação antitruste de várias agências e fomos alvo de uma ordem executiva", afirmou.

##RECOMENDA##

Os rumores surgiram após alguns encontros entre o empresário e Trump, inclusive um jantar na Casa Branca, além da continuidade das publicações de Trump na rede social.

Zuckerberg, porém, negou que haja qualquer tipo de relação mais próxima entre eles, que pudesse apontar algum benefício nas políticas do Facebook. "Aceitei o convite para jantar porque ele é o presidente", disse Zuckerberg. "Também tive várias refeições e reuniões com Obama. O fato de ter encontrado um chefe de Estado não deve surpreender e não sugere que tenhamos algum tipo de acordo".

O Facebook tem enfrentado um boicote publicitário desde o fim de junho. Com a participação de mais de mil empresas, o protesto visa pressionar Zuckerberg para mudar as políticas de remoção de conteúdo de ódio e desinformação. (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou pedido apresentado pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) para acessar provas obtidas pela investigação que mira o governador Wilson Witzel (PSC) por desvios na saúde fluminense. A decisão está sob sigilo.

O pedido buscava turbinar o processo de impeachment contra Witzel na Alerj, que foi suspenso na semana passada enquanto os parlamentares aguardavam o envio das provas. A defesa do governador não quis comentar a decisão.

##RECOMENDA##

Witzel foi alvo da Operação Placebo no final de maio e teve ao menos três computadores e três celulares apreendidos pela Polícia Federal. O Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador, o Palácio Guanabara, sede do Executivo do Rio, e o escritório da primeira-dama Helena Witzel foram vasculhados pela PF no inquérito que apura fraudes em contratos para o combate ao novo coronavírus.

As buscas catalisaram a abertura de um processo de impeachment contra Witzel na Alerj no último dia 10 em decisão unânime, com 69 votos a favor e nenhum contrário. A denúncia foi apresentada pelos deputados Lucinha e Luiz Paulo, ambos do PSDB. A comissão especial formada para relatar o processo enviou pedidos ao STJ para ter acesso à cópia do inquérito que mira o governador, de forma a potencializar a ação pelo afastamento de Witzel.

As provas foram citadas brevemente pelo ministro Benedito Gonçalves ao autorizar a Placebo. Segundo ele, informações coletadas pelo Ministério Público estadual e Ministério Público Federal apresentam "elementos que, em juízo de cognição limitada e superficial, propiciam convicção quanto a indícios veementes de autoria e materialidade" dos supostos desvios.

Os advogados de Witzel alegam que o pedido de impeachment na Alerj é baseado somente na ordem de busca e apreensão, e que os deputados não teriam provas suficientes para embasar o afastamento do governador.

Eleito na esteira anticorrupção e na onda bolsonarista, Witzel nega as acusações de ter tido participação no esquema de desvios da saúde no Rio. "Fui eleito tendo como pilar o combate à corrupção e não abandonei em nenhum momento essa bandeira. E é isso que, humildemente, irei demonstrar para as senhoras deputadas e senhores deputados", disse, após a abertura do processo de impeachment.

A reportagem entrou em contato, por e-mail, com a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e aguarda resposta. O espaço está aberto a manifestações

Justin Bieber usou o Twitter na noite do último domingo (21) para se defender das acusações feitas por uma internauta, chamada Danielle, que afirmou ter sido estuprada pelo cantor no dia 9 de março de 2014. Em uma série de postagens feitas, o cantor negou as alegações da mulher.

"Eu normalmente não falo sobre essas coisas, pois lidei com acusações aleatórias durante toda a minha carreira, mas depois de conversar com a minha esposa e equipe, decidi falar sobre esse assunto hoje à noite. Rumores são rumores, mas abuso sexual é algo é algo que levo a sério", escreveu.

##RECOMENDA##

"Eu queria falar imediatamente, mas por respeito a tantas vítimas que lidam com essas questões diariamente, eu queria ter certeza de reunir os fatos antes de fazer qualquer declaração. Nas últimas 24 horas, apareceu uma nova conta no Twitter que conta uma história minha envolvida com abuso sexual no dia 9 de março de 2014 em Austin, no Texas, no hotel Four Seasons. Eu quero ser claro. Não há verdades nessa história. Na verdade, como mostrarei em breve, nunca estive presente naquele local", acrescentou.

Em seguida, Bieber reuniu links de artigos de notícias, capturas de tela de e-mails, recebidos de hospedagem, fotos e outros documentos que comprovariam que ele não estava no local mencionado pela mulher.

"Como a história dela conta, surpreendi uma multidão em Austin no Sxsw, onde apareci no palco com o meu assistente na época e cantei algumas músicas. O que essa pessoa não sabia era que eu participei daquele show com minha então namorada Selena Gomez. A outra razão pela qual essa história pode dizer que eu estava no hotel foi porque um tweet de 2014, em 10 de março e não no dia 9, diz que me viram lá. No entanto, eu nunca fiquei no hotel no dia 9 ou 10. Essa pessoa postou outro tweet mais cedo dizendo que me viu no restaurante na noite seguinte e não no hotel", contou.

"Além disso, eu fiquei com Selena e nossos amigos no Airbnb no dia 9, e no dia 10 no Westin, porque a nossa reserva de hotel na La Quinta, e não no Four Seasons, foi uma bagunça. Aqui estão os recibos do hotel no dia 10. Também confirmamos com o gerente regional do Four Seasons que eu nunca estive na propriedade do dia 9 de março de 2014 e nunca fui convidado no dia 9 ou 10, e convido toda a imprensa para consultá-los, se necessário ou desejado. As fotos que eu mostrei de mim e de Selena no dia 9 de março em Austin deixam claro que estávamos juntos naquela noite e fomos para o Airbnb e nunca fomos para o Four Season. Este é o recebido do Airbnb em que ficamos hospedados com nossos amigos. No dia 10 de março, Selena saiu para trabalhar e eu fiquei no Westin, como os recibos mostram claramente com meus amigos Nick e John antes de eu sair da cidade. Mais uma vez, não no Four Seasons. Nós reservamos por alguns dias a mais, mas eu paguei no dia 11 para voltar para a casa", continuou.

Por fim, Bieber afirmou que acionará as autoridades para se defender legalmente das acusações. "Toda alegação de abuso sexual deve ser levada muito a sério e é por isso que minha resposta foi necessária. No entanto, essa história é factualmente impossível e é por isso que eu vou trabalhar com o Twitter e as autoridades para tomar medidas legais", disse.

Alisson Kaye, presidente da SB Projects, que administra a carreira de Justin Bieber, já havia negado as acusações de Danielle, dizendo que o cantor nunca havia se hospedado no referido hotel.

Por enquanto, Bieber e sua equipe não se pronunciaram sobre as alegações de uma segunda mulher, que se apresentou como Kadi, e é seguida pelo marido de Hailey Baldwin no Twitter. Ela repostou o tweet de Danielle e declarou que também foi assediada. Na descrição de Kadi, Bieber teria forçado uma relação com ela em maio de 2015 em uma suíte de hotel, em Nova York. Pouco depois, ela teria conseguido escapar após chutá-lo. A moça diz que foi à polícia para reportar o caso.

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), o Tribunal da Lava Jato, negou um habeas corpus impetrado pela defesa de Sérgio Cabral, mantendo a prisão do ex-governador do Rio de Janeiro. O ex-chefe do Palácio Guanabara (2007 - 2014) foi condenado pela 13ª Vara Federal de Curitiba, pelo então juiz Sérgio Moro, a 14 anos e 2 meses de reclusão pelos crimes de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro.

Segundo investigações, ele recebia propina da empreiteira Andrade Gutierrez para garantir a celebração do contrato de terraplanagem do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro. A condenação foi confirmada em segunda instância em maio de 2018.

##RECOMENDA##

De acordo com o tribunal, a 8ª Turma da Corte, em sessão de julgamento virtual realizada na última quarta-feira (17), rejeitou por unanimidade a alegação de que a prisão seria inconstitucional.

A defesa de Cabral pediu a soltura imediata do político com base no novo entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a impossibilidade de execução provisória da pena antes do trânsito em julgado do processo. Entretanto, os desembargadores do colegiado ressaltaram que, mesmo já tendo sido condenado em segunda instância, o ex-governador atualmente cumpre prisão preventiva decretada pela 12ª Vara Federal de Curitiba no âmbito de investigações da Operação Lava Jato.

Durante a sessão, o desembargador federal João Pedro Gebran Neto, relator do habeas corpus no tribunal, sustentou que o novo entendimento do Supremo sobre a prisão em segunda instância não atinge as prisões preventivas e temporárias decretadas com fundamento no artigo 312 do Código de Processo Penal.

Ele frisou, ainda, que a prisão atual de Cabral decorre da manutenção de decreto prisional cautelar, e não de execução da pena, e que, portanto, não viola o entendimento do STF.

"Não se descuida que o paciente teve homologada colaboração premiada tardia. Essa condição, contudo, não implica em revogação automática da preventiva, a menos que expressamente indicado na decisão, o que não se deu no caso concreto. De todo o modo, a questão aqui é meramente jurídica e o quanto decidido pelo STF nas ADC's nº 43, 44 e 54 não torna ineficazes as medidas cautelares fixadas", explicou Gebran Neto em seu voto.

Sérgio Cabral está preso desde novembro de 2016 no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, quando foi detido pela Polícia Federal na Operação Calicute, desdobramento da Lava Jato no Rio.

Recentemente, o ex-governador teve o pedido de soltura negado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) ao alegar vulnerabilidade perante o novo coronavírus. A soma das penas contra ele já chegam a 282 anos de prisão.

Em fevereiro deste ano, o ministro do STF Edson Fachin homologou a delação premiada de Cabral, firmada com a Polícia Federal em dezembro de 2019. O conteúdo, que está em sigilo, poderá ser usado em investigações que seguem em andamento, bem como na abertura de novos inquéritos

A reportagem busca contato com a defesa de Sérgio Cabral e deixou espaço aberto para manifestação.

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu rejeitar o habeas corpus impetrado pela defesa da militante bolsonarista Sara Giromini, conhecida como Sara Winter, líder do grupo "300 pelo Brasil". A ativista foi para a cadeia por decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes, relator de um inquérito que investiga a organização e o financiamento de atos antidemocráticos.

Nesta quarta-feira, o Ministério Público Federal denunciou Sara Giromini por injúria e ameaça contra Alexandre de Moraes.

##RECOMENDA##

Há algumas semanas, Sara atacou o ministro pelas redes sociais depois de ter sido alvo de mandado de busca e apreensão no inquérito das fake news. Como punição, o MPF sugere pagamento de "no mínimo" R$ 10 mil por danos morais.

"Eles não vão me calar, de maneira nenhuma. Pelo contrário, eu sou uma pessoa extremamente resiliente. Pois agora, meu… e não é que ele mora em São Paulo? Porque se estivesse aqui eu já estaria na porta da casa dele convidando ele para 'trocar soco' comigo. Juro por Deus, essa é a minha vontade. Eu queria trocar soco com esse 'filha da puta' desse 'arrombado'! Infelizmente não posso, mas eu queria. Ele mora lá em São Paulo, né? Pois você me aguarde, Alexandre de Moraes. O senhor nunca mais vai ter paz na vida do senhor!", esbravejou a ativista em um vídeo.

A acusação é assinada pelo procurador da República Frederick Lustosa e foi enviada à 15ª Vara de Justiça Federal. Na peça, Lustosa diz que a bolsonarista utilizou as redes sociais "para atingir a dignidade e o decoro do ministro, ameaçando de causar-lhe mal injusto e grave, com o fim de constrangê-lo", informou o Blog do Fausto. Sara está presa desde segunda-feira em inquérito que investiga possível financiamento do movimento anticonstitucional.

Explicações

Em depoimento que durou pouco mais de uma hora, Sara negou que os integrantes do 300 pelo Brasil defendam uma intervenção militar no País e disse que não participou do ataque ao Supremo com fogos de artifício no sábado. Ela também disse que atos que foram comparados a Ku Klux Klan, grupo supremacista branco dos Estados Unidos, teve inspiração em uma "passagem bíblica".

Aos investigadores, Sara confirmou ser apoiadora de Bolsonaro, mas disse que não recebe ajuda financeira do governo.

Viúva da vereadora assassinada Marielle Franco (PSOL), a arquiteta Monica Benício exaltou a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que negou a federalização do caso em sessão realizada nesta quarta-feira (247). Segundo Monica, a manutenção das investigações na esfera estadual foi "uma vitória sobre a possibilidade de retrocesso".

Amigo de Marielle, o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) também comemorou a decisão, que classificou como "uma derrota para Bolsonaro". A sessão do STJ, realizada por videoconferência, durou mais de cinco horas, e no fim todos os ministros que compuseram a 3ª Seção votaram contra a federalização do caso, pedida ainda em 2018 pela ex-procuradora-geral da República, Raquel Dodge.

##RECOMENDA##

"São 805 dias sem justiça para Marielle e Anderson. A federalização seria o caminho mais curto para a impunidade. Com o apoio de mais de 150 mil pessoas, obtivemos hoje não um avanço, mas uma vitória sobre a possibilidade de retrocesso. O resultado do STJ hoje foi importante para que seguíssemos confiantes na elucidação do caso, mas não deve reforçar ou justificar de forma alguma a demora na identificação dos mandantes e das motivações dos assassinatos de Marielle e Anderson", diz nota de Monica Benício.

"A sociedade brasileira, a comunidade internacional, os movimentos sociais, as organizações de direitos humanos devem exercer agora com ainda mais afinco a pressão democrática para que todos os responsáveis por esse crime sejam identificados e devidamente responsabilizados", prossegue o texto. "As instituições brasileiras não podem estar a serviço de organizações criminosas, independente de que sobrenome tenham seus integrante. O mundo anseia por justiça para Marielle e Anderson. E nós seguiremos em luta até que essa seja uma realidade."

O deputado federal Marcelo Freixo também comemorou a decisão. "Nós conseguimos uma belíssima vitória", afirmou, em vídeo postado nas redes sociais. "Foi uma vitória da família (de Marielle), de todos que querem justiça, de quem não aceita a impunidade." Freixo também declarou que foi "uma derrota para Bolsonaro". "Não tem que entregar nas mãos do governo Bolsonaro uma investigação de um assassinato brutal como esse", comentou o parlamentar, que aproveitou o vídeo também para parabenizar o Supremo Tribunal Federal (STF) pela operação realizada nesta quarta pela Polícia Federal em inquérito sobre fake news.

O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, afirmou ontem que não haverá um golpe e que militares não cogitam intervenções ou ditadura no País. "Os militares não vão dar golpe. Isso não passa na cabeça dessa nossa geração, que foi formada por aquela geração que viveu todos aqueles fatos, como estar contra o governo, fazer uma contrarrevolução em 1964", disse.

A declaração de Heleno foi publicada no jornal Folha de S.Paulo e confirmada pelo Estadão/Broadcast. O general participou de uma live do grupo Personalidades em Foco, organizada pelo empresário Paulo Zottolo.

##RECOMENDA##

De acordo com o ministro, "não passa pela cabeça ditadura, intervenções, isso são provocações feitas por alguns indivíduos que não têm coragem de dizer quais são suas ideologias, que ficam provocando os militares para ver se nós vamos reagir".

No último domingo (147), seis ex-ministros da Defesa publicaram nota reafirmando o compromisso das Forças Armadas com a democracia. Eles afirmaram em comunicado que as Forças Armadas são instituições de Estado e que têm como "missão indeclinável a defesa da Pátria e a garantia de nossa soberania".

Na manifestação no dia 3 de maio a favor do governo e contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Jair Bolsonaro declarou que as Forças Armadas estavam ao lado de seu governo. Ao Estadão/Broadcast, oficiais-generais influentes avaliaram que o presidente tentou fazer uso político do capital da instituição.

Após 30 dias de prazo, o governo não entregou os resultados dos exames de covid-19 do presidente Jair Bolsonaro à Câmara. Em resposta ao requerimento de informações do deputado Rogério Correia (PT-MG), o ministro Jorge Oliveira, da Secretária-Geral da Presidência da República, afirmou que os documentos tratam de direito individual, da esfera íntima e que não caberia a uma terceira a divulgação.

Além disso, Oliveira cita ainda que os resultados já estão disponíveis no Supremo Tribunal Federal. Os exames foram divulgados no último dia 13 por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) após o Estadão pedir na Justiça para ter acesso aos laudos.

##RECOMENDA##

Dois exames do laboratório Sabin com codinome (Airton Guedes e Rafael Augusto Alves da Costa Ferraz), mas o CPF e o RG informados nos papéis são do próprio Bolsonaro. No entanto, o terceiro exame, feito pela Fiocruz, não traz qualquer informação sobre o paciente - CPF, RG, endereço -, apenas identificando o usuário genericamente como "paciente 05". As três coletas foram feitas no mês de março.

Correia vai devolver ao Palácio do Planalto um ofício rejeitando a resposta do Ministério e reiterando o pedido para que o governo envie os testes de Bolsonaro. Além disso, o deputado fez também uma denúncia à Procuradoria-Geral da República pedindo investigação sobre a origem e a veracidade dos testes apresentados por Bolsonaro ao Estadão.

Caso o governo não respondesse ou omitisse informações à Câmara, tanto o ministro como o presidente poderiam incorrer em crime de responsabilidade. Isso porque a lei obriga autoridades do Executivo a prestarem informações solicitadas pela Câmara ou Senado.

Ao menos 23 pessoas que acompanharam Bolsonaro na viagem aos Estados Unidos foram diagnosticadas posteriormente com a doença. Entre eles, auxiliares próximos, como o secretário de Comunicação, Fabio Wajngarten, e o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno.

A juíza Celina Kiyomi Toyoshima, da 4ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, negou liminar à ação que solicitava a suspensão do rodízio emergencial de veículos em vigor na capital paulista. A medida é uma forma encontrada pela Prefeitura para tentar fazer com que as pessoas fiquem em casa para retardar a propagação do novo coronavírus.

A ação, que havia sido movida pelo vereador paulistano Fernando Holiday (Patriotas), do Movimento Brasil Livre (MBL), pedia que o rodízio fosse suspenso, entre outros motivos, pela falta de estudos técnicos sobre a restrição. O Ministério Público de São Paulo havia sido ouvido pela Justiça, e havia se manifestado favoravelmente à suspensão, embora tivesse discordado dos argumentos do vereador.

##RECOMENDA##

"Em que pesem os argumentos trazidos pelo autor e pelo Parquet (o MP), não restou demonstrada a ilegalidade do ato administrativo combatido", escreveu a juíza, em sua decisão. Para ela, dessa forma, "se imiscuir nas diversas medidas que estão sendo adotadas pelo Poder Público para contenção do alastramento da pandemia mundial do novo coronavírus, que têm sido baseadas nas orientações proferidas pelos órgãos sanitários, Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde".

O novo rodízio mantém 50% da frota proibida de circular durante 24 horas, alternando entre veículos de placa final par ou ímpar. No primeiro dia útil de vigência da norma, 49% da população ficou em casa. Nos dias úteis da semana passada, o número variou entre 46% e 48% da população.

A Prefeitura comentou os resultados do nono rodízio por nota, informando que ele "resultou em 1,5 milhão de veículos a menos circulando na capital nesta segunda-feira (11)".

"O rodízio é uma medida necessária para ajudar a cidade a atingir índices entre 55% e 60%, marca fundamental para se manter achatada a curva de casos de covid-19 e garantir que o sistema de saúde possa prestar o atendimento à população", diz o texto da gestão Bruno Covas (PSDB).

O governo do Estado de São Paulo negou nesta terça-feira (28) a possibilidade de antecipação do fim da quarenta por prefeituras paulistas, como proposto por Campinas, a maior cidade do interior. O município apresentou à Secretaria de Estado da Saúde plano para flexibilizar o isolamento e iniciar a retomada das atividades a partir da segunda-feira (4) - uma semana antes do prazo estabelecido pelo governador, João Doria (11).

Com recorde de mortes da Covid-19 registrado em um único dia no Estado - 224 óbitos, aumento de 12% em 24 horas - e redução do índice de isolamento social, o governador de São Paulo se reuniu virtualmente na manhã desta terça-feira (28) com prefeitos de 31 grandes cidades paulistas para avisar que não permitirá antecipação do fim da quarentena. São ao todo 24.041 casos confirmados da Covid-19 e 2.049 mortes em São Paulo.

##RECOMENDA##

Dória disse aos prefeitos que o "isolamento social é fundamental" e que "cidades que estão mantendo o índice entre 60% e 70%" serão as que terão mais oportunidades de flexibilização das atividades. Foi apresentado a eles o regramento que vai nortear a flexibilização da quarentena no Estado. O coordenador do Centro de Contingenciamento do Coronavírus, David Uip, e os secretários de Saúde, José Henrique Germann, de Desenvolvimento Social, Célia Parnes, e de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, participaram da reunião.

"Haverá um tratamento heterogêneo e gradual", afirmou Vinholi aos prefeitos. Nesta quarta-feira, 29, Doria faz nova reunião com prefeitos da Região Metropolitana de São Paulo e na quinta, 30, com prefeitos de cidades com menos de 200 mil habitantes.

Diferenças

Campinas tem um cenário diferenciado do registrado em São Paulo. Com 1,2 milhão de habitantes - população interior apenas de Guarulhos e da capital -, a cidade registra 306 casos confirmados da covid-19, 263 em investigação e 14 mortes. Não há sobrecarga nas unidades de saúde, nem na rede municipal, nem no Hospital das Clínicas da Unicamp, uma das unidades de referência no interior do Estado para atendimentos de casos graves.

Com base nos dados de ocorrências, taxa de ocupação de leitos e estrutura de atendimento disponível, a prefeitura montou um plano de flexibilização do isolamento social em três etapas, para ser iniciado à partir do dia 4, que foi enviado para aprovação ao governo do Estado, na segunda-feira, 27.

Um dos dados considerados pela Secretaria de Saúde de Campinas foi a baixa taxa de óbitos da cidade: enquanto o Estado de São Paulo apresenta taxa de 18,32 mortes para cada 1 milhão de habitantes e o País 36 casos por 1 milhão, a cidade tem taxa de 10,8 óbitos da covid-19 por 1 milhão. Enquanto situação em São Paulo é de emergência, em Campinas a classificação é de situação de alerta. Outro diferencial de Campinas em relação a São Paulo é que houve manutenção no número de casos suspeitos e redução progressiva da taxa de ocupação de leitos, que indicariam "impacto positivo das medidas adotadas em Campinas para o controle da transmissão".

O prefeito de Campinas, Jonas Donizette, foi um dos que participou da reunião com Dória. A prefeitura informou em nota que "ainda não recebeu oficialmente do governo do Estado a resposta sobre o pedido para dar início ao plano de retomada das atividades na cidade no dia 4 de maio".

Plano local

O Plano de Monitoramento da Pandemia de Covid-19 em Campinas e Flexibilização do Distanciamento Social, mesmo que tenha que ser adiado para o dia 11, continua valendo. Ele prevê retomada gradativa das atividades, em três fases de 14 dias cada. Ele prevê que as mudanças de fase só serão possíveis se houver estabilidade de número de casos novos e capacidade de leitos hospitalares para atendimento à demanda.

"Nós mandamos esse documento técnico (ao Estado), eu não estou pedindo favor para o governador. Eu estou dizendo: ‘Campinas se encontra em uma situação que ela pode antecipar em uma semana a abertura do comércio, governador’. Eu estou pedindo autorização do governador", destacou o prefeito, ao anunciar o plano, na segunda-feira.

"Até agora, todos os casos, de prefeituras que abriram o comércio, elas abriram de forma unilateral. Nós estamos formulando um documento técnico dizendo que Campinas se encontra em condições de abrir e caso tenha algum reflexo nós temos condições também de suportar esse reflexo", explicou Jonas Donizette.

A maioria do Supremo Tribunal Federal (STF) foi contra suspender prazos de vigência de Medidas Provisórias (MP) durante o estado de emergência em saúde pública provocado pela crise do novo coronavírus. O julgamento, iniciado nessa quarta-feira (22), foi suspenso antes de acabar por um pedido de vista - mais tempo de análise - apresentado pelo presidente da Corte, Dias Toffoli.

O pedido de suspensão foi levado à Suprema Corte em duas ações movidas pelo presidente Jair Bolsonaro, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), e pelo partido Progressista (PP). Em decisão liminar (provisória), o relator das ações, ministro Alexandre de Moraes, já havia negado a suspensão dos prazos. A pedido da Câmara e do Senado, Moraes autorizou, no entanto, que as MPs pulem etapas da tramitação e sejam analisadas diretamente no plenário. O rito regular exige que esses textos sejam submetidos antes a uma comissão mista formada por deputados e senadores.

##RECOMENDA##

Na sessão dessa quarta, os ministros Luiz Fux, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes acompanharam integralmente Moraes. Os demais, apenas no ponto em que negam a suspensão de prazos. Há divergências sobre a possibilidade de abreviar a tramitação.

Mesmo sem dar o seu voto, Toffoli se manifestou sobre o tema com elogios à maneira como o Congresso vem analisando as MPs de Bolsonaro.

"As MPs que foram votadas só foram votadas assim porque houve acordo de unanimidade na Câmara e no Senado, para evitar insegurança jurídica em um momento tão difícil", frisou. "Tanto a Câmara quanto o Senado atuaram com extrema responsabilidade na análise dessas MPs".

Uma MP editada pelo presidente da República tem força de lei e efeitos imediatos. Contudo, precisa ser aprovada pelo Congresso em no máximo 120 dias para não perder o efeito - no jargão político, para não "caducar". É esse prazo que Bolsonaro pretendia suspender.

No entendimento de Alexandre de Moraes, essa medida esvaziaria o Parlamento e teria um paralelo com o poder acumulado pelos presidentes da ditadura militar. "Não se quer conceder ao chefe do Executivo, desde 1988, a possibilidade que tinham os generais presidentes, a de editar MPs, na forma de decreto-lei. E, a partir do momento que não houvesse deliberação, isso se tornaria definitivo pelo decurso de prazo", pontuou.

Com a pandemia de Covid-19, a Câmara e o Senado têm feito sessões plenárias por videoconferência. As reuniões das comissões permanecem suspensas. Há restrição de circulação nas casas legislativas para dificultar o avanço do vírus.

"Competência é dever, mas é também limite. Por isso mesmo, o exercício, pelo presidente da República, de sua atribuição de expedir MPs, especialmente em um período como esse, não poderia ser exorbitado de alguma forma, ultrapassar limites que são constitucionalmente postos", frisou a ministra Cármen Lúcia.

As ações foram apresentadas ao STF antes de a Câmara e o Senado providenciarem uma alternativa que possibilitasse a apreciação das Medidas Provisórias. No processo movido pelo PP, o partido elencou 23 MPs que estavam prestes a caducar por conta da impossibilidade de análise pelos parlamentares.

O ministro Alexandre de Moraes solicitou às duas Casas que apresentassem informações sobre o atual funcionamento do parlamento em relação à análise das medidas. As Mesas Diretoras apresentaram ato conjunto que disporia sobre o regime de tramitação de MPs durante a pandemia, procedimentos que manteriam "a normalidade dos trabalhos legislativos, dentro do possível".

O Ministério Público do Rio entrou, na quinta-feira (19), com um pedido que buscava suspender os cultos da igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC), comandada pelo pastor Silas Malafaia. Nas redes sociais e na própria igreja, ele tem minimizado os riscos da propagação do novo coronavírus e instado os fiéis a comparecerem aos cultos. A Justiça, contudo, negou o pedido poucas horas depois que a ação foi ajuizada.

No pedido, o MP alegou que a medida era necessária para cumprir o que prevê o decreto publicado nesta semana pelo governador Wilson Witzel, que decreta estado de emergência na saúde pública do Rio. A ação pedia multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento.

##RECOMENDA##

O juiz plantonista, no entanto, entendeu que, como ainda não há uma determinação específica - por parte do Executivo ou do Legislativo - para proibir cultos, isso não caberia ao Judiciário.

"Não pode o Poder Judiciário avocar a condição de Legislador Positivo e regulamentar uma atividade, em atrito com as normas até agora traçadas pelos órgãos gestores da crise existente", escreveu Marcello de Sá Baptista na decisão. "O juiz está vinculado ao ordenamento jurídico."

O pastor tem feito pouco caso das recomendações de autoridades para evitar aglomerações. Recusa-se a impor restrições à igreja e publica vídeos em que diz para os fiéis não sucumbirem ao medo.

"Sabe qual é a diferença do medroso para o corajoso, já que ambos têm medo? É que o medroso é dominado pelo medo, e o corajoso enfrenta o medo e domina o medo", diz ele num vídeo, antes de pedir para não compartilharem "nada de coisa ruim de coronavírus."

Até o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, que é bispo licenciado da Igreja Universal, já se posicionou com mais firmeza sobre os cultos em tempos de coronavírus. Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (19), afirmou que as aglomerações devem ser evitadas nos templos religiosos.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), negou, nesta sexta-feira (13), estar com coronavírus. Ele afirmou ser mentira a notícia de que foi contaminado pelo vírus.

Maia esteve na Europa no fim de fevereiro e voltou no início de março ao Brasil. O Congresso determinou quarentena a parlamentares que tiverem viajado para um dos países afetados pelo vírus.

##RECOMENDA##

A medida foi adotada com ao menos quatro parlamentares: os senadores Jorginho Mello (PL-SC) e Nelsinho Trad (PTB-MS), além dos deputados Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e Daniel Freitas (PSL-SC).

Eles estiveram na comitiva presidencial que voltou dos Estados Unidos no início da semana e tiveram contato com o secretário de Comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten, diagnosticado ontem com coronavírus, como antecipou o jornal O Estado de S. Paulo.

Os resultados dos exames dos parlamentares devem ficar prontos ainda nesta sexta-feira.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, informou pela sua página oficial no Facebook que exame realizado no Hospital das Forças Armadas atestou negativo para o novo coronavírus.

A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, também fez o teste e o jornal O Estado de S. Paulo apurou que o resultado também foi negativo.

O ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, classificou como "maior mentira" a história de que o ministro da Economia, Paulo Guedes, teria pedido para sair do cargo. "Maior mentira", disse ao ser questionado em rápida conversa com a imprensa no evento de lançamento do novo crédito imobiliário da Caixa nesta quinta-feira, 20.

Nesta semana, sem que tivesse vindo à tona ruído sobre eventual saída do titular da Economia do governo, o presidente Jair Bolsonaro disse ter certeza de que Guedes "vai continuar conosco até o último dia".

##RECOMENDA##

A juíza Lisa Taubemblatt, da 6ª Vara Criminal Federal de Santos, rejeitou ação penal contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela invasão do triplex 164-A, no Condomínio Solaris, no Guarujá. Na mesma decisão, a magistrada abriu caminho para uma transação penal em relação ao líder do MTST, Guilherme Boulos, e outros três militantes.

A peça do procurador da República em São Paulo Ronaldo Ruffo acusa o ex-presidente e o líder do MTST de violar o artigo 346 do Código Penal: "Tirar, suprimir, destruir ou danificar coisa própria, que se acha em poder de terceiro por determinação judicial ou convenção".

##RECOMENDA##

A denúncia se refere ao ato do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, que ocupou o apartamento pivô da condenação do petista na Operação Lava Jato. A invasão ocorreu em abril de 2018, dias após a prisão de Lula para cumprimento da pena no caso triplex.

Ao rejeitar a denúncia contra Lula, a magistrada afirma: "Portanto, a mera invocação da condição de líder carismático, sem a correspondente e objetiva descrição explícita de determinado comportamento típico que vincule o acusado ao resultado criminoso, não constitui fator suficientemente apto a legitimar o recebimento da peça acusatória, no que se refere ao denunciado Luiz Inácio Lula da Silva".

"Ou seja, in casu, ainda que a denúncia descreva exatamente como o acusado convocou, instigou e estimulou os corréus a perpetrarem a invasão do "Tríplex do Guarujá", não vinculou de modo conclusivo, necessário e determinante a conduta individual do agente ao evento delituoso, tendo em vista que, no decorrer dos quase 03 (três) meses transcorridos entre o ato público realizado em 24.1.2018 e o dia 16.4.2018, diversos outros fatores preponderantes podem ter interferido na vontade livre e consciente dos participantes do fato supostamente delituoso, a motivar e justificar as suas ações; dentre os quais, hipoteticamente, o desejo de acumulação de capital político, decorrente da exposição de suas ações na mídia, ou mesmo a satisfação pessoal e altruísta de defenderem suas convicções, ainda que estas possam se provar equivocadas", anotou.

Em relação a Boulos e outros militantes do MTST, a magistrada agendou para 16 de julho uma audiência de transação penal – ocasião em que, em troca de aceitar uma punição branda, que envolve multa, o acusado deixa de responder pela ação criminal.

Além da ocupação, havia ainda um grupo de 70 apoiadores em frente ao triplex, com faixas dizendo "Se é do Lula, é nosso", "Se não é, por que prendeu?" e "Povo sem Medo"."É uma denúncia da farsa judicial que levou Lula a prisão. Se o triplex é dele, então o povo está autorizado a ficar lá. Se não é, precisam explicar porque ele está preso", disse Boulos, no dia 16 de abril, nas redes sociais. Lula havia sido preso no dia 7 daquele mês.

O ex-presidente chegou a prestar depoimento em investigação sobre a ocupação do imóvel, que já estava bloqueado, por ordem Judicial, a título de reparação dos cofres públicos. Lula negou incitar a invasão. Boulos disse à Polícia Federal que se tratou de uma 'ação legítima'.

A Polícia Federal intimou Boulos a prestar depoimento sobre o ocorrido. "Isso era conhecimento público e da própria delegada que eu não estive presente na ação embora considere a ação legítima e me orgulhe, porque é uma ação que ajudou a denunciar uma farsa judicial que levou o ex-presidente Lula injustamente à cadeia como preso político."

"Não achamos que isso deve ser tratado num inquérito criminal. Isso deve ser tratado no ambiente político", afirmou.

Após saber da denúncia, Guilherme Boulos afirmou, em suas redes sociais: "Acabei de ser informado que o MPF denunciou a mim, a Lula e a 3 militantes do MTST pela ocupação do triplex do Guarujá, sugerindo pena de prisão de até 2 anos. É a nova farsa do triplex. Que fique claro: a criminalização das lutas não vai nos intimidar nem nos calar!"

Após ser bloqueado, o triplex foi arrematado, em leilão judicial, pelo valor mínimo, de R$ 2,2 milhões. O novo dono é o empresário Fernando Gontijo, que também pendências com a Justiça. Ele foi condenado por improbidade no âmbito da Operação Confraria, deflagrada na Paraíba contra fraudes em licitações na Prefeitura de João Pessoa.

Marcius Melhem foi acusado de assédio moral por atrizes da Globo. Segundo havia informado o colunista Leo Dias, nomes como Dani Calabresa e Maria Clara Gueiros havia aparecido como vítimas, porém, por meio de seu Instagram, Maria Clara resolveu se pronunciar sobre o assunto e negou a informação.

"Esclarecendo: eu não fui vítima de assédio moral e não fiz denúncia", disse.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Quem também comentou sobre o assunto foi Danilo Gentili. O apresentador compartilhou em seu Twitter a notícia sobre o caso e detonou o humorista, com quem já teve desavenças no passado: "Esse é o santinho que vai pra evento do mercado falar que faz humor do bem e eu faço humor do mal. Esse é o cara que faz esquete feminista e protege o trabalhador. Vá tomar no teu c*, Marcius Melhem, seu hipócrita de m***a".

O presidente Jair Bolsonaro negou, nesta terça-feira (10), que foi um "recuo" do governo enviar o vice-presidente, Hamilton Mourão, à posse presidencial de Alberto Fernández, na Argentina. O governo havia desistido de enviar nome do primeiro escalão, mas voltou atrás na tarde de segunda-feira (9).

Questionado sobre a mudança de decisão, Bolsonaro disse: "(Foi) porque eu decidi". "Vocês falam em recuo o tempo todo, como se o governo que dá cabeçada por aí. O recuo... às vezes você toma uma decisão antes de acontecer, né", disse Bolsonaro.

##RECOMENDA##

O presidente comparou o caso a um jogo de futebol: "Você vê técnico de futebol, muitas vezes o cara tá ali para entrar em campo, o cara se machuca, não é que errou, aconteceu um imprevisto. E na política tem imprevisto a todo momento".

Bolsonaro disse que o Brasil não deseja brigar com ninguém. "Queremos fazer comércio com o mundo todo". O presidente voltou a afirmar, no entanto, que Fernández deve ter dificuldades para governar. "A Argentina também polarizou. Parecido aqui no Brasil. O partido do (ex-presidente) Macri fez uma bancada grande. Vão ter problemas para impor a sua política, no caso o Fernández. Estou torcendo para que a Argentina dê certo. Se bem que os números dizem que vão ter mais dificuldade do que nós", finalizou.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando