Tópicos | pagamento

O prazo para os empregadores domésticos realizarem o pagamento do Documento de Arrecadação do eSocial referente à competência do mês de outubro termina nes asegunda-feira (7). O papel reúne em uma única guia as contribuições fiscais, trabalhistas e previdenciárias que devem ser recolhidas pelos empregadores relativos aos trabalhadores domésticos. A Receita Federal lembra que os documentos gerados fora do prazo serão calculados com multa de 0,33% por dia de atraso.

Para a emissão da guia unificada, o empregador deve acessar a página do eSocial  na internet. Até às 10 horas de hoje já haviam sido emitidas 1.040.000 guias relativas à folha de pagamento de outubro de 2016.

##RECOMENDA##

Os empregadores domésticos têm à sua disposição, além do pagamento em guichê de caixa bancário, vários canais alternativos oferecidos pela rede bancária, como lotéricas, internet banking e canais eletrônicos de autoatendimento.

Os contribuintes que ainda têm dúvida podem acessar na internet o Manual de Orientação do eSocial para o Empregador Doméstico elaborado pelo governo.

Uma reunião que durou cerca de duas horas e terminou com fim da greve dos funcionários do Santa Cruz. Apos não ter comparecido ao Arruda nesta quinta-feira, o presidente Alírio Morais se encontrou nesta sexta-feira pela manhã (21) com representantes de todos os setores do clube para esclarecer os cinco meses de salários atrasados e se comprometeu a elaborar um plano de pagamento para que até dezembro todos os débitos sejam quitados.

“Fizemos um encontro de transparência e estabelecemos um pacto para que fosse criada uma comissão permanente para estar contato direto comigo. Não adianta só discutir os atrasados, mas evitar que situações como essa se repitam. A gente vai apresentar na próxima semana um plano de pagamento que está sendo elaborado para não ter falha", afirmou o cartola. Alírio ainda afirmou que entende e considera legítima a greve, mas que ela "poderia manchar a imagem do Santa Cruz diante de investidores”.

##RECOMENDA##

Alírio reconheceu erros da gestão com os funcionários do clube e garante que o planejamento é de corrigi-los a partir de agora. “O fato é que funcionários foram sacrificados, tem havido falhas de comunicação e estamos revendo isso. Tenho me colocado num patamar de ouvir as pessoas e ontem estava correndo atrás de receita, o quadro se agravou e precisava que houvesse uma manifestação nossa para criar um cenário satisfatório para eles”, pontua.

Os bloqueios na justiça e dívidas trabalhistas foram colocadas pelo presidente como fatores que levaram o clube à situação atual. “A partir de julho, quando estávamos voltando para Série A, começamos a sofrer uma série de bloqueios judiciais por situações trabalhistas. Ficamos julho, agosto e setembro com a receita paralisada. Criei um aporte junto com investidores, mas a partir de determinado momento o clube ficou em uma dificuldade e isso se reproduziu nas folhas”, revela Alírio.

Com cotas a serem desbloqueadas, o presidente coral destaca que o Santa ainda tem um valor a receber, mas que deve ser insuficiente para sanar todas as dívidas, sendo assim terá que tentar alguns empréstimos. “Temos de três a quatro milhões para receber, devo passar próxima semana fora para consolidar esse desbloqueio, mas garanto desde já que esse valor ainda é insuficiente para pagar a conta que precisa ser paga”, afirmou. “Há uma preocupação permanente em transformar o Santa em um bom cumpridor das suas obrigações”, completou esperançoso de que consiga encerrar o ano com as folhas em dia.

LeiaJá também 

--> Diretoria do Santa diz que greve dos funcionários é justa

--> Santa Cruz paga um dos meses que deve ao elenco

--> Doriva: 'Essa situação nossa, só Deus muda'

A Receita Federal liberou a restituição do quinto lote do Imposto de Renda Pessoa Física 2016. Ao todo, foram desembolsados R$ 2,576 bilhões a cerca de 2,2 milhões de contribuintes. Estão sendo pagos também R$ 124,2 milhões a 55,3 mil contribuintes que fizeram a declaração entre 2008 e 2015, mas estavam na malha fina. Considerando os lotes residuais e o pagamento de 2015, o total gasto com as restituições chegará a R$ 2,7 bilhões.

A lista com os nomes estará disponível no site da Receita na internet. A consulta também pode ser feita pelo Receitafone, no número 146. A Receita oferece ainda aplicativo para tablets e smartphones, que permite o acompanhamento das restituições.

##RECOMENDA##

As restituições terão correção de 6,71%, para o lote de 2016, a 88,28% para o lote de 2008. Em todos os casos, os índices têm como base a taxa Selic (juros básicos da economia) acumulada entre a entrega da declaração até este mês.

Depósito nas contas

O dinheiro será depositado nas contas informadas na declaração. O contribuinte que não receber a restituição deverá ir a qualquer agência do Banco do Brasil ou ligar para os telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos) para ter acesso ao pagamento.

Os dois últimos lotes regulares serão liberados em novembro e dezembro. Se estiverem fora desses lotes, os contribuintes devem procurar a Receita Federal porque os nomes podem estar na malha fina por erros ou omissões na declaração.

A restituição ficará disponível durante um ano. Se o resgate não for feito no prazo, a solicitação deverá ser processada por meio do formulário eletrônico - pedido de pagamento de restituição, ou diretamente no e-CAC , no serviço extrato de processamento, na página da Receita na internet.

A empresa de cartões de crédito Mastercard anunciou nesta terça-feira o lançamento em 12 países europeus de um sistema de pagamento biométrico para facilitar as transações na internet, o que será introduzido em todo o mundo em 2017.

O sistema, chamado Identity Check Mobile, usa as impressões digitais ou o reconhecimento facial para comprovar a identidade do titular de um cartão de crédito.

##RECOMENDA##

O serviço será implementado no Reino Unido, Áustria, Bélgica, República Tcheca, Dinamarca, Finlândia, Alemanha, Hungria, Holanda, Noruega, Espanha e Suécia, indicou a companhia.

O sistema eliminará assim o uso de senhas para comprar on-line e usará o celular para transmitir informações biométricas através de um 'selfie' do rosto do comprador ou suas impressões digitais.

Os funcionários públicos da Arábia Saudita receberão seus salários agora de acordo com o calendário gregoriano, e não o islâmico, para que o mês de trabalho seja mais longo, dentro de um plano de cortes, informou a imprensa,

A mudança, aprovada na semana passada pelo gabinete de ministros, harmoniza o pagamento dos funcionários com o calendário fiscal do governo, de janeiro a dezembro.

A Arábia Saudita, o primeiro exportador mundial de petróleo, realiza um plano de cortes e reestruturação de sua economia para enfrentar a queda do preço do barril, sua principal fonte de renda.

O calendário islâmico tem 12 meses de 29 ou 30 dias, dependendo dos ciclos lunares, de maneira que tem vários dias a menos que no calendário gregoriano, o mais usado no mundo.

Na semana passada, o gabinete também aprovou um corte de 20% dos salários dos ministros e congelamento de salários dos funcionários públicos.

A Arábia Saudita tem quase o dobro de funcionários públicos que no setor privado.

Diante do atraso no pagamento do Fundo de Financiamento Estudandil (Fies), que segundo as instituições privadas de ensino superior tem travado as renovações de matrículas, representantes do setor vieram nesta quinta-feira (29) a Brasília e foram recebidos no Palácio do Planalto.

“Temos quase 2 milhões de alunos estudando de maneira irregular, que não conseguem renovar as matrículas. Se isso não for regularizado nesse semestre, imagina o caos que será em 2017”, disse o diretor executivo da Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior, Sólon Caldas.

##RECOMENDA##

Segundo ele, o impacto é maior nas pequenas e médias instituições, que não têm condições de arcar com o custeio e matrículas dos estudantes financiados. “Fomos ao MEC [Ministério da Educação], à Casa Civil, ao Planalto e o que a gente percebe é que o governo não está dando a importância devida dada a gravidade da situação. É um problema que precisa ser resolvido”, criticou.

No Palácio do Planalto, as associações representantes das universidades privadas foram recebidas pela subchefe de Assuntos Parlamentares da Secretaria de Governo da Presidência, Mariangela Fialek.

Desde julho, quando deveriam renovar as matrículas, os estudantes não conseguem acessar o sistema do Fies. De acordo com o Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp), o atraso atinge 1.863.731alunos de 1.358 instituições particulares de ensino. Segundo a entidade, os repasses atrasados referentes a certificados do Fies somam cerca de R$ 5 bilhões.

Em manifesto divulgado esta semana, com assinatura de dez entidades representativas do ensino superior, as particulares dizem que há instituições que correm o risco de ter que suspender as atividades.

Nas redes sociais, estudantes estão em dúvida sobre como proceder para renovar o financiamento e perguntam sobre os prazos para o aditamento. “Estão conseguindo fazer o aditamento deste semestre??? O nosso não abriu... o que devemos fazer??? Alguém ajude”, pergunta um estudante em grupo criado para discutir problemas no Fies no Facebook.

Um pequeno grupo chegou a criar o evento “Renovação do Fies Já”, compartilhado mais de 800 vezes na rede social.

Em nota, o MEC diz o crédito está assegurado e que não haverá prejuízo para os estudantes. Em relação aos aditamentos do 2º semestre de 2016, a pasta diz que o processo está no prazo normal. Segundo as regras do Fies, esses aditamentos devem ocorrer até o fim de outubro.

Pagamentos

O Fies oferece a estudantes financiamento de cursos em instituições privadas de ensino superior. Pelo programa, o MEC paga as instituições com títulos do Tesouro. Em datas especificadas pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), as instituições podem optar por resgatar os títulos para pagar tributos ou, como o valor dos títulos pode ser maior do que os impostos, podem solicitar a recompra de títulos excedentes pelo governo.

O MEC diz que a atual gestão encontrou o Fies sem orçamento para o pagamento da taxa de administração dos agentes financeiros do sistema, responsáveis pela contratação e aditamentos do fundo.

Para cobrir esses custos, são necessário mais de R$ 800 milhões, segundo o MEC, o que levou a pasta a enviar um projeto de Lei (PL 8/2016) ao Congresso para garantir o orçamento necessário para este fim. “A partir da aprovação deste PL, o FNDE poderá assinar os contratos com os agentes financeiros e abrir os aditamentos do 2º semestre de 2016. E, com isso, resolver os repasses para os contratos com saldo devedor.”

O projeto de lei concede crédito suplementar ao Orçamento da União em favor do MEC no valor de mais R$ 1,1 bilhão para reforço de dotações constantes da Lei Orçamentária vigente.

As entidades pedem que o Congresso Nacional coloque o PL em votação na sessão legislativa do próximo dia 4.

LeiaJá também

--> PUC ameaça deixar o Fies

--> Estudo para novo Fies deve ser apresentado em 60 dias

A possível organizadora do concurso do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Metrópole Soluções Empresariais, irá cobrar uma taxa de R$ 36,40 para os candidatos que fizerem concorrerem a uma vaga de nível superior. A informação foi divulgada pela diretora da empresa, Fábia Braga, em entrevista ao Portal LeiaJá.

“Estamos em um período de crise. Quem vai dar R$ 160 para pagar um concurso?”, ponderou Fábia. Ainda segundo ela, a taxa para nível médio ainda será definida com a equipe de gestão financeira da empresa. A empresa superou lances que chegaram a R$ 119. 

##RECOMENDA##

A Metrópole foi aprovada durante pregão virtual, realizado nesta quinta-feira (7), pelo Banco do Brasil. De acordo com o TJPE, a empresa agora tem que comprovar, documentalmente, as condições de realizar o certame com o valor proposto.

LeiaJá também

--> TJPE tem candidata a banca organizadora do concurso

--> Edital do TJPE deve sair no segundo semestre deste ano 

--> Vencedora de licitação do TJPE já teve concurso anulado

O São João chegou ao fim, mas o que não acabam são as informações acerca do tão discutido cachê de Wesley Safadão para o show realizado em Caruru. Por meio de nota, a Fundação de Cultura da cidade anunciou que pagou o valor, estipulado em R$ 575 mil, nesta sexta-feira (1º).

Segundo a Fundação, “a liquidação do contrato foi efetuada com recursos recebidos dos patrocinadores no São João 2016”. Agora, é aguardar se a promessa do cantor durante o show será cumprida. Safadão revelou que pretende doar a quantia da apresentação para instituições de caridade de Caruaru. 

##RECOMENDA##

"O problema foi resolvido, o que tinha de ser provado, foi provado. Muitas pessoas foram no Instagram e disseram que eu estava tirando dinheiro de Caruaru… Gente, o problema do País não é meu. É o governo que tem que resolver, pagar bem aos professores, não sou eu não. Nem cheguei para dizer ao meu empresário ou falei para alguém, mas quero dizer para vocês que não vou pegar nenhum centavo deste cachê. Música é isso, eu amo o que faço. Deus já me abençoa demais! Todo meu cachê vai ser revertido para as instituições de caridade de Caruaru. Vai ser todo doado e fiz questão de dizer em público”, prometeu Wesley Safadão, durante o show no São João de Caruaru.

O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) acumula dívida de R$ 637 milhões em repasses às instituições, informou o Ministério da Educação (MEC), acrescentando que faria hoje o repasse de R$ 43,6 milhões, valor correspondente ao pagamento de abril. O ministro da Educação, Mendonça Filho, diz que assumiu a pasta com um total de R$ 1,799 bilhão de dívidas.

Programa prioritário na gestão da presidenta afastada Dilma Rousseff, o Pronatec está com o calendário atrasado para as turmas do segundo semestre. As inscrições estavam previstas para começar no dia 15 de maio. O pagamento que seria feito hoje é referente às aulas ocorridas no mês de fevereiro. Nesta quarta-feira, o MEC repassou R$ 78 milhões para todo o programa, dos quais R$ 43,6 milhões foram para as escolas privadas do Bolsa-Formação.

##RECOMENDA##

Segundo nota divulgada pelo MEC, além da dívida, a pasta estava sem orçamento para novas vagas do Pronatec em 2016. "A continuação do programa dependia de acordo a ser assinado com o Sistema S. Um decreto e protocolo de intenções foram assinado, na Casa Civil durante o governo anterior, mas não havia nenhum acordo assinado. Tampouco havia data prevista para assinatura de contrato com o Sistema S", diz o texto.

O MEC diz que novas vagas serão abertas para o segundo semestre "tão logo sejam concluídas as negociações com o Sistema S, que foram retomadas e estão em estágio avançado".

O Pronatec foi criado em 2011 pelo governo federal com o objetivo de ampliar a oferta de cursos de educação profissional e tecnológica. De 2011 a 2015, o Pronatec registrou 9,4 milhões de matrículas entre cursos técnicos e de qualificação profissional. No ano passado, foram 1,3 milhão de matrículas.

Novo acordo

O ex-ministro Aloizio Mercadante disse, por meio da assessoria de imprensa, que questões pontuais de atraso em repasses no programa, em razão de restrições orçamentárias, seriam solucionadas, "especialmente após assinatura de nova pactuação com o Sistema S. O acordo, anunciado em março, permitiria a abertura de 1,4 milhão de vagas. Com a ação, seriam ofertadas 2 milhões de vagas no Pronatec em 2016".

"Infelizmente, por uma opção política, a gestão do ministro interino Mendonça Filho anunciou o fim do Pronatec. Apesar de publicamente voltar atrás da decisão, na prática, o Pronatec vem sendo desmontado pela gestão de Mendonça Filho. O acordo com o Sistema S não foi assinado e a abertura de inscrições no Pronatec, prevista para o dia 15 de maio, foi cancelada", diz Mercadante em nota.

Continuidade

Desde o mês passado, há rumores de que o programa será extinto ou reduzido. Em entrevista coletiva no dia 23 de maio, o ministro Mendonça Filho chegou a afirmar que o programa seria não apenas mantido, mas também ampliado: “Diferentemente do que foi anunciado nos jornais de hoje, haverá preservação e novas vagas.”

Posteriormente, em audiência pública, no início deste mês, a secretária executiva da pasta, Maria Helena Guimarães de Castro, disse que o programa precisa ser revisto para liberar recursos para outros investimentos. “O Pronatec tem uma evasão de 65% e um investimento de R$ 15 bilhões. O programa poderia ser avaliado, revisto, de tal modo que se possa alocar recursos previstos para ampliar o Fundeb [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação]”.

Segundo Maria Helena, parte do Pronatec é essencial, como os cursos técnicos das instituições federais. "A parte da formação continuada e cursos de curta duração também é relevante, mas é possível fazer parcerias de modo que o MEC não precise colocar recursos".

LeiaJá também

--> Ministro da Educação promete ampliar Fies e Pronatec

--> MEC volta a garantir vagas do Fies e Pronatec

O Ministério Público Estadual (MPE) investiga a denúncia de que a empresa Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa), do governo paulista, pagou indenizações a criminosos ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC) no programa de reassentamento das obras do Trecho Sul do Rodoanel e do prolongamento da Avenida Jacu-Pêssego, na Grande São Paulo. Ambas foram entregues em 2010, nos governos José Serra e Alberto Goldman (PSDB), ao custo de R$ 7 bilhões.

Os promotores já identificaram pelo menos dez pessoas indenizadas pela Dersa na cidade de Mauá e na zona leste de São Paulo que têm passagens pela polícia por roubo, furto e tráfico de drogas. A investigação teve origem nos depoimentos de uma ex-funcionária da Dersa chamada Mércia Ferreira Gomes, que trabalhava à época em um consórcio contratado para executar o programa de reassentamento e fechou acordo de delação premiada com o MPE. As indenizações custaram mais de R$ 100 milhões e beneficiaram cerca de 40 mil pessoas.

##RECOMENDA##

Segundo Mércia, no processo do Rodoanel, "a bandidagem que domina a área começou a fazer ameaças e, para possibilitar que o pessoal da empresa contratada pela Dersa fizesse seus trabalhos, se deveria pagar algum valor para a criminalidade". Ainda de acordo ela, se o valor não fosse pago, funcionários sofreriam "represálias", como ficar trancados na sala do plantão social. "Diante de tanta solicitação nesse sentido, o dinheiro acabou", disse.

A ex-funcionária relatou que os pagamentos eram feitos em dinheiro e "a maioria dos bandidos recebia valores na Dersa e comparecia armada". Segundo Mércia, muitos pegavam o dinheiro e saíam sem assinar nenhum recibo. Os pagamentos ocorreram entre agosto e outubro de 2009 e seriam indicados por uma pessoa chamada Hamilton Clemente Alves, que, segundo testemunhas, se apresentava como assessor do ex-deputado estadual Adriano Diogo (PT), que nega o fato.

À época, Alves participou de audiência pública sobre o caso na Assembleia Legislativa como presidente do Movimento em Defesa das Famílias do Traçado Jacu-Pêssego. Entre 2013 e 2015, ele trabalhou como assessor do ex-vereador Alessandro Guedes (PT) e foi exonerado há dois meses de cargo na Subprefeitura de Cidade Tiradentes na gestão Fernando Haddad (PT). Alves também está sob investigação e deve ser chamado a depor pela Promotoria.

De acordo com Mércia, as indenizações variavam de R$ 1,6 mil a R$ 250 mil e chegaram a ser pagas até três vezes a uma mesma pessoa que invadiu diferentes áreas que seriam desapropriadas. Segundo ela, os pagamentos foram autorizados pelo ex-diretor de Engenharia da Dersa Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, que também nega o fato. As informações foram prestadas ao MPE em abril de 2015 e ratificadas em recente delação premida, ainda não homologada pela Justiça.

"Um dos indícios que temos é de que o dinheiro era encaminhado para pessoas ligadas ao crime organizado. As pessoas que trabalhavam e foram indicadas por Mércia, em depoimento, serão chamadas para prestar esclarecimentos", disse o promotor Cássio Conserino.

Também em depoimento ao MPE em 2015, o ex-chefe do Departamento de Assentamento da Dersa Geraldo Casas Vilela disse que a empresa recebeu uma carta atribuída ao PCC com ameaças, caso as remoções das famílias prosseguissem. Segundo ele, "diversas foram as dificuldades encontradas nesses processos de pagamento, sobretudo porque as áreas geralmente eram dominadas por pessoas ligadas a atividades criminosas".

Desvios

Mércia é investigada por ter incluído ilegalmente 16 pessoas ligadas a ela no cadastro de reassentamento das obras e desviado R$ 813 mil de indenizações. Ao MPE, no dia 9 deste mês, ela disse que fez isso a mando de Vilela e de Paulo Preto, para pagar pessoas que moravam na favela e não tinham documentos para o cadastro. Ambos negam as acusações. Segundo Mércia, nenhum parente seu ficou com o dinheiro.

Na semana passada, os três e uma filha de Paulo Preto foram denunciados à Justiça por incluir ilegalmente o nome de seis pessoas ligadas ao ex-diretor na lista de indenizados com apartamentos da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), no valor de R$ 374 mil. Na lista estão babás, empregadas e funcionário que trabalhava para a família dele, que nega irregularidades.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Termina na próxima quarta-feira (25) o prazo para que candidatos ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) paguem a taxa de R$ 68 para garantir a participação nas provas. As inscrições foram encerradas as 23h59 de ontem. Até pouco antes das 18h, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) registrou 8.222.491 inscrições, pouco menos do total de inscritos do ano passado (8.478.096).

O balanço final do número de inscrições será apresentado em coletiva de imprensa na próxima segunda-feira (23) à tarde, mas o número total de candidatos só será confirmado depois do dia 25, quando termina o prazo para o pagamento da taxa. Em 2015, do total de inscritos 5,7 milhões de candidatos fizeram a prova.

##RECOMENDA##

Estudantes que concluíram o ensino médio em escolas públicas e candidatos de baixa renda que sinalizaram esta condição durante a inscrição estão isentos do pagamento da taxa. O valor, que até o ano passado só podia ser pago em agências do Banco do Brasil, agora pode ser feito em qualquer agência bancária, casa lotérica ou agência dos Correios.

Provas

As provas serão aplicadas nos dias 5 e 6 de novembro, com atendimento específico ou especializado para quem indicou, no ato da inscrição, esta necessidade. É o caso, por exemplo, de pessoas com baixa visão, cegueira, visão monocular, deficiência física, deficiência auditiva, surdez, deficiência intelectual (mental), surdocegueira, dislexia, déficit de atenção, autismo, discalculia ou com outra condição especial.

O atendimento especifico é feito a gestantes, lactantes, idosos, estudantes em classe hospitalar e sabatistas – aqueles que, por convicção religiosa, reservam o sábado para descanso e oração. Nesse caso, os estudantes podem fazer o exame após o pôr do sol.

A nota do Enem é usada como critério de acesso à educação superior por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e do Programa Universidade para Todos (ProUni). A participação na prova também é requisito para receber o benefício do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), participar do programa Ciência sem Fronteiras ou ingressar em vagas gratuitas dos cursos técnicos oferecidos pelo Sistema de Seleção Unificada da Educação Profissional e Tecnológica (Sisutec). Além disso, estudantes maiores de 18 anos podem obter a certificação do ensino médio por meio do Enem.

Motoristas de vans do Transporte Escolar Gratuito (TEG) paulistano iniciaram na segunda-feira, 4, uma paralisação contra mudanças no modelo de pagamento e credenciamento, proposto pela gestão Fernando Haddad (PT), no programa "Vai e Volta". Desde o início do ano letivo, eles reclamam do novo contrato, que remunera por criança transportada e não mais por valor fixo, considerando os custos do serviço.

Para esta terça-feira, 5, os motoristas marcaram novos protestos em vários pontos da cidade. A Prefeitura informou que o programa está em fase de transição. Disse ainda que não tem conhecimento de nenhuma paralisação e mantém o diálogo aberto com a categoria.

##RECOMENDA##

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em um momento no qual as mulheres ganham cada vez mais voz na luta pela igualdade de gêneros, as atletas da seleção norte-americana de futebol não ficaram atrás e também exigiram seus direitos. Nesta quinta-feira, cinco jogadoras da equipe, incluindo a goleira Hope Solo, anunciaram que estão movendo uma ação contra a entidade responsável pela modalidade no país exigindo a equalização dos pagamentos a jogadores e jogadoras que servem a seleção.

Carli Lloyd, Megan Rapinoe, Rebecca Sauerbrunn, Hope Solo e Alex Morgan confirmaram a abertura do processo contra a U.S. Soccer com o apoio da Comissão de Oportunidades Iguais de Emprego (EEOC, na sigla em inglês), órgão norte-americano que luta contra a discriminação trabalhista.

##RECOMENDA##

A ação movida pelas atletas leva em conta os valores obtidos pela U.S. Soccer em 2015. De acordo com os documentos levantados por elas, a seleção feminina dos Estados Unidos gerou US$ 20 milhões a mais em receita no ano passado que a masculina. Ainda assim, as mulheres seguem recebendo da entidade uma quantia bem inferior aos homens.

"Recentemente, ficou claro que a federação não tem intenção de nos prover pagamento igual por um trabalho igual", disse Rapinoe em comunicado. "Acho que a hora é agora. Acho que provamos nosso valor ao longo dos anos, acabamos de vencer a Copa do Mundo, e a disparidade no pagamento entre homens e mulheres é muito grande. Continuamos a lutar", comentou Lloyd em entrevista à rede NBC.

De acordo com os números levantados pelas atletas e pela EEOC, cada jogadora da seleção norte-americana pode ganhar de US$ 3.600 a US$ 4.950 por partida pelo país, dependendo da importância do confronto em questão e do resultado, enquanto os jogadores levam de US$ 6.250 a US$ 17.625. As mulheres faturariam US$ 99 mil cada se vencessem cada um dos 20 amistosos disputados no ano, número mínimo exigido pela U.S. Soccer, enquanto os homens ganhariam US$ 263.320 pelo mesmo feito. E mais, eles receberiam US$ 100 mil mesmo se perdessem todas estas partidas.

Os números ficam ainda mais discrepantes se for levada em consideração a participação dos países na Copa do Mundo. Campeã do Mundial do ano passado no Canadá, a seleção feminina recebeu um total de US$ 2 milhões, enquanto os homens faturaram US$ 9 milhões no Brasil, mesmo sendo eliminados nas oitavas de final.

"Todo dia nos sacrificamos tanto quanto os homens e trabalhamos o mesmo tanto. Nos doamos o mesmo tanto fisicamente e emocionalmente. Nossos fãs apreciam o que fazemos todo dia por isso. Nós estamos realmente pedindo, e exigindo agora, que nossa federação e nosso empregador realmente deem um passo à frente e também apreciem", declarou Morgan à NBC.

Vale lembrar que o futebol feminino nos Estados Unidos é tão ou mais popular que o masculino. Prova disso foi a audiência de 26,7 milhões de televisões acompanhando a decisão da última Copa do Mundo feminina, na qual as norte-americanas foram campeãs diante do Japão.

A atitude das atletas acontece em uma época na qual a polêmica por diferença de pagamentos entre homens e mulheres tomou conta de diversos esportes. Recentemente, o assunto tomou conta do tênis, com jogadoras como Serena Williams exigindo pagamentos iguais para ambos os gêneros, enquanto diretores de torneios e até Novak Djokovic defenderam os valores superiores para os jogadores.

Cerca de 600 pessoas que trabalharam na correção do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) do ano passado estão sendo cobradas e terão de devolver parte do pagamento que receberam. O Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e Promoção de Eventos (Cebraspe), contratado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep) para a correção da redação e remuneração dos corretores, disse que esses pagamentos foram computados mais de uma vez de forma equivocada.

Os colaboradores (corretores, supervisores e coordenadores), que participaram de capacitação em setembro e trabalharam nas correções até dezembro, receberam os pagamentos em fevereiro. Mas, no início de março, muitos receberam e-mails em que eram cobrados a devolver parte do valor. Em alguns casos, o Cebraspe pediu a devolução de até R$ 6,2 mil para um colaborador.

##RECOMENDA##

Uma das corretoras, que não se identificou por ter assinado cláusula de sigilo, disse que trabalha há 15 anos no Enem e nunca teve problemas desse tipo com o pagamento. "Quase todos os anos eles atrasam, o que já é uma falta de respeito. Agora, nos pagar errado e depois cobrar é muito pior. Eles não nos dão um demonstrativo de pagamento, então não sabemos se realmente o valor veio errado."

Ela foi cobrada a devolver R$ 600 e disse que já havia gastado quase todo o dinheiro. "Sou professora aposentada da rede pública, não recebo muito. Então contava com esse dinheiro para pagar algumas despesas, como o dentista, por exemplo." Com receio de contestar a devolução do pagamento e não ser chamada para a edição da prova deste ano, ela devolveu o dinheiro.

Outra corretora da prova, que também não se identificou por causa da cláusula de sigilo, terá de devolver quase R$ 800. "Corrigi 2,5 mil redações no ano passado. Eu não sei se realmente recebi o que devia porque eles não nos mandam demonstrativos ou extratos do pagamento."

Pontual

O Cebraspe disse que o pedido de devolução dos pagamentos equivocados foi uma "situação pontual tendo em vista a complexidade do processamento e operação de pagamentos por meio de ordem bancária de mais de 15 mil pessoas que atuaram em diferentes funções no processo de correção".

Questionado, o Cebraspe não informou qual foi o valor total pago a mais de forma equivocada aos colaboradores. Também não comentou a reclamação dos colaboradores sobre a falta de transparência e a ausência de demonstrativo de pagamento.

Em nota, o Inep informou que o pagamento aos corretores é de responsabilidade do Cebraspe e que repassou R$ 348 milhões para que o centro pudesse realizar as atribuições para as quais foi contratado.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Tesouro Nacional detalhou nesta quarta-feira (30) os valores contabilizados de passivos relativos às chamadas "pedaladas fiscais" junto ao Banco do Brasil, BNDES, FGTS e Caixa. O total foi de R$ 72,4 bilhões. O secretário interino do Tesouro Nacional, Otávio Ladeira de Medeiros, ponderou que R$ 55,6 bilhões se referem aos passivos existentes até 31 de dezembro de 2014, tratados em decisão do Tribunal de Contas da União (TCU). Outros R$ 16,8 bilhões, segundo o secretário, se referem a valores devidos em 2015, que não correspondem a pagamentos atrasados e foram inseridos no cálculo por transparência.

Um total de R$ 12,2 bilhões contabilizados se referem ao passivo da União junto ao FGTS, sendo a totalidade correspondente a datas anteriores ao fim de 2014. Outros R$ 10,5 bilhões são relativos a adiantamentos concedidos pelo FGTS à União, com R$ 9 bilhões até 2014 e R$ 1,5 bilhão deste ano.

##RECOMENDA##

Para o BNDES, foram calculados R$ 30 bilhões relativos a valores devidos pelo Tesouro Nacional a título de equalização de taxa de juros. Desse total, R$ 21,4 bilhões vêm de até 2014 e R$ 8,6 bilhões de 2015.

Foram contabilizados ao Banco do Brasil R$ 18,2 bilhões por equalização de taxas da safra agrícola, além de título e créditos a receber. Do valor, R$ 12,1 bilhões correspondem ao período até o fim de 2014, que trata o TCU, e R$ 6,1 bilhões de 2015.

Por fim, há R$ 1,5 bilhão por valores devidos à Caixa a título de remuneração bancária de serviços prestados. Do total, R$ 882 milhões são de até 2014 e R$ 627 milhões de 2015.

De acordo com o Tesouro, considerando pagamento das obrigações referentes a 2015, do total pago de R$ 72,4 bilhões, R$ 70,9 bilhões saíram dos recursos da conta Única do Tesouro. Desses, R$ 21,1 bilhões vieram de recursos de emissões de títulos realizadas anteriormente, sem a necessidade de emissão de novos títulos. R$ 49,8 bilhões são das demais fontes da conta única.

O restante, no valor de R$ 1,5 bilhão devido ao BB, será acertado por meio de emissão direta de títulos sem necessidade de realização de leilões.

Impacto inflacionário

O secretário interino disse que o pagamento de R$ 72,4 bilhões em 2015 relativos às pedaladas fiscais não terá impacto inflacionário, uma vez que o Banco Central atuará para enxugar a liquidez gerada no mercado por meio das operações compromissadas.

Ladeira disse que haverá discrepância estatística entre o resultado fiscal contabilizado pelo Tesouro Nacional e pelo Banco Central no mês de dezembro. Isso porque, de acordo com decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), o BC terá que contabilizar todas as obrigações do governo com bancos públicos e fundos. Já o Tesouro terá que pagar as obrigações relativas ao segundo semestre somente em janeiro, e esse montante não entrará em suas estatísticas deste mês.

De acordo com o secretário, no entanto, a discrepância em relação ao ano de 2015 não será relevante e não dificultará o cumprimento da meta.

2016

Depois de o governo quitar os passivos em atrasos com bancos públicos e com o FGTS, Ladeira disse que os novos pagamentos devidos serão feitos de acordo com os prazos previstos nos contratos. "A periodicidade será aquela determinada nos contratos, pagaremos tempestivamente todas as despesas ", afirmou.

No caso do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), do BNDES, a Fazenda editou nesta semana portaria determinando que o pagamento seja feito seis meses depois de os valores terem sido lançados no balanço do banco.

Durante a entrevista coletiva, o secretário foi questionado sobre que valores dos R$ 72,4 bilhões pagos das pedaladas neste ano teriam sido destinados para o Bolsa Família, como disse a presidente Dilma Rousseff. Ladeira disse não saber responder.

Apesar de a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) prever a possibilidade de abatimento na meta fiscal de 2015 de R$ 57 bilhões das "pedaladas" fiscais, o governo decidiu pagar um total de R$ 72,4 bilhões, que inclui todo o passivo em atraso até este ano, e abater da meta R$ 55,8 bilhões. Isso porque, de acordo com o secretário interino do Tesouro Nacional, Otávio Ladeira, esse é o valor devido até 31 de dezembro de 2014, que é o período em que a legislação permite o abatimento.

De acordo com nota do Ministério da Fazenda, os outros R$ 16,6 bilhões serão absorvidos pelo "espaço fiscal existente", ou seja, entrará no resultado primário cuja meta para o ano é de um deficit de até R$ 51,8 bilhões. "O pagamento de todas as obrigações neste exercício era medida necessária para fins de cumprimento da meta fiscal, uma vez que, a partir de determinação do TCU, houve mudança no momento em que se daria a apuração das estatísticas fiscais pelo Banco Central", afirma a nota.

##RECOMENDA##

A pasta afirma ainda que todas as obrigações da União com Bancos Públicos e fundos serão imediatamente contabilizadas como despesas primárias e passarão a integrar as estatísticas fiscais.

O Tesouro lembra ainda que o pagamento das pedaladas impacta o resultado primário do ano e as dívidas bruta e líquida, por meio do impacto nas operações compromissadas do Banco Central. Além disso, a emissão direta de R$ 1,5 bilhão para o Banco do Brasil aumenta o estoque da dívida pública federal.

"Colchão da dívida"

Ladeira afirmou também que não haverá uma nova emissão de títulos para recompor o "colchão da dívida". Segundo ele, o Tesouro já trabalhava com o cenário mais conservador para o pagamento das chamadas "pedaladas", considerando a possibilidade que o TCU poderia determinar o pagamento de todos os passivos ainda neste ano.

O secretário explicou que, dos R$ 72,4 bilhões em passivos, R$ 55,8 bilhões foram pagos em dezembro, R$ 16,6 foram quitados até novembro e há um restante de R$ 1,5 bilhão. O secretário informou que títulos relativos a esse último valor serão emitidos na quinta-feira, 31, para finalizar os pagamentos ainda neste ano.

O secretário explicou que o impacto nas dívidas bruta e líquida em dezembro serão de R$ 55,8 bilhões, referentes ao que foi pago neste mês.

Ele afirmou ainda que o governo espera fechar o ano dentro da meta fiscal. "Esperamos superávit primário em dezembro para fecharmos o ano dentro da meta", disse.

Um dia antes de o governo anunciar como será o pagamento das pedaladas fiscais, os opositores da presidente Dilma Rousseff afirmaram ontem que o fim dos débitos não anula o pedido de impeachment contra ela. Segundo o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o fundamento para aceitar o pedido de afastamento da petista são decretos editados em 2015 que teriam descumprido a lei orçamentária.

"Ignoramos 2014, não aceitamos a tese que você retroaja no mandato anterior. O ato irregular foi cometido, os decretos", disse Cunha, ao fazer referência às medidas adotadas por Dilma sem autorização do Congresso. "Não é com o pagamento das pedaladas em 2011 e 2014 que você muda essa realidade do decreto ter sido emitido em desacordo com a lei orçamentária", afirmou o peemedebista.

##RECOMENDA##

Nesta quarta-feira (30) o governo deve anunciar os detalhes do pagamento de todas as pedaladas fiscais mantidas no BNDES, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e FGTS. Ao todo, essas dívidas somam R$ 57 bilhões.

A decisão de zerar as pedaladas foi tomada por Dilma na segunda-feira com o objetivo de "limpar o terreno para 2016" e enfraquecer a tese do impeachment, cujo processo será analisado pelo Congresso a partir de fevereiro. No processo, as pedaladas são apontadas como um crime de responsabilidade fiscal. "A verdade é que esses empréstimos, pela maneira como foram feitos, são ilegais. A forma que o governo quer quitar esses empréstimos também é questionável e o que nós temos é uma grande preocupação", disse o deputado Caio Narcio (PSDB-MG).

"No apagar das luzes, Dilma quer jogar para debaixo do tapete o rombo bilionário nas contas públicas. Zerando as pedaladas, o governo acredita que o impeachment morre em 2015. Talvez não tenha percebido que as consequências da irresponsabilidade fiscal ainda serão sentidas pelos brasileiros durante alguns anos", afirmou o líder da oposição na Câmara, Bruno Araújo (PSDB-PE).

Rito

Para Cunha, o governo está incomodado com o processo, "tanto é que está tentando pagar as pedaladas". "Sabe que errou", disse. O presidente da Câmara afirmou que o processo de impeachment deve recomeçar em fevereiro, antes mesmo da publicação do acórdão (decisão) do Supremo Tribunal de Federal. Ele apresentará embargos de declaração para esclarecer dúvidas em relação ao rito do procedimento. Cunha argumentou haver jurisprudência suficiente para sustentar a apresentação de recursos antes da publicação do acórdão. Ele acredita que o processo será concluído na Câmara até março. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Servidores da administração direta e indireta da Prefeitura do Recife receberão seus salários referentes ao mês de dezembro na próxima segunda-feira (28). Ao todo, 38 mil servidores receberão um pagamento equivalente de R$ 153 milhões que significa a injeção desse valor na economia da cidade. 

Enquanto isso, a Prefeitura do Jaboatão dos Guararapes realizou o pagamento dos seus funcionários desde o dia 24 de dezembro. Os R$ 31 milhões foram destinados aos 9.717 servidores do município.

##RECOMENDA##

Já o governo do Estado anunciou que seus servidores receberão o salário referente a dezembro na próxima terça-feira (29), antecipadamente, visto que o depósito estava previsto apenas para os dias 5 e 6 de janeiro de 2016 

No apagar das luzes de 2015, o governo federal fez uma engenharia financeira para quitar quase a metade das chamadas pedaladas fiscais, condenadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Foram editadas nesta quinta-feira (24) uma Medida Provisória e uma portaria para colocar em dia as dívidas de R$ 10,9 bilhões da União com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e R$ 15,1 bilhões com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O total pago corresponde a 47% do total de R$ 57 bilhões de dívidas reconhecidos pela própria equipe econômica.

A dívida com o FGTS se refere à multa adicional de 10% paga pelas empresas quando demitem sem justa causa os funcionários. O dinheiro deveria ter sido repassado ao fundo dos trabalhadores, mas estava sendo usado para cobrir as perdas de arrecadação desde 2012. O passivo com o BNDES são de subsídios que o Tesouro deveria bancar nos empréstimos que o banco concede ao setor produtivo. Além dessas dívidas, as pedaladas também envolvem atrasos de repasses à Caixa Econômica Federal para os pagamentos de benefícios sociais, como o Bolsa Família, e ao Banco do Brasil, nos financiamentos aos produtores agrícolas com juros mais baixos.

##RECOMENDA##

O governo prometeu apresentar um cronograma de pagamento das pedaladas ainda este ano ao TCU. O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, afirmou que a regularização dessas dívidas era prioridade de sua gestão, mas não deu garantias de que seriam quitadas em sua totalidade.

Nesta semana, o relator das contas de 2014 da presidente Dilma Rousseff, senador Acir Gurgacz (PDT-RO), recomendou a aprovação das contas da petista com ressalvas, contrariando a decisão da corte de contas. O argumento dele é de que as manobras não se constituem crimes de responsabilidade fiscal. O pedido de impeachment da presidente Dilma, aceito pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), se baseia, entre outros pontos, na prática das pedaladas, que teriam continuado neste ano.

O governo ainda remanejou R$ 9 bilhões para o Ministério das Cidades com o intuito de quitar outra dívida do Tesouro com o FGTS referente ao Minha Casa Minha Vida. Pelas regras, nos financiamentos das faixas 2 e 3 do programa de habitação popular, o FGTS arca com 82,5% dos subsídios e o Tesouro com os outros 17,5%. Nos últimos anos, porém, o fundo pagou a totalidade dos subsídios para cobrar da União depois. A conta devida pelo governo foi acertada agora em uma parcela única.

BNDES

Na outra mão, a Medida Provisória publicada nesta quinta-feira também determina que as receitas que o BNDES pagar ao Tesouro ao longo dos próximos anos serão usadas para abatimento da dívida pública. O banco tem dívida com o Tesouro por causa da emissão de títulos desde 2008 usada para a capitalização da instituição financeira. "Como as concessões de crédito ao BNDES foram feitas a partir da emissão de títulos públicos, a medida assegura que o retorno dessas concessões seja destinado à amortização dessa dívida", informou o Ministério da Fazenda.

[@#galeria#@]

Nesta sexta-feira (18), moradores da comunidade do Sítio dos Macacos, na Guabiraba, Zona Norte do Recife, fecham o quilômetro 61 da BR-101 em protesto contra a falta de transporte complementar. Os permissionários do transporte complementar gratuito de Pernambuco estão paralisados desde a quinta-feira (18) por falta de pagamento.

##RECOMENDA##

De acordo com o Sindicato dos Permissionários do Transporte Complementar de Pernambuco (SINPETRACOPE), os pagamentos, que são realizados quinzenalmente, estão atrasados há 45 dias. “Já não é possível arcar com os custos referentes ao abastecimento, pagamento de funcionários e manutenção dos veículos, já que os mesmos dependem unicamente desse repasse para que possam manter o atendimento à população, que é realizado gratuitamente”, destacou a categoria em nota.

Os profissionais prometem só voltar a circular após todos os repasses atrasados serem pagos, pois o problema estaria se tornando frequente. Em outubro, os permissionários chegaram a fazer um protesto em frente à Prefeitura do Recife também devido a salários atrasados.

Enquanto moradores pedem o transporte para poder se deslocar e os permissionários cobram pagamentos atrasados, a classe patronal não entra em consenso. O Grande Recife Consórcio de Transporte, que gere o sistema, informou que aguarda o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Urbana-PE) fazer o repasse dos recursos da bilhetagem eletrônica para efetuar o pagamento. O consórcio disse que encontrou divergências na prestação de contas referente aos repasses em 2015 da Urbana-PE, chegando a emitir um ofício no dia 11 de novembro em que aponta as inconsistências dos valores declarados.

Já a Urbana-PE respondeu apenas que não é responsável pelos repasses para o sistema complementar gratuito do Recife. Rebatendo o posicionamento do sindicato das empresas, o Grande Recife reforçou que, apesar da Urbana-PE não ser responsável por efetuar o pagamento, o recurso da bilhetagem eletrônica que é pago por ela e que é direcionado pelo consórcio ao transporte complementar não foi feito. Por fim, a Urbana-PE disse ter realizado todos os repasses devidos ao Grande Recife.

Segundo dados do SINPETRACOPE, o serviço de transporte complementar gratuito atende cerca de 70 mil pessoas por dia na Região Metropolitana do Recife (RMR). Os ônibus passam por localidades em que os ônibus convencionais não conseguem chegar, como morros e ruas estreitas. Conforme o sindicato, a maior parte dos passageiros é dos morros de Casa Amarela, na Zona Norte do Recife, mas o serviço também atende localidades como Sítio dos Macacos – onde ocorre o protesto, Totó, Alto Bela Vista, Alto do Capitão, Jordão Baixo, Jordão Alto, Alto do Maracanã e UR-07. Ao todo, 230 pessoas trabalham no sistema de transporte complementar, que conta com 58 veículos. O valor de repasse aos permissionários é de R$ 5,47 por quilômetro rodado.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando