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Com os hospitais sobrecarregados pelo aumento vertiginoso dos casos de covid-19 no Paraguai, familiares de pessoas infectadas se esforçam para conseguir medicamentos, obrigados a enfrentar altos custos.

"Aqui não há insumos, não há remédios. Tem gente que vende sua casa, leiloa sua casa para conseguir remédio para seus familiares", disse Edi Gómez, nos portões do hospital Ingavi, nos arredores de Assunção, onde dezenas de pessoas estão acampando para estar mais perto dos doentes.

"Estamos passando por um péssimo momento. Duas pessoas morreram por falta de oxigênio. Meu parente foi intubado. Por falta de oxigênio, eles tiveram que transferir os pacientes para o pronto-socorro e a sala de cirurgia, onde tinham oxigênio", afirma Elisa Gómez, uma dona de casa cujo marido foi internado no Hospital de Clínicas, perto de Ingavi.

"Os (que fazem parte) do governo podiam ter previsto, mas nunca fizeram nada. Este governo não provém o que corresponde aos hospitais", criticou a mulher que diz ter gasto 5 milhões de guaranis (cerca de US$ 750) em uma semana.

O diretor do Hospital de Clínicas, Jorge Giubi, ressaltou que o número de novas infecções não diminui. Pelo contrário, os casos crescem entre 2.000 e 2.500 casos por dia, segundo dados oficiais.

- "Não há leitos" -

Com uma cadeira e uma mochila, ela também se instalou nos arredores do Hospital de Clínica Nancy Jara, para ficar perto de dois irmãos internados com covid-19.

"Um tem 39 anos, o outro 52. Infectaram-se porque trabalham juntos. É muito triste vê-los como estão. Sabemos que tudo está improvisado. Sabemos que não podemos pedir muito. E agradecemos que nossos pacientes estão lá sendo atendidos, ao menos. Mas eles estão lá há três dias sentados em uma poltrona", lamenta Jara.

"Não há leitos e é triste. Um deles tem problema de coluna e tem que ficar sentado. As pessoas estão doando poltronas, cadeiras, travesseiros, colchões (...). Mas precisamos que o governo se recarregue e faça algo mais do que isso", acrescentou.

No Paraguai, o número de leitos de terapia intensiva no setor público e em hospitais integrados é de 655, e já atingiu a ocupação máxima. Fora das salas de UTI, outras 92 vagas foram adaptadas, mas também ocupadas, segundo relatório do Ministério da Saúde.

No setor privado, existem cem leitos de terapia, 90% ocupados.

Com 7 milhões de habitantes, o Paraguai tem quase 200.000 casos pela covid-19, com 3.769 pessoas mortas até esta terça-feira. O número de mortos é cerca de 40 por dia, três vezes mais do que há um mês.

Os chanceleres do Paraguai e do Brasil, Euclides Acevedo e Ernesto Araújo, decidiram nesta quarta (17) adiar o início da renegociação do Anexo C do Tratado de Itaipu, que vence em 2023 e trata da comercialização e dos preços da energia gerada pela usina binacional. Após reunião em Brasília, os ministros disseram que pretendem começar as discussões "em breve", quando a pandemia da Covid-19 permitir. Eles não fixaram data.

"Reiteramos, por parte do Brasil, que estamos prontos para começar discussões sobre a revisão do anexo C do Tratado de Itaipu, tão logo as circunstâncias da pandemia minimamente o permitam", disse Araújo.

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O chanceler paraguaio afirmou que as conversas sobre o uso da energia gerada em Itaipu devem respeitar "direitos legítimos de dois sócios-irmãos e paritários". Assinado em 1973 pelos governos militares, o Anexo C prevê que cada país tem direito à metade da energia gerada pela usina e determina a venda ao outro do que não utilizar.

O Paraguai defende que o excedente possa ser comercializado com outros países e argumenta que o Brasil paga barato pela energia a mais que compra. O anexo será revisto porque a dívida de construção da usina estará quitada.

Em 2019, os países assinaram um acordo estabelecendo a compra da energia até 2022. Na prática, os termos elevariam custos à estatal de energia paraguaia, em cerca de US$ 200 milhões. Por isso, motivou um pedido de impeachment do presidente paraguaio, Mario Abdo Benítez. A negociação com a Eletrobrás foi refeita, sem elevação de custos tarifários, no ano passado.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, começou a se articular para tentar conter os protestos e evitar um impeachment. Ontem, ele obteve apoio de aliados do seu antecessor, Horacio Cartes, para blindar seu governo no Congresso. Pela quarta noite seguida, manifestantes se reuniram em Assunção para pedir a renúncia de Benítez, acusado de negligência no combate à pandemia.

Os opositores de Benítez também se movimentam para aproveitar a onda de insatisfação popular. Os 29 deputados do Partido Liberal, o maior da oposição, afirmaram ontem que formalizarão um processo de impeachment do presidente paraguaio, apesar de não terem maioria na Câmara dos Deputados.

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A saída de Benítez é a principal reivindicação dos protestos, que começaram na sexta-feira, em Assunção. Os manifestantes reclamam da falta de tratamento para a covid em hospitais. O deputado liberal Celso Kennedy anunciou ontem que o processo será redigido pelos parlamentares Rodrigo Blanco, Jorge Ávalo Mariño e Celeste Amarilla.

Seriam necessários 53 votos favoráveis para aprovar o início do processo de impeachment na Câmara dos Deputados. Em seguida, o julgamento seria levado ao Senado, com 45 membros, que atuariam como juízes - em um procedimento parecido com o brasileiro.

Ontem, Benítez confirmou a troca de ministros para tentar acalmar a população, incluindo o titular do Ministério da Saúde, que passou a ser ocupado por Julio Borba, até então número dois da pasta. A pequena reforma ministerial, no entanto, não parece ter salvado a pele de Benítez. No início da noite, manifestantes se reuniram novamente nas ruas de Assunção para pedir sua renúncia.

"O presidente tem de renunciar, a corrupção é muito grande", disse a bióloga Carola Recalde, que compareceu à Praça do Congresso carregando a bandeira do país. "Ninguém mais confia em Marito, por causa da corrupção. A mudança de ministros não é suficiente, ele tem de renunciar", afirmou a dona de casa Lidia Benítez, que passou 40 dias ao lado da mãe, que teve covid. Ela disse que o prejuízo econômico da sua família foi "milionário".

Um ano após a detecção do primeiro caso de covid no Paraguai, a gestão da pandemia pelo governo tem sido contestada pela população em razão da demora na chegada de vacinas contra a covid-19 e da falta de medicamentos para tratar pacientes internados com a doença nas UTIs.

A chegada de apenas 4 mil doses da Sputnik V, a vacina russa, que seriam destinadas a profissionais que trabalham nas UTIs provocou um descontentamento generalizado. No sábado, o presidente chileno, Sebastián Piñera, ajudou Benítez, enviando 20 mil doses da Coronavac.

Ontem, o presidente do Senado, Oscar Salomón, anunciou que em poucos dias chegarão mais 36 mil doses. "Queremos obter a maior quantidade de vacinas no menor tempo possível", disse Borba, novo ministro da Saúde.

Melhor que Brasil. Com uma população de 7 milhões de habitantes, o Paraguai registrou 165 mil casos de covid-19 e 3,2 mil mortes em decorrência da doença. O país tem registrado números recordes de novos casos: na semana passada foram 115 a cada 100 mil habitantes.

Segundo dados da Universidade Johns Hopkins, os números registrado no Paraguai, no entanto, são melhores que os brasileiros. O país tem cerca de 23 mil casos confirmados por cada milhão de habitantes, menos da metade do que tem o Brasil, com 51 mil por milhão de habitantes. Em número de mortes, os paraguaios têm 465 por milhão, enquanto o Brasil tem quase três vezes mais, 1,25 mil por cada milhão de habitantes. (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente do Paraguai, o conservador Mario Abdo Benítez, enfrentou neste sábado, 6, uma nova noite de protestos, mesmo após ter pedido a todos os ministros que colocassem os cargos à disposição - quatro renunciaram. Na sexta-feira, manifestantes, em sua maioria jovens, já haviam se reunido no centro de Assunção pedindo sua renúncia em razão da má gestão da pandemia, sobretudo da falta de vacinas. No ato de sábado, a polícia dispersou com balas de borracha e gás lacrimogêneo um grupo que decidiu levar o protesto até a residência presidencial. Dez foram presos.

A gestão da pandemia pelo Ministério da Saúde tem sido contestada pela população em razão da demora na chegada de imunizante e da falta de medicamentos para tratar pacientes internados com a covid-19 nas Unidades de Terapia Intensiva. Até agora, 4 mil doses da vacina Sputnik V foram aplicadas em profissionais da Saúde, ou seja, menos de 0,1% da população foi vacinada. Ontem, chegaram 20 mil doses da Coronavac enviadas pelo Chile, governado pelo também conservador Sebastián Piñera.

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A escassez causou os protestos, que se agravaram quando dois medicamentos usados para sedar os pacientes em UTI começaram a faltar em hospitais públicos do país. Com o aumento do número de casos de internados com covid, famílias passaram a vender pertences para comprar os medicamentos em farmácias particulares.

Com uma população de 7 milhões de habitantes, o Paraguai registrou mais de 160 mil casos de covid-19 e 3,2 mil mortes em decorrência da doença desde o início da pandemia do novo coronavírus. O país tem registrado números recordes de novos casos: nos últimos sete dias foram 115 novos casos a cada 100 mil habitantes.

Diante desse cenário e as manifestações, o ministro da Saúde, Julio Mazzoleni, renunciou na sexta-feira depois que o Senado pediu que ele deixasse o cargo em meio ao agravamento da pandemia. Ainda na sexta, Mazzoleni admitiu que não poderia dar as datas exatas para a chegada de mais meio milhão de doses da vacina produzida na Rússia, além de 4,3 milhões de doses que chegarão pelo consórcio Covax, criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Ontem, os ministérios da Educação, da Mulher e da Casa Civil também tiveram confirmada a saída dos titulares.

Ainda na sexta, Mazzoleni admitiu que não poderia dar as datas exatas para a chegada de mais meio milhão de doses da vacina produzida na Rússia, além de 4,3 milhões de doses que chegarão pelo consórcio Covax, criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Violência

A manifestação da noite de sexta-feira acabou em confrontos que deixaram um morto e ao menos 18 feridos. Imagens exibidas pela imprensa local mostraram pessoas feridas por balas de borracha disparadas por policiais, e agentes das forças de segurança atingidos por pedras lançadas por manifestantes. O núcleo dos distúrbios, uma área que inclui as sedes da Polícia Nacional, do Congresso e o Palácio do Governo, sofreu atos de vandalismo, e em alguns locais houve focos de incêndio. O grupo de manifestantes, calculado em cerca de 100 pela imprensa paraguaia, exige a renúncia de Abdo Benítez.

 

Crise de saúde

A convocação para o protesto da sexta-feira foi feita após o sindicato de enfermeiras e parentes de pacientes realizar nesta semana outras manifestações para denunciar a falta de suprimentos e materiais médicos nos hospitais públicos, especialmente entre os mais afetados pelo coronavírus.

Carlos Morínigo, pneumologista do Instituto Nacional de Doenças Respiratórias e Ambientais (Ineram), que concentra os pacientes mais graves com covid-19, disse que os hospitais "estão trabalhando muito" e que "a situação é complicada". "Ainda mais complicado é porque não temos cabeça (ministro). Queremos que isso seja resolvido o mais rápido possível para trazer tranquilidade aos cidadãos", disse o médico em declarações a jornalistas.

O Ministério da Saúde garantiu na sexta-feira o fornecimento de insumos para o tratamento de pacientes com coronavírus, segundo declarações de um porta-voz. A entidade informou que existem quase 300 pacientes em terapia intensiva e pediu à população que reduzisse as aglomerações sociais.

"Estamos em uma situação crítica. Não estamos falando em reverter as fases de quarentena, mas vamos evitar multidões. É a única coisa que pode nos salvar do colapso do sistema de saúde", alertou Hernán Martínez, porta-voz do ministério. (Com agências internacionais)

O atacante paraguaio Guillermo Paiva deixou o Náutico nesta terça-feira (29) em meio a disputa da Série B do Campeonato Brasileiro e vai retornar ao Olímpia. O clube detém os direitos federativos do atleta e solicitou a sua volta. Em nota, o Timbu afirma que tentou negociar a permanência, mas sem sucesso. 

Quando contratado, a ideia era que Paiva permanecesse até o fim da temporada, mas com a pandemia o calendário mudou. O Náutico afirma ter tentando uma extensão, mas o Olimpia não abriu mão do jogador, que caiu nas graças da torcida em algumas oportunidades. 

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Foram 28 jogos nesta temporada com o Timbu e quatro gols marcados. Mas só nos últimos jogos o atacante paraguaio teve sequência como titular, pelas mãos de Hélio dos Anjos. Durante a passagem de Kleina, ex-treinador, houve muita cobrança por parte da torcida pela utilização do atleta que não parecia agradar o então comandante. Paiva agora se junta ao elenco do Olimpia para a temporada de 2021.

Ex-goleiro da seleção do Paraguai, José Luis Chilavert anunciou nesta sexta-feira sua candidatura à presidência do Paraguai. A eleição, no entanto, só será disputada em 2023 - o último pleito aconteceu em 2018.

Em publicação em suas redes sociais, o ex-jogador de futebol, de 55 anos, apresentou sua foto com a mensagem "Chila 2023" e o slogan: "Orgulhoso de ser paraguaio". Ele não revelou mais detalhes sobre a candidatura e a futura campanha política.

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O anúncio, contudo, não causou surpresa aos paraguaios. Chilavert já havia declarado em recente entrevista que cogitava essa possibilidade. Mas não indicou que anunciaria sua candidatura neste Natal.

Um dos goleiros mais famosos da América Latina, o paraguaio se aposentou em 2004 após passagens por diversos clubes, como Guaraní, San Lorenzo (Argentina), Real Zaragoza (Espanha), Strasbourg (França), Peñarol (Uruguai) e Vélez Sarsfield (Argentina), pelo qual se aposentou.

Foram ainda quase 15 anos de contribuição à seleção do seu país, pela qual disputou duas Copas do Mundo, em 1998 e 2002.

Duas crianças brasileiras de 6 e 9 anos de idade foram vítimas da guerra pelo controle do tráfico de drogas na fronteira com o Paraguai nos dias 20 de novembro e 5 de dezembro, respectivamente. A mais velha morreu quando o carro em que estava com o pai e a mãe foi alvejado por tiros. Já a mais nova sobreviveu, mas passou por cirurgia.

O primeiro caso ocorreu em 20 de novembro, quando Brenda Micaela Arguello González, de 6 anos, brincava em frente de casa, em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia separada de Ponta Porã, no Brasil, por uma avenida. Ela levou três tiros durante atentado contra um homem.

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O homem alvo dos tiros, Fredy Enchagüe Bordon, é paraguaio e seria foragido da Justiça, envolvido com o tráfico de drogas segundo as autoridades paraguaias. Ele morreu no local. Além de Brenda, uma mulher de 36 anos também ficou ferida durante os disparos.

Encaminhada ao Hospital Universitário de Dourados, a menina recebeu alta na semana passada e passou por cirurgia plástica para ter o nariz reconstruído. Ela foi atingida na mão, nas costas e no rosto. Um dos projéteis que a atingiu ficou alojado em seu corpo e não foi retirado.

A menina de 9 anos que morreu era filha de Michel Antunes Pinto, de 35 anos. O crime ocorreu em 5 de dezembro na cidade paraguaia de Zangá Pitã, ao lado de Pedro Juan. O carro em que estava com o pai e mãe foi alvejado por atiradores. Ele teria ligação com o PCC, segundo a polícia.

A família chegava em casa, no Paraguai, quando foram abordados por homens armados. Michel tentou fugir, mas ao ser atingido, perdeu o controle do carro. Ele e a esposa foram socorridos, mas ele morreu em direção ao hospital e a criança, no local dos tiros. A mulher sobreviveu.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Depois de retomar, na segunda-feira (30), as relações diplomáticas com a Argentina, o presidente da República, Jair Bolsonaro, vai se encontrar nesta terça-feira (1º) com o chefe de Estado do Paraguai, Mario Abdo Benítez. O encontro ocorre em Foz do Iguaçu, no Paraná, durante visita às obras da Ponte da Integração Brasil-Paraguai.

A ponte entre os dois países é uma obra do governo federal, com gestão do governo do Paraná e recursos da Itaipu Binacional.

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O diretor-geral brasileiro da usina de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna, e o governador do Estado, Ratinho Junior (PSD), também devem participar do encontro.

A partir de 12 horas, os dois presidentes terão uma reunião de trabalho e, em seguida, farão uma declaração conjunta à imprensa.

Bolsonaro deve retornar à Brasília ainda nesta terça, com previsão de chegada por volta das 18 horas.

A seleção argentina perdeu os 100% de aproveitamento nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo do Catar ao empatar com o Paraguai por 1 a 1 nesta quinta-feira (12), em La Bombonera, em Buenos Aires. Os paraguaios abriram o placar com Angel Romero, de pênalti, e González marcou o gol de empate. Na etapa final, Messi balançou as redes, mas o árbitro brasileiro Raphael Claus anulou o lance por enxergar falta no início da jogada, e os visitantes conseguiram segurar o resultado.

Com o resultado, a Argentina soma, agora, sete pontos, e pulou para a liderança da competição. No entanto, pode ser ultrapassado pelo Brasil, única seleção capaz de seguir com 100% de aproveitamento, e também pela Colômbia, que também entra em campo na sexta-feira (13). O time paraguaio aparece na quarta colocação, com cinco pontos. As duas equipes seguem invictas no torneio.

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O próximo compromisso da seleção paraguaia será contra a Bolívia, em Assunção, às 20 horas (de Brasília) da próxima terça-feira (17). No mesmo dia, a Argentina visita o Peru, em Lima, às 21h30, no encerramento da quarta rodada das Eliminatórias.

O primeiro tempo pode ser dividido em duas partes diferentes. No início, o Paraguai aproveitou a demora da Argentina em encaixar seu jogo e foi para cima. Giménez chegou perto de abrir o marcador em chute de fora da área, mas foi Ángel Romero que balançou as redes.

O atacante, ex-Corinthians, cobrou penalidade com frieza e inaugurou o placar em Buenos Aires. No lance que originou a penalidade, Almirón fez linda jogada individual pela esquerda, tentou o drible entre as pernas de Martínez Quarta, e foi derrubado dentro da área.

O cenário mudou rapidamente. Antes acuado, o time anfitrião deslanchou a partir do momento em que o meio de campo passou a funcionar e encurralou o adversário, que ficou à espera de um contra-ataque que não veio. Aos 31, de Paul arriscou de fora da área e levou perigo. Aos 42, o gol argentino, enfim, saiu. Após escanteio da esquerda cobrado por Lo Celso, Nicolás González cabeceou com força e deixou tudo igual.

O jogo ganhou em qualidade e emoção no segundo tempo, principalmente pela evolução da Argentina, que passou a comandar as ações, com maior volume de jogo. A melhora se deu muito em função da atuação de Lionel Messi. A fim de jogo, o craque "acordou" e resolveu chamar a responsabilidade. A entrada de Di María também contribuiu.

Com os dois, o meio de campo se tornou mais criativo e os argentinos levaram mais perigo ao gol de Antony Silva. Em uma das oportunidades, Di María cruzou para Lautaro Martínez, que cabeceou nas mãos do goleiro. Na sequência, o atacante girou e finalizou de esquerda, novamente em cima do arqueiro.

De tanto insistir, o time do técnico Lionel Scaloni furou o competente bloqueio defensivo paraguaio e conseguiu balançar as redes com Messi. O camisa 10 recebeu na área de Lo Celso e chegou batendo de primeira, para marcar um lindo gol. O tento, porém, foi anulado pelo árbitro brasileiro Raphael Claus, que, após ir ao monitor, entendeu que houve falta na origem do lance, para a frustração do craque do Barcelona.

Messi continuou ligado e insistindo. Irritado, ele ficou isolado em alguns momentos, e também se mostrou ansioso, o que dificultou a conclusão das jogadas. O meia chegou perto de marcar em cobrança de falta em que buscou o ângulo direito, mas viu o goleiro Antony Silva defender. A bola ainda bateu no travessão na sequência.

No fim, com uma sólida zaga, formada por Gustavo Gómez e Balbuena, e ótima atuação de seu goleiro, a seleção paraguaia conseguiu segurar os argentinos fora de casa.

Após a soltura na última segunda-feira (24), o ex-jogador Ronaldinho Gaúcho e o irmão Assis pagaram uma multa equivalente a R$ 1,1 milhão como ‘reparação social’ ao Paraguai. Uma parte desse valor, aproximadamente R$ 167 mil, será destinada à campanha #TodosSomosBianca, pelo tratamento de Bianca Patiño Maiz, uma paraguaia de um ano e sete meses que sofre de atrofia muscular espinhal (AME). O caso da menina é conhecido por todo o país.

A campanha foi iniciada nas redes sociais em dezembro do ano passado, pela família da menina, que se viu sem condições de arcar com o tratamento. O medicamento Zolgensma, lançado também no ano passado pela farmacêutica Novartis, promete curar a AME em crianças de até dois anos, mas o tratamento com o remédio é caro e custa cerca de R$ 11,7 milhões.

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Através do Instagram, a mãe de Bianca desabafou: “Quando soubemos que Bianca possivelmente sofria de uma doença tão grave como a AME, nos passou muitas coisas pela cabeça. Um mês antes daquele possível diagnóstico, pudemos custear o diagnóstico, que deu positivo para a AME. Nos perguntamos tantas coisas. Por que ela? [...] Mas pedimos orações. Há esperança”.

A AME é uma condição rara, que afeta a capacidade motora e impede o paciente de comer e respirar com qualidade. Bianca se encaixa do tipo 1 da doença degenerativa, considerada a mais perigosa, pois pode levar à morte. 

Com a campanha, a família conseguiu chamar a atenção da população, de influenciadores digitais e de celebridades, que têm se unido para ajudar a bater a meta das arrecadações. Como o medicamento faz efeito só em crianças até dois anos, a preocupação principal é conseguir arrecadar o valor total do tratamento antes de Bianca chegar à idade limite, em dezembro deste ano. Com as rifas e metas diárias, eles conseguiram o equivalente a US$ 655 mil. Foi assim que conheceram Ronaldinho, em março.

Ronaldinho Gaúcho e Roberto Assis estavam presos há cinco meses, por uso de identidade e passaporte paraguaios falsos. O restante da fiança foi destinado ao combate da Covid-19.

 

De volta ao Brasil nesta semana depois de ficar quase seis meses preso em Assunção, no Paraguai, por uso de passaportes falsificados, ao lado do irmão e empresário Roberto de Assis, Ronaldinho Gaúcho falou sobre o momento que passou e divulgou em sua página no Facebook um teaser de um filme autobiográfico sobre a sua carreira no futebol, ainda sem data para estreia.

"Uma fase difícil chega ao fim, graças a Deus. Não tenho palavras para agradecer todo o carinho e apoio que recebi nesses últimos meses, você estão sempre no meu coração. Aproveitando esse momento de felicidade quero compartilhar com vocês o teaser do filme que conta minha história, que muito dela se deve ao apoio de vocês. Espero que vocês gostem e em breve estará aí para vocês assistirem", escreveu.

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O filme contará a trajetória de Ronaldinho Gaúcho desde os tempos em que surgiu na base do Grêmio até brilhar na Europa vestindo a camisa, em especial, do Barcelona. O craque voltou ao Brasil e atuou no Flamengo, mas foi pelo Atlético-MG que ele conquistou o inédito título da Copa Libertadores de 2013, além da Recopa Sul-Americana, em 2014.

Ronaldinho Gaúcho desembarcou no Brasil na última terça-feira (25) ao lado de Assis, depois de receberem autorização judicial da Justiça do Paraguai para deixarem ao país após entrarem em acordo com o Ministério Público. A investigação concluiu que o ex-jogador não tinha conhecimento de que estava usando documentações falsificadas, mas seu irmão tinha. Por isso, ambos foram condenados e irão pagar uma multa de R$ 1,1 milhão.

Os dois ficaram presos no Paraguai por cinco meses e 20 dias. Permaneceram detidos em um presídio de segurança máxima em Assunção durante um mês. Depois, a dupla ganhou o direito de regime domiciliar e foi para um hotel quatro estrelas na capital paraguaia. Eles foram soltos na segunda-feira passada, após acordo na Justiça. Os irmãos comunicaram às autoridades locais que fixarão residência no Rio de Janeiro.

Após ficar quase seis meses preso no Paraguai, o ex-jogador Ronaldinho Gaúcho desembarcou no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, na tarde desta terça-feira. Ele cruzou o saguão de desembarque protegido por seguranças e não deu declarações.

Algumas pessoas seguiram o astro e disseram palavras de apoio ao ex-jogador. Detido junto com o irmão e empresário Roberto de Assis Moreira ao tentar entrar no país vizinho com documento falso, Ronaldinho foi bem recebido pelos fãs no retorno ao Brasil. Um deles afirmou que "seu lugar é aqui, não no Paraguai".

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Ronaldinho e o irmão Roberto Assis Moreira foram liberados da prisão domiciliar a que estavam submetidos no Paraguai na segunda-feira. Ao todo, eles ficaram 171 dias presos em Assunção, desde 6 de março, dois dias após entraram no Paraguai com passaportes falsos.

A soltura foi possível porque Ronaldinho e seu irmão aceitaram a proposta do Ministério Público para que fossem colocados em liberdade. Eles irão pagar uma multa de US$ 200 mil (R$ 1,12 milhão), que será descontada da fiança paga quando foram colocados em prisão domiciliar. E Assis terá de comparecer a cada quatro meses perante a um juiz brasileiro durante o período da pena suspensa.

Ronaldinho havia desembarcado em Assunção ao lado do irmão no dia 4 de março para participar da inauguração de um cassino e uma ação social que utilizava a sua imagem. Esse projeto era liderado pela empresária Dália López, que chegou a recepcioná-los no aeroporto e agora está foragida da Justiça.

Na noite do dia da chegada de ambos ao país, a polícia do Paraguai foi ao quarto do hotel onde eles estavam para investigar a acusação de que portavam documentos falsos. Ele prestaram depoimentos no dia seguinte e chegaram a admitir terem cometido um crime. Inicialmente, seriam liberados da acusação e voltariam ao Brasil, mas uma reviravolta judicial os levou para a prisão no dia 6.

Ronaldinho Gaúcho e Roberto Assis Moreira, seu irmão, estão livres. Nesta segunda-feira, a Justiça do Paraguai soltou os dois ex-jogadores, que estavam detidos há mais de cinco meses, embora eles tenham sido culpados. Assim, agora eles poderão retornar ao Brasil. Os irmãos eram acusados pela utilização de passaportes falsos para entrarem no país em março. Eles foram condenados, com pena suspensa de dois anos para Assis e de um para Ronaldinho.

A soltura foi possível porque Ronaldinho e seu irmão aceitaram a proposta do Ministério Público para que fossem colocados em liberdade. Eles irão pagar uma multa de US$ 200 mil (R$ 1,12 milhão), que será descontada da fiança paga quando foram colocados em prisão domiciliar. E Assis terá de comparecer a cada quatro meses perante a um juiz brasileiro durante o período da pena suspensa. O juiz de garantias Gustavo Amarilla Arnica aceitou o acordo feito entre as partes e colocou os irmãos em liberdade, com a pena suspensa.

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Na audiência desta segunda, realizada no Palácio da Justiça, em Assunção, o Ministério Público do Paraguai apontou que Assis e Ronaldinho tiveram atuações diferentes no caso. De acordo com a promotoria, o irmão do ex-jogador do Barcelona foi o responsável pelo fornecimento das fotos para a produção de documentos falsos, enquanto Ronaldinho não teria conhecimento desse ato. Por isso, a multa que Assis pagará - US$ 110 mil (R$ 616 mil) - é maior do que a do irmão - US$ 90 mil (R$ 504 mil). Do valor pago pelo pentacampeão mundial, US$ 60 mil vão para um hospital e outros US$ 30 mil para a campanha solidária "Todos somos Bianca"

Ronaldinho desembarcou em Assunção ao lado do irmão em 4 de março para participar da inauguração de um cassino e uma ação social que utilizava a sua imagem. Esse projeto era liderado pela empresária Dália López, que chegou a recepcioná-los no aeroporto e agora está foragida da Justiça.

Na noite do dia da chegada de ambos ao país, a polícia do Paraguai foi ao quarto do hotel onde eles estavam, para investigar a acusação de que portavam documentos falsos. Ele prestaram depoimentos no dia seguinte e chegaram a admitir terem cometido um crime. Inicialmente, seriam liberados da acusação e voltariam ao Brasil, mas uma reviravolta judicial os levou para a prisão no dia 6.

Os dois, então, foram detidos e ficarem por cerca de um mês em um presídio de segurança máxima no Paraguai. Em abril, a Justiça aceitou a transferência para o regime domiciliar, em um hotel de Assunção, após o pagamento de uma fiança de US$ 1,6 milhão (o equivalente a cerca de R$ 8,5 milhões), que será devolvida com o fim do processo, exceto os US$ 200 mil do acordo firmado nesta segunda. No último dia 7, os promotores pediram ao juiz a suspensão condicional do procedimento para que o ídolo do Barcelona e seu irmão pudessem retornar ao Brasil, desde que aceitassem o acordo proposto e aceitassem a pena suspensa de dois anos.

Os promotores investigavam ainda suposta relação de Ronaldinho e do irmão com uma organização criminosa especializada em falsificação de documentos e lavagem de dinheiro. Desde o início das investigações, a defesa dos ex-atletas brasileiros alega que os dois foram enganados e não sabiam que os passaportes tinham sido adulterados.

O caso envolvendo o ex-jogador brasileiro virou um escândalo no Paraguai e atingiu vários funcionários da Diretoria de Migração e do Departamento de Identificação, que emitem passaportes e documentos de identidade, além de fiscais do Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, onde eles desembarcaram. Dezoito pessoas foram detidas por envolvimento no caso.

Em março, a Justiça havia determinado que Ronaldinho e o irmão precisavam permanecer detidos durante a investigação. O inquérito poderia durar até seis meses para ser concluído, de acordo com as leis paraguaias. Agora, porém, eles estão livres para retornarem ao Brasil.

O futuro do ex-jogador Ronaldinho Gaúcho e seu irmão e empresário Roberto de Assis Moreira, presos em Assunção há cinco meses, será definido nesta segunda-feira (24). A Justiça do Paraguai marcou para essa data, às 14 horas locais (15 horas de Brasília), uma audiência que vai julgar o caso dos dois ex-atletas brasileiros. Nela, um juiz analisará se concederá a ambos a liberdade de retornar ao Brasil.

Ronaldinho Gaúcho e Assis são acusados de usarem passaportes falsos para entrar no Paraguai. Os dois foram presos em 6 de março e ficarem por cerca de um mês em um presídio de segurança máxima no país. Em abril, a Justiça do Paraguai aceitou a transferência para prisão domiciliar, em um hotel de Assunção, após fiança de US$ 1,6 milhão (o equivalente a cerca de R$ 8,5 milhões).

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No último dia 7, os promotores pediram ao juiz a suspensão condicional do procedimento para que o ídolo do Barcelona e seu irmão possam retornar ao seu país. Com a audiência preliminar "termina basicamente uma das etapas do processo... é onde se analisa o requerimento conclusivo do Ministério Público e se cede a palavra à defesa", explicou o juiz Gustavo Amarilla à rádio paraguaia Primero de Marzo.

O magistrado disse que na audiência, que será presencial e será realizada na sede do Poder Judiciário do Paraguai, perguntará aos acusados se estão de acordo com a proposta apresentada pelo Ministério Público.

Os promotores investigavam ainda suposta participação de Ronaldinho Gaúcho e o irmão em uma organização criminosa especializada em falsificação de documentos e lavagem de dinheiro no país sul-americano. Desde o início das investigações, a defesa dos ex-atletas brasileiros alega que os dois foram enganados e não sabiam que os passaportes tinham sido adulterados.

O caso envolvendo o ex-jogador brasileiro virou um escândalo no Paraguai e atingiu vários funcionários da Diretoria de Migração e do Departamento de Identificação, que emitem passaportes e cartões de identidade, além de fiscais do Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção. Dezoito pessoas foram detidas por envolvimento no caso.

Em março, a Justiça havia determinado que Ronaldinho Gaúcho e o irmão precisavam permanecer detidos durante a investigação. O inquérito poderia durar até seis meses para ser concluído, de acordo com as leis paraguaias.

O futuro do ex-jogador Ronaldinho Gaúcho e seu irmão e empresário Roberto de Assis Moreira, presos em Assunção há cinco meses, será definido no próximo dia 24. A Justiça do Paraguai marcou na noite de segunda-feira (10) para essa data uma audiência que vai julgar o caso dos dois ex-atletas brasileiros. Nela, um juiz analisará se concederá a ambos a liberdade de retornar ao Brasil.

Ronaldinho Gaúcho e Assis são acusados de usarem passaportes falsos para entrar no Paraguai. Os dois foram presos em 6 de março e ficarem por cerca de um mês em um presídio de segurança máxima no país. Em abril, a Justiça do Paraguai aceitou a transferência para prisão domiciliar, em um hotel de Assunção, após fiança de US$ 1,6 milhão (o equivalente a cerca de R$ 8,5 milhões).

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Na última sexta-feira, os promotores pediram ao juiz a suspensão condicional do procedimento para que o ídolo do Barcelona e seu irmão possam retornar ao seu país. Com a audiência preliminar "termina basicamente uma das etapas do processo... é onde se analisa o requerimento conclusivo do Ministério Público e se cede a palavra à defesa", explicou o juiz Gustavo Amarilla à rádio paraguaia Primero de Marzo.

O magistrado disse que na audiência, que será presencial e será realizada na sede do Poder Judiciário do Paraguai, perguntará aos acusados se estão de acordo com a proposta apresentada pelo Ministério Público.

Os promotores investigavam ainda suposta participação de Ronaldinho Gaúcho e o irmão em uma organização criminosa especializada em falsificação de documentos e lavagem de dinheiro no país sul-americano. Desde o início das investigações, a defesa dos ex-atletas brasileiros alega que os dois foram enganados e não sabiam que os passaportes tinham sido adulterados.

O caso envolvendo o ex-jogador brasileiro virou um escândalo no Paraguai e atingiu vários funcionários da Diretoria de Migração e do Departamento de Identificação, que emitem passaportes e cartões de identidade, além de fiscais do Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção. Dezoito pessoas foram detidas por envolvimento no caso.

Em março, a Justiça havia determinado que Ronaldinho Gaúcho e o irmão precisavam permanecer detidos durante a investigação. O inquérito poderia durar até seis meses para ser concluído, de acordo com as leis paraguaias.

O ex-jogador de futebol brasileiro Ronaldinho Gaúcho, em prisão domiciliar no Paraguai, poderia deixar o país na próxima semana depois da decisão da promotoria de suspender as investigações contra ele por uso de passaporte paraguaio com conteúdo falso, informaram fontes judiciais à AFP nesta sexta-feira (7).

Uma junta de quatro promotores paraguaios recomendou ao juiz encarregado do caso a "suspensão condicional de prova" com a condição de que pague a quantia de 90.000 dólares para reparar os danos causados, antes do estabelecimento de domicílio no Brasil e comparecimento perante um juizado do país a cada três meses no período de um ano.

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O magistrado à frente do caso, Gustavo Amarilla, disse à imprensa local que examinará na segunda-feira o relatório do promotor antes de convocar Ronaldinho e seu irmão, Roberto de Assis Moreira, para impor-lhes as penas.

Os dois completaram nesta sexta-feira cinco meses de prisão, quatro em reclusão domiciliar em um hotel de quatro estrelas no centro de Assunção.

O ex-craque do Grêmio, Barcelona, Paris Saint Germain e Milan, entre outros clubes, se recusou a falar com a imprensa, mas falou uma única vez com jornalistas do jornal local ABC.

"Não se detectou nenhum elemento que comprove que Ronaldo de Assis Moreira tenha tido participação direta no planejamento para a obtenção de documentos irregulares, o que não o exime de responsabilidade", sugere o informe da promotoria.

A expectativa da pena de privação de liberdade para o pentacampeão do mundo é de dois anos e recomenda-se que seja submetido a um período de testes de um ano "para dar satisfação sobre o delito cometido".

O petitório se estende a Roberto de Assis Moreira, a quem se atribui a responsabilidade na obtenção dos passaportes utilizados em sua entrada em Assunção em 4 de março.

Ronaldinho foi ao Paraguai atender a uma agenda com uma fundação de assistência a crianças pobres do interior do país e inaugurar um cassino administrado por um empresário brasileiro.

O governo do Paraguai recuou e autorizou nesta quarta-feira (29) a volta parcial da atividade comercial em Ciudad del Este, na tríplice fronteira com o Brasil e a Argentina, após uma noite de distúrbios em razão do anúncio do retorno à fase mais restritiva do confinamento por causa da pandemia do novo coronavírus.

"O maior número de comércios e negócios poderá abrir com algumas exceções, o que nos permitirá ter a possibilidade de os trabalhadores levarem seu sustento para casa", anunciou ontem o governador da região fronteiriça, Roberto González, em entrevista coletiva.

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No entanto, "haverá um fechamento total e firme da fronteira, exceto para casos humanitários", afirmou o ministro do Interior paraguaio, Euclides Acevedo. As lojas funcionarão das 5 horas às 17 horas.

Manifestações espontâneas motivadas pelo anúncio das autoridades de saúde de voltar à fase inicial da quarentena em Ciudad del Este deixaram, na quarta-feira, cerca de 20 feridos, entre eles 5 militares que monitoravam a Ponte da Amizade, que liga o Paraguai ao Brasil sobre o Rio Paraná. Pelo menos 60 pessoas foram presas durante os violentos protestos, que incluíram saques de comida e eletrônicos e veículos incendiados.

O ministro da Saúde, Julio Mazzoleni, alertou que a região fronteiriça com o Brasil "é uma área de circulação sustentada do vírus" e ressaltou que 40% dos casos no Paraguai correspondem a Ciudad del Este, onde os leitos de UTI estão praticamente lotados.

Até a quarta-feira, o Paraguai tinha 4.866 casos e 46 mortos pela doença. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS) As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A pedido do governo paraguaio, a Polícia Federal (PF) extraditou, hoje (17), o libanês Assad Ahmad Barakat. Preso em 2018, em Foz do Iguaçu (PR), pelo crime de falsidade ideológica, Barakat estava detido na Superintendência Regional da PF, em Curitiba, desde setembro de 2019.

A extradição de Barakat para o Paraguai foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 4 de junho deste ano. De acordo com a defesa do réu, pelas regras do Mercosul, o prazo para que a medida fosse executada expirou há duas semanas.

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“Vamos tentar anular a extradição dele, pedindo para que ele seja colocado em liberdade. Porque, segundo a legislação do Mercosul, o prazo para que ele fosse extraditado é de 30 dias a partir do trânsito em julgado, da decisão do STF permitindo a extradição”, disse o advogado Jaimir Reinaldo Rezner, que defende Barakat, à Agência Brasil.

Em setembro de 2018, a prisão preventiva de Barakat foi noticiada nos sites do Ministério da Justiça e Segurança Pública e da PF. Com autorização do STF, ele foi detido em Foz do Iguaçu, na fronteira com o Paraguai, menos de um mês após a justiça do país vizinho decretar sua prisão pelo crime de falsidade ideológica e um alerta internacional ser emitido.

Na ocasião, a PF informou que, segundo a Unidade de Informação Financeira (UIF) da Argentina, membros do chamado Clã Barakat lavavam dinheiro em cassinos de Puerto Iguazu. O Ministério da Justiça acrescentou que o libanês é apontado pelo governo dos Estados Unidos como um financiador do grupo terrorista Hezbollah – em julho de 2018, o governo argentino bloqueou bens patrimoniais de membros da família Barakat, estabelecida na região da Tríplice Fronteira (Argentina, Brasil e Paraguai), por suposta ligação com o financiamento do terrorismo.

Segundo o advogado de Assad Barakat, a prisão de seu cliente, em 2018, não tem nenhuma relação com as demais suspeitas. “A acusação contra ele é de uso de documento falso; documentos paraguaios. E ele não foi preso. Ele se apresentou [a PF] ao saber que o Paraguai estava pedindo a extradição dele. Esta acusação de possíveis ligações com o Hezbollah é de um outro processo que ele já respondeu e pelo qual ficou sete anos detido. Não há, atualmente, nenhuma acusação contra ele em relação a suspeitas de ligações terroristas“, disse Rezner, acrescentando que seu cliente é naturalizado brasileiro, tem família e mora no país há cerca de 30 anos – fato que o próprio advogado reconhece que o STF decidiu não ser um impeditivo para a extradição.

“Neste processo da transferência [extradição], a única acusação que pesa contra ele é o uso de documentos falsos. Ele ainda não foi julgado. E caso seja condenado, a pena máxima [por este crime], no Paraguai, é de três anos – dos quais ele já cumpriu quase dois”, acrescentou o advogado. “Estou entrando com recurso, pedindo para que ele volte para cá e seja colocado em liberdade.”

 

Autoridades paraguaias identificaram, no país, uma “nuvem” de gafanhotos semelhante a que, no fim de junho, se formou na Argentina e chegou próxima às fronteiras com o Brasil, motivando o governo brasileiro a, na ocasião, declarar estado de emergência fitossanitária no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Embora não representem um risco direto para os seres humanos, estes ortópteros saltadores podem, em grupo, causar grandes prejuízos econômicos, devorando plantações em questões de horas.

Segundo o Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Vegetal e de Sementes (Senave) do Paraguai, até a tarde de ontem (15), milhares de gafanhotos da espécie schistocerca cancellata, (também chamada de gafanhoto migratório sul-americano) se encontravam próximos ao Parque Nacional Defensores del Chaco, no estado de Boqueirão, a cerca de 300 quilômetros (km) das fronteiras com o Brasil e a Argentina.

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A possibilidade dos gafanhotos se deslocarem para outras regiões colocou não só os técnicos do Senave paraguaio “em vigilância permanente”, mas também motivou o Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (Senasa) da Argentina a reforçar o pedido para que produtores rurais e a população em geral alertem às autoridades sanitárias locais caso avistem os animais.

No Brasil, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento confirmou ter recebido dos técnicos paraguaios informações sobre a segunda nuvem de gafanhotos. A pasta informou que está monitorando a situação, mas que, no momento, não há como prever o comportamento dos animais, pois isto depende de uma série de fatores climáticos.

“No momento, as condições meteorológicas não são favoráveis à sua entrada no Brasil e, por isso, ainda não é necessário estabelecer uma emergência fitossanitária para essa nuvem”, sustenta o ministério, revelando que ocorrências do tipo já vem sendo monitoradas por especialistas de diversos países sul-americanos desde 2015. Além disso, desde o dia 23 de junho, quando foi emitido o alerta em decorrência da primeira nuvem, também os estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná estão mobilizados para, se necessário, adotar as medidas de controle cabíveis.

Explosão demográfica

Conforme a Agência Brasil noticiou no dia 25 de junho, embora o surgimento de nuvens de gafanhotos tenha voltado a ganhar destaque quando a situação na Argentina ameaçava transpor as fronteiras do Brasil e do Uruguai, o fenômeno é antigo na região.

Segundo o Senasa, há muito tempo os argentinos convivem com um espantoso número de gafanhotos migratórios sul-americanos. Durante a primeira metade do século XX, a espécie “foi a praga mais prejudicial” para o setor agropecuário do país, “causando significativas perdas econômicas em cultivos e campos naturais de amplas regiões” do país.

Mesmo com este histórico, em 2017, especialistas se surpreenderam com o que classificaram como uma nova “explosão demográfica dos gafanhotos”. O que motivou a aprovação do Protocolo Interinstitucional de Gestão de Informações - o que não impediu que, dois anos depois, a Argentina tivesse que decretar emergência regional frente aos milhares de insetos provenientes do Paraguai.

Ontem, a Senasa informou que continua acompanhando milhares de animais que faziam parte da nuvem que se formou em junho e que, agora, estão agrupados próximos à cidade de Curuzú Cuatiá,  a cerca de 100 km de Uruguaina (RS). De acordo com o órgão, os gafanhotos estão em uma área de difícil acesso e, nos últimos dias, têm se deslocado pouco, devido às baixas temperaturas.

Preso desde o dia 6 de março acusado de usar passaporte falso para entrar no Paraguai, Ronaldinho Gaúcho tem acumulado sucessivas derrotas na Justiça do país vizinho. O último revés foi sofrido na semana passada, após a Quarta Corte de Apelação de Assunção rejeitar recurso de seus advogados, que questionam a maneira como o processo vem sendo conduzido.

"O recurso, de decisão não unânime, não tinha como objeto o mérito. Não discutia os fatos. O recurso tinha como objeto a questão processual e, diante da decisão, será interposto novo recurso", disse ao Estadão Sérgio Queiroz, advogado de Ronaldinho Gaúcho.

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Até o momento, a única vitória do ex-jogador nos tribunais paraguaios foi em abril, quando ele conseguiu deixar a cadeia e ir para a prisão domiciliar, em um hotel de Assunção. Mas antes a Justiça já havia negado duas vezes o pedido e só aceitou após fiança de US$ 1,6 milhão (aproximadamente R$ 8,5 milhões) paga por Ronaldinho Gaúcho e seu irmão, Assis, que foi preso junto com ele.

Antes de ir para o hotel, Ronaldinho Gaúcho estava em um centro de detenção da polícia que abriga políticos processados por corrupção e presos por narcotráfico. Mesmo no presídio considerado de segurança máxima, o ex-jogador e o irmão mantinham contato com familiares no Brasil, inclusive por videochamadas.

O ex-jogador e seu irmão estão proibidos de deixar o Paraguai acusados de "uso de documentos públicos com conteúdo falso". A pena para esse tipo de delito no país vizinho prevê até cinco anos de prisão. Os promotores investigam ainda suposta participação de Ronaldinho Gaúcho e o irmão em uma organização criminosa especializada em falsificação de documentos e lavagem de dinheiro.

O caso virou um escândalo no Paraguai e atingiu vários funcionários da Diretoria de Migração e do Departamento de Identificação, que emitem passaportes e cartões de identidade, além de fiscais do Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção. Dezoito pessoas foram detidas por envolvimento no caso.

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