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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quinta-feira (16), que é preciso aprimorar a política de relação externa do Brasil, ressaltando o acordo com o Paraguai para a construção da Itaipu Binacional. Segundo ele, o Brasil tem que ter responsabilidade de que outros países cresçam juntos, para que possamos viver em um continente de paz e tranquilidade e evitar conflitos entre os povos.

Como o maior país da América do Sul, o presidente pontuou que o Brasil deve ser "humilde" e combinar crescimento econômico com o de seus parceiros, em um aceno ao fortalecimento das relações com os países vizinhos. Com isso, Lula reiterou o compromisso de fortalecer o Mercosul e a Unasul e se comprometeu a reconstruir a Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA). Em sua avaliação, o País se encontra mais maduro e consciente.

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"Acordo entre Paraguai e Brasil para construção e na administração é um acordo civilizatório, é como se fossem medidas as proporções da construção de uma União Europeia. Provamos que é possível fazer acordos binacionais; estabeleceu uma regulação que permite que os dois povos ganhem, que os dois países ganhem e que a gente possa efetivamente viver num mundo de tranquilidade", disse durante a posse do novo diretor-geral de Itaipu.

O presidente afirmou que o novo diretor-geral brasileiro, Enio Verri, assume a responsabilidade de que, em Itaipu, é representante do Brasil e, portanto, não deve colher os frutos apenas de olho na usina. "Precisa ajudar com que o governo tente resolver os problemas do povo brasileiro e Itaipu pode contribuir com um grão dessa área", disse, destacando a importância política da usina para Brasil e Paraguai.

Lula afirmou que hoje não seria possível construir o empreendimento como foi feito no começo de 1970, pontuando os avanços das questões climáticas na atualidade.

O presidente ainda mencionou a revisão do Anexo C do Tratado de Itaipu, que estabelece as bases financeiras e de prestação dos serviços de eletricidade da hidrelétrica. As negociações vão envolver os governos do Brasil e do Paraguai e, segundo a empresa, devem começar em agosto deste ano.

"Tenho certeza de que nós iremos fazer um tratado que leve muito em conta a realidade dos dois países e o respeito que o Brasil tem que ter por seu aliado, nosso querido Paraguai", disse Lula, citando que a usina deve contribuir com o desenvolvimento tanto do Brasil quanto do Paraguai.

Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile oficializaram nesta terça-feira a candidatura conjunta para sediar a Copa do Mundo de 2030, em evento realizado em Buenos Aires. O encontro contou com a presença e o apoio do presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez.

O lema da candidatura é "2030 Juntos" e tem como mote o centenário do primeiro Mundial da história, disputado na América do Sul, no Uruguai. "Sonhamos em voltar a ser sede da Copa no centenário. Todos os sul-americanos tem muita paixão, vivemos o futebol desta maneira", declarou o presidente da Associação de Futebol Argentino (AFA), Claudio Tapia.

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Ele afirmou que os quatro países estão em condições de receber o grande evento do futebol em 2030, quando a Copa já terá aumentado de tamanho, de 32 para 48 seleções - a estreia da versão estendida do Mundial acontecerá em 2026, com uma sede tripla, formada por Estados Unidos, México e Canadá.

"Sabemos que este é um compromisso muito grande e que devemos mostrar ao mundo que Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile estão à altura para serem sede do Mundial", reforçou o anfitrião Tapia, que indicou que deve ser a liderança do grupo dos quatro países nesta candidatura.

Durante o evento, o dirigente da AFA fez e recebeu elogios do presidente da Conmebol, principalmente por ter reerguido a seleção argentina, campeã da Copa do Mundo do Catar, em dezembro.

"Quero agradecer ao presidente Alejandro Domínguez. Diante de uma pandemia, ele tomou decisões importantes. Por isso, eu reconheço seu trabalho e agradeço por sua valentia e por ter acompanhado nossa seleção", declarou Tapia.

O presidente da Conmebol retribuiu os elogios. "Não há organização que funcione sem uma liderança. E a partir de Claudio Tapia, toda a delegação argentina conquistou algo que não estava conquistando. Que o resto do mundo se sinta argentino", disse Domínguez, que disse indicar o dirigente argentino a um prêmio do Conselho da Conmebol.

GRUPO AMPLIADO?

Ausente no evento, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, sugeriu a inclusão de mais um país no grupo que tenta sediar a Copa de 2030. Na sua opinião, a Bolívia também poderia receber partidas do torneio, se a candidatura vencer a disputa.

"Nossa seleção trouxe a Copa do Mundo para o nosso continente e seria uma enorme alegria se, 100 anos depois, o Mundial voltasse para onde tudo começou: a América do Sul. Esta candidatura é de todo o continente. Por isso, eu gostaria de propor que nosso país vizinho, a Bolívia, seja parte deste sonho", declarou o presidente, pelas redes sociais.

Até o momento, o grupo sul-americano tem apenas um rival para tentar sediar a Copa. Trata-se da candidatura conjunta de Espanha, Portugal e Ucrânia, este acrescentado recentemente no grupo. Novos candidatos ainda poderão aparecer nos próximos meses. A escolha acontecerá somente em 2024, no 74º Congresso da Fifa, em data ainda não definida.

O Corinthians oficializou, nesta quinta-feira (15), a contratação do atacante Ángel Romero até o final de 2024. A volta do paraguaio já era dada como certa nos bastidores do clube.

O atleta defendeu o Timão por cinco anos, de 2014 a 2019, período em que conquistou quatro títulos – Brasileiro (2015 e 2017) e Paulista (2017 e 2018). É também o estrangeiro com mais jogos pelo clube (222 partidas) e o segundo maior artilheiro da Neo Quimica Arena com 27 gols.

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Romero já treina com o elenco e iniciou a pré-temporada com avaliações e testes físicos visando o calendário de 2023.

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A Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Pernambuco apreendeu, na segunda-feira (28), 275 mil maços de cigarro contrabandeados do Paraguai. Na ação, o motorista de um caminhão que transportava a carga foi preso ao cruzar a BR-232, em Serra Talhada, no Sertão do estado, durante uma abordagem de rotina. A mercadoria foi avaliada em cerca de R$ 960 mil e teria saído de Guarulhos, em São Paulo, com destino ao Recife.

Segundo a PRF, o comportamento do motorista indicou a existência de alguma irregularidade. Os agentes notaram um pacote avulso de cigarro importado entre as outras mercadorias, além de terem percebido contradição na fala do homem preso, que não foi consistente ao indicar o trajeto realizado pelo veículo. O caminhão também indica registro pelo Mercosul.

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Ao verificarem o compartimento de carga do veículo, os policiais confirmaram a suspeita. Quando a equipe examinou o fundo do semirreboque, foram encontradas 550 caixas do produto. O motorista informou que havia saído de São Paulo com destino a Fortaleza, capital do Ceará, mas ao chegar em Trevo do Ibó, no Sertão de Pernambuco, recebeu instruções de um funcionário da transportadora para mudar a rota e seguir em direção à capital pernambucana.

O homem foi encaminhado junto com o caminhão e a carga à Delegacia de Polícia Federal de Salgueiro. Ele poderá responder por contrabando, que prevê pena de dois a cinco anos de reclusão.

 

Nesta quarta-feira (17), a Polícia Federal (PF) prendeu um suspeito de integrar um esquema de tráfico internacional, em um resort em Porto de Galinhas, no Litoral Sul de Pernambuco. Conforme a investigação, a organização criminosa atuava desde 2020 e distribuía entorpecentes do Paraguai para cinco estados. 

O homem preso em Porto de Galinhas vai ser enviado para Curitiba, onde será interrogado e passará por audiência de custódia. Caso sua prisão preventiva seja  confirmada, ele será encaminhado ao sistema prisional do estado, onde ficará à disposição da Justiça Federal. 

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Um celular e um computador também foram apreendidos com o suspeito. O material será enviado para a perícia da Coordenação da Operação em Cascavel, no Paraná. 

De acordo com as investigações, o grupo utilizava ao menos quatro empresas de fachada, uma de lavagem de veículos, uma loja de roupas, um autocenter e uma loja de móveis, para emitir notas fiscais falsas de produtos naturais. As empresas eram registradas no nome de outros traficantes presos, informou a polícia.  

“A atividade envolvia, além das empresas a criação de logomarcas, uniformes e plotagem de veículos e embalagens para simular a efetiva remessa dos produtos naturais sem chamar atenção das transportadoras”, apontou a PF em nota.  

A organização fazia o translado das drogas do Paraguai através do lago Itaipu e as distribuía para os estados do Ceará, Espírito Santo, São Paulo e, principalmente, Rio Grande do Sul. “Para promover o transporte e o despacho da droga, os líderes do grupo cooptavam preferencialmente mulheres com filhos menores, visando garantir que a soltura em caso de prisão fosse mais rápida”, acrescentou.  

A operação foi deflagrada por meio de 14 mandados expedidos pela Justiça Federal, que ainda determinou a prisão preventiva de sete membros da organização. Também foi autorizado o sequestro de automóveis, imóveis e contas bancárias dos investigados e de laranjas.  

Os envolvidos devem responder por tráfico internacional de entorpecentes, organização criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas ultrapassam 30 anos de reclusão. 

Ao menos 35 presos ligados à facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC) renderam os guardas e fugiram da Penitenciária Regional de Misiones, no Paraguai, no fim da tarde deste domingo (7). O centro prisional fica a 330 quilômetros de Foz do Iguaçu, no Paraná, e a 480 de Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul, cidades da fronteira com o Brasil. A Polícia Nacional do Paraguai comunicou a fuga às secretarias de Segurança Pública dos dois Estados brasileiros.

Um grande efetivo foi mobilizado para um cerco aos fugitivos, mas até a manhã desta segunda-feira, 8, apenas 15 tinham sido recapturados, segundo o Ministério da Justiça. Um deles foi baleado, mas sobreviveu. O comandante das forças de busca, comissário Baldomero Benitez, pediu apoio aéreo após informar que uma parte dos fugitivos havia deixado a região de Misiones. Segundo ele, os foragidos já podem ter chegado às fronteiras do Brasil e da Argentina.

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Na manhã desta segunda-feira, o ministro da Justiça paraguaio, Édgar Olmedo, anunciou uma intervenção na penitenciária e o afastamento definitivo do diretor do centro de reclusão. Segundo ele, os presos foram recrutados como "soldados" pelo PCC. "Em sua maioria, são cidadãos paraguaios vinculados ao grupo criminoso brasileiro PCC, havendo entre eles alguns com função de hierarquia no braço paraguaio da facção", afirmou.

Conforme relatório divulgado pela administração prisional, no fim da tarde de domingo, os presos que estavam no pavilhão reservado a integrantes do PCC renderam os carcereiros, tomaram suas armas e os usaram como reféns para sair do pavilhão. Em seguida, eles pularam a muralha, usando cordas feitas com lençóis.

De acordo com o ministro, não está descartada a possível cumplicidade dos guardas com os fugitivos. O diretor do presídio estava suspenso do cargo depois que uma operação do ministério encontrou grande quantidade de armas e drogas em poder dos presos. Ainda segundo Olmedo, a fuga expõe toda a sociedade pois entre os fugitivos estão detentos de alta periculosidade, acusados de homicídios, assaltos e tráfico internacional de drogas.

Para Olmedo, o episódio reforça a influência que o PCC está conseguindo no sistema carcerário paraguaio. Segundo ele, a facção brasileira está ganhando "corpo e espaço" na sociedade paraguaia. Desde que a facção brasileira passou a agir no Paraguai, há cerca de dez anos, disputando as rotas de tráfico de drogas e armas com a facção carioca Comando Vermelho (CV) e grupos locais, o PCC passou a recrutar "soldados", sobretudo nos presídios.

Conforme dados oficiais, 1.060 integrantes do PCC estão espalhados por seis das dez penitenciárias paraguaias que, juntas, abrigam 16.200 presos. A penitenciária de Ciudad del Este, na fronteira com Foz do Iguaçu, tem o maior número de presos ligados à facção: 480. Já na penitenciária regional de Pedro Juan Caballero, vizinha à brasileira Ponta Porã, são 96 presos vinculados ao PCC.

Outra fuga

Em janeiro de 2020, ao menos 76 presos fugiram da penitenciária regional de Pedro Juan Caballero, por meio de um túnel cavado desde o interior das celas, até o lado externo, passando sob a muralha do presídio. A maioria dos fugitivos era ligada ao PCC, o que pôs em alerta as forças de segurança pública brasileiras. A investigação apontou que a fuga foi facilitada por carcereiros e funcionários do presídio.

José Luis Chilavert sempre chamou a atenção por ser um líder dentro de campo. Astro da seleção do Paraguai e campeão da Copa Libertadores com o Vélez Sarsfield, o ex-goleiro agora quer se destacar também na política. Ele anunciou em suas redes sociais que disputará a eleição para presidente de seu país em 2023.

Aos 56 anos, o ídolo paraguaio usou suas redes sociais para fazer o anúncio na noite desta quinta-feira. "Depois de refletir e sentir a responsabilidade de construir um Paraguai melhor, decidi formalizar minha candidatura à presidência para que nosso povo se sinta orgulhoso de ser paraguaio", escreveu.

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Curiosamente, o anúncio vem em momento que Chilavert briga com a Justiça após chamar o presidente da Conmebol, Alejandro Dominguez, de corrupto. As acusações foram realizadas também pelas redes sociais e o ex-goleiro foi condenado a um ano de prisão. Ele ainda recorre e diz pensar agora somente em comandar o Paraguai.

"Precisamos de um país com credibilidade para que nos respeitem e que os capitalistas venham investir aqui. Não há tempo para olhar para trás. Não há tempo a perder", completou o ex-goleiro.

As eleições no Paraguai estão marcadas para 30 de abril de 2023 e as redes sociais servirão para Chilavert divulgar todo o seu planejamento para o pleito. Ele promete uma campanha aberta e esclarecedora a seu povo, debatendo os principais problemas e ouvindo soluções sobre tudo.

Com o Brasil já assegurado na Copa do Mundo, o técnico Tite quer aproveitar a reta final das Eliminatórias Sul-Americanas para aprimorar o jogo coletivo e observar jogadores que ainda pleiteiam um lugar no Mundial. Nesta terça-feira (1), o compromisso pela 16ª rodada será o Paraguai, que tem remotas chances de ir ao Catar. A bola rola a partir das 21h30 (horário de Brasília) no Mineirão, em Belo Horizonte, com transmissão ao vivo da Rádio Nacional.

São seis novos titulares em relação à equipe que empatou por 1 a 1 com o Equador na última quinta-feira (27), na capital equatoriana Quito. Três por necessidade. O lateral Alex Sandro contraiu o novo coronavirus (covid-19), enquanto o zagueiro Éder Militão e o lateral Emerson Royal estão suspensos. No treino de segunda-feira (31), Tite escalou Daniel Alves e Alex Telles nas alas e Thiago Silva ao lado de Marquinhos na defesa.

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As demais alterações foram opções do treinador. Na meta, dando sequência ao revezamento que tem feito nas Eliminatórias, Tite terá Ederson no lugar de Alisson. No meio, os volantes Casemiro e Fred serão poupados, com o volante Fabinho e o meia Lucas Paquetá, de volta após cumprirem suspensão, compondo o setor ao lado do meia Phillipe Coutinho.

A escalação nesta terça terá: Ederson; Daniel Alves, Marquinhos, Thiago Silva e Alex Telles; Fabinho, Lucas Paquetá e Phillipe Coutinho; Matheus Cunha, Raphinha e Vinícius Júnior.

“De 2016 a 2018, não houve tempo [para testes]. Hoje, há esse tempo. Inclusive porque fizemos uma campanha [nas Eliminatórias] que nos permite fazer isso. Quer dizer que estamos desprezando o jogo ou o adversário? Absolutamente não. Excelência é hábito, tem de performar, vencer, ser sólido. Bola parada tem de ser boa. Mas ela [campanha] amplia um pouco mais a possibilidade de buscarmos opções entre os atletas jovens ou mais experientes”, argumentou Tite em entrevista coletiva na segunda.

Se o Brasil vai a campo classificado e liderando as Eliminatórias com 36 pontos, quatro a frente da Argentina, o Paraguai tem chances remotas de ir à Copa. Os paraguaios somam apenas 13 pontos e podem chegar aos mesmos 19 pontos do Uruguai, quinto colocado e que, neste momento, estaria na repescagem mundial. Além de vencer os três compromissos, a equipe dirigida pelo argentino Guillermo Barros Schelotto necessita que os uruguaios passem em branco nas próximas rodadas e que Colômbia e Chile não ganhem mais.

O zagueiro Gustavo Gómez, do Palmeiras, expulso na derrota por 1 a 0 para o Uruguai, na última quinta, será o principal desfalque da Albiroja (como é conhecida a seleção paraguaia). Sem o capitão, Fabián Balbuena, ex-Corinthians, deve formar dupla com Junior Alonso (que atuará em casa, já que defende o Atlético-MG). No meio-campo, Matías Rojas também está suspenso. O provável substituto será Mathías Villasanti, do Grêmio.

O Paraguai deve ir a campo com: Antony Silva; Robert Rojas, Fabián Balbuena, Junior Alonso e Santiago Arzamendia; Alan Benítez, Mathías Villasanti, Richard Sánchez e Miguel Almirón; Braian Samudio e Carlos González.

Depois do Brasil empatar por 1 a 1 com o Equador, mais uma partida movimentou as disputas da 15ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo do Catar 2022, na noite desta quinta-feira (28). Depois de três derrotas seguidas, o Uruguai se reabilitou ao vencer o Paraguai, fora de casa, no Estádio La Olla, em Assunção, por 1 a 0. Suárez, nos primeiros minutos do segundo tempo, marcou o gol da vitória celeste.

Com o triunfo fora de casa, o Uruguai voltou para a zona de classificação e agora soma 19 pontos ganhos. Já o Paraguai se complicou de vez e dificilmente irá à Copa do Mundo, afinal estacionou na nona colocação com 13.

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O primeiro tempo da partida disputada em Assunção foi bastante movimentada desde o seu primeiro minuto. Apesar do Paraguai ter começado fazendo pressão, foi o Uruguai que criou as melhores chances. Aos 14 minutos, depois de um escanteio cobrado na área, o novo zagueiro do Atlético-MG, Godín, cabeceou na trave.

No lance seguinte, em mais uma jogada de bola parada, foi a vez de Luis Suárez aparecer livre na pequena área e mandar no travessão. Já aos 23, o Uruguai teve mais uma oportunidade com o próprio camisa 9 pegando um rebote, mas desta vez parou no goleiro Silva. Por isso, o primeiro tempo terminou sem gols.

Na volta do intervalo, Luis Suárez voltou com tudo e logo aos quatro minutos do segundo tempo, conseguiu balançar as redes. Godín fez ótimo lançamento para o atacante, que invadiu a área e bateu na saída do goleiro, colocando a equipe Celeste em vantagem.

A partir daí, o ritmo da partida caiu um pouco e enquanto o Paraguai não tinha poder de reação, o Uruguai seguiu criando e quase fez o segundo aos 25. Suárez cruzou na área em busca de Cavani, mas o goleiro Silva se adiantou e espalmou para longe. No rebote, Oliveira chutou por cima do gol.

Nos minutos finais, o duelo seguiu agitado e os dois técnicos aproveitaram para fazer algumas mudanças em suas equipes. Enquanto, o Diego Alonso fechou o Uruguai na defesa para segurar a vitória, Guillermo Schelotto colocou o Paraguai em cima, mas mesmo assim o duelo terminou com a vitória celeste por 1 a 0.

As duas seleções voltam a campo na próxima semana para a disputa da 16ª rodada das Eliminatórias. Na terça-feira, o Uruguai recebe a Venezuela, no Estádio Centenário, às 20h. Um pouco mais tarde, às 21h30, o Paraguai visita o Brasil, no Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte.

Já há alguns dias trabalhando com o grupo do Sport, o volante paraguaio Blas Cáceres foi oficializado pelo clube nesta sexta-feira (14). O jogador de 32 anos chega com boa experiência internacional.

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Blas foi emprestado ao Sport até o fim da temporada pelo Libertad do Paraguai. A chegada dele tem o dedo do treinador Gustavo Florentín. Juntos, eles foram campeões em 2015 pelo Cerro Portenho e chegaram até a final da Sul-Americana.

No comunicado, o Sport revelou que a facilidade de jogar em várias posições foi externada por Florentín como um trunfo para ter o jogador no elenco. Ele pertence ao Libertad desde 2019.

O técnico Tite convocou, nesta quinta-feira (13), a Seleção Brasileira para os jogos contra Equador e Paraguai, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo FIFA Catar 2022. A lista foi anunciada pelo treinador em coletiva de imprensa no auditório da Casa do Futebol Brasileiro, no Rio de Janeiro.

Com Fabinho e Lucas Paquetá suspensos para a primeira partida, Tite convocou 26 atletas para os dois compromissos. Já classificada para a Copa do Mundo FIFA Catar 2022, a Seleção Brasileira enfrenta o Equador no dia 27 de janeiro, no Estádio Rodrigo Paz Delgado, em Quito, e o Paraguai no dia 1° de fevereiro, no Mineirão, em Belo Horizonte.

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As duas partidas marcam o início da agenda da Seleção Brasileira em 2022, ano de disputa da Copa do Mundo do Catar. A Seleção Brasileira se apresenta já no Equador para os treinamentos para o jogo contra o Equador. O chefe de delegação da Seleção Brasileira nesta Data FIFA será Rubens Angelotti, Presidente da Federação Catarinense de Futebol.

Confira a lista:

GOLEIROS

Alisson - Liverpool (ING)

Ederson - Manchester City (ING)

Weverton – Palmeiras

LATERAIS

Emerson Royal - Tottenham (ING)

Dani Alves - Barcelona (ESP)

Alex Sandro - Juventus (ITA)

Alex Telles - Manchester United (ING)

ZAGUEIROS

Marquinhos - Paris Saint Germain (FRA)

Gabriel Magalhães - Arsenal (ING)

Thiago Silva - Chelsea (ING)

Éder Militão - Real Madrid (ESP)

MEIAS

Casemiro - Real Madrid (ESP)

Fabinho - Liverpool (ING)

Fred - Manchester United (ING)

Gerson - Olympique Marseille (FRA)

Bruno Guimarães - Lyon (FRA)

Philippe Coutinho - Aston Villa (ING)

Lucas Paquetá - Lyon (FRA)

ATACANTES

Raphinha - Leeds United (ING)

Antony - Ajax (HOL)

Rodrygo - Real Madrid (ESP)

Everton Ribeiro – Flamengo

Gabriel Jesus - Manchester City (ING)

Gabi – Flamengo

Matheus Cunha - Atlético de Madrid (ESP)

Vinicius Jr. - Real Madrid (ESP)

No dia em que perdeu Ortega, o Náutico apresentou outro paraguaio, o volante Richard Franco, como novo reforço da equipe. A apresentação aconteceu no CT, nesta quarta-feira (12). O atleta falou sobre seu 2021, com poucos jogos, e prometeu chegar bem para a estreia no Pernambucano.

Richard está há cerca de 8 meses sem jogar. Ele contou que teve problemas com a direção do Sol de América, do Paraguai, e que, por isso, teve poucas chances. Ele, porém, ressaltou que, mesmo sem atuar, não descuidou da forma física. Na temporada passada ele fez apenas 9 jogos.

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“No ano passado aconteceu muita coisa entre diretoria, jogador, que é para esquecer, por isso eu joguei muito pouco. Agora estamos no presente. Estou no Náutico, que é minha casa. Agora é só trabalhar. Eu sou um jogador que trabalha muito. Apesar de não ter jogado muito lá, eu trabalhava muito individualmente. Estou trabalhando bem aqui para poder chegar bem no dia do jogo”, garantiu.

O paraguaio também falou sobre outros conterrâneos que passaram pelo Náutico (Como Ortigoza, Jiménez e Paiva) e contou que conhece a maioria deles: “Sei o que é vir de fora para jogar aqui, tem que dar um pouco  a mais para jogar e ser reconhecido. Vim aqui para fazer meu trabalho e dar o meu melhor”. 

Ele ainda aproveitou para falar sobre suas características e se colocou à disposição de Hélio dos Anjos: “Independente de onde eu jogar, me sinto bem. Sei jogar como um volante mais ofensivo e como um mais defensivo, que fica bem no meio. Já falei com o treinador. Vai depender de qual posição ele me colocar para jogar”.

A Conmebol divulgou nesta terça-feira as datas e horários das próximas duas rodadas das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo do Catar. Líder do torneio e classificada com antecedência ao Mundial, a seleção brasileira tem como próximos adversários Equador e Paraguai.

O Brasil abre a 15ª rodada diante dos equatorianos no dia 27 de janeiro, uma quinta-feira, às 18 horas (de Brasília). O duelo será disputado na altitude de Quito. Na rodada seguinte, a 16ª, o time de Tite encara os paraguaios dia 1º de fevereiro, terça-feira, às 21h30, no Mineirão, em Belo Horizonte.

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É possível que Tite não convoque atletas que atuam no futebol brasileiro para as próximas rodadas das Eliminatórias, repetindo o que fizera na Data Fifa anterior, em novembro. Na ocasião, o treinador evitou chamar jogadores de equipes nacionais para não atrapalhar os clubes que estavam envolvidos em decisões. Desta vez, o motivo pode ser a falta de ritmo dos atletas, que estão de férias e se reapresentam a seus clubes em janeiro.

A seleção brasileira lidera com folga as Eliminatórias. Tem 35 pontos, seis a mais que a Argentina, que também já se garantiu na Copa do Catar, em 2022, e ainda não perdeu na competição. Em 13 confrontos, o time de Tite ostenta 11 vitórias e empatou duas vezes.

Depois desses dois próximos compromissos, restarão mais duas partidas para o Brasil encerrar sua participação no torneio classificatório ao Mundial. Os adversários são Chile e Bolívia. Há também o duelo suspenso com os argentinos, que depende da decisão da Fifa para ser ou não realizado.

O presidente Jair Bolsonaro cancelou sua participação na cerimônia de lançamento da pedra fundamental da construção da terceira ponte para ligar Brasil e Paraguai, informou, nesta segunda-feira (13), o governo. O evento teve início pela manhã em Capitán Carmelo Peralta, no Paraguai, com a participação do presidente paraguaio, Mario Abdo Benítez.

De acordo com o Planalto, a agenda foi cancelada devido ao mau tempo em Bonito (MS). A equipe de Bolsonaro chegou a estudar um pouso em Campo Grande (MS) para posteriormente pegar um helicóptero para Carmelo Peralta, mas desistiu.

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A ponte sobre o Rio Paraguai para ligar Porto Murtinho (Mato Grosso do Sul) a Capitán Carmelo Peralta (Paraguai) é uma das principais obras da chamada Rota Bioceânica, uma grande obra de 2.396 quilômetros que pretende ligar os portos de Santos, no Oceano Atlântico, aos portos chilenos de Antofagasta e Iquique, no Oceano Pacífico.

Com custo de aproximadamente R$ 575 milhões financiado pela margem paraguaia da Itaipu Binacional, a ponte terá 625 metros de extensão, com duas pistas de rolagem de veículos e mais duas para pedestres e ciclistas.

A construção será feita pelas empresas Tecnoedill Constructora S.A, Cidade Ltda e Paulitec Construções e deve ser entregue até 2024.

A Bolívia entrou na briga por uma vaga na Copa do Mundo do Catar ano que vem, ao golear o Paraguai, por 4 a 0, nesta quinta-feira, em La Paz, em duelo válido pela 12ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas. Com mais seis partidas a serem disputadas, as duas seleções somam 12 pontos cada na classificação.

Com a ajuda sempre presente dos 3.600 metros de altitude, a Bolívia imprimiu ritmo forte desde o início. Distribuindo as jogadas pelas laterais do campo, a seleção de casa pressionou, com destaque para perigoso Marcelo Moreno. Vaca e Arce também apareceram bastante.

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Já o Paraguai preferiu abusar do toque de bola para não se desgastar fisicamente. Com isso, o time visitante pouco se aproximou da área adversária, sempre pelo lado esquerdo com Almirón.

Aos poucos, a Bolívia foi aumentando a pressão e abriu o placar, aos 20 minutos, com Rodrigo Ramallo, que encarou a forte dupla de zagueiros formada por Balbuena e Gustavo Gómez e bateu forte de fora área: 1 a 0.

Mesmo sem merecer, o Paraguai teve a oportunidade do empate na sequência, com um pênalti, após a bola cruzada por Romero Gamarra bateu no braço de José Sagredo. Sanabria cobrou, mas mandou por cima do travessão, aos 26 minutos.

O lance não diminuiu a vontade do Paraguai de buscar o empate e, mesmo desorganizado, finalizou de fora da área e levou muito perigo com Villasanti, aos 39 minutos. A Bolívia se posicionou para o contra-ataque, mas sem atletas com característica de muita velocidade.

O início da etapa final mostrou nova mudança no panorama da partida, com a Bolívia na pressão. O curioso é que o segundo gol boliviano saiu em um contragolpe, aos oito minutos, quando Algarañaz iniciou a ação, deixou com Marcelo Moreno, que bateu cruzado e Villarroel concluiu para as redes: 2 a 0.

O desespero tomou conta dos paraguaios, que foram ao ataque, desordenados e só levaram perigo com Junior Alonso, que tentou um cruzamento e quase surpreendeu o goleiro Lampe. Sánchez por pouco não fez o gol de honra. Já a Bolívia, objetiva, quase fez o terceiro, aos 26, com Marcelo Moreno, mas Antony Silva fez bela defesa.

O fim da partida foi marcado pelo domínio estéril do Paraguai, enquanto a Bolívia apenas esperou o tempo passar e ainda contou com o belo terceiro gol de Ábrego, aos 38 minutos. Ainda teve tempo, aos 48, para somar mais um com Roberto Fernández, em novo contra-ataque, fez o quarto e estabeleceu a maior vitória boliviana na história do confronto. Nas arquibancadas, a torcida festejou muito com direito a "olé".

O treinador paraguaio do Sport, Gustavo Florentín, deu entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (3) e aproveitou para falar sobre sua ansiedade para estreia, fazendo uma avaliação da primeira semana de treinamentos no clube e em Recife.

“Treinando vamos estar mais próximos da vitória, que da derrota”, avaliou em trecho. Perguntado sobre sua adaptação em Recife, Florentín disse não ter tido problemas já que o clima quente da cidade é similar ao que já estava acostumado no Paraguai e avaliou a infraestrutura do clube. “É muito boa. Como eu tinha dito, uma boa infraestrutura contribui muito para me adaptar e conseguir realizar um bom trabalho mais rapidamente”, afirmou. 

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Em sua primeira semana no comando do Sport e pegando o clube na vice-lanterna da série A do Brasileirão, o treinador espera que seus treinamentos tenham eficácia rápida para conseguir alavancar o time e melhorar o que é necessário. “Gostei da atitude do elenco durante essa semana, muito boá para o que nós decidimos juntos e isso ajuda para que os jogadores possam fazer que com o treinamento e o dia-a-dia se tornem determinados e agressivos na hora de defender e na de atacar porque necessitamos melhorar esse aspecto”, iniciou.

“Treinando dessa maneira vamos estar mais próximos da vitória do que da derrota”. Florentín fez questão de avaliar que só seu trabalho, sem o compromisso dos jogadores, não conseguirá resultados positivos, mas trabalhará dobrado para conseguir ajudar a todos.

“Necessito de compromisso dos jogadores para que possamos nos levantar e a torcida ficar contente com as vitórias. Vou trabalhar para isso, pois o campeonato é muito difícil e competitivo, o que me faz ter que estar a altura da competição que estamos disputando”, finalizou.

O treinador fará a sua estreia no comando da equipe contra o Athetico-PR neste domingo (5) pela 19ª rodada da competição, a última do primeiro turno. Na 19ª posição, necessita de vitórias, algo que só conseguiu três vezes nas últimas 18 partidas.

Mais uma polêmica na conta de Ronaldinho Gaúcho. Após ficar preso no Paraguai por entrar com passaporte falso no país, agora a Justiça brasileira acatou o pedido de execução e penhora de bens do jogador por processo movido por sua ex-noiva, Priscilla Coelho, que alega não pagamento de pensão e ameaça pedir a prisão do ex-jogador.

Segundo o jornal Extra, o advogado de Priscilla alega que Ronaldinho não deposita a pensão definida na justiça desde novembro e se continuar dessa forma, pedirá a prisão civil do ex-jogador.

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“O juiz deferiu o valor da pensão em novembro e mesmo sendo intimado através de seu advogado, Ronaldo não depositou nenhum valor desde novembro. Promovemos a execução de todos estes meses sem pagamento, a princípio só requerendo bloqueio de valores em bancos e penhora de bens. Mas, futuramente, caso esse comportamento persista, vamos ser mais incisivos, podendo requerer até mesmo a prisão por falta de pagamento de pensão”, explicou Alberto Medrado.

A ex-noiva tenta provar também que estava em união estável com Ronaldinho, alegando ter passado seis anos juntos e por isso requer partilha dos bens.

“O que me deixa triste e perplexa é que essa pensão é pouco demais para tudo o que o Ronaldo tem e para o que gasta. Enquanto ele não cumpre seu dever e faz a Justiça de tola, eu me viro sem saber quando vou receber o que já é meu determinado pela lei”, diz Priscilla Coelho.

Ainda segundo o Extra, ela já está cotada a participar do reality “A fazenda”. 

As últimas aparições de Ronaldinho foram em Dubai onde chegou até a ser vacinado contra Covid-19 e passou umas semanas ostentando por restaurantes e festas.

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O Ministério da Justiça e Segurança Pública deflagrou, nesta quarta-feira (9), a Operação Luz na Infância 8. A operação tem como objetivo identificar autores de crimes de abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes praticados na internet.

Os policiais cumprem 176 mandados de busca e apreensão no Brasil e em mais cinco países: Argentina, Estados Unidos, Paraguai, Panamá e Equador.

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No Brasil, a operação conta com a participação da Polícia Civil de 18 estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Pará, Espírito Santo, Rondônia, Mato Grosso, Paraná, Ceará, Goiás, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Rio Grande do Norte, Alagoas, Piauí, Bahia, Maranhão, Rio Grande do Sul e Amazonas, além de agentes de aplicação da lei dos países envolvidos.

A seleção brasileira encerrou os dias de turbulência fora de campo, causada pela decisão de realizar a Copa América no País, com 100% de aproveitamento dentro de campo. Venceu o Paraguai de forma contundente por 2 a 0, no Estádio Defensores del Chaco, em Assunção, e chegou aos 18 pontos nas Eliminatórias para a Copa do Mundo do Catar, em 2022.

Com a sexta vitória seguida nas Eliminatórias, a seleção brasileira igualou a marca das Eliminatórias da Copa de 1970 - venceu na época todas as seis partidas que disputou. E voltou a bater os paraguaios em Assunção em jogo válido pela fase prévia do Mundial depois de 35 anos. Em 1985, havia ganho por 2 a 0. Depois foram dois empates e duas derrotas.

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Tite fez algumas mudanças na escalação em relação à partida com o Equador e também na maneira de o time jogar. Manteve os dois volantes, Casemiro e Fred, mas abriu Gabriel Jesus - que o técnico colocou no time no lugar de Gabriel - pela direita, Richarlison pela esquerda e deu a Neymar e a Firmino a função de mesclar o posicionamento na área com o recuo para jogar atrás do atacantes e construir as jogadas.

O Paraguai, por sua vez, montou um esquema bastante defensivo. Fechava-se às vezes com cinco zagueiros e três jogadores posicionados como volantes.

O problema para os paraguaios é que Neymar, centralizado e com liberdade de movimentação por grande faixa do campo, organizava a seleção brasileira e ainda confundia o sistema de marcação.

No primeiro ataque, o Brasil fez 1 a 0. Danilo tocou para Gabriel Jesus, que cruzou da direita, Richarlison não alcançou, mas a bola sobrou para Neymar, na cara do goleiro, marcar. Foi o 11º gol de Neymar em Eliminatórias (18 jogos), igualando-se a Romário (8 partidas) e Zico (11 jogos).

A vantagem construída com 3 minutos do jogo, deu a tranquilidade que o time precisava. Logo em seguida, Gabriel Jesus teve boa chance, mas foi travado. O Paraguai respondeu com uma bomba de fora da área de Alderete, aos 7 minutos. Ederson, que substituiu Alisson, fez grande defesa, espalmando a bola para escanteio.

Apesar de o Paraguai estar bem fechado, o Brasil continuava a encontrar espaços principalmente a partir da movimentação de Neymar. Às vezes, ele recuava até o meio de campo para buscar jogo. Numa dessas ocasiões, sofreu falta violenta de Gustavo Gómez - o palmeirense levou cartão amarelo. Outra boa opção era pelos lados do campo.

A seleção controlava o jogo, pressionava o Paraguai em seu campo, mas corria risco nas bolas esticadas pelo time da casa. Dessa maneira, Rojas conseguiu uma boa jogada aos 23 minutos, avançou e serviu Almirón. Para alívio do Brasil, o chute desviou em Militão e a bola saiu para escanteio.

Mas a seleção estava mais perto do gol. Aos 33, em cobrança de falta ensaiada, Neymar errou por pouco o gol de Antony Silva. Aos 46, Richarlison até marcou após ser lançado em velocidade e bater forte, cruzado. Mas o gol não foi validado, pois o atacante estava impedido, o que foi confirmado pelo VAR.

Na etapa final, a seleção voltou com Lucas Paquetá no lugar de Fred, que havia levado cartão amarelo no primeiro tempo - foi o segundo em duas partidas e ele está suspenso da partida contra o Chile, em setembro.

O Brasil manteve o domínio, teve duas boas chances em lançamentos para Gabriel Jesus, a zaga desviou em ambas as ocasiões o passe final, e uma cabeçada de Marquinhos que saiu rente à trave nos dez primeiros minutos. Aos 18, numa bola roubada por Gabriel Jesus, Neymar foi lançado, invadiu a área e bateu cruzado, errando por pouco.

A equipe continuava com bom volume de jogo, rondava bastante a área paraguaia, mas tinha dificuldade para concluir as jogadas. Pouco depois da metade do segundo tempo, Tite, percebendo que o adversário estava tentando se soltar e ser mais ofensivo, resolveu se precaver. Tirou Firmino e colocou o volante Douglas Luiz. Pouco depois, renovou o fôlego do ataque com as entradas de Everton Cebolinha e Gabriel.

Só que o Paraguai passou a dominar o jogo e a empurrar o Brasil para trás. Aos 41, Espínola conseguiu concluir de dentro da área, livre, mas Ederson defendeu. Logo depois, Neymar, de falta, voltou a errar por pouco. Mas, aos 48 minutos, o craque deu belo passe para Paquetá, que só teve o trabalho de bater rasteiro, consciente, fora do alcance do goleiro. Estava garantida a sexta vitória brasileira.

FICHA TÉCNICA:

PARAGUAI 0 x 2 BRASIL

PARAGUAI - Antony Silva; Rojas (Espínola), Gustavo Gómez, Alderete e Júnior Alonso; Gastón Giménez (Ávalos), Ángel Cardoso (Bareiro), Villasanti (Oscar Romero), Arzamendia e Almirón; Ángel Romero (Samudio). Técnico: Eduardo Berizzo.

BRASIL - Ederson; Danilo, Eder Militão, Marquinhos e Alex Sandro; Casemiro, Fred (Paquetá) e Firmino (Douglas Luiz); Gabriel Jesus (Gabriel), Neymar e Richarlison (Everton Cebolinha). Técnico: Tite.

GOLS - Neymar, aos 3 minutos do primeiro tempo. Paquetá, aos 48 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Gómez, Fred, Gabriel Jesus, Barreiro, Júnior Alonso, Alderete.

ÁRBITRO - Patricio Losteau (ARG).

RENDA E PÚBLICO - Jogo sem torcida.

LOCAL - Estádio Defensores del Chaco, em Assunção, no Paraguai.

Com cinco vitórias nas primeiras cinco rodadas das Eliminatórias da Copa do Mundo, o que garante uma liderança confortável para a seleção brasileira, a partida diante do Paraguai, às 21h30 desta terça-feira (8), em Assunção, ficou em segundo plano. O que interessa mesmo é o manifesto que Tite e os jogadores vão divulgar com críticas à Copa América, à CBF e à Conmebol. Mas eles decidiram jogar o torneio após o afastamento de Rogério Caboclo da presidência da entidade por denúncia de assédio sexual e moral feita por uma funcionária.

O documento dos atletas deverá ser uma nota simples e curta. O tom é de desaprovação com a maneira como a Copa América foi transferida para o Brasil depois da desistência de Colômbia e Argentina. Nem mesmo outros departamentos da CBF foram consultados para a organização do evento. Este é um dos principais motivos de insatisfação. Os jogadores se sentiram traídos pelo cartola e não aceitam a maneira como a decisão foi tomada. Por isso, as entrevistas coletivas foram canceladas ao longo da semana. Também criticaram o fato de a própria CBF, organizadora do torneio, não ter se manifestado até hoje.

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Os jogadores vão manter a postura contra a realização da disputa no Brasil e da forma como ela foi "empurrada" para eles na concentração das Eliminatórias, mas não vão prejudicar a entidade "seleção brasileira" numa competição internacional.

Os jogadores também devem criticar a desorganização da Conmebol. Mas eles querem deixar claro que o posicionamento não é político e que valeria para qualquer país. Os jogadores tentam divulgar o manifesto juntamente com jogadores de outras seleções.

O momento de divulgação do documento ainda não foi definido pelos atletas. É mais provável que seja realmente após a partida diante do Paraguai. Existe ainda a possibilidade de o elenco fazer alguma manifestação em relação à pandemia no Brasil, usando suas imagens em prol do combate à doença. O Brasil está perto de registrar 500 mil pessoas mortas pela covid-19. Entrar em campo com faixas de alerta não está descartado.

"Estamos na Copa do Mundo. Eliminatórias já é um processo de Copa do Mundo, muitas vezes as pessoas não se dão conta disso. Para nós, nesse momento, isso (afastamento do presidente da CBF) não tem essa prioridade. Depois sim, reitero o que o Casemiro disse, há respeito e no nosso tempo vamos nos manifestar", disse Tite.

O boicote ao torneio foi discutido pelo grupo, mas não houve consenso. Alguns atletas ainda defendem a ideia, mas são minoria. Em outras seleções, o abandono também perdeu força depois que Argentina, Bolívia e Equador confirmaram a participação.

A ideia de abandonar o torneio também ficou em segundo plano depois que Rogério Caboclo foi afastado da presidência da CBF por causa de uma denúncia de assédio sexual e moral feita por uma funcionária da entidade. Ele está fora por 30 dias por decisão do Comitê de Ética. Grande parte do descontentamento dos atletas estava concentrada na figura de Rogério Caboclo. Antonio Carlos Nunes, o Coronel Nunes, assumiu. "Sabemos a dimensão que tem, a gravidade do caso, temos consciência disso. Agora existe um Comitê de Ética da CBF que toma as devidas providências. Não é da nossa alçada", disse Tite.

Caboclo negou as acusações. "Não posso falar nada sobre isso porque tudo será tratado na minha defesa. Eu sou inocente. Tenho absoluta certeza de que vou provar isso", afirmou ao site da ESPN.

A queda de Caboclo diminuiu a tensão e melhorou o ambiente. A crise na seleção brasileira começou na semana passada quando o Governo Federal e a CBF aceitaram o pedido da Conmebol para que a Copa América fosse realizada no Brasil. Os jogadores se reuniram com Tite, Juninho Paulista, coordenador de seleções. Em seguida, eles pediram uma reunião com Caboclo. Tite se posicionou ao lado dos atletas. O encontro tratou de aprofundar as diferenças e estabeleceu claramente os dois lados da questão.

Antes da vitória contra o Equador, o então presidente tentou diminuir as arestas e foi até o vestiário da seleção no Beira-Rio. O encontro piorou a situação, pois Caboclo pediu que os jogadores não tivessem contato com a imprensa, o que foi interpretado como uma tentativa de controle. O apoio dos jogadores ao técnico Tite ficou claro durante a partida. Após o primeiro gol, marcado por Richarlison, todos os atletas correram em direção ao treinador. Na saída do vestiário, no final do jogo, todos desceram juntos. Eram recados claros do fortalecimento do grupo.

Os jogadores não sabem nada da Copa América: se vão ficar na Granja Comary, o mais provável, ou se num hotel nas cidades de Brasília, Goiás ou Cuiabá. Também não foram avisados dos traslados das viagem e das rotinas de uma competição com a chancela da Fifa e da Conmebol. Dizem que, se a Copa América fosse realizada na Argentina, sabiam que o país tinha se preparado há dois anos para recebê-la, diferentemente do Brasil, que tenta se organizar em dez dias.

ADVERSÁRIO DURO - No último treino antes da viagem para Assunção, Tite indicou que pode realizar mudanças no ataque em relação ao time que iniciou a vitória sobre o Equador, na última sexta, por 2 a 0. Gabriel Barbosa pode dar lugar a Gabriel Jesus.

O atacante do Manchester City foi escalado entre os titulares na atividade, jogando aberto pelo lado direito do ataque, ao lado de Neymar, centralizado, e de Richarlison, na esquerda. Já o camisa do Flamengo trabalhou ao lado dos atacantes reservas, Everton Cebolinha e Vinícius Júnior.

"O Gabriel Barbosa te dá uma flutuação e infiltração de espaço para finalização. O Jesus produziu muito pelo lado, foi um dos destaques nossos na Copa América. Também ataca o espaço, muita força. Richarlison também dá isso. O Firmino é um 9 que exerce o papel de 10. Esses jogadores vão te dando essas possibilidades de utilização dentro de uma determinada forma", afirmou o treinador.

Desde 1985, o Brasil não consegue superar o Paraguai fora de casa. "Enfrentamos o Paraguai uma vez na Copa América passada. É uma equipe que marca muito agressivamente e que te desgasta muito na marcação. E o time tem qualidade ofensiva, com jogadores em grande fase. Lá dentro é muito difícil. Faz 35 anos que não ganhamos lá, mas vamos fazer de tudo para trazer essa vitória", disse o auxiliar Cléber Xavier.

Mesmo com 100% de aproveitamento no torneio, cinco vitórias em cinco jogos, Tite desconversou quando questionado se a seleção é o time a ser batido na América do Sul. "Com tão pouco tempo de jogo nesta pandemia, todos nós merecemos o reconhecimento pela campanha, mas em especial os atletas. Temos modificado bastante a equipe, mas ela tem conseguido um patamar de regularidade, o que é muito difícil", argumentou.

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