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O ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Esteves Colnago, afirmou na última terça-feira (14) que educação “sempre foi prioridade” para o governo e que o orçamento do setor “vai crescer em 2019, sem sombra de dúvida”. Colnago participou de audiência pública na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.

O ministro ressaltou, no entanto, que os gastos obrigatórios, principalmente com pagamento de pessoal, têm crescido ano a ano limitando a parte discricionária do Ministério da Educação (MEC), ou seja, a parte que pode ser aplicada livremente em políticas públicas e investimentos. “[O orçamento] vai crescer. Agora, a composição dele, não sei como vai ser. A despesa obrigatória cresce. Talvez tenha alguma restrição, alguma limitação na discricionária”, disse.

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Colnago foi convidado para tratar das perspectivas para a educação diante de um cenário de contingenciamento e após a divulgação da possibilidade de cortes de cerca de 200 mil bolsas de pesquisa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) no próximo ano.

O orçamento para 2019 será definido pela Lei Orçamentária Anual (LOA), que deverá ser encaminhada pelo Executivo até o dia 31 deste mês para ser analisada e aprovada pelo Congresso Nacional. Segundo Colnago, o orçamento ainda está em discussão. “Estamos buscando no Executivo espaços para que os ministérios tenham a melhor solução possível”.

Congelamento de gastos públicos

Na audiência, Colnago disse que o país passa por período de ajuste fiscal, apresentando déficit nas contas desde 2014. “A situação fiscal do país não é confortável, exige medidas para reestruturar a situação fiscal do país”. Dentre os componentes da despesa, o ministro destacou o regime geral da previdência, que deverá ser responsável pelo equivalente a 8,6% do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2018 e os gastos com pessoal, com 4,4% do PIB deste ano.

Colnago também defendeu a Emenda Constitucional 95, conhecida como a PEC do Teto, que limita os gastos públicos por 20 anos. Segundo ele, a emenda é necessária para que haja priorização de gastos.

“Não há qualquer contingenciamento com relação à função educação. Há certeza do governo da importância da educação e esse esforço vem sendo feito ao longo dos anos”, garantiu.

Dados apresentados pelo ministro mostram que o gasto da União na educação passou de R$ 44,1 bilhões em 2010 para R$ 97,8 bilhões em 2017. Para este ano, a previsão é de R$ 103,5 bilhões. Ele apontou, no entanto, que a despesa com pessoal e encargos sociais cresce a cada ano, limitando os recursos que podem ser livremente investidos pelo Ministério da Educação. Em 2012, esses gastos representavam 39,8% das despesas primárias da pasta. Em 2018, essa porcentagem chega a 58,1%.

Nos últimos dez anos, a despesa do MEC com pessoal ativo cresce a um ritmo mais acelerado que os demais órgãos. No MEC, esse crescimento no período foi de 165%, enquanto, nos demais, 30%. “Temos alocado recursos em gastos obrigatórios, o que penaliza o exercício de políticas por parte do governo. Definir isso é efetivamente prioridade do governo”.

Parlamentares discordam

Os argumentos do ministro em relação ao peso do valor gasto com pessoal no orçamento foram contestados por parlamentares. Pedro Uczai (PT-SC) afirmou que para cumprir o Plano Nacional de Educação (PNE), lei aprovada em 2014 que prevê metas para melhorar a educação até 2024, é preciso contratar mais professores e que os cortes não podem ser feitos no pessoal.

“No caso da educação, as despesas que têm crescido significam ampliação de atendimento, cumprimento de direito. Tem que abrir escola. O pessoal que cresce é esse pessoal que atende o direito do cidadão”, complementa a Professora Dorinha (DEM-TO). Dorinha destacou que, apesar do valor orçamentário crescer ano a ano, a parte livre dos gastos, cai ano a ano, prejudicando uma oferta de educação de qualidade.

Movimentos sociais

Grupo de estudantes ligados à União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), à União Nacional dos Estudantes (UNE) e à Associação Nacional de Pós-graduandos (ANPG) organizou um protesto em frente ao anexo da Câmara dos Deputados onde ocorreu a audiência. Eles são contra os possíveis cortes no setor. As entidades também participaram da audiência com outras organizações ligadas à educação. Elas traziam cartazes com os dizeres: “Contra Cortes na Educação”.

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O Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (16) traz publicada a Emenda Constitucional 95/2016, que altera o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias para instituir o Novo Regime Fiscal, que consiste na fixação de um teto para o crescimento dos gastos públicos pelo período de 20 anos no âmbito dos orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União.

A mudança na Constituição resulta da chamada PEC do Teto, aprovada em definitivo pelo Congresso Nacional esta semana. A Emenda foi promulgada nessa quinta-feira (15) em sessão solene presidida pelo presidente do Legislativo, senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Com a publicação oficial, a nova emenda já está em vigor.

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Entidades de classe que representam juízes de todo o país entraram nesta quinta-feira (15) com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender a Emenda à Constituição do Teto de Gastos (originária da Proposta de Emenda à Constituição 55/2016), que limita os gastos públicos pelos próximos 20 anos, a partir de 2017. A emenda foi promulgada na manhã desta quinta-feira.

A ação é assinada pela Associação dos Juízes Federais (Ajufe), Associação dos Magistrados do Brasil (AMB) e pela Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra). As entidades sustentam que a adoção de novo regime fiscal é ilegal por limitar e restringir a autonomia administrativa do Judiciário.

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"Os poderes Executivo e Legislativo resolveram instituir o novo regime fiscal por meio de uma emenda constitucional, limitando e restringindo a autonomia administrativa e financeira do Poder Judiciário de participar da elaboração do seu orçamento", dizem as associações.

As entidades também argumentaram no Supremo que a emenda viola o "princípio da vedação ao não retrocesso social" e comprometerá a prestação dos serviços do Judiciário pelos próximos 20 anos. "Enquanto o Poder Judiciário estiver sendo demandado, não parece correto estabelecer limitações materiais para a sua capacidade de julgamento, sob pena de prejudicar exatamente o cidadão/jurisdicionado, que é o elo mais fraco nas lides em tramitação", diz o texto.

A ação foi protocolada no sistema eletrônico e ainda não foi distribuída para um dos ministros da Corte.

Antes de ser aprovada no Senado, a PEC passou pela Câmara, onde tramitou com o número 241. Durante a tramitação, a proposta provocou discussões entre a oposição e a base de apoio ao governo na Câmara e no Senado. Segundo os apoiadores da medida, o teto de gastos por 20 anos é necessário para o ajuste fiscal e não vai prejudicar os gastos sociais.

O Congresso Nacional promulgou, nesta quinta-feira (15), a emenda constitucional 95, que limita o aumento dos gastos públicos pelos próximos 20 anos. A chamada PEC do Teto dos Gastos foi aprovada pelo plenário do Senado na última terça-feira (13).

A promulgação representa uma vitória para o governo. A base aliada de Michel Temer argumenta que o ajuste contribuirá para a retomada do crescimento do país e recuperação da economia. Os próximos passos do governo serão o anúncio de medidas microeconômicas para estimular o crescimento, o que deve ocorrer ainda nesta quinta, e a continuidade da articulação para a aprovação da proposta de reforma da Previdência.

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A emenda 95 estabelece que as despesas primárias do governo terá um teto por 20 anos. Na primeira década, esse limite será a inflação acumulada em 12 meses até junho do ano anterior. Após esse período, o presidente poderá solicitar uma mudança no indexador por mandato.

O regime valerá para os orçamentos fiscal e da seguridade social e para todos os órgãos e Poderes da República. Haverá  limites individualizados por órgão, que se desrespeitar o seu teto ficará impedido de, no ano seguinte, dar aumento salarial, contratar pessoal, criar novas despesas ou conceder incentivos fiscais, no caso do Executivo.

Durante a rápida cerimônia, realizada com plenário praticamente vazio, as senadoras Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Fátima Bezzera (PT-RN) seguraram cartazes com os dizeres "PEC da morte", em claro protesto contra a matéria.

Ao todo, 52 pessoas foram detidas durante a manifestação no centro do Recife contra a aprovação da PEC do Teto na terça-feira (13), segundo a Polícia Militar. O protesto foi marcado por depredação de vidraças de bancos da Avenida Conde da Boa Vista.

Os adolescentes foram liberados no local. Após a identificação, aqueles que não eram menores foram conduzidos à Central de Plantões, na Zona Norte da capital.

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Segundo o delegado Ademir Soares de Oliveira, 26 pessoas foram encaminhadas à Central de Plantões com quase a mesma quantidade de advogados. Eles assinaram um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e foram liberados.

Deputados petistas que estiveram no Departamento de Polícia Especializada (DPE) onde manifestantes foram detidos em Brasília afirmaram que a Polícia Civil estuda enquadrar cerca de 60 jovens com base na Lei de Segurança Nacional. Ao todo, 72 pessoas foram presas durante o protesto contra a aprovação da PEC do Teto de Gastos nessa terça-feira (13).

Segundo o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), essa foi a informação passada pelos delegados que estão cuidando do caso. Inicialmente, cogitou-se que os manifestantes pudessem ser acusados com base na lei antiterrorismo, mas a hipótese teria sido descartada.

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A Lei de Segurança Nacional foi aprovada em 1983, durante a ditadura militar, e tinha como objetivo proteger o País dos chamados "subversivos" que queriam atrapalhar a ordem nacional.

Para Pimenta, a prisão dos manifestantes tem caráter político. Ele acusa a Polícia Militar de ter prendido indiscriminadamente as pessoas, e que o uso da lei seria uma forma de punir todos de uma forma conjunta, sem explicar o motivo da prisão de cada um.

O deputado Carlos Zarattini (PT-SP) afirmou que a expectativa é que dez pessoas sejam liberadas ainda na madrugada desta quarta-feira, e que os demais fiquem detidos por pelo menos um ou dois dias, até a conclusão dos trâmites legais. Zarattini afirmou que vai mobilizar outros parlamentares para acompanhar o caso. "Vamos continuar pressionado para que todos sejam liberados o quanto antes", disse.

Segundo a Secretaria de Estado de Segurança Pública do Distrito Federal, a manifestação foi pacífica até por volta de 17h - a PEC do Teto foi aprovada no 2º turno no Senado às 13h32. Depois disso, houve confronto entre manifestantes e policiais. Equipamentos públicos foram depredados e ônibus foram queimados. Houve corre-corre em vários momentos e pelo menos cinco PMs ficaram feridos.

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Cerca de 400 pessoas fazem protesto contra a aprovação da PEC do Teto nas ruas do centro do Recife. Os manifestantes montaram barricadas em uma das principais vias da capital pernambucana e o trânsito está travado.

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A manifestação começou na Praça do Derby e seguiu pela Conde da Boa Vista, onde montes de entulhos foram incendiados em vários pontos da via, bloqueando a passagem de carros e ônibus no sentido cidade-subúrbio.

Mascarados, alguns manifestantes estão depredando paradas de ônibus e o clima está tenso. O exército - acionado devido a eminente greve da Polícia Militar em Pernambuco - acompanha a passeata.

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Todos os lojistas - inclusive os do Shopping Boa Vista e Atacado dos Presentes - fecharam as portas por conta das depredações. Muitas vidraças foram quebradas e alguns manifestantes utilizaram coquetéis molotov para destruir o patrimônio.

Em desacordo com os rumos que o protesto tomou, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), uma das incentivadoras da manifestação contra a PEC, se retirou da mobilização quando a confusão foi generalizada. 

Com informações de Naiane Nascimento

O presidente Michel Temer disse nesta terça-feira, 13, que a votação do segundo turno da PEC do teto dos gastos no Senado completa um ciclo "que visa retirar o País da recessão" e fez questão de esclarecer que o placar menor neste segundo turno não representa derrota, nem perda de apoio do governo.

"Quero esclarecer que a votação foi menor do que a primeira, mas se deve ao fato de o presidente Renan ter antecipado a votação e muitos senadores não terem chegado", disse Temer, em evento no Palácio do Planalto, ressaltando que ele mesmo havia falado com vários parlamentares. "Eu mesmo falei com vários que só chegaram agora", afirmou.

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Temer destacou que o resultado obtido no Senado foi "uma vitória extraordinária", ressaltou que essa matéria jamais foi tentada por outro governante desde a Constituição de 1988 e que seu governo está sendo marcado por "coragem". "É preciso coragem para governar e coragem nós temos", reforçou.

O governo conseguiu aprovar a PEC do teto do Senado e agora a matéria vai à promulgação nesta quinta-feira, 15. Entretanto, dez senadores da base deixaram de participar da votação, além do senador Dário Berger (PMDB-SC), que mudou de voto. Com isso o placar foi de por 53 votos a 16. No primeiro turno, o tema foi aprovado por 61 a 14. "O número de 61 do governo não mudou por apoio ou não do governo; mas pela ausência dos senadores", reforçou.

Previdência

Temer disse ainda que hoje no Brasil se não tiver coragem não consegue governar e destacou que sua coragem também pode ser verificada ao enviar a PEC da reforma da Previdência. Segundo o presidente, sem a coragem para mexer nos gastos púbicos e na Previdência ele "poderia deixar para os outros, em 2018, cuidar de um País todo atrapalhado", mas que não faz isso "por amor" ao País.

Ele repetiu que o Brasil precisa sair da recessão, "sequencialmente conseguir crescimento e combater o desemprego" e só então destacou o evento em si, que foi o lançamento do Programa de Renovação da Frota de Ônibus do Sistema de Transporte Público do Brasil, o Refrota 17. "São R$ 3 bilhões para o programa e isso vai movimentar a economia e gerar emprego, além de modernizar a frota.

Evento

O presidente está em busca de agendas positivas e quer mostrar que o governo está trabalhando, mesmo após o envolvimento da cúpula do governo nas delações da Odebrecht. No evento preparado hoje no Salão Leste do Planalto, o espaço reservado tinha cadeiras para 42 pessoas e mesmo assim não estava lotado.

Presente na cerimônia, o ministro das Cidades, Bruno Araújo, anunciou que a meta do Refrota 17 é financiar 10 mil ônibus, com investimento total de R$ 3 bilhões do Programa de Infraestrutura de Transporte e da Mobilidade Urbana (Pró-Transporte). O programa financiará projetos com recursos do FGTS.

Em seu discurso, o ministro destacou que está atendendo uma recomendação do presidente neste "momento de crise profunda" e que o país "procura de forma unida" sair dessa situação com ações que gerem emprego.

Segundo a Associação Nacional de Transportes Urbanos, a frota nacional de ônibus do sistema coletivo soma 107 mil unidades, de mais de 1.800 empresas, para transportar 30 milhões de passageiros. O ministério das Cidades destacou que o segmento gera 537 mil empregos diretos.

O Senado aprovou, em segundo turno, nesta terça-feira (13), a Proposta de Emenda à Constituição que limita o aumento dos gastos públicos pelos próximos 20 anos. A chamada PEC do Teto dos Gastos será promulgada na quinta-feira (15), às 9h.

O texto-base recebeu 53 votos favoráveis e 16 contrários. No primeiro turno foram 61 a favor e 14 contra. Como uma PEC precisa de três quintos para ser aprovada - 49 votos, a matéria passou pelo plenário.

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Confira como votos cada senador no segundo turno da PEC do Teto:

A favor:
Aécio Neves - PSDB-MG
Aloysio Nunes - PSDB-SP
Alvaro Dias - PV-PR
Ana Amélia - PP-RS
Antonio Anastasia - PSDB-MG
Antonio Carlos Valadares - PSB-SE
Armando Monteiro – PTB-PE
Ataídes Oliveira - PSDB-TO
Benedito de Lira - PP-AL
Cidinho Santos - PR-MT
Ciro Nogueira - PP-PI
Cristovam Buarque - PPS-DF
Dalirio Beber - PSDB-SC
Deca - PSDB/PB
Edison Lobão - PMDB-MA
Eduardo Amorim - PSC-SE
Eduardo Braga - PMDB-AM
Elmano Férrer - PTB-PI
Eunício Oliveira - PMDB-CE
Fernando Bezerra Coelho - PSB-PE
Flexa Ribeiro - PSDB-PA
Garibaldi Alves Filho - PMDB-RN
Gladson Cameli - PP-AC
Hélio José - PMDB-DF
Ivo Cassol - PP-RO
José Agripino - DEM-RN
José Aníbal - PSDB-SP
José Maranhão - PMDB-PB
José Medeiros - PSD-MT
Lasier Martins - PDT-RS
Lúcia Vânia - PSB-GO
Magno Malta - PR-ES
Marta Suplicy - PMDB-SP
Omar Aziz - PSD-AM
Otto Alencar – PSD-BA
Pastor Valadares – PDT-RO
Paulo Bauer - PSDB-SC
Pedro Chaves – PSC-MS
Pinto Itamaraty – PSDB-MA
Raimundo Lira - PMDB-PB
Reguffe – Sem Partido-DF
Ricardo Ferraço - PSDB-ES
Roberto Muniz - PP-BA
Romero Jucá - PMDB-RR
Ronaldo Caiado - DEM-GO
Sérgio Petecão - PSD-AC
Simone Tebet - PMDB-MS
Tasso Jereissati - PSDB-CE
Telmário Mota - PDT-RR
Valdir Raupp - PMDB-RO
Vicentinho Alves - PR-TO
Waldemir Moka - PMDB-MS
Wellington Fagundes - PR-MT

Contra:
Angela Portela - PT-RR
Dário Berger - PMDB-SC
Fátima Bezerra - PT-RN
Gleisi Hoffmann - PT-PR
Humberto Costa - PT-PE
João Capiberibe - PSB-AP
Jorge Viana - PT-AC
José Pimentel - PT-CE
Kátia Abreu - PMDB-TO
Lídice da Mata - PSB-BA
Lindbergh Farias - PT-RJ
Paulo Paim - PT-RS
Paulo Rocha - PT-PA
Regina Sousa - PT-PI
Roberto Requião - PMDB-PR
Vanessa Grazziotin - PCdoB-AM

O Senado rejeitou os destaques apresentados pela oposição e manteve a redação da Proposta de Emenda à Constituição que limita o aumento dos gastos públicos pelos próximos 20 anos. A chamada PEC do Teto dos Gastos será promulgada na quinta-feira (15), às 9h.

O primeiro destaque tratava da limitação de reajuste do salário mínimo e foi rejeitado por 52 votos a 20. Já o segundo estava relacionado com as despesas das áreas de saúde e educação e recebeu 52 votos contrários e 19 a favor.

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Na votação do texto-base, a quantidade de votos favoráveis foi menor que o placar no primeiro turno. Desta vez, foram 53 votos favoráveis e 16 contrários. Antes, foram 61 a favor e 14 contra. Mas como uma PEC precisa de três quintos para ser aprovada, a matéria passou pelo plenário.

A aprovação representa uma vitória para o governo. A base aliada de Michel Temer argumenta que o ajuste contribuirá para a retomada do crescimento do país e recuperação da economia. O próximo passo do governo será trabalhar pela aprovação da proposta de reforma da Previdência.

A PEC estabelece que as despesas primários do governo terá um teto por 20 anos. Na primeira década, esse limite será a inflação acumulada em 12 meses até junho do ano anterior. Após esse período, o presidente poderá solicitar uma mudança no indexador por mandato.

Opiniões

Durante a sessão, a oposição fez críticas à matéria. "O governo sem legitimidade está trazendo para essa casa uma matéria gravíssima que retira direitos. E nós aqui achando que está tudo normal", disparou a senadora Gleisi Hoffmann (PT/PR). "O pagamento de juros é a maior despesa da União e está fora desta PEC? Que ajuste capenga é esse que só mexe no bolso dos pobres e não atinge o mercado? Precisamos é mexer na política cambial e monetária. Essa não vai ajudar o Brasil a entrar nos trilhos".

Fátima Bezerra (PT-RN) questionou a credibilidade do Senado para votar a matéria. "Mais da metade dos parlamentares está sendo investigado, respondendo a denúncias. Qual a autoridade moral, política desse Congresso pra votar PEC 55 e reforma da previdência? Esse governo só sabe fazer isso: tirar direitos da classe trabalhadora", disse. "Esse governo está se ajoelhando aos interesses do mercado", frisou.

Já a senadora Ana Amélia (PP-RS) apoiou a PEC do Teto e no encaminhamento citou trecho da decisão do ministro Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), que negou o pedido da oposição para suspender a votação. "A responsabilidade fiscal é fundamento das economias saudáveis e não tem ideologia. Desrespeitá-la significa predeterminar o futuro com déficit, inflação, juro alto e desemprego". "Vamos cair na real. O país quebrou e com essa PEC poderemos começar a recuperar a economia", frisou.

O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) ressaltou que a PEC não desrespeita os pisos para os orçamentos das áreas da saúde e da educação. "Não há mais espaço para discursos bolivarianos que levarão o Brasil ao caos", frisou. Ele também acusou as gestões petistas dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff de aparelharem o Estado. "O PT criou 41 estatais. Para que elas servem? Exatamente para absorver todos os petistas de carteirinha. É um verdadeiro aparelhamento do Estado com o povo pagando esses salários", sustentou.

O plenário do Senado aprovou, em segundo turno, o texto principal da Proposta de Emenda à Constituição que limita o aumento dos gastos públicos pelos próximos 20 anos. Foram registrados 53 votos favoráveis e 16 contrários. Em seguida, serão analisados dois destaques, que propõem mudanças ao texto.

A chamada PEC do Teto dos Gastos deverá ser promulgada na quinta-feira (15).

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A aprovação representa uma vitória para o governo. A base aliada de Michel Temer argumenta que o ajuste contribuirá para a retomada do crescimento do país e recuperação da economia. O próximo passo do governo será trabalhar pela aprovação da proposta de reforma da Previdência.

A PEC estabelece que as despesas primários do governo terá um teto por 20 anos. Na primeira década, esse limite será a inflação acumulada em 12 meses até junho do ano anterior. Após esse período, o presidente poderá solicitar uma mudança no indexador por mandato.

Opiniões
Durante a sessão, a oposição fez críticas à matéria. "O governo sem legitimidade está trazendo para essa casa uma matéria gravíssima que retira direitos. E nós aqui achando que está tudo normal", disparou a senadora Gleisi Hoffmann (PT/PR). "O pagamento de juros é a maior despesa da União e está fora desta PEC? Que ajuste capenga é esse que só mexe no bolso dos pobres e não atinge o mercado? Precisamos é mexer na política cambial e monetária. Essa não vai ajudar o Brasil a entrar nos trilhos".

Fátima Bezerra (PT-RN) questionou a credibilidade do Senado para votar a matéria. "Mais da metade dos parlamentares está sendo investigado, respondendo a denúncias. Qual a autoridade moral, política desse Congresso pra votar PEC 55 e reforma da previdência? Esse governo só sabe fazer isso: tirar direitos da classe trabalhadora", disse. "Esse governo está se ajoelhando aos interesses do mercado", frisou.

Já a senadora Ana Amélia (PP-RS) apoiou a PEC do Teto e no encaminhamento citou trecho da decisão do ministro Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), que negou o pedido da oposição para suspender a votação. "A responsabilidade fiscal é fundamento das economias saudáveis e não tem ideologia. Desrespeitá-la significa predeterminar o futuro com déficit, inflação, juro alto e desemprego". "Vamos cair na real. O país quebrou e com essa PEC poderemos começar a recuperar a economia", frisou.

O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) ressaltou que a PEC não desrespeita os pisos para os orçamentos das áreas da saúde e da educação. "Não há mais espaço para discursos bolivarianos que levarão o Brasil ao caos", frisou. Ele também acusou as gestões petistas dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff de aparelharem o Estado. "O PT criou 41 estatais. Para que elas servem? Exatamente para absorver todos os petistas de carteirinha. É um verdadeiro aparelhamento do Estado com o povo pagando esses salários", sustentou.

O ministro Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou a liminar pedida por parlamentares da oposição para suspender a tramitação no Senado da Proposta de Emenda à Constituição que limita o aumento dos gastos públicos pelos próximos 20 anos. A chamada PEC do Teto dos Gatos  passa por votação em segundo turno nesta terça-feira (13).

O mandado de segurança foi impetrado pela oposição na noite de segunda-feira (12). A alegação foi de que a discussão da PEC em segundo turno, feita na última quinta-feira (8) em sessões extraordinárias, desrespeitou a Constituição e o Regimento Interno do Senado. No mesmo dia, foram realizadas três sessões de discussão.

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“O Congresso Nacional, funcionando como poder constituinte reformador, é a instância própria para os debates públicos acerca das escolhas políticas a serem feitas pelo Estado e pela sociedade brasileira, e que envolvam mudanças do texto constitucional", destacou. "Salvo hipóteses extremas, não deve o Judiciário coibir a discussão de qualquer matéria de interesse”, finalizou Barroso na decisão.

O pedido seguirá agora o trâmite normal, com pedido de informação ao Senado e vista ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

O Senado completou o prazo para colocar a PEC novamente na pauta na última quinta (8), quando foram abertas três sessões em menos de seis horas. Isso porque o regimento interno da Casa estabelece o prazo de cinco dias úteis e, em seguida, três sessões de discussão do texto entre os dois turnos de votação. Com o impasse do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a permanência de Renan na presidência do Senado, os trabalhos foram suspensos e foi necessária essa manobra para que o governo garantisse o cronograma previsto.

A matéria foi aprovada em primeiro turno no último dia 29, com 61 votos favoráveis e 14 contrários, levando alívio ao governo, que se vê em meio de uma crise diante de denúncias de envolvimentos de ministros com atuações ilícitas. A base aliada de Michel Temer argumenta que o ajuste contribuirá para a retomada do crescimento do país e recuperação da economia.

Já a oposição diz que a limitação dos gastos à variação da inflação do ano anterior irá reduzir investimentos, especialmente para as áreas de saúde, educação e programas sociais.

Se for aprovada, a expectativa é de que a matéria seja promulgada na quinta-feira (15).

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso negou pedido de suspensão da tramitação da PEC do Teto, assinado pela senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).

O mandado de segurança foi enviado ao Supremo na noite da segunda-feira, 12. Um dos argumentos era que seriam necessárias três sessões deliberativas ordinárias do Senado, mas houve duas sessões extraordinárias e apenas uma ordinária.

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As três sessões do Senado ocorreram na quinta-feira passada, para acelerar o cronograma e permitir a votação ainda nesta terça-feira, o que motivou críticas da oposição.

Ao indeferir o pedido de liminar, Barroso fez a ressalva de que "nada na presente decisão importa qualquer juízo de valor sobre o acerto ou o desacerto do conteúdo da PEC que institui o teto dos gastos, questão de natureza política que refoge à alçada desta Corte. Nem, tampouco, impede eventual questionamento de seu mérito caso venha a ser aprovada".

Este foi o terceiro pedido de mandado de segurança contra a PEC que institui o Novo Regime Fiscal dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União. Todos foram rejeitados.

O plenário do Senado manteve a Proposta de Emenda à Constituição que limita o aumento dos gastos públicos pelos próximos 20 anos na pauta. No ínicio da sessão, o senador Humberto Costa (PT-PE) apresentou requerimentos para retirada de pauta e adiamento da discussão, mas os pedidos foram rejeitados por 46 votos contra, 13 a favor e duas abstenções.

Neste momento, o plenário iniciou o encaminhamento da votação, que deverá ser concluída ainda nesta terça-feira (13).

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A base aliada de Michel Temer argumenta que o ajuste contribuirá para a retomada do crescimento do país e recuperação da economia. Já a oposição diz que a limitação dos gastos à variação da inflação do ano anterior irá reduzir investimentos, especialmente para as áreas de saúde, educação e programas sociais.

A matéria foi aprovada em primeiro turno no último dia 29, com 61 votos favoráveis e 14 contrários, levando alívio ao governo, que se vê em meio de uma crise diante de denúncias de envolvimentos de ministros com atuações ilícitas.

Tensão resume o clima do início da sessão ordinária do plenário do Senado, em que será votada, em segundo turno, a Proposta de Emenda à Constituição que limita o aumento dos gastos públicos pelos próximos 20 anos. Senadores da oposição reclamaram da falta de espaço para discutir e a "manobra do governo, que está atropelando os contrários" à matéria.

"Hoje, eu rezei muito para não aceitar provocação", disparou o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), após críticas do senador Lindbergh Farias (PT-RJ) sobre a realização de três sessões em cerca de sete horas na quinta, para garantir o cumprimento do prazo para votação da PEC. "Vossa Excelência rasgou a Constituição. Foi um desrespeito à minoria. O senhor atropelou a oposição e queremos mostra r a nossa revolta pelo o que houve quinta", disse.

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Renan se defendeu e disse apenas que a manobra foi feita para manter o cronograma especial de votação já acordado entre os líderes parlamentares. "Esse calendário foi negociado inclusive com a oposição. Apresentamos aqui como trunfo porque conseguimos a compreensão, bom senso, responsabilidade para uma votação tão importante. Estamos apenas mantendo o que foi acordado", respondeu.

Sem aceitar a justificativa, Lindbergh reclamou da mobilização da base aliada, que apoiou a permanência de Renan na presidência do Senado. "Nós todos vimos o que aconteceu na semana passada. O senhor só está sentado nesta Mesa para votar a PEC 55. Se não fosse isso, nem estaria aí". Já o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) retrucou. "O senhor está aqui com o apoio dos seus pares e com o aval do Supremo Tribunal Federal".

No início da sessão, o senador Humberto Costa (PT-PE) apresentou requerimentos para a retirada de pauta da PEC do Teto e adiamento da discussão."Essa é a PEC do fim do mundo", declarou. Os pedidos serão votados em globo, logo após as discussões iniciais e encaminhamentos.

 

O dólar mostra volatilidade na manhã desta terça-feira (13) com investidores à espera da votação da PEC do Teto de Gastos em segundo turno no Senado, a partir das 10h. No câmbio, o movimento reflete também a alta vista ante outras moedas diante da expectativa de que na quarta-feira (14) o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) possa anunciar aumento de juros.

Às 9h30 desta terça-feira, o dólar à vista no balcão subia 0,26%, a R$ 3,3558. O dólar para janeiro caía 0,78%, a R$ 3,3740.

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No exterior, o petróleo busca fôlego, ainda ecoando o acordo de produtores para reduzir a oferta e elevar os preços, mas também avalia um relatório da Agência Internacional de Energia (AIE) divulgado mais cedo.

Sobre a PEC do Teto, embora prevaleça a avaliação no mercado de que o texto passará, há um pouco de cautela após as senadoras Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) terem entrado nesta segunda-feira, 12, no Supremo Tribunal Federal (STF) com um novo mandado de segurança para suspender a tramitação da PEC do Teto no Senado.

O relator do processo será o ministro Luís Roberto Barroso. As senadoras alegam não haver urgência. Antes do primeiro turno de votação, no dia 22 de novembro, Barroso negou um pedido similar feito por Vanessa, Lindbergh Farias (PT-RJ) e Humberto Costa (PT-PE).

O petróleo WTI para janeiro subia 0,57%, a US$ 53,13 o barril, na Nymex, e o Brent para fevereiro avançava 0,65%, a US$ 56,05 o barril, na ICE.

Nesta terça-feira (13), o plenário do Senado votará, em segundo turno, a Proposta de Emenda à Constituição que limita o aumento dos gastos públicos pelos próximos 20 anos. O governo acredita que a matéria será aprovada, mas a rejeição à proposta é grande entre a população.

A consulta pública feita pela págica e-Cidadania no portal do Senado mostra que a maioria dos internautas que registraram a opinião é contrária à PEC do Teto de Gastos. Até o fechamento desta matéria, 369.249 pessoas participaram da pesquisa e 93,57% são contra a aprovação.

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A sessão de votação está marcada para as 10h, horário de Brasília. A expecativa é concluir a votação ainda nesta terça para, se aprovada, ser promulgada na quinta-feira (15).

O texto foi aprovado em primeiro turno no último dia 29, com 61 votos favoráveis e 14 contrários, levando alívio ao governo, que se vê em meio de uma crise diante de denúncias de envolvimentos de ministros com atuações ilícitas. A base aliada de Michel Temer argumenta que o ajuste contribuirá para a retomada do crescimento do país e recuperação da economia.

Durante o período de discussão, o senador Magno Malta (PR-ES) admitiu que a PEC do Teto dos Gastos será difícil para o país, mas sustentou que é uma medida necessária. “O Brasil é um fígado podre, e para fígado podre você toma é boldo, e boldo amarga. E se não tomar boldo, não cura. Essa PEC é um copo de boldo amargo, mas necessário se faz que se tome o boldo”.

"Ao contrário do que muitos dizem, essa PEC é flexível e sensível ao que pode acontecer com o país. A PEC deixa claro que o país está preocupado com o equilíbrio de suas contas", justificou a senadora Rose de Freitas (PMDB-ES). "A proposta é fundamental para conter o crescimento da dívida pública e para o equilíbrio das contas", concluiu.

Já a oposição diz que a limitação dos gastos à variação da inflação do ano anterior irá reduzir investimentos, especialmente para as áreas de saúde, educação e programas sociais.

A senadora Fátima Bezerra (PT-RN) tem dito que a PEC não trará solução para a crise econômica, mas irá piorar a qualidade de vida da população, inclusive na área da educação. "O Plano Nacional de Educação vai virar letra morta com a PEC 55. A proposta veio sobre a forma de emenda à Constituição para anular, pelos próximos 20 anos, os dispositivos que tínhamos conseguido para estabelecer pisos mínimos para essas áreas", disse.

Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) defendeu a reforma tributária como uma das opções para superar a crise fiscal. "Deveríamos diminuir os tributos que os pobres pagam e aumentar os tributos que aqueles ricos não pagam. Este é o país onde o pobre paga imposto e o rico não paga nada. Então, vêm dizer que esse é o único caminho?", questionou. Ela afirmou também que colocar a PEC como solução é "uma grande mentira". "Até porque a crise não tem a previsibilidade de durar 20 anos. E quando esse ciclo de recessão acabar, o que vai acontecer? Haverá um limite constitucional para o investimento em saúde, educação e programas sociais".

A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) manterá fechado o trânsito na Esplanada dos Ministérios durante a maior parte desta terça-feira, 13, em virtude de manifestações previstas para hoje, quando estará em votação no Senado a PEC do Teto, Proposta de Emenda à Constituição que limita o crescimento dos gastos públicos à variação da inflação pelos próximos 20 anos. A votação final do texto, em segundo turno na Casa, é o primeiro item da sessão agendada para começar às 10 horas.

A interdição abrange os dois sentidos do Eixo Monumental de Brasília, conjunto de pistas que levam à Esplanada, e vai até a altura da L4 Sul. O bloqueio teve início à meia-noite. Durante a interdição, a recomendação é para que os motoristas utilizem as vias N2 e S2, que são paralelas ao Eixo Monumental e ficam trás dos anexos dos ministérios.

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O governo local explica que o esquema especial foi montado para garantir a segurança dos manifestantes, das pessoas que passam pela área central da cidade e dos patrimônios público e privado. A Polícia Militar vai mobilizar inicialmente 600 policiais, podendo chegar até a 2 mil; o Corpo de Bombeiros, 60 homens; e o Detran, 20 agentes. A Polícia Civil vai escalar 36 policiais e reforçar o atendimento da 5ª Delegacia de Polícia Civil, onde possíveis flagrantes serão centralizados.

Os manifestantes poderão ocupar apenas o gramado central da Esplanada. Haverá revistas pessoais para evitar a entrada de objetos cortantes ou inflamáveis e pedaços de madeira. O Eixo Monumental só será liberado duas horas depois do fim do protesto.

A Secretaria de Segurança do DF informa ainda que toda a Esplanada será monitorada em tempo real pelas câmeras conectadas no Centro Integrado de Comando e Controle Regional, que reúne representantes de todos os órgãos envolvidos na operação.

Segundo o órgão, desde janeiro a Esplanada recebeu 143 manifestações que foram previamente comunicadas à SSP-DF. Somente uma não foi pacífica, a do dia 29 de novembro, com a depredação de prédios públicos e carros particulares. Nesse dia, ocorreu a votação da PEC do Teto no Senado em primeiro turno.

Manifestantes protestam na manhã desta terça-feira (13)  contra o governo Michel Temer no centro do Recife. Eles bloqueiam a Avenida Cruz Cabugá e a Avenida Norte, importantes vias da capital.

O grupo ora interdita a Avenida Norte ora a Avenida Cruz Cabugá. Eles atearam fogo em entulhos para impedir o tráfego de veículos. Os manifestantes carregam uma faixa pedindo a saída do presidente Temer.

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O Exército está no local acompanhando o ato. Agentes da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) estão no local orientando os condutores. Para quem vem de Olinda pela Avenida Cruz Cabugá, há um desvio entrando na Avenida Norte. As assessorias da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros não confirmaram os acionamentos das corporações. 

A PEC 55, conhecida como PEC do Teto dos Gastos, será votada em segundo turno pelo Senado Federal. A votação está prevista para ocorrer às 9h.

Motivo de polêmica e protestos em todo o país, a Proposta de Emenda à Constituição que limita o aumento dos gastos públicos pelos próximos 20 anos será votada em segundo turno, nesta terça-feira (13), pelo plenário do Senado. Mesmo com críticas, o governo acredita que a PEC do Teto será aprovada.

A votação foi antecipada para as 10h - geralmente as sessões deliberativas começam às 16h. A justificativa do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), é de que a medida evitará que a sessão se prolongue até a madrugada, como ocorreu durante a votação em primeiro turno.

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O Senado completou o prazo para colocar a PEC novamente na pauta na última quinta (8), quando foram abertas três sessões em menos de seis horas. Isso porque o regimento interno da Casa estabelece o prazo de cinco dias úteis e, em seguida, três sessões de discussão do texto entre os dois turnos de votação. Com o impasse do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a permanência de Renan na presidência do Senado, os trabalhos foram suspensos e foi necessária essa manobra para que o governo garantisse o cronograma previsto.

A matéria foi aprovada em primeiro turno no último dia 29, com 61 votos favoráveis e 14 contrários, levando alívio ao governo, que se vê em meio de uma crise diante de denúncias de envolvimentos de ministros com atuações ilícitas. A base aliada de Michel Temer argumenta que o ajuste contribuirá para a retomada do crescimento do país e recuperação da economia.

Já a oposição diz que a limitação dos gastos à variação da inflação do ano anterior irá reduzir investimentos, especialmente para as áreas de saúde, educação e programas sociais. Na semana passada, relatores da Organização das Nações Unidas (ONU) criticaram a proposta por considerarem que ela fere os direitos humanos. A medida é "inteiramente incompatível com as obrigações de direitos humanos do Brasil" de acordo com o relator especial da ONU para extrema pobreza e direitos humanos, Philip Alston.

Se for mesmo aprovada nesta terça, a expectativa é de que a matéria seja promulgada na quinta-feira (15), portanto antes do recesso parlamentar.

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