Tópicos | PPS

A desistência da união entre o PSB e o PPS já é tida como certa nos bastidores políticos como o Portal LeiaJádivulgou recentemente, mas, segundo o governador Paulo Câmara (PSB) os diálogos permanecerão e a fusão pode correr nos próximos meses, ou até, no próximo ano. Em entrevista a uma rádio nesta terça-feira (9) após o anuncio de concessões feito pela presidente Dilma Rousseff (PT), o socialista reconfirmou que a junção das legendas não será feita em junho, como estava proposto. 

“Há uma grade discussão no âmbito do partido. Nós decidimos em comum com todas as lideranças do partido. É um momento de aguardar e aprofundar essas discussões. Então, a fusão vai continuar sendo discutida, mas não vai ser resolvida como tava marcada agora para o mês de junho”, revelou. 

##RECOMENDA##

De acordo com Câmara, as conversas não impedirão a realização de alianças com o PPS, inclusive, nos diretórios espalhados pelo país. “Vai nos dar a oportunidade (as conversas) de fazermos alianças políticas com o PPS como já estamos fazendo desde 2014, e abrir uma discussão maior em todos os Estados, em todos os diretórios, para vermos no próximo ano, ou nos próximos meses, se a fusão jurídica pode ser feita ou não”, apesar da decisão, o socialista enfatizou a unidade do PSB. “Um processo de discussão que o partido está muito unido, muito coeso e vai decidir isso”, pontuou. 

Após um fim de semana de conversas entre a cúpula nacional do PSB, o governador de Pernambuco e vice-presidente do partido, Paulo Câmara, afirmou, nesta segunda-feira (8), que a legenda socialista quer firmar parcerias com o PPS, mas também observa a necessidade de rediscutir a fusão e deixar a concretização do processo “mais para frente”. De acordo com ele, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, vai se reunir com o presidente do PPS, deputado federal Roberto Freire, e outros membros dos partidos nesta semana para tratar dos desdobramentos do assunto. 

“O partido está unido, todos entendendo da necessidade de se rediscutir essa questão do processo de fusão. Esta semana vai ter alguns desdobramentos do processo lá em Brasília, o presidente Carlos Siqueira deve se encontrar com representantes do PPS para que a gente possa definir (o adiamento efetivo do processo)”, frisou o governador, após a cerimônia de posse dos membros do Conselho Estadual de Direitos Humanos. “A gente quer ter políticas juntas (com o PPS), mas com esse processo de fusão sendo mais discutido com os estados e ficando um pouco mais para frente”, acrescentou. 

##RECOMENDA##

Questionado sobre a possibilidade do adiamento do processo gerar algum desconforto interno – principalmente com o vice-governador de São Paulo, Márcio França, que esteve à frente das negociações –, o governador voltou a pontuar a unidade da legenda e destacou que as conversas em torno da fusão vão continuar acontecendo para que as divergências entre o PSB e o PPS sejam superadas. “As conversas com o PPS continuam é apenas o momento de abranger mais o debate. Temos mais convergências do que divergências e precisamos mesmo aprofundar o debate para superar qualquer tipo de divergência que possa ocorrer. É isso que vai se fazer em 2015 e 2016”, conjecturou.

Encontro com Carlos Lupi – O governador encontra no início da tarde desta segunda-feira com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, que está em Pernambuco para um encontro com a direção estadual pedetista. Apesar de não compor a base aliada de Paulo Câmara, o PDT integra, em alguns municípios, o hall de aliados do PSB, entre eles Caruaru, no Agreste.

Na cidade, inclusive, há instalada uma pré-disputa pelo apoio de Câmara para as eleições municipais de 2016. Nos bastidores, conta-se com, no mínimo, três aliados que pretendem disputar o pleito: os deputados federal Wolney Queiroz (PDT) e estaduais Raquel Lyra (PSB) e Tony Gel (PMDB). 

“Está muito cedo para conversar sobre 2016. Tenho um amplo palanque em Caruaru, a gente quer na verdade é ajudar Caruaru para que a cidade ajude o Estado. Estamos conversando com todos os atores. Tanto a deputada Raquel Lyra, quanto Tony Gel e Wolney Queiroz são pessoas que eu respeito muito”, observou o governador ao ser indagado se a disputa pelo Executivo de Caruaru em 2016 estava na pauta da conversa com Lupi. Os dois almoçam juntos neste momento. 

O anúncio da decisão do PSB de abortar ou não a fusão com o PPS foi adiada para este domingo (7). De acordo com o presidente nacional da legenda, Carlos Siqueira, a reunião que aconteceria neste sábado (6) foi "tomada por um clima de casamento", já que o dirigente socialista e outras lideranças, como o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, o prefeito do Recife, Geraldo Julio, e o vice-presidente nacional do PSB, Beto Albuquerque, estão em São Paulo para o casamento do filho do vice-governador do Estado, Márcio França. 

“Tivemos uma primeira hoje, mas estamos neste clima de casamento aí adiamos para amanhã a reunião. Tivemos um encontro rápido e informal hoje”, afirmou Siqueira, em entrevista ao Portal LeiaJá. Apesar de questionado, o dirigente não quis adiantar o posicionamento. 

##RECOMENDA##

Mesmo com o adiamento do anúncio, o Portal LeiaJá apurou que a decisão de abortar a fusão já está tomada. De acordo com uma fonte socialista, o posicionamento de desistir da junção do PSB com o PPS foi firmado em Pernambuco, há pouco mais de 10 dias, quando Carlos Siqueira esteve no estado acompanhado de Beto Albuquerque e do secretário-geral do partido, Renato Casagrande, para uma reunião com Paulo Câmara e Geraldo Julio.

Na ocasião, segundo a fonte, os líderes da legenda em Pernambuco expuseram as razões de serem contrários a fusão e anunciaram que os diretórios do Rio de Janeiro, Paraná, Maranhão, Bahia e Amazonas acompanhariam, naquela altura do campeonato, a decisão dos pernambucanos. O que derrotaria a proposta no Congresso, agendado para 20 de junho. 

“Não é do interesse do partido aparentar a derrota de quem defendia a fusão ou a vitória de quem era contra, por isso, para evitar um racha, foi marcada essa reunião com Márcio França. Mas já está decidida a anulação do Congresso”, confidenciou o socialista. 

Em semana curta de atividades legislativas em Brasília, devido ao feriado de Corpus Christi na quinta-feira (4), Senado e Câmara adiaram a votação de matérias do ajuste fiscal e reforma política. O governo federal também iniciou uma nova fase da gestão, com uma agenda positiva.

Os senadores aprovaram o projeto de lei da mediação, chamado de Marco Legal da Mediação, que estabelece a tentativa de chegada em um acordo como primeiro passo a ser tomado nos processos da Justiça. A proposta, que seguiu para sanção da presidente Dilma Rousseff, é vista pelo governo como um passo para descongestionar o Judiciário no País. A Casa também aprovou dois acordos internacionais relacionados ao Brics, bloco comercial composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Um deles institui um fundo para socorro financeiro e o outro cria um banco de desenvolvimento.

##RECOMENDA##

Além de adiar a deliberação final sobre os ajustes fiscais, a Câmara trabalha para a votação da PEC da maioridade penal, que deve ser apreciada pela comissão especial até o dia 17. O governo é contra a matéria e já articula a rejeição com apoio até do PSDB. O tema dividiu opiniões na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). A bandeira foi levantada pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que defende que após 22 anos de tramitação, a proposta está madura para ser votada. "Isso não é pauta de governo, é pauta da sociedade", rebateu.

Esse, na verdade, é só mais um impasse entre o Palácio do Planalto e Cunha. Apesar de integrarem partidos aliados de primeira hora, o relacionamento político-institucional entre os dois é um campo minado, principalmente no tocante ao Legislativo. Para cientistas políticos, o posicionamento pode atingir outros partidos políticos. Em resposta ao anteprojeto de lei apresentado no Congresso Nacional, que expande a lista de nomeações a serem aprovadas pelo Senado, a presidente defendeu a autonomia e independência dos Poderes. “Todos os Poderes no Brasil têm que ser respeitados”.

A gestão de Dilma, inclusive, iniciou a semana com a discussão de uma agenda positiva, para melhorar a aceitação do governo. Foi anunciado o aumento de investimento através do Plano Safra 2015/2016. Ainda este mês serão anunciados novo pacote de concessões em infraestrutura e logística, Plano Safra da Agricultura Familiar, Plano Nacional de Exportações e Minha Casa, Minha Vida 3. Também foi sancionada a lei que regulamenta a emenda constitucional ampliando os direitos dos trabalhadores domésticos.

No âmbito estadual, o balanço da gestão fiscal do primeiro quadrimestre revelou que o governador Paulo Câmara (PSB) ultrapassou o limite estipulado pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para o gasto com pessoal. A gestão do socialista também recebeu críticas do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro (PTB), que disse não ter recebido ainda as demandas do Estado. Para o líder do governo na Alepe, deputado Waldemar Borges (PSB), Armando nunca superou a derrota nas eleições de 2014. O secretário de Planejamento e Gestão do Estado (Seplag), Danilo Cabral, disse que o ministro precisa “descer do palanque” e ajudar Pernambuco.

Corrupção - O Tribunal Administrativo Regional (TAR) do Lazio, na Itália, autorizou a extradição do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato. Os julgadores rejeitaram recurso protocolado pela defesa contra decisão do governo italiano que autorizou a extradição para o Brasil. Os advogados alegaram que os presídios brasileiros não têm condições de garantir a integridade física dos detentos. Pizzolato foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão.

A Operação Lava Jato está investigando o elo de petistas com empresas do pré-sal, que podem ter sido usadas para a lavagem de dinheiro. Em depoimento à Polícia Federal, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa não confirmou se houve repasse de recursos desviados da Petrobras em forma de doações oficiais à campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff, em 2014. Também em depoimento, o empresário Gerson de Mello Almada, um dos donos da Engevix Engenharia, confirmou o pagamento de US$ 120 milhões para o lobista Milton Pascowitch.

Entre os acusados, o ex-deputado Pedro Corrêa (PP-PE), colocou em seu rol de testemunhas três deputados investigados por envolvimento no esquema de corrupção instalado na Petrobras: José Otávio Germano (PP-RS), Nelson Meurer (PP-PR) e Waldir Maranhão (PP-MA). Já o ex-diretor da área Internacional da estatal, Nestor Cerveró, pediu à Justiça para ser transferido para o Complexo Médico Penal do Paraná. Ele está preso desde janeiro. João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, ingressou com pedido de habeas corpus no STF, pedido a imediata revogação da prisão preventiva e a expedição do alvará de soltura sob alegação de que já comprovou a "absoluta legalidade" de sua movimentação bancária. Vaccari está preso desde 15 de abril.

Na CPI da Petrobras, mais dois empreiteiros frustraram os deputados ao usarem o direito constitucional de ficarem calados para não se autoincriminarem. O colegiado quer ouvir 14 pessoas na próxima semana, além de votar acareações e novas convocações.

Partidos - Em passagem pelo Recife, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse que a legenda é a que mais combate a corrupção. Ele confirmou também a existência de diálogos com lideranças do PSB sobre possível retorno de parceria. Enquanto isso, os socialistas definem neste sábado (6) os rumos para a fusão com o PPS. O processo desacelerou e pode nem sair do papel.

Nesta semana, a deputada federal Luciana Santos assumiu a presidência do Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Em entrevista ao LeiaJá, ela reconheceu o momento difícil que o Brasil passa e revelou as primeiras articulações para as eleições de 2016.

 

Entusiasta inicial da fusão do PSB com o PPS, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), afirmou que defenderá diante da cúpula pessebista que a concretização do processo seja adiada. O grupo de líderes da legenda vai se encontrar em São Paulo, neste sábado (6), onde participa do casamento do filho do vice-governador do estado e um dos líderes do processo, Márcio França (PSB). Lá, eles também vão definir se efetivam a fusão este ano ou deixam para 2017.

“O importante é que o partido saia unido deste processo. A fusão, no nosso entendimento, pode aguardar para um momento onde as regras vão estar mais claras”, argumentou após assinar o projeto de Lei que institui a Política Estadual da Pesca Artesanal. Ao falar de “regras mais claras”, Paulo Câmara fez menção às determinações eleitorais abordadas pela proposta da reforma política. Desde que o processo de articulação entre o PSB e o PPS desacelerou, os socialistas estão se justificando na falta de clareza das regras para a fusão de partidos. 

##RECOMENDA##

Indagado se houve interferência da viúva do ex-governador Eduardo Campos, Renata Campos, na possibilidade de voltarem atrás na decisão de fundir o PSB com o PPS, Paulo Câmara disse que as articulações locais foram conduzidas pelo presidente estadual do partido, Sileno Guedes, e que nacionalmente ele e o prefeito do Recife, Geraldo Julio, foram consultados durante uma reunião na última semana com o presidente Carlos Siqueira, o vice-presidente Beto Albuquerque e Renato Casagrande.

Em conversa com o Portal LeiaJá nesta sexta-feira (5), Siqueira preferiu não confirmar se o posicionamento de Renata foi levado em consideração. Segundo ele, a reunião deste sábado será decisiva para o processo. “Os rumos do partido serão definidos amanhã (sábado). A decisão que nós vamos tomar vai levar em conta um balanço geral, não de A ou B”, desconversou. 

Pesca Artesanal - O governador enviou à Assembleia Legislativa de Pernambuco, nesta sexta (5), o projeto de Lei que institui a Política Estadual da Pesca Artesanal. A iniciativa pretende valorizar os pescadores artesanais e o fomento da sustentabilidade socioeconômica e ambiental. Além disso, Câmara também lançou um edital que vai destinar R$ 2 milhões para as Unidades de Conservação que se encontram nas áreas com populações que vivem da pesca artesanal. O objetivo é integrar as comunidades de pescadores às ações de monitoramento e proteção. 

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, afirmou, nesta sexta-feira (5), que os rumos da fusão entre o PSB e o PPS serão definidos neste sábado (6). Em entrevista ao Portal LeiaJá, o dirigente confirmou a “desaceleração” do processo e disse que “até o fim do dia de amanhã” o martelo – se efetivam a fusão este ano ou deixam para depois - será batido. 

“Vamos estar em São Paulo, com o Márcio França (vice-governador do Estado) e outros líderes do partido. Lá definiremos”, revelou o presidente nacional. Sem dar muitos detalhes sobre o que deverá acontecer, Siqueira pontuou ter conversado com “quase todos os componentes do PSB” durante esse período, inclusive a viúva do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, Renata Campos. 

##RECOMENDA##

Nos bastidores, a opinião de Renata foi um dos pesos levados em consideração para adiar o processo de junção entre as legendas. Indagado sobre o assunto Siqueira desconversou. “A decisão que nós tomarmos vai levar em conta um balanço geral, não de A ou B”, disse. 

O deputado federal Raul Jungmann (PPS) está colhendo assinaturas para apresentar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabeleça a necessidade de uma sabatina, no Senado, com o representante indicado pelo país para as funções de direção de instituições financeiras internacionais. Se aprovada a medida, os diretores indicados pela presidência da República para o novo Banco de Desenvolvimento dos Brics terão de se sujeitar à arguição e à aprovação, por voto secreto, dos senadores.

Para Jungmann a iniciativa dá tratamento isonômico à indicação de cargos de alto escalão com atribuições semelhantes. “Diretores de bancos multilaterais têm responsabilidade que transcendem até mesmo a de bancos estatais nacionais, não apenas pelo volume de recursos que as instituições movimentam, mas também por os integrantes dos cargos tratarem de interesses muitas vezes estratégicos do Brasil em instituições como o Banco de Desenvolvimento dos Brics, por exemplo”, salientou.

##RECOMENDA##

O deputado explicou que igual tratamento é dado a diretores de agências reguladoras e diplomatas que vão assumir embaixadas do país no exterior. Ele defendeu ainda que o Congresso seja co-partícipe, tenha responsabilidade na escolha dos dirigentes de instituições financeiras multilaterais também. “Que a decisão não fique apenas nas mãos do Executivo, até porque compete ao Parlamento fiscalizar aquele poder e participar da escolha de cargos estratégicos, de cargos de estado – e é o caso – fazendo parte da seleção desses dirigentes”, argumentou Raul Jungmann.

Diante da manutenção na Reforma Política das coligações em eleições proporcionais, da criação de uma cláusula de barreira "light" e da resistência do diretório pessebista de Pernambuco, a fusão entre PSB e PPS desacelerou e corre o risco de não se concretizar. O objetivo das duas siglas era juntar forças neste mês, mas o máximo que deve acontecer é uma aliança para as eleições municipais de 2016.

Dirigentes do PSB se deram conta de que o processo de fusão não se daria com a facilidade prevista inicialmente. Pernambuco, liderada pelo governador Paulo Câmara e pelo prefeito do Recife, Geraldo Julio, questionaram a unificação, mesmo sabendo que a proposta tinha sido aventada inicialmente pelo ex-governador Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo no ano passado. "Estamos considerando as questões de Pernambuco. Há uma série de pendências para serem discutidas antes de dar o próximo passo", declarou o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira.

##RECOMENDA##

Assim como Pernambuco, outros diretórios estaduais também demonstraram insatisfação com a proposta, como Maranhão, Bahia e Paraíba. A cúpula refez as contas e concluiu que não tinha 80% dos diretórios apoiando a fusão com o PPS. "Estamos buscando a unanimidade, então acho que vale a pena esperar mais um pouco", disse o vice-governador de São Paulo, Márcio França.

O congresso do PSB previsto para o dia 20 deste mês e que tinha como objetivo ratificar a fusão deve ser reagendado. "Se adiar o congresso, a fusão não sairá nunca mais", concluiu um membro do diretório nacional do PSB.

No partido fala-se agora em aprovar uma resolução com o objetivo de garantir uma aliança obrigatória das duas legendas, em todas as cidades nas eleições do ano que vem, e uma atuação em bloco no Congresso Nacional. Enquanto tenta viabilizar a junção das siglas, o PSB deve fazer consulta ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre as regras para filiação e desfiliação para casos de fusão, uma das demandas do diretório pernambucano. O PSB quer ter certeza se, no entendimento dos ministros, só a saída de filiados será permitida e não a entrada de novos membros.

Os pessebistas afirmam que a pressa na fusão se dava em virtude da expectativa de fim das coligações proporcionais e do estabelecimento de uma cláusula de barreira mais rígida para os partidos. Com a Reforma Política votada na Câmara, eles acreditam que a fusão "perdeu a emergência".

Da parte do PPS, a proposta ainda está de pé. "O debate interno no PSB é que caminha para a desaceleração", afirmou o presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP).

A cúpula do PSB vai aproveitar o casamento do filho de França, o deputado estadual Caio França (PSB-SP), no próximo sábado em São Vicente, para fazer um balanço das divergências internas e reavaliar o processo de fusão. "Temos agora de discutir nossos problemas primeiro antes de conversar com o PPS", disse Siqueira.

Com o objetivo de discutir a crise no país e apontar possíveis caminhos democráticos para enfrentá-la, as fundações João Mangabeira (PSB), Astrogildo Pereira (PPS) e Herbert Daniel (PV) promoverão no Auditório da Federação das Associações de Municípios em Porto Alegre (RS), a terceira edição do seminário: “Diálogo Brasil: Reflexões sobre a crise e os caminhos democráticos”. O encontro marcado para o próximo dia 1º de junho terá transmissão online através do site do PSB.

Para o presidente da Fundação João Mangabeira, Renato Casagrande, os debates tendem a discutir as problemáticas do Brasil. “O país passa por um momento de dificuldade e os partidos não podem ficar inertes. Devemos caminhar em sintonia com a população, respeitando a democracia e a soberania do nosso país”, destacou.

##RECOMENDA##

Casagrande também detalhou os principais assuntos tratados na reunião. “No Seminário, discutimos propostas como redução de custos de campanha, ampliação da participação da sociedade na política – e é aí que entra o papel das Fundações; o combate à corrupção, a estruturação de um programa para o Brasil que envolva educação, solidariedade, sustentabilidade”, descreveu.

Regiões - O ciclo de debates dos partidos PSB, PV e PPS conta com cinco edições, com o intuito de atingir todas as regiões do país. Até agora, o evento foi realizado em São Paulo e no Distrito Federal. Para participar do encontro é necessário confirmar presença através do email: dialogobrasil2015@gmail.com.

Fundador e ex-presidente nacional do PSB, Roberto Amaral classificou de "tragédia" a fusão do PSB com o PPS e disse que o objetivo da junção das duas legendas é pavimentar o caminho do atual governador de São Paulo, o tucano Geraldo Alckmin, às eleições presidenciais de 2018. O paulista trava uma disputa interna com o correligionário mineiro, o senador Aécio Neves, pela cabeça de chapa do partido. "Na verdade, o PSB de hoje virou um pasto na disputa interna do PSDB às eleições presidenciais de 2018, da ala tucana ligada ao governador Geraldo Alckmin, na tentativa de fortalecê-lo na disputa interna com Aécio Neves", disse Amaral, em entrevista exclusiva ao Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado.

Além de ser uma tragédia, "uma burrice e uma traição ao socialismo", Amaral avalia que a fusão de seu partido com o PPS é compatível com a visão pragmática da nova direção da legenda, que privilegia o crescimento aritmético em detrimento da política. "É lamentável que, em vez de se tornar um desaguadouro dos quadros descontentes da esquerda, o PSB tenha optado por ser um ator secundário da direita", disse, reiterando que a junção das siglas já está sendo arquitetada há muito tempo, com a finalidade de alçar Alckmin à cabeça de chapa do PSDB nas próximas eleições ao Palácio do Planalto.

##RECOMENDA##

Para o ex-presidente nacional do PSB, infelizmente a fusão das duas siglas já está dada. "A renúncia ao socialismo já foi feita, não é mais o partido de João Mangabeira, Miguel Arraes e Jamil Haddad." Em reunião ocorrida na semana passada, os presidentes dos diretórios estaduais da legenda aprovaram, por maioria, a fusão com o PPS. A oficialização do acordo deverá ser feita no dia 20 de junho, na convenção nacional do PSB, que será realizada em Brasília. Nesse mesmo dia, o PPS também realiza sua convenção para autorizar a união. Com a fusão, a nova legenda será a quarta maior bancada da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, atrás apenas do PMDB, PT e PSDB.

Apesar das duras críticas, Amaral disse que ainda não definiu seu futuro partidário e que não pensa, no momento, em deixar o PSB, que ajudou a fundar a sigla. Fontes ligadas à legenda, que também estão descontentes com a fusão com o PPS, informaram ao Broadcast Político que não deverá haver uma decisão individual de desfiliação, mas uma ação coletiva está em estudo.

Roberto Freire

O presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP), não quis comentar as críticas feitas pelo fundador e ex-presidente nacional do PSB, Roberto Amaral. "Não vou comentar as declarações de Amaral, pois a nossa diferença é clara, enquanto eu apoiei Eduardo Campos (ex-governador do PSB que faleceu em acidente aéreo no ano passado, durante a campanha presidencial), ele apoiou Dilma Rousseff (presidente reeleita pelo PT)", limitou-se a dizer Freire, ao Broadcast Político.

Capiberibe

O senador João Capiberibe (PSB-AP), tradicional quadro da ala considerada mais esquerdista do partido, avalia que a fusão com o PPS não é um problema chave no contexto atual da legenda. "A argumentação de que a fusão com o PPS seria uma guinada à direita não faz sentido, porque o PSB já deu essa guinada à direita lá atrás", disse o senador ao Broadcast Político. "Nós, dos setores mais progressistas do PSB, já perdemos a luta interna".

Ele avalia que essa derrota ficou evidente quando o partido decidiu apoiar a candidatura de Aécio Neves (PSDB) no segundo turno da eleição presidencial do ano passado e, pouco depois, quando quadros históricos foram afastados da direção, Roberto Amaral da presidência da legenda e a deputada Luiza Erundina (SP) da Executiva Nacional.

Para ele, tanto PSB como PPS, dentro de um contexto que envolve também um recrudescimento em todo o Congresso, tendem ao que ele chama de "neoconservadorismo". "Na representação parlamentar, há uma nítida representação da direita conservadora. Nesse aspecto, tanto PPS como PSB têm uma semelhança, têm quadros de esquerda históricos, mas têm uma forte presença desse 'neoconservadorismo'." Capiberibe está há 28 anos no PSB.

Para o senador, a tendência mais realista é que a fusão com o PPS seja aprovada no congresso extraordinário da legenda, agendado para 20 de junho. Ele não descarta, contudo, que os movimentos sociais do partido consigam reverter a fusão - só considera uma saída menos provável. "Os movimentos estão na vanguarda política, no contato direto com a sociedade, eles têm muita legitimidade para se posicionar. Agora, nem sempre os movimentos sociais estão 'consensuados' com a representação parlamentar", afirmou o senador.

Nesta semana, filiados do PSB ligados ao movimento sindical publicaram um manifesto contrário à fusão. O movimento foi liderado por Joilson Cardoso, secretário sindical do PSB e única voz na Executiva Nacional contrária à fusão. Assim como o movimento sindical, o deputado Glauber Braga (RJ) tem condenado a fusão, dizendo que ela reforça o movimento do partido de se tornar um "satélite do PSDB" e destruir a origem socialista da agremiação de Miguel Arraes e Jamil Haddad.

Capiberibe acredita que o movimento contra a fusão pode ter chance de sucesso se conseguir se articular com maior clareza e se aumentar o grau de manifestações. O senador afirma, no entanto, que o maior empecilho à união com o PPS hoje não é a questão ideológica, mas a composição da direção da nova legenda. Segundo ele, tem crescido nos bastidores o receio de integrantes do PSB de terem de ceder espaço nas executivas e nos diretórios para os quadros que virão do PPS.

Enquanto a fusão entre PPS e PSB não é documentada, a Juventude Popular Socialista (JPS) em Pernambuco debaterá neste sábado (23) a importância dos jovens na política brasileira. O encontro que será realizado no bar Vapor 48, no bairro de São José, a partir das 9h, é organizado pelos presidentes municipal e estadual da juventude do Partido Popular Socialista (PPS), Felipe Ferreira Lima e Cristiano Vasconcelos, respectivamente.

No início da programação, os pós-comunistas participarão de uma mesa de debate com o deputado federal Raul Jungmann, que falará sobre a conjuntura da política nacional, e com o cientista político Thales Castro, que abordará o tema “O Jovem e a Política: Oportunidade, Dilemas e Mudanças”. A presidente do diretório estadual do PPS, Débora Albuquerque, também fará parte das discussões. 

##RECOMENDA##

Já à tarde, depois do almoço, a programação ficará por conta da banda de forró e axé “Chama na Grande”. “Não há dúvidas de que vivemos um momento de crise política. Com quase três décadas de democracia, o brasileiro se vê órfão de ideologias, carente de lideranças, perdido entre discursos vazios. Sei que estimular um cidadão a participar de um ato político é um tremendo desafio. Mas nada melhor do que buscar a solução na garra da juventude, na nossa capacidade de inovar, com coragem de promover e debater mudanças”, ressaltou Felipe Lima.

Para Cristiano Vasconcelos, as novas tecnologias proporcionaram uma mudança na relação com os políticos, hoje mais horizontal, e no comportamento dos jovens, que passaram a se engajar dentro e fora das redes sociais. “Os jovens se mobilizam cada vez mais rápido atualmente, sem qualquer influência de associações, sindicatos ou partidos, levantando bandeiras específicas e cobrando diretamente aos políticos. Precisamos caminhar juntos nessa direção, apresentando aos novos manifestantes propostas que despertem interesse e tenham afinidade com a nossa ideologia”, explicou por meio da assessoria de imprensa.

Os presidentes do PSB e do PPS, Carlos Siqueira e Roberto Freire, assinam artigo publicado nesta segunda-feira (18) no jornal "Folha de S. Paulo" em que defendem o sentido histórico da provável fusão entre os dois partidos - que será discutida em congressos das legendas em junho. O texto lembra as origens do PPS, herdeiro do Partido Comunista Brasileiro, o "Partidão", e do PSB, socialista. Fala da "Frente do Recife" e seu papel na resistência à ditadura e na campanha pelas diretas, citando também a Constituinte e o impeachment de Fernando Collor como situações em que as legendas atuaram conjuntamente.

Com essa argumentação, o texto apresenta a fusão como "alternativa real ao atual governo federal", mais do que a união de dois partidos. O artigo destaca que PSB e PPS estiveram juntos na campanha de Eduardo Campos - sem citar o nome de Marina Silva, que assumiu a cabeça de chapa após a tragédia e que agora segue empenhada em criar sua Rede Sustentabilidade. "É justamente a partir dessa aproximação que prosperou a tese da fusão entre os dois partidos, com intuito de oferecer à nação uma plataforma política conectada com os anseios da sociedade contemporânea e que dialogue com o século 21", diz o texto publicado nesta segunda.

##RECOMENDA##

O artigo não usa a expressão "terceira via", mas reforça os conceitos de mudança e renovação na política. "O que a sociedade deseja é encontrar novos atores e novas formas de se expressar e participar", diz um trecho. "A sociedade pede mudança, um novo mundo pede passagem e este caminho já começou", diz outro.

No último parágrafo, o texto também faz crítica ao governo centrando no escândalo de corrupção e na continuidade do PT no poder - sem contudo citar o partido da presidente Dilma Rousseff diretamente. "Não devemos nos conformar jamais com a desesperança, o descalabro, a desfaçatez, o estelionato eleitoral, a corrupção e as mazelas resultantes da ação predatória daqueles que se locupletam e se perpetuam no poder sem escrúpulos."

Enquanto a ala majoritária do PSB, liderada pelo presidente paulista da legenda Márcio França, defende a lógica histórica e o cenário atual como argumentos para basear a fusão, o movimento desagrada a quadros históricos do partido, como Luiza Erundina (SP), Glauber Braga (RJ) e o secretário sindical do partido, Joilson Cardoso. Joilson foi a única voz na Executiva Nacional do PSB a abertamente desaprovar a fusão, argumentando que o PPS hoje tem uma postura muito mais conservadora que o PSB no Congresso Nacional. "Não vejo congruência em uma fusão com o PPS. Eles têm uma postura no Congresso de direita, enquanto nós mantemos uma posição crítica ao governo, mas de independência", disse Joilson à reportagem no fim de abril, quando a Executiva deu aval para que a negociação de fusão avançasse.

O prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes (PSDB), confirmou o convite feito ao deputado federal Raul Jungmann (PPS) para que migre à sigla tucana. Em meio ao processo de fusão com o PSB, o chefe do executivo acredita que o pós-comunista ficará numa situação desconfortável e revelou que até o senador Aécio Neves (PSDB) já sinalizou dando as boas vindas ao parlamentar. 

Analisando a união do PSB com o PPS, Gomes frisou a postura de oposição do PPS. “É um processo complexo essa fusão, porque se você pensar, o PPS é oposição bem demarcada contra o governo do PT há muitos anos, o PSB fez parte deste governo e agora tem uma postura de independência como é que vai ficar esse futuro partido? Isso não está claro!”, observou. 

##RECOMENDA##

Para o prefeito de Jaboatão, outras questões que precisam ser aliadas é o comando do PBS a nível estadual e nacional. “A outra coisa é que o eixo de comando do partido se desloca de Pernambuco para São Paulo e perde os ‘eduardistas”. “Eles têm razão, o PSB de Pernambuco em não concordar, como também os paulistas têm razão em querer esta unidade”, pontuou.

De acordo com Elias Gomes, a situação mais complicada será dos pós-comunistas. “Agora, eu acho que os companheiros do PPS de Pernambuco estão numa situação um tanto quanto desconfortável: vai para um partido que não quer o PPS integrando este partido? Eu percebi isso lá atrás e fui o primeiro a conversar com Raul Jungmann e fiz o convite”, revelou. Ele também contou que o presidente nacional do PSDB já sabe da possível ida de Jungmann a legenda. “Conversei com Aécio, pedi que recebesse bem e nós estamos esperando e que ele fique claro da decisão. Agora Raul disse que qualquer movimento dele não significa um distanciamento do governador Paulo Câmara porque nós também do PSDB somos da base do governo estadual do daqui de Pernambuco”, destacou. 

Enfatizando a espera de Jungmann, o tucano disse que o secretário geral do PSDB em Pernambuco, o deputado federal Betinho Gomes também apoiou a migração. “Eu o deixei a vontade, disse que o receberia bem, o secretário geral do partido disse que o receberia com o maior carinho. Ele tem tempo, não tem pressa e a decisão que ele tomar será compreendida e a expectativa que se ele vir, termos um quadro nacional e qualificado com que teremos afinidade”, anseia Elias Gomes. 

Em meio às insatisfações de algumas alas do PSB nos Estados como é o caso em Pernambuco, por exemplo, que não concorda com a fusão com o PPS, o presidente nacional da legenda, Carlos Siqueira, convocou o Conselho de Presidentes Estaduais para uma reunião na tarde nesta terça-feira (12). O encontro será realizado na sede do partido em Brasília, e deverá contar com a presença do vice-presidente nacional da legenda, governador Paulo Câmara (PSB), que não divulgou agenda pública hoje e do presidnete estadual do PSB-PE, Sileno Guedes.

A principal pauta da reunião é a discussão sobre a possível fusão do PSB com o Partido Popular Socialista (PPS). Para isso, Siqueira deseja conhecer a opinião de cada estado e a posição de cada um dos membros do partido. Até agora, já foram realizadas reuniões com a Executiva Nacional do PSB e a Bancada do PSB na Câmara dos Deputados.

##RECOMENDA##

 

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, encontra, nesta terça-feira (12), com os presidentes estaduais da legenda. A reunião, que acontece em Brasília, será para tratar do processo de fusão entre a sigla socialista e o PPS, iniciado em abril.

A expectativa é de que durante o encontro os dirigentes destrinchem o posicionamento dos seus diretórios quanto ao assunto. O presidente da legenda em Pernambuco, Sileno Guedes, vai expor a posição contrária da agremiação no estado. A sinalização contra a fusão foi dada durante uma reunião com a Executiva na última quinta-feira (7). 

##RECOMENDA##

“O sentimento, por unanimidade, é de que se possa fazer a discussão, mas somos contrários à fusão com o PPS. É uma posição que pode se avançar e vá recebendo argumentos ou até mesmo sendo modificada, mas agora o nosso sentimento é de muita preocupação em garantir a identidade do partido e a capilaridade que o partido tem hoje no país inteiro”, detalhou Guedes na ocasião.

 

A semana no meio político começou com a regularização dos títulos de eleitores de alguns cidadãos faltosos às últimas eleições. No decorrer dos dias, o Recife se movimentou com a manifestação do Ocupe Estelita e do Movimento Direitos Urbanos, que se posicionaram contra o Projeto de Lei (PL) 08/2015, aprovado na Câmara do Recife e os membros do PSB e do PPS continuaram em conversa sobre a possível fusão.

Na segunda-feira (4), a Câmara do Recife teve uma sessão bem agitada. Na Casa Legislativa o PL que trata do Projeto Urbanístico no Cais José Estelita foi aprovado em clima de revolta no Plenário. No local, vereadores da oposição se negaram a votar na norma. Devido impasses, o presidente da Câmara, vereador André Vicente Gomes (PSB), pediu para fechar as portas da Casa José Mariano e o tumulto tomou conta da parte externa. 

##RECOMENDA##

Na terça-feira (5) começaram os desdobramentos contrários a aprovação do Projeto de Lei. Por isso, manifestantes protestaram contra. Na mesma data o PPS anunciou ir buscar novas informações em Brasília sobre a fusão com PSB e o deputado federal Beto Albuquerque (PSB) garantiu que a legenda não mudará a sigla nem o número. Na mesma noite movimentos “Vem para Rua”, convidaram as pessoas a participarem do panelaço contra a propaganda do PT exibida durante à noite. 

[@#galeria#@]

Na quarta-feira (6), o deputado estadual Edilson Silva (Psol) disse que há irregularidades em contrato da Arena Pernambuco e secretários da Fazenda do Nordeste debateram sobre ajustes fiscais. Ainda na quarta-feira, o vereador de Olinda Arlindo Siqueira (PSL) ingressou no Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco contra a deputada Luciana Santos (PCdoB) e a vereadora do Recife, Marília Arraes (PSB), saiu de licença maternidade e aproveitou o discurso para criticar Geraldo Julio (PSB).

Na quinta-feira (7), o vereador Wanderson Florêncio (PSDB) criticou os excessos do movimento 'Ocupe Estelita' e o deputado Sílvio Costa Filho compareceu a evento nacional do PRB, mas negou migração para a sigla. Já na sexta-feira (8), a Executiva do PSB-PE anunciou ser contra  a fusão com o PPS e governadores do Nordeste se reuniram com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, em Natal. Neste sábado (9) o PT-PE realizou um debate sobre diversidade sexual, gênero e raças e o deputado federal Tadeu Alencar confirmou debate na Câmara do Recife na próxima segunda-feira (11) sobre a reforma política.

A insatisfação exposta pela vereadora do Recife e dissidente do PSB, Marília Arraes, com a maneira que as decisões dentro da legenda são tomadas já vem desde as eleições de 2014. Prevista para sair da agremiação desde que optou por atuar na oposição, a parlamentar conversou com a equipe do Portal LeiaJá nesta semana e garantiu sua desfiliação do PSB de uma vez por toda. Para ela, o ponto crucial desta vez foi à fusão do partido com PPS. 

“Sem dúvida a saída do PSB é algo inevitável, mas a gente tem até setembro para tomar essa decisão. Então, a gente deve sair sim do partido. Estamos em conversa com outros partidos, mas a gente vai tomar o tempo que for necessário”, confirmou.

##RECOMENDA##

De acordo com Arraes além da falta de diálogo apontada anteriormente, a união do PSB com o PPS configura uma mudança grande da legenda. “O que consolidou essa minha urgência de sair do PSB foi à questão da fusão, porque a fusão na verdade só confirmou tudo o que eu vinha dizendo: que o PSB partiu para outro rumo que não é o que historicamente é defendido. Isso foi à gota d’água. Não dá para continuar”, cravou.

Segundo a vereadora, a conversa com o PPS e uma possível fusão é algo tratado há cerca de uma década, mas não era bem vista por Miguel Arraes. “Essa fusão com o PPS já vem sendo falada a mais de dez anos, inclusive, quando Miguel Arraes era vivo, e ele próprio já refutava totalmente, e agora, que o PPS está numa situação muito pior que era naquela época, o PBS vem a se colocar para se fundir com esse partido e se colocar no mesmo patamar que ele, que era o que a gente vinha dizendo: que o PSB ia virar uma sublegenda do PSDB”, disparou.

Questionada se já recebeu convite para migrar para outro partido, a ainda socialista contou sobre a proposta de um petista do Agreste. “Só o presidente do PT de Caruaru foi lá e convidou e só isso. A gente está conversando e está vendo como é que faz”, despistou. 

Saída em massa do PSB – Durante a entrevista com o LeiaJá, Marília revelou a possibilidade de outras pessoas saírem do PSB, assim como ela. “Estou conversando com muitas pessoas do PSB que também devem sair e a gente vai ver se faz um caminho em conjunto, nacionalmente falando. Tanto parlamentares quanto dirigentes nacionais que discordam do rumo que o PSB está tomando. Então, a gente vai conversar para até o meio e final de setembro a gente tomar esta decisão e fazer de forma que caracteriza mais força por esse grupo que defendia outro rumo para o partido”, contou.

Esposa de um também vereador do Recife, Felipe Francismar (PSB) ela garantiu que a união não atrapalha sua decisão em relação ao partido. “A nossa relação é pautada pelo respeito aos posicionamentos e as convicções de cada um. A gente quando se conheceu já era adversário. A gente já disputou uma vaga pelo fato de sermos do mesmo partido, então, isso nunca foi problema. (...) Felipe é uma pessoa muito compreensiva e nunca teve esse problema não”, alegou.

Eleições 2016 – Sobre os anseios de permanecer na vida política e quem sabe, compor uma chapa majoritária no Recife, Marília Arraes, confirmou os desejos. “A gente continua a disposição. Isso depende muito do partido para onde a gente vai, mas estou à disposição e tem muita gente que fala: mas corre o risco de ficar sem mandato. Mas a atuação política não é somente a gente ter mandato. A gente tem que trabalhar por um projeto e eu acredito que o projeto hoje pede que a gente trabalhe por mudanças na cidade do Recife  e se essas mudanças for por ter que haver uma candidatura para ganhar ou para perder estamos ai, disponível para compor a chapa”, pontuou.

Nos últimos 25 anos o Partido Socialista Brasileiro (PSB) foi marcado por mudanças de lideranças e ideologias. Este ano, a agremiação está prestes a protagonizar mais uma modificação estrutural e pragmática com a fusão (ou incorporação) ao Partido Popular Socialista (PPS). O “novo PSB”, como vem sendo denominado por alguns líderes, deve estar oficializado em setembro, no entanto, até lá muitas águas devem rolar sob a ponte PSB-PPS. Entre elas, as marcas históricas da legenda socialista que integram uma “metamorfose ambulante” de ideologias, aliados, ascensão e queda.

Criado para seguir uma linha política à esquerda e com uma carga mais acadêmica, a primeira grande mudança da legenda desde a redemocratização veio a partir de 1990, com o ingresso do ex-governador de Pernambuco, Miguel Arraes. Ele atraiu consigo uma carga de ideais políticos mais populares, quebrando o retrato elitizado da sigla. “Com a chegada dele que o partido começou a escrever a formação da sua base, Arraes foi o encontro do PSB diretamente com o povo. Foi nessa época que o partido criou os segmentos sociais e populares”, lembrou o presidente do PSB estadual de Pernambuco, Sileno Guedes, em entrevista ao Portal LeiaJá

##RECOMENDA##

Sob a presidência nacional de Arraes (1993 a 2005) o PSB, apesar de pequeno, tinha uma identidade mais definida e no hall de aliados estavam apenas legendas como o PT, PCdoB e PDT. O quadro começou a mudar em 2005, quando o ex-governador Eduardo Campos passou a comandar a agremiação. Naquele ano foi autorizada a adesão dos socialistas aos palanques do PSDB e PMDB, principais aliados da legenda atualmente. 

De acordo com uma fonte socialista com influência durante o comando de Arraes e Campos, o PSB registrou nos últimos anos um crescimento mais amplo e uniformizado em todo o país, entretanto ficou descaracterizado. “O partido se tornou o quarto maior do Brasil, mas ficou com uma menor identidade de esquerda e passou a ser mais centro-esquerda. Esse foi o preço do crescimento”, observou em reserva, à reportagem do Portal.

[@#galeria#@]

Com a abertura, a legenda passou a se portar com mais flexibilidade, abandonando algumas teses de esquerda. “Com a liderança de Arraes, por exemplo, dificilmente a bancada do PSB votaria a favor do Projeto de Lei 4330, que regulamenta a terceirização no Brasil”, contextualizou a fonte. 

Para conquistar a colocação de quarta maior sigla, o PSB precisou alçar voos mais ousados. O primeiro aconteceu com o lançamento da candidatura de Antony Garotinho à presidência da República em 2002. Já o segundo, foi justamente protagonizado por Campos ao desembarcar da base aliada do PT, em 2013, e se lançar na disputa pelo Palácio do Planalto contra a afilhada política do ex-presidente Lula (PT), a presidente Dilma Rousseff (PT). 

A alternativa foi sem sucesso, com a morte do pernambucano em agosto do ano passado. Episódio que também acarretou o início de uma queda do partido e uma nova reorganização interna. A presidência da legenda, por exemplo, passou a ser ocupada pelo também pernambucano Carlos Siqueira. A escolha, segundo Sileno Guedes, foi na expectativa de que sejam forjados, sob a liderança de Siqueira, novos protagonistas nacionais como Campos. "A escolha de Siqueira foi para o amadurecimento de outros quadros, para que se possam inaugurar novas lideranças. Eles (Paulo Câmara, Rodrigo Rollemberg, Geraldo Julio e Beto Albuquerque) podem se firmar como lideranças, apesar das incertezas, e colocar o partido para frente", observou. 

Carlos Siqueira é quem tem conduzido o processo de fusão junto ao PPS. A mudança é vista, por alguns, como uma forma de recuperar forças e o protagonismo. “Nosso compromisso é com o Brasil, que está numa situação grave. A fusão vai agregar força política capaz de oferecer uma alternativa diferente, de esquerda e democrática. Talvez os grandes partidos não tenham tantos bons nomes para lançar candidatos como nós temos”, salientou o dirigente.

O posicionamento, no entanto, não é unanime já que o processo não é tão positivo para muitos diretórios, inclusive, o de Pernambuco. “É uma posição que pode avançar e vá recebendo argumentos ou até mesmo ser modificada, mas agora o nosso sentimento é de muita preocupação em garantir a identidade do partido e a capilaridade que o partido tem hoje no país inteiro”, destrinchou Sileno Guedes. 

Ao que se aparenta, o posicionamento do dirigente pernambucano seria possivelmente acompanhado por Miguel Arraes, caso tivesse vivo. “Não creio que Arraes fosse discutir uma fusão com o PPS, este assunto já foi tratado e ele esteve contra. Isto porque na visão dele, o PPS havia nascido para ser um braço do PSDB e de lá para cá ele continua com o mesmo perfil”, afirmou reservadamente uma fonte pessebista.

A decisão concreta sobre a fusão entre o PPS e o PSB só será consolidada em junho, durante o Congresso Nacional das duas legendas. Até lá estão agendadas diversas reuniões para definirem o espaço de cada agremiação no novo contexto político. 

 

 

Os membros da Executiva Estadual do PSB decidiram, por unanimidade, que são contra a fusão da legenda com o PPS. De acordo com o presidente da sigla em Pernambuco, Sileno Guedes, o sentimento de contrariedade está baseado na preservação da “identidade do partido”. O posicionamento da cúpula socialista do estado foi exposto durante uma reunião realizada nessa quinta-feira (7). 

“O sentimento, por unanimidade, é de que se possa fazer a discussão, mas somos contrários à fusão com o PPS. É uma posição que pode se avançar e vá recebendo argumentos ou até mesmo ser modificada, mas agora o nosso sentimento é de muita preocupação em garantir a identidade do partido e a capilaridade que o partido tem hoje no país inteiro”, detalhou Guedes. 

##RECOMENDA##

Segundo o dirigente, o partido tem referências históricas “muito fortes”, como Eduardo Campos, João Mangabeira e Miguel Arraes, que devem ter a memória e ideais tratados com “muito cuidado e zelo”. “Nosso posicionamento é para que a gente não entre em um processo de descaracterização”, resumiu. 

O direcionamento estadual será levado para Brasília, na próxima terça-feira (12), quando acontece uma reunião da Executiva Nacional com os presidentes estaduais do PSB em todo o país. 

O presidente Nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Carlos Siqueira, convocou, por meio do Diário Oficial da União (D.O.U), todos os delegados do partido para o Congresso Extraordinário Nacional que será realizado no dia 20 de junho. Com o objetivo de discutir e deliberar sobre a fusão com o Partido Popular Socialista (PPS), o evento ocorrerá a partir das 8h30, no Hotel Nacional, em Brasília. 

A união entre as duas siglas foi anunciada no último dia 29 de abril em coletiva de imprensa. Apesar da divulgação oficial, os dirigentes de ambas as siglas estão em constantes diálogos. De um lado, a maioria da ala do PSB aceita a fusão, como foi discutida em Brasília nessa terça-feira (5). Já membros do PPS ainda estão em busca de novas informações sobre as recomendações e estratégias, a partir de agora, como é o caso do PPS-PE, que por meio de sua presidente estadual, Débora Albuquerque, obteve a informação com surpresa. 

##RECOMENDA##

Segundo informações do site do PSB, o Congresso Nacional terá regimento próprio e será encaminhado a todos os diretórios municipais e estaduais, além de encontrar-se disponível no site www.psb40.org.br do Diretório Nacional.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando