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O vice-líder da oposição na Câmara, deputado Raul Jungmann (PPS), condenou o relatório aprovado na CPI da Petrobras que isentou de responsabilidade nas denúncias de corrupção na estatal todos os políticos citados na operação Lava Jato. De acordo com o parlamentar pernambucano, "o sentimento que fica é de impunidade".

“Esse relatório é lamentável. É um desrespeito à inteligência do cidadão brasileiro. Estou profundamente desapontado, envergonhado e espantado. É triste e revoltante ver tanto dinheiro e tempo investidos para que no final da CPI tenha-se um resultado tão decepcionante, frustrante. A sensação da população, neste momento, - e não tirou sua razão – é mais uma vez de impunidade, de que novamente terminou em pizza”, desabafou Raul Jungmann. “Os argumentos apresentados colocam o governo como vítima e não como ator principal desse esquema de corrupção. É um jogo sujo e arquitetado com o Planalto. É precisar dar um basta”, cravou.

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Ainda de acordo com o deputado, “a aprovação desse documento coloca em xeque a credibilidade das investigações feitas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público, além de compactuar com a declaração risível da presidente Dilma, na Finlândia, de que não há corrupção no seu governo”.  “Como desmenti-la diante desse relatório? E como fortalecer o Congresso diante dessa crise política, se não é possível fazer uma investigação imparcial, sem corporativismos?”, questinou Jungmann.

O relatório final da CPI da Petrobras, apresentado pelo deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), foi aprovado nessa quarta-feira (21) por 17 votos a 9, com uma abstenção. O texto incluiu a sugestão de indiciamento a pelo menos 70 pessoas, entre eles ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa e Renato Duque, os ex-gerentes Pedro Barusco e Venina Velosa e o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.

O deputado federal Raul Jungmann (PPS) pediu ao plenário da Câmara dos Deputados que vote uma moção de repúdio à decisão das autoridades da Venezuela de rejeitar a indicação brasileira do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para que o ex-ministro da Defesa e ex-presidente do tribunal, Nelson Jobim, acompanhe e observe as eleições parlamentares venezuelanas marcadas para dezembro deste ano.

“É inaceitável essa decisão da Venezuela e a aceitação do governo brasileiro dessa humilhação daquele que foi um constituinte, parlamentar e presidente do Supremo Tribunal Federal (STF)”, protestou Jungmann, que revelou existir um acordo entre os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e do Brasil, Dilma Rousseff, para que Nelson Jobim acompanhasse o processo eleitoral. “Foi sugerido ainda Celso Amorim, mas o Governo não convocou, e foi indicado Jorge Taiana, ex-chanceler da Argentina, muito próximo ao governo chavista”, acrescentou.

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Em função da negativa das autoridades venezuelanas e da demora na tomada da decisão, o TSE desistiu de participar da missão organizada pela União das Nações Sul-Americanas (Unasul) durante as eleições. Como não há mais como acompanhar a auditoria do sistema eletrônico, a observação adequada se tornou inviável, de acordo com o tribunal.

Líderes dos partidos de oposição entregaram um novo pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), na manhã desta quarta-feira (21), ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O documento é assinado pelos juristas Hélio Bicudo –  que também foi um dos fundadores do PT , ex-ministro da Justiça no governo Fernando Henrique, Miguel Reale Júnior, e Janaína Conceição Paschoal.

A nova petição tem como base um pedido que já havia sido apresentado em setembro, no entanto, após uma recomendação do procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Júlio Marcelo de Oliveira, precisou ser reformulado. O procurador recomendou a abertura de um novo processo para analisar operações do governo federal que teriam violado a Lei de Responsabilidade Fiscal este ano, a partir de demonstrativos contábeis oficiais da Caixa Econômica, do Banco do Brasil e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), já encaminhados ao TCU.

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Ao receber o documento, o peemedebista prometeu que analisaria o pedido com “total isenção”. Além de partidos de oposição, o novo pedido tem o apoio de 45 movimentos, entre eles Brasil Livre e Vem Pra Rua. Representantes desses movimentos sociais que foram na Câmara entregar o pedido ao presidente da Casa entoavam gritos de guerra: "queremos um Natal sem Dilma".

Para a filha do jurista Hélio Bicudo, Maria Lúcia Bicudo, é importante a pressão dos movimentos no processo. “Há necessidade que estes movimentos de rua, dos jovens, transformem e modifiquem este país com suas energias. Temos que ir às ruas lutar por um Brasil melhor sem corrupção, sem conchavos políticos. Tudo isto que queremos é para o bem. É o caminho do bem”, cravou.

Este é o vigésimo oitavo pedido de impeachment da presidente apresentado à Câmara. Desde o início do ano, 27 pedidos foram apresentados, sendo que 20 foram arquivados e sete estão em análise.

Veja o texto na íntegra:

*Com informações das Agências Brasil e Câmara.

O deputado federal Arnaldo Jordy (PA), vice-líder do PSS na Câmara dos Deputados, protocolou nesta quarta-feira (14) na Procuradoria-Geral da República (PGR), o pedido para ter acesso às informações sobre as contas na Suíça do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O deputado solicitou a cópia de todos os documentos enviados pelo país europeu à PGR.

De acordo com Jordy, o acesso às informações vai impulsionar as representações contra Cunha na Corregedoria da Câmara e no Conselho de Ética. Nesta terça-feira (13), deputados de sete partidos como o PT, o PSOL e a Rede protocolaram uma representação contra o peemedebista. Na semana passada, os principais partidos de oposição ao governo, entre eles o PPS, assinaram uma nota pedindo o afastamento do presidente da Câmara. Jordy afirma que Cunha já não pode mais alegar perseguição e nem voltar a dizer que não tem nada a ver com o esquema de lavagem de dinheiro da Petrobras investigado pela Lava Jato.

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"Os documentos indispensáveis não só para sustentar a materialidade, bem como para fortalecer o peso da representação. O afastamento é importante não só para que Cunha possa se defender, mas também para que esta Casa não seja contaminada por essas denúncias, que são gravíssimas", defende o vice-líder do PPS. Para Jordy, as provas em posse da PGR atestam que Cunha mentiu quando declarou que não tinha nenhuma conta no exterior durante um depoimento à CPI da Petrobras.

Conforme revelou o jornal O Estado de S.Paulo, material suíço enviado ao Brasil prova que as contas bancárias na Suíça cujo beneficiário é Cunha receberam ao menos R$ 23,2 milhões de 2007 a 2011, segundo as investigações do País europeu. Os documentos confirmam cinco repasses feitos pelo lobista do PMDB, Jorge Henriques, para uma das contas em nome de uma das três offshores suíças de Cunha. O valor total do repasse é 1,3 milhão de francos suíços.

O PPS ingressou nesta quinta-feira (8) com duas representações no Conselho de Ética Pública da Presidência da República contra os ministros da Justiça, Eduardo Cardozo, e da Advocacia-Geral da União, Luis Inácio Adams.

Segundo o líder do partido da sigla na Câmara, deputado Rubens Bueno, os dois infringiram o Código de Conduta da Alta Administração Federal ao colocarem em dúvida a isenção do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Augusto Nardes, relator do processo das contas da presidente Dilma Rousseff.

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Nas representações, o deputado afirma que é "vedado à autoridade pública opinar publicamente a respeito da honorabilidade e do desempenho funcional de outra autoridade pública federal" e pede que se abra um processo contra os dois, além do "afastamento imediato" da dupla. Bueno argumenta ainda que, se ficar comprovado o desrespeito ao código de conduta, eles devem deixar os cargos.

No domingo, Adams e Cardozo afirmaram que o governo iria pedir o afastamento de Nardes do caso, alegando que ele havia cometido uma irregularidade ao antecipar publicamente o voto que iria apresentar durante o julgamento.

Para Bueno, as declarações tanto Adams quanto Cardozo na ocasião tiveram a intenção de "macular a honra e a credibilidade do desempenho funcional" do ministro e "diminuir a qualidade do trabalho técnico realizado" pelo TCU.

O bacharel em direito e ex-vereador João Luiz entrou, na noite desta segunda-feira (27), na lista dos pré-candidatos para disputar uma vaga majoritária em Olinda, na Região Metropolitana do Recife, em 2016. A solenidade de lançamento, que também marcou a filiação do ex-PSB para o PPS, reuniu lideranças políticas no plenário da Câmara de Vereadores de Olinda.

De acordo com o recém pós-comunista, havia um acordo entre ele e o ex-governador Eduardo Campos para ser candidato pela cidade. No entanto, como o ex-governador morreu ano passado e seu irmão, Antônio Campos já se colocou à disposição da legenda, o ex-vereador preferiu migrar de partido. “Eu tinha um acordo com o nosso saudoso governador Eduardo Campos onde a gente ia disputar a eleição para prefeito pelo PSB. Ocorre que com o falecimento de Eduardo, a gente ficou sem poder fazer este acordo”, relembrou.

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João Luiz também comentou sobre a candidatura de Antônio Campos, um dos principais motivos de mudança de sigla. “Surgiu à candidatura do nosso amigo Antônio Campos que é uma candidatura legítima, até porque ele representa a herança de Eduardo, e eu não quis entrar neste entrave e preferi ir para outro partido (PPS)”, justificou, revelando ter conversado com lideranças do PSB. “Negociei, inclusive, com a liderança do PSB e saí de forma amigável, até porque a gente entende que Olinda está precisando de uma pluralidade de candidaturas para que a gente possa fazer com que a discussão seja enriquecida”, pontuou.

Segundo o deputado federal Raul Jungmann (PPS), João Luiz está capacitado para disputar a corrida eleitoral. “Ele tem uma enorme experiência e por duas vezes ele não foi candidato a prefeito de Olinda, vou revelar isso aqui, porque o governador Eduardo Campos pediu para ele retirar a candidatura. Eu não tenho a menor sombra de dúvida que independentemente do resultado que vai ser bom, a gente está oferecendo um ótimo quadro, republicano, descente, correto, honesto e que ama Olinda”, enalteceu o parlamentar.

Para a presidente estadual do PPS em Pernambuco, Débora Albuquerque, a pré-candidatura lançada hoje não interfere na aliança com o PSB. “A gente faz parte da base do governador Paulo Câmara, mas não houve nenhuma conversa, até porque não há porque haver. Somos partidos independentes, cada um tem seus projetos políticos e não passa por nenhum tratado não. Eles têm o candidato dele, assim como outros partidos provavelmente terão e nós temos o nosso aqui”, destacou.

Segundo Albuquerque, além de Olinda outras cidades devem ter postulantes do PPS. “Temos uma meta ambiciosa de ter candidatos a prefeito na maioria das cidades da Região Metropolitana e aqui não poderia ficar de fora”, confirmou, citando alguns municípios onde já existem pretensões como Cabo de Santo Agostinho, Itamaracá, Abreu e Lima, Salgueiro e Lagoa Grande.

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Fora as lideranças do PPS como o presidente municipal do partido em Olinda, integrantes da executiva estadual, militantes e simpatizantes, o evento contou com membros de outras legendas como a pré-candidata a Olinda pelo PMDB, Izabel Urquiza, e o presidente do PSB de Olinda, Tales Vital. 

Perfil – Natural de Olinda, João Luiz foi em 2008 o terceiro vereador mais bem votado com 4.500 votos. Foi candidato a deputado estadual nas últimas eleições e obteve mais de 11 mil votos. É auditor da Fazenda do Estado, bacharel em direito com pós-graduação em gestão pública e administração de projetos e atualmente exerce a função de secretario de Desenvolvimento de Paulista. Antes disso, foi secretário de Controle Urbano e Ambiental de Olinda.   

Envolvido com a política nacional desde 1990, o deputado federal Raul Jungmann (PPS) avaliou a atual conjuntura do país e o cenário de instabilidade que vive o Congresso Nacional, nesta sexta-feira (24), em entrevista exclusiva ao Portal LeiaJá. Na visão do parlamentar, o primeiro semestre na Câmara dos Deputados “foi pobre em soluções significativas” e o “segundo semestre será ainda mais tumultuado”. 

Vice-líder da bancada de oposição na Câmara, durante a conversa, Jungmann também disparou contra a postura do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e disse que não cederia a “possíveis pressões” que serão efetuadas por ele.  

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Ministro do Governo Federal entre os anos de 1996 e 2002, o deputado alertou ainda sobre a ausência de possibilidades para reverter a crise econômica, política e moral que o Brasil vive e pontuou que o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) não seria a solução.

Veja a entrevista completa:   

LeiaJá (LJ) - Como o senhor avalia o primeiro semestre legislativo na Câmara dos Deputados?

Raul Jungmann (RJ) - Foi um semestre de muito trabalho e de muitos projetos votados, uma quantidade elevada até, mas uma qualidade bastante a desejar. A quantidade não fez jus à qualidade dos projetos. O principal deles foi o que a montanha pariu um rato: a reforma política. Na verdade, passou-se longe de uma reforma. Praticamente em nada mudou a política. Quando você vota um projeto de envergadura importante é preciso cumprir o mínimo de processos para se conduzir uma legislação com consistência e apresentar uma solução para as questões que aborda. Veja também o que aconteceu com o pacote fiscal. Você votava o ajuste por um lado e desajustava do outro. No final, as contas do país ficaram piores do que antes. O atropelo das votações e o ritmo frenético sem que você amadureça e organize as propostas, busque articulá-las e produzir consensos mínimos resulta nisso. O semestre foi pobre em soluções significativas. 

LJ - Foi um período favorável para a bancada oposicionista?

RJ - Em muitos momentos a oposição virou governo e por muitas vezes, ou quase a maioria, o governo virou oposição. O Congresso, particularmente a Câmara, viveu um parlamentarismo branco, pois ficou à frente da agenda política enquanto o Executivo e a presidente perderam o controle desta mesma agenda. Isso só veio a aprofundar a crise que hoje é política, social e econômica. Uma crise sistêmica e difusa. 

LJ - O que seria possível fazer para reverter essa crise que atinge o Brasil?

RJ - Com muito realismo, não há saída a vista. O governo não tem como fazer o ajuste, não tem controle da agenda política, está no chão em termo de popularidade e lida com a chamada Lava Jato, que alcança o partido do governo e membros do Executivo. Por aí não tem saída. 

LJ - O semestre encerrou com o rompimento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Como o senhor avalia essa postura?

RJ - Com muito repulso. Eduardo Cunha quer sempre confrontar, constranger e ameaçar quando encontra qualquer adversário. Ele costuma cobrar a aposta. Por isso mesmo ele se coloca como um fator de ampliação, reciclagem e aprofundamento da crise. Ele aglutina a crise ao confrontar os outros poderes da República e assumir uma postura emocional que o deixa isolado.

LJ - Defende que ele deixe o comando da Casa?

RJ - É preciso aguardar que se avancem as investigações a respeito dele no Ministério Público e Procuradoria Geral da República para se ter um juízo definitivo sobre o papel dele à frente da Câmara. Não aprecio a maneira como ele conduz a Casa e repito: ele é um fator de agravamento a crise, além de ter imposto uma série de projetos de forma atabalhoada e que não representava soluções. É preciso esperar um pouco mais para responder diretamente a essa pergunta. 

LJ - Cunha se colocou como oposição. A bancada vai encarar ele como integrante da oposição ou um adversário do PT independente? 

RJ - Ele sempre foi, disfarçadamente, oposição. Eduardo Cunha sempre se posicionou de uma maneira não declarada como oposição, ele apenas tornou isso algo transparente, às claras. Não há nenhuma novidade a esse respeito. Agora, se ele quer fazer oposição ao governo Dilma, deveria abrir mão de todos os cargos que tem no governo e deixar claro que a oposição que ele faz não é a Brasil, mas ao governo Dilma. Além disso, de uma vez por todas, ter a preocupação em separar as situações de presidente da Câmara de Deputados, que ele é.

LJ - O senhor tem receio de que Eduardo Cunha chantageie os parlamentares, com essa nova postura?

RJ - Eduardo Cunha é um mestre em fazer pressões. Veja como ele virou o resultado da maioridade penal numa madrugada, disparando telefonemas e pressionando aliados. Acredito que também cabe a Casa, que não é de jovens e adolescentes, resistir às pressões e ameaças. Comigo nenhuma coisa nem outra tem sucesso. Nunca cedi a nenhum tipo de apelo, pressão ou chantagem para mudar as minhas posições. Acredito que a Casa vá assumir a sua independência e dignidade, sem se deixar levar por pressão ou chantagens.

LJ - O segundo semestre na Câmara será pautado por temas como a reforma tributária e o pacto federativo. A bancada do PPS já tem um posicionamento formado a esses assuntos?

RJ - Com relação a alguns sim, em outros o PPS ainda está construindo o ponto de vista. Mas o que é preciso prestar atenção é que o segundo semestre será mais tumultuado do que o primeiro. Então, corremos o risco de termos novas votações dispersivas, inconclusivas, atabalhoadas e regressivas. Existem uns cem números de temas importantes que estão sendo tocados pelas comissões especiais, mas isso não é nenhuma certeza que vamos ter uma produtividade de qualidade na Câmara e no Senado. Afinal de contas, nesse momento o Congresso Nacional se encontra sobre forte pressão da opinião publica; sobre suspeição, pois não se sabe quem está fora ou dentro da Operação Lava Jato; com uma enorme fragmentação das bancadas; um governo minoritário e maiorias extremamente instáveis. Ter temas de grande importância nesse cenário não é salvaguarda, nem a garantia que eles terão uma solução legislativa adequada, antes pelo contrário.

LJ - Como o senhor avalia a autorização para a abertura de CPIs como a do BNDES?

RJ - A CPI do BNDES é proposta do meu partido, o PPS. Quem coletou as assinaturas foi o líder, Rubens Bueno. A CPI do Fundo de Pensão foi proposta da oposição. Agora abrir essas CPIs que são importantes e nós apoiamos do ponto de vista de Eduardo Cunha é uma retaliação, pois ele acha que o governo levou a Procuradoria a incluir o nome dele na Lava Jato.

LJ - E os pedidos de impeachment para a presidente Dilma, desarquivados por Eduardo Cunha?

RJ - É preciso dizer que para poder abrir processos de impeachment são necessários 308 votos. Eles não existem hoje. Podem vir amanhã, mas hoje esses votos não existem. Eles representam muito mais uma pressão, uma chantagem, uma retaliação do ponto de vista pessoal do presidente da Câmara para conter as investigações da Lava Jato, do que uma ação articulada da oposição. A oposição, até aqui, não tem articulado o pedido de impeachment, embora entenda que a presidente precisa ser investigada. A oposição tem sido responsável, ela não está retaliando. 

LJ - Impeachment da presidente seria realmente a solução para a crise no país?

RJ - Esse que é o centro da questão. De um lado a crise só tem se aprofundado, vai se aprofundar ainda mais e o governo não tem forças para sair. Do outro, você não tem nenhuma saída no presidencialismo para essa solução. Ficamos à espera do que venha a nos dizer a Justiça e a Procuradoria, para, se for o caso, avançar com um pedido de impedimento da presidente da República. Isso só poderá acontecer se de fato surgirem responsabilidades objetivas da presidente da República que venham a constituir crime. 

LJ - Quanto ao PPS, agora que foi descartado o processo de fusão com o PSB, como a legenda deve se pautar para as eleições municipais de 2016?

RJ - Nossa perspectiva principal é fazer o maior número possível de prefeitos e vereadores, além de ampliar o número de filiados. Para isso, o PPS conta hoje com um respeito muito grande, por ser um partido que há 12 anos está na oposição, não tem nenhum dos seus principais quadros envolvidos em escândalos do Petrolão ou do Mensalão, tem denunciado a corrupção e tem sido fiel ao seu eleitorado na medida em que prega o que diz e faz aquilo que prega. Nessas próximas eleições vamos crescer em todo o país.

LJ - E em Pernambuco há uma meta da legenda já traçada?

RJ - Nossa meta é concorrer com 25 candidatos a prefeitos e pelo menos 500 vereadores. Isso vai representar um salto numérico em comparação às eleições de 2012. Hoje não temos prefeitos, temos três vice-prefeitos e aproximadamente 43 vereadores. Esperamos fazer com que esse número seja duplicado e elejamos pelo menos cinco prefeitos. 

LJ - Acredita na possibilidade de uma aliança entre o PSB e o PPS para a disputa majoritária no Recife?

RJ - Ainda é cedo para dizer isso. Só será discutido e debatido pelo partido em 2016. Toda nossa energia agora está voltada para montar chapas de vereadores e prefeito. Alianças para a disputa do Recife e outras cidades só entrarão em pauta no próximo ano. 

RJ – Pretendem ter candidato à Prefeitura do Recife?

LJ - Não sei, podemos ter candidato ou não. Isso só será discutido em 2016.

O Partido Popular Socialista (PPS) realiza, no próximo dia 6, o Encontro Nacional de Presidentes Estaduais do partido. A reunião com os dirigentes estaduais é a primeira após o fim das articulações para a fusão da legenda com o PSB. Estratégias visando às eleições municipais de 2016 e a Campanha Nacional de Filiação vão nortear o encontro.

Por meio de uma convocatória, a direção nacional solicitou aos dirigentes estaduais que eles enviassem até o próximo sábado (25) a relação com prováveis candidatos a prefeito e vereadores nos municípios com mais de 100 mil eleitores. Além dos temas principais, durante o evento também será discutido o impacto da reforma política nas eleições do próximo ano e questões referentes à governança democrática.

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Diferentemente da isenção eleitoral pregada por alguns políticos para a discussão sobre o pleito de 2016 este ano, o vereador olindense Arlindo Siqueira (PSL) afirmou, nesta sexta-feira (17), que em Olinda "2016 tem que ser discutido agora". Para isso, ele está organizando uma reunião com os partidos que fazem oposição a administração do prefeito Renildo Calheiros (PCdoB). O encontro, agendado para o dia 15 de agosto, deverá reunir dirigentes e filiados do PSL, PMDB, PSC, Solidariedade (SDD), DEM, PPS, PROS e PSOL. 

"Olinda sofre com o desgoverno do PCdoB, com dezenas de obras inacabadas e abandonadas, com a coleta irregular do lixo, com a falta de maternidade e com o município entre os cinco piores índices do Ideb (educação) entre as cidades com mais de 200 mil habitantes. Então, temos que discutir tudo isso agora, para chegarmos em 2016 com um conjunto de propostas para a população", convoca Siqueira.

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A ideia, segundo o vereador oposicionista, é realizar encontros mensais, com temáticas definidas: saúde, educação, infraestrutura, turismo, meio ambiente, desenvolvimento econômico e cultura. "Em fevereiro de 2016 teremos um conjunto de propostas para o futuro da cidade, que será entregue ao governador", argumenta. A reunião vai acontecer no auditório do restaurante Samburá, na Avenida Ministro Marcos Freire, no Bairro Novo.

A 12ª Convenção Nacional do PSDB realizada neste domingo (5), em Brasília, não reúne apenas tucanos. O evento conta neste momento com diversas lideranças nacionais de outras legendas como presidentes dos partidos: PPS, PTB, DEM e PSC. Além deles, o líder do PSB, Carlos Siqueira também se manifestou favorável ao evento através de carta enviada. 

Criticando a crise do Brasil, o presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire, acredita que a situação do país poderá piorar. “Não há um analista, um político sério, que não fale dos problemas que estamos vivendo. O clímax ainda vai se aprofundar, piores consequências teremos”, pontuou.

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Para Freire, a única solução é a cassação de Dilma. “Tem várias alternativas, talvez a melhor fosse à cassação pelo TSE, mas isso não depende de nós, isso depende da justiça. Não é desejo de ninguém, mas a ingovernabilidade crescendo aponta esse caminho e ninguém mais do que o PSDB, como o maior partido de oposição, tem que está preparado para qualquer alternativa”, destacou. 

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Parabenizando os tucanos pelo evento, a presidente nacional do PTB, e deputada federal, Cristiane Brasil revelou ter feito campanha para Aécio Neves (PSDB) em 2014 e quase ter sido preso por boca de urna. Além disso, a petebista encheu o líder dos tucanos de elogios. “Parabéns pela festa linda. Eu vim aqui homenagear um homem que eu conheci na última campanha e eu vejo em você Aécio Neves, um valor de um homem que não se rende. Corajoso, enfrentou a campanha mais sórdida, paga com dinheiro público, aliás, não foi paga pelo dinheiro público porque o PT privatizou o dinheiro nos cofres dele”, disparou a parlamentar. 

O senador e presidente nacional do DEM, José Agripino, também engrossou às críticas ao governo Dilma. “Nós fizemos uma campanha eleitoral e fomos derrotados pela mentira. O lado de lá não tem mais credibilidade. Perdeu a condição de governar o Brasil. Terceirizou a política, o comando. O Brasil está cheio de presidente que não comanda e a posição está aqui mais uma vez unida para com corresponsabilidade dizer: nos entendimento que os brasileiros de Norte a Sul estão aflitos por um governo que não existem mais”, disparou. 

De acordo com o democrata a “oposição nunca teve tanta responsabilidade”, e se colocou à disposição. “A minha palavra é de solidariedade aos tucanos que respeitam aos padrões éticos e que respeitam o futuro do Brasil”, elogiou. 

Se desculpando por não poder ter comparecido ao evento, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira emitiu uma carta aos tucanos. “Caro presidente Aécio Neves, lamento muitíssimo a impossibilidade de participar da Convenção Nacional do PSDB, contudo, transmito as saudações do PSB neste momento de grave crise política, ética de nosso país, consequência direta da incompetência e da irresponsabilidade da atual presidente e de seu partido”, disse o socialista, em trecho de carta lida no evento, finalizada com “abraço fraternal”. Além dessas lideranças partidárias o presidente nacional do PSC, Pastor Everaldo também participa da solenidade. 

As fundações do PSB, PV e PPS se reúnem, na manhã desta sexta-feira (3), para a quarta edição do Seminário Diálogos Brasil. No encontro eles discutem estratégias para o desenvolvimento regional e o novo pacto federativo, uma das bandeiras do PSB. O evento acontece em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, durante o dia todo.

A economista Tânia Bacelar palestra no seminário. Além dela, o ex-deputado federal e advogado, Maurício Rands; o diretor da Fundação Getúlio Vargas, Carlos Augusto; e o professor da Universidade Federal do Ceará (UFC), Jair Amaral, analisam a conjuntura nacional e propõem alternativas para a sociedade.

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Na abertura do encontro, o presidente da Fundação João Mangabeira e secretário-geral do PSB, Renato Casagrande, pontuou que o seminário pretende buscar alternativas para a “crise nefasta” que atinge o Brasil diante da gestão “incompetente”. “Nosso desejo é junto com a sociedade buscarmos caminhos democráticos que possam nos tirar de um momento de inércia causado pela incompetência do governo”, observou. “As propostas que surgirão aqui. A população tem que ter o direito de escolher, não só duas opções”, acrescentou o dirigente. 

Corroborando a ideia de alternativa para o país, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, destacou que o presente não pode “ser o destino do país”, mas o ponto de partida para a retomada do crescimento. “Não há desenvolvimento verdadeiro que não promova a ação social para todos os cidadãos. Não há desenvolvimento sem democracia. Encerrando este ciclo (de crise) se começará outro. A população brasileira sempre foi muito criativa. Estamos como o fechamento de um ciclo, mas o presente não é o nosso destino. É apenas o ponto de partida”, argumentou Siqueira.

O presidente também fez questão de lembrar que o país não deve ser pautado apenas pela crise, mas pelas conquistas dos últimos 30 anos de democracia. Ele citou a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), da aposentadoria social rural, a universalização da educação básica e a estabilidade econômica como pontos principais dos últimos anos. 

Além de Siqueira e Casagrande, outras lideranças nacionais do PSB participam do seminário. Estão presentes o vice-governador de São Paulo, Márcio França; os senadores Antônio Valadares e Fernando Bezerra Coelho; os deputados federais Fernando Filho, João Fernando Coutinho e Tadeu Alencar; a ex-primeira-dama Renata Campos; o governador de Pernambuco, Paulo Câmara e o prefeito do Recife, Geraldo Julio. 

A senadora e ex-petista Marta Suplicy também acompanha o seminário. Ela está no Recife desde essa quinta-feira (2) para estreitar laços com o PSB. A expectativa é que ela se filie ao partido para disputar o comando da Prefeitura de São Paulo em 2016. 

Pernambuco vai sediar, na próxima sexta-feira (3), o encontro “Diálogo Brasil” que pretende discutir a atual conjuntura nacional, ouvindo a população sobre os principais pontos em análise no Congresso Nacional. Esta é a quarta edição do seminário que vem sendo promovido pelos Partidos Socialista Brasileiro (PSB), Popular Socialista (PPS) e Verde (PV). O debate será realizado a partir das 9h30, no Hotel Golden Tulip, na Zona Sul do Recife. 

O encontro, que englobará a região Nordeste, vai ser pautado em torno do tema “Desenvolvimento Regional e o Pacto Federativo”. A economista Tânia Bacelar deve provocar os convidados para refletirem sobre o processo de regionalização do Brasil e perspectivas de desenvolvimento no país. Participam ainda o economista e professor da Universidade Federal do Ceará, Jair Amaral; o advogado e ex-deputado federal, Maurício Rands; e o economista e diretor da Fundação Getúlio Vargas, Carlos Augusto Costa. 

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O governador Paulo Câmara e o prefeito de Recife, Geraldo Júlio, ambos do PSB, vão apresentar o modelo de gestão adotado implantado no comando do Estado e da capital pernambucana. Outros governadores da região, prefeitos, parlamentares e lideranças políticas são aguardados no encontro. A mediação do seminário será feita pelo presidente da Fundação João Mangabeira e ex-governador do Espírito Santo, Renato Casagrande. O evento será transmitido ao vivo pela Fundação João Mangabeira.

Em entrevista ao Frente a Frente de ontem, o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, disse que ainda não morreu a tese de fusão do seu partido ao PSB, mas pelo tom da sua voz dá para perceber que nem ele nem mais nenhuma liderança pós-comunista ou socialista acredita que a ideia volte a prosperar e, consequentemente, a contaminar quem tem poder de decisão.

“Não morreu, houve apenas um adiamento da parte do PSB, a partir da reação da regional de Pernambuco”, disse Freire, adiantando que o debate voltará em outra oportunidade. Para ele, no momento em que houve um recuo da parte do PSB, o movimento arrefeceu, quebrando o entusiasmo”, afirmou.

Freire disse que esse desapontamento é natural. “Até porque nós tínhamos marcado até a data do casamento, dia 20 passado”, assinalou. O presidente do PPS considera natural que não esteja se observando o mesmo clima de euforia, mas ressaltou que parte do PPS a chama continua acesa.

Ele lamenta o recuou, porque o ambiente havia ficado mais propício ainda para a fusão com a decisão do Supremo Tribunal Federal de que a perda de mandato por causa da infidelidade partidária não se aplica aos eleitos pelo sistema majoritário. A corte entendeu que, com a regra valendo nesses casos, há uma violação da soberania popular.

Freire entende que a decisão favoreceu a fusão com o PSB porque abriu a possibilidade de prefeitos, governadores e senadores se filiarem ao novo partido sem a preocupação de perder o mandato. "Essa decisão corrigiu um erro administrativo, que foi a ampliação do instituto da fidelidade partidária para as eleições majoritárias, quando não se trata da proporcionalidade, do voto em partido e, portanto, do mandato do partido", explicou.

Para Freire, a ideia da fusão continua viva. “Quem sabe, em função de alguma decisão da reforma política possa voltar com mais intensidade”, afirmou. Ele teve encontro, ontem, em São Paulo, com o presidente estadual do PPS, Raul Jungmann, para discutir um seminário que o partido está organizando no Recife.

Na mesma entrevista, ele negou que o PPS esteja em confronto com o PSB, tentando atrair para os seus quadros a senadora Marta Suplicy, que está fazendo a travessia do PTB para a legenda socialista. “Em nenhum momento tratamos de filiação de Marta ao PPS. O que discutimos lá atrás foi a sua filiação ao novo partido que viesse a surgir da fusão”, afirmou.

TIME ESCALADO – De olho nas eleições municipais no ano que vem, o PSB planeja eleger pelo menos 10 prefeitos de capitais. Além da reeleição de Geraldo Júlio no Recife, o partido conta com candidaturas fortes, como Marta Suplicy, em São Paulo, e Romário, no Rio. Outros nomes em aposta: Teresa Cristina em Campo Grande (MS), Luciano Ducci em Curitiba (PR), Vanderlan Cardoso em Goiânia (GO), Serafim Corrêa em Manaus (AM) e Mauro Mendes em Cuiabá (MT).

Parceria festejada – O secretário estadual de Agricultura, Nilton Mota, comemorou, ontem, a parceria fechada com o ministro da Integração, Gilberto Occhi, para retomar com força os projetos de irrigação no Vale do São Francisco em áreas públicas. “É a certeza do aumento da nossa produção e a garantia de empregos no campo que estavam se evaporando”, afirmou.

Pacto pela Vida – O sábado será de trabalho para o governador Paulo Câmara. Ele passa a manhã inteira na Secretaria de Planejamento e Gestão, ao lado dos secretários Danilo Cabral (Seplan) e Alexandre Carvalho (Defesa Social), discutindo novas metas para o Pacto pela Vida, programa de segurança pública voltado para redução dos índices de violência no Estado.

Reino encantado – Em discurso na Assembleia Legislativa, o deputado Rogério Leão, da bancada do PR, prestou homenagem ao município de São José do Belmonte, que já governou por dois mandatos, pela passagem dos 122 anos de emancipação política. O município ganha destaque nacional com a cavalgada à pedra do reino encantado, que se realiza todos os anos em maio.

Com sabor eleitoral – A festa de aniversário do advogado e escritor Antônio Campos, irmão do ex-governador Eduardo Campos, marcada para amanhã na Casa da Rabeca, em Olinda, tem todos os ingredientes para se transformar na avant-première da sua candidatura a prefeito da Marim dos Caetés. O convescote, que atrairá um grande número de políticos, começa às 13 horas, com muito forró e comidas típicas do São João. 

CURTAS  

EMPREENDEDOR – Terra da festa da uva, Lagoa Grande, no Vale do São Francisco, foi a terceira cidade da região a ganhar, ontem, a Sala do Empreendedor, projeto em parceria com o Sebrae para dar suporte aos trabalhadores e empreendedores que vivem na informalidade.

POSSE - O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, preside a solenidade de posse do novo presidente da Chesf, José Carlos de Miranda Farias, na próxima quinta-feira, no auditório da instituição. Servidor de carreira da estatal, Miranda Farias foi uma indicação do senador Humberto Costa.

Perguntar não ofende: Quem ainda acredita na fusão do PPS ao PSB?

O programa partidário do PPS começa a ser exibido a partir desta quinta-feira (25). No esquete, a legenda convoca a população para “protestar contra os malfeitos praticados pelo governo do PT” e participar de uma “agenda positiva” que traga melhorias para o país. No programa, que vai ar às 20h30, o presidente do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP), afirma que as eleições de 2016 serão uma oportunidade para que a população “aponte um novo caminho para o Brasil”.

Na TV e no rádio, o PPS também chama a atenção da população para os cortes feitos pelo governo federal nos programas educacionais e no Minha Casa, Minha Vida. Além disso, a sigla também ressalta que as promessas feitas pela presidente Dilma Rousseff (PT) durante a campanha eleitoral “não foram cumpridas até agora” e diz que a crise econômica nacional “foi provocada por uma série de políticas errôneas adotadas pelas gestões de Lula e Dilma”.

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No programa, parlamentares da bancada da Câmara e do Senado defendem propostas com foco na melhoria da mobilidade urbana nas cidades, maior participação da mulher na política, combate a corrupção, maior acesso a programas habitacionais e atenção aos agricultores.

Com foco em pontos distintos, o PPS exibe na noite desta terça-feira (23), três inserções partidárias. Entre os aspectos apontados pela legenda estão a reforma política, a parceria feita com o PSB durante as eleições de 2014 e os cortes do governo Dilma Rousseff (PT).

Em entrevista ao Portal LeiaJá, o secretário Nacional de Comunicação do PPS, Adão Cândido, detalhou os três assuntos tratados nos vídeos. “Uma inserção apresenta o Roberto Freire defendendo a reforma política de verdade, o parlamentarismo, que se estivesse, essa crise já estaria resolvida”, pontuou.

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Já a segunda inserção relembrará da aliança feita com os socialistas nas eleições do ano passado. “A segunda é uma inserção que fala sobre o nosso apoio a Eduardo e Marina. É o novo caminho mostrando que o Brasil não é apenas azul e vermelho, mas verde a amarelo. Visa construir um novo caminho”, descreveu, revelando em seguida à terceira gravação. “A terceira é sobre os cortes do governo, porque o governo cortou vários programas como o Minha Casa Minha Vida, o seguro-emprego...”, adiantou Cândido, contabilizando nas três inserções cinco minutos. 

Propaganda nacional – Já na próxima quinta-feira (25), o PPS irá transmitir em rede de TV e rádio, a partir das 20h30, sua propaganda partidária nacional. Com duração de dez minutos, o vídeo contará com a participação de líderes nacionais. “Nele tem a critica ao governo e trabalha muito esta questão do novo caminho e essa alternativa que nós temos que criar”, disse o secretário Nacional de Comunicação do PPS.

Ainda segundo Adão Cândido, apesar de criticar o governo, o programa irá priorizar a atuação do partido. “Estará mais focado em falar do PPS e o que a bancada federal tem feito no Senado e na Câmara. Mostrar os resultados de nossos deputados e de o prefeito de Vitória, por exemplo. Entre as lideranças irão aparecer Roberto Freire, Rubens Bueno, Eliziane Gama e Raul Jungmann, mas de certa forma toda a bancada federal será destacada”, ressaltou. 

A decisão tomada pela Executiva Nacional do PSB em relação ao cancelamento da fusão com o PPS não é vista pelo presidente nacional do partido e deputado federal, Roberto Freire, como a melhor opção. Lamentando o adiamento da possível junção das legendas, o parlamentar revelou não ter participado da decisão, mas garantiu está aberto a novos diálogos. 

De acordo com o líder nacional do PPS, a única atitude do partido após decisão socialista é esperar os desdobramento político. “Nós do PPS apenas recebemos a declaração do PSB de que pediam para adiar. Só nos restava aceitar e aguardar se o PSB deseja retomar, e quando quer retomar a decisão”, lamentou. 

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Freire também fez questão de frisar que não houve participação dos pós-comunistas na decisão do PSB e que o PPS já tem pensamento firmado sobre o assunto. “O PPS tem uma decisão e não tive nenhuma participação deste adiantamento e nós aceitamos. Não tínhamos outra coisa a fazer do que aceitar, e estamos no aguardo e abertos”, se dispôs. 

Questionado pela equipe do Portal LeiaJá se a decisão do PSB neste momento foi a mais sensata, ele descordou do cancelamento. “Não, não. Eu acho, que era do ponto de vista político, algo muito significativo, profundo pelo o momento que vive a sociedade brasileira: a crise econômica e a fusão poderia ser muito positiva”, avaliou, reforçando a opinião. “E apenas uma avaliação e é ate mesmo porque algumas decisões da reforma política que tem influências e que poderiam ser muito positivas, caso tivesse sido realizado”, opinou o deputado. 

A suspensão do processo de fusão entre PSB e PPS foi anunciada pelo presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, em menos de dez dias atrás. Entre as justificativas estavam questões exigidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no entanto, em Pernambuco, terra do ex-governador Eduardo Campos, os socialistas eram contrários à união, e esse é um dos principais embates entre a cúpula. 

O vice-líder da Minoria na Câmara, deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE), protocolou nesta quinta-feira (18), em nome do PPS, uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal. O documento pede para derrubar as restrições na concessão do seguro-desemprego e suspender os efeitos da lei com caráter retroativo ao dia da edição da medida provisória que tratou do assunto.

Para Jungmann, as mudanças são inconstitucionais. “As alterações promovidas no acesso ao benefício são inconstitucionais porque fizeram uma abrupta e radical modificação no regime jurídico e do direito social ao seguro-desemprego, que está diretamente relacionado com as garantias estabelecidas pela Constituição para proteger o trabalhador de eventos que possam suprimir as condições materiais de uma vida digna”, explicou.

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Segundo o parlamentar, o benefício está inserido nos direitos fundamentais sociais previstos na Carta Magna que não podem sofrer retrocesso, conforme ocorreu com a lei, que é oriunda da medida provisória 665. “Pretendemos impedir que os direitos fundamentais sejam condicionados à mera vontade política dos detentores temporários do poder”, observou.“As garantias constitucionais não têm sua eficácia condicionada a circunstâncias políticas e econômicas”, acrescentou Jungmann. 

O PPS acredita que a situação é mais abusiva porque o país atravessa uma crise econômica profunda, que vem gerando desemprego. “O prejuízo dos trabalhadores é proporcional ao ganho propagado pelo governo com as mudanças, de nada menos que R$ 5 bilhões”, enfatizou.

Jungmann também cobrou a falta de diálogo entre o governo e a população. “Deve ser assegurada participação dos setores da sociedade diretamente atingidos por mudanças”, explicou o deputado.

As ideias contrárias de alguns líderes do PSB, principalmente em Pernambuco, onde foi demonstrada insatisfação e até a surpresa dos militantes do PPS, entre outros motivos, oficializaram de vez, a suspensão da fusão das duas siglas. Em entrevista divulgada no site do PSB, o presidente nacional do partido, Carlos Siqueira confirma a decisão e aproveita para demonstrar o anseio dos socialistas disputarem as eleições municipais de 2016 em 17 capitais brasileiras. 

De acordo com Siqueira, um dos motivos foram algumas restrições impostas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Ambas as instituições partidárias estão reavaliando a possibilidade de fusão, em função de circunstâncias próprias à dinâmica política. Pelo lado do PSB, um primeiro ponto que foi discutido, e que impacta de forma decisiva a agenda que se imaginou inicialmente, está relacionado a uma resolução do Tribunal Superior Eleitoral – TSE, que prevê que a fusão não cria um novo partido”, confirmou.

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Detalhando a normativa, o líder nacional pontuou que o PSB poderia se prejudicar com a fusão. “Tal apreciação do Tribunal cria um problema relevante, porque estabeleceria uma janela de trinta dias na qual se admitiria que parlamentares eleitos em certames proporcionais deixassem as agremiações partidárias sem perda de mandato, não possibilitando movimento no sentido contrário, ou seja, o ingresso de membros no PSB que viria a resultar da fusão. Aqueles que nos apresentaram essa tese observaram que o PSB se sujeitaria a uma espécie de “ataque especulativo” no período de trinta dias, o que poderia tornar incerta uma das vantagens da fusão, que se relaciona ao crescimento de nossa bancada”, destrinchou.

Ainda justificando a suspensão da junção, Siqueira relacionou a decisão com algumas decisões sobre a reforma política e deixou claro que o assunto pode ser retomado em 2017. “Outro evento que tem grande incidência sobre a agenda da fusão está relacionado de forma direta ao andamento da reforma política no Congresso Nacional. Como todos sabem, o fim das coligações proporcionais, que era dado por certo, não se viabilizou. Desse modo, PSB e PPS podem unir esforços com vistas às próximas eleições e amadurecer a ideia de fusão em 2017”, sugeriu, pontuando também os congressos partidários. “Há, por fim, um terceiro elemento que se deve considerar. O tempo em que se imaginou processar a fusão, com congressos partidários previstos para 20/06 próximo, foi de fato pequeno para permitir a organização dos partidos em nível estadual. Ainda que houvesse uma maioria de estados em que existia consenso quanto àquilo que seria o cenário resultante da fusão, essa não era uma situação unânime. Como o cenário criado pela reversão da tese de fim das coligações proporcionais nos faculta um outro horizonte de tempo, não haveria porque incorrer em tensões desnecessárias no âmbito estadual”, esclareceu. 

Questionado sobre a possível descaracterização do PSB caso se funda ao PPS, o socialista rebateu a especulação. “Eu particularmente vejo nesse raciocínio uma de duas possibilidades, ou seja, ignorância ou má fé. Abordando inicialmente a primeira alternativa, todos aqueles que conhecem elementarmente a história política do Brasil sabem que tanto PSB, quanto o Partido Comunista Brasileiro, que veio a transformar-se no Partido Popular Socialista – PPS, têm um enorme histórico de lutas, ao longo de toda a história republicana, em prol do das causas populares e de transformações sociais”, defendeu, citando a trajetória política de ambas as instituições.

Outro assunto abordado pelo presidente do PSB foram às denúncias feitas pelo ex-governador Eduardo Campos em relação a um movimento pendular da política, em que se alternam PT e PSDB. “O Governador Eduardo Campos tinha uma leitura muito apurada do Brasil e da conjuntura política mundial. Ainda que não tivesse tido tempo para teorizar suas percepções, sua prática política é inequívoca. Nesse sentido, a ruptura com o Governo da presidente Dilma é cristalina e representou a compreensão de que o projeto popular que o PT liderou havia sido capturado pelas forças conservadoras”, relembrou, comentando ainda sobre a disputa eleitoral de 2014. “Eduardo Campos se preparava para ser uma alternativa a essa alternância conservadora que estabeleceram entre si PSDB e PT, alinhando-se efetivamente com as causas populares, porque sabia que na lógica bipartidária as diferenças, ainda que existentes, não eram suficientes para promover transformações sociais que se adequassem minimamente às expectativas e anseios populares”, analisou.

Defendendo a atuação do PSB e do PPS e alegando estarem na proa de um movimento de vanguarda na esquerda brasileira, o socialista garantiu que o PSB não tem medo de perder o poder. “Como nós do PSB não temos medo de perder o poder – porque nosso partido não é pensado para se perpetuar no poder, aos moldes das filiações ideológicas de partido único, ou desse bipartidarismo hegemônico – estamos dispostos a perseguir novos alvos políticos, experimentar novos arranjos, desde que esses tenham por referência os interesses populares”, frisou reforçando em seguida que às criticas feitas sobre a fusão com o PPS são equivocadas e desalinhadas.

Carlos Siqueira garantiu que a possível junção das duas siglas não trouxe problemas e que às críticas foram amistosas. “Bem ao contrário, como Presidente do PSB, fiquei extremamente feliz ao ver que aqueles que se opuseram à tese da fusão o tenham feito com lisura e de forma extremamente amistosa, sempre com o propósito de contribuir para com o debate interno. Essa forma de conduzir as coisas demonstra não apenas nossa maturidade para discutir questões internas com amplas repercussões para o Brasil, como também evidencia uma preocupação salutar com a unidade partidária”, avaliou.

Visando ampliar as lideranças municipais com as eleições de 2016, o presidente nacional revelou que uma das estratégias do partido é lançar candidaturas em várias capitais brasileiras. “Como uma indicação preliminar do que vem à frente, posso adiantar que o primeiro grande desafio que nos propusemos foi o de consolidar a expectativa muito favorável que temos, em relação às eleições municipais. Nesse sentido, vamos ter candidaturas competitivas nas três principais capitais do País – Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo –, o mesmo ocorrendo em Recife, Fortaleza, Curitiba, Aracaju, João Pessoa, Porto Velho, São Luiz, Goiânia, Campo Grande, Cuiabá, Palmas, Macapá, Manaus, além de Campinas - SP, cidade à qual atribuo uma importância similar à de capital estadual”, adiantou Siqueira.

 

O PPS define, nesta sexta-feira (12), o posicionamento que tomará diante do possível adiamento da fusão com o PSB. De acordo com a presidente da legenda em Pernambuco, Débora Albuquerque, o diretório nacional vai ouvir representantes de vários estados e encontrar um denominador comum sobre o tema: se cancela de uma vez o processo ou apenas posterga a junção das duas siglas. 

“Soubemos que a fusão realmente não ia acontecer de forma alguma, mas ontem (quinta-feira) o presidente Roberto Freire disse ter se reunido com o governador de Pernambuco, em Brasília, e ele pontuou que continuariam conversando”, revelou Albuquerque, que está em Brasília para participar da reunião do Diretório. 

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Questionada sobre qual seria a postura da agremiação em Pernambuco, a presidente estadual afirmou ter ido ao encontro “para ouvir e ponderar dentro do que será votado”. “A questão em Pernambuco é mais complicada. A fusão não vai acontecer justamente por causa da postura do PSB daí [de Pernambuco]. Eles não querem fundir os partidos”, cravou. “Vamos firmar um denominador comum hoje”, acrescentou. 

Na quarta (10), o governador Paulo Câmara (PSB) encontrou o presidente do PPS, o deputado Roberto Freire. Sobre a conversa, Câmara disse que o PSB pretende permanecer em discussão com o PPS para aprimorar o processo. “É necessário ter mais um prazo para as questões internas serem melhor resolvidas. Vamos fazer uma aliança política como aconteceu em 2014”, argumentou o governador. Na próxima terça-feira (16), o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, e Roberto Freire devem conceder uma coletiva para detalhar o assunto. 

Diante da falta de acordo para uma fusão, integrantes da cúpula do PSB irão propor ao presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP), um "pacto eleitoral" para a disputa municipal de 2016. A ideia será apresentada em encontro previsto para ocorrer nesta quarta-feira (10) em Brasília entre as duas partes.

"Vamos propor duas resoluções em que se prevê uma aliança conjunta em todo o País com PPS na disputa municipal do próximo ano. É uma caminho alternativo. Já que na discussão jurídica não se conseguiu avançar, vamos fazer uma fusão política", disse ao jornal O Estado de S.Paulo, o vice-presidente do PSB, Beto Albuquerque. Inicialmente, estava previsto a realização de um congresso no próximo dia 20 para oficializar a união das duas legenda.

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"Acredito que essa solução é a mais coerente. Poderemos amadurecer essa relação com a aliança eleitoral de 2016, onde quem tiver um candidato mais forte será apoiado", emendou o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira. Segundo ele, pesou na decisão de não se realizar a fusão com o PPS o posicionamento do grupo de Pernambuco, Estado natal do ex-presidente da legenda Eduardo Campos, morto em acidente aéreo durante a disputa presidencial de 2014.

"Desde o início, o acordo foi de que só avançaria na tese se houvesse concordância de todos. Foram colocadas preocupações com o que sairia da discussão da reforma política no Congresso Nacional e também houve alguns ruídos estaduais", disse o governador de Pernambuco, Paulo Câmara. "Além disso, quando se iniciaram as conversas a discussão também era de se fazer uma incorporação, dessa forma não se corria o risco de se abrir uma brecha para a saída de alguns quadros do partido. Mas as conversas acabaram seguindo para a fusão", acrescentou o governador. Ele e os demais integrantes da cúpula do PSB participaram nesta quarta-feira, 10, do 5º seminário internacional de Direito Administrativo e de Administração Pública, realizado em Brasília.

Segundo alguns socialistas, também pesou o fato de que uma união com o PPS neste momento poderia levar o partido a ter um perfil mais opositor, passando uma imagem aos eleitores de proximidade com o PSDB. A ideia do PSB, entretanto, é permanecer numa linha de "independência". A possibilidade de fusão com o PPS, por outro lado, não foi descartada por completo, mas a realização de novas conversas sobre o tema devem ser retomadas somente em 2017.

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