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Durante os três primeiros meses de 2019, a Divisão de Desaparecidos da Prefeitura de São Paulo atendeu 482 pedidos de localização de pessoas desaparecidas. Segundo números da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC), as ações resultaram na localização de 119 pessoas.

O trabalho para realização das buscas segue o processo de comparar dados dos serviços da rede pública, da Delegacia de Pessoas Desaparecidas e do Ministério Público. O cruzamento dessas informações é feito pelo Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos (PLID).

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Uma vez localizada a pessoa, o reencontro com a família ou com quem deu queixa do sumiço é opcional. "Se uma pessoa desaparecida está em nossos serviços, os funcionários devem fazer uma entrevista para verificar se ela deseja o reencontro", esclarece o coordenador da Divisão de Desaparecidos, Darko Hunter. "Para o caso do então desaparecido não querer contato com quem o procura, encaminhamos a pessoa até a delegacia de desaparecidos para informar que tem ciência do registro do caso, mas que não deseja manter contato com o familiar", complementa.

Procedimentos para localizar pessoas desaparecidas

Não é necessário aguardar muito tempo para comunicar as autoridades de um desaparecimento. Ao notar uma alteração na rotina que caracterize a ausência de um ente próximo, o primeiro ato deve ser o registro de um boletim de ocorrência que pode ser feito nas delegacias ou via internet no site www.ssp.sp.gov.br/nbo.

A Divisão de Desaparecidos também orienta que a checagem com os dados do desaparecido deve ser feita com a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros, para evitar que o registro do Boletim de Ocorrência seja indevidamente efetuado. Depois do B.O., também é possível contar com o serviço da Divisão de Desaparecidos pelo WhatsApp (11) 97549-9770, no Facebook ou preenchendo o formulário disponível no site da SMDHC.

O PT avalia lançar a professora Ana Estela Haddad, esposa do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, como candidata a prefeita da capital paulista em 2020. A informação foi divulgada pelo jornal Folha de São Paulo, nesta terça-feira (2). Segundo a reportagem, os dirigentes da legenda devem encontrar com ela nas próximas semanas para apresentar a proposta.

Ana Estela é vista como uma opção de peso, porque na campanha de Haddad ela ocupou um espaço de destaque, é observada como um quadro novo do PT e quando foi primeira-dama de São Paulo, entre 2013 e 2016, foi considerada atuante. Entre os demais cotados do PT para a disputa estão os deputados federais Carlos Zarattini e Paulo Teixeira, além do ex-deputado Jilmar Tatto.

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De acordo com a matéria, contudo, Ana Estela tem evitado falar sobre o assunto e, para aliados, Haddad tem manifestado reticências sobre a eventual candidatura e teme uma vinculação negativa dos dois. A mulher do ex-prefeito chegou, inclusive, a ser convidada para disputar um cargo legislativo no ano passado, mas não aceitou.

Entre os demais cotados para a disputa pelo cargo em São Paulo, estão o ex-governador Márcio França (PSB), a deputada estadual Janaína Paschoal (PSL), a deputada federal Joice Hasselmann (PSL), o ex-ministro Henrique Meirelles (MDB) e o atual prefeito Bruno Covas (PSDB).

A Prefeitura de São Paulo anunciou a realização de concursos públicos. Os certames são direcionados a profissionais das áreas de engenharia, arquitetura, agronomia, analista de planejamento e desenvolvimento organizacional.

De acordo com a gestão municipal, são oferecidas 168 oportunidades. Dessas vagas, há reserva cotista de 5% para candidatos com deficiência física, além de 20% para negros.

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Os salários previstos, dependendo do cargo pretendido, variam de R$ 6.106,33 até R$ 7.032,90. Os concursos contarão com provas objetivas, avaliação dissertativa, exame de títulos, entre outras etapas.

As inscrições poderão ser feitas do dia 15 deste mês até 12 de novembro por meio do site da banca organizadora do certame. A taxa de participação custa R$ 82. Para mais informações, acesse o site do processo seletivo.

A Prefeitura de São Paulo anunciou que aumentou em 20% o tempo para pedestres atravessarem cruzamentos com semáforos em 12 avenidas e que implantará um mutirão para reduzir o índice de acidentes de trânsito.

A mudança nos semáforos contemplou as seguintes vias: avenida Raimundo Pereira de Magalhães; avenida Engenheiro Caetano Álvares; avenida Sapopemba; avenida Senador Teotônio Vilela; avenida José Pinheiro Borges; avenida Aricanduva; avenida dos Bandeirantes; avenida Corifeu de Azevedo Marques; avenida Eliseu de Almeida; avenida Professor Ignácio de Anhaia Mello (entre a rua Américo Vespucci e a avenida Francisco Mesquita); avenida Assis Ribeiro e Estrada de Itapecerica.

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Já o programa para reduzir acidentes, a ser realizado pela Secretaria Municipal de Mobilidade em parceria com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), será na avenida Carlos Caldeira Filho, na Zona Sul, que receberá a partir de 5 de novembro melhorias na sinalização, aumento de agentes de fiscalização, novos radares e alterações viárias em pontos críticos.

"Esta avenida teve uma evolução no aumento do número de acidentes com vítimas nos últimos seis anos, só no primeiro semestre deste ano foram cinco acidentes com sete mortes, o que nos motivou a tomar medidas urgentes", afirmou o secretário de Transportes, João Octaviano.

De acordo com o secretário, cerca de 43% dos acidentes nos últimos seis anos na via envolveram veículos e outros 40%, motos. Uma das medidas da administração municipal será a implantação de um pilar de estreitamento da via, que é do Metrô, e que receberá proteção para diminuir o risco de colisões. Também haverá a proibição de conversão à esquerda da via.

As mudanças que serão realizadas na avenida Carlos Caldeira já foram feitas para reduzir o número de acidentes na avenida Celso Garcia, na Estrada M’Boi Mirim e na Marginal Pinheiros.

A Prefeitura de São Paulo intensificou o atendimento à população em situação de rua com o início do  Plano de Contingência para Situações de Baixas Temperaturas – 2018. A ação vai até 30 de setembro e será reforçada sempre  que as temperaturas ficarem abaixo dos 13º.

Assim a prefeitura visa diminuir o número de vítimas fatais provocadas pelo frio intenso nesta época do ano. O plano é coordenado de forma compartilhada entre as secretarias municipais de Direitos Humanos e Cidadania, Assistência e Desenvolvimento Social e Segurança Urbana. A ação contará, ainda, com o apoio da Secretaria Municipal da Saúde.

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Dois abrigos emergenciais serão abertos, um na região do centro, com 100 vagas, e outro na Lapa, com 80 vagas. Fora esses, os Centros de Acolhimentos contam com 14 mil vagas.

 A rede também conta com 135 Serviços de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes (SAICAs), que juntas disponibilizam 2.570 vagas.

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) ficará responsável pelo atendimento médico das pessoas em situação de rua nas unidades de saúde.

A população também pode ajudar solicitando ajuda para as pessoas em situação de rua ligando no número 156 e acionando a CPAS (Coordenadoria de Pronto Atendimento Social).

A solicitação de abordagem pode ser anônima, mas é importante ter as seguintes informações para facilitar a identificação:

- o endereço da via em que a pessoa em situação de rua está (o número pode ser aproximado);

- citar pontos de referência;

- características físicas e detalhes das vestimentas da pessoa a ser abordada.

 

Começou a funcionar hoje (30) o programa Bike Sampa, que havia sido suspenso pela gestão Doria para modificação em algumas regras. A iniciativa consiste no compartilhamento de bicicletas em regiões próximas de terminais de ônibus e estações de trens e metrô utilizando o Bilhete Único. A principal mudança é a suspensão do direto a gratuidade na primeira hora de utilização do serviço.

Os usuários precisarão ter um plano de locação ativo, que é feito com a utilização de um cartão de crédito pelo novo site do programa ou através do aplicativo do banco Itaú. Os valores são de R$ 8 para locação diária ou avulsa; R$ 15 para um período de três dias; R$ 20 para ter direito a utilizar uma das bicicletas por um mês; e R$ 160 para utilizar o serviço por um ano.

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A utilização do serviço está condicionada ao período de uma hora com intervalo de 15 minutos, ou seja, retirar uma bicicleta dá o direito de usar por 60 minutos e devolvê-la, após esse período é preciso esperar o tempo de intervalo para não ser multado, o que acarreta R$ 5 para cada hora excedente. Por essa razão foi criada a regra para cadastrar um cartão de crédito, a multa não poderia ser cobrada do bilhete do transporte público.

Há também a previsão de instalação de cinco pontos para retirada de bicicletas que permitirão ao usuário permanecer 12 horas com o veículo. Esses pontos serão implantados nos terminais de ônibus Capelinha, Itaquera, Jabaquara, Tatuapé e Vila Nova Cachoeirinha.

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), viu na semana passada seu cacife eleitoral abalado após uma pesquisa mostrar um aumento da rejeição dos paulistanos às suas viagens pelo Brasil. "As viagens não são em busca de voto, mas de vantagens para a cidade de São Paulo", disse o tucano em entrevista, em Milão, onde cumpriu mais uma agenda internacional.

Doria abordou os pontos sensíveis de sua pré-candidatura, mas sempre tomando o cuidado de negá-la. Ao mesmo tempo em que elogia o Movimento Brasil Livre (MBL), que se aproxima do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), o prefeito rejeita o rótulo de "direita". "Sou um liberal. A posição mais ao centro é a mais equilibrada", afirmou.

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Quanto aos temas tabus, o prefeito emite sinais trocados: evita se posicionar sobre casamento gay e se coloca contra a legalização da maconha e do aborto. Leia os principais trechos da entrevista:

Por que viajar tanto pelo Brasil se o senhor não é candidato à Presidência?

As viagens não são em busca do voto, mas de vantagens para a cidade de São Paulo. Independentemente das homenagens que recebo, e que educadamente agradeço, temos feito acordos operacionais com várias prefeituras. Sou vice-presidente da Frente Nacional de Prefeitos. Compete a mim fazer programas de integração com outras prefeituras.

Como explica essa rejeição às viagens detectada em pesquisa?

Normal. Na medida em que se explica que as viagens são em benefício da cidade, a rejeição gradualmente vai caindo. As pessoas vão entendendo que São Paulo não é uma província, mas uma cidade global. A rejeição tende a cair.

A cidade enfrenta problemas de zeladoria, como semáforos quebrados e mato crescendo em praças. São problemas que o Cidade Linda não resolve...

É preciso ter investimentos mais constantes para a zeladoria urbana. No caso dos semáforos, ficamos seis meses presos ou limitados pelas falta de uma licitação que deixou de ser feita na gestão anterior. O TCM (Tribunal de Contas do Município) durante quase três meses segurou esse processo. Nos próximos dias vamos lançar um programa, o "Semáforo Expresso", que será feito por meio de motocicletas. Técnicos vão usar motos para chegar mais rapidamente aos semáforos com problemas.

Há um movimento que defende um controle maior sobre os museus, por causa da exposição do MAM. É a favor de algum tipo de regulamentação sobre o que pode ser exposto em museus?

Não sou. Sou contra a censura de qualquer natureza, mas é preciso ter cuidado e zelo. Naquele episódio de São Paulo, um museu sério como o MAM cometeu um erro de não colocar um monitoramento na porta da sala onde havia a performance do artista. Bastaria ter monitores orientando as pessoas. É preciso ter cuidado para não avançar nos limites da intolerância.

Qual sua posição sobre a legalização do aborto?

Sou contra, exceto nos casos em que a Constituição já prevê.

E sobre o casamento gay?

Esse é um tema que precisa ser estudado e avaliado. Tema de um debate mais profundo.

O que pensa do "escola sem partido"?

Escola é feita para ensinar, não para fazer política.

Descriminalização da maconha, uma bandeira do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso?

Sou contra, embora respeite muito as posições do ex-presidente. Ele é um sábio, além de respeitável sociólogo.

Como seria sua relação com o MST se fosse presidente? E como seria sua tolerância com as invasões?

De diálogo. Invasão é crime. E como tal não pode ocorrer. O governo deve defender a propriedade.

O senhor é a favor da autonomia do Banco Central?

Totalmente a favor. É necessário. O Banco Central não pode ser monitorado pelo governo. No governo atual, esse é um bom exemplo de como ter um BC independente, com gestão eficiente.

Qual seria a política sobre a taxa de juros?

Temos que ter câmbio flexível e autonomia do BC. Quero aproveitar para fazer um registro positivo em relação ao ministro Henrique Meirelles: a política econômica está sendo feita com zelo e cuidado. Não funciona ter política de juros com viés político.

O MBL, que é identificado com a direita radical, se afastou do senhor e se aproximou de Jair Bolsonaro. Começou a criticá-lo, algo que não fazia antes. Como avalia esse movimento?

Essa é uma circunstância momentânea. Esse não é um movimento de todo o MBL, mas de alguns. O MBL cresceu muito. Hoje eles têm algumas frentes e vertentes, mas eu respeito muito o valor, a trajetória e aquilo que eles defendem.

Pesquisa também mostrou que parte do eleitorado tradicional do PSDB e seu migrou para Bolsonaro. Como explica isso?

Isso é cíclico. Amanhã pode mudar. Há um certo ciclo. Esses ciclos vão ocorrer várias vezes até outubro do ano que vem.

Então esse eleitorado não migrou para a direita mais radical?

Não. É uma circunstância momentânea e que vai mudar, talvez mais de uma vez.

A eleição de 2018 é melhor com ou sem o Lula?

Com democracia.

Está descartada a possibilidade de o senhor deixar o PSDB?

Não penso em deixar o PSDB. Não há razão concreta para isso. Recebi convites de outros partidos, o que me honrou muito. São partidos aliados e que me ajudam na gestão em São Paulo. A hora da política é no ano que vem.

O senhor é pré-candidato à Presidência?

Não.

Se Geraldo Alckmin pedir, aceitaria disputar o governo de São Paulo em 2018?

Toda solicitação que venha do governador Alckmin vai merecer meu respeito e atenção. Ele não solicitou. Se tivermos alguma conversa no futuro nesse sentido, qualquer ponderação e diálogo que envolva o governador Geraldo Alckmin terá a minha participação e meu interesse em atendê-lo.

Em Belém, o senhor disse que não é de direita, mas de centro. Foi uma maneira de se diferenciar de Bolsonaro?

Eu sou um liberal. A posição mais ao centro é a mais equilibrada para um País que precisa de paz e crescimento econômico.

Como enxerga esse discurso extremado do Bolsonaro?

Ele tem suas convicções. É um direito dele.

Estaria com ele no segundo turno?

Apoio não se nega, se incorpora.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Algumas vagas do Programa Trabalho Novo, da prefeitura de São Paulo, que oferece oportunidades a pessoas em situação de rua, têm entre as exigências que o candidato tenha dentes em bom estado. Além da “dentição frontal completa”, são levados em consideração a disposição dos candidatos para o trabalho e os antecedentes criminais. As possibilidades de emprego são ofertadas em parceria com empresas privadas.

A descrição das vagas oferecidas pela rede de lanchonetes McDonald's, uma das empresas parceiras do programa municipal, informa que há “flexibilidade” em relação aos antecedentes criminais, apesar da preferência por pessoas sem histórico de furto. “Caso haja furto na função, é demitido por justa causa”, enfatiza o comunicado divulgado pela coordenação da iniciativa da prefeitura aos centros de acolhida, que devem encaminhar os candidatos às seleções.

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De acordo com o coordenador da Pastoral do Povo de Rua, padre Julio Lancellotti, algumas pessoas com quem teve contato afirmaram ter sido rejeitados pelo critério da dentição. Para ele, esse tipo de exigência não faz sentido em um programa que busca a inclusão de pessoas que vivem nas ruas. “Como é que ele vai ter, uma pessoa que está na rua, que está sem os cuidados mínimos necessários, todos vão ter dentição frontal completa?”, questiona o religioso.

Segundo o Censo da População de Rua da prefeitura, entre as pessoas que vivem nas ruas da capital paulista 34,5% tem problemas de saúde bucal. Entre os moradores de rua que vivem em centro de acolhida o índice cai para 27,5%. Passaram pelo sistema prisional, 40% dos que dormem nas ruas e calçadas e 27,5% daqueles abrigados nos equipamentos públicos. O levantamento contabilizou 15,9 mil pessoas em situação de rua na capital paulista em 2015.

Exigências

A prefeitura informou, por meio da assessoria de imprensa, que as exigências para as vagas são feitas pelas empresas. “De acordo com a ONG Rede Cidadã, que é responsável pela seleção e capacitação dos moradores em situação de rua, os conteúdos dos documentos compartilhados nos grupo de trabalho tratavam de requisitos exigidos pelas empresas participantes”, enfatiza a nota a respeito do documento ao qual a Agência Brasil teve acesso.

O Mc Donald's, por sua vez, negou ter feito as exigências para a vaga. “O McDonald’s não reconhece essas exigências e, sobretudo, não compactua com elas. A empresa informa também que o documento foi redigido pela ONG que realiza o recrutamento, sem nenhuma consulta, orientação ou aprovação do McDonald’s. Por fim, temos orgulho de ser uma das pioneiras na adesão ao Programa Trabalho Novo”, diz a íntegra da nota envaida pela empresa.

O comunicado da prefeitura diz ainda que “o problema de dentição é recorrente na população em situação de rua, muitas vezes por conta do uso abusivo de drogas” e, por isso, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social está buscando parcerias para tratar da saúde bucal dessas pessoas. “Não por causa das exigências do emprego, pois nem todos os postos de trabalho têm tais pré-requisitos – mas por se tratar de um problema recorrente e que causa sofrimento ao portador de doenças bucais”.

O Programa Trabalho Novo havia disponibilizado 10 mil oportunidades para população em situação de rua em 223 empresas, sendo que 1,3 mil vagas foram preenchidas.

Histórico criminal

O padre Lancellotti também acredita que olhar para o histórico criminal dessa população não seja a melhor forma de avaliar os aptos para o emprego. “A população que está na rua é muitas vezes criminalizada, detida, e fica constando passagem às vezes por coisas muito tênues ou pequenas, que não são determinantes na vida da pessoa”.

Membro do Movimento Nacional da População de Rua, Anderson de Miranda, também considerou equivocadas as exigências para as vagas. “São exigências que condizem com quem tem casa, mas está desempregado. A rua precisa de um programa que tenha sua flexibilidade”, enfatizou.

 

A Justiça paulista condenou a Prefeitura de São Paulo, o governo do Estado e a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) a consertarem todos os hidrantes danificados na capital paulista no prazo de três meses. A multa por descumprimento da decisão é de R$ 5 mil por dia.

Levantamento feito pelo Corpo de Bombeiros em 2014, que serviu de base para ação judicial movida pelo Ministério Público Estadual (MPE), mostrou que 90% dos equipamentos de combate ao fogo na cidade estavam inoperantes, danificados ou haviam sumido. Desembargadores da 7.ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo publicaram acórdão, determinando que os três órgãos públicos apresentem, no prazo de 30 dias, um plano conjunto para manutenção ou substituição dos hidrantes danificados e executem o serviço no prazo de 60 dias após a entrega do cronograma.

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Em nota, a gestão do prefeito João Doria (PSDB) informou que já recorreu da decisão e aguarda o julgamento. A Procuradoria-Geral do Estado (PGE), sob comando do governo Geraldo Alckmin (PSDB), informou que já foi citada e está estudando se vai seguir recorrendo. A Sabesp também informou que está recorrendo e afirmou que "sua missão é garantir que haja água, na quantidade e pressão necessárias, para que os hidrantes instalados e mantidos pelo poder público possam funcionar adequadamente, sempre que necessário".

Ação. A Promotoria da Habitação de São Paulo havia entrado com uma ação civil pública em março de 2015, cobrando o conserto dos hidrantes pelas três instituições. Ela foi julgada improcedente por um juiz de primeira instância, mas a decisão foi revertida pela 7.ª Câmara de Direito Público, com base em recurso movido pelo MPE.

Dos 948 hidrantes vistoriados pelo Corpo de Bombeiros em 2014, 15% de um universo estimado pela corporação em 6.375 equipamentos na cidade, apenas 95 (10%) tinham condições plenas de uso. Segundo o laudo final, 394 (42%) sequer foram encontrados, 243 (25,5%) estavam inoperantes e 216 (22,5%) funcionavam com avarias. A ação ainda exigia a realização de um estudo completo dos 6.375 hidrantes da cidade de São Paulo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Prefeitura de São Paulo - Regional da Sé - multará em cerca de R$ 20 mil a instituição Go Skate Day, empresa responsável pela organização do evento para skatistas na região central de São Paulo. A ação ocorreu no domingo (25). Segundo a Prefeitura Regional, a multa será aplicada devido à antecipação do horário do evento.

Imagens da câmera de segurança mostraram que cinco skatistas foram atropelados às 9h48. Dentre as vítimas, uma sofreu fraturas no joelho e no pulso.

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O motorista do carro, José Iriovaldo Ferreira, afirmou no depoimento à Polícia militar que acelerou o carro por medo. “A rua não estava devidamente interditada, e após bater no primeiro skatista com seu veículo, ele apavorou-se porque o carro todo começou a ser apedrejado e ele estava com a mãe dele no veículo e mais um amigo. A mãe dele já é idosa. O motorista começou a receber xingamentos, os vidros foram quebrados e ele ficou com medo de parar e ser linchado”, disse a Polícia Militar de São Paulo em nota oficial.

A descida de skate pela Rua Augusta, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), deveria ser feita a partir das 10h30. “Nós não estamos multando por conta de mudança no trajeto, mas estamos multando pela antecipação do evento que resultou no atropelamento”, afirmou o Prefeito Regional da Sé, Eduardo Odloak. “Os skatistas saíram mais de meia hora antes do previsto e isso dificultou a organização por parte da CET”, disse.

A Instituição Go Skate Day disse irá recorrer da multa, pois, segundo ela, não foram os skatistas de seu evento que saíram antes do combinado. A instituição têm um prazo de 30 dias para recorrer.

Relatório da SPTrans, órgão responsável por administrar o transporte público em São Paulo, mostrou que a cidade apresenta a menor frota de ônibus e micro-ônibus desde 2006. Os quatro primeiros meses contaram com 14.512 veículos.

Em nota oficial, a SPTrans explicou que a variação da frota ocorre em função de ajustes operacionais e argumentou que, apesar da redução no número de veículos, a capacidade de transporte de passageiros aumentou. Ônibus maiores, como os biarticulados, estão substituindo os micro-ônibus.

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Os números mostram que no mês de abril de 2006 a frota tinha capacidade para 958 mil passageiros e 14.761 veículos em circulação. Em abril deste ano (2017), o número chegou a 1,153 milhão de pessoas, o que significa um aumento de cerca de 20% na capacidade. 

A média de ônibus em circulação vem caindo a cada mês. O relatório aponta que, entre janeiro e abril, 235 ônibus deixaram de circular. 

A prefeitura de São Paulo anunciou que irá mudar o sistema cicloviário da cidade. Parte dos 400 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas instalados no município será transformada em ciclorrotas. A mudança vai começar pela Vila Prudente, na zona leste, seguida da Rua da Consolação, no centro da cidade.

“Após estudos na malha cicloviária da cidade, algumas ciclovias serão melhoradas, outras ampliadas e, em alguns casos, serão transformadas em ciclorrotas, ganhando uma sinalização específica e tratamento para acalmamento de tráfego em pista de rolamento que pode ser compartilhada com carros e motos em vias de tráfego leve”, informou a prefeitura em nota.

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Exclusivas para bicicletas, as ciclovias são pistas isoladas fisicamente do trânsito de veículos automotores com grades ou canteiros. Já as ciclofaixas são demarcadas com pintura no chão, também exclusivas para bicicletas, mas separadas dos veículos automotores apenas pela pintura ou por tachões. As ciclorrotas são ruas sinalizadas aos motoristas informando que a via é uma rota usada por ciclistas.

“A secretaria [de Mobilidade e Transportes] rechaça o conceito de que bicicleta só pode circular em via exclusiva. Essa visão contribui para aumentar o preconceito em relação à bicicleta e o equivocado conceito de que o trânsito se faz com segregação. O trânsito se faz com harmonia e convivência entre todos os atores. O fundamental é assegurar a segurança aos mais frágeis que pode sim ser oferecida em vias calmas com a implantação de estratégias de sinalização e manutenção de velocidade baixa”, destacou a prefeitura paulistana.

De acordo com a administração municipal, as mudanças serão feitas após debates com ciclistas e com a comunidade local. “O resultado desse diálogo é o que definirá o projeto a ser adotado em cada ponto da cidade.”

Ciclistas questionam alteração

A Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo (Ciclocidade) criticou a decisão da prefeitura de substituir ciclovias e ciclofaixas por ciclorrotas. De acordo com a associação, ciclorrotas devem complementar a rede de ciclovias e ciclofaixas, e não substituí-las.

“Usar o argumento do compartilhamento para justificar o desmonte de uma política inclusiva e que tem estimulado muitas pessoas para o uso cotidiano da bicicleta como meio de transporte vai na contramão das políticas de mobilidade que têm sido praticadas em muitas cidades no mundo, inclusive nas que apresentam uma realidade urbana similar à de São Paulo”, disse a entidade em nota.

A associação cita a Pesquisa sobre Mobilidade Urbana, da Rede Nossa São Paulo, segundo a qual mais de 80% dos motoristas paulistanos deixariam de usar o carro se houvesse uma boa alternativa de transporte. “Ciclovias e ciclofaixas são políticas essenciais para promover o uso de bicicletas, trazer novos ciclistas às ruas, garantir segurança e conforto para quem se desloca e quer se deslocar por bicicleta, especialmente em vias de intenso tráfego de veículos motorizados”, acrescentou a Ciclocidade.

Para o coordenador da organização comunitária Bike Zona Sul, Alex Gomes, a decisão da prefeitura é preocupante já que as atuais ciclorrotas existentes na cidade não oferecem segurança aos ciclistas. A entidade fará uma manifestação contra as medidas no próximo dia 28.

“A gente tem a referência das ciclorrotas atuais como a da Rua Comendador Elias Zarzur, a da Alameda Jaú. E o que a gente vê é que praticamente não há condições do ciclista circular por essas vias com tranquilidade”, disse. “Vai ser a substituição de uma estrutura que, bem ou mal, já está protegendo o ciclista, por uma outra estrutura que, pelos modelos que existem na cidade, a gente vê que são ineficazes e não funcionam”, acrescentou.

Quando o canteiro de obras foi montado na sua rua, Fernanda Santos de Salles, de 35 anos, havia acabado de dar à luz seu filho caçula. Durante os dois anos de construção da escola municipal no Jardim Lucélia, zona sul de São Paulo, a auxiliar de enfermagem sonhou em ver Fernando estudando ao lado de casa após deixar a creche, em 2018. Mas a esperança dela se foi há seis meses, juntamente com os operários da obra inacabada.

"Seria ótimo se a escola existisse, poderia trazer o Fernando a pé todos os dias. Do jeito que está, não tem serventia nenhuma", disse Fernanda. Hoje, ela gasta R$ 90 por mês de transporte escolar para levar o filho de 2 anos e meio à creche e passa com o garoto no colo em frente ao "esqueleto" de concreto pichado, que virou ponto de descarte de lixo e de tráfico e consumo de drogas.

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A cena se repete em vários distritos da cidade. Hoje, a Prefeitura de São Paulo acumula 31 obras paralisadas, além de 4 contratos suspensos antes do início da execução. A lista inclui 17 creches, 6 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), 3 obras viárias, entre elas o túnel ligando as Avenidas Sena Madureira e Ricardo Jafet, 3 escolas, 2 corredores de ônibus (M’Boi Mirim e Radial Leste), o terminal do Jardim Ângela, o hospital da Brasilândia, a canalização do córrego Mirassol e a reforma dos boxes do autódromo de Interlagos.

Juntas, as obras somam R$ 1,98 bilhão em contratos que foram suspensos pelo então prefeito Fernando Haddad (PT) - agora herdados pela gestão João Doria (PSDB). A maior parte dos projetos, segundo a gestão petista, sofreu atrasos nos repasses do governo federal, por meio dos ministérios e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Mas os problemas são diversos. O corredor de ônibus de 12 km da Radial Leste, por exemplo, foi suspenso pelo Tribunal de Contas da União (TCU), em 2016, por irregularidades - e agora terá de ser concluído com dinheiro da Prefeitura, que diz não ter recursos.

Já as construções das UPAs e de três creches e três escolas, entre as quais a que fica na rua onde mora Fernanda, foram paralisadas no fim de 2016 porque a construtora responsável entrou em recuperação judicial alegando atrasos nos pagamentos. Agora, a gestão Doria negocia novas contratações para retomar as obras, mais ainda sem prazo de conclusão previsto.

Elefante branco

Na zona norte, a descrença dos moradores paira sobre a construção do hospital da Brasilândia, promessa que Haddad não concluiu e cujo contrato, de R$ 250 milhões, foi suspenso em dezembro. "Aqui tudo é sempre muito batalhado. Tivemos de brigar para colocarem asfalto, depois para ter ônibus, agora talvez tenha hospital, mas não sabemos se terá médico", afirma Wilson Santana, de 55 anos, vizinho da obra.

O gestor de projetos da Rede Nossa São Paulo, Américo Sampaio, afirma que a crise econômica afetou a receita do Município, comprometendo os investimentos. Ele defende a manutenção das obras mesmo que em ritmo mais lento, como vem sendo feito com o hospital de Parelheiros. "A pior coisa é parar, porque deprecia um ativo, esfria a economia e não atende às necessidades da cidade."

A lista de obras paralisadas não inclui outros 11 contratos para construção de corredores de ônibus, como o Aricanduva e o Belmira Marin, assinados no governo Haddad, mas que não saíram do papel. A gestão Doria afirma que deve concluir as obras do corredor M’Boi Mirim, do Córrego Mirassol e dos boxes do autódromo, e que reavalia os demais projetos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A gestão Fernando Haddad (PT) está cobrando cerca de R$ 300 milhões em Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) dos três principais clubes de futebol da capital. No fim de 2015, após fiscalização nas sedes de Corinthians, Palmeiras e São Paulo, auditores da Secretaria Municipal de Finanças e Desenvolvimento Econômico identificaram o não recolhimento do imposto sobre algumas operações fiscais realizadas pelos times, como venda de ingressos e obtenção de cotas de patrocínio.

Relativo ao período de 2010 a 2014, o valor inclui multas e correção monetária e é contestado pelos clubes, que tentam obter o apoio de vereadores para evitar a cobrança. Na terça-feira, 21 parlamentares de todos os partidos representados na Câmara já haviam assinado um projeto de lei que propõe a anistia dos débitos. Se aprovado, os clubes ficam livres da cobrança.

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Costurado pelos vereadores Nelo Rodolfo (PMDB) e Milton Leite (DEM), o texto exige como contrapartida dos times a execução de serviços de conservação de vias e praças no entorno de cada sede. As regras foram anexadas como "contrabando" (termo usado no Legislativo para classificar artigos incluídos em lei que trata de outro assunto) a um projeto de lei encaminhado à Casa pelo prefeito Haddad. Originalmente, a proposta previa incentivos fiscais para empresas que se instalarem no extremo sul da cidade, onde faltam empregos.

Nelo argumenta que a cobrança retroativa de ISSQN dos clubes visa apenas a aumentar o caixa municipal, em detrimento das finanças dos times. Segundo ele, o orçamento do Palmeiras para este ano, por exemplo, é de R$ 235 milhões. "Como é que a Prefeitura quer que o clube pague R$ 100 milhões de imposto?" O vereador é conselheiro do Palmeiras.

Segundo o secretário de Finanças e Desenvolvimento Econômico, Rogério Ceron, a Prefeitura está cumprindo seu papel. "Esse recolhimento está previsto em legislação federal desde 2003 e deve ser feito de forma espontânea pelo contribuinte. Cabe à administração tributária do Município fiscalizar o cumprimento da lei."

COMISSÃO - Os clubes consideram a cobrança indevida e apresentaram recurso. Os presidentes do Corinthians, Roberto de Andrade; do Palmeiras, Paulo Nobre, e do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, foram recebidos no dia 5 pelo presidente da Casa, vereador Antonio Donato (PT). Na terça-feira, na reunião dos partidos, Nelo e Leite pediram a inclusão da proposta na pauta de votação. Só o líder do governo, Arselino Tatto (PT), foi contra. A Secretaria de Comunicação informou que Haddad também se encontrou com os presidentes e criou um grupo para buscar entendimento. Corinthians, Palmeiras e São Paulo não se manifestaram.

Convênio divulgado nesta quinta-feira, 5, entre a Prefeitura de São Paulo e a Controladoria-Geral do Estado de Minas Gerais vai transferir para o governo mineiro o software que permitiu que a Prefeitura descobrisse a Máfia do Imposto Sobre Serviços (ISS), em 2013.

O programa, chamado Sistema de Controle de Bens Patrimoniais dos Servidores Públicos (Sispatri), cruza informações sobre a renda e o patrimônio acumulado pelos servidores públicos. Esse cruzamento aponta indícios de enriquecimento ilícito, o que coloca servidores sob suspeita.

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O sistema foi instalado em São Paulo pelo então controlador-geral Mário Spinelli. É ele quem comanda, atualmente, a Controladoria-Geral mineira. Ele foi escolhido pelo governador Fernando Pimentel (PT).

No Estado, Spinelli está realizando uma auditoria nas contas das gestões do PSDB no Estado, governado até o ano passado pelo senador Antonio Anastasia (PSDB-MG).

Embora tenha perfil técnico, a ida de Spinelli para Minas foi articulada por petistas que desejavam uma 'devassa' nas gestões tucanas de Aécio Neves e Antonio Anastasia.

De passagem pelo Recife, nesta quinta-feira (15), para articular votos em apoio a sua candidatura à presidência da Câmara Federal, o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) avaliou as críticas feitas pela senadora Marta Suplicy ao partido e elencou o posicionamento da ex-ministra como "solitário". O foco da até então correligionária é, segundo Chinaglia, disputar a Prefeitura de São Paulo em 2016.

"São incompreensíveis as declarações que a Marta deu", disparou. "O óbvio está se estabelecendo. Ela acaricia muito a ideia de ser candidata a prefeita de São Paulo e se isto é o principal, da fala dela, a conclusão é inevitável: não será candidata do PT.  Ela está olhando a paisagem fora do PT", acrescentou ironizando.

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De acordo com o parlamentar, Marta Suplicy já alegou ter recebido convite de diversos partidos para abrigar um provável embate com o atual gestor da capital paulista, Fernando Haddad. "Ela disse que só não teve convite do DEM e do PSDB", pontuou.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo no último domingo (11), Suplicy avaliou as posturas do PT e disse que ou a legenda muda, ou acaba. Além disso, na reportagem a senadora voltou a criticar  a gestão da presidente Dilma Rousseff (PT) e sugeriu que o ex-presidente Lula (PT) gostaria de ter sido o candidato na disputa presidencial em 2014. A ex-ministra também disparou contra o presidente nacional da legenda, Rui Falcão, chamando-o de traidor e o ministro da Casa Civil, Aloízio Mercadante, a quem chamou de "inimigo". 

 

 

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), disse que a ação do Ministério Público Estadual que cobra da Prefeitura medidas para evitar pontos de alagamento "tem seu mérito, mas carece de embasamento técnico". Conforme o 'Estado' noticiou, o MPE realizou um levantamento com os 422 locais que mais alagam na cidade e foi à Justiça contra Prefeitura.

Em entrevista à Rádio Estadão na manhã desta terça-feira, 21, Haddad afirmou que "nunca se investiu tanto em drenagem na cidade de São Paulo. São R$ 400 milhões para resolver os problemas na região da Pompeia. Outros R$ 400 milhões na Ponte Baixa, na região do Córrego do M'Boi Mirim. Tem também na Cupecê, o Córrego do Cordeiro. Só nessas três obras são R$ 1 bilhão", afirmou o prefeito.

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Haddad falou ainda sobre a perda da capacidade de investimentos com a proibição do aumento do IPTU e da tarifa de ônibus. "Precisamos recuperar a capacidade de receita do município", lamentou. "De fato, a cidade perdeu suas duas principais fontes de arrecadação. Praticamente, não temos recursos para investir." Ele reforçou, no entanto, que nenhuma das medidas previstas no orçamento deixará de ser cumprida. Segundo ele, será necessária uma readequação do cronograma.

A favor dos "rolezinhos", os encontros em massa de jovens da periferia em centros comerciais, o petista garantiu que não há problemas. "Não sei se judicializar a questão é o melhor caminho. Talvez o melhor seja conversar para compreender. A atitude da Prefeitura foi essa."

Questionado sobre a chamada máfia dos fiscais, Haddad lembrou que não tem influência na controladoria. "É um órgão especial, que não precisa da autorização do prefeito para investigar. Foi o caso desses fiscais. Eles acumularam R$ 85 milhões de patrimônio. Agora, eles vão pagar por isso e pagar criminalmente", disse.

Transporte e Drogas

O prefeito destacou os investimentos em espaços para ônibus. "Qualquer via que tenha três faixas, uma tem que ser do ônibus". Sobre as ações da Prefeitura na Cracolândia, região central, disse: "Não é porque a pessoa tem uma dependência, está doente, que não pode trabalhar. Não é porque é pobre que tem de internar. Temos de mudar as circunstâncias para que o tratamento seja eficaz."

Eleições

Para as eleições de outubro, ele garantiu que estará à disposição do candidato do PT ao governo de São Paulo, o atual ministro da Saúde, Alexandre Padilha. No entanto, disse, a legislação para a participação em campanha do chefe do executivo é muito restritiva.

Priorizando quadros técnicos e, ao mesmo tempo, contemplando uma ampla base aliada, o prefeito eleito Fernando Haddad (PT) completou seu secretariado ontem, com participação recorde de partidos. Foram apresentados Osvaldo Spuri, que assumirá a Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras, e o vereador Ricardo Teixeira (PV), que substituirá o colega Roberto Tripoli à frente do Verde e Meio Ambiente. A capital ainda ganhará uma Controladoria-Geral, para fiscalização da gestão.

A lista final revela que 11 secretarias - quase metade das 26 - serão comandadas por pessoas sem filiação partidária. Duas delas, porém, foram sugeridas por siglas aliadas: José Floriano de Azevedo Marques Neto, que comandará a Habitação, é indicação do PP, enquanto o titular da Segurança Urbana, Roberto Porto, é da cota pessoal do vice-presidente da República, Michel Temer, do PMDB.

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Além do PT, os outros escolhidos estão divididos entre seis partidos, que vão compor o que Haddad chama de governo de coalizão - o mais diversificado dos últimos 26 anos. São nove nomes nesse bloco aliado. A maioria com experiência no Executivo ou com desempenho considerado bom pelo futuro prefeito em seus campos de atuação. É o caso, por exemplo, do vereador Netinho de Paula (PCdoB), escalado para comandar a nova Secretaria da Igualdade Racial. Completam a lista o PSB e o PTB.

O PT ficou com oito secretarias. Entre elas estão algumas das de maior orçamento, como Saúde e Transportes. Já os aliados terão, segundo Haddad, corresponsabilidade na gestão de São Paulo, a fim de evitar o chamado "toma lá, dá cá". As escolhas incluem representantes que fizeram parte da administração Gilberto Kassab (PSD) e até apoiaram o tucano José Serra nas eleições, como integrantes do PV e PSB.

"Ele tenta equilibrar nomes eminentemente técnicos com indicações necessárias para conseguir fazer um governo de coalizão", avalia o professor de Administração Pública da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Marco Antônio Carvalho Teixeira. O advogado acredita que a preferência do prefeito eleito por técnicos vem de sua trajetória. "A origem do Haddad também não é política 'stricto sensu'. Ele passou por vários cargos técnicos." Com os secretários definidos, Haddad parte agora para a formação do segundo escalão. A ordem já está dada: os subprefeitos poderão ter indicação política, mas também terão de obedecer a alguns critérios. A prioridade é colocar engenheiros nas administrações regionais.

Os candidatos à Prefeitura de São Paulo exploraram informações incompletas ou contraditórias no primeiro debate do 2.º turno, anteontem. Fernando Haddad (PT) e José Serra (PSDB) disputaram a paternidade de projetos e do financiamento de obras, mas inflaram a população beneficiada e citaram investimentos que ainda não foram concretizados.

No debate da TV Bandeirantes, Haddad tentou destacar as realizações da gestão de Marta Suplicy (PT) no município e investimentos do governo federal. Serra citou avanços promovidos pela Prefeitura nos últimos oito anos, sob seu comando e na administração de Gilberto Kassab (PSD).

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Ao menos duas vezes, os candidatos disputaram a responsabilidade por investimentos feitos em São Paulo, mas não deram informações completas aos eleitores.

Serra acusou o governo federal de ter "um problema com o metrô", por não destinar recursos para o transporte sobre trilhos da cidade. Para tentar reforçar sua parceria com a União, Haddad rebateu: disse que havia investimentos no monotrilho da Linha 18 (Tamanduateí-ABC).

De fato, o governo federal firmou um acordo para aplicar R$ 400 milhões nas obras, mas ainda não fez nenhum repasse. O valor total é de R$ 4,1 bilhões.

Haddad e Serra também exploraram os repasses do Ministério das Cidades para a urbanização de favelas em São Paulo. O petista lembrou que havia dinheiro do governo federal no projeto. O tucano disse que o investimento era "obrigação" e que a parcela de recursos era "pequena".

Dados da Secretaria Municipal de Habitação mostram que o governo federal aplicou 19% dos R$ 5 bilhões investidos na urbanização de favelas entre 2005 e junho deste ano - o que equivaleria a quase R$ 1 bilhão em oito anos.

Tucanos e petistas disputaram ainda a autoria do programa de atendimento de gestantes do município. Serra citou como exemplo o Mãe Paulistana, que criou na Prefeitura em 2005. Haddad disse que o projeto foi copiado de Curitiba, inspirado em um plano da gestão Marta.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O próximo prefeito de São Paulo vai herdar no dia 1º de janeiro um orçamento de R$ 42 bilhões e um pacote de promessas incompletas da gestão Gilberto Kassab (PSD). No orçamento para 2013 divulgado na sexta-feira (28), o prefeito deixa para seu sucessor a missão de concluir ou não projetos milionários, como um novo túnel até a Rodovia dos Imigrantes e três hospitais na periferia.

Apesar do valor do orçamento ser recorde, o crescimento de 7% entre 2012 e 2013 é o menor dos últimos quatro anos. Com o aumento da venda de apartamentos e o aumento no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) de até 60% para comerciantes, a Prefeitura registrou crescimento médio de 14% nas receitas entre 2009 e 2012.

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A maior parte dos projetos que a atual gestão vai deixar para o próximo chefe do Executivo está na Agenda 2012, plano de metas oficial da gestão Kassab aprovado em forma de lei no início do seu mandato. O secretário de Planejamento, Rubens Chammas, afirmou que o próximo orçamento contemplará verba para o pagamento da conclusão de algumas das propostas do plano.

Algumas dessas propostas, como as que já têm contrato assinado, não poderão ser interrompidas pelo novo prefeito. Isso só seria possível se houvesse acordo com as empresas contratadas. Nesse grupo, estão a reurbanização do Largo da Batata, o túnel da Avenida Água Espraiada até a Rodovia dos Imigrantes e as obras antienchentes na Pompeia, segundo Chammas. Todas as três fazem parte da Agenda 2012. "Muitas bandeiras do governo que estão em andamento são irreversíveis", argumentou o secretário.

Além disso, programas e compromissos de longo prazo já assumidos também terão de ser cumpridos, de acordo com ele. Entram nesse grupo a recuperação de mananciais, feita em parceria com os governos estadual e federal, e os R$ 300 milhões em obras viárias para Itaquera e região, onde está sendo construído o estádio para que São Paulo seja a sede da abertura da Copa de 2014.

Valores que se referem a projetos que ainda não tiveram licitação terminada, entretanto, poderão ser modificados pelo futuro chefe do Executivo. Um exemplo são os três hospitais na Brasilândia, Vila Matilde e Parelheiros previstos no plano de metas de Kassab ou a revitalização da Nova Luz, promessas que ainda não têm contratos assinados. Por determinação da Lei Orgânica do Município, o próximo prefeito terá de aprovar na Câmara seu próprio plano de metas no primeiro ano do seu mandato.

Investimentos

Para 2013, R$ 6,2 bilhões estão reservados para novos investimentos, o que representa crescimento de apenas R$ 100 milhões em relação a 2012. Para a área da Saúde, por exemplo, estão reservados R$ 90 milhões de recursos para novas obras - verba insuficiente para a construção de um hospital com 150 leitos, por exemplo.

As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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