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O Grupo de Atuação Especial de Combate a Delitos Econômicos (Gedec) do Ministério Público paulista apresentou à Justiça de São Paulo nova denúncia contra cinco executivos da Alstom e dois da CAF acusados de cartel e fraude na licitação de 2009, durante o governo José Serra em São Paulo para a criação de uma Parceria-Público Privada para a manutenção preventiva, corretiva, revisão geral e aquisição de 192 carros novos para a frota da linha 8 - Diamante da CPTM no valor de R$ 1,8 bilhão.

Na acusação, o promotor Marcelo Mendroni - que já denunciou mais de 35 executivos de alto escalão das empresas acusadas de envolvimento no esquema de cartel metroferroviário nos governos do PSDB em São Paulo - também pede a prisão preventiva de Cesar Ponce de Leon, que integrou no Brasil a direção da multinacional francesa Alstom Transport, e do ex-presidente da Alstom na Espanha, Antonio Oporto.

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A denúncia tem por base as investigações do Ministério Público de São Paulo e o acordo de leniência da multinacional alemã Siemens com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em 2013.

Cesar Ponce já é réu na Justiça paulista devido a outra denúncia apresentada no ano passado. Na ocasião, Mendroni também pediu a prisão do executivo, que possui nacionalidade espanhola e não foi localizado ao longo da investigação do Ministério Público. A defesa do executivo informou que ele estaria na Espanha. A juíza Cynthia Maria Sabino Bezerra da Silva, da 8ª Vara Criminal da Barra Funda, negou o pedido e apontou que o fato de o executivo estar no exterior "por si só não traz a presunção absoluta de que pretenda frustrar a aplicação da lei penal".

Com esta nova denúncia, já são oito acusações movidas por Marcelo Mendroni contra executivos e ex-executivos das empresas acusadas de envolvimento no cartel no Metrô e na CPTM. O promotor é responsável das investigações dos crimes financeiros do esquema. Em outras frentes, o Ministério Público Federal e o Ministério Público de São Paulo investigam os servidores públicos suspeitos de terem atuado em conluio com as empresas. Nenhum funcionário público foi denunciado ainda.

A promotoria da Carolina do Sul (sudeste dos Estados Unidos) encarregada do caso de Dylann Roof, acusado de crimes racistas pela morte de nove negros em sua igreja de Charleston em junho, anunciou nesta quinta-feira que pedirá a pena de morte.

"Foi um crime extremo e a justiça do nosso estado exige uma pena capital", indicou Scarlett Wilson em uma declaração breve, destacando, no entanto, que "tomar uma decisão tão séria, é uma responsabilidade imponente".

Dylann Roof, de 21 anos, é acusado de ter matado, em 17 de junho, nove paroquianos que estavam na comunidade negra, a Emanuel African Methodist Episcopal Church (AME) de Charleston, o que constituiu o pior massacre racista da história recente dos Estados Unidos.

Roof é processado em níveis estadual e federal. A promotora informou ter tido "muitos, muitos encontros com os sobreviventes e com famílias das vítimas".

"Todos estamos de acordo em que o perdão é parte importante do processo de cura, mas sabemos que o perdão não significa necessariamente renunciar às consequências, inclusive consequências graves", insistiu.

"Nenhum de nós tem vergonha no coração, mas todos estamos decididos a buscar e obter justiça neste assunto", acrescentou Wilson, ressaltando que as vítimas e famílias estão divididos sobre o pedido de prisão.

Em 31 de julho, Dylann Roof se declarou não culpado, diante de um juizado federal, de nove assassinatos, três tentativas e crime racista, em virtude da lei sobre os crimes motivados pelo ódio em função da raça ou da religião. Está previsto que seu julgamento federal inicie em julho do próximo ano.

Promotores de Justiça de São Paulo rebelaram-se contra acordos firmados por outros promotores com duas instituições financeiras, UBS e Citibank, no âmbito do caso Paulo Maluf - investigação sobre valores que o ex-prefeito de São Paulo (1993-1996) movimentou secretamente na Suíça e na Ilha de Jersey, segundo o Ministério Público do Estado.

Por meio desses acordos, celebrados em fevereiro, os bancos concordaram em pagar o equivalente a US$ 25 milhões ao Tesouro municipal como indenização pelo fato de ter circulado em contas das instituições dinheiro atribuído a Maluf que teria sido desviado de obras de sua gestão, o Túnel Ayrton Senna e a Avenida Água Espraiada (hoje Jornalista Roberto Marinho), ambas na zona sul.

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UBS e Citibank não se envolveram nos desvios, segundo os promotores que subscrevem os acordos, mas concordaram em recolher aquele montante por terem sido depositários de valores confiscados de Maluf.

Em memorial enviado na semana passada ao Conselho Superior do Ministério Público do Estado, três promotores - Marcelo Camargo Milani, Nelson Luís Sampaio de Andrade e Otávio Ferreira Garcia - alertam que, "se há comprovação de que UBS e Citibank receberam valores subtraídos dos cofres municipais e, obviamente, foram remunerados pelo serviço, concorreram de forma direta para a prática do ato de improbidade".

"Por qual razão não constaram (os bancos) como investigados em regular inquérito civil? Se responsabilidade alguma lhes é atribuída, por qual razão firmaram acordo, a nosso ver ilegal, concordando em recompor o erário?". Ainda segundo os promotores, "se foi possível a celebração de acordos com as instituições financeiras, forçoso concluir que estas não figuram ou figuraram, como investigadas, em nenhum procedimento em trâmite".

As transações questionadas foram assinadas pelos promotores Silvio Antonio Marques, José Carlos Blat, Valter Foletto Santin e Karyna Mori.

A petição expõe um racha histórico na Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e Social, que conduz inquéritos civis contra improbidade e corrupção. A ruptura é flagrante desde a investigação do cartel dos trens que teria operado de 1998 a 2008, nos governos Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, todos do PSDB. Também nesta demanda os promotores divergem sobre os rumos das ações.

O Conselho Superior é formado por 11 procuradores de Justiça - cabe a ele homologar, ou não, arquivamentos de inquéritos e celebração de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) da Promotoria. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Depois de criticar os argumentos apontados pela defesa na tarde desta sexta (14), Eliane Gaia, promotora do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), mantém a afirmação de que quer que a justiça seja feita no caso dos "canibais de Garanhuns". "Não tem como ter prisão perpétua. Quero apenas que a justiça seja feita e que sejam reconhecidos os crimes de homicídio quadruplamente qualificado, vilipêndio e ocultação de cadáver", explica a promotora. 

Ao final dos argumentos contra os réus, Gaia ainda cogita a possibilidade de haver outras mulheres que foram vítimas dos crimes do trio. "Os crimes começaram a acontecer em 2008. De lá até 2012, quando os homicídios vieram à tona, quem garante que não houve outras vítimas mortas através do mesmo modus operandi?", indaga. 

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Depois de citar com detalhes os atos de canibalismo cometidos pelo trio de réus, Eliane Gaia também pede que a filha de Jéssica seja acompanhada. "Peço a vocês para que, no seu julgamento, pensem na filha de uma das vítimas dos crimes de canibalismo. Essa menina já está com problemas psicológicos e pode vir a ter, no futuro, sérios problemas psiquiátricos", lamenta a promotora. 

Ao final dos argumentos da acusação, foi dada a oportunidade de réplica à defesa dos réus.  

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"A defesa santificou os réus. Aqui são todos loucos e santos", ironiza a promotora Eliane Gaia, do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), na tarde desta sexta-feira (14),  sobre os argumentos utilizados por Tereza Joacy, advogada de Jorge Beltrão, e Rômulo Lyra, advogado de Bruna Cristina de Oliveira. "Em nenhum momento os advogados falaram do ato de canibalismo", diz Gaia durante as interrupções de Joacy. 

A respeito da procura pelos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) por Jorge, Gaia argumenta que houve uma ocasião em que o réu chegou a ser internado, mas, em seguida, foi retirado por Isabel. A Promotora ainda reafirma que Jorge não possui problemas psicológicos, inclusive segundo o próprio irmão do réu, Irineu Negromonte. 

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"Jorge quer exatamente isso: a redução da pena, a exclusão da culpabilidade para que ele faça um tratamento ambulatorial. Ele matou, esquartejou e comeu e ainda quer ficar livre, em casa, para tomar remédios", ironiza a promotora. "Eles próprios sabem o que fizeram. É tão horrível que eles têm que se justificar com a loucura", defende a promotora. "A loucura é um argumento muito pequeno, Drª Tereza!", dirige-se Gaia à advogada de Jorge Beltrão. 

Eliane Gaia ainda rebate a hipótese de loucura de Jorge. "Ele não é doido, é egoísta", diz a promotora. "Isabel chora durante as defesas porque tenta falar o tempo todo com ele, mas não tem resposta. Ela chora porque está sentindo o desprezo dele", completa. A acusação ainda fala sobre os comentários feitos pelo advogado de Bruna Cristina em relação à própria ré: "Você não consegue conter o riso, Bruna, você é a canibal feliz", afirma. Apesar de não poder falar no momento, Bruna rebate com um sorriso e com um ar irônico em relação ao que disse a promotora. 

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O julgamento dos “Canibais de Garanhuns” será retomado nesta sexta-feira (14). Iniciada na manhã da quinta-feira (13), a sessão foi encerrada por volta das 19h30, após os depoimentos dos três réus: Jorge Beltrão Negromonte, Isabel Torreão e Bruna Cristina Oliveira da Silva.

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Nesta amanhã, as pessoas já começam a chegar ao Fórum de Olinda. O primeiro indivíduo a conversar com a imprensa foi o advogado de Bruna Cristina, Rômulo Lyra (foto). Ele comentou que a expectativa é positiva para a redução de pena da cliente. 

Questionado se Bruna era muito fria, Lyra respondeu: “Ela não é fria, é muito inteligente. Ela pediu para ter acesso ao processo e o estudou. Por isso Bruna se lembrava das datas”. Ainda segundo o advogado, Bruna estava nervosa no dia anterior. “A defesa percebeu que as duas rés são submissas a Jorge. É um amor por Jorge que a gente não consegue entender”, comenta. 

O advogado vislumbrou também que Jorge ainda tenta influenciar sua ré. “Sempre que dava uma pausa, Jorge tentava coagi-la, a alisando, conversando”, resume. 

Para a promotora Eliane Gaia, os depoimentos não surpreenderam, nem quando Jorge fez uma oração. “Jorge é um manipulador, não está acostumado a perder, e hoje ele vai perder”, disse Gaia. “A única coisa que me pegou um pouco de surpresa foi o relato de Bruna, quando ela admitiu a fragilidade de Jéssica (a vítima), mostrando a intencionalidade do crime”, concluiu a promotora.

Programação - Após a abertura da sessão, haverá 2h30 de exposição do Ministério Público. Em seguida, os advogados dos réus dividirão 2h30 para as defesas. Depois, se o Ministério Público optar, poderá fazer uma réplica de 2h. Ocorrendo a réplica, a defesa terá direito a uma tréplica, também de 2h. 

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O Ministério Público Estadual pediu à Justiça a condenação do conselheiro do Tribunal de Contas da União (TCE-SP) Robson Marinho à perda da função pública e suspensão dos direitos políticos. A Promotoria de Defesa do Patrimônio Público acusa Marinho de ato de improbidade administrativa e enriquecimento ilícito.

Em ação civil ajuizada na 13ª Vara da Fazenda Pública da capital, os promotores reafirmam que o conselheiro, que foi chefe da Casa Civil do governo Mario Covas (PSDB), recebeu US$ 2,7 milhões em propinas para favorecer a multinacional francesa Alstom em contrato no setor de energia no Estado, em 1998.

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Há duas semanas, a promotoria requereu cautelarmente o afastamento do conselheiro de suas funções. Agora, a promotoria ingressou com a ação principal contra Marinho, pedindo sua condenação com base no artigo 12, inciso I da Lei da Improbidade Administrativa.

O Tribunal Penal de Bellinzona, na Suíça, enviou ao Ministério Público de São Paulo um acórdão de 28 páginas no qual relata que o empresário Sabino Indelicato depositou US$ 950 mil na conta do conselheiro Robson Marinho, do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.

Ex-chefe da Casa Civil do governo Mario Covas, Marinho é suspeito de ter recebido propinas ( "vantagens ilícitas", na definição do Ministério Público Paulista) no caso Alstom - esquema de corrupção no setor de energia do governo de São Paulo em 1998.

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A sentença do Tribunal Penal suíço impôs o mais pesado revés ao conselheiro do TCE de São Paulo. Marinho, em nota divulgada em fevereiro, afirmou que jamais cometeu qualquer ato ilícito. Mas a decisão da Corte suíça mostra as relações próximas dele com Indelicato, acusado de ser intermediário da Alstom para pagamentos de propinas a agentes públicos do Brasil e já denunciado criminalmente pela Procuradoria da República em São Paulo no caso Alstom.

O acórdão se refere a decisão da corte suíça que rejeitou recurso de Indelicato - o empresário queria evitar que a Suíça enviasse para o Brasil documentos relativos à sua movimentação bancária naquele país. Indelicato mantém conta na mesma instituição financeira onde Marinho depositou um total de US$ 1,1 milhão. Desse total, segundo os investigadores suíços, US$ 950 mil foram repassados por Indelicato para o conselheiro.

A decisão destaca ainda que em 1998 Marinho foi à França para assistir à Copa do Mundo de futebol às custas da Alstom. O conselheiro, na ocasião, aproveitou para visitar as empresas da multinacional francesa.

O acórdão identifica os investigados por letras. No caso de Marinho, os suíços o identificam pela letra "I". Indelicato e sua mulher, Luci Lopes Indelicato, são identificados pelas letras "A" e "B", respectivamente. Trata-se de um método usual na Suíça para preservar a identidade dos acusados. Mas o acórdão descreve funções e atividades dos investigados que levam à certeza dos promotores e procuradores brasileiros sobre a participação de Marinho.

No caso da letra "I", os suíços destacam no documento " sua qualidade de magistrado junto ao Tribunal de Contas "- referência feita na página 24 do acórdão. O advogado Celso Vilardi, que defende o conselheiro Robson Marinho, não foi localizado.

Para os promotores de Justiça e procuradores da República que investigam o ex-chefe da Casa Civil de Covas, a decisão do Tribunal de Bellinzona é histórica porque abre caminho para todas as investigações de interesse do Brasil sobre atos de improbidade praticados por políticos. Os promotores de Justiça do Ministério Público de São Paulo aguardam agora o envio pela Suíça de todos os extratos bancários da conta que Marinho mantém em Genebra. O conselheiro tem US$ 1,1 mi bloqueados por decisão judicial daquele país. Os documentos bancários saíram da Suíça no último dia 2. A previsão é de que cheguem às mãos dos promotores em cerca de 10 a 15 dias. Os promotores e também procuradores da República que investigam Marinho por enriquecimento ilícito acreditam que ele vai renunciar ao cargo de conselheiro do TCE-SP.

Ao Tribunal de Contas do Estado, promotores dizem que documentos que incriminam conselheiro estão na Justiça.

O Ministério Público Estadual afirmou ao Tribunal de Contas do Estado de São Paulo que o conselheiro Robson Marinho, ex-chefe da Casa Civil no governo Mário Covas (PSDB), recebeu "pagamento de vantagens ilícitas" no caso Alstom - esquema de propinas na área de energia nos anos 1990.

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Por meio do ofício 1243/14, a Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital é taxativa ao informar que o conselheiro recebeu valores ilícitos no âmbito do contrato Gisel, empreendimento da antiga Eletropaulo. Dois promotores de Justiça subscrevem o ofício 1243/14, endereçado ao corregedor geral do TCE, conselheiro Dimas Ramalho.

Eles orientam o corregedor a solicitar na Justiça e ao Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), do Ministério da Justiça, documentos que incriminam Robson Marinho.

"Informamos que os documentos que mostram o pagamento de vantagens ilícitas a Robson Riedel Marinho se encontram sob segredo de Justiça, mas podem ser solicitados", destacam os promotores Silvio Antonio Marques e José Carlos Blat, responsáveis pela investigação sobre suposto enriquecimento ilícito do conselheiro.

Conselheiro está com US$ 1,1 mi bloqueado na Suíça, mas afirma que não contribuiu com esquema de propina. Foto: Evelson de Freitas/Estadão

Eles indicam instâncias e autoridades que detêm as provas contra Marinho:

1) Maria Gabriella Pavlópoulos Spaolonzi, juíza da 13ª Vara da Fazenda Pública da Capital de São Paulo, nos autos do processo da ação cautelar de sequestro número 0026976-70.2009.8.26.0053, proposta pelo Ministério Público em face Robson Riedel Marinho e outros.

2) Delegado Ricardo Saadi, da Polícia Federal, diretor do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional - Secretaria Nacional de Justiça, no que concerne às cópias remetidas pelo Office Fedéral de la Justice de Berna (Suíça) e pelo Tribunal de Grande Instance de Paris (França).

Marinho tem US$ 1,1 milhão bloqueados na Suíça. Rastreamento realizado pela Procuradoria de Genebra indica todos os depósitos na conta secreta de Marinho em Genebra. Os extratos bancários revelam a origem dos repasses.

A promotoria não tem mais dúvidas de que o conselheiro recebeu propina no caso Alstom. Ele foi o relator em processo no TCE que, em 2001, abriu caminho para contrato de extensão de garantia de equipamentos em contrato celebrado entre a Alstom e a Empresa Paulista de Transmissão de Energia (EPTE).

No final de março de 2014, a Promotoria do Patrimônio pediu ao corregedor do TCE que adotasse medidas cabíveis para investigar Marinho. Naquela ocasião, a Promotoria enviou cópia do inquérito civil 204/2008, cujo alvo principal é o conselheiro Marinho.

Os promotores já indicavam ao corregedor que ele poderia solicitar à Justiça os documentos contra Marinho.

No dia 4 de abril, porém, o corregedor do TCE escreveu para os promotores. "Avaliado o conjunto de material probatório que acompanha a petição, consoante levantamento inicial detalhado de todas as citações e referências ao nome do mencionado membro desta Corte nos documentos e provas testemunhais disponibilizados, não se verificam elementos objetivos ou subjetivos que suportem motivação ou conduta que incitem atuação correcional administrativa."

No último dia 28, os promotores Silvio Antonio Marques e José Carlos Blat responderam ao corregedor. Eles reiteram que o corregedor poderá pedir em juízo e ao DRCI os documentos que comprovam que Marinho recebeu "pagamento de valores ilícitos".

Se o corregedor do TCE pedir acesso aos autos da 13ª Vara da Fazenda Pública da Capital não terá oposição do Ministério Público Estadual.

Os promotores Silvio Marques e José Carlos Blat deverão concordar com o pedido de cópia do TCE ou mesmo do Ministério Público de Contas.

Robson Marinho nega categoricamente ter recebido valores ilícitos. "Nunca recebi qualquer valor da Alstom, seja da filial brasileira ou da matriz francesa", declarou, em nota, no mês de março.

Ele afirma que "causa estranheza" a alegação de que recebeu propina em 1998, porque só assinou um documento referente ao projeto Gisel em 2001.

"A cronologia desmente essa suposição", rechaça Robson Marinho. A Alstom rebate as acusações de que tenha uma política sistemática de pagamento de propinas e afirma reiteradamente que "tem implementado, em toda a sua organização, regras estritas de conformidade e ética".

Agora, a população pernambucana poderá contar com mais 21 promotores de Justiça para garantir mais agilidade na tramitação dos processos no âmbito judicial, extrajudicial e administrativo. É que o governador Eduardo Campos sancionou a Lei Complementar nº 229 que cria os cargos no Ministério Público de Pernambuco (MPPE).

De acordo com o MPPE, foram criados dois cargos de promotor de Justiça de Primeira Entrância (Tamandaré e Lagoa Grande); 15 de Segunda Entrância (duas em Goiana, três em Caruaru, uma em Paulista, Ipojuca, Olinda, Gravatá, Pesqueira e Santa Cruz do Capibaribe, duas em Garanhuns e em Jaboatão dos Guararapes). Para a Terceira Entrância foram quatro, sendo dois de promotor de Justiça Criminal e dois de Defesa da Cidadania com Atribuição em Promoção e Defesa do Patrimônio Público.

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Os promotores que assumirem nos municípios de Caruaru, Ipojuca, Garanhuns, Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Gravatá, Pesqueira e Santa Cruz terão atribuição Criminal. Para o restante dos municípios estão previstas atuações em defesa da Cidadania e Defesa da Infância e Juventude. Com relação à atribuição criminal, o Boletim Trimestral da Conjuntura Criminal em Pernambuco, do programa Pacto pela Vida foi o que determinou a escolha dos locais para receber as Promotorias especializadas.

*Com informações do Portal MPPE

O promotor Marcio Friggi está usando o tempo da réplica para rebater os argumentos da advogada de defesa Ieda Ribeiro de Souza. Ele fala desde as 17h. O promotor desqualificou o oficial responsável pela reserva de armas, Sidnei Serafim dos Anjos, dizendo que ele foi repreendido certa vez por estar com forte cheiro de álcool. "Esse é o responsável pelas armas do Batalhão, aquelas que seriam enviadas à perícia."

Friggi também mostrou aos jurados argumentos de diversos advogados sobre a não individualização da conduta, inclusive uma decisão do STJ sobre acusações coletivas. O promotor ainda fez um paralelo com o julgamento do Mensalão, no qual uma pessoa tem o controle do fato e os outros são responsabilizados coletivamente: no caso do Mensalão, José Dirceu teria o controle do fato; nas mortes no segundo pavimento do Carandiru, o capitão Ronaldo Ribeiro dos Santos.

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O promotor resumiu a argumentação da defesa com uma frase de Nelson Rodrigues: "Se os fatos estão contra mim, danem-se os fatos." Segundo ele, a advogada Ieda Ribeiro de Souza estava tratando os jurados como crianças de cinco anos.

Sobre o fato de a defesa ter dito que a acusação só se utiliza da versão dos detentos, nunca dos PMs, Friggi rebateu: "A versão que é compatível com a perícia é a que tem credibilidade."

Na manhã deste sábado, dia 20, tiveram início os debates, quando acusação e defesa têm três horas cada um para expor os seus argumentos sobre o processo. A acusação tem o direito de pedir a réplica e, após, a defesa pode recorrer à tréplica. Apenas depois é que o Conselho de Sentença vai se reunir para definir o destino dos 26 réus acusados pela morte de 15 detentos no segundo pavimento do Pavilhão 9 do Carandiru, em outubro de 1992.

O  procurador-geral do Ministério Público em Pernambuco (MPPE), Aguinaldo Fenelon decidiu manter a decisão sobre o afastamento da promotora Belize Câmara à Promotoria de Meio Ambiente do Recife.

Nesta terça-feira (12) foi realizada um novo protesto, na Rua do Imperador no centro do Recife solicitando que o procurador-geral revisasse a decisão. No dia seis de março, manifestantes se reuniram no mesmo local, em frente ao MPPE, inclusive com a presença de líderes políticos como o deputado estadual Daniel Coelho, o vereador do Recife, Raul Jugmann, e o presidente do PSOL-PE, Edilson Silva.

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No dia 1° de março, a promotora Belize Câmara foi dispensada da promotoria de Meio Ambiente e designada para a Promotoria da Infância e Juventude de Jaboatão dos Guararapes. Para o cargo que era ocupado por ela foi escolhido o promotpr Ricaro Van Der Linden Vasconcelos Coelho.

 

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O Ministério Público Estadual (MPE) vai tentar convencer os jurados do julgamento do goleiro Bruno Fernandes de que o atleta estava presente quando sua ex-amante Eliza Samúdio, de 24 anos, foi assassinada em 10 de junho de 2010. Segundo o promotor Henry Wagner Vasconcelos, há provas no processo de que o jogador teria acompanhado seu braço direito Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e o então adolescente Jorge Luiz Lisboa Rosa quando eles levaram a vítima para ser morta na casa do ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, em Vespasiano, na região metropolitana de Belo Horizonte.

Já o advogado do goleiro, Lúcio Adolfo da Silva, afirmou que vai tentar "três graus" de defesa: obter a absolvição de Bruno, convencer o conselho de sentença de que o atleta teve uma participação menor no crime ou ainda retirar as qualificadoras que constam na acusação contra seu cliente.

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O objetivo, de acordo com Adolfo, seria reduzir a sentença em caso de uma condenação para uma pena entre nove e 11 anos, o que permitiria que o goleiro deixasse a cadeia em até seis meses para cumprir pena em regime aberto. "Não trato de vitória. A vitória é da Justiça", disse.

Para Henry Vasconcelos, porém, essa possibilidade não representa fazer Justiça "de maneira nenhuma". "O Bruno teve uma participação decisiva. Tudo aconteceu por causa de Bruno. As pessoas orbitavam em torno dele", salientou o promotor. Ele citou entre as provas um depoimento de Sérgio Rosa Sales, primo do goleiro que também era réu no processo e que foi assassinado em agosto, no qual o acusado afirmou que Bruno esteve no local do assassinato.

Ressaltou que o registro de entrada do condomínio onde ficava o sítio do jogador em Esmeraldas, na região metropolitana de Belo Horizonte, mostra que Bruno chegou ao local na noite de 10 de junho cerca de cinco minutos antes de Macarrão.

E lembrou ainda que há o registro de uma ligação do celular de Jorge Rosa para o telefone da ex-mulher do goleiro, Dayanne Rodrigues do Carmo, do local apontado como ponto de encontro do grupo com Bola, na região da Pampulha, em Belo Horizonte.

"Temos que considerar que Jorge não tinha nenhuma consistência intelectual, mental, socioafetiva para determinar ou orientar o que quer que fosse a Dayanne. Só podemos concluir que foi o Bruno que fez aquele contato com Dayanne. Quem pagava a conta de todos aqueles telefones era o Bruno, que era a fonte de recursos para toda aquela malandragem", disparou Vasconcelos. "Esses elementos nos remetem a entender, com extrema probabilidade, a presença dele no local de assassinato de Eliza", acrescentou.

Julgamento

As declarações foram dadas no fim da noite de ontem, após o encerramento do segundo dia de julgamento de Bruno, acusado de ser o mandante do sequestro, cárcere privado e assassinato de Eliza, e de Dayanne, que responde pelo sequestro e cárcere privado do bebê que a vítima teve com o jogador.

A mulher foi ouvida por cerca de quatro horas e, para Henry Vasconcelos, "o depoimento traz a confissão" do crime. O goleiro será ouvido a partir das 13h de hoje (6) e a previsão é de que a sentença seja proferida amanhã ou na madrugada de sexta-feira, após os debates entre acusação e defesa.

Para a defesa, no entanto, as declarações de Dayanne, que assumiu ter cuidado do bebê a pedido de Bruno após Eliza deixar o sítio com Macarrão e Jorge - ela nega que o goleiro tenha seguido com os demais acusados -, mostram "preocupação" com a criança. "A Dayanne fez um depoimento compromissado com a verdade, carregado de sinceridade. Deveria tocar o coração do promotor", disse Lúcio Adolfo, que defende a absolvição da acusada. A própria Dayanne considerou o depoimento "tranquilo". "Não menti. Falei a verdade", alegou.

A Prefeitura de Betânia, no Sertão pernambucano, firmou Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) para garantir a realização do concurso público para preencher os cargos disponíveis no quadro funcional do município. Com isso, a gestão deve anular a contratação de 211 servidores temporários por uma seleção simplificada aberta pela cidade.

O promotor de Justiça à frente do caso, Fabiano Morais, estipulou que o edital de abertura do concurso seja publicado até 29 de abril. Também foi estabelecido um calendário prevendo o início das inscrições até o dia 15 de junho. A data escolhida para a aplicação da prova não pode ultrapassar o dia 15 de agosto e a divulgação dos resultados deve ser publicada até 30 de outubro. O termo ressalta que a empresa responsável pelo processo seletivo precisa ser contratada através de licitação.

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A respeito das seleções simplificadas promovidas pela prefeitura, já suspensas judicialmente, o promotor estabeleceu que sejam anuladas pela prefeita em 72 horas. Também neste prazo, a gestora se comprometeu a enviar projeto de lei à Câmara para que a contratação de servidores temporários aconteça mediante apresentação de documento que declare o estado excepcional de sua necessidade.

Para evitar a paralisação dos serviços públicos, o termo permitiu que servidores temporários sejam contratos por seleção simplificada, mas até a homologação do resultado do concurso e mediante as justificativas previstas na lei municipal a ser aprovada. Após esse período, os cargos serão ocupados por servidores concursados, mesmo que o número de vagas abertas em concurso seja inferior a quantidade de contratos temporários.

Caso as determinações não sejam cumpridas, o MPPE vai tomar as medidas necessárias à sua implementação, como ações de responsabilidade por improbidade administrativa, além da aplicação de multa mensal de R$ 5 mil, valor destinado ao Fundo de Interesses Difusos.

*Com informações do MPPE

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Durou cinco horas para que o juri condenasse os quatros réus envolvidos no caso Jennifer Kloker. O último dia de julgamento foi marcado por troca de acusações entre advogados. José Carlos Penha, que defende Delma Freire de medeiros, questionou a conduta dos demais advogados, afirmando que eles teriam feito um acordo para sustentar a negação de autoria do crime, fato que não aconteceu durante o julgamento.

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André Botelho, advogado de Ferdinando e Pablo, ficou irritado ao saber das acusações do colega, e afirmou nunca ter feito acordo nenhum com qualquer advogado. Ele ainda disse, que ao perceber que delma iria receber a pena máxima, José Carlos Penha jogou para ela a culpa da confissão e que seus clientes teriam sido ameaçados por pessoas ligadas a Delma.

Apesar da troca de farpas, o julgamento aconteceu sem nenhum problema, o juri acatou as acusações da promotoria e aplicou a pena máxima aos quatro réus. Delma, Ferdinando, Pablo e Dinarte.

 

 

 

A paralisação parcial de serviços nas áreas de saúde e educação, além dos atrasos nos pagamentos dos salários dos servidores, nos municípios de Aliança, Camutanga e Carpina, situados na Mata Norte de Pernambuco, está sendo apurada pelo Ministério Público de Pernambuco. As promotoras Sylvia Câmara, da Promotoria de Justiça de Aliança e Tracunhaém; e Patrícia Ramalho, da Promotoria de Ferreiros, Goiana e Camutanga, promoveram audiências com os representantes das Prefeituras. 

Além destes três municípios da Mata Norte, outros sete municípios do Agreste estão sendo investigados pelo MPPE devido a falhas na prestação de serviços. Entre os municípios do Agreste estão: Aliança, Camutanga e Carpina. 

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No município de Aliança, as paralisações também estão ocorrendo nas áreas de saúde e educação, e ainda há verificação de atrasos no repasse das contribuições previdenciárias aos institutos de previdência.

Em Aliança, além das paralisações parciais dos serviços de educação e saúde, estão ocorrendo também atrasos no repasse das contribuições previdenciárias aos institutos de previdência. Na cidade de Camutanga, foi constado pela promotoria o não funcionamento do hospital e do Programa da Saúde Familiar, a paralisação do transporte escolar para os estudantes do ensino fundamental e para os pacientes que realizam tratamento de saúde fora do domicílio. A promotoria ainda recebeu denúncias de atraso de salários dos comissionados.

Já em Carpina, a promotoria recebeu informações de vereadores eleitos de que a prefeitura havia interrompido o transporte de universitários da cidade para o Recife, e a exoneração de agentes de saúde com contratos temporários que ainda estariam em vigor.

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