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O líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou nesta segunda-feira, 10, que a relatoria do projeto de lei de diretrizes orçamentárias (PLDO) deve ser entregue ao MDB da Câmara. Já a relatoria do Plano Plurianual (PPA), com o PT da Câmara.

Os nomes serão apresentados na terça-feira, 11, por Randolfe à ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet. "Amanhã eu me reúno com a ministra Tebet, a gente vai debater temas como orçamento, LDO, PPA. Iremos levar os nomes já de relatorias pelo menos de LDO e PPA, quero levar os relatores lá", declarou o senador no Palácio do Planalto. "Estou esperando partidos fazerem indicações, mas em princípio é a LDO a relatoria ficar com MDB da Câmara. A relatoria do PPA deve ficar com O PT da Câmara", acrescentou.

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Arcabouço fiscal

Randolfe ainda reiterou que o arcabouço fiscal deverá ser enviado ao Congresso ainda nesta semana, como disse mais cedo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. "Acho que será essa semana mesmo, porque presidente e ministro devem viajar", declarou o líder do governo.

Mais cedo, Haddad disse que o texto do novo arcabouço fiscal será enviado ao Congresso junto com o PLDO, que precisa chegar ao Legislativo até o dia 15, no fim desta semana.

O ministro e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, embarcam na terça cedo para a China.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu, nesta segunda-feira (10), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, das críticas negativas e disse que, quando se trata de economia, nunca haverá "100% de solidariedade". O chefe do Executivo elogiou a proposta de arcabouço fiscal e disse ter certeza de que o texto será aprovado no Congresso.

"O arcabouço traz alternativas seguras para as contas públicas", disse Lula, além de ressaltar que a proposta garante "a volta do pobre ao orçamento" e possibilita aplicação de recursos para o desenvolvimento.

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A fala se deu em reunião ministerial para fazer um balanço dos 100 dias de governo. Lula disse que, de vez em quando, sabe que Haddad ouve críticas e, para isso, reiterou elogios ao ministro e à equipe econômica. "Pensei em responder um artigo contra Haddad, mas Padilha [ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha] falou que não valia a pena."

"Tenho muito orgulho do trabalho feito nesses 100 dias", comentou o presidente. "O arcabouço fiscal traz soluções realistas e seguras para o equilíbrio das contas públicas", pontuou, destacando que a medida "dá um fim às amarras irracionais do teto de gastos".

Taxas de juros

Na linha econômica, o presidente também aproveitou a fala para retomar críticas ao Banco Central (BC) e à taxa de juros. "Ainda acho que 13,75% é muito alto para juros, estão brincando com país, empresários", disse.

O presidente vem reforçando críticas à instituição e ao presidente do banco, Roberto Campos Neto.

Reforma tributária

No discurso, Lula também citou o foco do governo na elaboração de uma reforma tributária. Segundo ele, a proposta cria um ambiente mais dinâmico e descomplicado para o setor empresarial.

Investimentos

O presidente afirmou que, até o início de maio, o governo irá anunciar uma lista definitiva de empreendimentos em que o governo irá investir.

De acordo com ele, os investimentos terão seis eixos: transporte, infraestrutura social, inclusão digital, infraestrutura urbana, água para todos e transição energética que, segundo ele, será acelerada. "Não vamos perder oportunidades para nos tornarmos potência global de hidrogênio verde", afirmou, acrescentando que o governo retomou a capacidade de planejamento de longo prazo no país.

Líder da oposição no Senado e ex-ministro do governo Bolsonaro, o senador Rogério Marinho (PL-RN) avaliou que o desenho do novo arcabouço fiscal apresentado até agora pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem regras frouxas. Segundo ele, senadores dos partidos de oposição ao governo Lula vão trabalhar para "apertá-las" durante a tramitação da proposta no Congresso.

Ao Estadão, Marinho afirmou que a oposição vai trabalhar de forma "construtiva" e quer ajudar a melhorar o projeto. A ideia é marcar uma audiência com o ministro Haddad para propor mudanças na proposta, após o texto legal ser encaminhado ao Congresso.

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O grupo de oposição, segundo ele, reúne 23 senadores, além de outros oito a dez senadores de partidos independentes. "Temos dúvidas sobre a eficácia do projeto para controlar a dívida pública", afirmou. Marinho encaminhou aos senadores da oposição e da minoria uma nota técnica com uma análise sobre o arcabouço.

O líder da oposição disse que um dos pontos de maior preocupação é que o desenho da regra foi feito com base num nível de despesas muito elevado pela aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, que permitiu a expansão dos gastos em cerca de R$ 200 bilhões neste ano.

Marinho disse que é preocupante a necessidade de arrecadar R$ 150 bilhões extras para os cofres públicos - uma referência às medidas que Haddad prometeu anunciar na próxima semana para aumentar as receitas de forma permanente e melhorar o resultado das contas públicas nos próximos anos.

Ele diz que o ministro, na reunião com senadores de apresentação das linhas gerais do arcabouço, falou que iria cortar as isenções tributárias. Marinho lembrou que o histórico no Congresso não tem sido favorável a esse caminho e enfatizou que, no governo Dilma Rousseff (PT), esses gastos tributários aumentaram.

"A nossa ideia é que a regra seja exequível e que a trajetória de alta dívida possa ser estabilizada. Do jeito que está, não vai chegar lá", afirmou.

O senador disse que está curioso para saber quais serão as isenções a serem cortadas, uma vez que as maiores são o Simples e a Zona Franca de Manaus - e acabar com esses benefícios tem resistência muito grande entre parlamentares.

'Fura-teto'

Apontado pelo ex-ministro da Economia Paulo Guedes como "gastador" e "fura-teto", Marinho diz que não vê contradição entre a preocupação de agora com a regra fiscal e ajuste das contas públicas e o período em que buscava recursos, quando foi ministro do Desenvolvimento Regional entre 2020 e 2022.

Ele justificou que era natural que, como ministro de uma área do governo que executa as políticas públicas, buscasse recursos para investir. "Imagina se eu fosse o ministro de uma área fim que não quisesse gastar", ressaltou.

Sobre Guedes, Marinho disse que o ex-ministro tinha a função de segurar os gastos, mas apresentava muitas vezes um comportamento "mercurial". "O ministro Guedes em alguns momentos explodia, mas era o homem que estava sentado em cima do cofre e tinha responsabilidade dentro do governo de segurar as despesas", disse.

Ao lado dos ex-ministros Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) e Walter Braga Neto (Casa Civil), Marinho integrou o grupo que defendeu o aumento de gastos com investimentos.

Apesar das críticas ao novo arcabouço fiscal, Marinho defendeu as medidas de combate às distorções tributárias, como a tributação dos fundos exclusivos e dos planejamentos tributários de empresas nos paraísos fiscais para pagar menos impostos. E provocou: se o governo não incluir uma medida para mudar essa tributação, ele vai apresentar uma emenda sobre o assunto no projeto.

O senador defendeu a política fiscal do governo Bolsonaro e minimizou o impacto das medidas de expansão de gastos adotadas no ano passado, às vésperas das eleições. Como revelou o Estadão, Bolsonaro também adotou isenções tributárias e tirou recursos de programas importantes, como a Farmácia Popular, que tiveram de ser recompostos agora.

Segundo o senador, o plano de Bolsonaro era aumentar o gasto em R$ 75 bilhões em 2023, caso ganhasse a eleição. "As ações que o governo Bolsonaro implementou foram cíclicas, episódicas e as despesas não foram permanentes", disse. Bolsonaro chegou a propor na campanha um reajuste do salário mínimo para R$ 1.400, valor que não caberia, no entanto, na conta de R$ 75 bilhões devido ao forte impacto nas contas da Previdência.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que a proposta de arcabouço fiscal do governo deve chegar à Câmara até terça-feira da semana que vem. A regra para substituir o atual teto de gastos foi apresentada na última quinta-feira, 30, pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mas o texto final ainda passa por ajustes.

"Faço um apelo para que olhem com carinho o arcabouço fiscal que nós estamos desenhando, que chegará até terça-feira da semana que vem aqui na Câmara dos Deputados", disse Tebet, a parlamentares, durante uma audiência pública do grupo de trabalho que discute a reforma tributária na Câmara. "A prioridade absoluta agora é a entrega do arcabouço fiscal na semana que vem, até terça-feira, para que o Congresso possa, obviamente dentro do seu tempo, mas o mais rápido possível avançar na questão do arcabouço fiscal, que é a bala de bronze que nós temos", emendou a ministra.

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De acordo com Tebet, houve uma discussão no governo sobre entregar o texto do arcabouço para os deputados até esta quinta-feira, 6. A decisão de adiar o envio do projeto de lei complementar para a semana que vem, contudo, ocorreu diante do esvaziamento do Congresso nesta semana devido à proximidade do feriado de Páscoa.

Mais cedo, o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, também havia dito que o texto do arcabouço chegaria até a semana que vem ao Congresso.

Na Câmara, Tebet disse a jornalistas que o novo arcabouço cria um ambiente "saudável" para que se possa discutir a taxa básica de juros, a Selic, hoje em 13,75%, nível criticado pelo governo, mas defendido pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.

"O arcabouço dá a confiança para o mercado de que estamos fazendo o dever de casa, garante a estabilização da dívida em relação ao PIB no médio prazo, garante que o governo não continuará no vermelho, zerará o déficit em 2024", afirmou a ministra.

O arcabouço prevê zerar o déficit primário no ano que vem, gerar superávit de 0,5% do PIB em 2025 e saldo nas contas públicas de 1% em 2026, com tolerância de 0,25 ponto porcentual para cima e para baixo.

Haverá também um piso de 0,6% e um teto de 2,5% acima da inflação para o crescimento das despesas. Além disso, o crescimento dos gastos será limitado a 70% da alta da receita primária líquida nos últimos 12 meses encerrados provavelmente em junho do ano anterior, embora esse marco temporal ainda esteja em discussão na Fazenda, com a possibilidade de ser também em fevereiro.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse, nesta terça-feira (4), que não tem "plano B" para as medidas que o governo irá tomar para garantir que as metas da proposta de novo arcabouço fiscal sejam alcançadas. Ele disse não temer que as ações sejam questionadas na Justiça.

"Os jabutis tributários atuais estão na Justiça, mas faremos uma nova Medida Provisória. Não vamos fazer jabutis, vamos fazer as coisas transparentes", afirmou o ministro da Fazenda. "Lei bem feita não tem plano B, quando é bem feita não tem plano B", completou.

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Entre as medidas que serão enviadas ao Congresso está a regulamentação das subvenções da União aos Estados para investimentos, barrando o uso desses recursos em custeio.

Pelos cálculos da equipe econômica, o efeito fiscal para o governo federal será de R$ 85 bilhões a R$ 90 bilhões.

"Uma nova lei vai regulamentar o que nós vamos subvencionar. Nenhum país que eu conheço subvenciona custeio. Vamos separar custeio de investimento e dar transparência para isso", completou o ministro da Fazenda.

Haddad deixou no início da tarde desta terça a sede da Fazenda para uma reunião com o chanceler Mauro Vieira no Itamaraty. Segundo ele, entre os assuntos que serão tratados no encontro está a viagem presidencial à China, no próximo dia 10.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira, 30, que o novo arcabouço fiscal levará o Brasil a chegar em uma situação de "bastante estabilidade" fiscal em 2026. Haddad ainda declarou que as metas de superávit primário não consideram aumento da carga tributária ou criação de novos impostos.

"Se houver boom de commodities, há limitação de crescimento de despesa no novo arcabouço fiscal. Essa limitação de alta de despesa é um colchão para uma eventual fase ruim. A regra dá segurança para investidores e famílias que precisam do Estado. Além disso, as normas têm trava que garante o funcionamento do Estado. Com isso, as trajetórias de inflação, juro e dívida se acomodarão", disse o ministro.

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Haddad também disse que o governo não pensa em recriar a CPMF ou acabar com o Simples Nacional. Segundo ele, a reoneração da folha de pagamentos será discutida no segundo semestre, com o debate sobre a tributação da renda. O ministro da Fazenda também sinalizou que vai combater privilégios e benefícios de grandes empresas.

"Temos muitos setores demasiadamente favorecidos com regras tributárias. A partir da próxima semana, vamos encaminhar medidas saneadoras ao Parlamento. Contamos com setores que estão muito beneficiados ou novos. As apostas eletrônicas estão entre os setores de uma lista intensa que têm benefícios indevidos. Temos que enfrentar agenda contra patrimonialismo brasileiro. Ninguém que está com tributo em dia será penalizado", afirmou o ministro.

Segundo Haddad, há esforço mundial para acabar com o que chamou de "abusos de grandes empresas contra Estados". "Estamos identificando 'grandes jabutis', não os pequenos. Essas correções permitirão redução de tributo sobre consumo", declarou.

Redução da dívida

Após a divulgação do novo arcabouço fiscal, o ministro da Fazenda afirmou que a garantia de crescimento econômico é o fator capaz de reduzir a dívida pública. "Com boa regra em condições sustentáveis de crescimento, esse problema (dívida) desaparece do cenário, some de cena", comentou.

Ele garantiu que o País tem reservas cambiais acumuladas no período de bonança que permitiram enfrentar crises dos últimos anos. "Isso é porque a economia tinha já uma solidez que se fosse diferente poderíamos estar em situação precária", declarou.

Divergências

O ministro da Fazenda minimizou as divergências internas do PT sobre a elaboração do novo arcabouço fiscal. Segundo ele, em equipe plural, é natural que cada um veja a nova âncora sob sua ótica.

"Quando você está em uma equipe plural, como a do presidente Lula, é natural que cada economista consultado esteja pensando da sua ótica se o arcabouço funciona. E nunca é a mesma", disse Haddad, ao mencionar uma ótica com maior sensibilidade social e outra com maior preocupação sobre a consistência da trajetória da dívida.

O ministro fez uma analogia com a Faria Lima e a favela de Paraisópolis, em São Paulo, ao citar que, em cada núcleo, as perguntas sobre a nova regra fiscal serão distintas.

Otimismo

Segundo Haddad, o modelo da nova regra foi estressado em vários pontos nos últimos dias e a "equipe plural" enfrentou os desafios juntos.

Em tom otimista, o ministro afirmou que, se o novo arcabouço passou por escrutínio e, mesmo assim, conseguiu agradar pessoas diferentes, ele tem boas chances de emplacar na sociedade.

O governo federal confirmou, no fim da tarde desta sexta-feira (10), a proposta de reajuste salarial linear de 9% para os servidores públicos federais. A terceira rodada de negociações ocorreu ainda à tarde e o andamento das negociações já havia sido adiantado pelo Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate).

Além dos 9% no salário linear para todos os servidores a partir de maio, o governo propõe um acréscimo de R$ 200 no auxílio-alimentação. Assim, o valor do auxílio passaria de R$ 458,00 para R$ 658,00. Segundo o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, a proposta do governo tem impacto nos cofres de R$ 11,2 bilhões, já previsto no orçamento deste ano.

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Participaram da mesa de negociações várias entidades representativas de servidores públicos federais, enquanto o governo esteve representado pelo secretário de Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho do MGI, Sérgio Mendonça, a respectiva secretária adjunta Meri Lucas, o secretário-executivo adjunto do Ministério do Trabalho e Emprego, Valter Correia, a diretora do Departamento de Relações de Trabalho, Edina Maria Rocha Lima, e o diretor substituto do Departamento de Relações de Trabalho, José Borges de Carvalho Filho.

Após a reunião de hoje, o presidente do Fonacate, Rudinei Marques, afirmou que os representantes dos servidores foram até os limites nas reivindicações. Agora, a proposta do governo será submetida aos trabalhadores.

“O governo vai nos enviar na segunda-feira a formalização dessa proposta para que possamos levar para nossas bases, quando irão referendar ou não a proposta do governo. Entendemos que fizemos o possível, estendemos a corda até o limite. Agora, fica com a base a deliberação de aprovar ou não”, afirmou Marques. O Fonacate é formado por 36 afiliadas e representa mais de 200 mil servidores públicos.

A pauta de negociações tem três momentos. O primeiro deles trata do aumento de 2023, a partir de maio; em seguida, as discussões relacionadas à legislação e condições de trabalho dos servidores, as chamas pautas não econômicas. Por fim, será discutido o aumento salarial para 2024, considerando que a lei orçamentária para o próximo ano ainda está em elaboração.

Em nova reunião da Mesa Nacional Negociação Permanente, o governo ofereceu para os servidores federais um reajuste salarial este ano de 8,4% a partir de abril. Inicialmente, a União havia proposto um aumento de 7,8% a partir de março, considerando a reserva do Orçamento de R$ 11,2 bilhões para este fim. O governo também manteve o aumento de R$ 200 no vale alimentação, o que significa a recomposição da inflação de fevereiro de 2016 a fevereiro deste ano.

Pelo menos desde 2019 sem nenhuma recomposição salarial, os servidores consideraram a proposta "frustrante".

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"O governo praticamente manteve os 7,8% de março, atualizando para abril, com o que deixou de ser pago neste mês", disse o presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), Rudinei Marques.

Os servidores haviam pedido um aumento de 13,5% a partir de abril. Segundo Marques, o Fonacate vai reunir os afiliados para definir uma posição conjunta após a reunião.

Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), Fábio Faiad, o governo, na verdade, rebaixou a proposta, uma vez que tende a gastar menos com 8,4% a partir de abril do que com 7,8% a partir de março.

Além disso, segundo Faiad, o governo informou que vai mandar a proposta por projeto de lei, em vez de medida provisória. Faiad afirmou que a tendência é de os servidores apresentarem nova contraproposta, ainda a ser definida.

Considerada a prioridade do presidente Lula (PT) no Congresso neste ano, o debate sobre a Reforma Tributária vai ganhar força logo após o Carnaval com a criação de Comissão Especial. A proposta do governo é comandada pela equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que projeta o aumento do PIB em 12% em 10 anos com os efeitos do controle da inflação mundial. Por outro lado, a oposição coordenada por partidos da direita tenta aliviar o modelo de impostos aos empresários. 

A ideia da equipe econômica é que a primeira proposta seja apresentada por Haddad em abril, com a entrega do texto final até o fim de junho. A primeira etapa seria ainda no primeiro semestre, com a votação da reforma sobre o consumo, enquanto o segundo passo seria levar a votação sobre as mudanças na renda para o fim do ano.  

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A nova estrutura fiscal defendida pelo governo substitui o teto de gastos e inclui o debate sobre a avaliação de políticas públicas. O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) acredita que a primeira parte seja aprovada no prazo estipulado pelo governo. Para isso, é estudada a possibilidade de retirar temas do texto base que podem criar entraves com a oposição, como o Simples Nacional e áreas da Saúde, Educação, Transporte Público e incorporações imobiliárias. Após reunião com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), foi um pouco mais conservadora e disse que a reforma não sai antes de seis meses. 

Fusão de PECs

O líder do governo na Câmara, o deputado José Guimarães (PT), adiantou que a Reforma Tributária será uma fusão entre duas Propostas de Emenda à Constituição (PECs), uma da Câmara e outra do Senado, que já tramitam. A natureza bicameral pode agilizar a aprovação. 

A PEC 45 cria um imposto único para a União, Estados e municípios, o Imposto de Valor Agregado (IVA). Na prática, ele deve juntar em uma única taxa o IPI, PIS, Confins, ICMS e ISS. O entendimento é que o IVA onere a cadeia produtiva e tenha capacidade de ser ajustável à economia digital. Já a PEC 110 sugere um tributo para a União e outro para os entes subnacionais.  

Como resposta aos questionamentos já levantados pela oposição, os governistas apontam que, caso a produção das empresas seja desonerada, muitos sócios vão começar a jogar o consumo pessoal para dentro da própria empresa para fugir do imposto. A situação também fala que a autonomia de pequenos municípios já é garantida, apesar de muitos já sobrevivem através do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). 

Oposição

Líder da minoria na Câmara, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL) se mostrou mais preocupado em movimentar o partido para defender o porte de armas em seu discurso de posse. A oposição não recebeu bem a proposta de unificar o imposto sobre consumo.  

O grupo que não aprova o modelo IVA indica que é melhor desonerar o setor produtivo. Nesse sentido, o imposto sobre consumo seria cobrado apenas na venda ao consumidor final ao invés de já incidir na cadeia de produção. Além da questão da autonomia dos municípios rebatida pelo governo, outro ponto levantado pela oposição foi sobre os prejuízos que a reforma pode acarretar aos prestadores de serviços. 

Nesta quinta-feira (2), o senador Marcos do Val (Podemos-ES) usou suas redes sociais para dizer que pedirá afastamento do mandato. Em entrevista com a GloboNews, o parlamentar afirmou que a decisão foi influenciada pelo fato de que ele testemunhou um diálogo em que o então deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) teria proposto a organização de um golpe de estado. Do Val diz que Bolsonaro estava presente na reunião e concordou com a sugestão.

Segundo o parlamentar, o plano envolvia manter ativos os acampamentos golpistas enquanto seria gravada, sem autorização, uma conversa que tentasse comprometer o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre Moraes. "Eles me disseram: 'Nós colocaríamos uma escuta em você e teria uma equipe para dar suporte. E você vai ter uma audiência com Alexandre de Moraes, e você conduz a conversa pra dizer que ele está ultrapassando as linhas da Constituição. E a gente impede o Lula de assumir, e Alexandre será preso”, disse Do Val.

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O parlamentar, então, teria pedido um tempo para analisar a proposta e responder em um segundo momento. Em seguida, Do Val fala que procurou Alexandre de Moraes, a quem revelou o plano. O ministro teria ficado surpreso e classificado a proposta como “um absurdo”.

Na madrugada de hoje, Do Val fez uma publicação em que relata estar sofrendo com problemas de saúde. Ele também aponta hostilidades que vem sofrendo como definitivas para sua renúncia.

"Após quatro anos de dedicação exclusiva como senador pelo Espírito Santo, chegando a sofrer um princípio de infarto, venho através desta, comunicar a todos os capixabas a minha saída definitivamente da política", afirma o post.

A Oxfam está levando ao Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, a proposta de taxação dos super-ricos com o objetivo de tirar 2 bilhões de pessoas da pobreza em todo o mundo. Conforme relatório da organização não governamental (ONG), que se dedica a buscar soluções contra a desigualdade social, os super-ricos - isto é, o 1% mais rico do mundo - ficaram com quase dois terços de toda riqueza gerada no mundo nos anos de pandemia. Nesse período, acumularam seis vezes mais dinheiro do que 90% da população mundial.

Contas colocadas no estudo apontam que um imposto anual de até 5% sobre os super-ricos poderia arrecadar US$ 1,7 trilhão por ano, o suficiente para tirar 2 bilhões de pessoas da pobreza. Esses recursos também poderiam financiar um plano de 10 anos para erradicação da fome, apoiar países mais pobres devastados pelos impactos climáticos e garantir saúde pública e proteção social nas nações de renda baixa e média.

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"A discussão que se impõe cada vez mais é o incremento da taxação dos muito ricos e das grandes corporações, inclusive no Brasil", afirma Jefferson Nascimento, coordenador da área de Justiça Social e Econômica da Oxfam Brasil. "A reforma tributária vem sendo considerada prioritária para o novo governo Lula e esperamos que o Congresso aprove um novo sistema tributário que garanta o financiamento necessário para que os Estados possam oferecer mais e melhores serviços e políticas públicas às suas populações", acrescenta.

No estudo levado a Davos, no qual a organização explica por que tributar os super-ricos agora é necessário para combater as desigualdades, a Oxfam defende a recuperação, por meio de impostos, de parte dos lucros excessivos obtidos durante a pandemia. O argumento é de que cortes de impostos promovidos durante décadas para os mais ricos e grandes corporações alimentaram as desigualdades, fazendo com que os mais pobres pagassem proporcionalmente mais tributos do que os bilionários.

A ONG pede, assim, que os governos introduzam taxas solidárias e únicas sobre riqueza e lucros extraordinários. Também defende impostos maiores sobre ganhos de capital, dividendos e renda recebidos pelos super-ricos, assim como a taxação de seu patrimônio e heranças, com vista ao financiamento de políticas públicas sociais.

A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia do governo Bolsonaro divulgou ontem uma proposta de novo arcabouço fiscal. A nota técnica propõe quatro mudanças de aperfeiçoamento ao teto de gastos, que limita o crescimento das despesas à variação da inflação.

Ela se soma a outras propostas já formuladas, como a do Tesouro Nacional, que poderão ser avaliadas pelo futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

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A SPE propõe o crescimento real (acima da inflação) do teto de forma permanente quando o Produto Interno Bruto (PIB) subir acima de um 1%. Já em caso de recessão, a proposta autoriza o crescimento real temporário da regra fiscal.

Em caso de privatizações ou de aprovação de reformas fiscais estruturais, parte do valor extra será excluído do teto. E, por fim, determina que todo o crescimento do teto acima da inflação deverá ser alocado em despesas discricionárias - ou seja, para investimentos e custeio da máquina pública.

Pela proposta, duas quedas seguidas do PIB abririam a possibilidade de o governo lançar mão de crédito extraordinário na proporção média das quedas.

"Assim, se houvesse, por exemplo, queda de 0,3% e 0,5% em dois PIB trimestrais consecutivos, configura-se a possibilidade de abertura de crédito extraordinário de 0,4% do valor do teto de gastos. Este mecanismo permitiria uma resposta rápida nos períodos recessivos", informou a SPE.

TESOURO

No mês passado, o Tesouro Nacional Também divulgou uma proposta de regra fiscal. Escrita por oito técnicos do órgão, o texto propõe uma regra de despesa para substituir o teto de gastos, vinculada a uma âncora fiscal que tem a dívida como referência.

Pela proposta, quanto maior o nível de dívida pública, menor será a taxa de crescimento real das despesas. Se a dívida estiver em trajetória crescente, o limite para a despesa será menor do que se a dívida estiver em trajetória declinante.

Os gastos do governo federal poderiam crescer acima da inflação em até 2,5% no cenário mais favorável.

Pela Proposta de Emenda Constitucional da Transição (PEC), promulgada no Congresso, o governo deve enviar uma proposta de regra fiscal para substituir o teto até agosto, via lei complementar. Haddad tem dito que deve antecipar o envio da proposta, e que está aberto a sugestões. "Vou ouvir técnicos do Tesouro, a academia, os economistas em quem confio, a sociedade", disse.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva quer reverter políticas da ex-ministra Damares Alves no Ministério de Direitos Humanos e recompor verbas e programas destinados à proteção de crianças e adolescentes. Uma das sugestões encaminhadas pelo grupo de trabalho é pagar pensão para crianças e adolescentes que perderam pais pela Covid-19, os chamados órfãos da pandemia. O relatório foi entregue ao gabinete de transição e servirá de base para o futuro governo.

O documento, segundo apurou o Estadão, aponta "um retrocesso nunca antes documentado nas condições de vida e na garantia de direitos da população de 0 a 18 anos". O quadro é descrito em decorrência da falta de funcionamento de estruturas vinculadas à Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente e dos cortes em verbas direcionadas a esse setor, na contramão do discurso da ex-ministra Damares de proteção aos grupos mais vulneráveis.

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A proteção de crianças foi uma das principais bandeiras de Damares à frente do ministério. Para a equipe de transição, porém, a gestão focou em um discurso ideológico de perseguição a minorias. Nesse sentido, o grupo de trabalho propôs a revogação de uma série de decretos e atos, incluindo a tipificação da chamada "ideologia de gênero" nos canais de atendimento do governo.

O grupo constatou ainda que houve grande corte nas verbas destinadas aos direitos da criança e do adolescente. Em 2018, eram R$ 203 milhões. Este ano, apenas R$ 54 milhões. Para 2023, o valor é ainda menor, R$ 42 milhões. Damares comandou a pasta durante o governo Bolsonaro, até abril, quando deixou o cargo para concorrer a uma vaga no Senado, sendo eleita em outubro pelo Distrito Federal. Essas ações representam 33% de todo o orçamento do ministério, e agora só correspondem a 7% do total.

Com os cortes, o grupo de transição apontou a falta de combate ao trabalho infantil, a extinção da comissão de enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes e a interferência da ex-ministra na nomeação de integrantes do Conselho Nacional da Criança e do Adolescente.

"Apesar dos discursos de proteção da criança, isso ficava apenas para pautas fundamentalistas. Na prática, o governo foi um desastre nessa área", afirmou o advogado Ariel de Castro Alves, coordenador da área de Direitos da Criança e do Adolescente no Grupo de Trabalho de Direitos Humanos da transição.

Benefício

A proposta de assegurar pensão por órfãos da covid envolveria um benefício mensal a crianças e adolescentes de famílias de baixa renda que perderam os pais ou responsáveis por causa da pandemia. O governo não tem um levantamento de quantas crianças se encaixam nessa situação. Números de outras organizações estimam 130 mil a 282 mil órfãos da covid. A proposta é que o governo Lula institua o benefício apoiando projetos de lei nesse sentido que tramitam no Congresso.

O grupo de transição que prepara ações na área de transparência tem em mãos uma lista de sugestões ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva que vão da revisão de decisões do governo Jair Bolsonaro, que impuseram sigilo de cem anos, à possibilidade de abertura de arquivos cujo segredo já prescreveu e até a criação de um novo mecanismo de fiscalização pela Controladoria-Geral da União (CGU) dos recursos repassados a Estados e municípios por meio do orçamento secreto.

Na última semana, a equipe analisou dados da atual gestão, mapeou os pontos mais críticos e compilou propostas de auditores, de dois ex-ministros da CGU, Jorge Hage e Valdir Simão, e também de entidades da sociedade civil.

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Uma das prioridades é propor uma resposta à promessa de campanha de revogar os sigilos de cem anos impostos na gestão de Bolsonaro, quando foi negado acesso a informações como a carteira de vacinação do presidente da República e o processo administrativo aberto pelo Exército para apurar a participação do general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, em um ato político, sem autorização do comando militar.

A equipe técnica sabe que não basta um decreto de Lula para revogar tudo, como chegou a ser mencionado pelo presidente eleito durante a campanha. Os casos de sigilos impostos sob alegação de "informação pessoal" usam um dispositivo da Lei de Acesso à Informação (LAI) que permite essa proteção, mas o abuso do dispositivo na gestão Bolsonaro fez com que dados de agentes políticos fossem mantidos em segredo apenas para não expor as autoridades.

Decreto

Partiu do ex-ministro Jorge Hage a sugestão de que o futuro governo revise o decreto 7.224, que regula o processamento dos pedidos de acesso à informação, para estabelecer uma regra que barre daqui para frente a alegação de sigilo por "informação pessoal" protegido por cem anos nos casos que envolvam autoridades públicas.

"A proteção do direito à privacidade não pode ser usada para blindar agentes políticos e autoridades", disse Hage ao Estadão. A proposta foi bem-recebida no grupo de transição. Integrantes dizem acreditar que será inevitável editar um novo decreto deixando mais claro o que é de fato um dado pessoal.

Em relação aos casos de pedidos de informação já negados, os caminhos cogitados para revogar o sigilo são uma revisão automática da própria CGU com base em precedentes anteriores ao governo Bolsonaro que asseguravam o acesso à informação, mas que foram ignorados pela atual gestão; aguardar que novos pedidos sejam feitos por qualquer cidadão para mudar o entendimento já com a CGU sob novo comando; orientar os próprios ministérios a revisarem os atos que levaram à imposição de sigilo nos casos considerados abusivos.

Prescritos

A equipe técnica analisou todos os pedidos de informação negados pela CGU durante a gestão Bolsonaro. Levantamentos analisados pelo Estadão indicam que, no atual governo, foram negados 3,7 mil pedidos pelos mais variados motivos. Se quiser, a CGU, sob nova direção, pode rever todas as decisões do governo anterior.

O grupo de transição recebeu da agência Fiquem Sabendo, que atua na área de acesso à informação, uma relação de todos os documentos classificados pelo governo cujo prazo já estaria prescrito. A LAI prevê que, além do sigilo de cem anos para informações pessoais, documentos da administração pública podem ser classificados como reservados, secretos ou ultrassecretos, ficando, respectivamente, protegidos pelo prazo de cinco, 15 e 25 anos. Uma das propostas discutidas é a possibilidade de assegurar o acesso aos casos em que esse sigilo já caducou.

A atual direção da CGU tem contestado a acusação de que o governo Bolsonaro abusa do sigilo e disse que há um "evidente equívoco nas narrativas que mencionam decretação de sigilo de cem anos no Poder Executivo federal". O argumento é que há previsão legal para proteção de informações que dizem respeito à intimidade e à vida privada.

O ex-ministro Valdir Simão sugeriu ao grupo de transição que a CGU passe a fazer monitoramento dos recursos que são liberados por meio do chamado orçamento secreto, mecanismo de distribuição de recursos sem transparência revelado por uma série de reportagens do Estadão.

Para ele, os auditores podem contactar governos estaduais e prefeitos para onde os recursos são destinados pelos parlamentares, assegurando preventivamente que o dinheiro público seja aplicado corretamente. "É preciso ter um monitoramento. A CGU pode ligar para o governo ou prefeitura como quem diz: 'Estamos de olho'", disse Simão.

Ele disse acreditar que o mesmo mecanismo possa ser adotado no caso das chamadas emendas Pix, modalidade de repasse direto de recursos da União indicados por parlamentares a prefeituras em que o chefe do Executivo local pode aplicar os recursos diretamente, sem necessidade de seguir uma orientação federal.

Ajustes

Os ex-ministros Valdir Simão e Jorge Hage sugeriram que o grupo de transição também discutisse os acordos de leniência que envolvem órgãos do Estado, como a própria CGU, o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Ministério Público Federal (MPF).

Simão e Hage concordam que é preciso ajustes na legislação para evitar que órgãos públicos atuem de forma isolada nas negociações com empresas envolvidas em casos de corrupção, como ocorreu durante a Operação Lava Jato. "É urgente encontrarmos uma forma de os órgãos atuarem de forma mais unificada ainda que cada um deles tenha um prisma diferente", disse Hage.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Cristiano Ronaldo segue ganhando manchetes com assuntos fora da Copa do Mundo. Segundo uma publicação do jornal Marca desta quarta-feira, o atacante de Portugal está muito perto de acertar uma oferta do Al Nassr, da Arábia Saudita, na qual os vencimentos chegariam na casa do bilhão. O ex-jogador do Manchester United ganharia R$ 1,09 bilhão por ano.

Ainda conforme a publicação, o contrato oferecido é de dois anos e meio, ou seja, até junho de 2025. A iniciativa do Al Nassr é transformar a chegada de Cristiano Ronaldo em uma "bomba" midiática, a fim de elevar o campeonato nacional, além de fazer com que o clube ganhe reconhecimento mundialmente.

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O Al Nassr tem como técnico Rudi García, ex-meia de Roma e Lyon. Dentre os jogadores mais conhecidos do elenco, estão: Ospina, que esteve no gol da Colômbia por muitos anos, e o espanhol Álvaro González, conhecido por críticas a Neymar, durante sua passagem pelo Olympique de Marselha.

Livre no mercado, Cristiano Ronaldo não tem nenhum obstáculo para aceitar a proposta do Al Nassr. O único lado negativo na visão do atacante é não disputar a Liga dos Campeões, o que seria um desejo do craque, antes mesmo de deixar o Manchester United.

Além do time da Arábia Saudita, os outros interessados são Newcastle e Chelsea. Existe também uma possibilidade do atacante jogar na MLS, mas nenhuma das propostas chegam aos pés da que ele recebeu do Al Nassr.

Cristiano Ronaldo segue focado na seleção de Portugal, que já carimbou a classificação para as oitavas de final da Copa do Mundo com uma rodada de antecedência. O craque, que deverá estar em campo na partida com a Coreia do Sul, na próxima sexta-feira, deixou no ar a possibilidade de se aposentar em caso de título português.

O GT de Comunicações vai sugerir que o governo Lula coloque em consulta pública nos primeiros cem dias de governo um proposta de regulação da internet, para em seguida ser encaminhada ao Congresso Nacional. A informação foi dada segunda-feira, 28, a jornalistas pelo ex-ministro das Comunicações e integrante do GT na transição, Paulo Bernardo. Segundo ele, a sugestão do grupo é para que o governo lidere uma discussão legal inspirada nos moldes do que ocorreu na Europa, que envolva tanto questões de conteúdo, direitos e responsabilização, como temas de tributação. Ele voltou a defender a tributação das big techs.

"Nós estamos sugerindo fazer nos moldes do que a Europa fez, com direitos, responsabilidades, e de tributação também. Vai estar no nosso relatório. A sugestão é para que o governo, nos primeiros cem dias faça uma proposta, coloque em consulta pública e depois mande ao Congresso. Com certeza vão levar lá uns seis meses para discutir, não é qualquer coisa", apontou. Questionado sobre o modelo de tributação, o ex-ministro afirmou que o relatório do GT não trará esse tipo de detalhamento. "Nós estamos dizendo que é uma atividade econômica como qualquer outra, e acho que ela tem que ser taxada, até porque tem questão de simetria", disse.

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Paulo Bernardo ainda voltou a dizer que integrantes da transição também devem sugerir que a Secretaria de Comunicação (Secom) saia do guarda-chuva do Ministério das Comunicações. "Não conheço ninguém lá que esteja propondo manter Secom no Ministério das Comunicações", afirmou o ex-ministro, apontando que a proposta pode trazer a possibilidade de a secretária ficar subordinada à Presidência.

É possível criar uma associação de países que possuem florestas, para lutar por sua preservação e ter acesso aos vultosos recursos internacionais disponíveis para a finalidade? Uma primeira resposta a esta pergunta foi anunciada com estardalhaço na primeira semana da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, a COP-27. A segunda é aguardada para esta semana.

A primeira resposta atende pela sigla FCLP, Forest and Climate Leaders Partnership. Trata-se de um consórcio de 25 países que congregam, juntos, 35% das florestas do planeta, liderados por Estados Unidos e Gana. Na COP-26, em Glasgow, líderes mundiais se comprometeram a zerar o desmatamento até 2030 e a FCLP é uma decorrência disso. "A FCLP é um passo importante, e é fundamental para manter vivo o objetivo de limitar a elevação de temperatura em 1,5 °C", disse Alok Sharma, presidente da COP-26, no lançamento da associação.

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Os 25 países da FCLP poderão acessar os fundos de US$ 12 bilhões que foram destinados à preservação de florestas ainda na COP-26. De lá para cá apareceu mais dinheiro na mesa. A Alemanha decidiu engordar o bolo com mais US$ 2 bilhões, e uma vaquinha entre grandes empresas mundiais arrecadou mais US$ 3,6 bilhões.

A FCLP, no entanto, conta com uma limitação. Nenhum dos três países com maior cobertura de floresta tropical - pela ordem, Brasil, República Democrática do Congo e Indonésia - faz parte da associação. Entre os três, apenas a Indonésia, até agora, mostrou algum interesse em aderir.

Há, assim, grande expectativa na COP em relação ao segundo anúncio, prometido para esta semana: uma federação reunindo justamente Brasil, República do Congo e Indonésia. A ideia era que a "Opep das florestas", como vem sendo apelidada no Egito, seja lançada simultaneamente na COP-27 e na conferência do G-20.

O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Álvaro Pereira Leite, pretende fazer o anúncio no pavilhão brasileiro, no que seria um dos últimos atos do governo Jair Bolsonaro numa área onde o presidente brasileiro recebe várias críticas internacionais. Em sua gestão, o Brasil se tornou líder mundial de desmatamento. Os outros integrantes da "Opep das florestas", no entanto, não apresentam histórico muito melhor. O Congo é o segundo colocado no ranking funesto, enquanto a Indonésia chega em quarto lugar. A terceira colocada é a Bolívia.

Uma questão que surge é quem ficaria à frente da "Opep das florestas". O Brasil seria o candidato natural por ter em seu território 60% da maior mata tropical do mundo. "Isso não nos qualifica automaticamente à liderança", diz Natalie Unterstell, diretora do Instituto Talanoa. Há expectativa da comunidade internacional de que o governo Lula retome a prioridade da pauta ambiental. E como disse a ex-ministra Marina Silva, os países que quiserem liderar na área ambiental têm de fazê-lo pelo exemplo - e o Brasil tem uma longa lição de casa pela frente.

A proposta de mudar o sistema de governo brasileiro para o semipresidencialismo perdeu força na Câmara dos Deputados após a eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Para deputados que acompanharam as discussões sobre o assunto, as prioridades do novo Congresso mudaram com a chegada do petista ao Palácio do Planalto.

A equipe de transição de Lula dialoga com os parlamentares sobre uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para aumentar investimentos sociais já em 2023. Na negociação estariam um possível apoio do PT à reeleição de Arthur Lira (PP-AL) à presidência da Câmara e a manutenção do orçamento secreto.

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Se o acordo se confirmar e Lira for reconduzido ao cargo, será difícil que o projeto do semipresidencialismo seja pautado em breve, avaliam estes parlamentares. Não se descarta, porém, que a proposta funcione como uma "carta na manga" em futuras discussões.

"A possibilidade real de aprovar o semipresidencialismo seria sob Bolsonaro, que não tinha agenda, isso abria um vácuo para o Legislativo ocupar. O problema do governo Lula vai ser o contrário. Ele vai ter muita agenda com dificuldade para aprovar, vai ter de fazer muitas concessões para o Centrão", disse a cientista política da FGV Graziella Testa.

O projeto começou a ser encampado pelo presidente da Câmara em 2021, como forma de tentar contornar ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao sistema eleitoral e diminuir a pressão por um impeachment do chefe do Executivo. Na ocasião, Lula afirmou que o semipresidencialismo seria um "golpe" para evitar a vitória do PT nas eleições. "Não dá pra brincar de reforma política", disse o petista em entrevista à Jovem Pan.

Em outubro deste ano, porém, um grupo de trabalho da Câmara aprovou em votação simbólica um relatório favorável à mudança do sistema de governo. O modelo implementa a figura do primeiro-ministro e transfere ao Congresso a chefia de governo, o que aumenta o poder dos parlamentares.

A ideia também já foi patrocinada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), pelo ex-presidente Michel Temer (MDB) e pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes.

Estudo

Em março deste ano, Lira instituiu um grupo de trabalho na Câmara destacado para estudar o tema. Após sete meses de reuniões, depois do primeiro turno da eleição presidencial, os parlamentares coordenados pelo deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) concluíram em relatório que é "forçoso e imprescindível" modificar o relacionamento entre Executivo e Legislativo.

"Para tanto, há que mudar o sistema de governo e adotar o semipresidencialismo", diz o documento, que anexa ainda uma minuta de convocação de um plebiscito nacional para consultar a população sobre o tema e sugere que a mudança ocorra em 2030. A justificativa é que o presidencialismo brasileiro seria rígido, e apresentaria tendência disfuncional.

A proposta do grupo separa a chefia de Estado, que ficaria nas mãos do presidente da República, e a chefia de governo, que seria coordenada por um primeiro-ministro indicado pelo presidente eleito e acatado por maioria do Congresso. Os ministérios seriam substituídos por um gabinete de ministros.

Opositores criticaram a discricionariedade da composição desse grupo, majoritariamente governista. Diferentemente das comissões especiais, o modelo não obriga proporcionalidade.

Parlamentares que compuseram o grupo pontuam que a minuta não tem força vinculante e, apesar de maioria reformista, o colegiado apenas estudou a proposta.

"O grupo se reuniu para fazer um estudo de viabilidade da implementação do semipresidencialismo para mapear a discussão, rastrear os principais pontos de convergência ou divergência e os principais desafios constitucionais", disse o deputado Enrico Misasi (MDB-SP). "O resultado prático depende das circunstâncias políticas. Vai depender do novo presidente da Câmara ou do Arthur Lira, se reeleito, querer dar continuidade."

Temer e os ex-ministros do STF Ellen Gracie e Nelson Jobim também foram consultados no processo.

Para Samuel Moreira, o objetivo é aumentar a responsabilidade do Parlamento. "Ao mesmo tempo que aprova (o primeiro-ministro), se torna cúmplice. Não dá para o Congresso só ter o bônus, (também deve ter) o ônus de governar, administrar as contas, a inflação."

Tramitação

O grupo não tem poder para apresentar uma PEC, de modo que o relatório tem função consultiva. Moreira destacou que um plebiscito, porém, pode ser pautado se 171 parlamentares assinarem o pedido. Este seria o primeiro plebiscito nacional sobre sistema de governo no Brasil desde 1993, quando a população escolheu entre presidencialismo ou parlamentarismo.

Para se transformar em PEC, seria necessária maioria qualificada favorável, o que, no atual desenho de composição de forças do Congresso, não deve se configurar nem para Lula nem para a oposição. "Nem o governo nem Lira teria maioria constitucional. Pode ser fator de pressão, mas não vejo que seja questão prioritária", disse o deputado Gustavo Fruet (PDT-PR).

"A relação com o Congresso vai depender muito do programa do governo do presidente que está liderando", disse a cientista política e professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro Argelina Figueiredo. Em qualquer dos sistemas, afirmou, haverá a necessidade de se formar coalizão.

Promessa de campanha do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) é um dos ítens que está em negociação entre a equipe de transição do novo governo e o Congresso. Uma série de projetos sobre o tema tramitam no Senado.

Como a tabela não é atualizada desde 2015, a cada ano mais pessoas precisam pagar Imposto de Renda. Hoje só estão livres do imposto quem recebe até R$ 1.903,98 por mês. Se a tabela não for corrigida, quem recebe 1,5 salário mínimo mensal (R$ 1.947, com base na correção prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO - Lei 14.436, de 1922) já deverá pagar o imposto no próximo ano. 

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Durante a campanha eleitoral, Lula defendeu ampliar a faixa de isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil por mês. 

"Em relação ao efeito da defasagem do IR, o que acontece em termos econômicos é que, ao não reajustar a tabela, cria-se uma distorção ao longo do tempo, por conta da inflação. A correção, considerando essa proposta de isenção para quem ganha até R$ 5 mil por mês, geraria uma perda de receita para União, estados e municípios", disse a diretora da Instituição Fiscal Independente (IFI) Vilma Pinto à Agência Senado.

A faixa de isenção da tabela e eventuais compensações devem seguir no centro das discussões do Congresso até o final do ano. Desde o último reajuste da tabela, vários senadores apresentaram projetos para evitar a defasagem. Parte deles institui fórmulas para correção anual, independentemente da aprovação de novos projetos no futuro. É o caso do PL 1.198/2022, do senador Rogério Carvalho (PT-SE).

O texto prevê isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 3,3 mil a partir de 2023. Além disso, determina a correção anual da tabela a partir de 2024, de acordo com a inflação. O indexador usado seria o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado e divulgado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), relativo ao ano anterior.

Uma proposta anterior, de 2019, apresentada pela bancada do PT acaba com o escalonamento das faixas de incidência da alíquota do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) e fixá-la em 27,5% para quem ganha acima de cinco salários mínimos (R$ 6.060 nos valores de hoje).  Assinam o projeto os senadores Humberto Costa (PE), Jean Paul Prates (RN), Jaques Wagner (BA), Paulo Paim (RS), Paulo Rocha (PA) e Rogério Carvalho (SE).

Já o PL 2.337/2021, do Poder Executivo, que altera várias regras do IR, foi aprovado na Câmara mas ainda não foi analisado Senado. A proposta era parte da reforma tributária. Uma das mudanças era a faixa de isenção IR, que passaria de R$ 1.903,98 para R$ 2,5 mil mensais. Segundo levantamento da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco), cerca de 13,5 milhões de contribuintes já deixariam pagar o imposto em 2023 se aprovada essa mudança, que considera a inflação de 2018 a 2021.

Outros projetos

Ainda em 2019, o senador Jorge Kajuru (Podemos-GO) apresentou um projeto que divide as faixas de renda em salários mínimos. Pelo PL 2.988/2019, quem recebe até quatro mínimos mensais ficaria isento do imposto a partir do ano seguinte. O texto também prevê o reajuste da tabela de acordo com o IPCA.

Já o senador Angelo Coronel (PSD-BA) é autor do PL 4.452/2021. O projeto determina que, a partir de 2023, sempre que a inflação acumulada superar 10% devem ser corrigidos pelo IPCA não só as faixas de renda, mas também os limites de dedução do imposto.

Com o mesmo objetivo de reajustar os valores, o PLP 125∕2019 estabelece que a Lei de Diretrizes Orçamentárias contenha a previsão de atualização da tabela progressiva mensal do Imposto de Renda pela variação acumulada no ano anterior do IPCA. O projeto é do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB).

Cálculos da Unafisco apotam que, de 1996 a setembro de 2022, a defasagem acumulada da tabela do IR das pessoas físicas chegou a 144%.

*Da Agência Senado

Os bancários que trabalham em bancos públicos e privados e que pertencem à base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região (SPBancários) aprovaram a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de reajuste salarial de 8% neste ano. A proposta inclui ainda um aumento real de 0,5% (INPC + 0,5%) em salários e demais verbas, como participação nos lucros, para o ano que vem.

Os reajustes para este ano incluem aumento de 8% em salários e verbas e reajustes de 10% nos vales, e de 13% na parcela adicional da PLR. O pacote também inclui abono de R$ 1.000 na forma de uma 14ª cesta alimentação.

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A convenção de trabalho da categoria também passa a incluir cláusulas de regulamentação do regime de teletrabalho. Haverá ajuda de custo de R$ 1.036,80 anuais, pagos à vista ou em 12 parcelas mensais, para funcionários que trabalhem de forma totalmente remota. Há garantia de reajuste do valor pelo INPC no ano que vem.

A proposta também prevê controle de jornada, direito à desconexão, fornecimento de equipamentos para o teletrabalho e orientações para exames periódicos. A cláusula prevê prioridade para o regime para trabalhadores com filhos de até 4 anos de idade, ou que sejam pessoas com deficiência.

Os bancários também incluíram cláusulas relacionadas ao combate ao assédio sexual, como a criação de canais de denúncia específicos, medidas de apoio às vítimas e a realização de campanhas preventivas e de combate.

A presidente do sindicato, Ivone Silva, considerou acertada a aprovação da proposta pelos bancários. "Com isso, vamos fechar um acordo de dois anos que, além de vantajoso economicamente, mantém, até 31 de agosto de 2024, todos os direitos previstos anteriormente na nossa CCT, além de incluir avanços como uma nova cláusula que regulamenta o teletrabalho, e cláusulas para avançarmos no combate ao assédio sexual e moral", disse ela em nota.

Cerca de 18 mil funcionários do setor votaram na assembleia, e 74% aprovaram a proposta. Os funcionários do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal (CEF) também aprovaram os respectivos acordos aditivos. A data-base dos bancários é setembro.

No ano passado, a categoria obteve reajuste de 10,97%.

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