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Dois alunos da rede pública municipal de ensino de Itapissuma, na Região Metropolitana do Recife (RMR), utilizaram a tecnologia para tentar resolver um problema de segurança na cidade onde moram. Os jovens criaram um drone policial capaz de vigiar os bairros e reforçar o trabalho dos policiais. Foram 100 horas de aula para chegar ao protótipo do aparelho.

Os alunos Gabriel dos Santos, de 12 anos, e Adriano Bandeira, de 13, cursam a 7ª série. A invenção surgiu durante as aulas de robótica promovidas pela rede de ensino para facilitar o aprendizado dos estudantes. A iniciativa é uma parceria entre o município e a empresa pernambucana Dulino.

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Foi a primeira vez que os meninos tiveram contato com conceitos ligados à construção e utilização de robôs. "A gente vê na reportagem que tem muita violência aqui e o drone pode ajudar a pegar ladrões, pois eles muitas vezes escapam. O drone pode ficar lá em cima vigiando e o bandido vai nem perceber. Pode passar em ruas de difícil acesso, ajudar em uma perseguição", explicou Adriano Bandeira.

Para construir o drone, eles usaram um software livre da Lego, que trabalha com blocos pré-programados, o que facilita o raciocínio da programação. A ideia dos jovens caiu no gosto da gestão municipal e, em breve, será utilizada para reforçar a patrulha nas ruas de Itapissuma. A ideia é que o aparelho repasse informações para os policiais e direcione o trabalho das equipes.

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A Justiça do Distrito Federal decretou hoje (27) a ilegalidade da greve dos professores da rede pública local, que teve início em 15 de março. A decisão também determinou o fim da paralisação e o retorno imediato dos docentes ao trabalho. O Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF) informou que vai recorrer da decisão.

Em sua decisão,  o desembargador Hector Santana, da 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), argumenta que a paralisação das atividades docentes traz para os alunos prejuízos irreparáveis". "A suspensão das aulas põe em risco o ano letivo, além de poder prejudicar a participação em vestibulares", argumenta. Ele alega ainda que "a falta de pagamento de reajuste de vencimento concedido por lei não autoriza, por si só, a greve dos servidores”.

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Para o magistrado, no caso dos alunos da educação infantil, além de prejudicar o desempenho escolar a greve afeta também questões assistenciais, como a oferta das refeições que é feita pela unidade de ensino. Caso a decisão não seja respeitada, o juiz determinou corte do ponto dos professores e pagamento de multa no valor de R$ 100 mil.

As inscrições para o ano letivo de 2017 do pré-vestibular da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) começam na próxima terça-feira (3). O projeto é gratuito e consiste na preparação para exames de acesso ao ensino superior. Ao todo, o projeto irá ofertar 140 vagas, voltadas para alunos de baixa renda e pertencentes a rede pública de educação.

Podem participar da seleção, estudantes que tenham concluído ou estejam concluindo o ensino médio na rede pública, em qualquer uma de suas esferas (municipal, estadual ou federal). O projeto também admitirá alunos que tenham cursado, no máximo, um ano do ensino médio em escola particular, desde que não tenha sido o terceiro ano. Os alunos inscritos passarão por uma seleção, que se dividirá em duas etapas. A primeira será a realização de uma prova objetiva, com 60 questões de múltipla escolha, no dia 22 de janeiro. E a segunda, será realizada entre 30 de janeiro e 2 de fevereiro, em que os selecionados passarão por uma entrevista para conhecer o perfil dos potenciais alunos do pré-vestibular.

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As inscrições podem ser realizadas até o dia 20 de janeiro, sendo realizadas no Diretório Acadêmico de Medicina Umberto Câmara (Damuc), no Centro de Ciências da Saúde (CCS) da UFPE (campus Recife). Os interessados devem comparecer ao local entre 8h e 17h, para preencher uma ficha, pagar uma taxa de R$ 20,00 e entregar uma foto 3x4 recente e apresentar original e cópia de documento de identidade (RG, CNH, CTPS, etc).

A previsão do início do ano letivo é dia 04 de fevereiro, com aulas de segunda a sexta-feira, no período da noite, e aos sábados, pela manhã e à tarde. 

Serviço

Inscrições Portal UFPE

03 a 20 de janeiro, das 8h às 17h

Diretório Acadêmico de Medicina - CCS da UFPE, campus Recife

O que levar: R$ 20,00, uma foto 3x4 recente e original e cópia de documento de identidade.

Quem pode se inscrever:

1. Alunos do terceiro ano do ensino médio da rede pública que tenham cursado, no máximo, um ano desse nível em escola particular.

2. Ex-alunos que tenham cursado o terceiro ano e, pelo menos, um dos outros anos do ensino médio na rede pública.

3. Alunos oriundos do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) que estejam cursando, no mínimo, o quinto período do seu curso.

Não podem se inscrever:

1. Quem já estudou dois anos - consecutivos ou não - no Portal UFPE.

2. Alunos que concluíram o ensino médio na rede particular.

3. Alunos que realizaram apenas o terceiro ano do ensino médio na rede pública.

A Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria Municipal de Educação, firmou uma parceria com o Instituto de Cegos Antonio Pessoa de Queiroz, que pertence à Irmandade da Santa Casa de Misericórdia. O convênio vai garantir que os 132 estudantes com cegueira e baixa visão matriculados nas unidades de ensino municipais sejam atendidos na instituição, que também vai promover formações para os professores que atendem estudantes com deficiência visual em suas turmas. 

"Ficamos muito felizes e agradecidos por iniciar essa parceria. Estamos dando nossa colaboração para que os jovens com deficiência visual desenvolvam sua autonomia e possam exercer sua cidadania. A Prefeitura, o Instituto e o público só têm a ganhar com esse convênio", destacou a diretoria do instituto, Irmã Maria Gomes.

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A Secretaria de Educação do Recife vai disponibilizar a professora Valéria Maria Vasconcelos para atuar na entidade como professora de braile, desenvolvendo também diversas outras atividades pedagógicas, tanto para os alunos matriculados nas escolas municipais do Recife como para os demais usuários do instituto.

Curso

Em contrapartida, 30 professores da rede que atendem alunos com cegueira e baixa visão farão um curso de tiflologia, que inclui aulas de braile, orientação e mobilidade, adaptação de material didático, audio-descrição, práticas de vida independente, entre outros. As aulas começam no primeiro semestre de 2017, no Centro de Apoio à Pessoa com Deficiência, localizado em Casa Amarela.

Nesta segunda-feira (7), o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJ-PE) decretou que a greve deflagrada pelos professores da rede pública do Recife é ilegal. A decisão foi proferida pelo desembargador Marco Maggi, que foi o relator substituto nesse processo. As informações foram confirmadas através de informe enviado ao Portal LeiaJá pela assessoria de comunicação do tribunal. 

Com a determinação, a paralisação foi considerada irregular antes mesmo de entrar em vigor – os professores iriam brecar as atividades a partir desta terça-feira (8). Nesse contexto, Marco Maggi solicitou o retorno imediato dos docentes às suas atividades normais e às negociações com a administração pública. Confira abaixo o trecho principal da decisão do TJ-PE:

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“Assim, conquanto se reconheça que os servidores públicos são, seguramente, titulares do direito de greve, importa assentar que o exercício de tal direito não pode alcançar os serviços públicos essenciais, dentre os quais se enquadra o de educação pública. À vista de todas essas considerações, tenho por configurados a verossimilhança das alegações da parte autora e o periculum in mora. Isso posto, em sede de juízo provisório decorrente de cognição sumária, defiro a antecipação da tutela e, em consequência, determino ao Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife - SIMPERE que se abstenha de promover a paralisação do movimento grevista, previsto para ter início a zero hora do dia 08 de março de 2016, a fim de que os servidores da rede de ensino do Município do Recife (professores) promovam o imediato retorno as suas regulares atividades, dando-se prosseguimento às negociações com a categoria. Para a hipótese de descumprimento, fixo multa diária no valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), limitada a R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais). Intime-se a parte Ré para, querendo, no prazo legal, contestar a presente ação, sob pena de revelia, bem como para que tome conhecimento desta decisão, dando-lhe imediato cumprimento.”

O curso mais concorrido da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) foi o que teve a maior proporção de alunos aprovados que fizeram todo o ensino médio em escola pública. O resultado foi divulgado ontem e indicou que, dos 110 selecionados na primeira chamada para Medicina, 97 - ou 88,2% - são oriundos da escola pública. A Unicamp não adota cotas, mas um sistema de bonificação e, pela primeira vez, os aprovados que estudaram em escola pública superaram os de escolas particulares.

De acordo com a Unicamp, 51,9% dos estudantes aprovados para as 3.320 vagas disponíveis em 70 cursos de graduação vieram da escola pública. E, desses, 43% são autodeclarados pretos, pardos ou indígenas (PPI). Com esses números, a Unicamp antecipou em um ano o alcance da meta que havia estipulado em 2003, de ter metade dos aprovados vindos de escola pública e 35% de PPIs.

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Além de Medicina, os outros quatro cursos mais concorridos da universidade também atingiram a meta. Apenas Arquitetura e Urbanismo e Ciências Biológicas não alcançaram o objetivo do PPI, com 27% e 33,3%, respectivamente. "O dia de hoje é uma data histórica, um marco para a Unicamp, um marco para as ações de inclusão das universidades públicas", disse o reitor, José Tadeu Jorge. Ele ainda classificou o resultado como um sucesso do Programa de Ações Afirmativas e Inclusão Social (PAAIS), que funciona com um sistema de bonificação para esses dois grupos.

As metas foram alcançadas após mudanças promovidas em 2015 pela universidade. Na disputa do ano passado, os resultados de inclusão foram os piores em cinco anos, com a proporção de oriundos de escolas públicas de apenas 30,2% e 15,7%, de PPIs. Em 2014, a taxa havia sido de 36,9% e 18%, respectivamente.

À época, a avaliação interna da Unicamp foi a de que seriam necessárias políticas mais agressivas para atingir o objetivo de inclusão. Até 2015, os candidatos tinham direito ao bônus somente na segunda fase do vestibular. Para este ano, os pontos extras passaram a ser acrescidos às notas tanto da primeira como da segunda etapa.

De acordo com o reitor, o programa de bonificação aumenta a oportunidade de inclusão dos estudantes, mas garante que a universidade ainda continue selecionando os melhores. "Esse é um mérito do PAAIS. É uma inclusão com base na qualidade demonstrada pelos candidatos no vestibular. Não correremos riscos de que os estudantes não consigam, depois, acompanhar o conteúdo dos cursos que vão fazer."

Equilíbrio

Renato Pedrosa, do Departamento de Política Científica e Tecnológica da Unicamp e ex-coordenador do vestibular da universidade na época da criação do sistema de bonificação, disse que a projeção inicial da política era equilibrar a demanda de alunos de escola pública com a aprovação.

Por isso, ele acredita que os resultados podem indicar que a mudança foi agressiva demais, já que em alguns cursos, como Medicina e Arquitetura, supera até mesmo a proporção de alunos de escola pública em São Paulo, que em média é de 85% no ensino médio.

"Não que esses alunos de escola pública não estejam preparados, porque ainda assim a concorrência é acirrada. Mas é preciso analisar que alunos bem qualificados de escolas particulares podem ter sido prejudicados", ressaltou. "A política de bonificação busca equalizar oportunidades, mas não pode causar um desequilíbrio e excluir um grupo bem preparado", acrescentou.

Para Pedrosa, o número de alunos aprovados de escola pública tende a aumentar nas próximas chamadas da Unicamp, que segue até março, totalizando nove listas. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Mesmo com a pressão do governo estadual para que as universidades paulistas reforcem ações para a inclusão de alunos da rede pública, apenas a Unicamp havia estabelecido ter 50% de seus aprovados provenientes da escola pública até 2017.

A USP e a Unesp calculam atingir esse patamar apenas em 2018. Os dados de aprovação do vestibular deste ano ainda não foram divulgados pelas instituições.

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A Unesp é a única estadual que adota cotas sociais e raciais. Há cerca de dois anos, a universidade havia colocado a meta de 50% de alunos de escola pública para 2016, mas depois ampliou o prazo para 2018, de forma progressivas a cada ano. Em 2016, a meta estabelecida é de 35%.

Embora a USP tenha reforçado sua política de bônus no vestibular nos últimos anos, a Fuvest ainda tem dificuldades de atrair alunos da escola pública. Nesta edição, 32,7% dos candidatos vieram da rede pública.

Também em 2016 a USP adotou pela primeira vez as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para selecionar alunos para 1.489 vagas de 140 cursos. Mas, como as notas mínimas exigidas eram muito altas, 154 vagas, de 18 cursos, não foram preenchidas. A USP adotou o Enem reservando em, alguns casos, porcentuais para alunos de escolas públicas e candidatos pretos, pardos e indígenas. Das 18 opções de cursos com sobras de vagas, 14 eram voltadas exclusivamente para ações afirmativas. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Os alunos da rede municipal de ensino do Recife Maryllia Willyane Félix, Emerson Almeida e Gabriel Loureiro, todos com 14 anos, venceram a Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR). A final foi realizada neste domingo (1°), em Uberlânida, Minas Gerais. Os três estudantes do 9º ano da Escola Municipal Rodolfo Aureliano foram os únicos representantes de Pernambuco entre as dez equipes de Ensino Fundamental.

Eles haviam ficado em terceiro lugar na etapa estadual e com isso se classificaram para a fase nacional. Desde então, vinham trabalhando na montagem e programação dos robôs de peças Lego. Com a vitória, eles ainda se classificaram para a RoboCup - campeonato internacional que será realizado no próximo ano, na Alemanha.

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Até este sábado (31), o trio estava competindo com outras 39 equipes de todo o Brasil. Em 2015, 88 grupos disputaram a fase nacional da OBR, sendo 40 do nível 1 e 48 do nível 2 (Ensino Médio). Na primeira fase, nas etapas práticas regionais, mais de 1.800 equipes de todo o Brasil participaram da OBR, que é uma das olimpíadas científicas mais importantes do País e recebe o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Os alunos viajaram na última quarta-feira (28), junto com a professora de matemática Juliana Borges e o professor Cid Espíndola, que é um dos coordenadores do Programa Robótica na Escola, desenvolvido em todas as unidades de ensino da Prefeitura do Recife desde 2014. Também compôs a delegação da rede municipal o estudante Ryan Vinícius Morais, 14 anos, que cursa o 9º ano da Escola Municipal Arraial Novo do Bom Jesus, localizada nos Torrões. Ele ajudou os docentes a treinar o trio da Rodolfo Aureliano, passando para os colegas a experiência que adquiriu na olimpíada mundial de robótica, na Rússia, no ano passado.

A participação de alunos do 3º ano do ensino médio de escolas públicas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) bateu recorde neste ano, mas as redes oficiais ainda têm dificuldades de incentivar os estudantes a participar da prova. Apesar do aumento de inscrições, um a cada três alunos concluintes das redes públicas nem sequer se inscreveu no exame neste ano. O Enem começa hoje e 7,7 milhões de inscritos são esperados para as provas, que continuam amanhã.

O Enem se consolidou como a maior porta de entrada para as universidades públicas. Usado como vestibular pelas federais, onde há a reserva de vagas para alunos de escolas públicas por causa da Lei de Cotas, de 2012, o exame ainda é critério para acesso às bolsas do Programa Universidade Para Todos (ProUni) e o Financiamento Estudantil (Fies), em faculdades privadas.

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Dos quase 1,9 milhão de alunos que em 2015 cursam o 3º ano do ensino médio público no País, 29% (cerca 560 mil) não se inscreveram. Esse porcentual era ainda maior em 2013, quando 39% não se inscreveram. Na rede particular, a situação é oposta: apenas 5% dos 305 mil alunos desta etapa abriram mão do Enem em 2015.

Além dos inscritos concluintes - que somam 1,6 milhão de alunos - a grande maioria dos participantes do Enem é de quem já saiu da escola. São 4,49 milhões. Ainda são esperados outros 1,1 milhão de alunos que farão como treino, por ainda não terem chegado ao 3.º ano.

O professor da Zacarias Gamas, da Universidade do Estado do Rio Janeiro (UERJ), afirma que o porcentual de alunos da rede pública que não fará o exame é muito alto. "São alunos que estão sendo excluídos no principal instrumento de seleção", diz. "Essa situação (de exclusão) teve melhora com a Lei de Cotas, que trouxe grande ganho para a universidade por causa do perfil de alunos, mas, talvez, os governos precisem pensar em iniciativas."

Incentivo. O ministro da Educação Aloizio Mercadante disse ao Estado que as redes estaduais - que concentram mais de 95% das matrículas do ensino médio - precisam estimular seus alunos. "A participação vem crescendo porque é o caminho das oportunidades. O estudante pode estar em uma das federais. Se não entrou, tem o Prouni, o Fies", diz. Este ano, 906 mil ingressaram no ensino superior por esses mecanismos, ressaltou o ministro.

Algumas redes já têm projetos de incentivo. É o caso do Espírito Santo, que, desde 2009, quando o Enem virou vestibular, colocou como obrigatório a inscrição dos concluintes. A estudante Lia Pupin, de 18 anos, de uma escola de tempo integral em Vitória, conta que todos seus colegas farão as provas. "Rola até uma competição, e os professores são os maiores parceiros", diz ela, que quer uma vaga em Arquitetura.

"O estigma da má qualidade da escola pública impacta no interesse do aluno. E se tem um problema que nos preocupa é a falta de sonhos da juventude", diz o secretário estadual de Educação do Espírito Santo, Haroldo Rocha, que criou a regra. Ele ainda ressalta o trabalho das escolas na preparação dos alunos.

A rede do Ceará trabalha desde janeiro com a mobilização dos alunos. Nos dias da prova, há transporte, alimentação e hospedagem para quem precisa se deslocar para municípios de difícil acesso. Como apoio pedagógico, a rede realiza, por exemplo, uma série de palestras pelo Estado. Das 621 escolas estaduais do Estado, apenas 6% tiveram menos de 50% de seus alunos sem nota no último Enem. "Toda a equipe deposita alta confiança no aluno, o que faz com que eles se sintam capazes", ressalta Silvandira Mesquita, de 39 anos, diretora da Escola Adriano Nobre, no município cearense de Itapajé.

Fora. No ano passado, só 24% das 8,1 mil escolas do País conseguiram ter mais de 50% dos alunos com nota no Enem. Para Eduardo Deschamps, do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), um dos motivos é o formato do ensino médio. "O currículo deveria preparar o aluno para a universidade, mas acaba desestimulando. Há excesso de fragmentação."

Maior rede do País, São Paulo teve este ano 63% dos 444 mil alunos do 3.º ano inscritos no Enem. A Secretaria de Educação do Estado não tem um programa de incentivo para participação, mas a coordenadora de Gestão de Educação Básica da pasta, Ghisleine Trigo, afirma que a aposta é nos recursos pedagógicos tecnológicos. "A inscrição no Enem cresceu 35% desde 2012. Lançamos neste ano a plataforma Geek (de preparação e aulas) e 96% de todas as escolas tiveram adesão. Os resultados são bastante promissores", diz ela, ressaltando que 170 mil alunos fizeram o simulado Enem na plataforma.

O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, disse nesta segunda-feira (20) que quanto mais o Brasil for um país justo e proporcionar oportunidades, mais livres serão os jovens para escolher seus caminhos profissionais, pessoais e de inteligência. Janine se dirigia aos alunos premiados na edição de 2014 da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), na cerimônia de entrega das medalhas no Theatro Municipal, no centro do Rio de Janeiro. “O mundo que se abre diante de vocês não é trivial. É um belo e grande mundo”, apontou.

Para o ministro, o desempenho dos estudantes favorece o crescimento do país. “Se eu posso sugerir uma coisa, orgulhem-se muito da história de vida que vocês já têm e pensem na história de vida que vocês vão construir com muito carinho, muita ambição, porque todos merecem.”

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O ministro da Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo, que também participou da cerimônia, elogiou o empenho dos estudantes premiados, que tiveram de enfrentar dificuldades, por morarem em regiões com pouca estrutura e, ainda assim, conseguiram conquistar medalhas. Para ele, também é preciso lembrar que o Brasil tem lugares, como comunidades indígenas, onde a população não tem conhecimento da matemática. “É preciso que no nosso esforço de promover o ensino de matemática tenha a decisão de retirar da exclusão lamentável parte de nossa população que não sabe nem contar”, analisou.

Mais de 18 milhões de estudantes, de 99,41% dos municípios do país, disputaram as premiações. Do total, 501 conquistaram medalha de ouro, 1,5 mil de prata e 4,5 mil de bronze. Quando a competição começou, em 2005, eram cerca de 10 milhões de estudantes. Na avaliação do coordenador-geral da Obmep e diretor adjunto do Instiutto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa), Cláudio Landim, a olimpíada é um projeto com grande impacto na qualidade do ensino da matemática. “Essa é uma grande contribuição, mostrando que a olimpíada é muito mais do que uma prova. Pode ser instrumento eficaz de mobilidade social no país”, comentou.

Landim destacou que, além de participar da competição, os alunos que conquistam medalha de ouro podem passar por uma seleção e garantir bolsa para estudar em uma universidade do país, concedida pelo Instituto Tim, no valor de R$ 1,2 mil. A oportunidade pode se estender também para o exterior. “A primeira seleção foi feita este ano, e uma aluna escreveu dizendo que foi admitida para a Universidade de Helsinque [Finlândia], e gostaria de saber se pode continuar com a bolsa para prosseguir seus estudos. Isso mostra a qualidade da seleção que foi feita”, explicou.

As trigêmeas Fábia, Fabíola e Fabiele Loterio, de 15 anos, estão no 1º ano do ensino médio e estudam na Escola Estadual Alice Holzmeister, na zona rural da cidade de Santa Leopoldina, no Espírito Santo. As jovens conquistaram medalha de ouro na olimpíada de 2014. Para as três, o estudo de matemática ficou muito mais fácil e agradável depois que começaram a participar da olimpíada, em 2011.

Fabíola e Fabiele ainda não se decidiram sobre o curso que vão fazer na universidade, apesar de saberem que será algum na área de ciências exatas, mas Fábia não tem dúvida. “Eu quero fazer matemática”, contou.

Fábia disse que participar da olimpíada abre portas e mostra como o estudo pode mudar a vida do estudante. “Passei a gostar muito mais de matemática. Sempre gostei, mas depois da Obmep [o interesse] foi muito maior", disse, revelando que estava emocionada em receber o prêmio.

Para Fabiele, a forma como a matéria é apresentada é que conquista o aluno. “Usa também mais lógica e força a pensar. Não é como na escola. É diferente.” Todos os medalhistas de ouro têm direito de participar do Programa de Iniciação Científica (PIC), no qual durante um ano têm aulas de matemática aos sábados em universidades públicas do país. Eles recebem bolsas de R$ 100 por mês em recursos liberados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O ministro Aldo Rebelo informou que não haverá cortes neste investimento. “Tudo que há de compromisso já firmado pelo CNPq será mantido, inclusive as bolsas de iniciação científica.”

As escolas do 1.º ao 5.º ano do ensino fundamental da rede estadual paulista têm registrado melhora nos indicadores de qualidade com o passar dos anos, mas a desigualdade social ainda é notável. Das 160 melhores escolas com nota a partir de 6 no ranking estadual, 45% atendem alunos de famílias com nível socioeconômico mais alto. E só 20% acolhem os mais pobres. Ou seja, o nível e a condição da família têm muita influência no sucesso da escola, independentemente de outras características da unidade, como local ou estrutura. Mas há exceções. O Estado visitou três escolas que atendem alunos que estão entre os 25% com nível socioeconômico mais baixo e conseguem alcançar bons indicadores de qualidade. Nelas se destacam comprometimento de professores e a liderança de diretores, além do uso dos materiais oficiais, como o currículo, e o acompanhamento.

As escolas já superaram até a meta que o Estado estabeleceu para daqui a 15 anos: Índice de Desenvolvimento da Educação de São Paulo (Idesp) de pelo menos 7 nos anos iniciais e 6 nos anos finais. A rede é a maior do País - são quase 4 milhões de alunos em 5,3 mil escolas.

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Com auxílio do economista Ernesto Martins Faria, coordenador de Projetos da Fundação Lemann, a reportagem cruzou o Idesp e o Indicador de Nível Socioeconômico (Inse) de cada escola. Das 1.520 do ciclo 1 (1.º ao 5.º ano) no Estado, 600 escolas (39%) não conseguiram Idesp maior do que 4 - de uma escala até 10. Desse grupo com os piores resultados, 53% atendem alunos entre os mais pobres - o que aponta, mais uma vez, que trabalhar com alunos de nível socioeconômico mais baixo configura um maior desafio.

Mas essa tendência entre nível socioeconômico mais alto e boa qualidade da escola fica clara entre as unidades dos anos iniciais, mas vai desaparecendo nos anos finais (6.º ao 9.º ano). E mais ainda no ensino médio. Nos anos finais, 96,7% das escolas tinham em 2013 o Idesp até 4. No médio, eram 99,3%.

Para Faria, "os problemas após os anos iniciais são evidenciados pesquisa após pesquisa". "O que indicam, entre outros, desafios de gestão de sala de aula, uma melhor estrutura de acompanhamento e formação continuada." Os dados ilustram ainda que, nessas duas etapas, até as escolas que atendem estudantes com níveis socioeconômicos mais alto têm dificuldade de se destacar. "Têm de fazer uma compensação daquilo que não existe no ambiente familiar", diz Ricardo Falzetta, do Todos Pela Educação.

Exemplos

O secretário estadual da Educação, Herman Voorwald, ressalta que a inclusão em uma grande rede é complexa e a solução passa pela escola integral - modelo que deve inspirar uma mudança no ensino médio, como revelou o Estado ontem. "Meu sonho é garantir a universalização do modelo. Além disso, as competências socioemocionais devem fazer parte da estrutura e matriz curricular. As pessoas perceberam que a violência na escola vem da incapacidade de entender o outro, trabalhar em equipe." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta quarta-feira que estuda repassar verba às famílias com filhos em escolas estaduais para que comprem o material escolar. Hoje, estudantes da rede pública recebem o kit do próprio governo, que adquire os itens por meio de licitação. A proposta seria adotar método semelhante ao do Distrito Federal, que criou o "Cartão Material Escolar". A iniciativa permite aos pais que escolham que material comprar aos filhos, em qualquer livraria.

A afirmação, sem mais detalhes da proposta, foi dada após reportagem do jornal Folha de São Paulo, hoje, que revelou que cerca de 390 mil estudantes ainda não receberam os kits paulistas. Para o presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (ABFAE), Rubens Passos, um cartão de débito melhoraria o sistema. "Hoje existe muito desperdício."

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Até pouco tempo atrás seria difícil imaginar uma sala de aula na qual o aluno aprendesse ao mesmo tempo a grade oficial do ensino médio - como matemática - e assuntos relacionados à educação financeira. Isso já é realidade, porém, para 3 mil escolas públicas que neste ano estão recebendo pela primeira vez livros do Programa de Educação Financeira no Ensino Médio, coordenado pela Associação de Educação Financeira do Brasil (AEF-Brasil).

Em uma experiência piloto feita entre 2010 e 2011, o conteúdo voltado ao ensino médio foi testado em 891 escolas públicas. Desenvolveu-se então os livros que somente agora chegam aos colégios. Trabalhar o tema no ensino médio é só o primeiro passo. Em 2015, o projeto piloto voltado ao ensino fundamental começa a ser testado em escolas de Manaus e Joinville. A partir da experiência, também serão elaborados os materiais e metodologia para os alunos mais jovem.

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Estimular o assunto para este público surge como uma maneira de educar os futuros adultos, mas também toda a comunidade com a qual a escola tem contato. "O programa capacita as secretarias estaduais, que por sua vez treina seus professores. Quando o conteúdo chega ao aluno este vira um agente multiplicador dentro da sua família. O programa atinge muitas pessoas", diz a superintendente da AEF-Brasil, Silvia Morais. Até fevereiro, cinco Estados (Amapá, Ceará, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Tocantins) e o Distrito Federal haviam feito a adesão ao programa e recebido o treinamento da AEF, que agora conversa com outras secretarias para conseguir capacitá-las.

Os três livros desenvolvidos no programa abordam 72 situações que os professores podem trabalhar com os alunos. "É um programa transversal. Foi elaborado de maneira que pode interagir com as 18 disciplinas do ensino médio. A educação financeira não compete com o conteúdo obrigatório da grade", afirma Morais. Os capítulos passam por empreendedorismo, blocos econômicos e mesmo temas básicos de orçamento. Um tópico, por exemplo, aborda a evolução das moedas, o que poderia entrar nas aulas de história. Outro fala sobre o consumo consciente e mostra quanto tempo os materiais demoram para se decompor, assuntos que se relacionam com biologia.

Ao se educar financeiramente crianças e adolescentes uma das atenções deve se voltar aos temas abordados, explica a especialista em educação infantil Cássia D’Aquino, que em 1996 também criou um programa transversal de finanças para crianças e jovens de 2 a 17 anos. "É um programa prático, mas que paradoxalmente pouco fala de dinheiro porque o que interessa não é ter uma criança que lide bem com a grana, ela não recebe salário. O interessante é preparar as bases para que na vida adulta ela seja capaz de fazer isso", explica Cássia.

No caso de adolescentes, ela diz que seu programa tenta mostrar pessoas admiradas pelos jovens, que sirvam de modelos. "É dado o exemplo do Skank, uma banda de bares em Belo Horizonte que fez uma caderneta de poupança por um ano para conseguir gravar o primeiro disco e então estourar", diz a educadora ao explicar que o projeto tenta provocar atitudes positivas em relação ao dinheiro.

Entre as crianças, a importância está no fato de que é neste período que elas desenvolvem características da personalidade. "O interesse é total porque elas estão no momento de criar raiz. São muito atentas, interessadas e curiosas", diz Cássia.

O resultado prático é visto na maneira de lidar com as finanças. Segundo um estudo do Banco Mundial sobre o projeto piloto da AEF no ensino médio, houve aumento de 1% do nível de poupança dos alunos participantes. "Parece um número pequeno, mas é significativo porque mostra que o jovem tomou alguma atitude", afirma Silvia.

Acesso ao conteúdo

Pais e mestres interessados podem ter acesso aos materiais dos programas. No caso do projeto de Cássia D’Aquino, há 15 anos o conteúdo foi transformado na coleção Educação Financeira, com quatro livros. Há situações, exemplos e informações que podem ser usadas nas salas de aula.

O material do programa da AEF está disponível gratuitamente na internet, inclusive os livros dos professores. Até fevereiro, 2.175 pessoas já haviam feito o cadastro. Além de escolas, estudantes e pais acessaram os livros. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A Escola Silva Jardim recebeu, na manhã desta quarta-feira (10), da SAPIENS – Centro de Formação e Pesquisa 10 kits de robótica e dois tapetes de competição. A doação beneficiará os quase 50 alunos do ensino médio da instituição, que é referência no ensino de robótica. A cerimônia de entrega foi feita pelos responsáveis pelo projeto e alunos.

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O projeto de robótica criado em 2008, tem como objetivo preparar e dar uma visão diferente do mercado de trabalho, é como diz a gestora do colégio Flávia Lira. “Nós desde o início tínhamos como foco criar oportunidades para nossos alunos. Hoje, temos a oportunidade de participar de feiras nacionais e internacionais, isso é maravilhoso”, declara. 

Para o coordenador do projeto e professor José Alberto Sales, doações como essas mostram que eles estão seguindo na direção correta. “Estamos gratos e felizes pelo que alcançamos. É um privilégio para mim ensinar a esses jovens, e isso é um incentivo para que esses meninos consigam chegar onde quiserem profissionalmente”, revela Sales.

As doações feitas pela SAPIENS são para estimular e equipar a escola que faz seus projetos com produtos encontrados no lixo. “Quando soube desse projeto e da paixão que Alberto coloca, tive certeza de que é nesse tipo de ensino que queria investir”, revela o diretor Márcio Gomes.

Outra empresa que apoia o projeto do professor é a Robolivre.org, plataforma criada em 2005 por alunos do Instituto Federal de Pernambuco, que investe em projetos de robótica em vários estados. “Queremos quebrar um ciclo vicioso. Temos pouca gente trabalhando com robótica, então vamos expandir cada vez mais esse tipo de oportunidade”, afirma o idealizados Henrique Firesti.

Com os olhos fixos na entrega dos matérias os alunos se mostraram felizes com a nova fase de criação é como conta a estudante Gabriela Martins. “É muito legal ver esse reconhecimento. Foi um passo muito grande para a escola e para nós alunos que participamos desse projeto”. Gabriela revela que foi através da robótica que teve a oportunidade de fazer intercâmbio para os Estados Unidos. “Sempre quis mas não tenho condições e quando o professor viu essa chance nos fez estudar ainda mais e 10 alunos foram selecionados”, afirma.

A escola possui 480 estudantes, desses 45 são voluntários nas atividades oferecidas pela instituição. Participam das aulas de robótica jovens com idades entre 13 e 17 anos. A instituição fica localizada na Praça do Monteiro, Zona Norte do Recife.

De 16 a 18 deste mês, será realizada, no Cinema São Luiz, a III Mostra Competitiva do projeto cineCabeça. As inscrições para participar do evento estão abertas até o próximo dia 10, apenas estudantes da Rede Estadual de Ensino de Pernambuco.

A mostra será disputada em três categorias. O projeto é uma parceria entre a Secretaria de Educação e Esportes do Estado (SEE) com o Programa CinEscola e a organização não-governamental Centro de Atitudes. A ação pretende divulgar filmes e curtas produzidos por alunos de escolas públicas.

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Para se inscrever, os estudantes deverão enviar uma cópia do filme produzido, em DVD, para a Rua Gervásio Fioravante, 120, sala 501, no bairro das Graças, Zona Norte do Recife. Os arquivos devem ser mandados nos formados de vídeo avi, mp4, mov (h264), e entregues até as 18h. Além disso, devem ser enviadas as fichas de inscrições.

As categorias que serão disputadas são as modalidades de ficção e documentário, categoria Livre e curtas-metragens de até 5 minutos. A comissão julgadora vai eleger 10 filmes de cada categoria para serem exibidos. Os vencedores ganharão como prêmios câmeras cybershots, computadores e filmadores handycam HD.

Também serão premiados os melhores projetos nas categorias direção, roteiro, fotografia, ator e atriz. Mais informações podem ser conseguidas nos seguintes links: regulamento e formulário técnico.

Cinquenta crianças da rede municipal de ensino do Rio receberam na última quarta-feira (2) da secretária municipal de Educação, Helena Bomeny, certificados de proficiência em inglês da Universidade de Cambridge, da Inglaterra. Segundo a secretária, o Programa Criança Global foi criado para cada vez mais qualificar alunos das escolas municipais. “Os estudantes fizeram a prova e passaram. Eles obtiveram o primeiro diploma e passarão por outros exames até receber o certificado geral de Cambridge.”

A entrega dos certificados da Universidade de Cambridge faz parte do programa que tem como objetivo universalizar e intensificar o ensino de inglês na rede pública. De acordo com a Prefeitura, os alunos do 1° ao 3º anos do ensino fundamental têm uma aula semanal do idioma, enquanto os estudantes do 4º ao 9° anos têm dois tempos semanais, com ênfase na comunicação oral.

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Segundo a secretária, isso é motivo de muito orgulho. “O interessante é que, quando abrimos o concurso, exigimos prova oral dos professores para que pudessem dar aula. As maiores notas dos alunos foram justamente nessa área. As crianças estão realmente falando a língua inglesa”, afirmou.

Serão contemplados 1.138 estudantes do 5°e 6° anos, dos inásios Experimental Olímpico Juan Antonio Samaranch, Felix Mielli Venerando e de outras escolas municipais. A avaliação foi dividida em duas fases: provas oral e escrita, para verificar os níveis de conhecimento das crianças na língua inglesa.

O aluno Miguel Ângelo Costa Cabral, de 12 anos, explicou a razão que motivou sua preparação para a prova. “Desde que era mais novo, gostava de assistir a uma série  científica pela TV britânica, Doctor Who e queria conhecer os atores. A importância do inglês, para mim, é ter um conhecimento a mais, evoluir. Isso não é importante somente para mim, mas para todo mundo, porque muitas pessoas têm essa paixão que  tenho pelo inglês..”

A dona de casa Andreia Francisca dos Santos, de 40 anos, disse que o filho, de dez anos, já demonstrava interesse em aprender inglês por meio de jogos e ao assistir a filmes pela  televisão. “Em casa, o que ele não sabe procura no tradutor, usando a internet. É um incentivo para ele. Acredito que, com o certificado, ele vai se dedicar, se empenhar mais, até fazer um cursinho de inglês daqui por diante.”

A secretária Helena Bomeny disse que o ensino bilíngue foi implantado em quatro escolas, localizadas no Complexo do Alemão, na Pavuna, em Jacarepaguá e em Campo Grande, com o objetivo de introduzir metodologias e práticas de ensino da educação infantil até o 6° ano. A estimativa é implantar até 2016 em outras seis comunidades.

A coordenadora do Programa Criança Global no Complexo do Alemão, Glaucia Moraes, que nasceu na região, disse que vários eventos foram feitos para motivar os alunos a usar o inglês na maior parte do tempo. “Tivemos peça teatral, como Romeu e Julieta em homenagem aos 450 anos do poeta e dramaturgo inglês William Shakespeare, e torneios de futsal bilíngue, para soletrar as palavras em inglês."

Para Glaucia, é importante que esses alunos tenham as mesmas oportunidades que ela teve, independente de ter nascido em uma comunidade. "Temos uma escola bilíngue com uma equipe de professores  competentes, que busca a formação continuada e procura se atualizar, conseguindo agregar conhecimento e qualidade para alunos da escola pública”, afirmou.

A partir da próxima quarta-feira (19), tem início o período de matrículas para o ano letivo de 2015 das escolas estaduais de Pernambuco. Alunos novatos, vindos de escolas particulares, transferidos de outros estados ou que estão retornando aos estudos têm direito às 193.099 vagas, oferecidas para escolas integrais, semi-integrais e regulares. O anúncio foi feito na manhã desta terça (18), durante coletiva de imprensa da Secretaria de Educação. 

Até o dia 17 de dezembro, a matrícula poderá ser feita apenas pela internet. Para se inscrever, é preciso acessar o site da Secretaria de Educação e Esportes (SEE), no endereço www.educacao.pe.gov.br. A partir do dia 20 até 30 de dezembro, as matrículas poderão ser feitas apenas pelo telefone 0800 286 0086, das 7h às 21h.  

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Somente na Região Metropolitana do Recife (RMR), as escolas terão 77.953 vagas. No interior do Estado, serão 115.146 vagas em 1.049 instituições. Alunos vindos da rede municipal e os que já frequentam escolas estaduais têm renovação automática de matrícula. Em caso de mudança de unidade de ensino, os alunos terão que apresentar certidão de nascimento, comprovante de escolaridade, cartão de vacinação (para alunos do ensino fundamental) e comprovante de residência com CEP durante a efetivação da vaga. 

A efetivação das matrículas será feita apenas no próximo ano. O prazo para alunos da Rede Municipal ou para os estudantes transferidos para a Rede Estadual é de 12 a 16 de janeiro. Já para os alunos novatos ou provenientes de outras redes de ensino, o período para efetivação da matrícula vai de 19 a 23 de janeiro. 

Segundo o secretário de Educação, Ricardo Dantas, ainda há previsão de que várias escolas sejam inauguradas em 2015. “Temos escolas que funcionam em todos os turnos. A gente tem qualificado as escolas estaduais e teremos várias unidades de ensino inauguradas no ano que vem. Também iremos inaugurar 13 novas escolas técnicas em 2015”, afirma. O secretário ainda falou que há previsão de manter o mesmo número de bolsas do programa de intercâmbio Ganhe o Mundo. 

*Com informações de Nathan Santos

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) realizará, no período de 17 a 28 de novembro, testes em escolas públicas. O objetivo é saber como anda a alfabetização dos estudantes. Escolas com no mínico dez alunos matriculados no terceiro ano do fundamental vão participar da Avaliação Nacional da Alfabetização (Ana). Serão feitos testes de leitura, escrita e matemática. Os resultados finais serão divulgados pelo instituto em agosto do próximo ano.

Crianças com deficiências, transtornos globais ou específicos do desenvolvimento, síndromes ou outras necessidades de atendimento especial, vão participar da avaliação e terão tempo adicional para responder as perguntas. A avaliação faz parte do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb). A iniciativa é destinada a melhorar a qualidade do ensino e elaborar políticas de alfabetização.

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Desta segunda-feira (13) até a sexta (17), o Centro Universitário Maurício de Nassau (UNINASSAU) realiza a VII Mostra Campus. O evento tem o propósito de apresentar e facilitar a escolha das profissões aos estudantes do ensino médio das redes públicas e particulares da Região Metropolitana do Recife (RMR). Serão promovidos testes vocacionais, orientações de carreira e atividades lúdicas e educativas.   

Cerca de 50 estandes devem apresentar as graduações e como os candidatos podem solicitar programas como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), o ensino a distância (EAD) e os cursos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). As visitas serão guiadas por estudantes, professores e monitores da faculdade. A entrada é gratuita, mas para quem não pertence a um dos colégios cadastrados as inscrições podem ser feitas na secretaria montada no evento. Recém-formados do ensino médio também podem participar.

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O pró-reitor do centro acadêmico, André Luis Silva, declara que a iniciativa é importante para os estudantes que estão às vésperas de ingressar em uma faculdade. “Os alunos do ensino médio logo irão escolher um curso superior. Com o Mostra Campus, eles têm a oportunidade de conhecer de perto a prática de cada profissão. Durante o evento, eles ainda podem conversar com os universitários e professores de cada área, desde cursos de Saúde como Medicina e Enfermagem a graduações de Ciências Exatas e Humanas como Engenharia e Direito”, afirma.

A expectativa da organização é de receber mais de 12 mil estudantes nesta edição. Cerca de quase 2,5 mil pessoas por dia. A programação vai ser feita durante os turnos da manhã e da tarde, no Bloco A da instituição, que fica na Rua Guilherme Pinto, 114, Graças. Mais informações pelo telefone (81) 3413-4611.

O número de estudantes matriculados em cursos de graduação no Brasil cresceu 3,8% de 2012 para 2013. No ano passado, as matrículas superaram 7,3 milhões. A rede privada concentra o maior número de alunos, com quase 5,4 milhões de inscritos. Na rede pública, há cerca de 1,9 milhão de estudantes. Os dados são do Censo da Educação Superior 2013, divulgado nesta terça-feira (9) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

O crescimento do número de matriculados na graduação foi inferior ao registrado nos censos anteriores. De 2011 para 2012, o crescimento ficou em 4,4% e, de 2010 para 2011, em 5,6%.  No ano passado, ingressanram no ensino superior cerca de 2,7 milhões de estudantes. A matrícula na graduação cresceu mais na rede privada (4,5%) do que na rede pública (1,9%) – o censo anterior registrou maior crescimento nas instituições públicas-. Neste censo, a rede privada participa com mais de 80% no número de ingressantes em cursos de educação superior de graduação. Quase 1 milhão de estudantes concluíram a educação superior no ano passado.

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Administração é o curso com o maior número de matriculados no país (800.114), seguido por direito (769.889), pedagogia (614.835), ciências contábeis (328.031) e engenharia civil (257.268). Os dez maiores cursos em número de matrículas concentram mais da metade da rede de educação superior no Brasil.

As universidades são minoria entre as instituições de educação superior – são 195, que equivalem a 8,2% do total das instituições de educação superior. As faculdades predominam, são 84,3%. Apesar de o número ser menor, as universidades concentram 53,4% das matrículas em cursos de graduação e 29,2% estão nas faculdades.

As matrículas de pessoas com deficiência cresceram cerca de 50% nos últimos quatro anos. Em 2013, eram 30 mil alunos e, em 2010, 19 mil. A maioria dos estudantes está em cursos de graduação presencial (23 mil).

Levando em conta a educação superior sequencial e a pós-graduação stricto sensu, o número de matriculados no ensino superior no país chega a 7,5 milhões. O Censo da Educação Superior, realizado anualmente pelo Inep, engloba as redes pública e privada de educação superior.

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