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Sem aulas desde março, por causa da pandemia do novo coronavírus, os 460 mil estudantes da rede pública do Distrito Federal retomam nesta segunda-feira (22) o ano letivo por meio de aulas online. A Secretaria de Educação fixou prazo de uma semana para que alunos e responsáveis possam tirar dúvidas e se ambientar à plataforma que será utilizada para a aulas. Para a retomada do ano letivo, além de web aulas, os alunos que não têm como acompanhar o ensino remoto poderão receber teleaulas e apostilas impressas, entregues pela escola.

A partir do próximo dia 29, a frequência será obrigatória. Durante esse período os alunos da rede pública não terão provas, como as aplicadas presencialmente em sala de aula. As avaliações serão feitas por meio de atividades e tarefas aplicadas pelos professores. O acesso à plataforma é intuitivo e há um passo a passo na página inicial sobre como entrar nas turmas virtuais e como funcionarão as teleaulas. O login será feito a partir de um e-mail com final @estudante. Para isso, será necessário ter o código de aluno, disponível no boletim escolar, e gerar uma senha.

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Aulas

Nas aulas para crianças até cinco anos, o acesso será destinado aos pais. Durante uma hora por dia, esses alunos terão atividades mais lúdicas e conteúdo adequado para cada ano/série. Segundo a Secretaria de Educação, mais de 23 mil famílias terão de se adaptar ao novo modelo.

Os estudantes do 6º ao 9º ano do fundamental e do ensino médio serão integrados à rede com aulas e atividades para reforço da aprendizagem. Todos os 50 mil estudantes e professores dos 17 centros interescolares de Línguas (CILs) também estão com acesso ao sistema para seguir o conteúdo programático.

Dados

Quem tem celular ou computador, mesmo sem acesso à internet, poderá ver o conteúdo, sem gasto de dados de navegação. O custo será bancado pela Secretaria de Educação. “A família tem papel importante de ajudar a organizar esse tempo dentro de casa. Esta é uma nova forma de estudo e, para funcionar, é necessário o esforço de toda a comunidade”, ressalta o coordenador do Programa Escola em Casa DF, David Nogueira.

Calendário

A previsão é de que o ano letivo de 2020 termine no dia 28 de janeiro de 2021. A semana de 29 de janeiro de 2021será destinada para a recuperação de aprendizagem dos alunos. O calendário escolar, definido pela Secretaria de Educação, prevê recesso de sete dias no fim do ano, durante as festividades de Natal e Ano-Novo. Haverá ainda uma semana, em setembro, para planejamento pedagógico.

Resistência

O Sindicato dos Professores ndDistrito Federal (Sinpro-DF) é contra a proposta. De acordo com a entidade, a volta às aulas por meio remoto ignora e exclui mais de 100 mil alunos sem acesso aos meio tecnológicos adequados. “É uma total exclusão desses alunos. As atividades impressas para os estudantes excluídos não vão garantir a aprendizagem deles. O que vai acontecer é a disseminação do novo coronavírus, com esse vai e vem de papéis”, defende o sindicato.

As aulas em formato de Ensino à Distância  (EaD) dos alunos da Rede de Ensino do Recife começaram nesta segunda-feira (8). As primeiras dez turmas do 9º ano iniciam as aulas remotas por meio de uma plataforma virtual, mas nem todo mundo tem as ferramentas necessárias para conseguir acessar o sistema. Buscando acelerar a inserção dos alunos neste novo modelo, a Prefeitura do Recife (PCR) lançou uma campanha para arrecadar smartphones para os estudantes.

De acordo com a PCR, "Para que as aulas remotas aconteçam, os alunos precisam ter acesso a um aparelho celular com especificações mínimas, que suporte o funcionamento da plataforma, e pacote de dados". Para garantir que isso aconteça foi lançado o Escola do Futuro em Casa, que tenta estimular a doação smartphones através do programa Quero Impactar ou na própria Secretaria de Educação. 

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Com os telefones em mãos, a Secretaria instala a plataforma EaD nos aparelhos e disponibiliza um chip com pacote de dados para que os estudantes possam assistir às aulas. O objetivo é beneficiar todos os 12.500 alunos que compõem os chamados "anos finais" (do 6º ao 9º ano), mas a meta inicial são os 2.500 matriculados do 9º ano.

As "vagas" são preenchidas em ordem de séries decrescente. Conforme os celulares forem sendo arrecadados, as turmas são formadas para iniciarem as aulas. Até o momento, foram arrecadados equipamentos para atender cerca de 20% das escolas do 9º ano. As doações podem ser realizadas tanto por pessoas físicas como jurídicas, sendo celulares novos ou usados para os alunos que não possuem condições financeiras de ter o equipamento. 

Como vai funcionar

Os alunos que já receberam os celulares estão participando de encontros online de ambientação e acolhimento. Na prática, os estudantes do ensino regular terão três interações diárias com os professores, com intervalo de 30 minutos entre elas e os das escolas integrais terão quatro interações diárias, com o mesmo intervalo de tempo. Todos no horário do turno em que estão matriculados. 

De acordo com a prefeitura, o Plano de Estudo online irá compor a carga horária, que será monitorada por meio da plataforma. A aprendizagem será avaliada pela Atividade Semanal Digital, o livro didático de atividades que será entregue preenchido no retorno das aulas, além da avaliação que cada professor fará em sala de aula. 

Especificações para doação

Os celulares precisam ter especificações técnicas mínimas para que a plataforma EaD funcione adequadamente. As características mínimas são: processador de 1,5 GHz, Quad-Core, 2GB de RAM, 16GB de armazenamento, display de pelo menos 5 polegadas, conectividade 4G e sistema operacional compatível com Android 9.0 ou superior. 

Além do site (https://queroimpactar.com.br/projeto/programa-escola-do-futuro-em-casa/), as pessoas podem doar os aparelhos na própria Secretaria de Educação, que fica no 4º andar do edifício sede da Prefeitura, na Avenida Cais do Apolo, Bairro do Recife, das 10h às 17h. Ou podem ainda solicitar transporte para buscar o equipamento, por meio dos telefones (81) 3355.9133, (81) 9.9299.9892 ou pelo e-mail doacao@educ.rec.br.

A diretora do centro de políticas públicas da FGV, Claudia Costin, diz que vê esforços das redes públicas do País para a educação a distância durante a pandemia, mas que as dificuldades são bem maiores do que nas escolas particulares. "Há uma complexidade tremenda de logística porque são milhões de alunos, há leis que não deixam as coisas muito ágeis", afirma Claudia.

De qualquer forma, ela complementa que as estratégias criadas pelas redes são para tentar diminuir a desigualdade, que vai aumentar de qualquer jeito. "As soluções não são para garantir a aprendizagem, são para mitigar danos", afirma Claudia.

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O secretário municipal de Educação de São Paulo, Bruno Caetano, reconhece que o maior esforço deve ser feito na volta às aulas. "A gente sabe que o mais importante vai ser na hora em que pudermos receber as crianças de volta na escola, para recuperar o tempo perdido", diz. "É impossível substituir o ambiente de sala de aula", acrescenta.

Ele diz que a secretaria fez um mutirão para atualizar os endereços das famílias e poder enviar o material de estudo remoto. O que ainda não chegou às casas vai ser direcionado às escolas para ser buscado pelas famílias. Segundo a Prefeitura, foram impressos 1 milhão de livros e cerca de 780 mil já foram enviados pelos Correios.

O secretário estadual de Educação, Rossieli Soares, afirma que, na volta às aulas, além do diagnóstico do que os alunos aprenderam, será preciso fazer "a maior busca ativa da história de São Paulo" para que não aumente muito a evasão. Sobre as críticas, diz que a plataforma do Estado está sendo aprimorada.

Mesmo planejando como será a volta às aulas, nenhum dos dois secretários tem previsão de quando isso vai acontecer. "Queremos voltar, estamos fazendo protocolos de aulas com revezamento de alunos, para não haver aglomeração, mas a data será ditada pela Saúde", afirma Rossieli. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em escolas públicas de todo o país, a falta de estrutura para a oferta de aulas online é uma preocupação de gestores educacionais. Em nota, a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) sugere que, caso as atividades a distância sejam adotadas, em um primeiro momento elas sejam complementares e não substituam ainda, no calendário escolar, as aulas presenciais.   

No Brasil, há suspensão de aulas em todos os estados. Milhares de estudantes e professores estão em casa para evitar a propagação do novo coronavírus, vírus causador da doença covid-19. Nesse contexto, as aulas online surgem como alternativa para que os estudantes não percam o ritmo de estudos no período de isolamento social. 

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Ainda não há uma orientação nacional sobre como as escolas podem proceder neste momento. Os Conselhos de Educação do Distrito Federal e do estado de São Paulo, por exemplo, se adiantaram e definiram regras para essa oferta. A Undime, para evitar que os estudantes recebam diferentes formações em todo o país, defende uma orientação única. 

“A falta de unicidade na tomada de decisões além de poder aumentar as desigualdades, pode gerar a instituição de diferentes formas de funcionamento de unidades de ensino dentro de uma mesma rede, que passaria a ter vários calendários, dificultando a gestão da rede e as ações de formação, acompanhamento e avaliação de suas unidades”, diz em nota.  

Fase de avaliação

A Undime defende que, em um primeiro momento, as aulas online sejam apenas complementares. Essa primeira fase deve ser monitorada e avaliada, por meio de indicadores, para verificar se de fato os estudantes tiveram acesso às aulas e se elas foram eficazes para o aprendizado. Então, dependendo dos resultados, as aulas passariam a contar oficialmente no calendário, ou não. 

De acordo com os gestores municipais, esses cuidados são necessários, entre outros motivos, porque nem todos os municípios possuem estrutura de tecnologia para oferta de educação a distância (EaD), nem todas as famílias possuem recursos para garantir a participação dos filhos nessas aulas e nem todos os professores têm a formação adequada para dar aulas nessa modalidade. 

Por lei, as escolas devem cumprir um calendário no ano de 200 dias letivos. Em nota, divulgada nessa quarta-feira (25), o Ministério da Educação (MEC) diz que conjuntamente com estados e municípios, “ainda estuda como flexibilizar o ensino no momento em que a maioria das escolas está sem aulas, o que inclui ainda a carga horária máxima de ensino a distância que as escolas públicas poderão utilizar”.

Opções de ensino

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), até 2017, cerca de 75% dos lares brasileiros contavam com acesso a internet. Na área urbana, esse percentual é de cerca de 80% e, na rural, é menor, cerca de 40%. A principal forma de acesso é pelo celular. Em todo o país, 97% das pessoas acessavam a internet pelo celular, enquanto 57%, por computador.  

“Trabalhar com educação a distância vai pedir criatividade e o uso de exercícios que possam ser feitos por computadores, celulares. A TV aberta também vai ser grande aliada nesse momento”, diz a coordenadora de implementação regional do Itaú Social, Claudia Petri. 

Segundo ela, para que o ensino a distância funcione, uma dica é as escolas seguirem com as reuniões de professores, mesmo virtualmente. É importante que coordenadores orientem os professores e que os próprios professores que lecionam para anos e disciplinas semelhantes troquem experiências e pensem em atividades para os alunos e para as famílias desenvolverem com os alunos. “Todas as redes de ensino têm um horário coletivo semanal, importante que isso permaneça, que se crie um grupo por WhatsApp, ou outra rede coletiva”. 

As famílias, de acordo com Claudia podem também, na medida do possível, criar rotinas para as crianças e jovens em casa, para que eles permaneçam estudando, sejam por dispositivos eletrônicos, por livros ou exercícios.

Estados e municípios

Para ajudar as escolas públicas, a Undime e o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), que representam os dirigentes municipais e os secretários estaduais de educação, respectivamente, criaram um grupo de trabalho para apoiar o planejamento das redes de ensino na oferta emergencial de atividades educativas complementares. 

O objetivo, de acordo com as entidades, é elaborar e oferecer, gratuitamente, metodologias e materiais práticos para uso das Secretarias de Educação, que considerem as especificidades e a realidade de cada lugar. Até esta quinta-feira (26), eles coletam dados das redes por meio de uma pesquisa online.  

No Brasil, há suspensão de aulas em todos os estados. Os gestores educacionais, em nota pública, defendem a manutenção da suspensão das aulas. “Precisamos garantir o direito à vida, para termos um processo educativo com vidas saudáveis no futuro”, diz o documento. 

A medida não é exclusiva do Brasil, no mundo, de acordo com os últimos dados da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), que monitora os impactos da pandemia na educação, 156 países determinaram o fechamento de escolas e universidades, afetando 1,4 bilhão de crianças e jovens, o que corresponde a 82,5% de todos os estudantes no mundo. 

Pesquisa inédita realizada pelo Instituto Locomotiva e pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) revela que 54% dos professores já sofreram algum tipo de violência nas escolas. Em 2017, o percentual era 51% e, em 2014, 44%. Entre os estudantes, 37% declararam ter sofrido  violência (em 2014 eram 38%, e 2017, 39%).

A presidente do sindicato e deputada estadual professora Bebel [Maria Izabel Azevedo Noronha] analisa os dados com preocupação. "Os números demonstram que o estado não tem uma política para prevenir e reduzir o índice de violência nas escolas paulistas. É necessário que a Secretaria da Educação tome medidas para que este assunto seja debatido nas escolas. A violência não será resolvida simplesmente com medidas repressivas" disse. A pesquisa foi divulgada hoje (18) na Casa do Professor, em São Paulo.

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Em 2019, 81% dos estudantes e 90% dos professores souberam de casos de violência em suas escolas estaduais no último ano. Ocorrências mais frequentes de violência nas escolas estaduais envolveram bullying, agressão verbal, agressão física e vandalismo.

Entre os estudantes, há mais casos de bullying, citados por 62% deles e, entre os professores, as ocorrências mais frequentes são de agressão verbal, citada por 83% dos docentes. "O bullying é o ponto de partida para diversas violências", disse a presidente do sindicato.

Para o presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles, a violência, em todas as suas manifestações, frustra a vocação escolar. "É preocupante verificar a quantidade de professores e estudantes relatando episódios de discriminação, indicando que talvez ainda não estejamos sabendo lidar adequadamente com esse tema dentro das escolas. Quando o estado não consegue garantir paz nas escolas, nós temos um problema", afirmou.

Outro ponto da pesquisa mostra que 95% da população de SP, 98% dos estudantes e 99% dos professores afirmam que o governo estadual deveria dar mais condições de segurança às escolas.

Opinião semelhante tem a população do país: 93% dos brasileiros acreditam que o governo estadual deveria dar mais condições de segurança as escolas, revelou o estudo.

A percepção da violência pelos professores aumentou nos últimos anos: 71% dos estudantes e 71% dos professores perceberam o aumento este ano. Em 2017, a percepção era de 72% para os estudantes e 61% para os professores. Em 2014, a taxa era menor: 70% e 57% respectivamente.

Entre a população, a grande maioria (77%) soube de algum caso recente de violência em escolas públicas. No estado de São Paulo, essa percepção atinge 79% da população. "A violência passa a fazer parte do território da aprendizagem, é essa a realidade das escolas", lamentou Meirelles.

Campanhas de prevenção

Quanto às campanhas de prevenção contra a violência nas escolas, em 2019, 57% dos estudantes disseram que a escola já fez campanha contra a violência. Em 2017 esse índice era de 78%. Entre os professores, 83% afirmam ter havido campanhas contra 84% em 2017.

Ainda segundo a pesquisa, aumentou o percentual de alunos que declararam que as escolas promovem campanhas contra discriminação e preconceito: 67% dos estudantes afirmaram que a escola realiza campanhas e conversas contra o preconceito.

Em 2017, esse índice era de 36%. Já 84% dos professores dizem que há campanhas. Em 2017, o índice era de 82%.

A pesquisa mostrou, também, que 86% da população de São Paulo, 88% dos estudantes e 92% dos professores concordam que na escola deve ser possível conversar sobre todos os assuntos.

Mas, apesar de desejarem um espaço escolar livre para a reflexão e o debate de ideias, a pesquisou indicou que, entre estudantes e professores, um terço disse que já se sentiu constrangido ao expor alguma ideia.

Crise e cortes na educação

Para a população, saúde e educação são áreas que deveriam ser poupadas de cortes mesmo em períodos de crise. Para 45% dos entrevistados, a saúde vem em primeiro lugar e não deveria sofrer cortes. Em seguida, figuram educação, criminalidade, violência e geração de empregos.

Para professores e alunos, educação e saúde também devem ser as áreas mais protegidas de cortes em períodos de crise, mas ambos citam que a educação deve vir em primeiro lugar.

Entre os estudantes, 47% citam a educação em primeiro lugar e, entre os professores, 74% querem ver a educação em primeiro lugar. E 84% da população acreditam que economizar com educação compromete o futuro do país, disseram os entrevistados.

A pesquisa revelou ainda que 22% dos estudantes e 7% dos professores consideram o salário do professor de escola pública ótimo ou bom. Para 80% da população do estado de São Paulo, 82% dos estudantes e 97% dos professores os docentes são menos valorizados pelo governo do que deveriam.

Outro dado mostrou que 76% da população do estado, 79% dos estudantes e 97% dos professores acreditam que os professores no Brasil ganham menos do que deveriam.

O levantamento - realizado entre 5 de setembro e 1º de outubro - ouviu 1.516 pessoas com mais de 18 anos em 13 regiões metropolitanas; mil estudantes da rede estadual de ensino com mais de 14 anos; e 701 professores da rede pública.

A meta é monitorar a percepção da população e da comunidade escolar sobre qualidade da educação, segurança nas escolas e outros temas relevantes para a educação pública.

Pela primeira vez na história brasileira, o número de vagas oferecidas para o ingresso no Ensino Superior à Distância (EAD) supera as da modalidade presencial. Avaliação foi feita pelo Ministério da Educação (MEC), nesta quinta-feira (19), durante a coletiva de imprensa para a apresentação dos dados do Censo da Educação Superior 2018, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Do total das 13,5 milhões de vagas, 7,1 milhões são referentes às vagas EAD.

As instituições da rede privada de ensino superior concentram a maior quantidade de vagas EAD, que somam no total 5.737.142, enquanto nas universidades públicas, o número é menor, totalizando 108.801. De acordo com o Diretor de Estatísticas Educacionais, Carlos Eduardo Moreno Sampaio, essa diferença no número de vagas se dá pela própria estrutura das rede privada. A rede privada de ensino superior também detém a maior parte das universidades que oferecem cursos EAD, com 244 instituições. Na rede pública, 99 universidades ofertam cursos na mesma modalidade. 

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Esse aumento é classificado pelo diretor como um fenômeno na educação superior brasileira, visto que no geral, a modalidade EAD avaçou em 50,7% só no ano de 2018.

No que se refere ao número de ingressos, os cursos de graduação a distância cresceu 40% no último ano, com maior concentração nos cursos de bacharelado. Nos cursos presenciais houve uma queda de 13% nos últimos cinco anos.

Vaga remanescentes

O número de vagas remanescentes, que são as vagas que não foram preenchidas pelos alunos aprovados nas instituições, o Censo da Educação Superior mostrou que as instituições públicas são as que mais preenche vagas com 30,6%, mas no que diz respeito as vagas remanescentes os números são bem inferiores, representando 11,3. Refere-se a rede pública, as universidades federais, estaduais e municipais. 

A superlotação e a estrutura das maternidades da Região Metropolitana do Recife (RMR) acentuam a realidade desumana vivenciada pelas gestantes que recorrem aos serviços da rede pública. Os relatos de violência obstétrica - física e psicológica - se assemelham. Expressões como "me trataram feito bicho" ou "fui humilhada" são repetidas com amargura por mulheres que passaram por essa experiência em meio à desorientação. O LeiaJá conversou com mães que foram agredidas e suportaram uma das principais violências contra a mulher: perder o direito natural de ter um filho com liberdade.

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Em meio ao alto risco de infecção, a cultura da violência obstétrica é sustentada entre o sonho de ser mãe e o medo de morrer junto ao filho. Mulheres contam que saíram da maternidade com a dignidade despedaçada por profissionais de saúde, e hoje, recusam a ideia de ser mãe novamente. No dia a dia, sua determinação já é posta à prova. Na maternidade, ela torna-se a única companheira. 

“Volte para casa. Tudo está normal”  

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A dilatação do colo do útero e a sincronia das contrações avisavam que Ellem Cardoso, mãe de duas crianças, teria o seu terceiro filho. Tida como uma gestação de baixo risco, no dia 28 de dezembro de 2018, com 34 semanas, ela decidiu buscar apoio no Hospital Agamenon Magalhães, no bairro de Casa Amarela. Na consulta, a mãe de 24 anos expôs preocupação ao enfermeiro, devido à posição pélvica do feto, como resposta, recebeu analgésicos e o pedido que retornasse para casa. Afinal, tudo caminhava bem.

No dia 3 de janeiro de 2019, na 35ª semana da gestação, Ellem procurou a Maternidade Professor Barros Lima, situada no bairro de Casa Amarela, após o resultado de um exame de ultrassom, o profissional que a avaliou indicou um "probleminha no líquido (amniótico)", mas recusou-se a explicar as consequências da complicação e mandou que a gestante perguntasse a outro profissional. Em busca de respostas, Ellem viu mães praticamente amontoadas entre os corredores, todos aqueles olhares competiam a atenção dos enfermeiros e suplicavam por apoio emocional. Na triagem, novamente foi-lhe dito que tudo estava normal, acompanhada de uma nova despedida.

"Pode se conformar"

Após uma madrugada insone, sofrendo com as dores do trabalho de parto, já era dia 18 de janeiro, quando Ellem chamou a mãe para seguir, novamente, para a Maternidade Barros Lima. Ela preencheu a ficha de atendimento às 5h30, entretanto, só foi atendida de fato cerca de quatro horas e meia depois, às 10h, junto de uma notícia perturbadora.

Ela ainda não sabia sobre a saúde do filho, quando percebeu a enfermeira vindo em sua direção. Na esperança que fosse encaminhada para um leito ou para a sala de cirurgia, foi-lhe dito da forma mais banal possível que a criança estava morta. "Ele já está morto. Pode se conformar, por que eu não posso fazer nada. Vou saber se tem uma ultrassom para você fazer, se não, vou ter que estourar sua bolsa".

Ela garante que sentia o filho se movimentar no ventre e, até hoje, se opõe ao diagnóstico: "Antes de estourar a bolsa, o menino tava mexendo, e quando eu subi (para a sala de parto), eu ainda senti o pé dele mexendo na minha barriga, minha irmã até viu!", recorda Ellem. A enfermeira repetia, "ele tá mexendo não, tá morto já (sic)", diz a jovem.

Ellem Cardoso é mãe de outros dois meninos de 7 e 3 anos. Em nenhum desses partos, sofreu tanto como no do último. Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens

Inconformada, Ellem seguiu para a sala de parto, enquanto recuperava-se da tragédia. No local, sua bolsa foi rompida à força, pouco antes de ser exposta a um novo revés. “Ele fez cocô dentro da sua barriga e você vai ter ele normal", foram as palavras da enfermeira. A profissional não dava ouvidos para a mãe, que questionava sobre o alto risco de infecção.

"Eu não quero fazer cesárea. Quero que você tenha ele normal e vai ter!", afirmava a médica responsável, relembra Ellem. Após uma experiência invasiva, parturientes relatam que os médicos e enfermeiros sentem-se ‘donos’ e as tratam como objetos, suprimindo sua autonomia. Eles realizam procedimentos e ministram remédios sem que as mães, sequer, tenham o devido conhecimento de qual medicação se trata.

A perda do filho machucava junto com percepção de que o direito sobre o próprio corpo havia sido usurpado. Os únicos diálogos com as enfermeiras, reprimiam violentamente suas lamentações, "não adianta chorar não. Eu não vou trazer a vida dele de volta", conta a mãe. O parto foi induzido.

Fragilizada, Ellem reunia os fragmentos da dignidade para expelir o filho morto e ‘pôr fim’ ao martírio. "Grite não que é pior pra você. Tem que fazer força para botar para fora (sic)", era dito, enquanto feto e placenta eram retirados com agressividade. O uso violento de 'pegadores' deixaram seu útero muito ferido. Ela relembra que a placenta estava toda 'estourada', antes de um novo remédio, acompanhado de outra negativa de explicação, "não posso falar nada não. Depois pergunte lá à doutora", dizia a enfermeira para a parturiente. 

A mulher não tinha ciência das causas que motivaram a morte da criança. Dois dias depois estava livre daquele ambiente repressor.

Dados do Governo de Pernambuco mostram que a mortalidade materna está voltando a crescer no Estado. Especialistas apontam que isso deve-se ao caos da obstetrícia em PE. Imagem Divulgação

Já em casa, foi socorrida com febre alta no dia 23 de janeiro. A princípio, o vizinho a levaria para a própria maternidade, mas Ellem recusou. Não conseguia pisar novamente em um local onde lhe cravou cicatrizes tão profundas. Preferiu voltar ao Hospital Agamenon Magalhães, onde exames despertaram a suspeita de 'resto de parto' da placenta picotada dentro de si. Em cinco dias de internação, além da confirmação da hipótese, ela descobriu que o útero estava infeccionado devido ao contato com as fezes do bebê.

Recuperada com antibióticos, ela segurava atestado de óbito do filho quando percebeu que o tempo de vida do bebê passava dos nove meses. Durante o tempo de acompanhamento médico no Posto de Saúde da Família (PSF), Ellem acreditava que o bebê estava com apenas oito meses, só depois entendeu que os profissionais do pré-natal erraram a contagem. A mãe afirma que um parto cesariano teria salvo a vida do seu filho e evitado tanto sofrimento.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), indica que "é fundamental que todos os partos sejam assistidos por profissionais de saúde qualificados, uma vez que o tratamento oportuno pode fazer a diferença entre a vida e a morte da mãe e do bebê. A infecção após o parto pode ser eliminada se uma boa higiene for praticada e se seus primeiros sinais forem reconhecidos e tratados em tempo oportuno." 

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A incerteza e a mentira

Assumir a responsabilidade da gravidez na adolescência, aumenta o risco de complicações e mortalidade, segundo a OMS. Assim, enquanto essas menores lidam com a instabilidade hormonal e o delicado processo de autoconhecimento, jovens entre 10 e 19 anos sobrecarregam-se psicologicamente e concluem da pior maneira possível que a maternidade não deveria ser romantizada. 

Amanda*, uma adolescente de 16 anos, sofreu para dar à luz a sua primeira filha. Entre desmaios a caminho do trabalho e sangramentos espontâneos, os riscos ao feto aumentavam progressivamente quando a jovem apresentou o quadro de bolsa rota - que é quando a membrana amniótica se rompe sem que a mulher esteja em trabalho de parto. 

Sua gestação era classificada como alto risco, por isso, a adolescente escolheu o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP), no bairro da Boa Vista, área central do Recife, para conceber a filha. 

Era dia 9 de maio, quando a gestante deu entrada na unidade de saúde, lutando pela sobrevivência da criança de 34 semanas. Porém, os profissionais da instituição não reconheceram a mesma urgência. Um exame de ultrassom foi realizado após cinco horas desconfortáveis em uma cadeira, de onde Amanda tentava controlar a dor e via enfermeiras trabalhando a passos lentos.

A permanência prolongada dentro do útero, com pouco fluído, praticamente atestava a morte da bebê. Enquanto esperava por atendimento, o líquido amniótico transcorria pelas pernas de Amanda. Com todas as dificuldades, a cada segundo, mãe e filha tornavam-se mais propensas à infecção.

A mãe acredita que a negligência resultou nas limitações do lado direito do rosto do bebê. Júlio Gomes/ LeiaJá Imagens

A adolescente percebeu que não teria atenção da equipe médica quando o resultado do exame confirmou a baixa. O líquido não parava de sair e a obscuridade das poucas informações obrigaram a adolescente a transitar entre setores, subindo e descendo escadas. Amanda recorda que os profissionais diziam que o líquido devia ser urina, apontando a jovem como mentirosa.

Por nada lhe ser esclarecido, a gestante temia não sair da maternidade com a filha. Além disso, segundo ela, seu prontuário não estava sendo preenchido, aumentando os desacertos e a contradição entre diagnósticos. Quando sentiam interesse, alguns profissionais repassavam informações -totalmente diferentes das que os outros colegas haviam dito. Sem informações, Amanda recorria à internet na tentativa de descobrir o que passava.

Ela chorava ao pensar que sua concepção de maternidade acolhedora tinha dado lugar àquele tratamento desumano. O pavor era maximizado em sua cabeça, afinal, trata-se de uma menina de 16 anos, sem experiência outra com a maternidade.

As agressões prosseguiam com os repetitivos exames de toque. "Eu não consegui nem fazer xixi. Eu mal conseguia andar", lembra a parturiente. Por várias vezes, sua intimidade era ferida por cada enfermeiro.

“Quem é pobre não escolhe”

Depois de ter sido mandada para casa e, em seguida, procurado novamente atendimento, a obstetra que atendeu Amanda confirmou o parto e garantiu que seu nome já estava na lista de cirurgias, era dia 11. A partir daí, o tempo tornou-se inversamente proporcional às dores e a ansiedade da jovem.

Às 16h, revisitava as escadarias a caminho da sala de pré-parto. Mas cadê a médica? A criança prematura e pouco líquido na bolsa não impediram que uma troca de plantão encerrasse seu expediente. A obstetra foi embora sem realizar o procedimento ou deixar algum tipo de encaminhamento - e até esclarecimentos para aquela que seria mãe de ‘primeira viagem’.

A jovem não conseguia reivindicar, então, aguardou a mudança de turno e, às 19h, outra equipe declarou que a médica havia errado. A dilatação tratava-se de uma simples “polpa de dilatação”. Ela foi mandada de volta a triagem e as incertezas continuavam lhe deprimindo.

Dois dias depois (13), uma nova promessa: seu parto estava realmente marcado. Por isso, foi instruído que não ingerisse alimentos ou líquidos a partir das 16h. Mais uma visita ao pré-parto, desta vez, com a crença e o devaneio de que seria a última.

Nesta sala, segundo os relatos colhidos pelo LeiaJá, mães são alocadas sem privacidade e é típico vê-las sendo reprimidas pelas enfermeiras. "Na hora de fazer não foi bom?", "se você chorar não vou te atender" ou "deixe de ‘frescura’, pois vai ser pior". São profissionais que pisam na integridade das parturientes, momentos antes do parto. Gritos de dor e os pedidos de ajuda sem resposta fazem com que as próprias mães apoiem-se umas nas outras para suprimir a indiferença da equipe médica através da sororidade. Neste panorama, a jovem era torturada pela fome e sede, porém, aliviada porque sairia daquele ambiente degradante.

Minutos antes do nascimento, Amanda não sabia como seria o parto de sua bebê, mesmo imaginando que seria tratada com rispidez, decidiu perguntar. A resposta veio como imaginou: "Você vai ter ele como eu quiser, isso aqui é SUS. Pobre não tem direito de escolher nada", foi a fala da enfermeira, de acordo com a jovem. Mais uma vez, foi ordenado que voltasse à triagem, desta vez com a revelação de que a UTI não tinha disponibilidade para a recém-nascida, pois todas as incubadoras estavam ocupadas.

A primeira experiência deixou traumas que serão difíceis de esquecer. Júlio Gomes/LeiaJá imagens

Contra o tempo

A mãe de Amanda, que não quer se identificar, já havia registrado denúncia em todos os setores, inclusive na direção geral do hospital. Essa era a única forma ao alcance para salvar a neta e a filha. Sem mobilização da unidade, a saída foi externar as queixas buscando a Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente (GPCA), o conselho tutelar e a imprensa local para divulgar as atrocidades que a adolescente estava sendo submetida. A pressão não surtiu o efeito esperado, mas garantiu que a situação da garota fosse ouvida.

O bebê agonizava dentro do ventre da mãe. Devido à emergência, Amanda seguiu para a sala de cirurgia, dominada por medo e anseio. Alguns detalhes fugiram da sua memória, talvez por autodefesa, mas lembra que estranhou não ter pego a menina no colo. A adolescente só conheceu a pequena no berçário, onde outra médica revelou que "se não tivesse tirado naquele dia, minha filha teria morrido", recorda Amanda emocionada.

A bebê nasceu com aproximadamente 35 semanas e ficou internada para tratar a aceleração cardíaca. O lado direito do seu rosto estava paralisado – Amanda descobriu que, devido à baixa quantidade de líquido na bolsa, a mão direita da menina ressecou repousada em seu rosto. A internação perdurou por quatro dias em uma cadeira, onde aprendeu como cuidar de um bebê de forma empírica. A pequena já vai para seu segundo mês de vida, mas antes do nascimento já batalhava para sobreviver. A mãe tenta apagar o trauma da maternidade e ensinar para a filha que, independente da situação, o respeito à condição humana deve vigorar.

Tais narrativas unem o apelo por humanização nas maternidades públicas de Pernambuco e expõem o tratamento hostil a que parturientes são submetidas diariamente. Mulheres precisam batalhar pela vida de seus filhos, onde direitos fundamentais preconizados pela Organização Mundial da Saúde e Ministério da Saúde são ignorados. Elas, que só esperam atendimento digno, saem dos hospitais deprimidas com a dura realidade. 

O que dizem as maternidades

Diante das denúncias apresentadas no relato de Ellem Cardoso, a Secretaria de Saúde do Recife, responsável pela Maternidade Professor Barros Lima, respondeu a reportagem do LeiaJá em nota. Confira na íntegra:

“Após análise do prontuário dos atendimentos da paciente na Barros Lima, a direção da Maternidade verificou que a mesma deu entrada na unidade no último dia 2 de janeiro, alegando sentir uma diminuição de movimentos fetais. Ela foi examinada, e nada foi constatado. A maternidade a encaminhou para um exame de ultrassonografia obstétrica, realizado no dia seguinte, com resultado normal.

A paciente voltou à Barros Lima na sexta-feira (18), com 4 centímetros de dilatação. Desta vez, não houve escuta fetal. O feto estava morto.

No prontuário que consta na Maternidade há relato de familiares alegando que, no dia 26 de dezembro, durante o pré-natal, a paciente fora diagnosticada com uma infecção urinária. Foi-lhe receitado um antibiótico. Ainda segundo consta no prontuário, a jovem não seguiu o tratamento, com receio pela gravidez. O uso de antibiótico foi reforçado em seu atendimento na Maternidade Barros Lima, no dia 2 de janeiro.

Seguindo todos os protocolos, o caso será encaminhado aos comitês da Secretaria de Saúde para averiguação.”

A assessoria do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP), também emitiu nota em resposta ao caso da adolescente Amanda. Confira na íntegra:

"O IMIP informa que a paciente de 16 anos, grávida, com bolsa rota prematura e 33 semanas de gestação, foi acompanhada na enfermaria de gravidez de risco da Instituição, recebendo, nesse período, toda a orientação e o atendimento necessários. Em razão das condições gestacionais da paciente foi realizado um parto cesárea. A criança nasceu com 2,53kg e recebeu alta, juntamente com a mãe, apresentando boas condições clínicas.

A maternidade do IMIP realiza partos normais em apresentação pélvica, seguindo critérios de elegibilidade, condição clínica da gestante e do feto e de acordo com todos os protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde."

*Nome fictício para evitar exposição da menor

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Os professores da rede pública de ensino poderão se inscrever até o dia 22 de julho para trabalhar do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Os interessados poderão se candidatar pela internet para atuação na Rede Nacional de Certificadores (RNC) do processo seletivo, mantido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Nos dias de aplicação das provas, em 3 e 10 de novembro, os certificadores atuarão como representantes do Inep, conferindo os procedimentos nos locais onde o Enem estiver sendo aplicado. Os docentes serão remunerados conforme o Auxílio Avaliação Educacional (AAE). Para cada domingo de prova são pagos R$ 342, o que corresponde a R$ 28,50 por hora. Para estar apto a trabalhar no Exame, é preciso realizar e ser aprovado em um curso de capacitação a distância, aplicado após a candidatura pelo Inep. 

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Entre os critérios para inscrição, é necessário ser docente da rede estadual ou municipal de ensino, efetivo e registrado no Censo Escolar 2018; ter formação mínima em nível médio; não estar inscrito como participante do Enem 2019; não ter cônjuges/companheiros ou parentes inscritos nesta edição do Exame; e não ter vínculo com as atividades do processo logístico de elaboração, impressão, distribuição, aplicação ou observação da aplicação do Enem, e nem com o processo de correção da redação.

Para mais informações sobre o processo seletivo de docentes para trabalhar no Enem 2019, acesse o edital de chamada pública da seleção.

O Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) divulga em coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira (14) os detalhes do vestibular 2019.2 da instituição. Ao todo, 3,2 mil vagas são disponibilizadas em 63 cursos técnicos e superiores nos 16 campi de ensino no Estado.

As inscrições podem ser feitas entre os dias 14 de maio e 9 de junho pelo site da comissão de vestibulares do IFPE (Cvest). A previsão é de que a prova seja realizada no dia 30 de junho. Neste semestre, uma novidade foi anunciada para a prova: o percentual de vagas destinadas a estudantes da rede pública, que era de 50%, passou para 60%.

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Segundo a reitora da instituição, Anália Keila Rodrigues Ribeiro, o aumento do percentual de vagas para alunos da rede pública se deu por um retrato da realidade brasileira hoje. "Mesmo diante das dificuldades já conhecidas, o aumento do percentual para além de 50% se dá em função dós recentes dados do IBGE", afirmou. 

As inscrições custam R$ 30 para quem vai se candidatar a cursos técnicos e R$ 55 para quem vai se candidatar a vagas para cursos superiores.

A reitora informou, ainda, mais uma novidade para 2019.2: um novo curso superior, de engenharia de software, voltado ao campus de Belo Jardim, no Agreste pernambucano. A escolha da cidade foi feita com intuito de otimizar laboratórios de informática e cursos técnicos de informática que já existem no município.

*Com informações da repórter Francine Nascimento

Mais informações em instantes

O Ministério da Saúde passará a oferecer na rede pública uma nova vacina contra a meningite. De acordo com Carla Domingues, coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI), o Sistema Único de Saúde (SUS) irá disponibilizar o imunizante conjugado que protege contra quatro sorotipos de meningite bacteriana (a mais grave): A, C, W e Y.

Hoje, o sistema público oferece apenas a vacina contra o sorotipo C, indicada para bebês (aos 3 e 5 meses e com reforço aos 12 meses) e adolescentes (dos 11 aos 14 anos). A nova vacina seria indicada, inicialmente, para o grupo dos adolescentes e, em um segundo momento, passaria a ser aplicada também nos bebês, substituindo o imunizante oferecido hoje.

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Embora o sorotipo B seja o segundo mais comum entre as meningites bacterianas no País (perdendo apenas para a C), o ministério avaliou que, epidemiologicamente, seria mais importante incluir a ACWY por causa do aumento da incidência do sorotipo W no mundo e em alguns Estados do Brasil.

"O que a gente está vendo é essa tendência de mudança. A incidência da B continua a mesma e a incidência da W está subindo. Em Santa Catarina, isso já é um fato e já estamos começando a ver em outras localidades", destacou Carla, que disse que Ceará e São Paulo também começam a registrar aumento de infecções causadas pelo sorotipo W.

"Esse já é o sorotipo mais prevalente em países da Europa, no Canadá, na Austrália", completou Marco Aurélio Sáfadi, membro da Comissão Técnica para Revisão dos Calendários Vacinais da SBIm. Ele explica ainda que o aumento dessa cepa em Santa Catarina pode estar relacionado ao grande fluxo de turistas da Argentina, onde esse é um sorotipo mais comum.

Limitação

A decisão governamental esbarra, no entanto, numa limitação da indústria farmacêutica. No primeiro pregão realizado pelo ministério no ano passado para receber propostas de interessados em vender o imunizante, não houve interessados. "O ministério já deu autorização e teremos a verba. Agora só falta laboratório para produzir", explicou ela, em evento da Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm) realizado na manhã desta quarta-feira, 17.

Segundo Carla, a concorrência não atraiu empresas interessadas por causa da dificuldade de atender a demanda de um país populoso como o Brasil. "Os laboratórios não têm capacidade produtiva ainda para fornecer milhões de doses de uma hora para a outra. É um processo de produção complexo", disse.

O fato de o sorotipo W ser o mais prevalente em outros países também faz a demanda pela vacina aumentar no mundo e diminuir a capacidade de os laboratórios produzirem para um novo mercado, afirmou Sáfadi. No Brasil, a vacina ACWY só está disponível por enquanto na rede privada, ao custo de aproximadamente R$ 300 a dose.

Questionado sobre mais detalhes sobre a incorporação da vacina meningo ACWY, a assessoria de imprensa do Ministério da Saúde informou que deverá publicar nos próximos dias o pregão de compra do imunizante, mas negou que ela será incorporada por causa do aumento da incidência de meningite do tipo W. De acordo com a pasta, a ação foi motivada pela redução, no ano passado, da produção e distribuição da meningocócica C pelo único laboratório produtor mundial. "Sendo assim, não se trata de incorporação de nova vacina, mas substituição momentânea", disse o ministério.

Cobertura vacinal

Além da vacina contra o meningococo B, o Ministério da Saúde oferece outros três imunizantes que protegem contra meningite: a pneumocócica, a BCG (que protege contra meningites tuberculosas) e a pentavalente, que inclui proteção contra meningite causasa pela bactéria Haemophilus influenzae sorotipo b. As coberturas vacinais, no entanto, estão abaixo do recomendado (95%).

De acordo com o ministério, a adesão das vacinas em 2018 foi de 79% para a meningocócica C, 82% para a pentavalente e 88% para a pneumocócica. Entre os adolescentes, que têm a indicação da meningo C, a cobertura é de apenas 30%.

No Brasil, são cerca de 16 mil casos de meningite confirmados por ano, 8,6 mil virais, 5,4 mil bacterianas e o restante causado por outros agentes. Embora a maior parte das infecções seja causada por vírus, a bacteriana é a mais letal: 978 pessoas morreram em 2018 pelas formas da doença causadas por bactéria enquanto a patologia viram vitimou 103 pacientes.

Quais vacinas que são oferecidas gratuitamente e que protegem contra a doença?

O Ministério da Saúde oferta quatro imunizantes contra as principais causas de meningite bacteriana, que é a mais grave. São elas:

BCG, que protege contra a meningite turberculosa, com uma dose ao nascer;

Pentavalente, que protege contra as infecções invasivas, entre elas a meningite, causadas pelo Haemophilus influenzae sorotipo b, com doses que devem ser aplicadas aos 2, 4 e 6 meses de vida;

Meningocócica C, que protege contra a doença meningocócica causada pela Neisseria meningitidis sorogrupo C, com doses aos 3 e 5 meses e um reforço aos 12 meses de idade. Os adolescentes de 12 e 13 anos também deve ser vacinados, com dose única que serve também como reforço;

Pneumocócica 10, que protege contra as infecções invasivas, entre elas a meningite, causadas por dez sorotipos do Streptococcus pneumoniae, com doses aos 2 e 4 meses de idade e um reforço aos 12 meses.

Qual meningite é mais perigosa? A viral ou a bacteriana?

A doença causada por bactérias, como a meningite pneumocócica e a meningite meningocócica, costuma se apresentar de forma mais grave, principalmente se causar infecção generalizada. Nesse caso, ela pode levar o paciente à morte em poucas horas. Quando é viral, a evolução é mais leve.

Quais são os sintomas da meningite?

No caso da infecção bacteriana, febre, dor de cabeça e rigidez do pescoço começam de forma súbita. Os pacientes também podem apresentar: mal-estar, náuseas, vômito, aumento da sensibilidade à luz, confusão mental. Em casos mais graves, convulsões, delírio, tremores e coma. Na meningite viral, além desses sintomas, a pessoa também pode ter falta de apetite, irritabilidade, sonolência ou dificuldade para acordar e falta de energia.

O que é a meningocemia?

Também chamada de septicemia meningocócica, é uma infecção causada pela bactéria Neisseria meningitidis na corrente sanguínea, que acaba se espalhando pelo organismo. Os sintomas são: fadiga, mãos e pés frios, calafrios, dores nos músculos, articulações, peito ou região abdominal, respiração acelerada, diarreia e manchas vermelhas pelo corpo.

Como a doença é transmitida?

O tipo bacteriano é transmitido de pessoa para pessoa por gotículas e secreção do nariz e da garganta, mas também há bactérias passadas pelos alimentos. As virais dependem do tipo de vírus. Há casos de contaminação por contato com pessoas e objetos infectados e até por picada de mosquitos, de acordo com o Ministério da Saúde.

Como é feita a prevenção?

Embora a meningite possa ser causada por diferentes agentes infecciosos, é possível evitar os principais tipos por meio da vacinação.

Como a meningite é diagnosticada?

Por meio de exames de sangue e do líquido cerebroespinhal (líquor). A partir da identificação do agente causador da infecção, o médico indica o tratamento adequado. O líquor deve estar límpido e incolor. Quando há infecção, ele fica turvo.

Como é o tratamento para a doença?

Pessoas com a suspeita de meningite sempre são internadas, tendo em vista a gravidade da doença. As meningites bacterianas são tratadas com antibiótico e as virais, com antivirais. De acordo com o fungo detectado em quem tem essa forma da doença, são recomendados antifúngicos. O parasita também deve ser identificado para o tratamento de quem tem a meningite causada por parasita, que inclui medicamentos para dor de cabeça e febre - esses sintomas podem ser fortes.

Estudantes da rede pública receberão livros de literatura em 2019, além do material didático, de acordo com o novo formato do Programa Nacional do Livro e do Material Didático Literário (PNLD). A escolha das obras pelas escolas credenciadas teve início no último dia 25 e irá até o dia 8 de outubro.

De acordo com o Ministério da Educação, a escolha será feita pelas escolas, a partir de uma lista, e levará em conta a opinião dos professores e diretores de escola. No catálogo para o ensino médio, estão livros como a biografia da paquistanesa Malala - a mais jovem a receber um Prêmio Nobel da Paz; o clássico de ficção Admirável Mundo Novo, de Aldous Juxley; e poemas de Cecília Meireles.

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Até este ano, o programa destinava as obras literárias apenas para as bibliotecas e para serem usadas em salas de aula. A previsão é que os estudantes recebam os dois livros literários.

Para a assessora de projetos da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Andressa Pellanda, é importante o aspecto individual da leitura, mas o papel didático da biblioteca não se deve ser esquecido. Ela defende que a escolha dos livros deve ser a mais democrática possível, envolvendo não só os professores, como prevê o programa, e que os alunos também sejam consultados.

“Sempre falamos da necessidade sobre o processo de gestão democrática dentro da escola. Então, a escolha dos livros didáticos também tem que passar por isso, existe todo um trabalho que é feito e pensado para que as escolas possam ter de fato gestão democrática”, disse. “Se os professores, os diretores, os coordenadores pedagógicos puderem discutir com os estudantes a escolha dos livros de literatura e também os livros didáticos, isso sempre é muito mais frutífero porque uma gestão democrática gera apropriação de cultura, então gera educação e aprendizado”, acrescentou.

Na avaliação de Cândido Grangeiro, sócio de uma pequena editora que teve livros escolhidos para o catálogo literário do programa, houve conquistas com o novo modelo. “Isso é uma conquista enorme [o livro ficar com o estudante] porque o aluno tem um acesso maior à literatura”, disse, ressaltando ser mais um incentivo para publicações no mercado editorial.

Os professores terão acesso a um guia com resenhas das obras selecionadas pelo programa e a escolha será feita após uma reunião de professores e diretoria da escola. Ainda de acordo com as regras, uma mesma editora não poderá ter dois livros escolhidos. As obras serão devolvidas às escolas depois do período de um ano para reutilização. Cada editora pode inscrever quatro obras para serem selecionadas para o catálogo.

O PNLD não permite que as editoras, com obras selecionadas para o catálogo, façam ações promocionais, distribuam brindes ou visitem as escolas. Grangeiro alerta para um disputa desigual entre as grandes e pequenas editoras. “Essas editoras [grandes] trazem toda uma tradição de chegada, um poder comercial mesmo, tem distribuidor, tem dinheiro, enfim, de chegar nas escolas e conseguir concentrar todas as adoções [de livros]. As editoras pequenas não dominam esse universo comercial, nem tem recursos financeiros para esses estudos. A disputa é extremamente desigual”, disse.

A média de horas-aula diárias de alunos da rede privada e pública no país são coletadas, anualmente, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), através do Censo Escolar. Em 2017, a relação entre as médias apresentaram o resultado de que estudantes da rede privada, em todos os anos de ensino, passam mais tempo na escola.

Os número detalham a média de 4,9 horas no Ensino Médio; de 4,6 horas no Ensino Fundamental; e de 6 horas na Educação Infantil na rede pública de ensino. Já na rede particular, a média é um pouco maior, sendo: 5,5 horas no Ensino Médio; 4,6 no Fundamental e 6,2 no Infantil.

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O resultado faz parte do conjunto de dados listados na seção  “Média de horas-aula diária”, extraída do Censo Escolar 2017, que avalia o tempo médio de permanência do aluno na escola em diferentes etapas de ensino e por níveis de agregação (escolas, municípios, regiões, entre outros). Esse é um dos oitos indicadores educacionais divulgados pelo INEP, no início de julho. Todos os dados estão disponíveis para consulta no site do Instituto.

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Estão abertas as inscrições para cursos gratuitos de artes circenses ofertados pela Fundação Espaço Cultural da Paraíba (Funesc). As aulas serão realizadas na Escola Livre de Circo Djalma Buranhêm, em João Pessoa. O curso destina-se aos alunos da rede pública de ensino e as novas turmas regulares são para estudantes com faixa etária entre 12 a 18 anos.

Os interessados devem se inscrever na Diretoria de Desenvolvimento Artístico e Cultural (DDAC), do Espaço Cultural José Lins do Rego, em Tambauzinho, das 9h às 12h e das 13h às 16h, de segunda a sexta-feira. No ato da matrícula, é necessário que o participante apresente uma declaração da escola pública constando que está oficialmente matriculado. Caso o estudante seja menor de idade deve estar acompanhado por um responsável.

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A turma terá duração de dois meses e as aulas estão previstas para começar no dia 17 de abril. A programação do curso oferece técnicas circenses de aéreo, solo e palhaço. As aulas serão ministradas por Daniel Nóbrega e Dadá Venceslau. Todos os cursos terão um resultado como culminância do aprendizado. O certificado de conclusão do curso será entregue ao aluno que participar até 70% das aulas. Mais informações, entrar em contato através do telefone 3211-6225.

Escola Livre de Circo Djalma Buranhêm 

Inaugurada dia 19 de março de 2016, tem o intuito de formar não apenas para o picadeiro; mas também para a atuação profissional nos mais diferentes setores e segmentos culturais, diversificando as necessidades e demandas que a escola precisa atender.

Faz parte fundamental do projeto político pedagógico da Escola Livre de Circo formar cidadãos na perspectiva de contribuir na ampliação de sua visão cultural, que lhes permitam empregar livre e conscientemente seu senso crítico e sua criatividade em relação aos mais diversos campos da produção cultural e suas transformações.

 

Nesta terça-feira (31) encerra-se o período de matrículas antecipadas para o ano letivo de 2018 na rede estadual de São Paulo. O pré-cadastro é aberto para crianças, jovens e adultos que não terminaram a escola.

Segundo a prefeitura da capital há vagas em todas as regiões para classes do Ensino Fundamental (1° ao 9º ano) e Ensino Médio (1º ao 3º ano) do regular, integral e Educação para Jovens e Adultos (EJA).

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Os interessados necessitam comparecer a instituição educacional mais próxima portando certidão de nascimento e o comprovante de residência para iniciar o cadastro. Quanto aos alunos menores de 18 anos, a matrícula deverá ser feita por pais ou responsáveis (os documentos são os mesmos).

A confirmação da inscrição será divulgada em dezembro na mesma unidade onde foi realizado o cadastro. 

A medida provisória (MP) que prevê mudanças no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) propõe um limite para o abatimento que os estudantes podem fazer no pagamento ao trabalhar nas redes públicas de saúde e educação. Atualmente, os estudantes que financiarem seus estudos com o Fies e, depois de formados, exercerem as profissões de médico integrante de equipe de Saúde da Família e de professor da educação básica podem abater 1% do saldo devedor por mês trabalhado.

De acordo com o texto da MP 785/2017, esse abatimento passará a ser limitado a 50% do valor do financiamento. "Hoje, o estudante pode descontar 1% ao mês, ou seja, se trabalhar 100 meses na rede pública de educação ou na saúde, teoricamente não precisaria pagar o financiamento. E existe uma limitação na medida provisória de que seria de até 50%", explica o relator da MP no Congresso Nacional, deputado Alexandre Canziani (PTB-PR).

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Segundo ele, essa questão pode ser revista na MP. “Realmente, houve uma diminuição, e vamos avaliar. Estamos avaliando qual o impacto financeiro, o que isso representa”, disse. O relatório final deve ser apresentado até o início de outubro. A MP está em vigor desde julho, mas deve ser aprovada pelo Congresso, podendo sofrer alterações.

O assunto foi abordado nessa terça-feira (5), em audiência pública da Comissão Mista que analisa a Medida Provisória 785/2017. A senadora Fátima Bezerra (PT-RN) propôs que a questão seja alterada na MP. “Vamos corrigir isso, nós temos um compromisso com a educação deste país, sabemos inclusive o apagão que temos na necessidade de profissionais no magistério da educação básica". Para o deputado Átila Lira (PSB-PI), esse incentivo à saúde e ao ensino tem que ser mantido”.

O Ministério da Educação informou que o processo ainda está em tramitação no Congresso Nacional para ser discutido e pode sofrer alterações. “O MEC está acompanhando a discussão e terá posicionamento após a aprovação da MP”, disse a pasta, por meio de sua assessoria de imprensa.

A comissão ainda vai fazer mais duas audiências públicas para debater a MP. A próxima será no dia 13 de setembro, com gestores dos fundos e do sistema financeiro e a última no dia 20, com representantes do governo.

Outras mudanças

Durante a audiência pública, a diretora de Relações Institucionais da União Nacional dos Estudantes (UNE), Bruna Brelaz, criticou o fato de a MP ter acabado com o prazo de carência de 18 meses para iniciar o pagamento do financiamento. Para ela, a redução da carência é contraditória com o atual período de crise econômica.

“O estudante precisa estruturar sua vida profissional após o termino da graduação. Hoje, sabemos que o estudante sai da universidade e não consegue emprego nos primeiros meses”, disse. Segundo a MP, o aluno começará a pagar as prestações respeitando a sua capacidade de renda com parcelas de, no máximo, 10% de sua renda mensal.

Canziani afirmou que o período de carência pode aumentar o valor final a ser pago pelo financiamento. “Será que não é mais correto e mais justo deixarmos claro que se a pessoa não tem renda. ela não paga, mas a partir do momento em que estiver no mercado de trabalho, por que ela não pode começar a pagar o financiamento? O Fies tem que ser retroalimentado, para possibilitar outros financiamentos”, disse o deputado.

A senadora Fátima Bezerra propôs aumentar o número de vagas oferecidas por meio do Fies com recursos públicos. “O Fies não é uma política bancária qualquer. É uma política publica de inclusão social para promover o acesso dos jovens pobres à universidade”, disse.

A partir do ano que vem, devem ser oferecidos três tipos de financiamento, sendo que 100 mil vagas serão ofertadas com recursos públicos, que terão juro zero e serão voltadas para os estudantes que tiverem renda per capita mensal familiar de três salários mínimos. As outras duas modalidades serão com recursos dos fundos constitucionais regionais e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Canziani lembrou que o Fies é um programa importante para a juventude, mas é preciso considerar que o país passa por uma crise financeira. “É lógico que eu quero dar mais vagas, mas será que temos dinheiro para isso?”

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Matrículas em cursos de graduação públicos tiveram aumento de 1,9% em 2016, em relação ao ano anterior, indica o Censo da Educação Superior do Ministério da Educação (MEC), apresentado nesta quinta-feira (31). O movimento da rede privada foi oposto, registrando a primeira queda no número de alunos em 25 anos, de 0,3%. 

A rede federal é o maior sistema público, com participação de 62,8% e com mais de 1,2 milhão de alunos, registrando o maior crescimento entre todas as redes no período de 2015 a 2016, de 2,9%. A rede estadual ocupa 31,3% das matrículas de 2016, enquanto a rede municipal representa 5,9%.

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Na avaliação do ministro da Educação, Mendonça Filho, a melhora da infraestrutura das universidades e instituições de ensino públicas foi fundamental para esse aumento no número de matrículas. “As condições de ofertas de vagas na rede pública também merecem destaque”, afirmou. Em 2016, foram ofertadas mais de 10,6 milhões de vagas em cursos de graduação, sendo 73,8% vagas novas e 26%, vagas remanescentes.

Vagas

Em 2016, 34.366 cursos de graduação foram ofertados em 2.407 instituições de educação superior (IES) no Brasil, para 8.052.254 estudantes matriculados. Segundo as estatísticas apresentadas, as 197 universidades existentes no País equivalem a 8,2% do total de IES, mas concentram 53,7% das matrículas em cursos de graduação.

No ano passado, o número de matrículas na educação superior (graduação e sequencial) continuou crescendo, mas essa tendência desacelerou, se comparada aos últimos anos. Os cursos de bacharelado mantêm sua predominância na educação superior brasileira, com 69% das matrículas. Os cursos de licenciatura tiveram o maior crescimento (3,3%) entre os graus acadêmicos em 2016, quando comparados a 2015.

Alunos 

Em 2016, quase 3 milhões de alunos ingressaram em cursos de educação superior de graduação. Desse total, 82,3% em instituições privadas. Após uma queda observada em 2015, o número de ingressantes teve um crescimento de 2,2% em 2016. Isso ocorreu porque a modalidade a distância aumentou mais de 20% entre os dois anos, enquanto nos cursos presenciais houve um decréscimo de 3,7% no número de ingressantes.

Ano passado, mais de um 1,1 milhão de estudantes concluíram a educação superior. O número de concluintes em cursos de graduação presencial teve aumento de 2,4% em relação a 2015. A modalidade a distância diminuiu 1,3% no mesmo período. Entre 2015 e 2016, o número de concluintes na rede pública aumentou 2,9%. Já na rede privada, a variação positiva foi de 1,4%. 

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O Ministério Público de São Paulo (MPSP) vai promover um concurso musical para estimular o debate sobre as questões de igualdade de gênero e dos direitos LGBT. Com o título de Vozes Pela Igualdade de Gênero, a disputa gira em torno da composição de uma letra que fale de tolerância, respeito e combata a discriminação e o preconceito relativos à orientação sexual.

Os estudantes de qualquer instituição pública de ensino, que cursem o ensino médio regular ou por meio de Educação de Jovens e Adultos (EJA), podem participar e a composição vencedora será gravada nos estúdios da produtora Midas Music, que pertence a Rick Bonadio. A música será escolhida por voto popular e, como etapa de preparação para a elaboração das letras, o MPSP vai disponibilizar aulas sobre o tema com promotoras de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica (Gevid) e do Núcleo de Gênero.

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Essa é a segunda edição do concurso, promovido em conjunto pela Secretaria de Educação e pelo MPSP, com o apoio do produtor Rick Bonadio. O regulamento completo pode ser conferido em http://www.mpsp.mp.br/portal/pls/portal/!PORTAL.wwpob_page.show?_docname=2616121.PDF .

Já estão abertas as inscrições para o curso gratuito de “Ética e Cidadania Fiscal”, promovido pela Escola Fazendária do Estado de São Paulo (Fazesp). A atividade é destinada aos professores que atuam na rede municipal e estadual de ensino de Guarulhos.

Ao todo são 500 vagas, a formação tem carga horária de 80 horas, com início no próximo dia 28 de agosto (segunda-feira) e término em 21 de dezembro. Temas como: O Brasil e seus desafios; o papel da educação na transformação da sociedade; a estrutura dos poderes e suas atribuições; o panorama da sociedade brasileira atual, entre outros serão abordados ao longo do curso.

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Para se inscrever e obter outras informações acesse: https://fazesp.fazenda.sp.gov.br/login/index.php#section-2

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), se explicou nesta segunda-feira (10) sobre a mais nova medida do seu governo. O tucano reduziu o tempo de uso diário do passe livre na capital para os estudantes da rede pública ou beneficiados por programas de financiamento de bolsas de estudos. 

A partir de agosto, os alunos terão o direito a fazer quatro embarques, em até duas horas, duas vezes ao dia. Hoje, o estudante pode realizar até oito embarques ao dia em um período de 24 horas. 

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Doria declarou, por meio da sua página do Facebook, que é “com boa gestão” que se faz política pública e afirmou que não haverá nenhum prejuízo. “Tomamos a decisão de reduzir a validade do passe livre para estudantes. Reduzir não significa suspender, mas estabelecer uma equação mais justa para a prefeitura sem prejudicar aqueles que são efetivamente estudantes”. 

“Nesta área, nós estamos mantendo aquilo que os alunos precisam que é o transporte gratuito para estudar (...) e a prefeitura economizar com um rombo de R 7.5 bilhões nos cofres públicos. Nós temos que fazer boa gestão e, com esta medida, nós estaremos economizando, até o final do ano, R$ 70 milhões de reais”, acrescentou o prefeito. 

O secretário municipal de Transportes de São Paulo, Sérgio Avelleda, disse que muita gente usava o benefício para outras finalidades. “O que nós fizemos foi um ajuste porque havia um desvirtuamento no uso desse benefício. Passe livre é para garantir acesso à educação e havia muita gente usando para outras finalidades prejudicando o sistema como um todo”, criticou. 

O Compaz Ariano Suassuna, no bairro do Cordeiro, vai sediar, nesta terça-feira (4), a segunda edição do Torneio de Robótica do Recife a partir das 14h. A competição vai reunir 151 estudantes do 6º ao 9º anos do ensino fundamental matriculados em 35 escolas da rede pública de ensino e é seletiva para a etapa regional da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR).

A disputa está divida em duas modalidades - Lego e Arduíno. No total, 33 equipes competem na primeira e 3 grupos na segunda, que consiste em robôs montados a partir de materiais recicláveis. Os 15 times com melhor pontuação serão treinados para OBR, cuja fase estadual acontecerá até agosto e a final nacional terá lugar em Curitiba, entre 7 e 10 de novembro.

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Para inspirar os competidores, a equipe de oito estudantes vencedora da OBR de 2016 estará presente. Atualmente, eles treinam diariamente para competir na etapa mundial, que acontecerá em Nagoya, no Japão, para onde embarcam no dia 20 de julho. Entre os oito, quatro já estiveram em disputas internacionais graças ao programa Robótica na Escola, que atualmente atende 73.390 estudantes.

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