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Estão abertas as inscrições para a 7ª edição do Prêmio Professores do Brasil. Até o dia 30 de outubro, professores da rede pública de ensino podem submeter projetos que promovam a melhoria da qualidade da educação básica através de iniciativas pedagógicas bem-sucedidas, criativas e inovadoras.

Os professores poderão participar em oito categorias: educação infantil; anos iniciais do ensino fundamental; anos finais do ensino fundamental; ensino médio; educação integral e integrada; ciências para os anos iniciais; alfabetização nos anos iniciais do ensino fundamental, e educação digital articulada ao desenvolvimento do currículo.

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O concurso premiará 40 projetos, sendo cinco de cada categoria, um de cada região do país. Cada vencedor receberá um prêmio de R$ 5 mil e passagens para a cerimônia de premiação. Os vencedores também participarão dos programas Sala do Professor e Salto para o Futuro, produzidos pela TV Escola. Além disso, a melhor experiência em cada categoria receberá mais um prêmio de R$ 6 mil.

Com informações da assessoria

Alunos do terceiro ano do ensino médio das redes pública e privada do município de Ipojuca já podem se inscrever no pré-vestibular da Universidade de Pernambuco (Prevupe). A oportunidade também é válida para ex-alunos. Os interessados podem se inscrever até o dia 31 deste mês, na secretaria municipal de Educação (Complexo Educacional – PE-60), das 9h às 12h e das 14h às 16h. O curso preparatório para o vestibular de 2014 é gratuito e tem 300 vagas disponíveis.

O Prevupe oferecerá aulas de português e matemática, de junho até dezembro, sempre nos fins de semana. Para realizar a inscrição, os interessados precisam levar o RG, CPF, comprovante de residência e declaração de conclusão do ensino médio ou cópia da ficha 19. Caso haja mais de 300 inscritos, será realizado um processo seletivo no dia 2 de junho, às 8h. O resultado será divulgado no dia 5 de maio. A matrícula e o início das aulas estão marcados para o dia 9 de junho.



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Um dos principais festivais de cinema do país, o Cine PE iniciou sua programação nesta sexta (26), no Teatro Guararapes, que fica localizado no Centro de Convenções, e segue até o dia 2 de maio. A mostra, que traz 39 filmes na programação, realizou nesta segunda (29), às 9h, sua Mostrinha, com a exibição especial do filme Tainá 3 – A origem para os alunos da rede pública.

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Com o tema principal Brasil, país do futebol e do cinema, o Cine PE levou 2.500 crianças que nunca tiveram contato com a sétima arte, além dos professores e funcionários das respectivas escolas. “Muitas vezes não tenho condições de levar meu filho ao cinema”, afirmou a porteira da Escola Municipal Enaldo Emanuel de Souza, que fica no Bairro do Jordão Baixo, Aparecida de Fátima da Silva, que estava acompanhada do seu filho de dois anos.

Durante a exibição do longa, as crianças cantaram e bateram palmas em determinadas cenas. “Essa é nossa primeira vez no cinema. Estamos adorando!”, ressaltaram felizes as alunas do quinto ano da Escola Municipal Enaldo Emanuel de Souza, Adriele da Costa, de 11 anos, e Maria Eduarda, de 10 anos.

“É uma experiência muito interessante para os alunos e para mim também. Gostei do filme porque ressaltou o valor da amizade e que devemos ser organizados na vida e na própria na sala de aula”, enfatizou a professora de português Ednah Nascimento, da Escola Municipal Enaldo Emanuel de Souza.

Ao sair da sessão especial, o aluno da Escola Dom Pedro Bandeira de Melo, que fica localizada em Olinda, Tales Felipe, de 13 anos, disse que gostou muito do filme e aprendeu que deve preservar o meio ambiente e cuidar dos animais e das plantas. 

A Mostrinha finaliza suas exibições para os alunos da rede pública nesta terça (30), também às 9h, no Teatro Guararapes, com o longa Peixonauta: Agente Secreto da O.S.T.R.A, dos diretores Célia Catunda e Kiko Mistrorigo.

O Ministério da Educação (MEC) divulgou, nesta segunda-feira (29), que professores e médicos que atuarem em áreas com carência de atendimento podem abater a dívida com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). O abatimento poderá ser de 1% do saldo devedor por mês trabalhado.

De acordo com informações do MEC, podem solicitar o abatimento estudantes de medicina que tenham trabalhado pelo menos um ano ininterruptamente nas áreas definidas como prioritárias pelo Ministério da Saúde; médicos em efetivo exercício em áreas e regiões com carência de profissionais de saúde e dificuldade de retenção desses profissionais; médicos que integrem equipe de saúde da família oficialmente inscrita no Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde (CNES); médicos que integrem equipe que promova serviços de atenção básica em populações quilombolas, indígenas e de assentamentos, com jornada de 40 horas semanais e, com jornada de 32 horas semanais, os que integrem equipe de atenção básica em populações ribeirinhas.

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Também pode ser beneficiado o docente em efetivo exercício na rede pública de educação básica, com jornada de trabalho de, no mínimo, 20 horas por semana. Ele deve estar na condição de graduado ou ser estudante regularmente matriculado em curso de licenciatura. Segundo o MEC, a contagem de um ano de trabalho ininterrupto em efetivo exercício para professor e para médico deve ter início em 15 de janeiro de 2010, para os contratos feitos antes dessa data, e a partir da contratação do financiamento para os acordos formalizados após 14 de janeiro de 2010.

Benefícios do Fies

De acordo com dados do Ministério da Educação, em 2012, mais de 7 mil estudantes deram início ao curso de medicina com o benefício do Fies. Em todo o Brasil, o fundo financia a mensalidade 22 mil alunos de medicina.

Neste ano, nos quatro primeiros meses, 266 mil alunos assinaram o contrato do Fies. A previsão é que, até o final deste ano, 400 mil contratos sejam formalizados.

Ainda segundo o MEC, a solicitação do financiamento pode ser feita em qualquer época e os juros são de 3,4% anualmente, o prazo de carência, de 18 meses, e o de amortização, de três vezes o período financiado, acrescido de 12 meses. Veja AQUI a portaria publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira.

Para levar a educação empreendedora para estudantes do ensino médio de escolas públicas, a instituição não governamental que atua em mais de 120 países, Junior Achievement, inicia, no próximo dia 25, o Programa Miniempresa, que tem por finalidade mostrar como se dá o planejamento e operação de um empreendimento.

Durante o programa, serão explicados os fundamentos da economia de mercado e da atividade empresarial através do método Aprender-Fazendo, onde cada participante se converte em um empresário da Miniempresa. Os estudantes aprendem conceitos de livre iniciativa, mercado, comercialização e produção.

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O programa é acompanhado por profissionais voluntários das áreas de marketing, finanças, recursos humanos e produção. Assim, durante o Miniempresa, os jovens tomam conhecimento do funcionamento das principais áreas de uma empresa, aprendem a controlar a presença nas jornadas, fluxo de caixa, compra de matéria-prima, controle de estoque, vendas e produção, além de serem informados sobre os encargos e impostos.

Os interessados em se candidatar para voluntário podem se inscrever até o fim deste mês através do site. Os candidatos aprovados passarão por treinamentos para melhor levar à sala de aula seu conhecimento e experiência profissional. 

Casais inférteis que não têm recursos - entre R$ 1 mil e R$ 15 mil - para pagar por um tratamento de fertilidade esperam até cinco anos na fila de um dos poucos centros que fazem esse tipo de atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A estimativa é da Sociedade Paulista de Medicina Reprodutiva (SPMR).

Hoje, existem apenas oito centros de atendimento gratuito à infertilidade no País. A demanda pelo serviço, porém, é bem maior: o problema atinge de 8% a 15% dos casais, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Apesar de existir uma Política Nacional de Atenção Integral em Reprodução Humana Assistida, instituída por uma portaria do Ministério da Saúde em 2005, ela não é colocada em prática hoje, segundo o próprio ministério.

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O presidente da SPMR, Newton Busso, cita que a Lei 9.263, de 1996, que dispõe sobre o planejamento familiar, prevê que o Estado deve prover todas as ações que evitem ou promovam a gravidez. "A Constituição diz que saúde é dever do Estado. A infertilidade é uma doença e, como tal, tem de ser tratada", diz. Ele também critica o fato de os planos de saúde não cobrirem procedimentos de fertilização. "Para uma parcela muito grande da população não há nada mais importante do que ter um filho. Muitas pessoas gastam o que têm e o que não têm para fazer o tratamento."

A SPMR estimou em cinco anos o prazo para um casal ser atendido pelo SUS com base em relatos de pacientes que chegam aos consultórios particulares após terem tentado o atendimento público. Busso alerta que os tratamentos ficam menos efetivos conforme a mulher envelhece. "Se ela entra na fila aos 35 anos, vai ser chamada aos 40, aí pode não ter mais como fazer o tratamento. Não é culpa dos centros públicos - eles trabalham com as verbas que recebem."

O ginecologista Augusto Bussab, que é diretor de um centro de fertilização em São Paulo, conta que muitos casais fazem grandes sacrifícios financeiros para bancar o tratamento depois de constatarem que, no SUS, esperarão até cinco anos para fazer a primeira tentativa de fertilização. "É um problema de saúde pública, mas ninguém quer comprar a briga. Quem perde é a população em geral", diz.

A percepção dos especialistas em fertilidade é de que o problema está mais frequente, pois os casais deixam para planejar a gravidez cada vez mais tarde. Fatores como estresse, poluição e alimentação inadequada também aumentam os riscos, o que faz com que a demanda por esse tipo de tratamento só aumente.

"Hoje há uma procura maior dos casais para tratamento de infertilidade, independentemente do nível socioeconômico, tanto nas camadas mais abastadas quanto nas mais baixas", afirma o ginecologista Joji Ueno, diretor do Instituto de Ensino e Pesquisa em Medicina Reprodutiva de São Paulo. A alternativa para atender à demanda reprimida tem sido serviços de reprodução humana que oferecem atendimento por um valor mais acessível, como o instituto coordenado por Ueno.

Geralmente, esses centros oferecem cursos de formação para médicos interessados em se especializar na área, que passam a atender sem remuneração. Acordos com a indústria farmacêutica também possibilitam medicamentos um pouco mais baratos.

Desespero

Essa foi a solução encontrada por Fabíola Rocha, de 35 anos. Quando descobriu, em 2010, que teria problemas para engravidar por causa de uma endometriose, ficou desesperada ao pensar nos custos de uma fertilização in vitro (FIV). "O médico disse que eu precisaria de uma FIV, mas pensava que isso fosse coisa de mulher rica. Para mim, o mundo havia acabado, pois não tinha aquele dinheiro."

Fabíola já havia passado por um tratamento de coito programado, pelo qual pagou R$250 a sessão - valor que já considerava alto. Depois de pesquisar pela internet centros públicos, tentou se inscrever no Setor de Reprodução Humana do Hospital Perola Byington, mas foi informada de que não seriam abertas novas vagas por causa do excesso de demanda. "Cheguei a perguntar se poderia ficar na fila da fila, mas disseram que não era possível."

Fabíola descobriu, então, o Projeto Beta, que faz tratamentos de fertilização a custos mais baixos. Para realizar um ciclo de FIV, gastaria R$ 5,5 mil, com medicação inclusa. "O sonho voltou a ser possível. Estava prestes o dinheiro das férias." Recentemente, ela se submeteu ao procedimento pela quarta vez, na esperança de que consiga, enfim, engravidar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A partir desta terça-feira (9) até o dia 11 de abril, alunos de escolas de referência e técnicas de Itapissuma, Cabo de Santo Agostinho, Belém de Maria, Quipapá e Jaboatão dos Guararapes vão ter a oportunidade de conhecer o Complexo Industrial Portuário de Suape, através do projeto Horizonte Profissional.

No Complexo, os grupos de estudantes participarão de uma palestra institucional e receberão material informativo sobre o local. Além disso, eles irão conhecer de perto as oportunidades diretas e indiretas de trabalho relacionadas às atividades portuárias.

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Segundo informações da assessoria, a iniciativa tem como objetivo incentivar os jovens a ingressarem no mercado de trabalho através do Complexo de Suape, visto que faltam jovens pernambucanos qualificados para trabalharem na área.



Os professores de sociologia do ensino médio ou licenciatura em ciências sociais interessados em aprofundar sua formação na área têm até o dia 30 de abril para se inscrever no curso de mestrado profissional em ciências sociais para o ensino médio promovido pela Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). Ao todo, são oferecidas 15 vagas.

Para participar da seleção, os interessados precisam imprimir e preencher a ficha de inscrição disponível no site. Além da ficha, o professor deverá encaminhar também comprovante de escolaridade, além de duas fotos 3x4, currículo, cópia autenticada em cartório do Certificado de Alistamento Militar, para os candidatos do sexo masculino, para a Fundaj, que fica na Rua Henrique Dias, 609, no Derby.

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O processo seletivo constará de três fases que compreendem prova escrita e prova de línguas, defesa da carta de intenções e avaliação curricular. A lista final com o nome dos candidatos selecionados para fazer o mestrado será divulgada no dia 17 de junho e a matrícula entre os dias 17 e 20 do mesmo mês. As aulas terão início no dia 5 de agosto e terá duração de 24 meses. Outras informações podem ser obtidas através do edital.





O projeto Ações Construtivas do Conhecimento Químico nas Escolas Públicas, do Espaço Ciência, está com inscrições abertas para estudantes do ensino médio. Para participar, um professor da de cada unidade escolar deve indicar cinco alunos que se destacaram nas olimpíadas de química ou tenham interesse na disciplina. As inscrições podem ser feitas até o dia 27 deste mês através do endereço eletrônico. No dia 1º de abril,  a lista e distribuição dos alunos nos polos serão disponibilizados pelo site da instituição.

O curso terá início no dia 6 de abril, e somente assistirão as aulas, os alunos que apresentarem uma declaração da escola. O curso terá duração de oito meses e acontecerá todos os sábados, das 9h às 12 e das 13h às 16h. Outras informações podem ser obtidas através do e-mail lindomar.avelino88@gmail.com.

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O projeto de lei 5395/2009 aprovado pela Câmara dos Deputados, nessa terça-feira (12), define que os  professores de educação básica com formação em nível médio terão agora seis anos de prazo para concluir o curso de licenciatura de graduação plena, contados a partir de sua posse no cargo de docente na rede pública.

A única exceção a essa exigência é válida para educadores com ensino médio, na modalidade normal, que trabalham em creches, pré-escola e nos anos iniciais do ensino fundamental.

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A nova norma altera o artigo 62 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que dispõe sobre a formação de docentes para atuar na educação básica. A nova norma também permite ao Ministério da Educação (MEC) estabelecer nota mínima no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como pré-requisito para ingresso em cursos de graduação para formação de docentes.A matéria segue para sanção presidencial.

*Com informações do Portal MEC

Tribunal de Contas da União (TCU) e os tribunais de Contas brasileiros vão fiscalizar ações do governo no ensino médio. No dia 21 de março, os tribunais, a Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon) e o Instituto Rui Barbosa (IRB) assinam termo de cooperação técnica para fazer auditoria na área de educação. A assinatura ocorre no Encontro do Conselho Deliberativo da Atricon e Reunião das Diretorias da Atricon, do IRB e Presidentes de Tribunais de Contas, em Brasília.

A cooperação está prevista para durar 36 meses e é a primeira entre os tribunais para a área da educação. O trabalho pretende identificar os principais problemas que afetam a qualidade e a cobertura do ensino médio no Brasil, bem como avaliar as ações governamentais para resolver essas questões.

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De acordo com nota do TCU, a auditoria começará pelo ensino médio para que se tenha, "condições de ver o crescimento do país nessa área". A auditoria visa a conscientizar os gestores de que "é necessário cumprir a lei". O ministro Valmir Campelo será o relator do processo no âmbito do TCU.

A auditoria poderá avaliar, entre outros aspectos, índices de qualidade; taxas de acesso, conclusão e evasão dos estudantes; avaliação da adequação do currículo e das diretrizes e práticas pedagógicas aos objetivos declarados relativos ao ensino médio; análise da infraestrutura das escolas; dos programas previstos no plano plurianual (PPA) e respectiva implantação; qualificação dos funcionários e professores; condições de trabalho oferecidas; gestão escolar; perfil de estudantes de acordo com o desempenho e a permanência nessa etapa do ensino; análise dos recursos orçamentários previstos para melhoria do ensino médio; identificação de escolas bem-sucedidas e boas práticas.

Cada tribunal fará auditorias independentes e elaborará relatórios. O TCU será responsável por consolidar em um único documento com o que foi apurado nos estados. O relatório final terá também recomendações que serão encaminhadas às áreas cabíveis e, posteriormente, fiscalizadas pelos próprios tribunais.

O ensino médio foi escolhido, de acordo com o TCU, pois, segundo dados do Censo da Educação Básica de 2011, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep),  mais de 7,1 milhões estudantes do ensino médio estão na rede estadual. Isso representa 97,3% das matrículas desse período escolar. A  rede municipal registra 80 mil matrículas, segundo dados do mesmo censo.

As famílias inscritas no programa Bolsa Família no Distrito Federal serão beneficiadas com o Cartão Material Escolar, lançado nessa terça-feira (26), pelo governador Agnelo Queiroz. A ação distribuirá créditos de até R$ 323 para gastos com produtos de papelaria, contidas nas listas de material escolar.

Ao todo, serão beneficiados 130 mil alunos da rede pública. Os cartões terão três valores diferentes: no ensino fundamental, os alunos do 1º ao 5º ano receberão R$ 323, e os do 6º ao 9º, R$ 228. Já os estudantes do ensino médio terão crédito de R$ 202. Para as famílias com mais de um aluno cadastrado, as quantias serão depositadas em um único cartão.

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Mais de 72 mil famílias e 210 papelarias estão cadastradas no programa. "Essa é uma ação integrada entre diversas secretarias, que, além de trazer dignidade aos alunos na compra do material escolar de qualidade, também vai incentivar o desenvolvimento das empresas locais, já que as famílias poderão fazer as compras nas papelarias próximas à sua casa", frisou o governador.

De acordo com o secretário de educação, Denílson Bento, foi realizado o recadastramento do programa Bolsa Família, para que os estudantes que têm direito ao cartão fossem contemplados. O governo irá investir R$ 36 milhões através do programa. "Isso beneficia 210 empresas que vão faturar, só com o Cartão Material Escolar, uma média de R$ 170 mil por ano. Todos ganham com isso: a família, que pode comprar como e o que quiser, o empresário, que de forma segura recebe e vende ao morador local, e o governo, que vai arrecadar mais", esclareceu o secretário-adjunto da Micro e Pequena Empresa e Economia Solidária, Vitor Correa.

Brasília - A partir de março, professores alfabetizadores da rede pública de ensino receberão a formação de orientadores de estudos para melhor prepararem as aulas das crianças de 1º a 3º anos do ensino fundamental. A ação é parte do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic). Os orientadores já receberam ou ainda receberão até o início de março aulas de capacitação ministradas em 40 universidades públicas brasileiras. Para ajudar na formação e nas aulas, um material especial foi desenvolvido pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) com colaboração de 11 instituições de ensino superior.

"O material trata da alfabetização de forma que ela se complete em três anos. Não é só uma alfabetização que a criança aprenda a ler palavras. Tem que produzir textos e ler com autonomia", explica a coordenadora adjunta do programa na UFPE, Ana Cláudia Pessoa. Segundo ela, o material não propõe um método a ser seguido em sala de aula, mas uma reflexão a ser feita sobre a função social de ler e escrever.

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Um dos textos do material de formação dos professores é sobre a apropriação do sistema de escrita alfabética pelas crianças. Os autores indagam no título: que caminhos percorrer? E logo respondem: "Para que o processo de alfabetização das crianças contribua com o fortalecimento das identidades coletivas e diversos saberes dos povos do campo é preciso que o mesmo se dê de forma estreitamente articulada com as comunidades ali existentes, ampliando e valorizando os conhecimentos e vínculos das crianças com a realidade em que vivem".

Ao todo são oito cadernos para formação dos professores e mais oito unidades voltadas para cada um dos três anos do ciclo de alfabetização. A formação também inclui conteúdos voltados para a educação multisseriada, muito presente nas escolas rurais, onde na mesma sala existem alunos de diferentes níveis.

Para acompanhar o material teórico, os professores já têm disponíveis em sala de aula o chamado Kit de Alfabetização e Linguagem, disponibilizado em 2005 com o programa governamental Pró-Letramento - Mobilização pela Qualidade da Educação, que tem como objetivo a formação de professores para o ensino do português e da matemática até o 5º ano do Ensino Fundamental e cujos preceitos e experiências serviram de subsídio para o Pnaic.

O Pacto traz algumas novidades como os jogos inclusivos, que ainda estão sendo desenvolvidos pela UFPE, mas Ana Cláudia adianta que facilitarão o acesso e poderão ser usados por crianças com ou sem deficiência. "Um exemplo são letras que podem ser embaralhadas. A criança tem que descobrir que palavra elas formam. Para a criança cega há a representação em Braille da letra no próprio brinquedo", diz a coordenadora adjunta.

Os jogos facilitam também na capacitação dos professores. A coordenadora-geral do Pnaic na Universidade de Brasília (UnB), Leila Chalub, conta que duranta a capacitação do Pró-Letramento, muitos professores começaram a entender a matemática por meio de jogos. "Quando os professores viam ali as frações concretas na frente deles entendiam muito melhor".

Para acompanhar o desenvolvimento das crianças, o curso de formação continuada dos professores alfabetizadores prevê, na unidade 1, o planejamento de estratégias de avaliação permanente do desenvolvimento dos estudantes a ser definido pelos próprios professores. Com base no que for observado, os professores poderão, com a ajuda dos orientadores, planejar tarefas para favorecer a aprendizagem. No início e no final do 2º ano, será aplicada a Provinha Brasil, para verificar os domínios de escrita e leitura. A provinha será aplicada também pelos professores.

Ao final do 3º ano haverá uma avaliação externa para checar todo o processo de aprendizagem do aluno. Essa avaliação será aplicada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). "A avaliação vem para dar um direcionamento ao professor. Com base na Provinha Brasil e na avaliação final ele vai poder também elaborar as próprias questões e estimular o raciocínio das crianças", afirma a coordenadora de Projetos do Centro de Formação Continuada de Professores em Alfabetização e Linguagem (Cform) da UnB, Paola Aragão.

Perguntada se poderia haver uma formação voltada para as provas e não para o aprendizado em si, Leila Chalub diz: "quem trabalha na área, quem tem uma formação ética, tem um compromisso com o ensino. Mas claro que acontece, se pensarmos que não, seremos ingênuos". Como exemplo ela cita o fato de ter conhecido uma estudante que disse que resolvia as provas do final para o começo, pois os professores já estavam cansados e começavam a dar as respostas das primeiras questões. "Ela aprendeu a fazer prova. Pode-se tentar de todas as formas, mas toda avaliação tem vícios que são inevitáveis".

A Faculdade Santa Helena realiza o primeiro concurso de redação “Escreve Pernambuco” que vai premiar os três melhores textos sobre o turismo do Estado, segundo avaliação da banca examinadora. As inscrições, por meio do site da faculdade, são gratuitas e só podem participar pessoas formadas e egressas da rede pública de ensino que tenham participado de um das últimas três provas do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) realizadas online através do. O objetivo do concurso é, a partir das redações, reconhecer talentos que se interessam  e entendem o momento econômico do Estado, principalmente em relação ao turismo e a proximidade de grandes eventos.

A prova, que será realizada dia 16 de fevereiro, será composta por duas questões abertas e uma redação, com o tema “Oportunidades e desafios atuais do estado de Pernambuco na área de Turismo”. Os três primeiros colocados serão premiados, sendo o primeiro contemplado com uma bolsa de estudos, o segundo com um tablet e o terceiro com uma câmera filmadora, além de todos terem suas redações publicadas.

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Já para os participantes que não estiverem entre as três melhores notas, receberão a possibilidade de cursar turismo na instituição com o desconto de 60% nas mensalidades. Outras informações podem ser obtidas pelos telefones 3797.6060/3797.6092 ou através do e-mail fsh@fsh.edu.br.































Poderão ser realizadas no período de 11 de fevereiro a 18 de março, as inscrições para quem quer concorrer às vagas dos cursos de licenciatura, na modalidade presencial do Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor). Os cursos são gratuitos. Podem se inscrever professores que estejam exercendo atividade na rede pública de educação básica.

Serão ofertadas cerca de 30 mil vagas pelas instituições de ensino superior parceiras da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). As inscrições podem ser feitas através do endereço eletrônico, onde, também, os candidatos poderão se informar sobre os dados de oferta para este ano.

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As pré-inscrições deverão ser validadas na Plataforma Freire pelas Secretarias de Educação Estadual ou Municipal à qual o professor estiver vinculado no período de 19 de março a 15 de abril.

Porém, a pré-inscrição e a validação não garantem a matrícula do professor. A realização da matrícula depende de aprovação em processo seletivo definido pela Instituição de Ensino Superior (IES) e do atendimento as regras do programa para a formação das turmas. Outras informações podem ser obtidas atarvés do tefefone 0800 616161.


Com informações do Portal Capes

A Faculdade Santa Helena realiza o primeiro concurso de redação “Escreve Pernambuco” para estudantes da rede pública que almejam ingressar na área de turismo. O objetivo é capacitar profissionais para o mercado e prepará-los para grandes eventos nacionais e internacionais. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas online através do site da faculdade.

A prova, que será realizada dia 16 de fevereiro, será composta por duas questões abertas e uma redação, com o tema “Oportunidades e desafios atuais do estado de Pernambuco na área de Turismo”. Os três primeiros colocados serão premiados, sendo o primeiro contemplado com uma bolsa de estudos, o segundo com um tablet e o terceiro com uma câmera filmadora, além de todos terem suas redações publicadas. 

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Já para os participantes que não estiverem entre as três melhores notas, receberão a possibilidade de cursar turismo na instituição com o desconto de 60% nas mensalidades. Outras informações podem ser obtidas pelos telefones 3797.6060/3797.6092 ou através do e-mail fsh@fsh.edu.br.





O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse hoje (29) que recebeu pedido de prefeitos para que os professores de educação básica da rede pública também tenham direto à merenda escolar, a exemplo do que ocorre com os alunos. Ele manifestou apoio ao pedido, que dependeria de aprovação de projeto de lei específico.

Os prefeitos solicitaram que os professores também fizessem a alimentação com os alunos na merenda escolar. Hoje a lei proíbe. Só é possível se houver uma alteração em lei. O impacto é muito pequeno, dado ao número de professores da rede pública. Acho razoável que eles estejam trabalhando e possam comer a mesma merenda que os estudantes, disse a jornalistas após participar do Encontro Nacional de Novos Prefeitos e Prefeitas.

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No encontro com prefeitos, o ministro apresentou as ações e programas que o Ministério da Educação desenvolve em parceria com as prefeituras e disse que uma das prioridades do governo é a construção de creches. A meta do governo é chegar a 2016 com seis mil novas unidades. Segundo Aloizio Mercadante, 742 creches foram entregues nos dois primeiros anos do governo de presidenta, Dilma Rousseff, e há 5.678 em construção.

O Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) abre nesta segunda-feira (21) o período para inscrições de obras destinadas a alunos e professores do ensino médio da rede pública para o ano letivo de 2015. A partir de agora, as editoras também poderão inscrever livros digitais – cujo acesso pode ser feito em computadores ou em tablets.

A versão digital deve vir acompanhada do livro impresso, ter o mesmo conteúdo e incluir conteúdos educacionais digitais como vídeos, animações, simuladores, imagens e jogos para auxiliar na aprendizagem. Continua permitida a apresentação de obras somente na versão impressa para viabilizar a participação das editoras que ainda não dominam as novas tecnologias.

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A outra novidade é a aquisição de livros de arte para os alunos do ensino médio da rede pública. Os demais livros a serem comprados pelo governo são os de português, matemática, geografia, história, física, química, biologia, inglês, espanhol, filosofia e sociologia.

Os títulos inscritos pelas editoras são avaliados pelo Ministério da Educação que elabora o Guia do Livro Didático com resenhas de cada obra aprovada. Esse guia é disponibilizado às escolas que aderiram ao PNLD do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Cada escola escolhe, então, os livros que deseja utilizar.

De acordo com o Ministério da Educação, a previsão inicial de aquisição para 2015 é de aproximadamente 80 milhões de exemplares para atender mais de 7 milhões de alunos.

O período de inscrição de obras pelo Programa Nacional do Livro Didático vai até 21 de maio. De 3 a 7 de junho, estará aberto o período de entrega de livros impressos e da documentação. O prazo  de entrega de obras digitais e respectivos documentos é de 5 a 9 de agosto.

Ir ao cinema é um programa legal para qualquer pessoa. Para o público estudantil não é diferente. Há pouco tempo um projeto de lei visava a criação de uma política nacional de incentivo, para que alunos oriundos da rede pública tivesse acesso a cinema com custos reduzidos. Porém, a Agência Câmara de Notícias divulgou nesta quarta-feira (26) que a Comissão de Educação e Cultura rejeitou, no mês passado, a criação dessa política, que seria de abrangência nacional.

De acordo com a agência, o projeto já estava tramitando de forma conclusiva, e agora, a proposta será arquivada. Segundo a proposta, União, estados, DF e municípios poderiam firmar convênios com empresas de cinema para a realização de sessões. Essas sessões seriam realizadas em horários especiais, conforme o calendário escolar dos estudantes.

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Além disso, não seria qualquer filme que os alunos iriam assistir. As obras seriam selecionadas levando em consideração vários aspectos, como por exemplo, pedagógicos.

O relator da proposta, o deputado Stepan Nercessian (PPS-RJ), até elogiou o projeto, entretanto, ele ressaltou que uma política estadual ou municipal não poderia ser criada por lei federal.

Com informações da Agência Câmara de Notícias

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“A gente parece estrangeiro morando no Brasil. É como se pertencemos a duas culturas fechadas”, comparou o professor Marcelo Manoel da Silva, 36 anos, que perdeu a audição aos oito anos de idade, depois de contrair caxumba (doença que, se não for bem tratada, pode causar surdez, esterilidade e provocar abortos espontâneos). Marcelo tem surdez total no ouvido esquerdo e tem 85% da audição comprometida no ouvido direito.

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Filho mais velho de nove irmãos, ele é o único com deficiência auditiva e se orgulha em frisar que é o único a ter o ensino superior. Formado em pedagogia, Marcelo é oralizado, graças à persistência de uma professora primária que dedicava algumas horas a lhe ajudar a compreender as palavras através da leitura labial.

“Nunca pensei em ensinar, pensava em ser policial. Mas a vida foi me levando para esse caminho e hoje sou feliz ensinando as crianças surdas”, conta Marcelo na sala de alfabetização da Escola Governador Barbosa Lima, localizada no bairro do Derby, área central do Recife. Ao ser questionado sobre quais as habilitações que um professor deve ter para educar pessoas com deficiência, o pedagogo é rápido na resposta: “ser conhecedor da cultura surda, ou qualquer que seja a deficiência que os alunos tenham”. Ele também relata que a “maioria” dos professores fica com medo de interagir com os surdos.

Entre os alunos da Escola Governador Barbosa Lima 20% tem deficiência auditiva, motora e visual, percentual que corresponde a quase 400 estudantes matriculados, segundo diz a gestora-adjunta, Fábia Fragoso. De acordo com ela, a unidade escolar recebe pessoas com todos os tipos de deficiência, mas os alunos com surdez são os que mais procuram a instituição. “Nunca deixamos de atender a qualquer aluno. Mas as pessoas com surdez representam a maioria dos matriculados, quase 90%, porque eles sabem que aqui já há muitos alunos surdos e sentem-se mais à vontade”, explicou Fábia.

A gestora-adjunta ainda esclareceu que a educação especial da escola atende alunos de diferentes faixas etárias em uma mesma turma. O critério é adotado para o ensino fundamental I. A partir do sexto ano, o aluno com deficiência passa a estudar com os estudantes do chamado ensino regular. O formato adotado pela unidade de ensino é aprovado e defendido por todos os professores do ensino fundamental I para deficientes da instituição.

“Nesses primeiros anos na escola, os alunos com deficiência se desenvolvem mais em turmas separadas do ensino regular. É importante para eles terem essa educação mais direcionada. Quando eles vão para o sexto ano, aí sim eles conseguem se adaptar bem no ensino regular. Até porque aqui na escola eles já estão acostumados a conviver com os demais alunos”, avaliou a professora baiana Miriam de Santana Lima, que trabalha com educação especial há 12 anos.

Ela conta que fez especialização na área após começar a ensinar para pessoas com deficiência e diz que, inicialmente, foi um desafio trabalhar com esse público. “Eu dava aula no ensino regular, mas quando cheguei ao Recife e fiz o concurso público, me colocaram em turma de pessoas com deficiência mental e a partir daí fui fazer uma pós-graduação na área”. Para ela, a inclusão só dará certo quando os professores estiverem capacitados para ensinar as pessoas com deficiência. “Inclusão não pode feita ser de qualquer jeito, só para dizer que está integrando os alunos com deficiência aos demais”, criticou a professora.

Já os alunos do ensino médio aprovam a inclusão. Segundo contam, é importante conviver com os alunos que não têm nenhum tipo de deficiência. “Tem seus desafios, mas eu gosto da inclusão. Mostra que estamos em pares. Nesse momento há interação, troca de experiência, pois ninguém é melhor do que ninguém. Todos nós temos o que aprender e o que ensinar”, frisou Taine Ângela, 18 anos, aluna no 2° ano do ensino médio, que tem surdez.

O aluno do 1° ano do ensino médio, Eduardo Carlos, 19, que também é surdo, acredita na eficiência da inclusão e diz que não sente nem um tipo de descriminação por parte dos colegas. Porém, ele adverte que algumas vezes, para os surdos o problema é que o assunto abordado pelo professor em sala de aula é transmitido pelo instrutor de libras, o que dificulta o entendimento da matéria. “Sinto um pouco de dificuldade, pois, em matemática muitas vezes fica confuso para organizar as minhas ideias, já que o instrutor de libras não é professor da matéria”, ponderou. Para Eduardo, o ideal seria que o professor dominasse a Língua Brasileira de Sinais (Libras). 

Na Escola Estadual Jerônimo de Albuquerque, em Olinda, Região Metropolitana do Recife, a separação dos alunos acontece também no fundamental I e a integração é feita a partir do sexto ano. Além disso, a escola ainda adota a divisão física das salas de aula destinadas ao ensino especial das do ensino regular. Um portão e uma parede de cobogós separam os alunos com deficiência mental dos estudantes surdos e do ensino regular. Apesar disso, a professora Josefina de Novaes Rodrigues diz que eles interagem com os outros alunos.

Receptivos, carismáticos, verdadeiros e solidários é como os descreve a professora formada em pedagogia e especialista em educação especial, formação que obteve após começar dar aula a estudantes com deficiência mental e portadores de Síndrome de Down. “Para qualquer lugar que eles forem, eles chamam atenção pelo carisma. Hoje prefiro dar aula para eles aos alunos do ensino regular”, afirmou a professora.

A receptividade e afetuosidade dos estudantes também foram percebidas pela reportagem do LeiaJá, ao entrar na sala de Educação para Jovens e Adultos (EJA). “Eu gosto de tocar samba”, disse Delano José, 21, portador de síndrome de Down, emendando com a letra do seu pagode preferido: “O jeito é, dar uma fugidinha com você. O jeito é dar uma fugida com você” (música do grupo Exaltasamba). Além de mostrar que tem suingue, Delano contou que gosta de ler e adora estar na escola, pois nela encontra seus amigos.

Já Ezequiel Lins, 17, que tem deficiência metal devido a uma meningite, revela que a única matéria “chata” é matemática. O adolescente mostra que gosta de ler fazendo a leitura do texto sobre o Natal produzido pelos alunos e escrito pela professora no quadro de giz. A risonha Rafaela Maria da Silva, 36, também fez questão de mostrar seu caderno com as lições de matemática e português. “Veja minha letra como é bonita”, disse aos risos a estudante que tem deficiência mental, adquirida depois de contrair meningite na infância.

Na avaliação da professora Josefina, o tempo de aprendizagem dos alunos com deficiência é mais lento se comparado aos estudantes que não são deficientes. Contudo, ela ressalta que sente seu trabalho mais valorizado pelos alunos com deficiência e que o resultado é entusiasmante. “Eles (os alunos com deficiência) são mais atenciosos e participativos do que os alunos que não são deficientes. É muito bom quando percebemos progressos”, declarou a professora.

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