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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse há pouco que não vai votar nenhuma Medida Provisória (MP) que modifique o texto aprovado pelo Congresso sobre a reforma trabalhista.

"A Câmara não aceitará nenhuma mudança na lei. Qualquer MP não será reconhecida pela Casa", afirmou Maia no Twitter.

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O texto foi aprovado nesta terça-feira (11), no Senado por 50 votos a 26 e segue agora para a sanção presidencial. Para conseguir o apoio da maioria dos senadores, o presidente Michel Temer prometeu a edição de uma MP para modificar alguns pontos da reforma, como a questão que envolve a não obrigatoriedade do imposto sindical.

O comentário, que vai de encontro com o acordo feito com Temer com parlamentares, acontece no momento em que Maia se distancia do Palácio do Planalto por conta da tramitação da denúncia contra o peemedebista na Câmara.

Após saber da mensagem publicada por Maia, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), também voltou a afirmar que não participou de nenhuma negociação em relação à MP. "Estou tranquilo sobre isso. Não tratei de MP e nenhum compromisso sobre mudanças no texto", disse. (Isadora Peron e Julia Lindner)

Com sessão conturbada, a reforma trabalhista foi aprovada nesta terça-feira (11), no plenário do Senado por 50 votos favoráveis e 26 contrários. Houve 1 abstenção em um quórum de 77 senadores. O projeto segue agora para a sanção presidencial.

O projeto é considerado pelo governo de Michel Temer uma das principais medidas para estimular novas contratações no mercado de trabalho e desburocratizar os processos de admissão e demissão -- queixa recorrente de muitos empresários. O texto altera mais de 100 pontos da CLT. Entre eles, autoriza os trabalhos intermitentes, permite dividir as férias em três períodos e faz com que os acordos coletivos tenham força de lei.

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A sessão plenária, que teve início às 11h, foi marcada por tumultos e bate-bocas entre os parlamentares. Por volta das 12h30, as senadoras da oposição Gleisi Hoffman (PT-PR), Fátima Bezerra (PT-RN), Vanessa Graziotin (PCdoB-AM), Regina Sousa (PT-PI) e Lídice da Mata (PSB-BA) ocuparam a mesa diretora do plenário como forma de obstruir a votação. Em reação, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMBD-CE) apagou todas as luzes do plenário e suspendeu a sessão por mais de quatro horas.

Fora do plenário, Eunício declarou que a sessão só seria retomada quando "a ditadura deixar". Às 13h44, o líder do PT no Senado, Lindbergh Farias (RJ), acusou a presidência da Casa de estar arrumando o auditório Petrônio Portela para transferir a votação da reforma trabalhista para o local. O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) era um dos que tentavam reunir assinaturas para tentar realizar a votação fora do plenário

A sessão só foi reaberta às 18h36, quando Eunício retornou à cadeira da presidência na mesa diretora. Após retomar o seu posto, Eunício disse que "Deus lhe deu essa qualidade da paciência" e que não tinha pressa para encerrar a votação. Ele classificou a ocupação da mesa por parte de senadores da oposição como um "episódio triste", mas pediu calma aos senadores da base aliada.

Os oposicionistas pediram a palavra pra encaminhar voto contrário à matéria. Partidos da base aliada como PMDB, PSDB, PSD, DEM e PP aproveitaram para fazer sinalizações positivas ao projeto, que foram computadas como encaminhamento favorável ao texto.

Em meio à confusão, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) esbravejava pedindo a palavra, enquanto o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR) computava os votos dos aliados pessoalmente e os comunicava em voz alta.

Senadores da base do governo acusaram a oposição de desrespeito ao ocupar a Mesa Diretora do plenário do Senado, impedindo a votação do projeto que trata da reforma trabalhista. Desde o início da sessão, senadoras como Gleisi Hoffmann (PT-PR), Lídice da Mata (PSB-BA) e Fátima Bezerra (PT-RN) ocupam as cadeiras reservadas ao presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e os demais integrantes da direção do Senado.

"Isso é uma forma desrespeitosa de tratar o Senado, mas cada um é responsável pelos seus atos", afirmou o líder do governo na Casa, Romero Jucá (PMDB-RR). Seu parecer sobre a reforma, aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na semana passada, seria apreciado nesta terça-feira (11), no plenário.

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Após ser impedido de ocupar sua cadeira, Eunício deixou o plenário declarando que a sessão para votação da reforma trabalhista será retomada "quando a ditadura deixar". Inicialmente, ele proibiu o acesso da imprensa e de assessores parlamentares ao plenário e determinou que as luzes fossem apagadas e o som dos microfones cortados. Pouco depois, a imprensa pôde voltar ao plenário, que continuou no escuro.

"Isso não é protesto. Isso é avacalhação. Será votado hoje, de uma forma ou de outra será votado", afirmou Cássio Cunha Lima (PSDB-CE). A possibilidade é que a sessão seja transferida para outro local do Congresso, como o plenário da Câmara ou um auditório em um dos anexos da Casa.

"No momento em que um grupo de senadoras, mulheres, impedem funcionamento do Congresso considero que estão praticando ato muito grave contra a instituição", disse o líder do PSDB, senador Paulo Bauer (SC).

"O Senado tem de debater uma reforma dessa magnitude, que envolve todos os trabalhadores. É no mínimo querer fazer as coisas às escuras. Que se reabra o debate", defendeu o senador Telmário Mota (PTB-RO).

Cerca de uma hora depois da suspensão da sessão do Senado para a votação da reforma trabalhista, parlamentares da oposição continuam ocupando a Mesa Diretora no Plenário. O espaço segue com a iluminação reduzida, o som dos microfones cortado e os aparelhos de ar-condicionado desligados.

Na Mesa, as cinco senadoras que lideram o protesto receberam reforço de deputadas como Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Maria do Rosário (PT-RS) e Benedita da Silva (PT-RJ). A senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) também se juntou ao movimento, iniciado pelas senadoras Fátima Bezerra (PT-RN), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Vanessa Graziotin (PCdoB-AM), Regina Sousa (PT-PI) e Lídice da Mata (PSB-BA).

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As parlamentares conversam, gravam vídeos para redes sociais e estavam almoçando por volta das 13h15 desta terça-feira, 11. Mesmo sem iluminação, o relator da reforma trabalhista no plenário, senador Romero Jucá (PMB-RR), permaneceu no local lendo papéis. O peemedebista, no entanto, já deixou o local.

Em meio ao protesto de senadoras da oposição contra a reforma trabalhista, nesta terça-feira (11), a senadora Kátia Abreu (PMDB-RO) afirmou que o país não tem presidente da República e pontuou que o momento não é o ideal para modernizar a legislação. Apesar de compor o mesmo partido do presidente Michel Temer (PMDB), a parlamentar se colocou contrária a votação da proposta. 

"Estamos apenas resistindo a esta votação de um governo que já está finalizado. Não temos presidente da República. Uma reforma neste momento em que estamos com o país acéfalo, não podemos aceitar e nem ficar fazendo cara de paisagem", declarou ao apoiar a manifestação liderada pelas senadoras Gleisi Holfmann e Fátima Bezerra, ambas do PT. "Vamos resistir pacificamente, calmamente e lindamente", acrescentou a senadora. 

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Sob a ótica de Kátia Abreu, uma reforma trabalhista é até necessária, mas "não de qualquer forma". "Muita coisa tem que ser modernizada, mas isso no futuro, quando nós tivermos um presidente da República eleito pelo povo brasileiro. Acho importante modernizar as leis, mas não é de qualquer jeito, não é de qualquer forma", frisou. 

As senadoras estão às escuras no plenário da Casa Alta para impedir que a votação da reforma trabalhista, prevista para hoje, aconteça. A senadora Fátima Bezerra estava presidindo a reunião, iniciada por volta das 11h, quando o presidente Eunício Oliveira (PMDB) chegou ao local para tomar o seu posto, mas foi impedido e em reação suspendeu a sessão, mandando apagar as luzes, suspender o som e o ar. 

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), deixou o plenário da Casa por volta das 12h30 desta terça-feira, 11, declarando que a sessão para votação da reforma trabalhista será retomada "quando a ditadura deixar". Inicialmente, Eunício proibiu o acesso da imprensa e de assessores parlamentares ao plenário e determinou o apagar das luzes e o corte do som dos microfones.

Questionado por jornalistas sobre a proibição da entrada da imprensa, Eunício respondeu que "a sessão estava encerrada e as luzes apagadas", mantendo o seu posicionamento. Alguns minutos depois, no entanto, a assessoria de imprensa da presidência da Casa autorizou a entrada de jornalistas.

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A fala de Eunício foi uma resposta ao protesto da oposição para tentar obstruir a votação da reforma trabalhista no plenário do Senado, liderado por um grupo de cinco senadoras, que ocupam a mesa diretora: Fátima Bezerra (PT-RN), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Vanessa Graziotin (PCdoB-AM), Regina Sousa (PT-PI) e Lídice da Mata (PSB-BA).

O grupo de senadoras permaneceu na mesa mesmo após o Eunício ter anunciado, em pé e puxando o microfone que era usado por Fátima Bezerra, o fim da sessão. A decisão foi seguida pelo desligamento dos microfones e o apagar de todas as luzes do plenário.

Sindicalistas

Um grupo com cerca de 20 pessoas fez um manifesto contra a reforma trabalhista durante audiência pública da Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado. Por conta da votação da reforma trabalhista, nesta terça-feira, o sistema de segurança do Congresso Nacional foi reforçado e visitantes estão proibidos de se aproximar do plenário.

Inicialmente a sessão da CDH foi marcada para tratar da aposentadoria especial para os profissionais da enfermagem, porém a reunião foi utilizada como estratégia da oposição para fazer com que alguns trabalhadores e sindicalistas conseguissem entrar na Casa. Na segunda-feira, 10, a sessão já havia sido transformada em palco de discussões sobre a reforma.

Embora o grupo não possa circular pelo Senado, os oposicionistas ainda esperam conseguir autorização para que alguns manifestantes entrem nas galerias do plenário e acompanhem a discussão e votação da matéria. A sessão de apreciação da reforma foi marcada para às 11h, mas o pleito só deve ocorrer no período da tarde.

Os oposicionistas estão fazendo diversos pronunciamentos ao longo da manhã para pedir o apoio dos trabalhadores para protestarem contra a votação da reforma. Eles também planejam fazer movimentos de obstrução no plenário para atrasar a votação da proposta.

Senadoras da oposição decidiram ocupar a Mesa Diretora do Senado para impedir que a sessão de votação da reforma trabalhista tenha andamento. O protesto é protagonizado por Gleisi Hollfmann e Fátima Bezerra, do PT, e Vanessa Grazziotin (PCdoB). Fátima Bezerra, inclusive, estava presidindo a reunião iniciada por volta das 11h. Ao chegar no Plenário, o presidente Eunício Oliveira (PMDB) foi impedido de tomar o assento e suspendeu a sessão. 

Em reação ao protesto, as luzes do Plenário também foram apagadas e as senadoras estão em suas páginas oficiais do Facebook transmitindo ao vivo a manifestação. Segundo Gleisi, "não há outro jeito" de se manifestar contra a proposta e mesmo que a votação aconteça e o texto seja aprovado, não vão ficar "manso", vão "resistir" e se for preciso vão levar velas para o local para fazer uma vigília. "Vamos ficar aqui, vamos resistir", declarou a também presidente nacional do PT.

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"Estamos aqui legitimados pelo voto do povo. Isso aqui é um gesto e um ato de resistência pela clareza que temos do quanto esta reforma vai prejudicar a vida dos trabalhadores", acrescentou a senadora Fátima Bezerra. 

De acordo com o site do Senado, a oposição tem ocupado a tribuna para discursar contra o projeto da reforma trabalhista desde o começo da reunião. O gramado em frente ao Congresso tem a presença de dezenas de sindicalistas. Durante a confusão, profissionais de imprensa e de assessorias parlamentares foram proibidas de entrar no Plenário do Senado.

Ao deixar o local, Eunício Oliveira convocou uma reunião no gabinete da Presidência com diversos senadores e líderes para tratar da retomada da sessão de votação da reforma trabalhista. De acordo com Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), os parlamentares estão discutindo a possibilidade de a sessão ser transferida para o auditório Petrônio Portela, onde cabem mais pessoas que as galerias do Plenário.

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Às vésperas do recesso parlamentar, que começa na semana que vem, o governo terá uma prova de fogo nesta terça-feira (11). É que o Senado espera concluir hoje a votação da reforma trabalhista – PLC 38/2017.

A expectativa é de um placar bastante apertado. Para aprovar o texto são necessários, pelo menos, 41 votos dos 81 senadores. Em meio à análise pelos deputados da denúncia contra o presidente Michel Temer por crime de corrupção passiva, apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o presidente do Senado, Eunício Oliveira, já disse que a votação estará na pauta do dia, independentemente do que acontecer na Câmara.

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Próximos passos

Oliveira já deu por encerrada as discussões da matéria no plenário na última quinta-feira (6), portanto, na sessão deliberativa de hoje, marcada para as 11h, os líderes de partidos e de blocos partidários poderão apenas orientar suas bancadas para aprovar ou rejeitar o projeto. Não haverá discursos de senadores que não são líderes. Em seguida, a votação será feita nominalmente com divulgação do resultado no painel eletrônico.

Se aprovado o texto principal, os senadores vão analisar as emendas apresentas em plenário. As que receberam parecer contrário deverão ser votadas em globo, ou seja, todas juntas de uma vez e, provavelmente, em votação simbólica. Todas têm parecer pela rejeição. Depois é a vez das emendas destacadas seguirem para votação em separado pelos partidos ou blocos partidários. A votação de cada destaque também poderá ser encaminhada pelas lideranças.

Caso os senadores confirmem o texto sem mudanças, o projeto seguirá para sanção presidencial no dia seguinte. Se reprovado, o texto é arquivado.

A proposta

A proposição a ser analisada prevê, além da supremacia do negociado sobre o legislado, o fim da assistência obrigatória do sindicato na extinção e na homologação do contrato de trabalho. Além disso, extingue a contribuição sindical obrigatória de um dia de salário dos trabalhadores.

Há também mudanças nas férias, que poderão ser parceladas em até três vezes no ano e regras para o trabalho remoto, também conhecido como home office. Para o patrão que não registrar o empregado, a multa foi elevada e pode chegar a R$ 3 mil. Atualmente, a multa é de um salário-mínimo regional.

Vetos

Para acelerar a tramitação da proposta todas as 864 emendas apresentadas pelos senadores foram rejeitadas nas comissões de Assuntos Econômicos, Assuntos Sociais e de Constituição e Justiça. Em seus pareceres o senador Ricardo Ferraço, que relatou a matéria nas duas primeiras comissões, ressaltou o acordo firmado com o presidente Michel Temer para que ele vete seis pontos polêmicos da reforma inseridos pelos deputados para que os temas sejam reapresentados via medida provisória ou projeto de lei.

Um desses pontos é o que aborda o trabalho da gestante e da lactante em ambiente insalubre. O texto prevê que a trabalhadora gestante deverá ser afastada automaticamente, durante toda a gestação, apenas das atividades consideradas insalubres em grau máximo. Para atividades insalubres de graus médio ou mínimo, a trabalhadora só será afastada a pedido médico.

Em relação ao trabalho intermitente, o relator recomenda veto aos dispositivos que regulamentam a prática. Neste tipo de trabalho, são alternados períodos de prestação de serviços e de inatividade, determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de atividade do empregado e do empregador. Segundo ele, o melhor seria regulamentar por medida provisória, estabelecendo os setores em que a modalidade pode ocorrer.

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O Plenário do Senado Federal deve analisar a reforma trabalhista nesta terça-feira (11). A proposta, que atualiza pontos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), tem dividido a opinião dos parlamentares desde que iniciou a tramitação, mas a expectativa do governo do presidente Michel Temer (PMDB) é de que o texto seja aprovado e vá à sanção. 

A tendência de aprovação do projeto de lei é reforçada pela bancada dos senadores pernambucanos. Ouvidos pelo LeiaJá, dos três parlamentares, dois - Armando Monteiro (PTB) e Fernando Bezerra Coelho (PSB) - vão votar pela reforma, enquanto o senador Humberto Costa (PT) é contrário ao texto. 

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À reportagem, eles expuseram argumentos que justificam seus votos. Armando Monteiro disse que a reforma trabalhista já foi defendida pelos ex-presidentes Dilma Rousseff e Lula, ambos do PT - partido que ele é aliado de primeira hora, sem êxito e pontuou a necessidade dela ser efetivada. 

“A reforma trabalhista está em discussão há muito tempo e sempre defendi a atualização da legislação, que já tem 74 anos. Foi assim que agi nos governos Lula e Dilma, que também tiveram iniciativas nesse sentido. Portanto, há amplo entendimento sobre a necessidade desta reforma, essencial para o Brasil e para seus trabalhadores e trabalhadoras”, declarou Monteiro. 

“Não é uma proposta ou agenda deste governo, é uma mudança essencial para o país. A proposta de reforma trabalhista não tira direitos. Muita coisa mudou no mundo do trabalho e o mundo inteiro promove atualizações e alterações na legislação trabalhista. O Brasil precisa fazer o mesmo”, acrescentou.

A postura do petebista foi corroborada por Fernando Bezerra Coelho. Para o socialista, a atualização da legislação pode conduzir o país à retomada do investimento e do emprego, além de concluir o que chamou de “razão” do governo Temer que é, segundo ele, a superação da crise econômica. 

“A Reforma Trabalhista não subtrai os principais direitos dos trabalhadores, como: o salário mínimo, o FGTS, o décimo terceiro salário, as férias e o aviso prévio, entre outros. Não se retira nenhum dos direitos relacionados no artigo 7º da nossa Constituição. E ali estão elencados 29 direitos de trabalhadores. A meu ver, apenas se oferece uma maior facilidade na negociação das questões do dia a dia do trabalho”, argumentou. 

Em contrapartida, o petista Humberto Costa cravou que a reforma onera a classe trabalhadora e ao contrário do que o governo prega, vai aumentar o índice de desemprego no país.

“Sou contra por várias razões. A mais importante é porque entendo que não podem ser os trabalhadores a pagarem esta conta. O que ela [a reforma] quer é reduzir os custos de produção para os empresários e onerar os trabalhadores retirando vários direitos conquistados pela classe trabalhadora. Nenhuma destas propostas nos dá segurança de que vai haver o surgimento de novas vagas de emprego”, justificou. 

Trâmite

Como os senadores já realizaram as discussões sobre o projeto que altera as leis trabalhistas, a sessão, prevista para às 11h desta terça, deve iniciar diretamente com os encaminhamentos de votação. Em seguida serão apreciados os destaques. 

Caso a matéria for aprovada sem alterações, segue direto para sanção do presidente Michel Temer – que já se comprometeu a vetar seis pontos do texto e editar medida provisória posteriormente regulamentando os trechos que vão ficar sem definição.

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O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), confirmou ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, neste domingo (9), que vai colocar a reforma trabalhista em votação no Plenário na terça-feira (11). A confirmação foi feita após reunião entre Eunício e Temer, no Palácio do Jaburu. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também participou do encontro.

Quando questionado sobre possíveis impactos de um revés contra o governo na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que analisará a denúncia contra Temer, o presidente do Senado disse que a votação será pautada independentemente do que acontecer na Câmara dos Deputados.

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O monitoramento para a votação da reforma trabalhista no Senado indica um quadro preocupante para o governo. Há uma semana, o Palácio do Planalto previa 43 senadores favoráveis ao projeto no plenário. A pesquisa mais recente indica que um deles não acompanhará o governo e deve votar "não". Assim, a expectativa é de que 42 senadores apoiarão a reforma - apenas um a mais que o mínimo necessário.

Diante dessa margem apertadíssima de apenas um voto naquela que é considerada "a mais fácil das reformas" por precisar de maioria simples no plenário - a da Previdência exige três quartos - , o Palácio do Planalto tem se desdobrado para tentar derrubar a denúncia contra Temer e, ao mesmo tempo, convencer cinco senadores que ainda estão em dúvida sobre a reforma trabalhista.

O esforço é direcionado a Dario Berger (PMDB-SC), Lasier Martins (PSD-RS), Magno Malta (PR-ES), Omar Aziz (PSD-AM) e Ronaldo Caiado (DEM-GO). Esses senadores reconhecem pontos favoráveis da reforma, mas criticam itens do projeto ou a tramitação do texto na Casa. No grupo, Magno Malta parece ser o mais inclinado a votar com o governo. O Planalto, porém, acredita que poderá convencer os demais.

Na reunião de Temer com 22 ministros antes do embarque para o G-20 na Alemanha, na noite de quarta-feira, o presidente pediu apoio à equipe não apenas para derrubar a denúncia no Congresso, mas também para garantir a reforma trabalhista. No Planalto, o projeto considerado fundamental para dar "fôlego político" ao governo.

A iniciativa para agradar ao grupo está a cargo do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). O parlamentar tem carta branca de Michel Temer para costurar acordo de ajuste de pontos da reforma trabalhista e já se compromete a mudar oito pontos da reforma, como a criação de quarentena para a migração de um trabalhador para o contrato intermitente e o cancelamento do artigo que permitia que grávidas e lactantes trabalhem em locais insalubres. Outro tema que será alterado é a criação de uma alternativa ao imposto sindical.

As votações da reforma trabalhista e a indicação de Raquel Dodge ao cargo de procuradora-geral da República são os destaques desta semana no Senado Federal. A semana legislativa começa na terça-feira (11), com a votação da reforma no plenário do Senado.

Como os senadores já realizaram as discussões sobre o projeto de lei que altera as leis trabalhistas, a sessão deve se iniciar diretamente com os encaminhamentos de votação. Em seguida serão apreciados os destaques. Se a matéria for aprovada sem alterações, segue direto para sanção do presidente Michel Temer – que já se comprometeu a vetar seis pontos do texto e editar medida provisória posteriormente regulamentando os trechos que ficarão sem definição.

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Antes da votação em plenário, a reforma trabalhista passou pelas comissões de Assuntos Econômicos e de Constituição e Justiça, onde foram aprovados pareceres favoráveis ao texto da Câmara. Já na Comissão de Assuntos Sociais foi aprovado voto em separado do senador Paulo Paim (PT-RS) pela rejeição da proposta. O relatório que deverá ser apreciado pelos senadores em plenário será o aprovado na CAE, do senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES).

PGR

No dia seguinte, quarta-feira (12), a CCJ inicia pela manhã a sabatina de Raquel Dodge. Após ouvirem as respostas da procuradora, os membros da comissão vão votar a indicação dela para o cargo de procuradora-geral da República. A expectativa é que, após a votação na comissão, seja aprovada urgência para que a indicação seja apreciada em plenário no mesmo dia.

Raquel Dodge foi indicada ao cargo pelo presidente Michel Temer para suceder Rodrigo Janot, cujo mandato à frente da Procuradoria-Geral da República (PGR) termina em setembro.

Incentivos fiscais

Outro tema que está na pauta do plenário em regime de urgência e pode ser apreciado esta semana é o projeto que trata da convalidação dos incentivos fiscais oferecidos pelos estados na chamada guerra dos portos. Se for aprovado, o projeto seguirá para sanção presidencial.

A votação, no entanto, pode ficar para a semana seguinte porque ainda na quarta-feira, às 19h, está marcada sessão do Congresso Nacional para apreciação de vetos presidenciais. Logo após votarem os vetos, os parlamentares poderão apreciar também o projeto que libera créditos extraordinários no valor de R$ 102 milhões para a confecção de passaportes. O serviço está parado por falta de verbas no momento.

O monitoramento para a votação da reforma trabalhista no Senado indica um quadro preocupante para o governo. Há uma semana, o Palácio do Planalto previa 43 senadores favoráveis ao projeto no plenário. A pesquisa mais recente indica que um deles não acompanhará o governo e deve votar "não". Assim, o presidente Michel Temer embarcou para a Alemanha com a expectativa de que 42 senadores apoiarão a reforma - apenas um a mais que o mínimo necessário. A votação está prevista para ocorrer na próxima semana.

O monitoramento feito pelo governo para a reforma trabalhista não conta mais com o voto de Acir Gurgacz (PDT-RO). Empresário bem-sucedido, o senador diz que pessoalmente é favorável à mudança na legislação. Essa posição tem sido repetida pelo parlamentar em reuniões com lideranças empresariais e políticas.

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Durante a tramitação prévia do projeto nas comissões, o senador de Rondônia votou contra o texto defendido por Temer. Diante dessa divergência entre opinião e voto, o governo acreditava que poderia reverter a situação na fase mais importante do processo: o plenário. O parlamentar, porém, indicou que deverá manter o voto contra a reforma para seguir a decisão do PDT. Gurgacz, aliás, é líder do partido no Senado.

A interlocutores, Gurgacz tem classificado a situação como "complicada", já que concorda com o projeto, mas não pode desobedecer a posição do partido. Vale lembrar que, após a aprovação da trabalhista no plenário da Câmara em abril, o PDT expulsou o deputado Carlos Eduardo Cadoca (PE) por ter votado a favor do texto. A posição do partido contra a reforma trabalhista e da Previdência foi fechada em 17 de março.

Esse quadro mostra que foi breve a comemoração da aprovação do regime de urgência para a tramitação da reforma no plenário, que passou nesta semana por 46 votos a 19 contra. Nesse dia, aliás, Gurgacz não compareceu à votação.

Estratégia

Diante dessa margem apertadíssima de apenas um voto naquela que é considerada "a mais fácil das reformas" por precisar de maioria simples no plenário - a da Previdência exige três quartos, o Planalto tem se desdobrado para tentar derrubar a denúncia contra Temer e, ao mesmo tempo, convencer cinco senadores que ainda estão em dúvida sobre a reforma trabalhista.

O esforço é direcionado a Dario Berger (PMDB-SC), Lasier Martins (PSD-RS), Magno Malta (PR-ES), Omar Aziz (PSD-AM), Ronaldo Caiado (DEM-GO). Esses senadores reconhecem pontos favoráveis da reforma, mas criticam itens do projeto ou a tramitação do texto na Casa. No grupo, Magno Malta parece ser o mais inclinado a votar com o governo. O Planalto, porém, acredita que poderá convencer os demais.

Na reunião de Temer com 22 ministros antes do embarque para o G-20 na Alemanha, na noite de quarta-feira, o presidente pediu apoio à equipe não apenas para derrubar a denúncia no Congresso, mas também para garantir a reforma trabalhista. No Planalto, o projeto considerado fundamental para dar "fôlego político" ao governo.

A iniciativa para agradar o grupo está a cargo do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). O parlamentar tem carta branca de Michel Temer para costurar acordo de ajuste de pontos da reforma trabalhista e já se compromete a mudar oito pontos da reforma, como a criação de quarentena para a migração de um trabalhador para o contrato intermitente e o cancelamento do artigo que permitira que grávidas e lactantes trabalhem em locais insalubres. Outro tema que será alterado é a criação de uma alternativa ao imposto sindical.

A reforma trabalhista muda a relação entre patrões e empregados. O projeto, amplamente apoiado pelas entidades empresariais, prevê, por exemplo, que os acordos coletivos tenham força de lei. Também acaba com a obrigatoriedade da contribuição sindical e permite a flexibilização de contratos de trabalho. Direitos constitucionais, como o 13.º salário, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e salário mínimo, estão preservados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) assinou um Termo de Compromisso de Ajuste de Conduta (TAC) com o Ministério Público do Trabalho (MPT) em que se compromete a veicular mensagens educativas sobre a reforma trabalhista e a suspensão de chamadas publicitárias sem base fática ou documental.

O acordo é o resultado de um inquérito civil aberto pelo MPT, que constatou que a emissora estava transmitindo chamadas publicitárias com informações duvidosas a respeito do projeto de reforma. De acordo com a procuradora responsável pelo caso, Renata Coelho, trata-se de propaganda possivelmente sem base fática ou documental, que não exprimiria opinião, mas sim afirmativa que sem a aprovação das reformas o país estará quebrado e o trabalhador ficaria sem salário”. 

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As mensagens que eram exibidas pelo SBT traziam frases como “Você sabe que se não for feita a Reforma Trabalhista, você pode deixar de receber o seu salário?” ; “Você sabe que o Brasil quebra, se não aprovar a nova lei da Previdência?”;  “Você sabe que alguns estados brasileiros estão sem dinheiro para pagar as duas contas?” e “Você quer que aconteça o mesmo com o Brasil?.

De acordo com Silvimar Flávio Ramiro, que representou o SBT no inquérito, as mensagens deixaram de ser veiculadas no dia 12 de junho e tinham por objetivo motivar a reflexão sobre o tema. “O SBT é empresa idônea, responsável e prima pelo cumprimento da legislação”, disse ele. 

A procuradora sugeriu que fosse cedido espaço na programação para a veiculação de “ideias reflexivas sobre as reformas, sem qualquer caráter político, partidário ou mesmo ideológico”. A resposta da emissora foi que desde o dia 1º de julho já está sendo realizada a veiculação desse tipo de material audiovisual. 

Em caso de descumprimento dos termos do acordo, a empresa poderá pagar multa de R$ 10 mil por veiculação, revertida ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) ou a outro fundo ou instituição a critério do MPT.

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Por 46 votos a 19, os senadores aprovaram na noite desta terça-feira (4) a urgência para a tramitação da reforma trabalhista. Após o resultado, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), informou que há um acordo entre líderes partidários para que a votação ocorra na próxima terça-feira, 11. A discussão do texto no plenário iniciará amanhã.

Auxiliares do presidente Michel Temer consideram que a aprovação do regime de urgência representa uma demonstração de força política do governo. O placar de hoje nesta votação também serve como um termômetro de quantos votos o Planalto tem para garantir a aprovação da matéria na semana que vem, que precisa do apoio de pelo menos 41 parlamentares.

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A votação da Reforma Trabalhista no plenário do Senado deverá ser o principal tema a movimentar a Casa nesta semana que se inicia. Os senadores deverão primeiro analisar o requerimento de urgência do projeto, na terça-feira (4), e depois votar a reforma, prevista para quarta-feira (5). Para que a reforma seja aprovada é necessária apenas a maioria simples dos senadores presentes.

Outra matéria que está pronta para ser votada pelos senadores há várias semanas e pode ser finalmente concluída é a proposta de emenda à Constituição que torna estupro crime imprescritível. A PEC já foi aprovada em primeiro turno e precisa ser votado em segundo turno.

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Na próxima terça-feira (4), ainda, o presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), senador Dário Berger (PMDB-SC) colocará em votação o projeto de lei que libera crédito suplementar ao Ministério da Justiça, da ordem de R$ 102 milhões, para a confecção de passaportes. O serviço está suspenso pela Polícia Federal porque o dinheiro previsto para este fim acabou na última semana. Depois que for votado pela CMO, o projeto ainda precisa ser votado no plenário do Congresso Nacional, que está com a pauta trancada por vetos presidenciais.

Ainda se tratando de orçamento, esta semana será a última para que as comissões temáticas do Senado definem as emendas que pretendem apresentar à Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2018. Cada uma das 13 comissões permanentes tem direito a apresentar até duas emendas ao anexo de metas e prioridades, que lista as ações prioritárias para o próximo ano. Elas serão encaminhadas à CMO até quarta-feira à noite.

A Comissão Parlamentar de Inquérito da Previdência também deverá manter sua agenda de reuniões às segundas e quintas-feiras. A próxima audiência pública deverão falar os representantes dos maiores devedores da Previdência no setor comercial. Já foram ouvidos representantes das empresas nas áreas de educação, bancos e indústria.

A votação da Reforma Trabalhista no plenário do Senado deverá ser o principal tema a movimentar a Casa nesta semana que se inicia. Os senadores deverão primeiro analisar o requerimento de urgência do projeto, na terça-feira (4), e depois votar a reforma, prevista para quarta-feira (5). Para que a reforma seja aprovada é necessária apenas a maioria simples dos senadores presentes.

Na próxima terça-feira (4), ainda, o presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), senador Dário Berger (PMDB-SC) colocará em votação o projeto de lei que libera crédito suplementar ao Ministério da Justiça, da ordem de R$ 102 milhões, para a confecção de passaportes.

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O serviço está suspenso pela Polícia Federal porque o dinheiro previsto para este fim acabou na última semana. Depois que for votado pela CMO, o projeto ainda precisa ser votado no plenário do Congresso Nacional, que está com a pauta trancada por vetos presidenciais.

Outra matéria que está pronta para ser votada pelos senadores há várias semanas e pode ser finalmente concluída é a proposta de emenda à Constituição que torna estupro crime imprescritível. A PEC já foi aprovada em primeiro turno e precisa ser votado em segundo turno.

Ainda se tratando de orçamento, esta semana será a última para que as comissões temáticas do Senado definem as emendas que pretendem apresentar à Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2018. Cada uma das 13 comissões permanentes tem direito a apresentar até duas emendas ao anexo de metas e prioridades, que lista as ações prioritárias para o próximo ano. Elas serão encaminhadas à CMO até quarta-feira à noite.

A Comissão Parlamentar de Inquérito da Previdência também deverá manter sua agenda de reuniões às segundas e quintas-feiras. A próxima audiência pública deverão falar os representantes dos maiores devedores da Previdência no setor comercial. Já foram ouvidos representantes das empresas nas áreas de educação, bancos e indústria.

Nesta sexta-feira (30), várias vias do Recife amanheceram bloqueadas por manifestantes dos movimentos sociais e centrais sindicais que convocaram a população para a Greve Geral contra as reformas que o governo de Michel Temer busca aprovar. A categoria dos rodoviários declarou que não iria entrar em greve nessa quinta-feira por medo de ser multada, mas que apoiava a movimentação grevista contra Temer. Por volta das 6h40 da manhã, entretanto, o Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco determinou a paralisação das atividades no Centro do Recife e a ponte Duarte Coelho, que liga as avenidas Guararapes e Conde da Boa Vista, foi bloqueada e os passageiros de alguns ônibus foram orientados a descer dos coletivos. O LeiaJá foi à rua para saber o que a população pensa a respeito da greve e da paralisação do transporte público.

Italo da Silva, 18 anos, acredita que o movimento tem uma razão justa, apesar de gerar alguns transtornos. “Eu acho legal, atrapalha um pouco quem trabalha ou tem que estudar, mas é uma luta justa pela democracia do Brasil, tem um lado positivo e um negativo”, disse ele. A funcionária pública Rosineide França também apoia o movimento, mas acha que a paralisação parcial de algumas categorias prejudica os trabalhadores, sendo preferível que tudo ficasse parado. “Acho certo buscar direitos, mas se é pra parar, tinha que parar tudo porque se só funciona parte do transporte o chefe pensa que o empregado não vai porque não quer, além de que a gente fica preso no meio do caminho. Eu vim do Ibura e lá tinha ônibus mas aqui tá tudo parado”, explica Rosineide.

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Carlos Alberto é estudante de fisioterapia e acredita que seria mais eficiente lembrar quem são os políticos favoráveis às reformas e retirar todos do poder deles através das eleições. “Eu não acho viável fazer greve e parar o transporte porque o prejuízo é maior para o comércio, que já não está vendendo bem, a gente tem que lutar pelo voto, sabendo quem são esses caras que tão aprontando com a gente”, ressaltou. João Manoel dos Santos é aposentado e se opõe à paralisação do metrô e dos ônibus. Para ele, não há motivos para isso. “Eu moro na Várzea, saí agora de uma consulta no médico e não tem transporte público para eu ir para a minha casa, eu sou contra isso porque não acho que tem motivo”, declarou.

Já o analista de sistemas Eric Henrique apoia a causa grevista e diz que a paralisação do transporte é algo previsível e possível de contornar. “Seria melhor se todas as categorias parassem, aí eu também estaria aqui na rua protestando, mas mesmo assim eu já sabia que poderia não ter transporte, era previsível, então dei um jeito de vir para cá mesmo assim”, explicou ele.

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Em apoio à Greve Geral, rodoviários do Recife e Região Metropolitana travam o trânsito, no início da manhã desta sexta-feira (30), na Avenida Guararapes, área central da capital pernambucana. Ontem, a categoria informou que não participará totalmente do movimento nacional, porém, o ato desta manhã, além de apoiar os outros trabalhadores que integrarão à Greve Geral, serve para reforçar que na próxima segunda-feira (3) os rodoviários darão início a uma paralisação de fato.

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Contrários às reformas trabalhista e da previdência, além de defender as eleições diretas, trabalhadores de todo o País prometem sair às ruas em manifestações. De acordo com o secretário geral do Sindicato dos Rodoviários, Josival Costa, o ato da categoria em apoio à Greve Geral deve durar até as 10h desta sexta-feira. Muitos passageiros, inclusive, estão tendo que deixar os coletivos e seguir suas viagens a pé.

Assista ao protesto:

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"Nós vamos barrar a passagem dos ônibus até 10h em apoio à Greve Geral, já que não podemos parar totalmente hoje. O que queremos é parar as reformas que estão acontecendo no Brasil", destacou Josival Costa. O ato dos rodoviários, no entanto, não agradou alguns usuários do transporte coletivo.

O vendedor Arthur Geraldo, de 54 anos, trabalha no bairro de Porta Larga, em Jaboatão nos Guararapes, na RMR. Ele embarcou em um ônibus no bairro dos Coelhos, no Recife, com destino a Jaboatão, entretanto, o coletivo parou na Avenida Guararapes por causa do protesto dos rodoviários. O vendedor reclamou bastante e se mostrou prejudicado.

"Somos trabalhadores! Quero saber quem vai pagar minha passagem! De que horas vou conseguir chegar ao trabalho? Eles (rodoviários) dizem que apoiam os trabalhadores, mas é tudo mentira", reclamou Arthur Geraldo. 

Com informações de Giselly Santos

Com quórum baixo no plenário do Senado, o presidente Eunício Oliveira (PMDB-CE), preferiu deixar para a terça-feira (4) a votação do requerimento de urgência para a proposta da reforma trabalhista.

Sob pressão da oposição, Eunício fechou acordo para adiar a votação do requerimento. Agora, caso todos os prazos sejam respeitados, a votação da reforma trabalhista em plenário pode acontecer apenas a partir da próxima quarta-feira (5).

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Aprovado o requerimento de urgência, é possível que os senadores fechem acordo para votar a reforma trabalhista imediatamente. Por se tratar de uma matéria delicada, com forte pressão contrária da oposição, é pouco provável que a votação seja antecipada.

O presidente Michel Temer estava no Palácio do Jaburu acompanhando a votação da reforma trabalhista na Comissão de Constituição e Justiça do Senado e comemorou o resultado. "Os 16 a 9 votos na CCJ do Senado na Modernização Trabalhista comprovam que a base do governo continua firme e forte", disse ao jornal O Estado de S. Paulo, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha.

Já o ministro-chefe da Secretaria Geral, Moreira Franco, resumiu o momento dizendo que, com este novo passo, na CCJ, "as mudanças necessárias para que o Brasil supere a maior crise econômica de nossa história avançam". Para o ministro "este é o caminho que seguiremos sem vacilações pois é o caminho para recuperar os empregos e renda do povo trabalhador brasileiro".

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O Palácio do Planalto já vinha considerando o dia positivo desde mais cedo. Primeiro, com a repercussão da dura fala de Temer na véspera, em reação à decisão do procurador Geral da República, Rodrigo Janot, de denunciá-lo. O apoio dos parlamentares no dia anterior e a romaria de deputados e senadores durante a quarta-feira sinalizavam que o presidente estava no caminho certo, informavam interlocutores, que já consideravam que o peemedebista tinha "saído das cordas".

Disseram, por exemplo, que deputados e senadores pediam cópia do pronunciamento de Temer, do dia anterior, que serviria de embasamento para a defesa do governo e deles próprios, para votar a favor do presidente, em suas bases.

"A onda está virando", comentou um outro assessor palaciano, ao listar resultados positivos de ontem. Nas redes sociais, a repercussão era considerada muito boa porque os comentários endossavam as críticas de Temer a Janot, principalmente condenando o acordo que beneficiou o empresário Joesley Batista, da JBS.

Outra vitória do governo foi a saída de Renan Calheiros da liderança do PMDB. Também foi considerado dado positivo o ministro do STF Edson Fachin não ter concedido os 15 dias que Janot queria para Temer se defender no Supremo, o que consideram apenas mais uma manobra do procurador para postergar a tramitação da denúncia.

Temer continua com pressa para votar e derrubar a proposta. Está convencido de que tem os votos necessários para rejeitar a denúncia. A nomeação de Raquel Dodge, a primeira mulher a assumir o cargo de procuradora-geral da República também foi considerada uma boa nova.

Por fim, agradou o numero de votos maior do que o esperado pelo governo, que chegou a pensar que poderia ser pelo apertado placar de 14 a 12. Depois de um mês de bombardeio dia pós dia, o presidente, de acordo com auxiliares, poderia dormir aliviado. Mas tanto Temer, quanto seus assessores sabem que novos petardos estão sendo preparados por Janot - e muitas outras batalhas terão de ser vencidas.

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