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O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, mobiliza seus apoiadores neste sábado (13) e reza em Santa Sofia, a basílica transformada em museu em Istambul, a 24 horas das decisivas eleições de domingo, nas quais enfrenta uma oposição unida pela primeira vez.

É nesta basílica bizantina do século IV, convertida em mesquita em 2020, que o chefe de Estado encerrará uma campanha de injúrias e ameaças veladas feitas tanto por ele quanto por seus correligionários contra seu maior rival, Kemal Kiliçdaroglu.

"Todo o Ocidente ficou atordoado! Mas eu fiz", gritou ele para seus apoiadores, neste sábado, sobre a conversão da Santa Sofia.

Reeleito nas urnas desde 2003, Erdogan, de 69 anos, prometeu na sexta-feira respeitar o resultado das eleições presidencial e legislativas, para as quais são convocados 64 milhões de eleitores.

"Chegamos ao poder pela via democrática, com o apoio do nosso povo. Se nossa nação tomar uma decisão diferente, faremos o que a democracia exige", afirmou, visivelmente irritado, em entrevista transmitida à noite pela televisão, simultaneamente, na maioria dos canais do país.

O medo de excessos violentos persiste nas grandes cidades, após uma série de incidentes ocorridos na reta final de uma campanha bastante polarizada, obrigando seu adversário a usar um colete à prova de balas debaixo do terno em suas últimas reuniões de campanha.

- "Prontos para a democracia?" -

Kiliçadraoglu, que voltou para Ancara, conclui sua campanha neste sábado com uma visita simbólica ao mausoléu de Mustafa Kemal Atatürk, fundador da Turquia moderna.

Ao contrário do poder autocrático "de um só homem" (Erdogan), seu principal adversário, de 74 anos, propõe, em caso de vitória, uma direção colegiada, cercada de vice-presidentes que representem os seis partidos da coalizão que ele dirige, indo da direita nacionalista à esquerda liberal.

"Estão prontos para a democracia? Para a paz reinar neste país? Eu estou. Prometo isso a vocês", declarou, ontem, em seu último grande comício em Ancara.

"Eu prometo" é o slogan de sua campanha e o refrão das canções de seus apoiadores.

Kiliçadraoglu promete o retorno ao Estado de direito e ao regime parlamentar, a separação dos poderes e a libertação das dezenas de milhares de presos políticos, entre juízes, intelectuais, militares e funcionários públicos, acusados de "terrorismo", ou de "insulto ao presidente ".

A popularidade do chefe de Estado, que destaca as grandes conquistas e o desenvolvimento de seu país desde 2003, foi prejudicada pela virada autoritária da última década, por uma economia em crise e por uma inflação de cerca de 40% em um ano, conforme dados oficiais contestados.

Erdogan reconhece ter dificuldade para atrair os mais jovens, dos quais mais de 5,2 milhões votarão pela primeira vez. Outra incógnita é o impacto do terremoto que devastou parte do sul da Turquia, deixando pelo menos 50 mil mortos e três milhões de desaparecidos.

A madrugada desta sexta-feira (25) no BBB 22 foi marcada pela Prova do Líder. Pedro Scooby e Paulo André foram os últimos a deixar a prova, enquanto Arthur Aguiar e Lucas não se deram bem e foram eliminados com um passaporte para o paredão da semana.

A notícia veio quase como uma vitória para Jade Picon e Laís, que com certeza estariam na mira da dupla caso eles ganhassem a prova. A médica não escondeu a felicidade com a eliminação e disparou: "Sério, não tinha cenário melhor. Amiga, se eu te contar que eu comecei a rezar? Eu pedi muito para o meu pai e rezei real para tirar eles. Foi eu terminar de pedir que aconteceu. Olhei no fundo do olho dele e falei você vai errar".

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E depois, continua: "E eles foram direto para o paredão... Amiga, estou sentindo muito que é nossa. Quando a galera começar a ficar cansada, você fica com cara de serena, dança. Isso aí desestabiliza qualquer um".

Na sequência, com quatro horas de prova, Eslovênia e Linn da Quebrada também deixaram a disputa. Com cinco horas, Jessilane e Natália e Vinicius e Eliezer foram eliminados. E, por último, Gustavo e Douglas Silva.

A prova continuou até cerca de 8h da manhã entre Jade Picon e Laís e Pedro Scooby e Paulo André, mas os meninos levaram a melhor. Tadeu Schmidt irá consagrar a liderança no programa ao vivo desta sexta-feira.

Eli brinca com eliminação de Arthur

E Laís não foi a única a brincar com a eliminação de Arthur. Assim que chegou na casa, Eli já começou a perguntar como foi a reação do brother ao ser o primeiro a deixar a prova: "Tá tudo bem com o Arthur?"

"Ele tá dormindo", disse Tiago. "Aconteceu alguma coisa com ele?", perguntou Eli. "Ele ficou mal", Tiago respondeu.

"Eu imaginei uma cena, achei que teve um surto, mas fiquei sem graça de perguntar se quebrou alguma coisa", brinca Eli.

Tiago Abravanel diz que é novo vilão da casa

A Prova do Líder também teve um grande impacto em Tiago Abravanel. O brother não chegou a participar da disputa, já que não foi escolhido por nenhum participante para formar dupla.

Em conversa na casa com Larissa, que também não disputou por estar com o dedo quebrado, o neto de Silvio Santos declarou: "Ai, como eu queria ter coragem para virar e falar assim: Ah é? Agora eu vou ser o vilão dessa casa... Ninguém me escolheu? Então vai ficar todo mundo no Tá Com Nada. Vou gastar a água da casa inteira agora...Imagina? Não tenho coragem!!"

Uma mulher, que não teve a identidade revelada, foi presa pela Polícia Civil de Goiás suspeita de extorquir mais de R$ 400 mil de uma vítima. Segundo investigações, a acusada afirmava que, caso não fossem pagos altos valores por sessões espirituais, a vítima e seus familiares morreriam de problemas sérios de saúde. 

O mandado de prisão foi cumprido na segunda-feira (8). A representação pela prisão da suspeita iniciou a partir de denúncias feitas pela vítima, que informou que vinha sendo extorquida ao longo de quatro anos. 

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A investigação revelou diversos depósitos e transferências de valores debitados da conta da vítima e creditados na conta da suspeita, que chegou a exigir uma procuração de transferência da casa em que a vítima morava, o que foi feito.

Diante das provas, a polícia pediu a prisão da acusada, que foi presa por agentes da Polícia Civil quando saía de um supermercado localizado na cidade de Simolândia, em Goiás. As investigações continuam e acredita-se que existem outras vítimas. A presa foi encaminhada para o presídio feminino de Formosa e está à disposição da Justiça.

Carregada com as velas que pretende acender no santuário de Fátima, em Portugal, Rosalina Barros é uma entre os muitos peregrinos que nesta quinta-feira (13) dedicaram suas orações às vítimas do coronavírus.

Como todos os anos, Rosalina viajou para esta cidade, 130 km ao norte de Lisboa, da Madeira, um arquipélago português no Oceano Atlântico. Nesta ocasião, para cumprir uma promessa relacionada à Covid-19.

"Este ano, venho agradecer à Virgem Maria por salvar vários de meus parentes que foram infectados com o coronavírus", explica a mulher de 61 anos à AFP, com seu forte sotaque insular.

Esta é a primeira romaria do ano, ato que não pôde ser realizado em 2020 por conta da pandemia, e seus organizadores estabeleceram um limito máximo de 7.500 fiéis, para garantir o respeito ao distanciamento dentro do recinto - ao ar livre - que, em geral, pode acomodar até 300.000 pessoas.

Este limite fez com que durante os dois dias de festa vários grupos de fiéis se reunissem nas diversas entradas do santuário, onde não puderam entrar por terem chegado muito tarde.

Com máscaras e espalhados por toda a esplanada, de várias centenas de metros de extensão, em frente à Basílica de Nossa Senhora do Rosário, os milhares de peregrinos tiveram que se revezar para expressar sua fé acendendo velas ou rezando em frente à Capela das Aparições, erguida no local onde três jovens pastores afirmaram ter visto a Virgem em 1917.

Segundo a tradição católica, Maria teria aparecido a eles seis vezes naquele ano, entre 13 de maio e 13 de outubro.

- "Sonhar com um mundo melhor" -

"Os tempos estão difíceis com esta pandemia", diz Elsa Pacheco, uma bancária de 51 anos.

"[A pandemia] tem que acabar e como a peregrinação foi cancelada no ano passado, este ano queríamos muito fazer, pedir", diz a peregrina, visivelmente emocionada, na companhia de outros 17 fiéis que percorreram 130 km por três dias até chegar ao santuário.

Ao cair da noite, a esplanada é iluminada pela multidão de velas que os fiéis carregam silenciosamente, em pé ou sentados em cadeiras dobráveis, durante a tradicional procissão de velas, culminação das celebrações de maio, que se realiza na noite do primeiro dia.

Devido às restrições, os peregrinos tiveram que ocupar círculos pintados no chão, separados uns dos outros, em grupos de não mais de quatro pessoas.

"O mundo, cansado da pandemia que ainda dura, precisa que corramos o risco de sonhar [...] que ousemos sonhar um mundo melhor", declarou na homilia o cardeal português José Tolentino Mendonça, que presidiu à missa da manhã de quinta-feira, regada pela chuva, do altar erguido na esplanada.

O de Fátima é um dos santuários marianos mais frequentados do mundo, como o de Lourdes, na França.

Após seis meses de um estado de emergência sanitária durante várias semanas no último inverno, Portugal iniciou no dia 1 de maio a última fase de um desconfinamento gradual que, por enquanto, não causou nenhuma repercussão na pandemia no país de 10 milhões de habitantes.

Em entrevista à emissora Al Jazeera, do Catar, neste sábado (17), o ex-presidente Lula afirmou que os empresários brasileiros deveriam estar rezando pela sua volta ao comando do Planalto. Ele comentou sobre seu potencial de articulação para melhorar a economia no país.

"Os empresários brasileiros, os donos de fundos, os banqueiros deveriam estar todo dia fazendo uma reza e pagando promessa para que eu voltasse a governar o Brasil. Para que a gente pudesse garantir o fim da fome, fim da miséria, pleno emprego e o Brasil virar protagonista internacional", declarou o petista, que ainda não confirmou sua candidatura para 2022.

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Lula voltou a destacar que não é o momento adequado para debater sobre a corrida presidencial, mas está disposto a representar a união de partidos 'progressistas'.

 "É humanamente impossível você imaginar que um político que aparece na disputa eleitoral com ampla chance de ganhar vai dizer que não é candidato. Quando chegar no momento de escolher, se eu tiver em condições e os partidos progressistas no país entenderem que meu nome pode ser o melhor, obviamente que estarei disposto a ser candidato", complementou.

Após dizer ter ficado "surpreso" com a invasão do Capitólio nos Estados Unidos, o papa Francisco rezou pela "reconciliação" dos norte-americanos na cerimônia do Angelus neste domingo (10).

"Dou uma saudação afetuosa ao povo dos Estados Unidos da América, abalado pelo recente ataque ao Congresso. Rezo por aqueles que perderam a vida, cinco perderam a vida naqueles dramáticos momentos. Reafirmo que a violência é autodestrutiva sempre. Nada se ganha com a violência e muito se perde. Exorto as autoridades de Estado e a inteira população a manter um alto senso de responsabilidade a fim de acalmar os ânimos, promover a reconciliação nacional e proteger os valores democráticos radicados na sociedade americana", disse o Pontífice.

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O líder católico ainda afirmou que reza para que a Virgem Maria "ajude a manter viva a cultura do encontro, a cultura do cuidado, como caminho principal para construir juntos o bem comum".

A oração do Papa ocorre um dia após a veiculação de uma entrevista em que Francisco destaca que a democracia deve ser sempre protegida, mesmo em países em que ela parece ser algo já conquistado.

- Batismo: Durante a cerimônia, o Pontífice também lembrou que não pode realizar neste ano o tradicional batismo na Capela Sistina por conta da pandemia de Covid-19.

"Todavia, desejo igualmente assegurar a minha oração para as crianças que estavam inscritas, pelos seus pais, por seus padrinhos e madrinhas. E a estendo a todas as crianças que nesse período recebem o batismo, recebem a identidade cristã, que isso é receber a graça do perdão, da redenção. Que Deus abençoe a todos", ressaltou ainda.

O líder católico ainda ressaltou que, mesmo aqueles que não são batizados, recebem "a graça de Deus" porque "Deus os espera, espera que abram as portas de seus corações, se aproximem".

Da Ansa

Antes da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) no Panamá, para onde viaja esta semana, o papa Francisco convidou os jovens neste domingo (20) a baixarem o Click to Pray, um aplicativo que permite aos usuários compartilharem suas orações on-line.

"A Internet e as redes sociais são um recurso do nosso tempo, uma ocasião para estar em contato com os demais, para compartilhar valores e projetos e expressar o desejo de formar uma comunidade", declarou o papa durante a oração do Ângelus na praça São Pedro.

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"A rede também pode nos ajudar a rezar em comunidade, a rezarmos juntos", afirmou o papa, antes de apresentar na bancada do palácio apostólico a plataforma "Click to Pray" (Clique para Rezar), com o auxílio de um tablet.

Lançado em 2016, mas ainda não totalmente operacional, o Click To Pray (www.clicktopray.org) convida os usuários a "acompanharem o papa em uma missão de compaixão pelo mundo", de acordo com um comunicado do Vaticano.

"Click To Pray" é a plataforma oficial de oração da JMJ 2019, no Panamá, da qual Francisco participará de 22 a 27 de janeiro.

Por conta da disputa judicial pela guarda de Tomaz (Vitor Figueiredo), Sophia (Marieta Severo) mandará matar Raquel (Erika Januza) em O Outro Lado do Paraíso. A juíza envolvida no processo irá escapar do atentado, mas não ilesa. Após sofrer um acidente de carro a mando da vilã, a namorada de Bruno (Caio Paduan) perderá o movimento das pernas, correndo sério risco de ficar paraplégica, segundo informações do Notícias da TV.

No entanto, uma reza feita por Mercedes (Fernanda Montenegro) vai fazer com que Raquel melhore na sua recuperação e volte a ter sensibilidade nas pernas, logo após uma luz azul invadir o seu quarto de hospital. O médico responsável pela recuperação da juíza, Rafael (Igor Angelkorte), não conseguirá encontrar explicação clínica para a melhora significativa da paciente.

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Antes de fazer a reza, Mercedes conversará com Josafá (Lima Duarte) dizendo que ouviu as vozes lhe avisarem que algo de ruim aconteceria com Raquel. “Josafá, eu sabia que tinha um anjo que tava protegendo a Clara na questão de guarda do menino. Era um anjo em forma de gente. Uma mulher que ia ajudar a Clara a recuperar o filho”, afirma ela. Ainda referindo-se a juíza, ela continua e conta da sua premonição: “Eu vi que uma coisa triste ia acontecer com ela. Eu vi sangue, ouvi gritos. Alguém quer tirar a moça do caminho para prejudicar a Clara”, conclui.

No seu quarto, Raquel sentirá uma presença e pergunta a Bruno se há mais alguém com eles, ouvindo seu namorado dizer que não. "Eu sinto toques suaves no meu corpo, na minha coluna, Bruno. Como se fossem seres de luz. Anjos. Ah, eu sinto tanta paz. Sinto uma energia subindo na minha coluna", diz a juíza. "Bruno, minhas pernas formigaram. Formigaram!", comemora ela ao começar a recuperar sua sensibilidade.

"Glória ao pai, glória ao filho e ao espírito santo, assim como era no princípio, agora e sempre, por todos séculos dos séculos. Amém". Segurando um ramo de pinhão-roxo colhido no quintal de sua casa, a rezadeira Ciza Batista finaliza o ritual de sua bênção. Em suas mãos santas, ela mantém viva a tradição secular "capaz de curar males da mente e do corpo".  

Na busca pelo alívio de desconfortos emocionais e espirituais, muitos recorrem ao apoio místico das rezadeiras. Na infância, familiares costumam levar os filhos com frequência para receber a bênção através da reza. Em Pernambuco, a tradição não desapareceu ao longo dos anos, mas tornou-se mais rara, principalmente nos centros urbanos. Apesar disso, as senhoras da oração poderosa ainda resistem e fazem de suas preces um alento em meio ao sofrimento de quem busca na fé uma esperança.

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No bairro de Paratibe, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife, vive a rezadeira Ciza Batista, de 73 anos. A aposentada tem mais de seis décadas de experiência e diz que sua missão é rezar e ser uma porta-voz do conforto divino. Em seu quintal, ela colhe as plantas necessárias para realizar o ritual e diz que a procura das pessoas ainda é grande. “Já benzi gente de outros estados que vieram só para me encontrar”, conta.

A benzedeira Ciza explica que não “aprendeu” a rezar, mas ganhou esse dom das mulheres de sua família. A bisavó rezava os escravos e os donos engenho, ainda no século 19. A fé foi passada para a avó, que era escrava e também adquiriu o dom. Aos sete anos, Ciza observava a sua avó e começou a reproduzir a prática em seus irmãos, de quem cuidou desde muito nova. “Mas não é a reza que cura, nem eu. É a fé no divino”, esclarece.

Para receber a reza não precisa marcar um horário e nem pagar uma taxa. Longe disso. Ciza diz que benzer os necessitados é um ato de caridade e de elevação espiritual. “Quem chega na minha casa é sempre bem-vindo. O único pedido que faço é que ao procurar qualquer rezadeira, é preciso ter fé para que as palavras tenham força. Não adianta receber a bênção sem acreditar na força divina”, pontua.

Os motivos de quem procura as rezadeiras são muitos. Falta de atendimento médico ou desesperança no sistema de saúde, tradição familiar ou para cuidar de casos que, para a cultura popular, pode ser tratado por uma benzedeira. Espinhela caída, vento virado, mau-olhado, erisipela e cobreiro*, além de outros incômodos físicos e emocionais. Criança, adulto ou idoso, não há idade estabelecida e qualquer pessoa pode ser benzida.

Com um rosário ou um ramo na mão, a rezadeira recita uma oração em cima da pessoa por alguns minutos. A planta pode ser vassourinha, arruda, pinhão, aroeira e outras. Em alguns casos, o malefício só é curado após um banho com erva-doce para limpar o corpo e a alma.

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Detentora da sabedoria ancestral, a rezadeira Inácia do Nascimento, de 85 anos, nasceu no município de Limoeiro, no Agreste pernambucano, e ainda muito jovem veio morar no Recife. Ainda no interior, ela diz que começou a rezar porque ficou doente e nenhum remédio ou médico conseguia identificar qual era o problema dela. “Um dia foi a um profissional e ele disse que eu não tinha nada e poderia tentar me benzer”, relembra.

Na década de 1950, Inácia procurou um rezador e descobriu o que tinha. “Ele me disse que se eu não cuidasse da minha saúde mental, iria morrer de mau-olhado. O benzedor me rezou apenas uma vez e fiquei curada". Mais de mais sessenta anos depois daquele dia, a rezadeira ainda acredita na cura pela fé, mas diz que a prática é não para todo mundo. “A crença tem que ser inabalável das duas partes”, diz.

Atualmente, Inácia diz que só reza por necessidade das pessoas que a procuram, mas que já foi mais atuante. Ao longo dos anos, ela relembra que a prática nunca foi devidamente aceita pela Igreja Católica e é vista por muitos como ineficiente. A resistência das rezadeiras, no entanto, é forte e viva.

Em seu livro, “Médicos e curandeiros: conflito social e saúde”, Maria Loyola diz que os rezadores estão ligados ao catolicismo popular. "Eles organizavam preces coletivas nas capelas rurais e costumavam também dar bênçãos para curar doenças. Se definem como especialistas da cura e não como membros de alguma religião. O que prevalece é sua função terapêutica e não sua função religiosa”, explica.

Referências de conforto e alívio para uma parcela da população brasileira, principalmente nas periferias e nas zonas rurais, as benzedeiras passam confiança e sobrevivem repassando os seus dons de forma empírica, já que não há uma forma de ‘aprendizado’ da tradição.

*Alguns males que podem ser curados pela fé, segundo as benzedeiras:

Mau-olhado (ou quebranto) é a doença causada pela energia negativa do olhar de pessoas invejosas ou maldosas. Na tradição popular, às vezes a transmissão não é intencional, mas os sintomas são graves. Depressão, angústia sem fim e pessimismo. Sabe-se que foi atingido quando de repente começa a espirrar e bocejar sem parar.

Vento (ou Ventre) Virado acomete crianças quando se brinca de jogá-las para o alto. Causa mal estar, vômito e diarréia. Para curar, as benzedeiras viram a criança de cabeça para baixo e batem seus pés na folha de uma porta.

Espinhela caída é o nome popular de uma doença chamada Lumbago. Causa dor na boca do estômago, costas e pernas, além de um cansaço físico anormal. Espinhela é um osso pequeno que fica no meio do peito, entre o coração e o estômago que pode envergar para dentro. No ritual da bênção, a rezadeira tira a medida do dedo mínimo ao cotovelo e depois, de um ombro a outro, se as medidas não coincidirem, é detectada a doença. Segundo a crença, médicos não conseguem identificar.

Erisipela é uma infecção de pele causada por bactérias e pode ser acompanhada de febre. A enfermidade se espalha pelos vasos linfáticos e geralmente ataca as pernas, principalmente de mulheres. A princípio, aparecem manchas vermelhas, depois incham e surgem bolhas. Também é conhecida por “Vermelhão” e “Gota”. Para tratar a doença, a rezadeira utilizava um terço, uma faca e um ramo de figueira  molhada em azeite e aplica na parte doente fazendo o formato da cruz e rezando.

O Cobreiro também uma doença de pele e traz borbulhas na pele e causa muitas dores. Pode se originar devido a alguns bichos rastejantes (cobras, lagartos ou lagartixas) entrarem em contato com sua roupa e deixarem seu veneno. Para o tratamento, as rezadeiras utilizam palhas de alho e cortam as feridas ao mesmo tempo que rezam.

*Fotografia: Paulo Uchôa/LeiaJáImagens

O papa Francisco presidiu nesta sexta-feira, em uma Roma blindada, sua quinta Via Crucis como pontífice, ao redor do Coliseu, ao fim da qual rezou pelo "sangue derramado pelos inocentes" por conta das guerras e injustiças.

Ao final do percurso com o qual se rememora o calvário de Cristo até sua crucificação, o papa pronunciou mais de sete vezes a palavra "vergonha" para enumerar os pecados, omissões, injustiças, escândalos e horrores que atingem o mundo e a Igreja.

"Vergonha pelo sangue de inocentes que cotidianamente é derramado de mulheres, crianças, imigrantes, pessoas perseguidas pela cor da pele ou por seu pertencimento étnico, social, ou por sua fé", disse o papa com voz firme e, às vezes, comovida.

Dirigindo-se ao Cristo crucificado, o papa argentino reconheceu sua "vergonha por todas as imagens de devastação, destruição e naufrágio, que se tornaram comuns para nós", acrescentou.

O papa Francisco reconheceu também sua "vergonha por todas as vezes que bispos, sacerdotes, consagrados e consagradas feriram seu corpo, a Igreja", em alusão aos abusos cometidos por padres pedófilos.

Em sua oração, o pontífice pediu por "irmãos atingidos pela violência, pela indiferença e pela guerra" e pediu que "rompam as cadeias que nos fazem prisioneiros de nosso egoísmo, de nossa cegueira involuntária, e da vaidade de nossos cálculos mundanos".

O papa chegou às 21H00 locais (16H00 de Brasília) ao célebre monumento romano, onde cerca de 20.000 pessoas, entre elas turistas e religiosos, além da prefeita de Roma, Virgina Raggi, o esperavam, algumas com tochas.

O percurso noturno ao redor do Coliseu foi feito neste ano em um clima particular, marcado pelas fortes medidas de segurança adotadas desde os atentados de domingo passado no Egito contra duas igrejas de cristãos coptas, que deixaram 45 mortos.

- Roma blindada -

"Roma está blindada, vigiada. Espero que não aconteça nada", comentou uma jovem à emissora italiana RAI, que transmitiu ao vivo o evento para inúmeros países.

Toda a área foi vigiada por patrulhas da polícia e pelo exército, além de corpos especiais de Inteligência.

Tanques do exército foram colocados na entrada da grande avenida que leva ao Coliseu para impedir ataques contra a multidão com automóveis, como ocorreu em Londres e Nice.

Francisco, de 80 anos, presidiu - como no ano passado - o rito do terraço do Palatino, em frente ao imponente anfiteatro romano, sem percorrer a pé as 14 estações.

Para esta ocasião, as meditações foram escritas pela biblista francesa Anne-Marie Pelletier, que decidiu não usar os nomes que habitualmente usa.

Entre os novos nomes das 14 estações destacam-se "Jesus é negado por Pedro", "Jesus e Pilatos", enquanto a última, a 14ª, se chamou "Jesus no sepulcro e as mulheres", tema que desenvolveu a questão feminina, das mulheres que sofrem.

Em cada uma das estações, algumas colocadas dentro do monumento, uma cruz cinza feita especialmente para o rito foi carregada por jovens, imigrantes e religiosos.

Na 10ª estação, uma família colombiana formada por Claver Martínez Ariza, sua esposa Marlene e seus dois filhos, levou a cruz. Na 8ª, foi carregada por uma família egípcia.

As duas famílias representam os dois países que o papa argentino anunciou que visitará neste ano para pedir o diálogo e a reconciliação, em particular na Colômbia, onde espera promover em setembro o perdão após a histórica assinatura do acordo de paz com a guerrilha das Farc, que pôs fim a mais de 50 anos de conflito.

Antes da Via Crucis, o pontífice, vestido de vermelho, se deitou sobre uma tapete na basílica de São Pedro, sem a cruz em seu peito e o anel de pescador, como um sinal de que Jesus morreu.

No domingo, as celebrações atingirão o ápice da Semana Santa com a missa da Ressurreição e com a mensagem "Urbi et orbi", que significa "à cidade e ao mundo".

O papa Francisco fez, neste domingo (5), um apelo à defesa da "cultura da vida", e pediu que se reze pelas crianças "ameaçadas pela interrupção da gravidez".

"Todas as vidas são sagradas, façamos avançar a cultura da vida como resposta à lógica do desperdício e ao declínio demográfico", disse o papa durante a chamada Jornada Mundial da Vida.

"Rezemos juntos pelas crianças ameaçadas pela interrupção da gravidez e pelas pessoas que se aproximam do final de suas vidas", acrescentou Francisco durante a tradicional oração do Angelus de domingo na praça de São Pedro, no Vaticano.

Desde sua chegado ao Vaticano, o papa expressou em várias ocasiões preocupação com a queda da taxa de natalidade na Europa, particularmente na Itália.

Em sua encíclica "Laudato si", de junho de 2015, afirmou que "o crescimento demográfico é plenamente compatível com o desenvolvimento integral e solidário".

Como seus antecessores, o papa Francisco, fiel à doutrina da Igreja Católica, é um feroz opositor ao aborto.

No ano passado, porém, durante o chamado Jubileu da Misericórdia, o pontífice fez um gesto em direção às mulheres que abortaram e se arrependeram, permitindo que os padres as absolvam, algo que até então só os bispos podiam fazer.

O papa Francisco rezou nesta quarta-feira (22) para que a conferência de paz sobre a Síria tenha êxito e fez um chamado pelo fim "da violência e do conflito".

"Peço ao Senhor para que alcance o coração de todos, para que, buscando unicamente o bem do povo sírio, que já sofreu tanto, não economizem esforços para alcançar de forma urgente o fim da violência e do conflito", afirmou o Papa em sua tradicional audiência geral de quarta-feira para 13.000 fiéis reunidos na praça São Pedro.

O Vaticano participa da conferência de paz sobre a Síria que começou nesta quarta-feira na cidade suíça de Montreux, às margens do lago Lemán. Esta conferência reúne pela primeira vez desde o início do conflito, em março de 2011, representantes do regime do presidente Bashar al-Assad e da oposição no exílio.

Uma dúzia de bispos sul-africanos rezaram nesta sexta-feira nas imediações do hospital no qual se encontra internado há uma semana o ex-líder da luta contra o regime racista do apartheid e ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela, 94 anos.

"Graças (a Deus) pela rápida recuperação do doutor Nelson Mandela", disse o bispo Abraham Sibiya, da igreja episcopal de Cristo de Soshanguve, que rezou junto com outros religiosos fora do hospital. "Viemos rezar para que Deus cure o ex-presidente Mandela e também para que Deus dê forças a sua família neste momento difícil", disse Sibiya à AFP.

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O presidente Jacob Zuma havia anunciado na noite de quinta-feira que "Madiba", o nome de seu clã que os sul-africanos utilizam para se referir afetuosamente a Mandela, "segue melhorando, mas seu estado continua sendo grave".

No dia 7 de junho, Mandela foi levado ao hospital em estado grave. Trata-se da quarta hospitalização em sete meses de Mandela, considerado um símbolo mundial da paz.

A bem-sucedida transição do regime racista do apartheid em direção à democracia lhe valeu o Prêmio Nobel da Paz em 1993, que compartilhou com o último presidente do apartheid, Frederik de Klerk. Mandela sofre de uma infecção pulmonar recorrente, sequela de seus 27 anos de reclusão sob o regime do apartheid.

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