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O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) usou sua conta no Twitter, nesta segunda-feira (14), para pedir que a população cobre o impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). “Procure os deputados federais do seu estado e dê o recado!”, escreveu ele. 

Segundo Ciro Gomes, Bolsonaro cometeu vários crimes de responsabilidade. “Impeachment não é remédio para governo ruim, mas sim quando há crime de responsabilidade. Bolsonaro cometeu vários crimes de responsabilidade e nós já denunciamos. O que falta para o impeachment? Mais pressão popular”, afirmou.

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Em entrevista publicada nesta segunda-feira no jornal Valor Econômico, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), disse que não considera ter sido omisso por não abrir um processo de impeachment contra Bolsonaro. "Estamos com uma pandemia que voltou a crescer e essa deve ser nossa prioridade", disse.

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O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que o maior erro político cometido pelo governo até agora foi não se preparar para comprar a vacina contra o novo coronavírus. "Isso pode impactar o projeto de reeleição", afirmou ele, numa referência aos planos do presidente Jair Bolsonaro para 2022. "Esse é o tema que pode gerar o maior dano de imagem. As pessoas estão começando a entrar em pânico, em desespero".

Prestes a terminar seu mandato como presidente da Câmara, Maia disse ao Estadão que o governo está criando um "balcão" de negócios na Câmara para eleger o seu sucessor. Na sua avaliação, o ministro da Economia, Paulo Guedes, se engana ao imaginar que Bolsonaro interfere na disputa no Congresso, marcada para fevereiro de 2021, porque quer tocar as reformas. "Bolsonaro quer tocar a agenda ideológica", observou.

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O deputado contou ter ouvido o rival Arthur Lira (Progressistas-AL) chamar Guedes de "vendedor de redes" - alguém que fala muito, mas entrega pouco. Líder do Centrão, Lira é candidato ao comando da Câmara com apoio do Palácio do Planalto. "Uma vitória do candidato do Bolsonaro o recoloca no processo político", afirmou Maia.

O senhor teve covid-19. Pode nos contar como foi?

 

Passei alguns dias muito difíceis, com pulmão bastante contaminado, muito cansaço. Fiz fisioterapia pulmonar todos os dias. Quase fui internado. Tive o atendimento de hospital privado. Mas a maioria da população não tem a mesma estrutura. Por isso que todos os procedimentos de máscara, álcool em gel, algum isolamento são importantes para que a rede pública não entre em colapso.

O País assiste a uma briga política em torno da vacina e o governo não comprou uma seringa até agora. Como sair disso?

 

A vacina é o ponto mais crítico do governo, o mais grave até hoje na sua relação com a sociedade. A demora na compra da vacina é o maior erro político de Bolsonaro. Esse é o tema que pode gerar o maior dano de imagem para o presidente. Faz voltar na memória das pessoas todos os erros do governo, desde o início da pandemia. Isso pode impactar o projeto de reeleição. Certamente, ele (Bolsonaro) tem pesquisa. E, se ele tem, está com essa mesma informação. As pessoas estão começando a entrar em pânico, em desespero. E aí ele isenta a importação de armas. Precisa tratar sem paixão, sem ideologia, esquecer o conflito com o governador de São Paulo.

A Câmara pode assumir esse papel, como fez no início da pandemia, com relação aos recursos emergenciais?

 

Eu disse ao presidente que o Congresso e o governo deveriam construir um caminho sobre a questão da vacina. Não é possível que daqui a pouco tenha brasileiro viajando ao exterior para tomar a vacina, enquanto a maior parte da população aqui fica sem vacina, com a taxa de letalidade aumentando por falta de leitos.

O sr. entende que será necessário algum tipo de lockdown nas festas de fim de ano?

 

Se no Rio de Janeiro tem 99% dos leitos ocupados, você tem que ter uma ação do prefeito e do governador de mais restrições. Não falo de lockdown.

O presidente pode ser processado por crime de responsabilidade por causa do discurso negacionista na pandemia?

 

Que ele pode ter influenciado um menor isolamento em momentos importantes, isso pode. Mas é uma questão muito técnica. Alguém vai ter que vincular o discurso dele ao fato de as pessoas irem às ruas e isso ter gerado mais mortes. Não é uma coisa fácil de pegar.

O sr. deixará o comando da Câmara com quase 50 pedidos de impeachment não analisados. São mesmo improcedentes?

 

Com a crise que nós já temos, se a gente fosse entrar para esse tipo de conflito... E o impeachment é um julgamento político. Querendo ou não, é a realidade. Ele não pode ser um instrumento para estar na gaveta e ser utilizado em cada conflito.

O sr. manifestou o receio de que uma vitória do deputado Arthur Lira na disputa pelo comando da Câmara signifique uma agenda ideológica para os próximos dois anos. Qual o risco?

 

Se você olhar os candidatos, todos votaram a pauta mais liberal na economia. Se todos dariam conforto ao governo em relação a isso, por que o presidente quer interferir? Bolsonaro quer tocar a agenda ideológica, a pauta de costumes, do voto impresso. Ele quer essa agenda que foi travada nos últimos dois anos pela minha presidência.

Como o plenário reagirá se o seu sucessor tentar impor essa agenda ideológica?

 

Sempre há um limite para aquelas agendas que o governo quer. Da forma como Bolsonaro está entrando, com o Palácio recebendo parlamentares, oferecendo emendas, dessa forma muito escrachada, corre o risco de ter um ambiente menos confortável para as pautas relevantes.

O que leva o sr. a crer que os deputados vão abrir mão de tantas benesses em nome de um discurso de independência?

 

Tenho certeza de que a maioria da Câmara entende que a valorização vale muito mais do que achar que parlamentares estão à venda. Se eles liberam emendas e acham que com isso o candidato do governo ganha, eles diminuem a importância dos parlamentares. Esse troca-troca é um atraso.

O sr. entende que isso é uma tentativa de compra de votos dos parlamentares?

 

Do ponto de vista do governo, dá a impressão de que eles acham que, criando um balcão, vão conseguir eleger o presidente da Câmara. Se essas práticas prevalecerem, você terá um governo pressionado e chantageado de forma permanente.

A eleição para a presidência da Câmara é mais um teste para a disputa de 2022?

 

Uma vitória do candidato do Bolsonaro o recoloca no processo político. A principal derrota dele foi a ruptura dessa rede populista nacionalista internacional com a derrota do Trump (Donald Trump, presidente dos EUA). Depois, a sinalização das eleições municipais. E agora tem eleição da Câmara. O resultado vai ter um simbolismo.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, aposta em Arthur Lira para tocar sua agenda na Câmara. O que o sr. acha desse apoio?

 

Quem me deu a melhor frase sobre o ministro da Economia foi o próprio Arthur Lira. No início do governo, a gente teve uma conversa e o candidato do Bolsonaro disse para mim: "Rodrigo, esquece o Paulo Guedes, o Paulo é um vendedor de redes." De fato, tem que admitir que o candidato do Bolsonaro tem alguma visão de futuro. Parece que é um vendedor de redes mesmo, né? Nada acontece.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, no fim da noite desse domingo (6), durante sessão de julgamento em plenário virtual, que os atuais presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ); e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP); não podem disputar a reeleição na mesma legislatura.

Os últimos votos foram dos ministros Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Luiz Fux. Todos tiveram entendimento contrário ao voto do relator Gilmar Mendes, e decidiram pela inconstitucionalidade da reeleição de Maia e Alcolumbre.

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No entendimento do relator, Maia e Alcolumbre poderiam se reeleger, mas deveria haver uma regra para que fosse permitida apenas uma recondução. Ele foi seguido pelos ministros Dias Toffoli, Alexandre de Moraes e Ricardo Lewandowski. Nunes Marques acompanhou o relator, mas em relação à candidatura de Alcolumbre.

Fachin, Barroso e Fux seguiram os votos das ministras Carmen Lúcia e Rosa Weber e do ministro Marco Aurélio Mello, contrários à reeleição. Ao proferir seu voto, o presidente do STF, ministro Luiz Fux, disse que a norma constitucional “impede a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente a do primeiro ano da legislatura”.

Segundo Fux, “não há como se concluir pela possibilidade de recondução em eleições que ocorram no âmbito da mesma legislatura sem que se negue vigência ao texto constitucional.”

Resultado final

Como o ministro Nunes Marques votou contrário à candidatura da reeleição de Rodrigo Maia, na mesma legislatura, para a presidência da Câmara; e a favor da candidatura de Davi Alcolumbre, para o Senado; o placar final da votação, em sessão de julgamento no plenário virtual, ficou em 7 votos a 4 contra a Maia e 6 a 5 contra Alcolumbre.

A votação foi para decidir sobre Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIn) impetrada pelo PTB. Nela, o partido pedia para que fosse proibida a recondução dos presidentes das casas legislativas do Congresso Nacional.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), cobrou, neste domingo (29), que, assim que se fechem as urnas, o governo apresente suas propostas para organizar as contas públicas, ou o País correr o risco de viver em 2021 uma recessão aos moldes da de 2015 e 2016. Ele criticou também a antecipação da discussão sobre a reeleição para a Câmara dos Deputados e Senado Federal.

"Não sou candidato à reeleição (Câmara), o que o Brasil deveria estar vendo neste momento não é eleição nem na Câmara nem no Senado, era a agenda do Congresso Nacional que esperamos que, a partir de hoje à noite, com as urnas fechadas, o governo apresente quais são as suas propostas para organizar as contas públicas brasileiras", disse Maia, após votar em uma escola da Barra da Tijuca.

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Maia afirmou ainda que o País precisa acelerar reformas e projetos. "A gente está esperando isso desde antes do primeiro turno. Infelizmente, o governo foi deixar isso para depois do segundo turno e o nosso temos tempo é curto, e há problemas graves a serem enfrentados e resolvidos."

Segundo o presidente da Câmara, não apenas o crescimento do endividamento preocupa, mas o déficit público e a necessidade de aprovação do Orçamento dentro do teto de gastos. "Então eu acho que antes da eleição para Câmara e Senado tem um número importante de projetos e emendas constitucionais, projetos que precisam ser aprovados e isso devia ser prioridade para todos".

A antecipação dessa discussão, disse, tem gerado mais conflitos do que soluções. "Não entendi por que o governo decidiu antecipar esse processo político, e cada vez que o governo antecipa o processo político atrapalha a própria pauta do governo dentro do Congresso Nacional", avaliou.

Sem reeleição

Maia não quis comentar se concorrerá à reeleição para a presidência da Câmara se o Supremo Tribunal Federal (STF) julgar favorável essa possibilidade. "A Constituição não permite que eu seja candidato... O julgamento do Supremo não sou eu que decido, eu não trabalho por hipóteses", afirmou.

Perguntado se poderia concorrer em 2022 à Presidência da República, Maia desconversou. "Estou mais preocupado para organizar as contas públicas para o Brasil sobreviver em 2021", disse.

"Se nós não organizarmos as contas públicas e aprovamos projetos dando maior segurança jurídica para o investimento, 2021 vai ser um ano muito ruim para a sociedade, com pressão nos juros, no câmbio e volta da recessão", afirmou Maia, informando que as votações deste ano terão de se estender até janeiro do ano que vem.

"Agressividade" na campanha

Após votar no Rio, Maia, que é do DEM, partido do candidato Eduardo Paes, disse ter ficado surpreso com a "agressividade" do prefeito Marcelo Crivella (Republicanos), que tenta a reeleição.

"Não posso deixar de falar da minha surpresa com a atitude do prefeito Crivella, que parecia um pastor, e pareceu mais no final um diabo, com tanta agressividade, com tantas mentiras, fake news. É uma pena ver um pastor de uma igreja tomar seu corpo de tanto ódio", disse Maia. "Espero que as pesquisas estejam certas e ele (Crivella) volte para dentro da igreja, volte a orar e fale com Deus, e volte a ser o pastor que sempre foi."

Ele disse ainda que espera que o DEM tenha um ótimo resultado no segundo turno, "bastante contundente", e que essa performance vai reafirmar a importância do partido e dos candidatos do DEM, que no Rio concorre à capital com Eduardo Paes e em São João de Meriti, com o Dr.João.

Voto impresso

Maia rebateu, ainda, a campanha que a família Bolsonaro iniciou neste domingo a favor do voto impresso, dizendo que apesar de ser a favor de uma amostragem impressa dos votos, não acha agora o momento adequado para se discutir o assunto.

Neste domingo, Eduardo Bolsonaro, deputado federal e filho do presidente da República, Jair Bolsonaro, voltou a criticar as urnas eletrônicas sem voto impresso, assunto repetido pelo seu pai após votação no Rio de Janeiro.

"Não pode misturar o voto impresso com o ocorrido no primeiro turno (atraso na contagem), essa mistura acaba gerando uma insegurança num sistema que é muito seguro", disse Maia. "Eu sempre fui defensor de uma amostragem do voto impresso, mas tratar desse assunto agora é colocar em xeque um sistema que vem dando certo, que é muito seguro, não deveria estar na pauta agora."

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse que ficou surpreso com o comportamento do candidato à reeleição à prefeitura do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), que adotou postura agressiva na campanha contra o candidato do DEM, Eduardo Paes, que é de seu partido.

"Não posso deixar de falar da minha surpresa com a atitude do prefeito Crivella, que parecia um pastor, e pareceu mais no final um diabo, com tanta agressividade, com tantas mentiras, fake news. É uma pena ver um pastor de uma igreja tomar seu corpo de tanto ódio", disse Maia a jornalistas após votar em uma escola da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.

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"Espero que as pesquisas estejam certas e ele (Crivella) volte para dentro da igreja, volte a orar e fale com Deus, e volte a ser o pastor que sempre foi", afirmou.

Ele disse ainda que espera que o DEM tenha um ótimo resultado no segundo turno, "bastante contundente", e que essa performance vai reafirmar a importância do partido e dos candidatos do DEM, que no Rio concorre à capital com Eduardo Paes e em São João de Meriti, com o Dr.João.

Voto impresso

Maia rebateu ainda, a campanha que a família Bolsonaro iniciou neste domingo a favor do voto impresso, dizendo que apesar de ser a favor de uma amostragem impressa dos votos, não acha agora o momento adequado para se discutir o assunto. Neste domingo, Eduardo Bolsonaro, deputado federal e filho do presidente da República, Jair Bolsonaro, voltou a criticar as urnas eletrônicas sem voto impresso, assunto repetido pelo seu pai após votação no Rio de Janeiro.

"Não pode misturar o voto impresso com o ocorrido no primeiro turno (atraso na contagem), essa mistura acaba gerando uma insegurança num sistema que é muito seguro", disse Maia. "Eu sempre fui defensor de uma amostragem do voto impresso, mas tratar desse assunto agora é colocar em xeque um sistema que vem dando certo, que é muito seguro, não deveria estar na pauta agora", completou.

No dia da Consciência Negra, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ressaltou que a luta pela igualdade e contra o racismo é permanente. Maia destacou que a data traz uma reflexão necessária de que igualdade e representatividade precisam ser diárias. Ele postou o comentário nas suas redes sociais.

“Em tempos de intolerância, o Dia da Consciência Negra traz uma reflexão necessária a todos nós. A data de hoje tem que ser vivida e lembrada todos os dias para não esquecermos nunca que a luta pela igualdade e contra o racismo é permanente. Igualdade e representatividade precisam ser diárias, a todos nós”, afirmou Rodrigo Maia.

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Ontem, João Alberto Silveira Freitas, um homem negro de 40 anos, foi morto após ser espancado por seguranças da rede de supermercados Carrefour em Porto Alegre.

*Da Agência Câmara de Notícias

 

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que o resultado das eleições municipais no primeiro turno, realizado no último domingo (15), mostra o crescimento de ambiente de maior diálogo e equilíbrio, onde se respeitem as divergências de forma mais clara. "Mostra o fortalecimento de partidos no espectro mais liberal na economia e melhor diálogo da sociedade em outros temas, sem radicalização", comemorou.

Ele também observou uma influência menor das redes sociais, resultado, segundo Maia, da ação do Parlamento e do Supremo Tribunal Federal (STF), e do próprio trabalho das plataformas digitais, que começaram a restringir os excessos em disparos de informações. A análise foi feita nesta segunda-feira (16) em reunião da Associação Comercial de São Paulo sobre as eleições de 2020 e os desafios da conjuntura.

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Na opinião de presidente da Câmara, o processo eleitoral mostrou que a política brasileira continua muito dividida. No entanto, o debate nas urnas teve maior racionalidade, com prefeitos que disputaram a reeleição e outros candidatos que tinham experiência administrativa.

Rodrigo Maia também notou um "sinal forte" de que a sociedade continua querendo renovação. "[A eleição] Dá um sinal forte de que a sociedade continua querendo renovação, continua querendo a ampliação da participação das mulheres na política, de minorias. Isso é uma questão que a política tem de entender que é fundamental. A gente precisa ter uma porta de entrada com mais democracia nos nossos partidos, para que a sociedade possa estar melhor representada no campo político", afirmou.

Ele considera importante a abertura de cotas para candidatos negros na divisão do fundo eleitoral, mas lamenta que a decisão foi tomada pelo Judiciário, e não por uma lei.

PEC Emergencial

O presidente da Câmara lamentou que o Plenário tenha interrompido as votações por causa das eleições. Ele disse que o ciclo de votações precisa recomeçar nos próximos dias para permitir a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição que controla o teto de gastos, conhecida como PEC Emergencial (PEC 186/19). Para Rodrigo Maia, a criação de gatilhos para reduzir despesas públicas no caso de aumento do teto é fundamental para diminuir o déficit primário, criar um colchão para despesas sociais e garantir o Orçamento de 2021.

Ele cobrou uma decisão do governo sobre a pauta de votações. “O governo não pode transferir ao Poder Legislativo decisões que cabem a quem venceu as eleições”, ponderou. Ele criticou a pressão de setores que continuam querendo ampliar o gasto público e daqueles que “não compreendem o tamanho do problema fiscal”. “A ampliação do Bolsa Família fora do teto de gastos é populista e tem consequências”, alertou.

Para Rodrigo Maia, a agenda não tem espaço suficiente para votar até propostas que contam com seu apoio. “O projeto da navegação de cabotagem não vai resolver o problema do Brasil nos próximos seis meses. Mesmo a reforma tributária, que já está pronta, não é mais importantes do que a organização dos gastos no curto prazo.”

Mesmo prevendo a necessidade de votações em janeiro, Rodrigo Maia não espera ter dificuldades para mobilizar os deputados por causa do processo de votação remota e do cancelamento do feriado do carnaval por causa da epidemia de coronavírus.

* Da Agência Câmara Notícias

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, afirmou neste domingo que seu partido, o Democratas (DEM), está se preparando para liderar um projeto de centro-direita para as eleições de 2022. Maia confirmou o diálogo com Luciano Huck, mas não confirmou se o apresentador de TV seria o candidato de uma eventual chapa e ainda refutou que o ex-ministro da Justiça Sergio Moro se encaixe numa possível aliança.

Maia conversou com jornalistas no fim da manhã deste domingo, depois de votar na Escola Municipal Professora Zuleika Nunes Alencar, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.

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"Eu tenho intenção de participar de um projeto que não esteja nos extremos, um projeto aonde o diálogo prevaleça, aonde a gente possa construir dialogando com toda a sociedade de fato um projeto de recuperação econômica para o nosso País, que possa construir um país de menos desigualdades, com serviços de melhor qualidade. Eu acho que o Luciano está tentando construir esse projeto, o DEM está tentando construir. Acho que todos nós que temos uma linha de pensamento convergente, principalmente do ponto de vista econômico-social, que é uma linha mais liberal, mais de centro-direita. Acho que a gente tem que estar dialogando, construindo caminhos e conversando com todos", disse Rodrigo Maia, quando questionado sobre seu possível interesse em uma aliança com Huck em 2022.

Segundo o presidente da Câmara, o DEM estará apto a comandar uma aliança de centro-direita para as eleições presidenciais de 2022. "O Luciano está tentando construir um projeto, o DEM também, e aí quem vai comandar esse projeto é uma questão que o tempo vai dizer. O DEM, acho que na eleição de hoje, no segundo turno, vai se classificar para comandar esse processo", afirmou.

Quanto à possível participação de Moro, Maia afirmou que "teria muita dificuldade". "Com todo respeito ao ministro Moro que eu tenho, acho que ele não faz parte desse ambiente de mais diálogo. Mas com o Luciano (Huck) nós não temos nenhum problema. Agora, quem vai liderar o campo do centro, o campo mais liberal na economia, o tempo vai dizer. O DEM está se preparando para isso", disse.

Segundo ele, o DEM está aberto também ao diálogo com todos os partidos de centro-esquerda, incluindo PT e PDT, mencionando seu bom relacionamento com Ciro Gomes. "Eu acho que a gente tem que dialogar com todo mundo, sabendo que a gente não pode abrir mão dos nossos princípios. É isso que pode, lá na frente, inviabilizar uma aliança da centro-direita com a centro-esquerda. Mas o diálogo é sempre importante", ponderou Maia.

"Acho até que partidos de centro-esquerda também devem dialogar para que a gente possa reduzir a força desses extremos que têm gerado interrupção de diálogo e às vezes reações muito duras dentro da própria sociedade", mencionou.

Questionado sobre o desempenho pouco expressivo nas pesquisas de candidatos apoiados pelo presidente Jair Bolsonaro no pleito deste ano, Maia justificou que a influência do presidente agora é menor, principalmente nas capitais.

"Acho que havia um sentimento em 2018 que ele acabou representando, mas que não necessariamente era a base dele. Ele foi um candidato até a reta final, ou da facada, ou da decisão do voto útil, o Bolsonaro era um candidato de 18% ou 20%, e avaliação positiva dele era perto a isso, 23%, 24% de ótimo e bom àquela época. Acho que agora está representando na verdade o tamanho do núcleo dele, que era muito menor que as 46% das intenções de votos que ele teve. Voltou ao tamanho normal, e aí a influência é menor, principalmente nas capitais, onde a cobrança da sociedade é sempre muito maior que nos municípios do interior", justificou.

Segundo Maia, as eleições municipais de 2020 foram diferentes, com mais campanha virtual e menos eventos, mas as pesquisas de intenção de votos mostram a recuperação dos políticos mais experientes.

"A sociedade em 2018 apostou em renovação, em mudança, em pessoas que nunca tinham participado da política, e a gente viu aqui no Rio de Janeiro qual foi o resultado. Então acho que vamos ter resultado de uma eleição menos radicalizada, menos polarizada, menos extremada, mais focada nos assuntos dos municípios. É o que espero que aconteça. O DEM acho que vai ter excelente desempenho nas grandes cidades e isso vai ser uma sinalização importante pro nosso processo de refundação do partido que começou em 2007", afirmou Maia.

O presidente da Câmara dos deputados mencionou o bom desempenho de candidatos do DEM nas pesquisas eleitorais em cidades como Florianópolis, Curitiba, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, São Luís e Macapá. "O partido vai se fortalecendo e construindo um espaço forte, um espaço que seja mais liberal na economia, menos extremado nos valores. Uma agenda mais pelo desenvolvimento do País, de crescimento, de redução de desigualdades", declarou.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), alertou para o risco de piora na economia caso a base do governo continue a obstruir a pauta do Plenário e impeça a votação de propostas importantes. Em declaração dada na última segunda-feira (9), em entrevista à CNN Brasil, Maia chegou a projetar que o valor do dólar pode subir para R$7.

“Se a base do governo obstruir a pauta, é o Brasil que vai pagar a conta”, avisou. “O Brasil vai explodir em janeiro se as matérias não forem votadas. O dólar vai a R$ 7, a taxa de juros de longo prazo vai subir, para um País que no final do ano vai ter 100% da sua riqueza em dívida", disse.

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Partidos da base do governo obstruem a pauta do Plenário por causa de descumprimento de acordo para instalação da Comissão Mista de Orçamento. A pauta também está em obstrução por partidos de esquerda, que querem a votação da Medida Provisória 1000/20, que prorroga o auxílio emergencial até dezembro, com o valor reduzido de R$ 600 para R$ 300. A oposição quer votar a MP para reestabelecer o valor de R$ 600.

Cota para mulheres

Maia também prometeu pautar, já na próxima semana, proposta de emenda à Constituição que institui cota para mulheres nas câmaras de vereadores, assembleias legislativas e na Câmara dos Deputados. Ele lamentou a representação “muito pequena” das mulheres nas eleições proporcionais. “Hoje, já temos quase 2 mil municípios que não têm uma única mulher representando a sociedade nas câmaras de vereadores”, disse.

A próxima sessão do Plenário está marcada para 17 de novembro, logo após o primeiro turno das eleições municipais. Além da votação de medidas provisórias, a pauta inclui projeto do governo que incentiva a navegação de cabotagem, que têm urgência constitucional. “Espero que o governo consiga construir o acordo para o projeto da cabotagem”, afirmou Rodrigo Maia. “Já poderíamos ter votado o novo programa do governo de habitação. A MP está pronta para votar.”

Popular ou populista

Rodrigo Maia apontou para a necessidade de avançar na agenda de equilíbrio fiscal. Para o presidente da Câmara, a agenda econômica do governo nos próximos seis meses deve influenciar as eleições de 2022. “Se o governo escolher o caminho da responsabilidade fiscal tem uma força. Se caminhar para uma agenda mais heterodoxa, eu acho que é uma força muito menor”, analisou.

Ele ponderou que a inflação já está fora de controle. “O governo precisa tomar uma decisão urgente: se vai ser governo popular ou populista. Se o governo quiser construir soluções fora do teto de gastos, vai ser um governo populista, como foi o governo anterior, que deu em dois anos de recessão.”

Eleições americanas

O presidente da Câmara ainda apelou para que o presidente Jair Bolsonaro parabenize “o mais rápido possível” o presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden. “Espero que o governo brasileiro possa parabenizar o presidente eleito o mais rápido possível, respeitando o resultado das urnas”, pediu. “Eu espero que a diplomacia brasileira reconstrua suas relações com o vitorioso nas eleições americanas.”

Rodrigo Maia destacou a importância de o Brasil manter uma relação pragmática com os Estados Unidos, dando prioridade às trocas comerciais e aos interesses brasileiros. O presidente da Câmara criticou a vinda do secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, a Roraima, faltando poucas semanas para eleição nos Estados Unidos. Para ele, foi um momento ruim da diplomacia brasileira. "Pela primeira vez, eu vi um país mais pobre de alguma forma beneficiar o processo eleitoral de país mais rico", ironizou.

*Com a Agência Câmara de Notícias

Nesta segunda-feira (2), o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), comentou o desenrolar político que pode resultar em seu quarto mandato à frente do plenário. Em seu sexto mandato como deputado federal pelo Rio de Janeiro, ele ainda sugeriu que as pessoas que negarem tomar a vacina contra a Covid-19, devam sofrer restrições.

Maia aguarda o término das disputas eleitorais municipais para prosseguir com as votações no Congresso. Em uma live promovida pelo Valor Econômico, ele reforçou que a prioridade é a proposta de emenda constitucional para garantir o cumprimento do teto de gastos. Apesar de evidenciar a austeridade fiscal, o democrata teve papel fundamental na administração do Orçamento de Guerra, usado para enfrentar os impactos da Covid-19 no Brasil.

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Seu mandato só acaba em fevereiro de 2021, mas até lá, o deputado pretende avançar com a pauta das reformas tributária e administrativa. De encontro as suas intenções está o Centrão, que trava o debate, de olho no controle da Comissão Mista de Orçamento.

Sobre a pandemia e a recusa de parte da população quanto a imunização, Maia afirmou que restrições podem ser imposta aos negacionistas. "O importante é que todos os brasileiros tenham acesso à vacina. E aqueles que não querem tomar vacina, é obvio que alguma restrição deve ocorrer, mas isso precisa ser construído no Parlamento, junto com o Executivo. Essa união é importante para que não parece que um Poder está contra o outro", indicou, sem detalhas quais seriam essas restrições.

Dois dias após a revelação de que a Procuradoria-Geral da República (PGR) reabriu uma investigação sobre supostos pagamentos da empreiteira OAS ao presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ), o deputado afirmou que é importante a autonomia da instituição e que o procurador-geral, Augusto Aras, tem sido "uma pessoa correta".

"Me perguntaram se tinha algo de estranho na reabertura do inquérito, tenho convicção que não", disse Maia em live organizada pelo jornal Valor Econômico, nesta segunda-feira, 2. "O procurador tem sido uma pessoa correta e eu espero que assim ele mantenha o trabalho dele que não pareça que nesse caso e qualquer outro caso possa ter uma interferência de qualquer outro poder em relação a qualquer assunto que seja", disse.

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A reabertura do inquérito foi revelada pelo jornal O Globo e confirmada pelo Broadcast na sequência. O inquérito corre em sigilo e investiga supostos repasses de caixa dois da OAS a Maia, com base na delação premiada de funcionários do setor de contabilidade paralela da empreiteira.

"Tenho certeza que esse inquérito aberto quase um ano e meio depois voltará a ser arquivado no prazo mínimo necessário para sua reavaliação", disse Maia.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) reabriu uma investigação sobre supostos pagamentos da empreiteira OAS ao presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ). A informação foi revelada pelo jornal O Globo e confirmada pela reportagem.

O inquérito corre em sigilo e investiga supostos repasses de caixa dois da OAS a Maia, com base na delação premiada de funcionários do setor de contabilidade paralela da empreiteira.

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Em setembro do ano passado, o relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, decidiu arquivar trechos da delação premiada do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro que mencionavam o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Humberto Martins, o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), José Múcio Monteiro, e um dos irmãos do presidente do STF, ministro Dias Toffoli.

Os quatro pedidos de arquivamento foram feitos por Raquel Dodge, antes dela deixar o comando da PGR. Na época, segundo apurou a reportagem, ela alegou ao Supremo que, nesses casos, não havia elementos suficientes para justificar a abertura de uma investigação.

A reabertura do inquérito mais de um ano depois do seu arquivamento causou estranheza no entorno de Maia. Segundo fontes, o deputado não chegou a ser notificado sobre o caso nesta semana. Procurada, a assessoria de Maia não se pronunciou.

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, informou a interlocutores que já identificou o ex-assessor que supostamente teria usado o seu perfil no Twitter para ofender o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Salles quer tratar o caso como "assunto encerrado".

O nome do responsável, no entanto, não foi divulgado. A versão de Salles, de que sua conta na rede social foi "utilizada indevidamente", é vista com desconfiança dentro do governo e causa constrangimento no entorno do ministro.

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Nesta quinta, 29, pela manhã, segundo relatos ao Estadão, Salles disse que havia pedido que Agência Brasileira de Investigação (Abin) para apurar a suposta invasão. Procurada pela reportagem, a Abin não se manifestou. À tarde, o ministro deu uma nova explicação a interlocutores, afirmando que um ex-assessor admitiu ter se equivocado e publicado a ofensa a Maia no perfil de Salles, em vez de usar a conta pessoal dele.

O chefe do Meio Ambiente justificou que diversas pessoas tinham seu login e senha de seu perfil pessoal, por causa da campanha eleitoral de 2018, quando concorreu a deputado federal pelo partido Novo, em São Paulo. Agora, sem identificar o suposto responsável, o ministro passou a tratar o episódio como "assunto encerrado" e abriu mão de pedir uma investigação.

Na noite de quarta, uma publicação do perfil de Salles em resposta a Maia chamava o deputado de "Nhônho". O apelido é utilizado de forma pejorativa pelos bolsonaristas contra o presidente da Câmara, em referência ao personagem da série mexicana "Chaves". Nhônho, interpretado pelo ator Édgar Vivar, é um menino gordo e apontado como uma "pessoa tonta".

Em pouco tempo, a ofensa a Salles se tornou um dos assuntos mais comentados do Twitter. Diante da repercussão política, o ministro postou, por volta das 6h30 desta quinta-feira, outro comentário na rede social: "Fui avisado há pouco que alguém se utilizou indevidamente da minha conta no Twitter para publicar comentário junto a conta do Presidente da Câmara dos Deputados, com quem, apesar de diferenças de opinião sempre mantive relação cordial".

Em seguida, a conta na rede social saiu do ar. O ministro, então, alegou que suspendeu o perfil por um "procedimento de segurança", segundo relatos à reportagem. Qualquer usuário do Twitter pode solicitar um relatório com histórico de acessos, o que indica, inclusive, os lugares onde a pessoa estava enquanto usava o aplicativo, além do IP do dispositivo, ou seja, seu registro.

O chefe do Meio Ambiente está em viagem oficial ao arquipélago de Fernando de Noronha (PE), acompanhado do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antonio. Também participam da comitiva o presidente da Embratur, Gilson Machado, e o secretário especial da Pesca, Jorge Seif Junior. Salles prometeu que só deve voltar ao Twitter na próxima semana, quando retornar à Brasília.

Descrédito. A versão de Salles de que teve a conta invadida não foi comprada por integrantes do governo. Colegas de Executivo, em conversas reservadas com o Estadão, afirmam acreditar que a ofensa a Maia partiu do ministro ou de alguém de sua equipe.

Apesar disso, ministros que têm boa relação com Salles argumentam que o presidente da Câmara exagerou no tom, ao criticar o chefe do Meio Ambiente. No dia 24, Maia escreveu: "Ricardo Salles, não satisfeito em destruir o meio ambiente do Brasil, agora resolveu destruir o próprio governo".

Já críticos de Salles aproveitaram o episódio no Twitter para reforçar internamente a defesa de que o ministro do Meio Ambiente deve deixar o governo. Reforçaram ainda que ele tem se aproximado do ala ideológica e ocupado o lugar do ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub.

A suposta reação a Maia, entretanto, não incomodou o presidente Jair Bolsonaro, que pediu à equipe, em reunião ministerial, que não "lavasse roupa suja" em público para evitar desgaste ao governo. Segundo interlocutores do Planalto, o recado do presidente foi para parar brigas entre ministros.

Maia é presidente da Câmara, tem um histórico de atritos com Bolsonaro e é alvo frequente da ala ideológica e militância bolsonarista. O presidente da Câmara não comentou o episódio, mas disse a interlocutores não acreditar na história de que a conta foi usada por outra pessoa.

A ofensa de Salles a Maia ocorreu na sequência de atritos na Esplanada, que se tornaram públicos na quinta-feira, 22. Também no Twitter, Salles chamou o ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, de "Maria Fofoca".

O ataque ocorreu na esteira de uma nota publicada pelo jornal O Globo, afirmando que Salles estava "esticando a corda" com militares do governo. O ministro do Meio Ambiente viu ali o dedo de Ramos e, além disso, atribuiu ao colega uma ação para desidratar sua pasta, convencendo a equipe econômica a retirar verbas que deveriam ser destinadas ao Meio Ambiente para o combate às queimadas.

No último domingo, 25, em mensagem também publicada nas redes sociais, Salles pediu "desculpas pelo excesso" ao chamar Ramos de "Maria Fofoca". O ministro da Secretaria de Governo, por sua vez, disse que "uma boa conversa apazigua as diferenças".

Apesar da trégua, o confronto continuou nos bastidores do governo, escancarando novamente as divergências entre a ala ideológica, que apoia Salles, e o núcleo militar, que ficou ao lado de Ramos. O general também ganhou o respaldo de Maia, do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (Progressistas-PR).

Após rebater críticas do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), ao chamá-lo de 'Nhonho' no Twitter, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, desativou o perfil e disse que a conta foi usada indevidamente.

Na manhã desta quinta-feira (29), antes de excluir a conta pessoal na plataforma, Salles creditou o xingamento a terceiros. "Fui avisado há pouco que alguém se utilizou indevidamente da minha conta no Twitter para publicar comentário junto a conta do Pres. da Câmara dos Deputados, com quem, apesar de diferenças de opinião sempre mantive relação cordial", escreveu.

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O motivo da confusão foi uma publicação feita por Maia no sábado (24). Ele afirmou que o ministro "não satisfeito em destruir o meio ambiente do Brasil, agora resolveu destruir o próprio governo". Como retaliação, foi comparado ao personagem da séria mexicana Chaves, apelido usado por seus opositores.

A postura do presidente da Câmara foi como um revide a outro ataque de Salles, que havia chamado o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, de "Maria Fofoca". O insulto o submeteu a mais um pedido de desculpas.

Recluso em uma penitenciária paulista, João Pedro Bória Caiado é o autor do mais recente pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) recebido pela Câmara dos Deputados. Em carta escrita à mão, ele pede ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a abertura de processo por crime de responsabilidade.

Para o denunciante, Bolsonaro deverá ser afastado por realizar um chamado para as Forças Armadas agirem como um Poder Moderador com o escopo de limitar o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF). Em abril, ele já havia apresentado outro requerimento alegando a conduta do presidente ao tratar da pandemia do coronavírus.

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"O senhor presidente da República deve ser afastado do cargo, visto que houve por parte do presidente um chamado para as Forças Armadas agirem com o escopo de limitar o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal", escreve o detento na carta manuscrita de sete páginas, à qual o Broadcast Político teve acesso por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI). "Entendo eu que o presidente, ora acusado/denunciado, executou ato classificado nos anais da hermenêutica judiciária como golpe de Estado, em sua forma tentada, somente não obtendo êxito, pois as Forças Armadas não responderam a tal 'chamado'", completa.

Bolsonaro, no entanto, não é o primeiro alvo dos pedidos de Bória Caiado. Ele também apresentou dois requerimentos de impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), um deles falava sobre a violação de direitos individuais em decorrência das más condições do sistema prisional, o outro tratava sobre denúncias de dinheiro da Petrobras. A presidente foi cassada, não pelos motivos alegados pelo requerente, mas pelas famosas pedaladas fiscais em sua gestão.

Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo, Bória Caiado está custodiado por roubo desde 2014 e cumpre pena de 48 anos, três meses e quatro dias de reclusão.

Na gestão atual, os pedidos do detento se somam a outros 50 em análise na Câmara. Qualquer cidadão pode encaminhar um requerimento, mas o processo de impeachment precisa passar pelo crivo do Congresso e, inicialmente, depende de uma decisão do presidente de Maia, que, até o momento, rejeita autorizar uma denúncia.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), criticou o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, na manhã deste sábado (24).

Em sua conta no Twitter, Maia afirmou que o ministro resolveu destruir o próprio governo. "O ministro Ricardo Salles, não satisfeito em destruir o meio ambiente do Brasil, agora resolveu destruir o próprio governo", escreveu.

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Na quinta-feira (22), Salles atacou o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, chamando-o de #mariafofoca nas redes sociais. O caso evidenciou uma nova crise entre as alas ideológica e militar do governo.

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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), descartou, neste sábado (17), mais uma vez, que vá disputar novamente o comando da Casa. "Não sou candidato à reeleição. Este assunto está resolvido", afirmou Maia.

Tanto o mandato de Maia quanto o do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), vão se encerrar no início de 2021. Em tese, os dois não podem disputar um novo mandato. Alcolumbre, no entanto, tem se movimentado para tentar um novo período à frente da Casa, sob o argumento de que há brechas na legislação que permitiriam um novo mandato.

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"Não me cabe discutir a reeleição do Senado. O presidente do Senado tem cumprido um papel fundamental", desconversou Maia. "A eleição do Senado cabe ao Senado. A eleição da Câmara cabe à Câmara."

Maia participou, na manhã deste sábado, de evento virtual da XP Investimentos.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), se recusou a comentar as declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, que ontem reforçou a possibilidade de criação de uma nova CPMF para financiar a desoneração da folha de pagamento das empresas.

"Eu não vou brigar com o ministro Paulo Guedes, não vou entrar nesse debate", disse Maia, em webinar promovido pela XP Macro Sales neste sábado. Na noite da última sexta-feira, em live em inglês organizada também pela XP, Guedes disse que "enquanto as pessoas não vierem com uma solução melhor, eu prefiro a segunda melhor, que é esse imposto de merda".

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Maia reconheceu que as últimas altercações com o ministro da Economia elevaram a insegurança para os agentes econômicos e disse ter prometido que não protagonizaria novos conflitos com Guedes até 1º de fevereiro, quando acaba seu mandato como presidente da Câmara.

Ele também disse ter dado a palavra de que, se o governo encaminhar a proposta de criação da nova CPMF, ela vai tramitar sem impedimentos na Câmara. "Mas o governo tem de encaminhar e, a partir daí, vamos debater", afirmou.

Reforma tributária

 

Maia afirmou que corporações ligadas ao Fisco em âmbito federal, estadual e municipal não desejam as mudanças trazidas pela reforma tributária porque "não querem perder poder". Maia também criticou a postura do empresariado brasileiro em relação à reforma.

"Me irrita muito essa paixão dos empresários por reforma administrativa e previdenciária. E quando chega a tributária, eles falam: 'vamos deixar para depois'", criticou.

O presidente da Câmara afirmou ainda que a adoção de um Imposto sobre o Valor Agregado (IVA) será uma "grande revolução" e abrirá espaço para o encerramento de litígios judiciais e para redução dos custos das empresas. Ele também se disse otimista com a tramitação da reforma tributária. "Há ambiente para aprovar."

Maia ponderou, por outro lado, que a reforma não pode ser aprovada no Congresso sem a participação do ministro da Economia, Paulo Guedes. Ele citou ainda o receio entre os prefeitos das capitais de que haja perda de receitas. "Pelo contrário", disse.

O presidente da Câmara também citou preocupação de Guedes em relação aos fundos de desenvolvimento regional, que poderiam retirar receitas do governo federal. "Isso não vai acontecer", disse.

Maia participou, na manhã deste sábado, de evento virtual da XP Investimentos.

O presidente da Câmara, deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou há pouco que a possibilidade de prorrogação do estado de calamidade, decretado durante a pandemia do novo coronavírus, por mais três meses "não existe". Segundo ele, isso significaria a prorrogação, também por mais três meses, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Orçamento de Guerra, o que "seria uma sinalização muito ruim quanto à âncora fiscal".

A princípio, o estado de calamidade pública terminará no fim de dezembro de 2020. No Congresso, no entanto, há articulações para que ele abarque mais três meses, o que abriria espaço para que benefícios ligados à PEC de Guerra também durem para além de 2020.

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Ao avaliar a questão, Maia lembrou que o orçamento primário brasileiro tem hoje "pouca gordura", o que afeta a capacidade do governo de manter o auxílio emergencial - lançado durante a pandemia - por mais tempo. De acordo com o presidente da Câmara, há quem avalie que é possível "empurrar" mais o auxílio para o próximo ano, sem que haja problemas. Maia, no entanto, vê a questão de outra forma.

"A estrutura criada para enfrentar a pandemia tem data para acabar, em dezembro de 2020", disse. "Se houver mudança, vai afetar muito mais a vida dos brasileiros", pontuou o presidente da Câmara, que participa, na manhã deste sábado, de evento virtual da XP Investimentos.

Maia lembrou ainda que os mandatários de cargos públicos "estão eleitos para construir soluções". "E se as soluções fossem simples, não precisava de representantes", comentou. Maia citou a possibilidade de se criar um programa de renda mínima, como deseja o governo de Jair Bolsonaro, por meio da redução de incentivos fiscais. Ele reconheceu, porém, que isso "não é nada fácil, infelizmente".

O presidente da Câmara também afirmou que os debates em relação à chamada PEC Emergencial não podem estar ligados ao novo programa de renda. "Falhamos um pouco na redação da PEC, porque gatilhos são acionados depois do caldo entornado", disse, em referência a mecanismos a serem acionados quando o teto de gastos for colocado em risco. "A regulamentação do teto de gastos, através da PEC Emergencial, tem peso maior."

Maia afirmou ainda que, a partir de 2023, o Brasil "talvez" tenha um "impacto melhor" da reforma da Previdência sobre suas contas públicas.

Em entrevista nesta terça-feira à Rádio CNN/Transamérica, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que o Congresso não deve discutir a revogação do artigo do Pacote Anticrime que estipulou prazo de 90 dias para revisão de prisão preventiva.

De acordo com Rodrigo Maia, a soltura do chefe do tráfico André do Rap, em decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), não é um problema da lei, mas do Judiciário e do Ministério Público. “Não acho que a lei seja um problema, muito pelo contrário. O problema é a decisão. Não dá para transferir à lei um problema que é do Judiciário e do Ministério”, declarou.

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O presidente da Câmara disse que cabe ao Judiciário avaliar e refletir sobre suas decisões. “Tirando este caso, que é muito ruim e gera muita comoção da sociedade, tem milhares de casos de pessoas que ficam presas anos até, sem nenhum tipo de análise, principalmente as pessoas mais pobres que não têm advogado”, contrapôs.

Rodrigo Maia lembrou que, durante as discussões na Câmara dos Deputados ou com o próprio governo, o prazo de 90 dias nunca foi um problema apresentado por ninguém. “A lei já existia, todos sabiam, e o próprio Ministério Público ontem em uma nota disse que pediu a revisão”, comentou.

Maia disse ainda que não se pode misturar esse assunto com a PEC da Segunda Instância (PEC 199/19), deve ser votada ainda neste ano. O autor da PEC, deputado Alex Manente (Cidadania-SP), chegou a dizer que com a aprovação da proposta "absurdos como a soltura de um líder do PCC, duas vezes condenado, jamais aconteceriam”.

“Não há necessidade de acelerar, a proposta está bem encaminhada. O texto do [relator] deputado Fábio Trad (PSD-MS) é muito bom porque trata da segunda instância em todas as esferas, não apenas na esfera criminal”, elogiou Maia.

Apesar da suspensão do trabalho das comissões por causa da pandemia, o presidente considera possível completar o prazo mínimo de 11 sessões com a retomada dos trabalhos da comissão especial nas próximas semanas.

Reformas
O presidente da Câmara voltou a defender a agenda de reformas, dando prioridade para a regulamentação do teto de gastos, para garantir recursos a milhões de pessoas que estão fora do Bolsa Família.

Ele também afirmou que a unificação dos impostos pela reforma tributária vai dar ganho enorme ao ambiente de negócios. “O Brasil não vai crescer com investimento público. Precisa de marco regulatório e ambiente de negócios melhor”, apontou. Ele destacou que a unificação de impostos de bens e serviços não vai aumentar a carga tributária, apenas fará “ajustes em alguns setores”.

Rodrigo Maia espera que o texto da reforma tributária esteja pronto até o primeiro turno das eleições municipais para que seja votado ainda neste ano. “A reforma tributária está pronta para o Plenário da Câmara. Já cumpriu todos os prazos. Nosso problema é construir um acordo, primeiro na Câmara e depois com o governo”, explicou.

Já a reforma administrativa seria necessária para controlar as despesas públicas, que nos últimos dez anos cresceram mais do que em outros países que competem com o Brasil. “O salário médio de um advogado no Poder Executivo é o dobro da média do setor privado”, comparou. “A principal tarefa deve ser a melhoria do gasto público, a qualidade e eficiência do serviço público. Vai ajudar o crescimento da nossa economia.”

*Da Agência Câmara de Notícias

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