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Os Estados Unidos e a Rússia dizem ter resolvido uma série de questões que impedem a restauração de uma trégua na Síria e a abertura de entregas de ajuda humanitária para o país, mas não conseguiram mais uma vez forjar um acordo global mais amplo de cooperação a fim de acabar com a guerra na Síria. Após o encontro que durou quase 10 horas em Genebra na sexta-feira (26), o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, relataram apenas um progresso incremental em detalhes de um entendimento atingido ao longo do último mês em Moscou para aumentar os esforços conjuntos.

Kerry disse que ele e Lavrov chegaram a um acordo sobre a "grande maioria" das discussões técnicas sobre medidas para restabelecer um cessar-fogo e melhorar o acesso humanitário, mas pontos críticos continuam por resolver. Especialistas permanecerão em Genebra tentando chegar a um acordo sobre esses pontos nos próximos dias, segundo Kerry.

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"Estamos perto", disse Kerry. "Mas não vamos correr para um acordo até que ele satisfaça plenamente as necessidades do povo sírio." Lavrov disse que "nós ainda precisamos finalizar algumas questões" e apontou para a necessidade de separar os combatentes da Frente al-Nusra, que têm ligações com a Al-Qaida, de combatentes apoiados pelos Estados Unidos que controlam partes do noroeste da Síria. "Nós continuamos nossos esforços para reduzir as áreas em que falta entendimento e confiança, o que é uma conquista", disse Lavrov. "A confiança mútua está crescendo a cada reunião."

No entanto, não ficou claro se algum dos lados acredita que um acordo global é iminente ou mesmo viável após numerosas tentativas fracassadas de interromper as hostilidades na Síria. Fonte: Associated Press.

Ativistas da oposição síria divulgaram uma gravação chocante, que mostra um jovem menino resgatado dos escombros após um devastador ataque aéreo em Alepo. As fotos e o vídeo mostram o garoto sentado, coberto pelo pó dos escombros e com sangue no rosto, e foram vistas como um resumo dos horrores infligidos à população nessa cidade do norte da Síria assolada pela guerra.

Os registros do menino têm sido amplamente compartilhados nas mídias sociais. Nesta quinta-feira (18), um médico em Alepo, Osama Abu al-Ezz, identificou o menino como Omran Daqneesh, de 5 anos. O doutor disse que o garoto foi levado ao hospital conhecido como "M10" na noite de quarta-feira, após um ataque aéreo no bairro de Qaterji, controlado pelos rebeldes. A criança tinha ferimentos na cabeça, mas nenhuma lesão cerebral e já recebeu alta.

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Equipes de resgate e jornalistas chegaram a Qaterji pouco após o ataque aéreo e começaram a retirar vítimas dos escombros. Um médico no hospital disse que houve pelo menos oito mortos nos ataques, entre eles cinco crianças.

O ataque ocorreu durante o momento do chamado do pôr-do-sol para as preces muçulmanas, por volta das 19h20 (hora local), disse um correspondente da rede Al-Jazira.

Omran foi resgatado junto com seus três irmãos, com idades de 1, 6 e 11 anos, além dos pais. Segundo o correspondente, o apartamento da família ficou parcialmente destruído pelo ataque. Nenhum deles teve ferimentos graves, mas o prédio desabou pouco após o resgate.

No vídeo divulgado no fim da quarta-feira pelo Centro de Mídia de Alepo, um homem é visto retirando o menino da cena do ataque e levando-o para a ambulância. O menino coloca a mão no rosto coberto de sangue, olha para ela e então a limpa na cadeira da ambulância.

O horror gerado pela imagem do menino vítima do ataque ecoa a angustiada resposta global às fotos de Aylan Kurdi, o garoto sírio que se afogou em uma praia na Turquia e cuja imagem tornou-se um ícone dos horrores da guerra civil da Síria e do drama dos refugiados. Fonte: Associated Press.

Militares da Rússia afirmaram nesta terça-feira (16) que lançaram ataques aéreos contra alvos na Síria com aeronaves que partiram do oeste do Irã. O episódio marca uma nova coordenação militar entre Teerã e Moscou para apoiar o governo do presidente sírio, Bashar al-Assad.

Aviões bombardeiros de longo alcance Tu-22M3 e aeronaves de bombardeio tático Su-34 partiram da base aérea de Hamedan, no Irã, para realizar um "ataque aéreo concentrado" contra os grupos militantes Estado Islâmico e Frente Nusra, afirmou em comunicado o Ministério da Defesa russo.

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Os ataques tinham como alvo depósitos de munição e centros de comando e controle nas províncias de Alepo, Deir ez-Zor e Idlib, segundo a nota russa. O Irã não faz fronteira com a Síria e não estava ainda claro qual rota os aviões russos tomaram para os ataques. Chefe do comitê de defesa do Senado russo, Viktor Ozerov disse à agência de notícias Interfax acreditar que o Irã e o vizinho Iraque deveriam provavelmente permitir que os militares russos usassem seu espaço aéreo para lançar ataques.

Na guerra da Síria, Moscou tem dado apoio aéreo para apoiar os militares de Assad, enquanto o Irã e o grupo militante xiita libanês Hezbollah enviam assessores e combatentes para apoiar as forças do governo. Uma série de grupos enfrenta o regime de Assad, entre eles os extremistas Estado Islâmico e Frente Nusra, mas também rebeldes mais moderados, estes com o apoio dos EUA e de seus aliados. Fonte: Dow Jones Newswires.

Combatentes apoiados pela coalizão liderada pelos EUA retomaram o controle de Manbij, cidade no norte da Síria que até recentemente era um dos principais redutos do grupo Estado Islâmico, disse Nasser Haj Mansour, das Forças Democráticas da Síria, grupo formado predominantemente por curdos. Segundo Mansour, Manbij "está sob controle total" e as forças estão realizando operações de busca para encontrar extremistas que possam estar escondidos na cidade.

As Forças Democráticas da Síria iniciaram sua ofensiva para retomar Manbij no fim de maio, com o apoio de ataques aéreos da coalizão. A cidade era um importante ponto de ligação entre o califado autodeclarado na Síria e no Iraque e o resto do mundo. Além disso, fica em uma importante rota que abastece a capital do grupo Estado Islâmico, Raqqa. Fonte: Associated Press.

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Os confrontos pelo controle da cidade de Alepo danificaram a infraestrutura da Síria e deixaram 2 milhões de moradores sem abastecimento de água, afirmou a agência da Organização das Nações Unidas para as crianças nesta terça-feira. O alerta é feito no momento em que ativistas sírios dizem que aviões do governo têm bombardeado posições rebeldes na cidade, enquanto a ONU pede uma "pausa humanitária" nos confrontos, para que as redes de eletricidade e a água possam ser reparadas.

Grupos rivais, porém, enviaram reforços a Alepo, após grupos de oposição violarem um cerco imposto pelo governo e interromperem uma importante rota do governo para a cidade. A batalha por Alepo, maior cidade e coração comercial do país, é crucial para a guerra civil síria. Não está claro se os rivais conseguirão novos avanços, mas as vitórias deles são um revés para a confiança do governo sírio, que tem apoio aéreo da Rússia.

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Na terça-feira, dois funcionários da ONU, Yacoub El Hillo e Kevin Kennedy, disseram em comunicado que a infraestrutura de água e eletricidade foi prejudicada pelos confrontos. Segundo eles, o número total de civis que vive em um clima de medo de "cerco" na prática é superior a 2 milhões. A ONU quer um cessar-fogo total ou ao menos uma pausa humanitária de 48 horas por semana, para que as pessoas possam ser ajudadas. Fonte: Associated Press.

Tell Ajaja é um dos sítios assírios mais ricos da Síria, mas durante a passagem dos extremistas do grupo Estado Islâmico (EI) por este local, estátuas milenares foram destruídas, além de baixos-relevos que não haviam sido desenterrados.

O EI já devastou um patrimônio inestimável na Síria e no Iraque. No caso concreto do sítio de Tell Ajaja, controlado por eles durante dois anos, conseguiu ser libertado em fevereiro de 2016 quando grupos curdos expulsaram os extremistas da maior parte da província de Hasake.

Localizado no alto de uma colina e a centenas de quilômetros da fronteira com o Iraque, Tell Ajaja oferece um espetáculo desolador. Ainda longe do local, é possível observar os restos dos objetos destruídos e grandes buracos no chão, resultado dos roubos, como constatado pela AFP.

Apesar de a maioria dos tesouros de Tell Ajaja, descobertos no século XIX, estarem em museus sírios e no exterior, os extremistas e outros criminosos levaram indícios ainda desconhecidos.

"Foram encontrados objetos desconhecidos, como estátuas e colunas. Muitas coisas foram perdidas", lamenta Mamun Abdulkarim, chefe das Antiguidades sírias.

"Mais de 40% de Tell Ajaja foi destruída ou roubada pelo EI", afirma Jaled Ahmo, diretor de Antiguidades de Hasake. "Os túneis perfurados destruíram níveis arqueológicos inestimáveis", testemunhas da história econômica, social e política da época.

Páginas da História destruídas

Em 2014 apareceram fotos de extremistas destruindo a marteladas estátuas do primeiro e segundo milênios pertencentes ao patrimônio assírio, divulgado sobretudo no Iraque e na Síria, onde ocorre uma guerra devastadora desde 2012.

"Com escavadeiras esses bárbaros destruíram páginas da História da Mesopotâmia", destaca Abdulkarim. "Em dois ou três meses reduziram a nada o que teria necessitado 50 anos de trabalhos arqueológicos", acrescenta.

Fotos publicadas no site das Antiguidades mostram objetos danificados ou roubados em Tell Ajaja: baixo-relevos com inscrições em alfabeto cuneiforme, leões e animais alados - inclusive o "lamassu" -, criaturas com cabeça humana e corpo de touro, e leão com asas de águia, cujo objetivo era a defesa contra os inimigos.

A Assíria, com sua capital Nínive (atualmente no Iraque), foi um poderoso império do norte da Mesopotâmia. A arte assíria é particularmente célebre por seus baixo-relevos que recriam cenas de guerra.

"Tell Ajaja ou a antiga Shadicanni era uma das principais cidades assírias." no território sírio atual, explica Sheijmus Ali, da Associação para a Proteção da Arqueologia Síria (APSA).

"O EI transformou a colina em zona militar", conta à AFP um morador do local sob o pseudônimo de Jaled, que acrescenta: "ninguém tinha direito de entrar sem autorização".

Contrabando para a Europa

"Verdadeiras hordas de homens armados entravam acompanhados de traficantes de objetos arqueológicos", assegura outro habitante, Abu Ibrahim.

Tell Ajaja era conhecida como Tell Araban na época islâmica. Mas, lamentavelmente, "as camadas mais altas que se remontam a essa era também foram arrasadas", afirma Jaled Ahmo.

Inúmeros vestígios foram contrabandeados através da vizinha Turquia para a Europa, segundo Abdulkarim, que alertou a Interpol.

Desde sua ascensão militar em 2014, o EI devastou muitos sítios mesopotâmicos no Iraque (Hatra e Nimrud) e na Síria, alguns classificados como patrimônio mundial da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).

Na Síria, mais de 900 monumentos ou sítios arqueológicos foram afetados, seriamente danificados ou destruídos pelo regime, pelos rebeldes ou extremistas, segundo a APSA.

Os rebeldes romperam o cerco imposto pelas tropas do presidente Bashar al-Assad na região de Alepo, na Síria, de acordo com informações da oposição, moradores e imprensa pró-governo.

Em uma ofensiva iniciada no sábado, uma aliança de grupos rebeldes, incluindo o Fronte do Levante da Conquista, um grupo filiado à Al Qaeda na Síria, ocupou armazéns, uma padaria, um estacionamento e um trecho de rodovia no sul de Ramouseh, distrito onde a luta é travada há uma semana.

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No dia 17 de julho, o governo fechou a principal estrada que liga partes controladas pelos rebeldes, ao norte da cidade de Alepo, com o restante do país. Segundo alerta da ONU, cerca de 300 mil pessoas estão sitiadas na região junto com os rebeldes desde então. Fonte: Associated Press.

O Papa Francisco falou neste domingo sobre a guerra civil na Síria. Segundo o pontífice, as vítimas civis pagam o preço pela falta de desejo de paz dos poderosos.

"É inaceitável que tantos inocentes, incluindo tantas crianças, paguem o preço do conflito. O preço de corações fechados e da falta de desejo de paz dos poderosos", disse o Papa Francisco, após a sua tradicional bênção do Angelus na Praça de São Pedro.

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O pontífice citou, em particular, o sofrimento na cidade de Aleppo, na Síria, que é o centro da batalha entre rebeldes e forças leais ao governo de Bashar Assad.

Ontem, o governo fechou a única estrada que liga partes controladas pelos rebeldes, ao norte da cidade de Aleppo, com o restante do país. Segundo alerta da ONU, cerca de 300 mil pessoas estão sitiadas na região. Fonte: Associated Press.

O governo da Rússia confirmou a morte de cinco pessoas, após um helicóptero do país ser derrubado na Síria. Trata-se do mais mortífero incidente para os militares russos desde o início de seu envolvimento na guerra civil síria.

O helicóptero Mi-8 foi derrubado na província de Idlib enquanto retornava à base aérea na costa síria, depois de entregar ajuda humanitária na cidade de Alepo, informou em comunicado o Ministério da Defesa russo. Até agora, nenhum grupo assumiu a autoria do ataque.

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O incidente ocorreu na província de Idlib, onde há forte presença de rebeldes tanto do braço da Al-Qaeda conhecido como Frente Nusra como de outros rebeldes. Vídeos divulgados na internet por ativistas da oposição mostravam os destroços do helicóptero russo.

A queda foi a mais mortífera para os russos desde setembro passado, quando Moscou começou a realizar ataques aéreos na Síria em apoio às forças do presidente sírio, Bashar al-Assad.

A Organização das Nações Unidas estima que cerca de 300 mil pessoas estejam presas na zona de Alepo controlada pelos rebeldes. Ativistas da oposição disseram que há intensos confrontos em Alepo nesta segunda-feira. Uma autoridade militar, que pediu anonimato, não deu detalhes sobre o assunto. Fonte: Associated Press.

Rebeldes sírios derrubaram um helicóptero que levava quatro tripulantes russos na província de Idlib, segundo a Shahba Press, uma agência de notícias sediada no norte do país. O helicóptero derrubado caiu perto de Alepo, onde rebeldes lançaram no domingo uma ofensiva para encerrar um cerco sobre a cidade de Alepo. A agência diz que os quatro tripulantes morreram.

Imagens divulgadas na internet mostravam um corpo carbonizado que seria de um dos membros da tripulação. A queda da aeronave também foi informada pela agência de notícias RIA, que citou um comunicado do Ministério da Defesa russo. Segundo a RIA, havia cinco pessoas a bordo.

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A agência russa disse que o helicóptero Mi-8 voltava para a base aérea de Khmeimim quando foi abatido, depois de entregar ajuda humanitária à cidade de Alepo.

A Rússia interveio no ano passado no conflito sírio a pedido do presidente Bashar al-Assad, com ataques aéreos regulares contra rebeldes. Mais cedo neste ano, o presidente russo, Vladimir Putin, retirou boa parte das forças russas, ainda que uma presença substancial de soldados do país continuasse a realizar ataques.

O vice-ministro da Defesa russo, Anatoly Antonov, disse na última sexta-feira que a presença russa na cidade de Alepo era simplesmente para distribuir ajuda humanitária. Uma promessa russa de criar corredores humanitários na cidade, porém, recebeu críticas de rebeldes e a Organização das Nações Unidas também mostrou dúvidas sobre as intenções de Moscou. Fonte: Dow Jones Newswires.

Um ataque aéreo atingiu um hospital no sul da Síria neste domingo, em uma região controlada por opositores do governo. O bombardeio ocorre ao mesmo tempo em que um alto oficial da Organização das Nações Unidas (ONU) se encontrava com o ministro de Relações Exteriores sírio na capital, Damasco, para pedir a retomada de conversas de paz entre governo e opositores.

O hospital em Jasem foi alvo de um entre uma série de ataques aéreos que atingiram a província de Deraa, localizada 57 quilômetros ao sul de Damasco. Seis pessoas morreram nos ataques, de acordo com uma rede de ativistas locais, que culpa o governo pelo ataque.

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De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, entidade sediada no Reino Unido, o ataque matou um farmacêutico e colocou o hospital fora de serviço.

Hospitais são alvos frequentes na guerra da Síria, o que tem sido condenado pela ONU e a comunidade internacional. Segundo a organização nova-iorquina Médicos pelos Direitos Humanos, mais de 90% dos ataques a instalações médicas na Síria foram promovidos por forças pró-governo.

Em Damasco, o vice enviado especial para a Síria da ONU, Ramzy Ramzy, reiterou o desejo das Nações Unidas de retomar conversas de paz entre o governo e a oposição ao final de Agosto. Ele disse que discutiu o processo de transição política com o ministro de Relações Exteriores Walid Moallem. A oposição tem demandado que o presidente Bashar Assad renuncie depois que a repressão do governo a protestos em 2011 deu início a uma catastrófica guerra civil.

O ponto central das negociações é se a oposição e a comunidade internacional devem concordar ou não em ter Assad no comando durante um período de transição. "O ministro confirmou a intenção do governo sírio de participar nessas conversas assim que elas forem promovidas", disse Ramzy. Fonte: Associated Press.

Um duplo atentado atingiu uma multidão na cidade de Qamishli, predominantemente curda no norte da Síria nesta quarta-feira (27), matando ao menos 44 pessoas e ferindo outras dezenas, informou a agência de notícias estatal da Síria Sana. O grupo terrorista Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade pelo ataque.

Segundo a imprensa, um caminhão carregado com grandes quantidades de explosivos explodiu na fronteira da cidade de Qamishli, seguido de uma explosão de uma motocicleta poucos minutos depois na mesma área. As explosões causaram enormes danos na região e equipes de resgate estavam trabalhando para recuperar vítimas debaixo dos escombros, disse a agência.

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Qamishli fica perto da fronteira com a Turquia e é controlada principalmente por curdos, mas as forças governamentais da Síria estão presentes e controlam o aeroporto da cidade.

"A maioria dos edifícios no local da explosão foram fortemente danificados por causa da força da explosão", disse Suleiman Youssef, um morador de Qamishli.

Em um comunicado divulgado na internet, o grupo Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pelo ataque em Qamishli, dizendo que a explosão do caminhão atingiu um complexo de escritórios curdos. Fonte: Associated Press.

Uma explosão na cidade síria de Qamishli matou nesta quarta-feira (27) pelo menos 25 pessoas. Um funcionário do hospital da cidade informou à agência russa RIA Novosti que há mais de 100 feridos.

"Os corpos foram levados a hospitais. Mais de 100 pessoas ficaram feridas e o número das vítimas provavelmente continuará crescendo", disse uma fonte. Um caminhão-bomba explodiu no bairro da Qamishli, controlado por curdos.

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De acordo com informação dada pelo canal de TV Al Jazeera, o grupo terrorista Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pelo atentado.

Segundo informações divulgadas pela mídia local, entre os mortos e feridos, há civis e membros das forças de segurança. A polícia local disse que o número de mortes pode aumentar, já que muitas pessoas se encontram gravemente feridas.

E, segundo dados atualizados e divulgados pelo canal televisivo Al Mayadin, há 44 mortos e cerca de 170 feridos.

Dezenas de civis foram mortos no norte da Síria, nesta terça-feira, em ataques aéreos supostamente conduzidos pela coalizão liderada pelos Estados Unidos, de acordo com ativistas de grupos de monitoramento que citaram residentes da área.

Estima-se que o número de mortos após o ataque em Tokhar varie entre 56 e quase 100, incluindo mulheres e crianças. O vilarejo fica ao norte de Manbij, onde as forças lideradas pelos EUA lutam contra militantes do Estado Islâmicos há semanas. Houve relatos de morte de civis em outras áreas, mas eles não puderam ser verificados de forma independente.

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O Comando Central dos EUA disseram em um comunicado que estava revisando as alegações de morte de civis em Manbij, na Síria.

"Se determinarmos que as informações que dão apoio às alegações são credíveis, vamos determinar em seguida o próximo passo a ser dado", disse o Comando Central. "Nós tomamos todas as medidas para evitar ou minimizar mortes de civis ou danos colaterais, em conformidade com os princípios da Lei do Conflito Armado", disse.

Uma agência de notícias afiliada ao Estado Islâmico, a Amaq, reportou que "mais de 160 civis, mulher e crianças, na maioria, foram mortos como resultado de muitos ataques americanos na cidade de Tokhar". Fonte: Dow Jones Newswires.

O Exército israelense informou que disparou dois mísseis contra um drone que entrou o seu espaço aéreo vindo da Síria. Segundo os militares, dois mísseis Patriot foram lançados contra o drone a partir do sistema de defesa aérea israelense nos Montes Golã. Os militares dizem que o aparelho voltou para a Síria.

Israel já abateu aeronaves síria no passado. Em 2014, o país derrubou um drone e um jato sírio que tinham entrado em seu espaço aéreo em duas ocasiões distintas.

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Israel tem evitado tomar partido na guerra civil síria. No entanto, tropas israelenses têm respondido a tiros de morteiros que atingem os Montes Golã. Israel também alega que atingiu alvos ligados ao grupo militante libanês Hezbollah localizados na Síria. Fonte: Associated Press

Os Estados Unidos está oferecendo à Rússia um novo pacto militar contra os grupos extremistas Estado Islâmico e Al-Qaeda na Síria, de acordo com uma proposta norte-americana obtida pelo jornal Washington Post.

De acordo com o documento de oito páginas, os Estados Unidos propõem uma sincronização dos esforços para a operação conjunta de bombardeios e outros esforços. Norte-americanos e russos iriam "trabalhar conjuntamente para defender" esses grupos.

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O secretário de Estado, John Kerry, que deveria discutir a proposta em Moscou nesta quinta-feira, não quis comentar o assunto.

"Eu vou a Moscou me encontrar com o presidente (Vladimir) Putin esta noite", disse a repórteres.

Caso se confirme, a proposta mudaria drasticamente o papel dos EUA no conflito, bem como iria na direção contrária de meses de críticas à intervenção militar russa na Síria. Ele também colocaria os EUA ao lado do presidente Bashar Assad, apesar de anos pedindo pela sua renúncia.

A Rússia, por outro lado, chegaria ao objetivo que traçou desde o primeiro ano de intervenção na Síria: liderar uma coalizão internacional.

Washington vem repelindo pedidos de Moscou por cooperação militar, acusando os russo de utilizar o combate ao terrorismo para proteger a posição de Assad. A Rússia também é acusada de violar tréguas e atacar grupos rebeldes moderados aliados aos EUA.

Boa parte do establishment em Washington tem receio de trabalhar em conjunto com a Rússia. No mês passado, um grupo de autoridades do Departamento de Estado assinou um documento em que pedia por uma intervenção contra as forças de Assad na Síria, dada a proeminência que o governo de Putin está ganhando com a intervenção.

Sob a proposta, um "grupo de implementação conjunta" seria estabelecido próximo à capital da Jordânia. Em seu nível mais básico, os dois antigos rivais da Guerra Fria iriam compartilhar inteligência e alvos, além de conduzir operações conjuntas, caso concordem.

A Rússia iria limitar seus ataques aéreos a regiões designadas e não deixar que as forças sírias bombeiem determinadas regiões.

Em troca, os russo pressionariam Assad a interromper a campanha militar contra grupos rebeldes. Washington também quer que a Rússia ajude a pressionar Assad a promover uma transição política que efetivamente terminaria com as quatro décadas de controle de usa família sobre a Síria. Fonte: Associated Press.

Um jornalista da rede de TV Al-Jazeera morreu nesta segunda-feira em um bombardeio da aviação russa no noroeste da Síria, informou a imprensa do Catar.

Ibrahim al-Omar, um colaborador de Al Jazeera Mubashar, morreu "em ataques aéreos russos em Tarmanin", uma localidade da província de Idleb, anunciou a cadeia, sem fornecer maiores detalhes.

Desde o início do conflito, em 2011, sete empregados da Al Jazeera perderam a vida na Síria.

O Exército da Rússia declarou que dois soldados morreram na Síria após o helicóptero no qual estavam ter sido abatido por militantes do Estado Islâmico.

De acordo com um comunicado emitido pela agência de notícias estatal Tass, o incidente ocorreu na sexta-feira, a leste da cidade de Palmyra.

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O comunicado afirma que os dois soldados russos realizavam um voo-teste com um helicóptero sírio Mi-25 que carregava munição. Ao mesmo tempo, militantes do Estado Islâmico invadiram a área, que é controlada pelas forças da Síria, que pediram ajuda ao russos para atingir os militantes.

Entretanto, o helicóptero foi atingido e caiu logo após os dois soldados ficarem sem munição, no momento em que deixavam o local. Fonte: Associated Press.

O exército da Síria declarou nesta quarta-feira um cessar-fogo unilateral de três em todo o país para observar o início do feriado de Eid al-Fitr, que marca o fim do mês do Ramadã. A trégua deve durar até a meia noite de sexta-feira, de acordo com a TV estatal síria.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, celebrou a notícia, afirmando que discussões ocorrem com a Rússia e outros envolvidos no conflitos para tentar expandir a trégua. "Nós apreciamos a decisão do Exército da Síria de uma trégua em 72 horas em honra ao Eid", afirmou Kerry, que está em visita à Tbilisi, Georgia. "Estamos trabalhando para fazer isso ter uma duração maior".

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Apesar do anúncio, houve relatos esporádicos de violência nesta quarta-feira. Um grupo rebelde afirmou que forças do governo avançaram sobre um bairro controlado por rebeldes em Damasco. Outro grupo, o Novo Exército Sírio, que foca em combater o Estado Islâmico, afirmou que o grupo extremista não está observando a trégua.

"Com o Daesh (acrônimo árabe do EI), não existe algo como cessar-fogo", disse Mozahem Al-Saloum, porta-voz do grupo. Fonte: Associated Press.

Um vídeo divulgado neste domingo mostra a morte de cinco ativistas de mídias sírias capturados pelo grupo Estado Islâmico no ano passado. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos baseado no Reino Unido diz que os cinco foram sequestrados em outubro e acredita-se terem sido morto em dezembro, durante a cobertura de eventos na cidade síria oriental de Deir el-Zour, da qual metade está sob domínio do EI.

O chefe do Observatório, Rami Abdurrahman, explicou que a notícia da detenção e morte dos ativistas não foi divulgada antes porque nenhum corpo tinha aparecido e as famílias temiam represálias por relatar as mortes.

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No vídeo, um narrador do Estado Islâmico diz que o grupo está a enfrentar uma guerra de mídia, e adverte quem comunica aos "cruzados" e "inimigos de Deus". O narrador diz que jornalistas que cobrem o EI podem ser alvo, mesmo que residam na Europa.

Abdurrahman disse que um dos ativistas, Sami Jawdat, de 28 anos, enviou informações ao Observatório desde a eclosão da guerra civil em 2011, e continuou depois que o grupo tomou metade de Deir el-Zour em 2014. Segundo o chefe do Observatório, Jawdat havia sido detido pelo grupo extremista em ocasiões anteriores.

Segundo ele, desde as informações sobre o sequestro e assassinato dos ativistas, o seu grupo tem pedido a outros ativistas que evitem tirar fotos ou gravar vídeo em áreas controladas pelo EI.

No vídeo, cada ativista explica o que fez para mandar relatos da área, às vezes agindo escondidos para tirar fotografias ou entrevistar pessoas no mercado da cidade. Um dos ativistas diz fazer reportagens para a Al-Jazeera, e o outro diz que contribuiu para a Human Rights Watch baseado em Nova York.

A Síria é o terceiro país mais mortal no mundo para jornalistas, após Iêmen e Iraque, de acordo com o Comitê para a Proteção dos Jornalistas. Pelo menos 95 jornalistas foram mortos na Síria desde 2011. Quase não há organizações internacionais de notícias com cobertura direta na Síria por causa de sequestros por militantes, que muitas vezes matam os reféns. Fonte: Associated Press

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