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Ao menos 46 pessoas, entre elas crianças, morreram neste sábado na Síria após ataques aéreos atingirem o vilarejo de Qourieh, no leste do país, controlado pelo grupo Estado Islâmico, de acordo com o grupo Observatório Sírio para os Direitos Humanos, com sede no Reino Unido. Segundo a organização, dos 46 mortos, 31 eram civis. Já no norte da Síria, centenas de curdos foram atacados por membros do Estado Islâmico enquanto fugiam de aldeias em poder do grupo extremista, segundo ativistas.

Em Qourieh, no leste da Síria, os ataques foram promovidos por aviões russos, segundo o ativista sírio que atualmente vive na Europa, Omar Abu Leila, e tinham como alvo uma mesquita. A Rússia negou ter estabelecido civis como alvos. Qourieh faz parte da província de mesmo nome, na fronteira com o Iraque, e é quase totalmente controlada pelo Estado Islâmico.

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Na província de Aleppo, no norte da Síria, centenas de curdos fugiram à medida que as Forças Democráticas da Síria (SDF, na sigla em inglês), milícia predominantemente curda que conta com o apoio dos Estados Unidos, entraram em confronto com o Estado Islâmico em Manbij, reduto estratégico do grupo extremista. De acordo com o chefe do Observatório, Rami Abdurrahman, combatentes do Estado Islâmico abriram fogo contra os civis que tentavam fugir Manbij, matando inclusive crianças. O SDF entrou na cidade a partir de sua divisa ao sul, tomando silos de grãos e quatro moinhos, reportou a entidade.

O êxodo em Aleppo teve início após o Estado Islâmico ter capturado cerca de 900 civis curdos nas últimas três semanas, obrigando-os a construir fortificações em retaliação ao ataque liderado pelos curdos, que também miram outra área controlada pelo Estado Islâmico, chamada al-Bab. Alguns curdos também vêm sendo usados por integrantes do Estado Islâmico como escudos humanos.

Desde sexta-feira, mais de 120 curdos foram sequestrados pelo Estado Islâmico, de acordo com Abdurrahman. Ele informou ainda que os extremistas vêm alertando os que fogem do local de que "serão punidos" caso tentem retornar a suas casas. Caso Manbij venha a ser tomada pelas Forças Democráticas da Síria, será a maior derrota do Estado Islâmico desde julho de 2015, quando o grupo extremista perdeu o controle da cidade fronteiriça de Tal Abyad. Fonte: Associated Press.

Ataques aéreos conduzidos pelas forças do presidente Bashar Assad e pela aviação russa atingiram a capital de fato do grupo extremista Estado Islâmico na Síria, Raqqa, causando a morte de ao menos 18 civis mortos, disseram grupos de ativistas.

Paralelamente, Assad nomeou um novo primeiro-ministro para formar o governo após as eleições parlamentares de abril. A votação, feita apenas em áreas controladas pelo presidente, foi descartada por grupos de oposição e boa parte da comunidade internacional como um "faz de conta".

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Os ataques aconteceram no final da terça-feira, após forças de Assad registrarem reveses contra o Estado Islâmico no norte. Ativistas de do grupo conhecido como "Raqqa vem sendo aniquilada silenciosamente", disseram que a ofensiva deixou outros 28 feridos.

Já o Observatório Sírios de Direitos Humanos, um grupo baseado no Reino Unido, afirmou que 25 pessoas foram mortas, incluindo seis crianças.

Ambos os grupos afirmam que os ataques foram conduzidos por forças russas e sírias. Para eles, esses governos estão autorizando esse tipo de ataque em meio a uma frustração com o mau resultado da ofensiva realizada na província desde o início de junho. Fonte: Associated Press.

A Turquia está disposta a testar um novo sistema de defesa antiaérea na fronteira com a Síria, informou o portal norte-americano Defense News, citando fontes dos serviços de defesa turcos.

Autoridades turcas planejam instalar um sistema de radar contra morteiros Serhat e também mísseis de alta mobilidade Himars. Além disso, uma parte da fronteira de 70 quilômetros será vigiada por dirigíveis, explicam as fontes.

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O sistema de defesa antiaérea será posicionado na província de Kilis, no sudeste da Turquia, perto da cidade de Elbeyli, que é um posto de passagem de fronteira. A extensão total da fronteira turco-síria é de 900 quilômetros.

Mais de 700 médicos e trabalhadores do setor de saúde morreram na Síria desde o início do conflito, há cinco anos, anunciou a ONU, que também investiga o recrutamento de centenas de menores de idade por grupos islamitas.

O presidente da Comissão de Investigação da ONU sobre os Direitos Humanos na Síria, o brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, denunciou em um discurso em Genebra os bombardeios aéreos contra hospitais e clínicas. "Enquanto o número de vítimas civis aumenta, o número de instalações hospitalares e de médicos diminui, o que limita ainda mais o acesso ao atendimento médico", lamentou Pinheiro.

Ele destacou que "mais de 700 médicos e trabalhadores da saúde morreram em ataques contra hospitais desde o início do conflito". A guerra na Síria começou em março de 2011, após a repressão por parte do regime de Bashar al-Assad de manifestações pró-democracia. Em um primeiro momento, os rebeldes eram contrários às forças do regime, mas, com o passar do tempo, o conflito se tornou mais complicado com o envolvimento de extremistas estrangeiros e atores regionais e internacionais.

O confronto deixou mais de 280.000 mortos e obrigou milhões de pessoas a abandonar suas casas. Pinheiro também afirmou que a comissão que ele preside está investigando o recrutamento de menores de 15 anos por grupos jihadistas na província de Idleb (norte). "A comissão está preocupada com as informações de que a Frente Al-Nosra e outros grupos afiliados à Al-Qaeda teriam recrutado centenas de meninos menores de 15 anos em Idleb", disse.

Na semana passada, a Comissão de Investigação sobre a Síria, criada pelo Conselho dos Direitos Humanos da ONU, acusou o Estado Islâmico (EI) de cometer um "genocídio" contra os yazidis, uma minoria de língua curda também presente no Iraque.

"Além disso, a comissão detectou muitas violações contra outros grupos étnico-religiosos e continuamos investigando os crimes do ISIS (acrônimo em inglês do grupo Estado Islâmico) contra os alauitas, assírios, cristãos, xiitas e sunitas que rejeitam sua ideologia", destacou Pinheiro.

O ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, viajou à Síria neste final de semana, para se encontrar com o presidente Bashar al Assad, aliado de Moscou, e visitar a base aérea russa instalada no país.

O Ministério confirmou o encontro, onde foram discutidas as relações militares e a cooperação na luta contra grupos terroristas.

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A Rússia tem conduzido ataques aéreos na Síria desde setembro do ano passado, ajudando as forças locais a retomar áreas controladas pelo Estado Islâmico.

Shoigu também visitou a base aérea de Hemeimeen, na província de Lattakia, onde o ministro conversou com pilotos e inspecionou o sistema de mísseis que protegem a base. Fonte: Associated Press.

O presidente Barack Obama afirmou nesta terça-feira que o grupo Estado Islâmico está perdendo terreno no Iraque e na Síria, e que o número de combatentes estrangeiros que se unem aos extremistas está despencando.

"O EI perdeu quase metade do território povoado que tinha no Iraque e perderá mais. O EI também continua a perder terreno na Síria", declarou Obama depois de uma reunião do Conselho de Segurança Nacional sobre a luta contra o grupo extremista.

"Resumindo, nossa coalizão continua na ofensiva. O EI está na defensiva", enfatizou.

Dois ataques de homens bomba atingiram uma região próxima da capital da Síria, Damasco, deixando ao menos oito mortos e ferindo 13 pessoas. As informações estão sendo dadas pela rede de TV estatal e por grupos ativistas.

O grupo extremista Estado Islâmico assumiu responsabilidade pelos bombardeios e declarou que os autores do ataque usavam explosivos em seus cintos enquanto havia um terceiro homem num carro.

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A TV estatal afirmou que as explosões ocorreram na região de Sayyida Zeinab, ao sul de Damasco e informou o total de oito mortos. Já o Observatório Sírio para Direitos Humanos afirmou que o número de mortos é ainda maior e chega a 20.

O subúrbio de Sayyida Zeinab é sede de um santuário xiita de mesmo nome. O local recebe milhares de peregrinos todos os anos.

A TV estatal transmitiu ainda imagens do local das explosões, mostrando diferentes veículos e lojas incendiadas e ao menos dois prédios destruídos. Manchas de sangue podiam ser vistas nos destroços pelas ruas. Fonte: Associated Press.

Um alto comandante das forças curdas na Síria morreu hoje, vários dias após ser ferido durante uma campanha liderada pelos Estados Unidos para desmantelar o grupo extremista Estado Islâmico em sua capital no país, Raqqa.

Abu Layla, que comandava uma brigada nas Forças Democráticas Sírias - predominantemente curdas -, foi atingido por um atirador do Estado Islâmico nas proximidades da cidade de Manbij. Ele foi levado ao hospital por militares norte-americanos, em Sulaymaniyah, onde morreu.

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O comandante lutou contra militantes extremistas em Kobani, no ano passado, de acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos, com sede no Reino Unido. Essas batalhas foram vistas como primordiais para o apoio dos americanos às forças curdas no conflito do país.

As Forças Democráticas Sírias estão avançando em Manbij, 155 quilômetros ao norte de Raqqa. Enquanto isso, tropas governistas apoiadas pelo Irã, Líbano e Rússia avançam sobre a capital do Estado Islâmico, ao sul. Não se sabe se as ofensivas são coordenadas. Fonte: Associated Press.

Ativistas sírios dizem que o governo e os ataques aéreos russos mataram mais de uma dúzia de pessoas em áreas tomadas pela oposição no norte da cidade de Alepo. Os ataques acontecem um dia depois de ataques em regiões controladas pelo governo matarem pelo menos duas dúzias de pessoas.

A Defesa Civil, o primeiro grupo de resposta que opera em áreas controladas pelos rebeldes, relatou 50 ataques aéreos em Alepo, neste domingo. O Comitê de Coordenação Local, uma rede ativista, diz que os ataques mataram pelo menos 13 pessoas. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos baseado na Grã-Bretanha coloca o número em 23. O Observatório, que se baseia em uma rede de ativistas dentro da Síria, disse que o fogo rebelde em áreas controladas pelo governo mataram 24 civis no sábado (4). Alepo, que foi a capital comercial da Síria e maior cidade antes da guerra civil, foi dividida em 2012. Fonte: Associated Press.

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Uma onda de ataques aéreos no fim da noite atingiu a cidade síria de Idlib, no noroeste do país, e matou pelo menos 23 pessoas, feriu dezenas e deixou várias sob os escombros de suas casas. Houve intenso bombardeio perto de dois hospitais e uma mesquita, segundo ativistas da oposição.

Pelo menos sete crianças estão entre os mortos, afirmou o Observatório Sírio pelos Direitos Humanos. Segundo a entidade sediada no Reino Unido, uma aeronave russa realizou os ataques. Moscou, porém, afirmou que não estava envolvida com ataques em Idlib, cidade mantida por vários grupos militantes, entre eles o braço da Al-Qaeda na Síria, conhecido como Frente Nusra.

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A campanha militar russa na Síria começou em setembro, em um esforço para apoiar as forças do presidente sírio, Bashar al-Assad, na luta contra o Estado Islâmico e outros grupos. Moscou nega veementemente que ataque qualquer área civil.

Os Comitês de Coordenação Local, outro grupo de ativista que monitora a guerra civil síria, disse que os ataques aéreos atingiram dois hospitais e um deles ocorreu perto de uma mesquita. Segundo o grupo, 50 pessoas foram mortas e mais de 200 ficaram feridas - é comum haver relatos divergentes sobre o número de vítimas, após grandes ataques.

O Observatório Sírio pelos Direitos Humanos afirmou que cerca de dez ataques contra áreas próximas do Hospital Nacional, dos jardins públicos Al-Jalaa e de outros bairros de Idlib. Segundo o ativista Hassan Dughaim, que é originário de Idlib e mantém contato com moradores da província fronteiriça com a Turquia, há pessoas fugindo da cidade. Dughaim disse que mesmo pessoas em campos de refugiados eram alvos dos ataques. Fonte: Associated Press.

Negociador-chefe da oposição da Síria em Genebra, Mohammad Alloush abandonou o posto. Segundo ele, a comunidade internacional fracassou em fazer um progresso concreto para encerrar o conflito de cinco anos na Síria e continuam os ataques cometidos pelo regime do presidente Bashar al-Assad.

"As últimas três rodadas de negociações em Genebra sob os auspícios da ONU não foram bem-sucedidas por causa da falta de disposição do regime em se comprometer e pela continuação dos bombardeios e agressões contra o povo sírio", disse Alloush na noite de domingo, em carta ao Alto Comitê de Negociações, órgão representativo da oposição em Genebra. Segundo ele, a comunidade internacional não foi capaz de "implementar as decisões especialmente com respeito ao aspecto humanitário", para permitir a entrada de ajuda em áreas cercadas, a libertação de presos e um compromisso com o fim da violência.

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A saída de Alloush pode ser particularmente problemática para a fragmentada oposição síria. O Alto Comitê de Negociações deve se reunir em Riad em dez dias, a fim de formar uma delegação para as próximas conversas de paz e selecionar o substituto, disse uma porta-voz.

A notícia é também um revés para as negociações de paz. A última tentativa de um cessar-fogo naufragou algumas semanas após seu início, em fevereiro. Fonte: Dow Jones Newswires.

Uma aliança de curdos sírios e de combatentes árabes apoiada pelos Estados Unidos e os aliados, conhecida como Forças Democráticas da Síria (SDF), iniciou nesta quarta-feira uma ofensiva para expulsar militantes do grupo terrorista Estado Islâmico do território ao norte da cidade síria de Raqqa, perto da fronteira com a Turquia.

O ataque abriu uma segunda frente crucial contra o Estado Islâmico depois que as forças iraquianas lançaram um esforço na segunda-feira para retomar Fallujah, a oeste de Bagdá. O grupo extremista sunita recentemente sofreu uma série de derrotas, incluindo as perdas da antiga cidade síria de Palmyra e capital da província iraquiana de Ramadi.

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Na quarta-feira, as Forças Democráticas da Síria, composta por milhares de combatentes árabes e curdos sírios, atacaram vilas e cidades em poder do Estado Islâmico na província de Raqqa. O objetivo da ofensiva é "libertar" a zona rural ao norte da cidade de Raqqa, disse o SDF. Ele não estabeleceu uma data para uma tentativa de retomar a cidade em si.

A coalizão liderada pelos EUA contra o Estado Islâmico realizou quatro ataques aéreos na província na terça-feira, atingindo uma unidade tática do Estado Islâmico e uma guarnição militar, de acordo com o Comando Central dos EUA. O chefe do Comando Central dos EUA, o general Joseph Votel, reuniu lutadores das Forças e das forças de operações especiais dos EUA no norte da Síria no sábado, em uma rara visita não anunciada para discutir a ofensiva em Raqqa.

O Estado Islâmico proibiu os moradores de deixar a cidade com nada além de roupas, dificultando a saída, disse Mohamad Mosaraa, um porta-voz de um grupo ativista. Os civis que tentaram sair com colchões, eletrodomésticos e outros pertences foram impedidos, acrescentou. "Isso mostra o que os moradores mais temiam, que os militantes confiscassem suas casas e móveis", disse ele. Como resultado, cerca de 300 mil moradores optaram por permanecer na cidade. Fonte: Dow Jones Newswires.

Uma série de explosões raras, incluindo atentados suicidas que atingiram redutos do governo numa região costeira da Síria nesta segunda-feira, já matou mais de 100 pessoas e feriu outras 200, informou a mídia estatal e o Observatório Sírio de Direitos Humanos, um grupo ativista. O grupo terrorista Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade pelos ataques.

As explosões começaram em cidades tranquilas pró-governo de Tartus e Jableh e tiveram como alvo os civis que enfrentam uma guerra civil no país há seis anos. Os alvos foram estações de ônibus e um hospital, e marcou uma escalada no conflito enquanto as principais potências mundiais lutam para retomar as negociações de paz em Genebra. Muitas pessoas que fugiram das regiões em guerra no país se refugiaram nessas cidades.

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Segundo relatos na TV, pelo menos um terrorista suicida seguido por um carro carregado com

explosivos detonaram os artefatos em uma estação de ônibus em Tartus, com minutos de diferença entre uma explosão e outra. Mais de 33 pessoas foram mortas e muitos ficaram feridos nos atentados.

Separadamente, a agência de notícias Sana da Síria informou que quatro explosões atingiram Jableh, ao sul da cidade de Latakia. Os ataques incluíram três foguetes e um homem-bomba na entrada de um hospital nacional em Jableh.

Os ataques coordenados e quase simultâneos marcaram uma falha grave na segurança das fortalezas do governo que permaneceu calmo durante toda a guerra. Tartus e Jableh são o lar de milhares de pessoas deslocadas no interior de áreas atingidas pela violência em toda a Síria.

Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, no total houve sete explosões: quatro em Jableh, incluindo três atentados suicidas e um carro-bomba, e três em Tartus, incluindo dois homens-bomba e um carro-bomba. Fonte: Associated Press.

Sessenta mil pessoas morreram em cinco anos, torturadas ou devido às péssimas condições de detenção, nas prisões do regime sírio, denunciou neste sábado o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

"Desde março de 2011, pelo menos 60 mil pessoas morreram por tortura ou maus tratos, principalmente por falta de remédio e alimentos, nos centros de detenção do regime", informou à AFP o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman, assinalando que a cifra teve origem em fontes do regime. "O maior número de mortes foi registrado na prisão de Saydnaya e nos centros de detenção dos serviços secretos do exército do ar e da segurança do Estado", acrescentou.

Situada 30km ao norte de Damasco, a prisão de Saydnaya é uma das maiores do país. O OSDH afirmou que criou uma lista com o nome de 14.456 mortos, entre eles 110 crianças. Segundo Rahman, meio milhão de pessoas passaram pelas prisões do regime desde o início, em 2011, do conflito, que deixou 270 mil mortos e levou milhões de pessoas a fugir.

Por outro lado, acrescentou o diretor do OSDH, milhares de pessoas morreram no mesmo período nas prisões dos grupos rebeldes e jihadistas. Em fevereiro, especialistas da ONU na Síria haviam acusado o regime de Damasco de "extermínio de detidos", afirmando que as mortes em massa de prisioneiros eram resultado de "uma política de Estado".

O enviado da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, havia anunciado a nomeação de Eva Svoboda como responsável pelos temas de detidos e sequestros.

O grupo xiita libanês Hezbollah alegou que insurgentes sunitas mataram o comandante de suas operações na Síria, Mustafa Badreddine. O Hezbollah tem apoiado o regime do presidente sírio, Bashar al-Assad. De acordo com o grupo, uma explosão matou o líder em uma das bases do Hezbollah, nos arredores do aeroporto de Damasco, na sexta-feira.

Neste sábado, o Hezbollah anunciou que suas investigações apontaram os autores do atentado. De acordo com o grupo, a descoberta irá aumentar sua "vontade, determinação e resolução" para lutar contra os sunitas. Milhares de combatentes do Hezbollah, assim como militantes xiitas do Iraque, Irã e de outros países, estão lutando ao lado do governo da Síria contra os grupos extremistas sunitas na Síria, incluindo a al Qaeda e o Estado Islâmico.

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Os detalhes da explosão que matou Badreddine não estão claros e oficiais da região levantam dúvidas sobre a natureza do ataque. O Hezbollah não anunciou quando o ataque aconteceu, e diferentemente dos ataques anteriores, que pareciam ter como alvo comboios e membros do grupo na Síria, o grupo xiita não culpou Israel imediatamente. O comunicado divulgado neste sábado, que apontava insurgentes sunitas como responsáveis pelo ataque, era vago e breve.

Além disso, o governo sírio não comentou o ataque, que teria ocorrido em uma área de alta segurança, nas proximidades do aeroporto, e apenas ofereceu condolências ao Hezbollah pelo que chamou de martírio de Badreddine.

Ao longo dos últimos cinco anos, a guerra civil na Síria, que começou como uma revolta contra o governo em 2011, se tornou uma batalha entre extremistas sunitas e xiitas de todo o mundo. Os grupos xiitas apoiados pelo Irã, incluindo o Hezbollah, são aliados das forças do governo sírio contra os rebeldes sunitas, apoiados pela Arábia Saudita, outros países do Golfo, Estados Unidos e algumas potências europeias. Fonte: Dow Jones Newswires.

O número de migrantes e solicitantes de asilo que chegaram à Grécia em abril caiu quase 88% em um mês, segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM). Um total de 3.360 pessoas foram registradas em abril, contra 26.971 em março, segundo a OIM.

Esta "queda é resultado de vários fatores, incluindo o acordo entre a UE e a Turquia e os controles mais rígidos nas fronteiras" colocado em andamento pela Macedônia, considerou nesta sexta-feira a Frontex, a agência europeia encarregada das fronteiras externas da UE, em um comunicado.

A Frontex, que por sua vez estima em 90% a queda de chegadas à Grécia em abril, também ressalta que os sírios continuam sendo os mais numerosos entre as pessoas que entram na Grécia, à frente dos paquistaneses, afegãos e iraquianos. Em 2015, mais de um milhão de migrantes e refugiados chegaram à União Europeia, em sua maioria sírios que entraram pela Grécia.

Para frear este fluxo, Bruxelas e Ancara chegaram a um acordo que prevê o envio à Turquia de qualquer migrante que tenha chegado à Grécia depois de 20 de março e que não tenha solicitado asilo, ou cujo pedido tenha sido negado.

O número de migrantes e de solicitantes de asilo que desembarcaram na Itália em abril superou o número de chegadas à Grécia, pela primeira vez desde junho de 2015, informaram nesta sexta-feira a ONU e a Frontex. "Pela primeira vez, no mês passado ocorreram mais chegadas à Itália que à Grécia", declarou nesta sexta-feira à imprensa um porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR), William Spindler.

Segundo a OIM, 9.149 pessoas chegaram à Itália em abril e 3.360 à Grécia. Um total de 1.000 pessoas, incluindo crianças desacompanhadas, foram resgatadas na quinta-feira em frente à costa da Itália, indicou o ACNUR.

Um novo plano da ONU para superar a pior crise de refugiados desde a Segunda Guerra Mundial propõe o reassentamento de pelo menos 10% dos refugiados por ano, exercendo pressão sobre os países, para que abram suas portas a quem foge das guerras e dos desastres naturais.

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, delineou na segunda-feira a proposta para um novo Pacto Global sobre Responsabilidade Compartilhada para resolver a crise de 60 milhões de refugiados e deslocados em todo o mundo.

A ONU espera que o novo acordo alivie parte da carga que recai sobre os países em desenvolvimento nessa crise, alimentada pelos cinco anos de guerra na Síria e outros conflitos. A proposta pretende reassentar por ano pelo menos 10% da população refugiada total, que ultrapassa 19,6 milhões, sob um esquema a ser negociado na ONU.

"Com responsabilidades equitativas compartilhadas, não teria por que ocorrer uma crise nos países de acolhida", disse Ban. "Podemos ajudar e sabemos o que temos que fazer, mas frequentemente o medo, a ignorância e a xenofobia se colocam no caminho", afirmou.

O plano da ONU foi apresentado em meio à dificuldade da União Europeia em lidar com sua própria crise de refugiados. Um acordo entre a UE e a Turquia, que aceitou receber os migrantes rejeitados pela Europa em troca de uma série de concessões, enfrenta obstáculos e o bloco negocia como distribuir os refugiados.

Mais de 184.000 migrantes já chegaram à Europa pelo mar ao longo deste ano. No mesmo período do ano passado o continente havia recebido cerca de 49.000. Espera-se que o Pacto Global sobre os refugiados seja aprovado em uma cúpula da ONU em 19 de setembro, que deve ser seguida por uma conferência nos Estados Unidos.

O presidente Barack Obama será o anfitrião dessa conferência, que se realizará à margem da Assembleia Geral da ONU, para pedir aos países que se comprometam a anunciar o número de refugiados que estão dispostos a receber e qualquer outra ajuda que estejam em condições de oferecer.

A artilharia turca atirou contra membros do grupo Estado Islâmico na fronteira com a Síria, matando 55 militantes e destruindo três lançadores de foguetes e três veículos. A informação foi reportada pela agência de notícias estatal Anadolu neste domingo.

Ao mesmo tempo, aeronaves de guerra turcas dispararam contra posições do Partido dos Trabalhadores do Curdistão, conhecido como PKK, no norte do Iraque, atingindo abrigos de rebeldes e depósitos de munição, segundo a agência. As regiões alvo incluíram a montanha de Qandil, onde fica o centro de comando do PKK.

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Os ataques militares turcos ocorrem no momento em que o país é alvo de uma dupla dose de ameaças por parte do PKK e do Estado Islâmico. Seis atentados suicidas já ocorreram na Turquia desde julho, deixando 200 mortos.

O Estado Islâmico tem disparado foguetes quase diariamente da Síria em direção à fronteira com a Turquia, matando 21 pessoas e ferindo 70 desde meados de janeiro. Os militares turcos tem retaliado esses ataques. Fonte: Associated Press.

Damasco, 07 (AE) - O Ministério da Defesa da Rússia afirmou neste sábado que um frágil cessar-fogo em vigor na cidade de Alepo, na Síria, foi ampliado por 72 horas. Com isso, a trégua deve valer até a zero hora da terça-feira (hora local).

De acordo com a Rússia, a ampliação do cessar-fogo foi feita por iniciativa de Moscou e também se aplica à região de Latakia.

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Na semana passada, a Rússia e os Estados Unidos chegaram a um acordo para ampliar o cessar-fogo na Síria também para Alepo. Inicialmente, militares sírios disseram que a trégua na cidade duraria apenas 48 horas.

Militares russos acusaram a Frente Nusra, grupo sírio ligado à rede terrorista Al-Qaeda, de tentar destruir a trégua ao realizar ataques contra Alepo e tentar impor um bloqueio na cidade. A Frente Nusra e o Estado Islâmico não estão incluídos no cessar-fogo.

Também neste sábado, uma graduada autoridade do Irã, o assessor Ali Akbar Velayati, se reuniu com o presidente sírio, Bashar al-Assad, e afirmou que Teerã continuará a apoiar o governo sírio na guerra civil que já dura cinco anos. Assessor do líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, Velayati se encontrou com Assad em Damasco. Fonte: Associated Press.

Os militares russos afirmaram nesta quarta-feira que retiraram cerca de 30 aeronaves de sua base na Síria, incluindo todos os aviões do modelo Su-25 que estavam estacionados no local.

O porta-voz do Ministério da Defesa, Igor Konashenkov, não deu detalhes sobre quantas aeronaves ainda permanecem no local, dizendo apenas que é um número precisamente necessário para combater o grupo Estado Islâmico e a Frente Nusra, afiliada síria da Al-Qaeda.

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Em março, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou a retirada da maior parte das forças aéreas da Síria, sem especificar quantos aviões seriam retirados ou quantos permaneceriam.

A Rússia implantou mais de 50 jatos e helicópteros na sua base na costa da Síria. A campanha aérea, que começou em 30 de setembro, permitiu que o exército sírio do presidente Bashar Assad reconquistassem algumas regiões importantes. Fonte: Associated Press.

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