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A Rússia e os Estados Unidos trabalham para expandir a área na qual vigora um cessar-fogo na Síria, afirmou o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, nesta terça-feira.

Em declaração ao enviado da Organização das Nações Unidas para a Síria, Staffan de Mistura, durante a visita deste a Moscou, Lavrov disse que militares russos e norte-americanos trabalham juntos para a "consolidação do regime de cessar-fogo, em sua expansão para novas áreas e para a criação de condições ideias para a entrega de ajuda humanitária", segundo agências de notícias russas.

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Lavrov também disse que o governo russo vê com bons olhos os esforços internacionais para resolver a crise na Síria. Ele reiterou que não há alternativa a não ser uma solução política para a situação.

As declarações mais recentes ocorrem após um telefonema entre Lavrov e o secretário de Estado norte-americano, John Kerry. A dupla discutiu as perspectivas para se encontrar uma solução política para a crise no país, na segunda-feira.

Lavrov disse que a Rússia e os Estados Unidos trabalham para conseguir um cessar-fogo em Alepo e que a decisão sobre o assunto pode sair nas próximas horas. "Nosso objetivo é prorrogar o cessar-fogo", afirmou. Fonte: Dow Jones Newswires.

O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, iniciou nesta segunda-feira o segundo dia de conversas com líderes em Genebra, na Suíça, para encontrar uma maneira de restaurar ao menos uma trégua parcial na Síria em meio a intensos ataques na cidade de Aleppo. Enquanto isso, o cessar-fogo em Damasco foi renovado por mais 48 horas.

Kerry se reuniu hoje com o chanceler da Arábia Saudita, Adel al-Jubeir, e com o enviado da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Síria, Staffan de Mistura. Segundo Kerry, as conversas estão tendo progresso em direção a um entendimento sobre como reduzir a violência em Aleppo, mas que ainda era necessários mais trabalho.

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Al-Jubeir chamou a situação em Aleppo com contínuos ataques aéreos de "ultraje" e uma violação criminal do direito humanitário. Ele disse que o presidente sírio Bashar al-Assad seria responsabilizado pelos ataques e seria retirado do poder, quer através de um processo político ou pela força.

"Há apenas um lado que está usando aviões e é Bashar al-Assad e seus aliados, então eles são responsáveis pelo massacre de mulheres, crianças e idosos", disse ele. "Eles são responsáveis pelo assassinato de médicos e esta situação não vai continuar. O mundo não vai permitir que eles escapem dessa".

A reuniões de Kerry em Genebra ocorrem em meio a notícia de que os militares da Síria ampliaram o cessar-fogo em Damasco e em redutos da oposição nos subúrbios orientais por mais 48 horas.

No entanto, o cessar-fogo continua a excluir a cidade de Aleppo, onde mais de 250 pessoas morreram em bombardeios e ataques aéreos no norte da cidade ao longo dos últimos nove dias, de acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos.

Os EUA têm tentado chegar a um acordo com a Rússia para deixar de fora regiões chamadas de "zonas de segurança", onde civis poderiam encontrar abrigo dos ataques aéreos de Assad, que diz ter como alvo terroristas.

Não ficou imediatamente claro se a Rússia aceitaria tal plano ou se Moscou poderia persuadir o governo de Assad de respeitar as zonas de segurança. Algumas autoridades dos EUA estão céticos das chances de sucesso, mas outros acreditam que daria certo e reduziria as mortes. Fonte: Associated Press.

O Papa Francisco denunciou neste domingo (1º) o agravamento da violência na Síria e pediu para que todas as partes envolvidas no conflito respeitem o cessar-fogo, principalmente em Aleppo, no norte do país, cidade que tem sido afetada fortemente pelos bombardeios. "Peço a todas as partes que fortaleçam o diálogo em curso, o único caminho que conduz à paz", disse o papa durante a tradicional oração do Ângelus em meio a milhares de fiéis reunidos na praça de São Pedro.

Francisco lamentou o ataque a um hospital de Aleppo na semana passada, destacando a situação como uma "espiral de violência" que está "levando vítimas inocentes, principalmente entre as crianças, doentes e aqueles que com grande sacrifício têm se empenhado para ajudar o próximo", afirmou. O papa exortou que "todos os lados envolvidos no conflito respeitem o cessar-fogo e reforcem o diálogo em curso", que ele diz ser o único caminho que leva a paz. Fonte: Associated Press.

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Intensos bombardeios continuaram na cidade de Aleppo, no norte da Síria, nesta sexta-feira, atingindo uma clínica e uma mesquita, além do consulado da Rússia. O ataque de um grupo rebelde contra a mesquita, que fica na área controlada pelas forças governamentais, deixou ao menos 15 mortos.

Já o bombardeio contra a clínica, que fica em uma área rebelde, provocou graves danos no edifício e deixou vários feridos.

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O Ministério das Relações Exteriores russo condenou o bombardeio de seu consulado, chamando-o de um "ataque terrorista". Segundo o ministério, ninguém ficou ferido quando um morteiro atingiu o local. Todos os diplomatas russos foram transferidos para fora de Aleppo em janeiro de 2013 e, desde então, o consulado foi guardado por cidadãos sírios.

A Rússia disse acreditar que o ataque de morteiro foi realizado pela Frente Nusra, afiliada da Al-Qaeda. O ataque contra a clínica ocorreu pouco mais de 24 horas depois de um bombardeio contra um hospital apoiado pela ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF), nesta mesma zona rebelde.

O número de vítimas no ataque ao hospital Al-Quds subiu para 50, segundos informações atualizadas da ONG. Apenas nesta semana, cerca de 200 civis morreram na cidade. Fonte: Associated Press.

O exército da Síria declarou uma trégua temporária na capital do país, Damasco, e nos seus subúrbios, e na província costeira de Latakia, mas não na cidade de Aleppo, onde ataques aéreos atingiram ontem um hospital matando dezenas de pessoas.

O impacto que esta decisão terá ainda não está totalmente claro. É improvável que a oposição estabeleça uma trégua também depois de dias de ataques aéreos e bombardeios do exército que mataram dezenas de pessoas de Aleppo.

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O anúncio foi lido na televisão estatal da Síria nesta sexta-feira. O exército disse que o cessar-fogo vai entrar em vigor nas primeiras horas de sábado. O comunicado do exército disse que a trégua irá durar 24 horas em Damasco e em seus subúrbios e três dias em Latakia.

Ativistas da oposição dizem que apenas durante a semana passada, mais de 200 civis foram mortos em Aleppo.

Ativistas da oposição disseram que aviões do governo lançaram novos ataques aéreos em partes controladas pelos rebeldes no norte da cidade de Aleppo. Os ataques de hoje ocorreram após uma breve pausa no início da manhã.

Temores de mais violência levaram os líderes religiosos em bairros controlados pelos rebeldes a suspenderem as orações de sexta-feira nas mesquitas da cidade. Fonte: Associated Press.

Equipes de resgate trabalham para retirar mortos e feridos dos escombros do hospital bombardeado hoje em Alepo, na Síria. O Observatório Sírio dos Direitos Humanos informou que o ataque deixou ao menos 27 mortos, incluindo três médicos.

Dois grupos de posição ao governo - a Rede Revolucionária Síria e os Comitês de Coordenação Locais - culpam a Rússia. Não houve até o momento comentários de Moscou.

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"Nas últimas 48 horas, tivemos uma média de um sírio morto a cada 25 minutos", disse ontem o enviado especial das Nações Unidas à Síria, Staffan de Mistura. "Um sírio é ferido a cada 13 minutos", complementou.

O grupo Médicos sem Fronteiras disse pelo Twitter que ao menos três médicos morreram no bombardeio ao hospital, incluindo o único pediatra que ainda trabalhava na região. Fonte: Dow Jones Newswires.

O comitê internacional da Cruz Vermelha alertou que o norte da cidade de Alepo, na Síria, está à beira de um desastre humanitário como resultado de novos combates, que atingiram até um hospital.

Marianne Gasser, chefe da missão da Cruz Vermelha na Síria, disse em comunicado que o ataque ao hospital, apoiado tanto pela Cruz Vermelha quando pela entidade Médicos Sem Fronteiras, " é inaceitável e, infelizmente, não é a primeira vez que os serviços médicos que salvam vidas foram atingidos"

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Segundo a Cruz Vermelha, o estoque de contingência de comida e medicamento deve acabar logo e, devido à escalada do conflito, não poderá ser reabastecido. Fonte: Associated Press

O presidente dos EUA, Barack Obama, confirmou nesta segunda-feira que irá enviar até 250 militares adicionais para a Síria, aumentando significativamente a presença dos EUA na região, em um esforço para ajudar as forças locais e estender os ganhos recentes contra o Estado Islâmico.

Os 50 norte-americanos das Forças de Operações Especiais que estão na Síria atualmente fizeram progressos na luta contra os extremistas do Estado Islâmico, disse o presidente, e o pessoal adicional irá ajudar a "manter este ritmo".

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A nova implantação, que será realizada em fases, vai aumentar o número de militares que operam na Síria de 50 para cerca de 300, disseram autoridades norte-americanas.

Além dos novos militares ajudarem no combate aos militantes no Estado Islâmico, eles também irão tentar convencer mais árabes sunitas a se juntarem à luta contra o grupo militante, segundo autoridades dos EUA. Tecnicamente, eles não vão servir em funções de combate, mas eles vão estar perto das linhas de frente, de acordo com as autoridades.

"Eles não vão liderar a luta terrestre, mas eles serão essenciais na prestação de formação e auxiliarão as forças locais enquanto elas continuam na luta contra o Estado Islâmico", disse Obama durante um discurso em Hannover.

O anúncio vem poucos dias depois de o secretário de Defesa, Ash Carter, detalhar planos para implantar um adicional de 217 militares no Iraque.

Obama continua a se opor à intervenção militar em grande escala na Síria, mas ele enfrenta pressão para intensificar os esforços dos EUA para combater o Estado Islâmico.

Os militares adicionais incluem forças de operações especiais e membros do serviço que prestarão apoio, disseram autoridades norte-americanas. Fonte: Dow Jones Newswires.

O presidente Barack Obama decidiu enviar até 250 militares para a Síria para ajudar as forças locais que lutam contra o grupo Estado Islâmico.

A informação é de um alto funcionário do governo. Ele afirma que Obama vai anunciar sua decisão durante um discurso amanhã (25), na parte final das viagens realizadas pelo presidente durante a última semana.

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O combate ao Estado Islâmico foi tema de conversas de Obama com líderes na Arábia Saudita, Grã-Bretanha e Alemanha. A medida pode aumentar significativamente a presença dos EUA em um país assolado pela guerra civil.

Cerca de 50 membros das forças especiais americanas já operam na Síria. Não se sabe quantos dos 250 homens adicionais serão das forças especiais. O funcionário do governo não estava autorizado a discutir publicamente a decisão de Obama antes de seu anúncio. Fonte: Associated Press

A chanceler alemã Angela Merkel e outros líderes europeus chegaram neste sábado à região da fronteira entre Turquia e Síria, com o objetivo de impulsionar o acordo de imigração com a Turquia, diante da pressão crescente pela revisão do acordo. Na viagem, Merkel é acompanhada pelo presidente do Conselho da União Europeia (UE), Donald Tusk, pelo vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans, e pelo primeiro-ministro turco Ahmet Davutoglu.

A legalidade do acordo de deportação entre a União Europeia e a Turquia tem sido questionada por defensores dos direitos humanos, juristas e pela Organização das Nações Unidas (ONU). O acordo prevê a deportação, de volta à Turquia, dos imigrantes que desembarcarem nas ilhas gregas e que não tiverem os pedidos de asilo aprovados. Em retorno, a UE teria prometido o envio de 6 bilhões de euros à Turquia para ajudar na acomodação dos mais de 2,7 milhões de refugiados sírios no país.

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Na saída do aeroporto havia um forte esquema de segurança, com atiradores de elite nos telhados. A delegação deve visitar um campo de refugiados administrado pelo governo turco, assim como um centro de suporte para crianças financiado pela União Europeia.

Ativistas dos direitos humanos criticaram o roteiro da visita, apontando que só serão contemplados "campos higienizados". Grupos pedem que a comitiva visite campos do outro lado da fronteira, que abrigam dezenas de milhares de refugiados impedidos de entrar na Turquia.

Apesar de afirmar estar com as fronteiras abertas aos refugiados, a Turquia tem impedido a entrada de milhares de refugiados no país pelo norte da Síria, oferecendo suporte em campos próximos à fronteira. Grupos de direitos humanos afirmam que alguns dos campos foram atacados e têm pressionado o governo turco para abrigar os refugiados dentro das fronteiras turcas.

A Anistia Internacional afirma que autoridades turcas também têm expulsado cerca de 100 imigrantes por dia, mandando-os de volta para a zona de conflito. A acusação é rejeitada pelo governo, que também negou que soldados turcos estariam atirando contra refugiados tentando cruzar a fronteira ilegalmente. Fonte: Associated Press.

O governo sírio, comandado por Bashar Al Assad, lançou ataques aéreos neste sábado, deixando ao menos 25 mortos na maior cidade do país e em áreas controladas por rebeldes, afirmam grupos oposicionistas. A maioria seria civil.

O Observatório para Direitos Humanos na Síria afirma que o bombardeio de esconderijos rebeldes no Oeste de Ghouta, no subúrbio de Damasco, matou ao menos 13 pessoas, incluindo três mulheres e duas crianças.

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Já a rede de notícias Aleppo reporta que ataques aéreos na mesma região, sobre uma área residencial e um mercado num distrito controlado por rebeldes, deixaram 12 mortos, com crianças entre as vítimas.

O Ministério do Interior da Síria, por sua vez, afirmou que morteiros disparados por rebeldes caíram em dois bairros da capital síria, Damasco. A agência estatal de notícias SANA afirmou que uma criança foi morta num bombardeio rebelde nos arredores de Damasco. Fonte: Associated Press.

Moscou, 21 (AE) - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, manifestou preocupação nesta quinta-feira ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, de que armas sofisticadas da Síria e do Iraque acabem nas mãos de militantes do grupo libanês Hezbollah, aliado do governo sírio.

Netanyahu esteve em Moscou para reunir-se com Putin, um firme defensor do governo sírio e que abastece o território militarmente, assim como o Hezbollah.

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Em transmissão televisionada do encontro, Netanyahu disse que Israel teme uma abertura de uma "frente do terror" nas Colinas de Golã se o Hezbollah obtiver as armas sofisticadas atualmente em posse síria.

Israel tomou, da Síria, as Colinas de Golã em 1967, durante a Guerra do Oriente Médio, e as anexou ao seu território em 1981. A retirada dos israelenses do território é vista como chave para qualquer acordo de paz entre os dois países. Fonte: Associated Press.

Ativistas da oposição ao governo da Síria informaram que o Estado Islâmico tomou controle de vilas ao norte da província de Alepo, durante confrontos com forças do governo. O Observatório Sírio de Direitos Humanos afirmou que os embates estavam concentrados em áreas ao leste da cidade de Khanaser.

Um ativista em Alepo disse que o Estado Islâmico iniciou uma ofensiva na área nesta sexta-feira, e que no sábado o grupo extremista havia tomado o controle de aproximadamente 18 pequenas vilas. A cidade de Khanaser, cujo controle vem sendo disputado nos últimos meses, é um ponto estratégico, já que está na rodovia que liga as áreas controladas pelo governo, em Alepo, ao restante do país. Fonte: Associated Press.

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As tropas do governo da Síria ampliaram nesta terça-feira a ofensiva contra militantes no noroeste do país, na véspera das eleições parlamentares. A votação, que deve dar um voto de lealdade ao presidente Bashar Assad, ocorre em meio aos esforços de uma nova rodada de negociações de paz em Genebra.

Damasco diz que a votação, que vai ser realizada em áreas controladas pelo governo, é constitucional e separada das negociações destinadas a acabar com a guerra civil. Mas a oposição diz que a eleição contribui para um clima cada vez mais desfavorável em meio a uma luta feroz que ameaça o cessar-fogo costurado com os EUA e a Rússia.

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A nova ofensiva, lançada por tropas sírias e seus aliados nesta terça-feira, visa retomar uma importante aldeia ao sul da cidade de Alepo, controlada por militantes.

A TV Al-Manar - comandada pelo grupo líbio Hezbollah, que luta ao lado das forças do governo sírio - foi a primeira a iformar sobre a ofensiva para retomar a aldeia de Tel al-Ais. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos disse que confrontos estavam em curso na região e que dezenas de pessoas morreram, sem fornecer números precisos.

A aldeia de Tel al-Ais faz parte de um caminho para fornecimento de Damasco para a cidade rebelde de Alepo.

A Coalizão Nacional Síria, um grupo de oposição com sede em Istambul, disse que a ofensiva em Alepo é uma violação do cessar-fogo, alertando que o acordo vai perder todo o significado se os ataques continuarem.

Em Damasco, por sua vez, as ruas estavam enfeitadas com cartazes de campanha candidatos. A votação para o parlamento é realizada a cada quatro anos na Síria.

O tema predominante da campanha foi a guerra civil, que entra em seu sexto ano. "De mãos dadas, vamos reconstruir o país", diz o slogan de um candidato. "Para o bem de nossos filhos que morreram, vamos continuar", afirma outro.

Cerca de 3,5 mil candidatos aprovados pelo governo estão competindo por 250 assentos no parlamento. Outros 7 mil deixaram da disputa.

A eleição, em que os soldados estão sendo autorizados a votar pela primeira vez, é vista com desconfiança por líderes ocidentais e membros da oposição, que denunciaram o processo como uma farsa e uma provocação que mina as conversações de paz de Genebra. Fonte: Associated Press.

Um alto chefe egípcio da Al-Qaeda na Síria morreu depois do ataque de um drone norte-americano esta semana, disseram ativistas sírios. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos disse que Rifak Ahmad Taha foi morte um bombardeio na terça-feira, na província de Idlib.

Antes de se unir à Al-Qaeda, Taha foi um dos chefes do grupo egípcio Gamaa Islamiya, que assassinou 58 turistas estrangeiros na cidade egípcia de Luxor, em 1997. Ele também foi aliado de Osama bin Laden no Afeganistão.

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O diretor do Observatório, Rami Abdurrahman, disse que vários membros da Al-Qaeda, incluindo Taha, morreram no ataque de terça-feira. Afirmou ainda que um dos mortos foi identificado como Abu Omar al-Masri - que em árabe significa Abu Ombar, o egípcio. Porém, não está claro se Taha, aparentemente sexagenário, usava este nome.

No Egito, um familiar disse nesta sexta-feira que a esposa e o irmão de Taha receberam a confirmação sobre sua morte. O familiar falou sob condição de anonimato, pelo temor de represálias.

Em Washington, o porta-voz do Departamento de Defesa, Matthew Allen, disse que os Estados Unidos atacaram um veículo e mataram vários milicianos da Al-Qaeda. Fonte: Associated Press.

Militantes do grupo extremista Estado Islâmico capturaram cerca de 300 trabalhadores de uma indústria de cimento em uma área próxima à Capital, Damasco, afirmou hoje a TV estatal do país.

O sequestro em massa aconteceu nas instalações da empresa de cimento Al-Badia, em Dumeir, uma área onde militantes extremistas lançaram um ataque surpresa contra forças do governo no início da semana. De acordo com a agência de notícias estatal SANA, um dirigente da companhia disse que não houve sucesso em contactar nenhum dos trabalhadores desaparecidos.

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O caso vem à tona em meio a um recrudescimento do conflito no norte da Síria. Grupos de oposição ao presidente Bashar Assad avançaram sobre postos importantes do Estado Islâmico, incluindo a cidade de Al-Rai, no noroeste de Aleppo, perto da fronteira com a Turquia.

Em Genebra, o enviado especial das Nações Unidas para a Síria, Staffan de Mistura, afirmou que a próxima rodada de negociações de paz deve começar na semana que vem. Segundo ele, as conversas podem levar a um "início concreto de transição política."

De Mistura deve fazer uma turnê pela Síria e por países do Oriente Médio em busca de apoio para a transição política no país, que entra no seus sexto ano de guerra civil. Fonte: Associated Press.

O jihadista sírio que apareceu em um vídeo esquartejando um soldado do regime e comendo o coração da vítima foi morto por um grupo rebelde rival, informou a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Conhecido pelo nome de guerra "Abu Sakkar", ele havia se unido ano passado à Frente Al-Nosra, o braço sírio da Al-Qaeda, segundo o OSDH. Rebeldes islamitas "mataram a tiros Khaled al-Hamad, conhecido com o nome de Abu Sakkar, comandante militar da Al-Nosra na província de Idleb", noroeste do país, anunciou a ONG.

"Ele morreu em um acerto de contas entre a Al-Nosra, que domina a província, e outros grupos islamitas", afirmo o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman. Em maio de 2013, Sakkar apareceu em um vídeo no qual esquartejava um soldado e comia seu coração, o que gerou uma onda de críticas. Ele disse que era uma vingança contra os abusos do regime.

Na época, "Abu Sakkar" lutava em uma brigada rebelde do Exército Sírio Livre (ASL) na província de Homs (centro). Iniciada em março de 2011 como uma revolta pacífica contra o governo de Bashar al-Assad, a crise síria virou um conflito armado após a repressão violenta do regime. Muitos rebeldes se radicalizaram após a repressão.

Insurgentes sírios derrubaram um avião de guerra do governo no norte do país e cercaram um bairro predominantemente curdo na cidade de Aleppo, deixando ao menos nove mortos, segundo informações de grupos de monitoramento e da imprensa estatal.

A rede de televisão estatal informou que o avião foi derrubado por um míssil enquanto estava em missão de reconhecimento na província de Aleppo. O piloto teria se ejetado e equipes de resgate estão a procura dele. Já o Observatório de Direitos Humanos, com sede no Reino Unido, afirmou que o piloto foi capturado por membros da Frente Nusra. Um vídeo amador postado na internet mostra um homem, aparentemente piloto do avião, sendo capturado por militantes na região. O vídeo parece genuíno.

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Ativistas de oposição disseram que o avião foi derrubado perto da vila de al-Ais que foi capturada no sábado por insurgentes liderados por membros da Frente Nusra - um braço da Al-Qaeda na Síria. A derrubada do avião de guerra e os mais recentes bombardeios em Aleppo, a maior cidade síria e um antigo centro comercial, ameaçam minar o cessar-fogo promovido pelos EUA e pela Rússia iniciado em 27 de fevereiro.

Em Moscou, o ministro da Defesa da Rússia, Igor Konashenkov, afirmou que nenhum avião de guerra russo voou sobre Aleppo hoje. Aviões russos têm realizado ataques aéreos sobre a Síria desde 30 de setembro, mas nenhum foi derrubado até agora por militantes locais. A vizinha Turquia, porém, derrubou uma aeronave da Rússia no ano passado.

Ainda nesta terça-feira, o enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, irá para Moscou se reunir com o ministro de Relações Exteriores, Sergei Lavrov, antes da retomada das negociações indiretas de paz entre o governo de Bashar al-Assad, apoiado pelos russos, e grupos de oposição na próxima semana em Genebra. Fonte: Associated Press.

Damasco, 03 (AE) - Uma semana após retomar a cidade histórica de Palmira, tropas da Síria e seus aliados conseguiram neste domingo capturar outra cidade controlada pelo grupo Estado Islâmico no centro do país, informou a imprensa estatal. O avanço na cidade de Qaryatain ocorreu com o apoio de ataques aéreos russos e representou mais um revés para os extremistas.

Um grupo de ativistas, porém, disse que o governo controla mais da metade de Qaryatain, mas não toda sua área. Há em Qaryatain uma população considerável de cristãos e a cidade fica no meio do caminho entre Palmira e Damasco. Muitos dos cristãos já fugiram do local, quando ele começou a ser alvo de ataques do Estado Islâmico. Dezenas de cristãos foram capturados pelos extremistas. Um monastério antigo perto de Qaryatain foi destruído pouco após o grupo tomar a cidade, em agosto.

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Os cristãos representavam cerca de 10% da população da Síria antes da guerra civil atual. No total, o país possuía 23 milhões de habitantes.

O Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, sediado no Reino Unido, disse que havia confrontos intensos em Qaryatain. A entidade diz que os extremistas ainda controlam áreas no leste e no sudeste da cidade, mas estão prestes a ser derrotados. O Estado Islâmico tem sofrido várias derrotas na Síria nos últimos meses, em meio a intensos ataques aéreos de aviões russos. Fonte: Associated Press.

A Anistia Internacional acusou nesta sexta-feira as autoridades turcas de obrigar diariamente dezenas de sírios a voltar ao seu país em guerra, o que demonstra, segundo a ONG, "as terríveis falhas do acordo UE-Turquia".

"As autoridades reúnem e expulsam quase diariamente desde meados de janeiro, cerca de uma centena de crianças, mulheres e homens sírios em direção à Síria", afirma a ONG de defesa dos direitos humanos, poucos dias antes do retorno à Turquia dos primeiros grupos de migrantes que deverão ser expulsos da União Europeia, em virtude deste acordo assinado em 20 de março.

O primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, confirmou nesta quinta-feira que a UE acolherá um refugiado sírio presente em território turco por cada migrante que chegar à UE pela Grécia e for expulso à Turquia. A Grécia começará na segunda-feira a deportar à Turquia migrantes, incluindo sírios, que tenham cruzado ilegalmente o mar Egeu para entrar na UE.

"Desesperados para bloquear suas fronteiras, os dirigentes da UE ignoraram voluntariamente o mais simples de todos os fatos: a Turquia não é um país seguro para os refugiados sírios e cada dia é menos", segundo John Dalhuisen, diretor para a Europa da Anistia.

"Os retornos em grande escala de refugiados sírios (...) ressaltam as terríveis falhas do acordo UE-Turquia", acrescenta.

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