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A Suíça derrotou Camarões por 1 a 0 nesta quinta-feira (24), na abertura do grupo G da Copa do Mundo do Catar, o mesmo do Brasil.

O único gol do jogo foi marcado aos três minutos do segundo tempo por Breel Embolo, que é natural de Yaoundé, capital camaronesa, mas vive na Suíça desde criança e defende as cores da seleção alpina.

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Embolo, inclusive, não comemorou o gol contra seu país natal. A Suíça volta a campo na próxima segunda-feira (28), contra o Brasil, repetindo o duelo da Copa de 2018, que terminou em 1 a 1, enquanto Camarões pega a Sérvia.

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Da Ansa

A menos de 48 horas para o início da Copa do Mundo no Catar, a FIFA anunciou, nesta sexta-feira (18), os uniformes que as seleções vão utilizar durante cada uma das três rodadas da fase de grupos do torneio. Confira os kits que serão utilizados pela seleção brasileira e por seus adversários:

Brasil x Sérvia

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Em sua estreia, às 16h (Brasília), da próxima quinta-feira (24), a seleção brasileira jogará com o uniforme principal, composto por camisas amarelas, calções azuis e meiões brancos. A Sérvia, por sua vez, jogará com o kit totalmente vermelho. A partida será disputada no Estádio Lusail.

Foto: Foto: Reprodução/CBF

Foto: Reprodução/Associação de Futebol da Sérvia

Brasil x Suíça

Na segunda rodada, o Brasil irá repetir o uniforme utilizado na estreia e vestirá amarelo, azul e branco. O adversário da vez será a Suíça, que, assim como a Sérvia, vai a campo toda de vermelho. A partida acontece no Estádio 974, na segunda-feira (28), às 13h (Brasília).

Foto: Reprodução/Associação Suíça de Futebol

Brasil x Camarões

Na terceira e última rodada da fase de grupos, os brasileiros vão vestir camisas azuis, calções brancos e meiões azuis para duelar com a seleção de Camarões, que terá camisas verdes, calções vermelhos e meiões amarelos. O confronto será no Estádio Lusail, na sexta-feira (02/12), às 16h (Brasília).

Foto: Reprodução/CBF

Foto: Reprodução/Brentford FC

Rival do Brasil na fase de grupos da Copa do Mundo, a Suíça apresentou sua lista de convocados nesta quarta-feira. A relação conta com quatro goleiros, sendo dois deles machucados. O time suíço será o segundo adversário dos brasileiros no Catar, no dia 28, no estádio 974.

O técnico Murat Yakin precisou incluir quatro goleiros na lista porque o titular Yann Sommer e o reserva Jonas Omlin são dúvidas. Eles se recuperam de lesões sofridas recentemente. Com 76 partidas pela seleção suíça no currículo, o principal goleiro da equipe sofreu uma lesão no tornozelo no mês passado em jogo do Borussia Mönchengladbach.

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Apesar da preocupação, Sommer se diz otimista para estar em campo a tempo de jogar a estreia da Suíça, contra Camarões, no dia 24. O duelo com o Brasil será quatro dias depois. E o confronto com a Sérvia está marcado para 2 de dezembro.

A federação suíça não revelou detalhes sobre a lesão de Omlin, que seria terceira opção para o gol da equipe. O reserva imediato de Sommer é Gregor Kobel, que vem se destacando no Borussia Dortmund. Em duelo da Liga dos Campeões contra o Manchester City, chegou a pegar um pênalti.

O time suíço, mais experiente e mais respeitado, será liderado novamente por Xherdan Shaqiri e Granit Xhaka, dois dos jogadores com o maior número de partidas com a camisa suíça. Após passagem frustrada pelo Liverpool, Shaqiri joga no futebol dos Estados Unidos e chega em baixa ao Mundial, ao contrário de Xhaka.

O capitão suíço é uma das referências do Arsenal, atual líder do Campeonato Inglês. E é parceiro dos brasileiros Gabriel Jesus e Gabriel Martinelli, que ele reencontrará no Catar. Xhaka será o capitão do time pela terceira Copa do Mundo seguida, somando 106 jogos pela equipe, apenas dois a menos que Shaqiri. Por outro lado, a Suíça terá a juventude do meia Fabian Rieder, de 20 anos. Será o jogador mais jovem da seleção no Mundial.

Com a opção por quatro goleiros, o técnico da Suíça precisou reduzir o número de convocados em outras posições. Jogadores como Kevin Mbabu e Steven Zuber, ambos da defesa, ficaram fora da lista. E a delegação suíça terá apenas quatro atacantes de ofício no Catar. Para efeito de comparação, a seleção brasileira terá nove jogadores para a posição.

Confira os jogadores convocados para a seleção da Suíça:

Goleiros: Gregor Kobel (Borussia Dortmund), Philipp Kohn (Salzburg), Jonas

Omlin (Montpellier) e Yann Sommer (Borussia Mönchengladbach);

Defensores: Manuel Akanji (Manchester City), Eray Comert (Valencia), Nico Elvedi (Borussia Mönchengladbach), Edimilson Fernandes (Mainz), Ricardo Rodriguez (Torino), Fabian Schar (Newcastle) e Silvan Widmer (Mainz);

Meio-campistas: Michel Aebischer (Bologna), Christian Fassnacht (Young Boys), Fabian Frei (Basel), Remo Freuler (Nottingham Forest), Ardon Jashari (Lucerne), Fabian Rieder (Young Boys), Xherdan Shaqiri (Chicago Fire), Djibril Sow (Eintracht Frankfurt), Renato Steffen (Lugano), Granit Xhaka (Arsenal) e Denis Zakaria (Chelsea);

Atacantes: Breel Embolo (Monaco), Noah Okafor (Salzburg), Haris Seferovic (Galatasaray) e Ruben Vargas (Augsburg).

Rival do Brasil na fase de grupos da Copa do Mundo, a seleção da Suíça ganhou uma preocupação para o Mundial. O goleiro Yann Sommer, uma das referências da equipe europeia, se machucou e não tem previsão exata de retorno, segundo o seu clube, o Borussia Mönchengladbach.

De acordo com o time alemão, Sommer sofreu uma lesão no tornozelo esquerdo na partida contra o Darmstadt, na terça-feira, pela Copa da Alemanha. Ele se machucou logo aos quatro minutos do primeiro tempo ao pisar no chão de mal jeito, após saltar para defender uma bola aérea.

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Sommer até tentou seguir no jogo, mas acabou desistindo aos 13 minutos da partida, quando foi substituído. Em comunicado, o Borussia não apontou uma estimativa de data para o retorno do atleta e disse não contar com o jogador no "futuro próximo".

A lesão se torna uma preocupação para a seleção suíça porque falta um mês para o início da Copa do Mundo. O Mundial do Catar começa no dia 20 de novembro e o time suíço estreará quatro dias depois, contra Camarões. No dia 28, os europeus vão enfrentar o Brasil, pela segunda rodada do Grupo G.

A bilionária gaúcha Lily Safra, uma das mulheres mais ricas do mundo, morreu hoje (9) aos 87 anos em Genebra, na Suíça. A causa da morte não foi informada.

Segundo a Fundação Edmond J. Safra, o sepultamento será na próxima segunda-feira (11) em Genebra. Em nota, a fundação informou que Lily Safra manteve o legado filantrópico do banqueiro Edmond Safra, fornecendo apoio a centenas de organizações sociais pelo mundo.

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Com patrimônio estimado em US$ 1,3 bilhão pela revista Forbes, Lily Safra era viúva do banqueiro libanês Edmond Safra, com quem se casou em 1976. O magnata morreu em 1999 num incêndio criminoso em Mônaco. Em 2002, a Justiça do principado condenou o enfermeiro particular de Edmond a 10 anos de prisão por ter iniciado o fogo.

Além de Edmond Safra, Lily foi casada com Alfredo Monteverde, fundador da rede de varejo Ponto Frio. Em 1969, o empresário foi encontrado morto no próprio apartamento com dois tiros. Na ocasião, a viúva assumiu os negócios da rede de lojas.

Suíça celebrou nesta sexta-feira (1°) o primeiro casamento entre pessoas do mesmo sexo. O matrimônio igualitário foi aprovado em um referendo, celebrado a menos de um ano.

O país alpino alinhou-se com a maioria dos Estados da Europa Ocidental, por um caminho aberto pela Holanda em 2001.

Aline e Laure, de 46 e 45 anos, foram um dos primeiros casais a dizer "aceito" diante de seus familiares e amigos.

"Tenho o prazer de anunciar que estão oficialmente casadas", disse a prefeita de Genebra, Maria Barbey-Chappuis, que liderou a cerimônia pessoalmente.

"Já era tempo do casamento ser perfeitamente igualitário na Suíça", acrescentou a prefeita na declaração feita à AFP.

No referendo realizado em setembro, os suíços deram um enfático 'sim' a favor do casamento entre pessoas mesmo sexo. Foi infligida uma derrota esmagadora à seus oponentes, que classificavam a união como uma ameaça para o bem-estar das crianças.

O sim recebeu 64,1% dos votos e prevaleceu em todos os cantões do país, inclusive nos mais conservadores.

A Suíça descriminou a homossexualidade até 1942.

Antes de sexta-feira, os casais do mesmo sexo só eram permitidos a registrar uma união civil. No entanto, esse status não inclui os mesmos direitos do casamento, como a cidadania e adoção conjunta de crianças.

Os casais do mesmo sexo agora podem casar-se em cerimônias civis e desfrutar dos mesmos direitos que outros casais casados.

A Organização das Nações Unidas (ONU) está com inscrições abertas, até 15 de junho, para o Programa Anual de Bolsa para afrodescendentes. A iniciativa disponibiliza bolsas de estudos a pessoas de ascendência africana no curso de Direitos Humanos em Genebra, na Suíça.

O programa faz parte das comemorações pela Década Internacional de Afrodescendentes e a formação tem duração de três semanas. Os interessados em pleitear uma vaga devem atender aos seguintes requisitos: ter ascendência africana, ser fluente em inglês ou francês, ter no mínimo quatro anos de experiência profissional na promoção dos direitos afrodescendentes e integrar organização que trabalha com questões relacionadas a pessoas de ascendência africana ou direitos das minorias.

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As candidaturas devem ser realizadas através do envio do currículo, carta oficial da organização onde trabalha certificando o seu estatuto, formulário de candidatura preenchido, assinado e escaneado; cópia do passaporte e carta de motivação com, no máximo, 500 palavras, para o e-mail ohchr-africandescentfellowship@un.org com o assunto “Application for the 2022 Fellowship Programme for People of African Descent”. Confira o edital aqui.

Israel e Suíça confirmaram neste sábado (21) seus primeiros casos de varíola do macaco, depois que vários países europeus e os Estados Unidos também detectaram casos dessa doença endêmica na África Central e Ocidental.

Em Israel, um porta-voz do hospital Ichilov de Tel Aviv declarou à AFP que um homem de 30 anos, que havia voltado recentemente da Europa ocidental, está infectado.

Na sexta-feira, o Ministério da Saúde informou que o homem, cujos sintomas são leves, esteve em contato com uma pessoa doente no exterior.

No caso da Suíça, a pessoa infectada, que mora em Berna, também esteve em contato com o vírus no exterior, informou a direção de saúde deste cantão.

A pessoa está atualmente em isolamento domiciliar e todos os seus contatos foram informados, acrescentaram as autoridades.

Na Grécia, suspeita-se que um turista britânico tenha contraído a varíola do macaco, informou o organismo grego de saúde pública.

O cidadão britânico foi transferido para um quarto de isolamento no hospital juntamente com sua companheira, assintomática, acrescentou o organismo.

Análises de laboratório confirmarão na segunda se ele está de fato infectado com a doença.

Vários países ocidentais, incluindo França, Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos, Suécia ou Espanha, registaram casos desta doença.

A varíola do macaco, ou "ortopoxvirosis simia", é uma doença rara cujo patógeno pode ser transmitido do animal para o homem e vice-versa.

Seus sintomas são semelhantes, em menor escala, aos observados no passado em pacientes de varíola: febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas nos primeiros cinco dias.

Em seguida surgem erupções (no rosto, nas palmas das mãos nas solas dos pés), lesões, pústulas e, finalmente, crostas.

Não existem tratamentos específicos ou vacinas contra a varíola do macaco, mas as crises podem ser contidas, explica a OMS. A doença geralmente se cura por conta própria, com sintomas que duram de 14 a 21 dias.

A transmissão de pessoa a pessoa ocorre através de contato próximo com secreções infectadas das vias respiratórias, lesões cutâneas de uma pessoa infectada ou de objetos contaminados recentemente com fluidos biológicos ou materiais procedentes das lesões de um doente.

A maioria dos casos registrados nos últimos dias ocorreram em homens que mantêm relações sexuais com outros homens, informou a OMS na sexta-feira.

A polícia da Suíça informou, nesta quinta-feira (5), que apreendeu mais de 500 quilos de cocaína proveniente do Brasil em sacos de grãos de café entregues a uma fábrica da Nespresso.

Os trabalhadores da fábrica em Romont (leste do cantão suíço de Friburgo) alertaram às autoridades, na segunda-feira, sobre um misterioso pó branco encontrado em sacos de grãos de café, indicou a polícia.

Funcionários da fabricante de cápsulas de café, que é de propriedade da Nestlé, relataram que encontraram "uma substância branca indeterminada quando abriram os sacos recém entregues de grãos de café", segundo a polícia de Friburgo.

As análises da polícia determinaram que a substância era cocaína.

Segundo as investigações iniciais, o envio veio do Brasil, assinalou a polícia.

As autoridades acrescentaram que a cocaína apreendida tem 80% de pureza e um valor de mercado de mais 50 milhões de francos suíços (51 milhões de dólares).

As buscas em cinco contêineres "entregues no mesmo dia por trem resultou na apreensão de um total de 500 quilos da droga", acrescentaram.

Além disso, a polícia informou que um perímetro de segurança foi montado em torno da fábrica durante a operação, que contou com a participação de um contingente de funcionários alfandegários.

As unidades que continham a droga foram isoladas e a substância não contaminou a produção da fábrica, segundo o comunicado das autoridades.

"Toda a droga estava destinada ao mercado europeu", concluiu a polícia suíça.

A Interpol (divisão internacional da Polícia Federal) resgatou um menino, de cinco anos, que deixou a Suíça e foi trazido a Pernambuco pela mãe, sem o consentimento do pai. A criança foi encontrada em Candeias e embarcou de volta à Zurique na manhã da última quarta (14).

As autoridades definem o caso como sequestro interparental cometido pela mãe, uma brasileira de 43 anos. Ambos foram anunciados como desaparecidos desde o dia 4 de agosto, após ela deixar a Suíça e voltar ao Brasil contra a vontade do pai.

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Sem comunicar sobre o retorno ao Brasil, a mulher desobedeceu a lei local e a Polícia Cantonal de Solothurn suspeitou que ela tivesse voltada à casa de parentes no Brasil, e decidiu acionar Cooperação Internacional da PF em Brasília.

Por conta da origem da mãe, as buscas começaram em Pernambuco no dia 1º de setembro. A Polícia descobriu no dia 6 de outubro que ela havia retornado à Suíça para renovar o passaporte da criança e resolver questões pessoais com o ex-marido. Conforme informações colhidas pela Polícia Judiciária de Portugal no Aeroporto de Lisboa, o filho havia sido deixado com a avó no Brasil.

O menino foi encontrado na casa da tia, no bairro de Candeias, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Na última sexta (10), a Vara da Infância e da Juventude do município expediu o alvará que autorizou sua viagem de retorno à Suíça, acompanhado do primo brasileiro.

Ele embarcou no Aeroporto do Recife por volta das 11h25 da terça (14) e chegou seguro à Zurique no dia seguinte, onde foi recebido pelo pai, informou a PF.

A Justiça brasileira entendeu que não houve abandono de incapaz, pois a criança foi deixada com parentes durante a ausência da mãe. Porém, ela permanece na Suíça e pode ser penalizada por deixar o país de forma irregular.

A Suíça nunca experimentou um clima eleitoral tão agressivo quanto o que cerca a votação de domingo (28) sobre as medidas de saúde do governo, forçando a polícia a colocar políticos ameaçados de morte sob proteção.

Sintoma dessa tensão inimaginável em um país conhecido por sua cultura de diálogo e acordo, as forças de segurança ergueram uma cerca para proteger a sede do governo e do Parlamento de possíveis ataques de ativistas antivacinas ou contrários ao passaporte de saúde.

Nas últimas semanas, as manifestações dos "Freiheitstrychler" (sinos da liberdade) se multiplicaram, com homens vestidos com camisetas brancas estampadas com edelweiss (flor da neve), a flor símbolo da Suíça, carregando nos ombros dois grandes sinos.

Junto, uma multidão bastante heterogênea, embora o perfil mais comum seja de indivíduos não muito jovens e politicamente inclinados à direita, segundo as primeiras observações de sociólogos.

Às vezes proibidas, certas manifestações terminaram em confrontos com a polícia, que um dia teve de recorrer a balas de borracha e gás lacrimogêneo para dispersar um grupo que se aproximara demais do Palácio Federal, sede do governo e do parlamento.

Os incidentes, porém, não chegaram às proporções dos distúrbios na Holanda ou na ilha francesa de Guadalupe.

Nas redes sociais proliferam os ataques contra líderes políticos suíços que apoiam a lei e as campanhas de vacinação, com insultos e ameaças de morte, incluindo o ministro federal da Saúde, Alain Berset.

Muitos estão sob proteção policial. "Constatamos um aumento nas ameaças desde o início da pandemia, com uma virulência sem precedentes", comentou a Polícia Federal à AFP.

A Suíça é uma referência de democracia direta, organizando vários referendos sobre questões às vezes espinhosas em um ambiente geralmente tranquilo.

Mas a votação de domingo sobre as mudanças na lei covid-19 acontece num ambiente de alta tensão e com temores de que os antivacinas questionem o resultado se não for favorável a eles.

"Na Suíça, temos os meios institucionais para nos expressarmos. Geralmente, isso atenua o recurso a formas de manifestações mais contundentes e violentas", explica o cientista político Pascal Sciarini da Universidade de Genebra.

"Mas parece que as tradições estão mudando quando vemos o que acontece nas ruas (...) a Suíça se tornou um país como os outros, com algumas especificidades, mas globalmente não é mais essa terra de consenso", analisa.

É a segunda vez em menos de seis meses que os suíços se posicionam sobre as medidas sanitárias. No início do ano, os cidadãos apoiaram a lei covid com 60% dos votos.

Agora devem se pronunciar sobre a introdução de um "certificado covid" reservado a pessoas vacinadas ou curadas. Alguns críticos da lei a comparam ao "apartheid" ou aos crimes cometidos pelos nazistas.

"Somos um país bastante calmo. E agora, de fato, isso está indo longe demais. Quem é o responsável? Talvez o governo que agiu sem se preocupar com danos colaterais", disse Michelle Cailler, porta-voz da "Amigos da Constituição", um dos grupos que promovem o referendo.

De acordo com as pesquisas, cerca de dois terços dos suíços apoiam a lei, assim como a maioria dos movimentos políticos, exceto a direita populista UDC, o maior partido do país.

A antroposofia poderia explicar a baixa taxa de vacinação contra a covid-19 na Alemanha, Suíça e Áustria? Nascida há mais de um século, essa corrente filosófico-esotérica, por trás da rede de escolas Steiner-Waldorf, costuma abraçar teorias antivacinas.

Os dois países de língua alemã e as regiões de língua alemã na Suíça estão enfrentando uma nova onda de infecções por covid-19 com taxas de vacinação mais baixas do que a média dos países da Europa Ocidental.

Para alguns especialistas, uma das explicações para esse fenômeno pode ser a forte presença da corrente antroposófica nesses países.

A antroposofia foi fundada no início do século XX pelo austríaco Rudolf Steiner e teve seu auge na década de 1960, quando mesclou crenças cristãs e hindus, combinando o "carma" com o "cosmos" e a New Age.

Essa corrente acredita que as doenças são um desafio necessário e devem ser superadas naturalmente.

"Tudo no mundo é bom e tem um significado", incluindo as doenças, explicou à AFP Ansgar Martins, professor de filosofia das religiões na Universidade Goethe de Frankfurt, o que explicaria uma certa relutância à vacinação.

"Supõe-se que seja útil passar por elas, principalmente as chamadas 'doenças infantis', como o sarampo", acrescentou Martins.

As escolas Steiner-Waldorf, que têm cerca de 1.000 estabelecimentos no mundo, incluindo 200 na Alemanha, têm "muitas vezes sido o ponto de partida de epidemias de sarampo", enfatiza o professor.

A pandemia de covid-19 não escapou dessa crença: no sudoeste da Alemanha, as escolas da rede tornaram-se locais com grandes surtos do vírus a partir de 2020.

Uma dessas escolas, localizada em Friburgo, tentou recentemente isentar alunos e professores do uso da máscara, contrariando as recomendações das autoridades sanitárias.

Porém, em outubro de 2020, a direção da rede de escolas divergiu da corrente antimáscara.

"Muitos seguidores da antroposofia ainda acreditam na lei do carma, segundo a qual as doenças tornam possível expiar os males de vidas passadas e promover o desenvolvimento espiritual", disse à AFP Michael Blume, especialista religioso e comissário da luta antissemita na região alemã de Baden-Württemberg.

"Infelizmente, é por isso que em algumas escolas Steiner-Waldorf há muitos céticos", acrescenta.

- Cosméticos e alimentos orgânicos -

Blume também aponta para um elemento geográfico para explicar o sucesso dessas ideias esotéricas.

As regiões mais afetadas, dos Alpes ao estado da Saxônia, correspondem exatamente ao local onde se desenvolveu esse movimento de pensamento, que ele descreve como "um ramo do romantismo da natureza, da crítica da autoridade e da ciência".

A Alemanha, com 83 milhões de habitantes, teria cerca de 12.000 "antroposofistas". No entanto, a influência do movimento é muito mais disseminada na sociedade.

A corrente filosófica e esotérica se espalhou graças, em parte, ao grupo de cosméticos Weleda, também criado pelo austríaco Steiner, e a rede de alimentos orgânicos Alnatura.

Alguns médicos aderentes a esse movimento, que não responderam às perguntas da AFP, expressaram publicamente suas dúvidas sobre a realidade da pandemia ou a eficácia das vacinas.

Outros promoveram tratamentos alternativos como compressas de gengibre ou ferro de meteorito para combater a covid-19.

No entanto, a federação de médicos antroposóficos rejeita as acusações que os associam aos antivacinas alemães.

"Elogiamos desde o início a vacinação para lutar contra a pandemia", disse um de seus membros, Stefan Schmidt-Troschke, à rede ZDF esta semana.

A Suíça aprovou no domingo (26) em referendo o casamento entre pessoas do mesmo sexo. A decisão ganhou com 64% dos votos. Pouco mais de metade da população (52%) foi às urnas.

Com o resultado, a Suíça passa a ser o 30º país no mundo e o 17º na Europa a permitir o casamento gay. Até a votação de ontem, casais do mesmo sexo só podiam ter uma "parceria registrada" - que não garantia os mesmos direitos que o casamento em imigração, naturalização, adoção de crianças e acesso à medicina reprodutiva. (Com agências internacionais)

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Suíça se juntou à maioria dos países da Europa Ocidental ao aprovar o casamento igualitário em um referendo realizado neste domingo (26). De acordo com a estimativa quantificada mais recente do instituto de pesquisas gfs.bern, o "sim" venceu com 64%, com margem de erro de dois pontos.

Este resultado, ainda provisório, mas que não pode mais ser revertido, supera claramente as previsões das pesquisas anteriores a esta votação, a que se opôs em particular o partido populista UDC e alguns grupos religiosos.

"É um dia histórico". A fórmula estava na boca de todos no QG dos simpatizantes do "sim", em um restaurante de Berna, enfeitado com bandeiras do arco-íris, onde se reuniram cerca de 250 pessoas.

À medida que se aproximava o pleito, o campo do não liderou uma campanha fortemente voltada para o bem-estar da criança, seu desenvolvimento e a importância, a seu ver, do casal formado por um pai e uma mãe.

Cartazes chocantes deploravam a mercantilização da criança e afirmavam que "o casamento para todos mata o pai". Em um deles, um bebê foi retratado chorando, com uma etiqueta na orelha geralmente reservada ao gado, e a pergunta: "Bebês sob encomenda?".

Em outro, uma enorme cabeça de zumbi, supostamente representando um pai falecido, encara os transeuntes. Uma escola primária em Valais até decidiu cobri-lo porque assustava as crianças.

Os casais homossexuais já podem firmar um pacto civil na Suíça, e neste domingo os cantões que antes se opunham parecem ter votado a favor da união homossexual 16 anos depois.

O novo texto prevê, em particular, que casais do mesmo sexo podem adotar uma criança em conjunto. Além disso, os casais de mulheres poderão recorrer à doação de esperma para engravidar. Este era um dos pontos mais polêmicos.

Benjamin Roduit, conselheiro nacional (deputado), do partido do Centro, comentou no canal público RTS que para ele o casamento para todos entre adultos não é um problema.

Por outro lado, disse que temia que as portas fossem abertas ao acesso à doação de esperma para casais de lésbicas. "O sucesso da nossa campanha pode ter sido ter tematizado a criança no PMA (procriação medicamente assistida)", declarou.

Iniciativa 'Robin Hood'

Por outro lado, segundo as estimativas do instituto gfs.bern, os eleitores rejeitaram em grande parte uma segunda proposta que lhes foi apresentada, lançada por jovens do Partido Socialista, com o lema "O dinheiro não trabalha, você sim!".

Foi rapidamente apelidada de iniciativa "Robin Hood" e obteve 34% de respostas positivas.

A iniciativa previa que a remuneração do capital - juros, dividendos, por exemplo - fosse tributada 1,5 vez mais que a remuneração do trabalho.

Estava prevista uma isenção deste imposto na ordem de, por exemplo, 100.000 francos por ano, mas as receitas fiscais adicionais seriam utilizadas para reduzir a tributação das rendas baixas e médias ou para financiar benefícios sociais como creches, subsídios à saúde ou formação, segundo o site dos apoiadores desta proposta. As pesquisas apontam a derrota da iniciativa.

Milhares de pessoas se manifestaram em Zurique neste sábado (4) em favor dos direitos da comunidade LGTBQ, exigindo veementemente a aprovação do "casamento para todos", tema de um referendo nacional na Suíça em 26 de setembro.

Sob um sol escaldante e com bandeiras arco-íris estampadas com um "Ja" (sim) ao casamento igualitário, os participantes - 20 mil de acordo com os organizadores - responderam à convocação de mais de 70 organizações voltadas aos direitos de lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e queer, verificou um fotógrafo da AFP.

A Parada do Orgulho de Zurique costuma ser realizada em junho, mas este ano foi adiada para setembro devido à pandemia de Covid-19. Segundo uma pesquisa publicada em 20 de agosto, a maioria dos suíços (69%) é a favor do casamento para todos.

Depois de vários anos de tramitação, o parlamento aprovou em dezembro um projeto de lei que autoriza o casamento de casais do mesmo gênero. Porém, círculos conservadores imediatamente anunciaram que lançariam um referendo, o que é possível pelo sistema suíço de democracia direta.

O governo e o parlamento pediram apoio ao casamento para todos, a fim de eliminar a "desigualdade de tratamento que existe hoje" entre casais hétero e homossexuais. Se o povo suíço aprovar, os casais do mesmo gênero terão acesso ao casamento civil.

Uma cidadezinha suíça admitiu nesta quarta-feira (25) ter subestimado a gravidade de um recente ataque cibernético, após tomar conhecimento pela imprensa de que os dados de todos os seus moradores foram expostos on-line.

A pitoresca localidade de Rolle, às margens do lago Genebra, admitiu na semana passada ter sido vítima de um ataque de "ransomeware" (sequestro cibernético de dados) e que a informação em alguns servidores administrativos ficou exposta.

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O governo municipal da cidade, de 5.400 habitantes, disse inicialmente que a ação afetou apenas uma pequena quantidade de dados e que tinha backup de toda a informação.

No entanto, uma investigação publicada nesta quarta-feira pelo jornal Le Temps revelou que o ataque, detectado pela primeira vez em 30 de maio, na verdade foi "maciço".

O jornal citou um especialista não identificado em cibersegurança na darkweb que disse ter levado apenas 30 minutos para acessar milhares de documentos municipais de Rolle.

O periódico destacou que os documentos "são pessoais e extraordinariamente sensíveis".

A prefeitura admitiu na noite de quarta-feira, em um comunicado, que "subestimou a gravidade do ataque (e) os usos potenciais dos dados".

Disse que "admite com humildade certa ingenuidade em lidar com a darkweb e os ataques de malwares", e que criou um grupo de trabalho para enfrentar a situação.

Não foi informada qual tipo de informação foi exposta, mas o Le Temps publicou que seus jornalistas viram folhas de cálculo com dados de todos os moradores, incluindo nomes, endereços, datas de nascimento, números de identidade ou permissões de residência e em alguns casos, afiliação religiosa.

Um dos maiores astros do tênis e do esportes mundial, Roger Federer não vai participar dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Através de suas redes sociais, o tenista suíço informou nesta terça-feira ter sentido um novo problema no joelho durante a temporada na grama, que culminou com a eliminação nas quartas de final de Wimbledon, na semana passada, e lamentou não poder participar da competição no Japão, que terá início no próximo dia 23.

"Durante a temporada de grama, infelizmente eu tive um revés no meu joelho e por causa disso terei que desistir dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Estou muito desapontado, pois sempre foi uma honra e um dos pontos altos de minha carreira poder representar a Suíça", lamentou Federer, em uma postagem em sua conta oficial no Instagram.

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"Eu já comecei minha recuperação e espero poder voltar a competir ainda neste verão (do hemisfério norte). Torço para que o time suíço tenha muita sorte e estarei torcendo de longe", complementou o veterano de 39 anos, atual número 9 do ranking da ATP, que passou por duas cirurgias no joelho na temporada passada.

Com a ausência de Federer, que buscaria em Tóquio a grande conquista que falta na carreira, o único do "Big 3" por enquanto confirmado nos Jogos Olímpicos é o sérvio Novak Djokovic, número 1 do mundo, que ainda assim tem dúvidas sobre a sua participação. O espanhol Rafael Nadal, medalha de ouro em Pequim-2008, anunciou logo após Roland Garros que não iria jogar nem Wimbledon e tampouco a Olimpíada.

Medalha de ouro nas duplas nos Jogos de Pequim, ao lado do compatriota Stan Wawrinka, Federer chegou perto do título olímpico quatro anos depois em Londres-2012, mas foi superado pelo britânico Andy Murray na final e acabou ficando com a prata.

Foi mais um jogo sofrido, desta vez com direito a pênaltis, mas a Espanha se superou novamente e se tornou a primeira semifinalista da Eurocopa. Nesta sexta-feira, os favoritos saíram na frente, permitiram o empate dos suíços em 1 a 1, mantido na prorrogação. E precisaram das penalidades para avançar, por 3 a 1, diante de 24.764 torcedores presentes na Arena de São Petersburgo, na Rússia.

Nas oitavas, a Espanha já tinha contado com a prorrogação para superar a Croácia. Nesta sexta, os riscos foram maiores. Os espanhóis foram surpreendidos pela postura ofensiva da Suíça durante a maior parte do jogo e tiveram dificuldade para superar a famosa retranca quando os rivais ficaram com um a menos em campo, na reta final do segundo tempo.

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Na semifinal, a Espanha vai enfrentar Bélgica ou Itália, na terça, dia 6, em Wembley. Belgas e italianos se enfrentam ainda nesta sexta-feira.

Com a torcida contra em São Petersburgo, a equipe espanhola Espanha contou com os retornos do zagueiro Pau Torres e do lateral Alba ao time titular. Do outro lado, a Suíça tinha a baixa do capitão e meia Xhaka, por suspensão. Apesar deste importante desfalque, o time suíço surpreendeu ao fazer um duelo bom e equilibrado até os 7 minutos de jogo.

Foi quando Alba pegou sobra na entrada da área e bateu para o gol. A bola desviou em Zakaria e acabou com qualquer chance de defesa de Sommer. O gol precoce obrigou a Suíça a sair em busca do ataque, deixando a partida aberta. Mesmo assim, a Espanha controlava as ações, com até 75% de posse de bola.

O bom jogo em solo russo contou com números improváveis no primeiro tempo. Confiante após eliminar a França nas oitavas, a Suíça finalizou mais que a Espanha (4 a 3) e registrou até maior número de escanteios e impedimentos, exibindo uma ofensividade que não se vê historicamente nas equipes suíças. Shaqiri e Widmer foram os principais nomes da seleção nos primeiros 45 minutos.

Preocupado com crescimento suíço em campo, o técnico Luis Enrique apostou na velocidade e agilidade do jovem Olmo, para o lugar de Sarabia. O ataque também foi reforçado por Gerard Moreno, na vaga do criticado Morata. As alterações, contudo, enfraqueceram o poder ofensivo espanhol.

Sem pressionar, a equipe de Luis Enrique viu a Suíça crescer no jogo e tomar conta do seu campo de defesa. As chances começaram a se multiplicar. Aos 10, Zakaria quase marcou de cabeça. Zuber, aos 18, deu trabalho para o goleiro Unai Simón. E, aos 22, os zagueiros Torres e Laporte se atrapalharam e Shaqiri não perdoou: 1 a 1.

Diante do forte ritmo do adversário, a Espanha pouco fazia. A Suíça só parou nela mesma quando, aos 31, o volante Freuler acertou um carrinho violento em Moreno e levou o cartão vermelho direto. Com a menos, os suíços precisaram recompor a defesa, abdicando do ataque. Do outro lado, a Espanha parecia cada vez mais lenta.

Até que veio a prorrogação e o ataque espanhol renasceu em campo. Foram diversas chances de gol, com Moreno, no 1º minuto e também aos 10, e Alba, aos 5. O goleiro Sommer, apoiado pela retranca suíça, foi o grande destaque do tempo extra, em que os suíços apenas administraram o empate, à espera dos pênaltis.

Nas cobranças, o experiente Busquets mandou no pé da trave e Pedri parou em Sommer. Mas Olmo, Moreno e Oyarzabal converteram. Pelo lado suíço, Gavranovic foi o único que balançou as redes. Schär e Akanji tiveram suas cobranças defendidas por Simón e Vargas mandou para fora, selando a classificação dos espanhóis.

Apontada como a grande favorita à conquista da Eurocopa, a França está eliminada da principal competição de seleções da Europa. Em mais um jogo emocionante, cheio de alternâncias e decidido em detalhes, a Suíça bateu a atual campeã mundial nos pênaltis após empate em 3 a 3 no tempo normal e avançou às quartas de finais da Eurocopa.

Nesta segunda, em Bucareste, na Romênia, a seleção francesa enfrentou uma organizada Suíça, que deu trabalho, saiu na frente, mas perdeu um pênalti quando vencia por 1 a 0 e se abalou emocionalmente. Os franceses cresceram depois que Lloris defendeu a penalidade, conseguiram a virada no segundo tempo com gols de Benzema em um intervalo de dois minutos e ampliaram com Pogba. No entanto, os suíços renasceram no fim do segundo tempo e aproveitaram os erros defensivos do adversário para chegar ao empate com gols de Seferovic e Gavranovic e forçar a prorrogação.

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Não houve mais gols na prorrogação. Nas penalidades, Gavranovic, Pogba, Schär, Giroud, Akanji, Thuram, Vargas, Kimpembe, Mehmedi converteram suas cobranças. Quis o destino que Mbappé, um dos principais nomes da França, errasse o último pênalti, defendido por Sommer, o herói da classificação suíça. O goleiro festejou muito. Já o astro do PSG decepcionou e deixou o torneio sem balançar as redes.

Nas quartas, a Suíça encara a Espanha, que mais cedo precisou da prorrogação para despachar a Croácia em Sevilha. O duelo será na próxima sexta-feira, às 13 horas (de Brasília), em São Petersburgo, na Rússia.

Os suíços fizeram um primeiro tempo praticamente perfeito dentro de sua estratégia desenhada. Organizados, se defenderam bem, forçaram os erros do rival, que entrou com três zagueiros, e criaram boas oportunidades até abrir o placar cedo, com Seferovic, que foi às redes de cabeça aos 14 minutos da etapa inicial. Embolo, Xhaka e Zuber foram os destaques.

A seleção francesa não pressionou muito na marcação e também ficou devendo no ataque, que, apesar de todo o talento com Griezmann, Mbappé e Benzema, pouco fez. O lado direito foi inoperante e o meio de campo não criou. O esquema com três zagueiros não deu certo e o técnico Didier Deschamps desfez o sistema no intervalo ao tirar Lenglet e colocar o meia-atacante Coman.

A Suíça teve tudo para derrubar um dos favoritos no tempo normal. Provavelmente conseguiria se tivesse convertido um pênalti no início da etapa final depois que Zuber caiu dentro da área e o árbitro assinalou a marca da cal com o auxílio do VAR. Àquela altura, ficaria confortável no jogo. Mas o experiente defensor Ricardo Rodríguez parou em Lloris. O goleiro caiu no canto direito e fez a defesa em dois tempos. Isso aconteceu aos oito minutos. Aos 11, veio o castigo para os suíços.

Griezmann acionou Mbappé na entrada da área. O astro do PSG rolou para Benzema, que colocou na frente e tocou na saída do goleiro. Dois minutos depois, o atacante do Real Madrid, de volta à seleção após cinco anos e meio, marcou o segundo. Dessa vez, Coman tocou para Griezmann, que tabelou com Mbappé. O camisa 7 parou no goleiro. Mas Benzema apareceu para conferir no rebote.

Confiante, o time francês ampliou aos 29 com uma pintura de Pogba, comprovando que, quando esta a fim, o meio-campista do Manchester United faz a diferença. Ele dominou na intermediária, e chutou colocado, no ângulo direito. Comemorou com uma dancinha marrenta.

Com 3 a 1 no placar, imaginava-se que a França administraria a vantagem com certa tranquilidade. O cenário de um jogo cheio de alternâncias, porém, mudou rapidamente. A Suíça renasceu aos 35, quando Seferovic fez mais um de cabeça e diminuiu o marcador. Os suíços aproveitaram a fragilidade defensiva do desequilibrado rival, forte no ataque, mas mal na defesa, e alcançaram o improvável empate aos 44 minutos. Xhaka encontrou Gavranovic, que limpou a marcação e finalizou cruzado, da entrada da área, no canto.

Na prorrogação, embora tenha havido certa cautela dos dois lados e as equipes estivessem extenuadas, o jogo permaneceu aberto e ambos criaram chances para marcar. Giroud, que entrada no lugar do exausto Benzema, levou perigo em cabeceio defendido por Sommer. Mbappé teve em seus pés a oportunidade de carimbar a vaga francesa após linda enfiada de Pogba, mas bateu mal de esquerda, sem direção, e saiu mancando, fruto de câimbra. Nos pênaltis, Mbappé foi o único a errar e teve de aguentar a festa dos suíços.

A fama retranqueira da Itália parece ter ficado para trás. Após marcar três na Turquia, a tetracampeã mundial voltou a sair da defesa e repetiu a dose contra a Suíça. Aplicou 3 a 0, nesta quarta-feira, pela segunda rodada da Eurocopa. O triunfo conquistado no estádio Olímpico de Roma garantiu a classificação dos italianos às oitavas de final.

Com os seis gols marcados em apenas dois jogos, o time italiano surpreende ao exibir o melhor ataque da competição até agora, algo incomum na história da seleção europeia, conhecida pela forte vocação defensiva. De quebra, chegou aos seis pontos, na liderança do Grupo A, selando a vaga no mata-mata com uma rodada de antecedência. País de Gales está em segundo, com quatro. E a Suíça tem apenas um ponto, no terceiro posto.

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O grande nome da partida foi Manuel Locatelli, autor de dois gols. Antes deste jogo, o volante de 23 anos tinha apenas um gol com a camisa da sua seleção. Cria da base do Milan, ele defende o Sassuolo desde 2018. E só ganhou a chance nesta Eurocopa porque o titular Verratti ainda se recupera de lesão. Agora parece ter garantido sua vaga entre os 11.

Após surpreender com sua postura ofensiva, na estreia, a Itália manteve a sua nova vocação nesta quarta. Foram sete finalizações somente no primeiro tempo, contra apenas uma dos suíços. Até o zagueiro e capitão Chiellini se arriscou no ataque e mandou para as redes. Mas o lance, aos 18, foi anulado pelo VAR por toque de mão na bola.

A equipe italiana atuava com três atacantes - Insigne, Immobile e Berardi - e ainda tinha o jovem Locatelli vindo de trás e assustando a defesa suíça. Numa destas investidas, aos 25, ele não perdoou. Surgiu sozinho na pequena área e escorou com facilidade cruzamento rasteiro de Berardi, pela direita.

Insigne, aos 32, Berardi, aos 36, e Spinazzola, no mesmo minuto, quase anotaram o segundo dos italianos, que dominavam todos os setores do campo, diante da apatia da Suíça. Até o meia-atacante Shaqiri, conhecido pela boa movimentação, estava apagado na partida. Parecia que somente o goleiro Sommer e o zagueiro Akanji trabalhavam no time suíço.

No início do segundo tempo, a dupla não conseguiu evitar o segundo gol dos italianos, e o segundo de Locatelli. Novamente, ele contou com assistência de Berardi para finalizar de fora da área, no canto esquerdo do goleiro da Suíça.

Sem esboçar reação, o time suíço só levou perigo, de fato, uma vez ao longo dos 90 minutos. Foi aos 18, em jogada de Shaqiri e Zuber. O goleiro Donnarumma evitou o gol. A Itália não se assustou e quase anotou o terceiro logo em seguida, em jogadas de Insigne e Berardi.

A partir dos 24 minutos, a Itália voltou a lembrar sua vocação defensiva. O técnico Roberto Mancini sacou o atacante Berardi para a entrada do zagueiro Rafael Toloi - outro brasileiro naturalizado italiano, Jorginho já havia começado como titular. Com esta formação, o time da casa passou a contar com três zagueiros em campo e dois atacantes, invertendo a proporção do início do jogo.

Mais cautelosa, a equipe italiana passou a administrar a vantagem no placar. Mesmo assim, não deixou de buscar o ataque. Aos 43, Immobile aproveitou novo espaço dado pela defesa suíça e arriscou de fora da área. Sommer chegou a tocar na bola, mas não evitou o terceiro gol dos italianos, que festejaram a vitória e a classificação.

A seleção da Itália vai encerrar sua participação na fase de grupos no próximo domingo, contra País de Gales, de Gareth Bale, novamente em Roma. No mesmo dia, os suíços vão tentar conquistar a primeira vitória nesta Eurocopa, diante da Turquia, no Azerbaijão.

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