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Pernambuco é o estado com maior índice de aprovação em universidades públicas do Brasil, de acordo com dados Ministério da Educação e do Censo 2022. O Estado, segundo o levantamento, direciona 29% dos alunos do ensino médio, tanto da rede pública quanto privada, para instituições públicas.

Além de Pernambuco, o Ceará, que ocupa a segunda colocação, apresenta um cenário simliar, ou seja, 28% dos estudantes optaram por uma universidade pública. Já o quantitativo de estudantes oriundos de escolas públicas sobre para 62%. Logo atrás dos dois Estados nordestinos estão Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Pará. Já os estados de São Paulo e Santa Catarina apresentaram o menors desempenho, segundo o Ministério da Educação (MEC) e Censo 2022. 

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Após acordo entre a base do governo e a oposição na Câmara, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) não pautará a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 206, que determina a cobrança de mensalidade em universidade públicas. A discussão da PEC ficará suspensa até que haja um debate com a sociedade civil.

"No nosso entender, (a PEC é) um equívoco, porque as universidades públicas são financiadas com impostos dos cidadãos brasileiros, não são meramente gratuitas. E a instituição de mensalidade poderia excluir a participação de estudantes carentes que têm na universidade pública o lugar em que ocupam seu tempo na sua formação e desenvolvimento", disse Orlando Silva durante a sessão.

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A Proposta de Emenda à Constituição 206 é de autoria do General Peternelli (União) e aponta sobre a necessidade de cobrança de mensalidade em instituições públicas de ensino superior para alunos que comprovem recursos financeiros. Além disso, o texto estabelece que o Ministério da Educação (MEC) definir a faixa de preços máximo e mínimo a ser cobrado. O valor poderia variar de acordo com a região do país.

Nesta terça-feira (24), a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ)  da Câmara dos Deputados, realizará uma reunião para debater a proposta de emenda à constituição nº 206/2019, que trata a respeito da cobrança de mensalidade aos estudantes das universidades públicas do País. A proposta é de autoria do deputado General Peternelli (União Brasil)  e tem como relator o deputado Kim Kataguiri ( União Brasil).

De acordo com a proposta de emenda, os recursos adquiridos por meio das cobranças aos estudantes, seriam destinados aos custeios de manutenção das instituições públicas de ensino, sendo garantida a gratuidade aos alunos em condição de vulnerabilidade socioeconômica. Assim, a PEC busca alterar a norma que a Constituição Federal dá ao ensino superior, de que em todos os casos os ingressos têm o direito à gratuidade.

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No documento, o deputado, Kim Kataguiri (União Brasil), afirma que a educação é direito social, e não individual, sendo assim não é um causa pétrea, podendo ser modificada e adaptada conforme a situação econômica e social na qual o país se encontra. O político ainda ressalta que a aprovação da emenda promoverá a igualdade, já que os estudantes que possuem condições financeiras para custear sua formação, assim devem fazê-lo como forma de "contribuir para a educação pública".

“Não acredito que a possibilidade de cobrança de mensalidade de alunos que tenham condições de pagar seja retrocesso; pelo contrário, trata-se de prestigiar a regra geral de igualdade - esta sim cláusula pétrea - que determina, no que tange às contribuições das pessoas ao Estado, que cada um contribua de acordo com sua capacidade financeira. Nesse sentido, noto que mesmo um constitucionalista que defende que os direitos sociais são cláusulas pétreas, como o professor Ingo Sarlet, entende que sua prestação pode ser adaptada às circunstâncias”, afirma o deputado no documento.

Após o comunicado da reunião para deliberação sobre a PEC, a União Nacional dos Estudantes (UNE) se manifestou contrariamente, no Twitter, a respeito da possibilidade de cobrança aos estudantes. No post, a entidade afirma que o projeto é inadmissível, sendo um retrocesso na luta para que o ensino público seja ampliado e democratizado para as camadas mais vulneráveis da população.

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, assinou um despacho, divulgado nesta quinta-feira (30), que proíbe instituições de ensino vinculadas ao governo federal, como universidades públicas, de exigirem vacinação contra Covid-19 para a participação em atividades presenciais.

Segundo o despacho, “a exigência de comprovante de vacinação como meio indireto à indução da vacinação somente pode ser estabelecida por meio de lei". Com isso, a obrigatoriedade de apresentar comprovante de vacinação para acesso às dependências das instituições está vetado.

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"No caso das universidades e dos institutos federais, por se tratar de entidades integrantes da administração pública federal, a exigência somente pode ser estabelecida mediante lei federal", completou o documento. Confira, abaixo, a postagem do ministro:

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Está aberto o período para as instituições públicas de ensino superior realizarem a adesão ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2021.2. O prazo para concluir todo o processo vai até o dia 9 de julho por meio da assinatura eletrônica do Termo de Adesão neste endereço eletrônico.

De acordo com o edital, as instituições devem ter o cadastro no Governo Federal para terem acesso ao Sisu. As instituições precisam, ainda, cumprir fielmente as obrigações constantes no Termo de Adesão e as exigências do Sisu.

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O processo seletivo do Sisu 2021.2 está previsto para ser realizado em agosto. A seleção dos candidatos às vagas disponibilizadas pelas instituições será composta pelas notas obtidas na edição 2020 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Confira mais detalhes no edital do Sisu.

O Programa PE no Campus, que oferece ajuda de custo mensal a estudantes oriundos da rede estadual de ensino aprovados em universidades públicas sediadas no Estado, poderá aumentar o valor do benefício. De acordo com informações divulgadas nesta quinta-feira (10) pelo Governo de Pernambuco, a quantia paga no primeiro ano de graduação deverá passar de R$ 950 para R$ 1.100. No segundo ano de curso, a quantia sairia de R$ 400 para R$ 440.

Um projeto de lei sobre o aumento foi enviado pelo Governo à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). A bolsa é concedida por 24 meses aos estudantes. “Com o novo valor, eles terão mais condições para dar continuidade aos estudos, podendo melhorar sua qualidade de vida. Esse reforço financeiro permitirá que os estudantes tenham uma alimentação de melhor qualidade e mais condições de moradia e transporte. Tudo isso é um esforço estratégico importante que o Governo vem fazendo para incentivar e garantir cada vez mais uma educação de qualidade para os pernambucanos”, disse o governador Paulo Câmara.

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Lançado em 2017, o programa tem o objetivo de melhorar as condições de acesso de alunos de escolas estaduais ao ensino superior público. Ao todo, mil bolsas são oferecidas, em que dessas, 900 são direcionadas a estudantes que escolherem concorrer às oportunidades utilizando notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), além de 100 voltadas aos resultados obtidos no Sistema Seriado de Avaliação (SSA) da Universidade de Pernambuco (UPE). Com o benefício, podem ser cobertos custos de moradia, transporte e alimentação.

Na manhã desta quarta-feira (16), o Ministério da Educação (MEC) realizou o lançamento do serviço de emissão de Diploma Digital e Portal Validador Nacional, que visa desburocratizar o processo de certificação do ensino superior. O evento foi realizado no auditório da sede do MEC, em Brasília, com transmissão ao vivo pelo YouTube do órgão.  

De acordo com o ministro da Educação, Milton Ribeiro, a primeira etapa consiste em implementar o serviços na rede federal de ensino. “A primeira etapa da implementação do diploma digital será concluída até o final de 2021, abrangendo todas as instituições federais de educação superior, sendo 69 universidades federais e 41 instituições da rede federal de educação profissional e tecnológica", afirmou o ministro em coletiva. Nesse sentido, a segunda etapa, que será nas instituições superiores privadas, ocorrerá até 2022. 

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Durante o evento, Milton explicou que a solução tecnológica tem o objetivo de auxiliar na verificação de autenticidade dos diplomas emitidos pelas Instituições de Ensino Superior (IES) em todo País. Os diplomas digitais terão a mesma validade que os emitidos em papel, com assinaturas e carimbos digitais, e serão armazenados na nuvem pelas IES e também pelo MEC.

Ainda de acordo com o ministro, em 2021 serão inaugurados dois novos ambientes eletrônicos, sendo um para validação de documentos emitidos pelas instituições de educação superior em seus sistemas acadêmicos e o outro para visualização de históricos acadêmicos. Ambas as soluções foram desenvolvidas pela RNP, vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia.

A ocasião contou com a presença do secretário de Educação Superior, Wagner Vilas Boas de Souza; do reitor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Valdiney Veloso Gouveia; e do diretor geral da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), Nelson Simões.  

IES com diplomas digitais

No Nordeste, as Universidades Federais da Paraíba e do Rio Grande no Norte serão as primeiras instituições a utilizar os serviços, conforme mencionado em coletiva. Para o reitor da UFPB, Valdiney Veloso Gouveia, a implementação do projeto representa um avanço para o Brasil. 

“Nós não estamos falando aqui sobre a substituição do papel para um dispositivo eletrônico, estamos falando de um avanço que o Brasil registra com esse diploma. O sistema digital representa o plano conceito de sustentabilidade econômica, ambiental e pessoal”, destacou o reitor da UFPB, que foi indicado ao cargo pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), mesmo sem ser eleito por meio de votos

Por outro lado, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, salienta que a agilidade da implementação do serviço dependerá dos ajustes realizados pelas unidades federais de ensino, que serão de forma individualizada. Demais informações podem ser consultadas através das Instruções Normativas (IN), publicada pelo MEC.

Importantes instituições de ensino de Pernambuco, a UPE, UFPE e UFRPE anunciaram a criação de Períodos Letivos Excepcionais (PLE) para a retomada das aulas de graduação de forma remota. Nessa terça-feira (28), detalhes foram passados à imprensa em uma entrevista coletiva que contou com a presença dos reitores das três instituições e também do professor e padre Pedro Rubens, reitor da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap). 

UFPE

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Na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o semestre remoto será iniciado a partir do dia 17 de agosto, com três meses de duração, com a possibilidade de os estudantes cursarem até 300 horas/aula. Apenas os alunos que estiverem nos dois últimos semestres do curso poderão ter uma carga horária maior, com o objetivo de agilizar a formatura.   

As atividades, de acordo com o reitor Alfredo Gomes, poderão ser realizadas tanto de forma simultânea à presença virtual do professor durante uma aula ao vivo, por exemplo (síncronas), como desenvolvidas em tempos diferentes (assíncronas). Para auxiliar os estudantes que têm dificuldades de conexão e acesso à internet e equipamentos eletrônicos, a Universidade recorrerá tanto a programas de locação e doação de equipamentos para alunos vulneráveis quanto ao programa do Ministério da Educação (MEC) para aquisição de pacotes de dados para alunos de universidades e institutos federais. 

No que diz respeito às atividades práticas, o reitor afirmou que algumas delas, como estágios curriculares, ainda serão desenvolvidas, mas com os devidos cuidados de saúde para que não haja disseminação da Covid-19. “Atividade prática é fundamental na formação, algumas serão realizadas tendo em vista o processo de conclusão, mas dentro de um regramento muito rigoroso de distanciamento e EPI para respeito à vida e não transmissão”, declarou Alfredo.

Ainda de acordo com o reitor, as avaliações dos alunos serão realizadas, mas só serão incluídas no histórico escolar se o estudante tiver êxito. “Os estudantes serão avaliados e isso será incorporado na carga horária, mas se ele não se sentir confiante com o processo remoto, não participa, mas não contabiliza a disciplina (...) Sendo avaliado e tendo sucesso, será integralizado no curso dele normalmente”, disse Alfredo. 

UPE

A Universidade de Pernambuco (UPE) terá seu período excepcional de 8 de setembro a 25 de novembro, com dez semanas de duração e 240 horas/aula em disciplinas teóricas. O semestre será optativo e o estudante que não conseguir acompanhar as aulas até o fim, desistir do semestre ou não for aprovado também não será punido nem terá registro em seu histórico. 

De acordo com o reitor Pedro Falcão, durante o período de aulas remotas, assim como já vem acontecendo com as teses na pós-graduação, as orientações e defesas de Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) serão feitas também de modo virtual, enquanto as avaliações se darão por meio de projetos, trabalhos e atividades on-line, preferivelmente assíncronas. 

UFRPE

Assim como a UFPE, a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) iniciará o semestre excepcional 2020.3 no dia 17 de agosto e irá até novembro. Haverá, ainda, o semestre 2020.4 com término em março. Os períodos excepcionais da UFRPE também serão ministrados de forma não obrigatória. 

Além disso, a instituição de ensino anunciou o pagamento de um auxílio parcelado no valor de R$ 1.380 para 3 mil estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica para aquisição de aparelhos eletrônicos com o objetivo de facilitar o acesso às aulas remotas. 

De acordo com o reitor Marcelo Carneiro Leão, cada semestre excepcional terá dez semanas de duração, com foco em atividades assíncronas, uma vez que elas não exigem uma conexão de internet tão potente quanto as que são interativas, e as avaliações serão baseadas, assim como na UFPE, em projetos e trabalhos on-line. 

Sobre atividades práticas, ele explicou que com exceção de situações de conclusão de curso, elas serão muito raras e os períodos excepcionais serão essencialmente focados em disciplinas teóricas. “As disciplinas ofertadas quase todas puderam ser adequadas à parte teórica. A não ser as de final de curso para ter a conclusão de curso pro aluno concluir, em situações raras. Por isso algumas não poderão ser ofertadas. A gente sabe que é um prejuízo, mas vai optar pela vida das pessoas”, afirmou o reitor. 

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A proporção de pessoas pretas ou pardas (que compõem a população negra) cursando o ensino superior em instituições públicas brasileiras chegou a 50,3% em 2018. Apesar desta parcela da população representar 55,8% dos brasileiros, é a primeira vez que os pretos e pardos ultrapassam a metade das matrículas em universidades e faculdades públicas.

Os dados estão no informativo Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil, divulgado hoje (13), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A comparação foi feita com as informações do suplemento de educação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - Contínua (Pnad Contínua), que começou a ser aplicado em 2016.

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A pesquisa mostra que a população negra está melhorando seus índices educacionais, tanto de acesso como de permanência, apesar de ainda se manter bem atrás dos índices medidos entre as pessoas brancas.

A proporção de jovens de 18 a 24 anos pretos ou pardos no ensino superior passou de 50,5% em 2016 para 55,6% em 2018. Entre os brancos, a proporção é de 78,8%. Na mesma faixa etária, o número de pretos e pardos com menos de 11 anos de estudo e que não estavam frequentando a escola caiu de 30,8% em 2016 para 28,8% em 2018, enquanto o indicador para a população branca é de 17,4%.

Outros percentuais

Os que já haviam concluído o ensino superior somavam 36,1% dos brancos e 18,3% dos pretos e pardos, enquanto a taxa de ingresso no terceiro grau é de 53,2% entre os brancos e de 35,4% entre pretos e pardos. Na faixa de 18 a 24 anos que concluiu o ensino médio, mas que não estava estudando por trabalhar ou precisar procurar trabalho, 61,8% eram pretos ou pardos.

A taxa de analfabetismo para pessoas acima de 15 anos, entre pretos e pardos caiu de 9,8% em 2016 para 9,1% em 2018. Entre os brancos, a taxa é de 3,9%. Na frequência à creche ou escola, crianças pretas ou pardas de até 5 anos passaram de 49,1% para 53%, enquanto 55,8% das crianças brancas estão nessa etapa da educação. Nos anos iniciais do ensino fundamental, para crianças de 6 a 10 anos, não há diferença significativa, com 96,5% das brancas e 95,8% das pretas ou pardas frequentando a escola.

A analista de indicadores sociais do IBGE Luanda Botelho disse que a melhora das estatísticas é reflexo de políticas públicas que proporcionaram o acesso e permanências da população preta e parda na rede de ensino.

“O estudo mostra para a gente que para todos os indicadores educacionais há uma trajetória de melhora desde 2016. Isso se reflete em menor atraso escolar, mais pessoas pretas ou pardas frequentando a escola na etapa de ensino adequada para a idade, menor abandono escolar, mais pessoas pretas ou pardas concluindo o ensino médio e ingressando no ensino superior”, afirmou.

Os rendimentos de pretos e pardos se mantêm abaixo do segmento de brancos. O rendimento médio mensal entre brancos é de R$ 2.796 e entre pretos e pardos cai para R$ 1.608, uma diferença de 73,9%. Na comparação apenas entre quem tem curso superior, os bancos ganhavam por hora 45% a mais do que os pretos e pardos.

Para o pesquisador do IBGE Claudio Crespo, a melhora nos indicadores dos negros é relevante, mas como a desigualdade é histórica e estrutural, os ganhos para a população preta ou parda só aparecem com organização e mobilização social e políticas públicas direcionadas.

“A intervenção de políticas públicas é um fator essencial para a redução dessa desigualdade. Onde há avanços percebidos, apesar da distância que ainda reside, são espaços em que houve intervenção de políticas públicas e também organização do movimento social para a conquista de uma sociedade mais igualitária. Como as cotas para acesso ao nível superior”, explicou.

Representação política

Na representação política, os pretos e pardos também ficam muito atrás dos brancos, com apenas 24,4% dos deputados federais eleitos em 2018 tendo se declarado negros. Entre os deputados estaduais, o número sobe para 28,9% e, entre os vereadores eleitos em 2016, o índice sobe, com 42,1% tendo se declarado preto ou  pardo.

Segundo o estudo do IBGE, a sub-representação começa nas candidaturas, com a autodeclaração de pessoas pretas e pardas totalizando 41,8% dos candidatos a deputado federal, 49,6% dos que tentam uma vaga nas assembleias estaduais e 48,7% dos que querem ser eleitos vereadores.

No recorte de verbas utilizadas nas campanhas, 9,7% dos candidatos brancos a deputado federal tiveram receitas superiores a R$ 1 milhão e, entre pretos ou pardos, o índice ficou em 2,7%. A representação das mulheres pretas ou pardas chega a apenas 2,5% dos deputados federais, 4,8% dos deputados estaduais e 5% dos vereadores.

Considerando todas as mulheres, elas representam 16,9% da Câmara dos Deputados, 31,1% das assembleias estaduais e 36,8% das câmaras municipais.

Os dados de cor ou raça só começaram a ser coletados pela Justiça Eleitoral em 2014, com a pergunta inserida na inscrição da candidatura.

Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta segunda-feira (30) para anunciar o desbloqueio dos recursos da educação superior, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, citou o projeto Future-se, criado pelo Ministério da Educação (MEC), para as instituições captarem recursos próprios de maneira privada. O principal objetivo é estimular a autonomia nas instituições.

Ao falar de gastos excessivos no MEC, o chefe da pasta disse que não haverá liberação de dinheiro sem a devida prestação de contas e que, as universidades que quiserem solicitar mais recursos, além do valor fornecido pelo MEC, terão que que aderir ao Future-se."Mas eu quero mais recursos, volumes bilionários... Vocês vão ter que sair, bater na porta da iniciativa privada e buscar parcerias", pontuou.

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As instituições que não quiserem recorrer ao projeto não receberão punição. De acordo com o levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo, das 63 entidades procuradas pelo periódico, 34 já rejeitaram o Future-se, programa que é alvo de críticas por parte de conselhos universitários.  

Entre as universidades federais que se posicionaram de forma contrária ao projeto estão a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade Federal de Roraima (UFRR), Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

O Secretário de Educação Superior do Ministério da Educação (MEC), Arnaldo Barbosa de Lima Júnior, afirmou, durante entrevista a jornalistas no 3º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação (Jeduca) na segunda-feira (19), que a mudança na Lei de Diretrizes e Bases (LDB) irá permitir que universidades particulares revalidem diplomas emitidos no exterior em todas as áreas, até mesmo medicina. A mudança na LDB está incluída na proposta do Future-se.

De acordo com o secretário, as regras do MEC sempre são universais, portanto, o projeto do Future-se também é para a área de medicina. Atualmente, apenas universidades públicas podem revalidar diplomas de ensino superior emitidos por instituições de fora do Brasil.

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A validação dos diplomas de medicina só ocorre depois que os médicos formados fora do país são aprovados no Revalida, que consiste em um exame do MEC que avalia, em duas etapas, as competências e habilidades práticas e teóricas dos candidatos. Ainda segundo Arnaldo Barbosa de Lima Júnior, no atual Revalida, o processo de revalidação atual nas universidades federais é devagar e complexo.

 

 

Depois de ser surpreendida com a suspensão da energia elétrica, na manhã desta terça-feira (16), a Universidade Federal do mato Grosso (UFMT) voltou as atividades normais com o religamento da luz. O atraso no pagamento das contas foi o motivo do corte que afetou cinco campus da universidade: o de Cuiabá, Rondonópolis, Barra do Garças, Pontal do Araguaia e Sinop.

A reitora da UFMT Myrian Serra, já vinha alertando sobre as condições da universidade que poderia ter campi paralisados já a partir de julho, devido à falta de recursos para questões mais básicas como a distribuição de energia e água. Segundo a reitora, o campus mais prejudicado é o de Cuiabá.

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Ao todo, seis contas de luz estavam em atraso. A instituição tentava negociar com a Energisa, empresa responsável pelo fornecimento de energia elétrica no estado do Mato Grosso. O valor do débito era de R$ 1,8 milhão. Com o desligamento da energia elétrica, as aulas precisaram ser canceladas durante toda a terça-feira. 

"Logo após o corte, a Universidade entrou em contato com o Ministério da Educação (MEC), solicitando a liberação de recursos financeiros necessários para o pagamento da fatura de energia. Durante todo o dia, a comunidade universitária uniu esforços e permaneceu mobilizada para minimizar os efeitos do corte de energia elétrica" informou em nota no site oficial da entidade. 

O Ministério da Educação emitiu uma nota informando que iria adotar medidas emergenciais para a religação imediata da energia em todos os campus. O ministro Abraham Weintraub, ainda pretende tomar providências administrativas e judiciais para fins de "responsabilizar os envolvidos pela má gestão Na UFMT’’. O chefe da pasta também se pronunciou via Twitter, no qual reafirma que na última sexta-feira (12), o MEC  havia feito um repasse de R$ 4,5 milhões para a quitação do débito. Confira abaixo a nota de esclarecimento do Ministério da Educação.

O Ministério da Educação informa que, após ter conhecimento da falta de luz na Universidade Federal do Mato Grosso, o ministro, Abraham Weintraub, vai adotar medidas emergenciais para a religação imediata de energia elétrica nos quatro campi que compõem a Universidade. O ministro irá ainda tomar as medidas cabíveis tanto administrativas como judiciais para a responsabilização dos envolvidos pela má gestão na UFMT.

O ministro tomou conhecimento da situação na última quinta-feira (11) quando chamou a reitora ao Ministério e autorizou o repasse de R$ 4,5 milhões para que a reitoria da UFMT, nomeada há três anos, quitasse a dívida das contas de luz com a concessionária de Mato Grosso. Os valores, herdados no governo anterior, correspondem ao montante de R$ 1,8 milhão. A liberação do limite de empenho foi realizada na sexta-feira da semana passada com o compromisso da reitora para o pagamento imediato da referida dívida.

 

Entre prefeituras e instituições de ensino superior, o estado de Pernambuco acumula mais de 500 vagas para concursos públicos do interior aos grandes centros. Na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), um concurso está aberto para a contratação de 203 profissionais para atuar da área administra à educação. O salário pode chegar a R$ 4.180,66.

A Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) também vai contratar por meio de concurso nove servidores de nível médio, técnico e superior para os cargos de Técnico de Tecnologia da Informação e segurança da informação. As remunerações variam entre R$ 2.446,96 a R$ 4.180,66.

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Confira abaixo outros concursos no estado e clique no nome deles para conferir os editais:

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP)

Sete vagas

Vários cargos

Salários: Não divulgados

Prefeitura de Belém do São Francisco

18 vagas

Assistentes de alfabetização

Salário: Não divulgado

Prefeitura de Paudalho – PE

19 vagas

Agente de saúde

Salários de até  R$ 1.250,00

Prefeitura Municipal de Sertânia – PE

164 vagas

Vários cargos para todos os níveis de escolaridade

Salários de até R$ 2.071,79

Prefeitura de Vicência – PE

48 vagas

Vários cargos para todos os níveis de escolaridade

Salários de até R$ 2.500,00

Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf)

38 vagas para técnico administrativo em educação

Salários de até R$ 4.180,66

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano (IF SERTÃO-PE)

18 vagas para técnico administrativo

Salários de até R$ 4.180,66

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco – IFPE

35 vagas para técnico administrativo em educação

Salários de até:  R$ 4.180,66

 

Em dia de greve contra a reforma na previdência, as três maiores universidades públicas no Recife, UFRPE, UFPE e UPE, se pronunciaram na manhã desta sexta-feira (14) sobre o funcionamento nos campi da capital e da Região Metropolitana. As instituições não declararam o cancelamento das aulas, mas determinaram que as faltas dos alunos e servidores que não conseguissem chegar às instituições não fossem computadas e que as atividades acadêmicas marcadas para o dia fossem reagendadas.

No caso da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), a determinação foi aplicada aos campi de Dois Irmãos, na Zona Norte da cidade, no Cabo de Santo Agostinho (RMR) e no Colégio Dom Agostinho Ikas (Codai). Os demais campi precisarão decidir internamente sobre o funcionamento.

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Na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o Restaurante Universitário não funcionará. Na Universidade de Pernambuco (UPE), a nota afirmou que a medida foi tomada “respeitando a decisão das referidas entidades da instituição e visando evitar possíveis transtornos de mobilidade ou segurança de nossos professores”. O Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) ainda não se posicionou sobre o assunto.

A Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) sofreram novo corte de verbas em bolsas de pós-graduação e doutorado. Estima-se que mais de 120 bolsas tenham sido suspensas só na segunda fase dos cortes. A UFRPE já havia suspendido quatro bolsas entre abril e maio deste ano. Sendo duas de pós-graduação e duas de doutorado.

Segundo a UFRPE, o novo corte afeta 71 bolsas de mestrado e 32 de doutorado que, na medida em que forem concluídas pelos estudantes, serão fechadas. A universidade também informou que o corte deverá ser sentido nas próximas semanas, já que há alunos que irão se formar.

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A Univasf já apresentou seu primeiro corte de bolsas de estudo. São 18 bolsas suspensas. Os cortes foram anunciados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), que congelou cerca de 2.724 bolsas de mestrado e doutorado em todo o país a partir deste mês. De acordo com a entidade, o bloqueio se dá pela necessidade do cumprimento do contingenciamento de R$ 300 milhões, determinado pelo Governo Federal.

Em nota, a Associação Nacional de Pós-graduandos (ANPG) se posicionou sobre o assunto. “Os cortes nas bolsas de estudos em programas com conceito 3 e 4 atingirão principalmente a pós-graduação nas regiões Nordeste e Norte do país. Essa lógica aprofunda ainda mais as assimetrias regionais na produção científica brasileira, além de tirar os instrumentos necessários para que esses programas possam progredir”, afirmou a instituição.

CAPES retirou 78 bolsas de pós-graduação na UFPE

A Universidade Federal de Pernambuco confirmou, nesta quarta-feira (5) o bloqueio de 78 bolsas nos seus cursos de mestrado e pós-graduação. Na primeira suspensão, a universidade 33 bolsas de mestrado, doutorado e pós-graduação.

O Leia Já entrou em contato com para a CAPES para questionar detalhes do último bloqueio, contudo, até a publicação desta matéria, não foi obtido o retorno.  

 

Após participar de reunião com reitores de universidades federais de Pernambuco, o secretário de Educação do Estado, Frederico da Costa Amancio, afirmou que a educação básica sentirá indiretamente o contingenciamento do Governo Federal às universidades públicas brasileiras.

“Boa parte dos nossos professores são formados nas universidades federais. Nós temos programas como o PIBID, programa de iniciação para professores que trabalham em algumas das nossas escolas. Direta e indiretamente a educação acaba sendo afetada”, afirma o representante da pasta.

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Amâncio salientou, ainda, que o corte de recursos é apenas uma das preocupações da secretaria. Para ele, a falta de prioridade na melhoria da educação cria um cenário de preocupação. “Estamos muito apreensivos em não ver um planejamento em relação a programas para ampliar e melhorar a educação do Estado. Esse é um momento para criar uma linha de frente de fortalecimento na defesa da educação do país”, lembra. A reunião entre os representantes da UFPE, UFRPE, Unicap, Univasf e UPE foi fechada ao público e os respectivos reitores devem conversar com a imprensa ainda nesta quarta.

*Com informações da repórter Francine Nascimento

O ministro da Educação, Ricardo Vélez, garantiu nesta quarta-feira (13), pelo Twitter, que as universidades públicas não serão privatizadas. "As Universidades Públicas são patrimônio da Nação. Não serão privatizadas. Mas serão geridas com total transparência, a fim de que os brasileiros saibam, tintim por tintim, como é utilizado o suado dinheiro que sustenta essas instituições. Menos Brasília e mais Brasil!", escreveu no Twiter.

A privatização vinha sendo apontada como solução para a crise financeira pela qual passam essas instituições de ensino, mas o Ministério da Educação (MEC) ainda não havia se pronunciado oficialmente sobre a questão.

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De acordo com o Censo da Educação Superior, o país tem hoje 2.448 instituições de ensino superior. Dessas, 296 são públicas e 63 são universidades federais, ligadas diretamente ao MEC. As públicas concentram mais de 2 milhões de matrículas, 24,7% do total dos universitários do país.

Pelo Plano Nacional de Educação (PNE), a lei que estipula metas para melhorar a qualidade da educação brasileira até 2024, o Brasil deve incluir um terço, ou seja, 33% da população de 18 a 24 anos no ensino superior até o fim da vigência da lei. Atualmente, essa porcentagem é cerca de 23%, considerando também os que já se formaram.

Já a taxa bruta de matrícula, ou seja, total de estudantes matriculados, independentemente da idade, deve ser equivalente a metade da população total de 18 a 24 anos. Essa porcentagem é cerca de 35%.

O Ministério da Educação (MEC) divulgou na manhã desta sexta-feira (14) a quantidade de vagas oferecidas pelo Sistema de Seleção Unificada (SISU) 2019. Para consultá-las, os alunos devem acessar o site da instituição e escolher a instituição ou o município desejado.

O Sisu é um dos maiores sistemas de entrada em universidades públicas do País. Com a nota do Enem, os alunos podem inscrever-se no curso desejado. Se ultrapassarem a nota de corte, eles são considerados como aprovados. As notas individuais do Enem devem ser liberadas em 13 de janeiro e os períodos de inscrição do sistema unificado de seleção vão do dia 22 ao dia 25 de janeiro.

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Clique aqui para conferir as vagas por instituição ou município.

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O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (SINTEPE), emitiu uma nota pública de solidariedade aos docentes que foram vítimas de cartas com teor de ameaça e discursos de ódio, supostamente enviadas por eleitores e simpatizantes do presidente eleito Jair Bolsonaro. Na terça-feira (06), um texto direcionado aos professores e discentes do Centro de Filosofia e Ciências Humanas, CFCH, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) afirmava que eles seriam banidos da instituição. A mensagem era repleta de termos racistas e homofóbicos.

A Universidade abriu uma sindicância interna para apurar o fato e acionou a Polícia e o Ministério Público Federal para que investiguem o caso. O MPF instaurou procedimentos nas áreas cível e criminal para apurar as ameaças.

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Dois dias depois do caso da UFPE, outra ameaça começou a circular. Desta vez o documento intitulado "A doutrinação vai acabar. É o mito. Ustra Vive!" fez menção e ameaças aos professores da Universidade de Pernambuco. A carta ainda diz que o curso de História da UPE vai ser fechado, se referindo a alunos de maneiras pejorativas.

Ao LeiaJa.com, a assessoria de imprensa da UPE confirmou que cartas foram encontradas em quadro de avisos do Campus Mata Norte. A direção da unidade comunicou o fato à Reitoria. De acordo com a assessoria, já estão sendo tomadas medidas judiciais.

Confira abaixo a nota:

NOSSA SOLIDARIEDADE AOS PROFESSORES E PROFESSORAS DA UFPE E UPE PARAGRAFO

O Sintepe (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco) vem publicamente repudiar a difusão de panfletos no campus da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no Recife, e no campus da Universidade de Pernambuco (UPE), em Nazaré da Mata, tanto pela forma anônima, quanto pelo seu conteúdo que dissemina o ódio e apregoa preconceitos que, em um Estado Democrático de Direito, não são mais aceitos, pois trazem em seu bojo posições totalitárias e contrárias à liberdade e ao senso crítico.

A gravidade do conteúdo ocorre, principalmente, porque os autores difundiram mensagens de ódio e morte por simplesmente discordar de ideias de determinados professores e professoras.

O Sintepe presta sua total solidariedade a esses profissionais da educação e aos estudantes das duas universidades, repudiando qualquer discurso de ódio e de violência pregados por grupos isolados e extremistas. Somos à favor da liberdade de expressão, da liberdade de cátedra e da livre circulação de ideias.

Portanto, o Sintepe coloca-se à disposição para lutar em favor de toda a comunidade acadêmica e estudantil. A universidade é o espaço, por excelência, do debate de ideias, da convivência e do pensamento livre. Nenhum panfleto nem qualquer ato de intolerância vão nos assustar ou fazer-nos calar a voz. Estamos mais juntos e juntas que nunca. Ninguém solta a mão de ninguém.

A DIREÇÃO DO SINTEPE

As ações de fiscalização que ocorreram em diversas universidades públicas do país não foram orquestradas, afirma o Colégio de Presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs).Por meio de sua assessoria, o colegiado explicou que, para que sejam feitas operações de busca e apreensão, é preciso haver denúncia específica envolvendo cada uma das instituições.

Segundo o Colégio de Presidentes dos TREs, ações desse tipo são comuns nesse período, véspera do segundo turno eleitoral, que ocorre neste domingo (28). A assessoria lembrou que houve ações semelhantes em outros órgãos públicos municipais, estaduais e federais em todo o país. “Campanha eleitoral em órgão público não pode, mas, quando acontece em universidade, chama mais a atenção da imprensa”, disse à Agência Brasil.

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As denúncias chegam aos procuradores e promotores eleitorais de cada estado, que analisam e determinam busca e apreensão, se for o caso, para averiguar a veracidade.

Nos últimos dias, universidades públicas de todo o país foram alvo de ações policiais e de fiscalização eleitoral. A justificativa é verificar a possível ocorrência de propaganda eleitoral irregular. Estudantes, professores e entidades educacionais, no entanto, veem as ações como censura.

Ministério Público Federal

Em nota, a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão do Ministério Público Federal (MPF) considerou “potencialmente incompatíveis com o regime constitucional democrático iniciativas voltadas a impedir a comunidade discente e docente de universidades brasileiras de manifestar livremente seu entendimento sobre questões da vida pública no país – tais como as que ocorreram nos últimos dias 23 a 25 de outubro, em mais de uma dezena de universidades brasileiras”.

Para o MPF, interpretar dizeres como “Direito UFF Antifascista”; “Marielle Franco, presente” e “Ditadura nunca mais. Luís Paulo vive”, bem como iniciativas de debates acadêmicos ou manifestações públicas no espaço de ensino, como uma forma de propaganda eleitoral “transborda os limites da razoabilidade e compromete o arcabouço constitucional da liberdade de manifestação e de cátedra, bem como de expressão do pensamento e intelectual”.

O argumento de que as instituições escolares são equipamentos públicos e, portanto, a salvo do debate eleitoral, “não faz jus à dignidade que ambos os temas têm na Constituição de 1988”, acrescenta o Ministério Público, que diz ainda: a interdição da disputa política no âmbito acadêmico “fragiliza a democracia”.

“É lamentável que, em uma disputa tão marcada pela violência física e simbólica, pelo engano e pela falsificação de fatos, o ataque do sistema de justiça se dirija exatamente para o campo das ideias”, finaliza a instituição.

Não é propaganda, diz DPU

Para a Defensoria Pública da União (DPU), os debates sobre o quadro eleitoral vigente nas universidades não constituem propaganda. O posicionamento está em recomendação do último dia 24 enviada a reitores e diretores de instituições de ensino superior.

A recomendação partiu da Defensoria Pública da União no Rio de Janeiro. No texto, a DPU recomenda que não haja, nas instituições, cerceamento do "exercício do direito à livre expressão, independente de posição político-ideológica, ainda que haja debates sobre o quadro eleitoral vigente, o que não se constitui propaganda político-eleitoral”.

Segundo a recomendação, reitores e diretores têm de assegurar a livre iniciativa de professores, estudantes e servidores, referente a “qualquer tipo de manifestação de ideias, desde que se coadune com os pilares constitucionais de democracia, liberdade, justiça, solidariedade, diversidade e demais direitos fundamentais”.

A DPU pede uma resposta dos dirigentes em um prazo de até 30 dias e esclarece que não se trata de uma “ordem, requisição ou imposição de conduta”, mas de um pedido de providências após a identificação de algum problema.

 

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