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O governador de São Paulo, João Doria, determinou nesta quinta-feira (2) que uso de máscaras em ambientes abertos será mantido, devido às incertezas sobre o impacto do surgimento da variante Ômicron. Anteriormente, havia sido anunciada a flexibilização da medida a partir do próximo dia 11.

A recomendação foi feita pelo Comitê Científico, que mencionou os riscos das aglomerações em festas de Natal e Réveillon.

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Em São Paulo, a vacinação contra a Covid-19 registra 78 milhões de doses aplicadas nos 645 municípios paulistas; 76,15% da população tem esquema vacinal completo e 84,7% está com uma dose de imunizante.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciará nesta quinta-feira (2) uma campanha contra a Covid-19, com novas exigências para os viajantes e um aumento nos esforços de vacinação.

Apesar de Biden ter conquistado a presidência com a promessa de lutar contra a pandemia, as mutações do coronavírus representam um enorme desafio, o que contribui para a queda de sua popularidade.

Da sede dos Institutos Nacionais de Saúde, na região de Washington, Biden pronunciará um discurso em que pretende enumerar uma série de ações projetadas para lutar contra a Covid-19 durante o inverno (hemisfério norte, verão no Brasil), no momento em que a variante ômicron se propaga pelo mundo, gerando novas preocupações e restrições.

Na quarta-feira foi detectado o primeiro caso de contágio com esta variante nos Estados Unidos.

A Casa Branca já anunciou que a partir "do início da próxima semana", todos os viajantes deverão, além de vacinados, apresentar um teste negativo feito um dia antes do deslocamento. A medida será aplicada a americanos e estrangeiros.

Para os deslocamentos internos, Biden anunciará uma prorrogação da obrigatoriedade do uso de máscaras em aviões, trens e outros transportes públicos até meados de março, afirmou uma fonte do governo.

As novas medidas pretendem tranquilizar os americanos e mostrar que Biden está fazendo tudo a seu alcance para evitar que a pandemia afete a recuperação econômica dos Estados Unidos e as festas de fim de ano.

O presidente e seus assessores reiteraram nos últimos dias que não acontecerá um retorno aos grandes confinamentos.

Mas o governo enfrenta um cenário em que muitos americanos não são receptivos aos apelos de Biden por uma ação coletiva para derrotar a pandemia. De fato, quase 40% da população ainda não está completamente imunizada, apesar das tentativas criativas de estimular vacinação.

E quase 100 milhões de pessoas que já podem receber doses de reforço das vacinas anticovid ainda não aproveitaram a oportunidade.

- Campana nacional -

Uma campanha nacional direcionada aos beneficiários do sistema de saúde pública Medicare tentará ampliar vacinação e as doses de reforço: em sua estratégia, o governo estabeleceu uma associação com a AARP, um importante grupo que representa os interesses das pessoas com mais de 50 anos.

No outro extremo da faixa etária, a administração Biden tentará assegurar que as escolas não retornem aos fechamentos.

"Quando o presidente assumiu o cargo, mais da metade das escolas do país estavam fechadas", disse a mesma fonte do governo.

"Hoje temos uma vacina para as crianças a partir de cinco anos e mais de 99% das escolas em todo o país estão completamente abertas", disse, antes de destacar que "o presidente anunciará os passos que garantirão que isto continue assim".

O governo também pretende estimular o uso de kits de teste domiciliar com o anúncio de que "o seguro médico deve cobrir 100% do seu custo".

Para aqueles sem seguro médico, a disponibilidade de kits gratuitos deve aumentar nos próximos meses. "Nosso fornecimento de testes caseiros é, atualmente, quatro vezes maior que no fim do verão", disse a fonte do Executivo.

O Japão suspendeu a partir desta quarta-feira (1°) e durante pelo menos um mês as novas reservas de voos de entrada no país, ignorando a recomendação da OMS de não proibir viagens devido à nova variante ômicron da Covid-19, que foi detectada em mais países nas últimas horas.

O surgimento da nova variante, aparentemente mais contagiosa e com múltiplas mutações, gerou uma reação de pânico de vários governos, que adotaram novas restrições e limitações de viagens.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que "as proibições gerais às viagens não impedirão a propagação internacional" da ômicron e seu diretor, Tedros Adhanom Ghebreyesus, pediu "calma" e uma resposta "racional".

Apesar do apelo, poucas horas depois o governo japonês suspendeu as novas reservas para voos de entrada no país diante dos temores provocadas pela variante.

"Pedimos às companhias aéreas que parem de aceitar as reservas para novos voos de entrada durante um mês, a partir de 1º de dezembro", declarou à AFP uma fonte do ministério dos Transportes.

O anúncio aconteceu pouco depois da detecção de um segundo caso de ômicron no país asiático.

De acordo com o governo, o paciente é um homem na faixa de 20 anos que chegou em 27 de novembro na capital Tóquio procedente do Peru, país que não detectou oficialmente nenhum caso da nova variante.

- Casos no Brasil -

O Brasil anunciou na terça-feira dois casos da variante ômicron em passageiros que chegaram da África do Sul antes de este país anunciar a descoberta da cepa.

Os contagiados são "um homem de 41 anos e uma mulher de 37, procedentes da África do Sul", que desembarcaram no Brasil em 23 de novembro, informou a secretaria de Saúde do estado de São Paulo.

Segundo informações, o casal de missionários que vive no país africano apresentava sintomas leves no momento dos testes PCR. Desde então, os dois estão em isolamento domiciliar e sob monitoramento, assim como seus familiares.

Outros países da América Latina estão em alerta. O Equador, por exemplo, adiou a reabertura da fronteira terrestre com a Colômbia, prevista para esta quarta-feira, até 15 de dezembro.

- Negociações na OMS -

Desde que a África do Sul anunciou a detecção da variante na semana passada, muitos países fecharam as fronteiras para pessoas procedentes do sul da África, o que provocou indignação na região.

Estas medidas "podem ter um impacto negativo sobre os esforços globais de saúde durante uma pandemia, desencorajando os países a relatar e compartilhar dados epidemiológicos e de sequenciamento", advertiu a OMS.

A falta de eficácia das restrições ficou demonstrada quando a Holanda reportou que a variante ômicron estava presente em seu território antes que a África do Sul informasse o primeiro caso, em 25 de novembro.

E a propagação continua. Nesta quarta-feira, a Nigéria, país mais populoso da África, e a Arábia Saudita anunciaram os primeiros casos da nova cepa.

A preocupação aumentou ainda mais depois que o CEO do laboratório americano Moderna, Stephan Bancel, afirmou que pode acontecer uma "redução importante" da eficácia das atuais vacinas contra a ômicron.

Uma possível solução seria o comprimido anticovid do laboratório americano MSD, que recebeu a recomendação do painel de especialista designado por Washington para pacientes adultos de alto risco após uma votação apertada.

A OMS considera "elevada a probabilidade de propagação da ômicron a nível mundial", mas persistem as dúvidas sobre o nível de contágio, sua resistência às vacinas ou gravidade.

Um elemento tranquilizador é que, até o momento, nenhuma morte foi associada à nova variante.

A pandemia de covid-19 provocou mais de 5,2 milhões de mortes desde a detecção do coronavírus no fim de 2019 na China, segundo um balanço da AFP.

Com a pandemia ainda longe do controle, os 194 Estados integrantes da OMS iniciaram nesta quarta-feira negociações para alcançar um acordo que melhore a prevenção e o combate de futuras pandemias.

A decisão, aprovada por unanimidade, "representa um compromisso comum para reforçar a prevenção, a preparação e a resposta às pandemias, levando em consideração as lições que aprendemos", declarou a embaixadora australiana na ONU, Sally Mansfield, ao apresentar o texto.

Um relatório mostra que a vacina da Pfizer tem 90% de eficácia contra a ômicron, variante da Covid-19 que está despertando preocupação da Organização Mundial da Saúde (OMS). A reportagem foi publicado pelo site "Local 12" 

A eficácia da vacina contra essa nova cepa é 5% menor quando comparada com os resultados obtidos contra a variante Delta, cuja cobertura de imunização alcançou 95% com a Pfizer.

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A reportagem ressalta que o imunizante da Pfizer é bastante eficaz na prevenção de sintomas graves para as pessoas vacinadas com, pelo menos, uma dose de reforço. Ao mesmo tempo, os não vacinados têm 2,4 vezes mais chances de desenvolver sintomas graves.

O The Jerusalem Post salienta que o Ministério da Saúde de Israel deve compartilhar os primeiros dados sobre a eficácia das vacinas contra a ômicron com a África do Sul, local onde essa variante surgiu. 

O governo israelense tem se mostrado preocupado com a rápida disseminação da nova cepa ao redor do mundo, que tem passado de 200 casos diários para 2.000 em dez dias. 

Nitzan Horowitz, ministro da Saúde de Israel, declarou ao The Jerusalem Post que a situação no país está controlada. “Atualmente não há intenção de impor restrições à vida em Israel, e faremos todo o possível para garantir que isso continue", disse.

A China espera realizar as Olimpíadas de Inverno de 2022 “tranquilamente” e no prazo apesar dos desafios criados pelo surgimento da variante ômicron do novo coronavírus (covid-19), disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian, em um briefing diário de rotina nesta terça-feira (30).

“Acredito que isto certamente representará algum desafio aos nossos esforços para evitar e controlar o vírus, mas, como a China tem experiência em evitar e controlar o coronavírus, acredito plenamente que a China será capaz de sediar as Olimpíadas de Inverno no prazo, tranquilamente e com sucesso”, disse Zhao.

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A China deve realizar os Jogos entre 4 e 20 de fevereiro, sem espectadores estrangeiros e com todos os atletas e pessoal relacionado contidos em uma bolha sanitária e sujeitos a exames diários de covid-19.

Conforme sua política de covid zero, a China tem aplicado algumas das medidas preventivas mais rígidas do mundo contra a doença.

A proibição geral de viagens não evitará a propagação da nova variante ômicron do coronavírus, alertou a OMS nesta terça-feira (30), e recomendou aos maiores de 60 anos que adiem suas viagens.

Em suas recomendações, a Organização Mundial de Saúde apontou que, até 28 de novembro, "56 países haviam aplicado medidas de viajem para tentar atrasar a importação da nova variante".

No entanto, a organização com sede em Genebra, cujas recomendações nem sempre são seguidas por seus 194 Estados-membros, advertiu que "as proibições gerais de viajar não evitarão a propagação internacional e colocarão um fardo pesado em vidas e meios de subsistência".

Além disso, essas medidas "podem ter um impacto negativo nos esforços globais de saúde durante uma pandemia ao desanimar os países de informar e compartilhar os dados epidemiológicos e de sequenciamento".

Em suas recomendações, a OMS diz que "as pessoas que não estão em boa condição de saúde ou que correm risco de desenvolver uma forma grave da covid-19 ou morrer, incluindo aquelas com mais de 60 anos ou com comorbidades - por exemplo, doenças cardíacas, câncer e diabetes -, devem ser aconselhadas a adiar suas viagens".

Em termos mais gerais, pede a todos os viajantes que "permaneçam atentos", se vacinem e sigam todas as normas de saúde pública, independentemente do seu estado de vacinação, incluindo o uso de máscaras, medidas de distanciamento físico e evitando espaços lotados e mal ventilados.

No domingo passado, o escritório regional da OMS na África pediu "fronteiras abertas", enquanto a África do Sul pediu o "levantamento imediato e urgente" das restrições de viagens ao país após a detecção da nova variante ômicron.

Um novo sequenciamento genético realizado pelo Instituto Aggeu Magalhães em pacientes que testaram positivo para a Covid-19 revela que a variante Ômicron ainda não foi detectada em Pernambuco. O estudo mostra que a linhagem Delta e suas sublinhagens continuam sendo predominantes no Estado.

Dos 42 genomas com qualidade para análise, 41 (97,6%) eram de pessoas infectadas com a variante Delta. Apenas um (2,4%) foi identificado como da linhagem da variante Gamma. As amostras foram coletadas entre outubro e início de novembro deste ano.

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O secretário Estadual de Saúde, André Longo, afirma que Pernambuco está atento a entrada de novas variantes do SARS-Cov-2 e, para isso, tem realizado uma força-tarefa para monitorar a circulação das variantes no Estado. 

"Os cuidados para evitar a circulação de novas cepas devem continuar. O uso correto de máscara, a higienização das mãos, o distanciamento social e, principalmente, a vacinação, com o esquema de duas doses e a dose de reforço, são essenciais para o enfrentamento à Covid-19", pontua Longo.

Sobre a Ômicron

Na segunda-feira (29), a  Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que a nova variante ômicron representa um "risco muito elevado" para o planeta. Além disso, a OMS advertiu  que há  muitas incógnitas sobre esta variante, especialmente sobre o perigo real que representa para a população mundial.

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O diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu nesta terça-feira (30) aos Estados-membros uma resposta "racional e proporcional" à ômicron, a nova variante do coronavírus que provoca pânico há vários dias.

"A resposta mundial dever ser calma, coordenada e coerente", declarou Tedros Adhanom Ghebreyesus, em uma reunião de informação sobre a nova variante na sede da OMS em Genebra.

"Compreendo a preocupação de todos os países por proteger seus cidadãos contra uma variante que ainda não entendemos perfeitamente. Mas também estou preocupado com o fato de que vários Estados-membros implantem medidas gerais e brutais que não são fundamentadas em evidências nem são eficazes por conta própria, e que apenas agravarão as desigualdades", afirmou.

"Pedimos a todos os Estados-membros que adotem uma resposta racional e proporcional ao risco, de acordo com o Regulamento Sanitário Internacional", disse, ao mencionar o instrumento jurídico de referência para a OMS e os países que integram a organização.

"Ainda temos mais perguntas que respostas sobre a ômicron", destacou.

Também disse que não se deve ficar surpreso com o fato de que o vírus evolui. "É o que os vírus fazem", insistiu.

"Quanto mais permitirmos que a pandemia se eternize, sem remediar as desigualdades no acesso às vacinas ou não aplicando medidas sociais e de saúde pública de maneira adaptada e coerente, mais possibilidades daremos ao vírus para que sofra uma mutação de um modo que não podemos antecipar nem impedir", afirmou Tedros.

A nova cepa foi detectada inicialmente na África do Sul na semana passada, mas já se propagou por todos os continentes. Isso levou muitos países a suspender as conexões aéreas com o sul da África, a instaurar dispositivos de prevenção e, no caso das nações com os maiores estoques de vacinas contra a covid-19, a aconselhar uma dose de reforço à população.

Tedros agradeceu a "Botsuana e África do Sul por terem detectado, sequenciado e alertado sobre a variante de maneira tão rápida" e se declarou "profundamente preocupado porque estes países estão sendo penalizados por terem feito o que deveriam fazer".

As farmacêuticas Pfizer e Johnson & Johnson informaram nesta segunda-feira (29) que começaram a trabalhar em uma nova versão de suas vacinas anticovid direcionadas mais especificamente para a variante ômicron, caso os imunizantes adotados atualmente não sejam suficientemente eficazes.

"Ainda há muitas coisas que não sabemos" sobre a nova variante, detectada no sul da África e considerada "preocupante" pela OMS, disse o diretor-executivo da Pfizer, Albert Bourla.

"Saberemos o essencial do que precisamos saber em poucas semanas", acrescentou.

A empresa vai realizar testes para avaliar a eficácia da vacina atual, desenvolvida com a BioNTech, contra a ômicron. Mas se "proteger menos e acharmos que há uma necessidade de criar uma nova vacina, já começamos a trabalhar desde sexta-feira. Fizemos nosso primeiro modelo de DNA, que é a primeira etapa do desenvolvimento de uma nova vacina", explicou.

A Pfizer já criou duas novas versões de sua vacina em menos de cem dias, contra as variantes delta e beta, que acabaram não sendo usadas. "Em 95 dias, teremos a nova vacina contra a ômicron", disse Bourla.

O grupo tem capacidade de produzir quatro bilhões de doses no ano que vem, acrescentou.

A Johnson & Johnson, por sua vez, destacou em um comunicado "estar avaliando a eficácia da sua vacina contra a covid-19 frente às vatiantes", inclusive a ômicron.

Paralelamente, o grupo "está trabalhando em uma vacina mais específica para a ômicron, que desenvolverá se necessário".

O laboratório "continua confiando" na resposta imunológica de sua vacina atual, de dose única, frente às diversas variantes, assegurou Mathai Mammen, encarregado de pesquisas da Janssen, braço da J&J que desenvolve vacinas.

O laboratório Moderna, que também produz uma vacina contra a covid, anunciou na sexta-feira sua intenção de desenvolver uma dose de reforço específica para a ômicron.

O diretor da Pfizer afirmou, porém, que ainda confia na vacina que é distribuída atualmente, indicando que a farmacêutica usou "uma boa dosagem desde o início".

A pílula anticovid desenvolvida pela Pfizer para tratar a doença, que apresentou uma eficácia de 89% contra hospitalizações e mortes em ensaios clínicos, foi também "desenvolvida com a ideia" de que haveria mutações do vírus, afirmou Bourla.

"Tenho confiança na capacidade (da pílula) de funcionar com todas as mutações, incluindo a ômicron", enfatizou.

Fiji manterá os planos de reabrir na quarta-feira (1) suas fronteiras aos visitantes internacionais apesar da ameaça da variante ômicron da Covid-19, anunciou o primeiro-ministro do arquipélago, Frank Bainimarama.

Fiji tinha fixado o 1º de dezembro como o dia em que voltaria a receber visitantes estrangeiros para levantar sua economia, dependente do turismo e devastada desde que a pandemia obrigou o território a fechar as fronteiras, em março do ano passado.

Bainimarama disse ao Parlamento que a variante ômicron não alteraria os planos e que ele pessoalmente receberia o primeiro voo da Fiji Airways, procedente da Austrália, na manhã de quarta-feira.

"Continuamos saindo desta terrível pandemia que temos sofrido e apenas começamos a nos recuperar da devastação econômica", declarou ao Parlamento nesta segunda-feira (29).

A variante ômicron sacudiu os mercados mundiais e levou alguns países a endurecerem seus controles fronteiriços, como Israel e Japão, que fecharam as portas a viajantes internacionais.

Fiji endureceu as restrições às chegadas da África do Sul, mas não alterou as regras para os países que costumam enviar turistas ao paradisíaco país do Pacífico.

Entre eles estão Japão, Nova Zelândia, Estados Unidos e França, assim como outros países onde a variante já foi detectada, como Austrália, Canadá e Reino Unido.

Bainimarama disse confiar que com 90% da população adulta vacinada, Fiji poderá conter qualquer surto do coronavírus desde que se respeitem estritos protocolos sanitários.

Os visitantes devem estar com esquema vacinal completo e apresentar exame negativo de covid-19.

Assim que chegam a Fiji, devem permanecer em áreas designadas, onde os operadores turísticos terão que estar vacinados.

Fiji passou um ano livre da covid-19 antes de uma segunda onda devastadora causada pela variante delta deixar quase 700 mortos em sua população de um milhão de habitantes.

Foram identificados 13 novos casos da variante ômicron, do coronavírus, nesse domingo (28), entre atletas e funcionários do Belenenses Futebol Sad, clube da primeira divisão da liga portuguesa de futebol.

No último sábado (27), o clube foi goleado por 7 a 0 no primeiro tempo do jogo contra o Benfica por participar da partida inicialmente com apenas nove jogadores, já que a maioria da equipe testou positivo para Covid-19 e estavam em isolamento.

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O time foi para o jogo usando apenas jogadores do sub-21 e alguns restantes, que não haviam tido contato com nenhum contaminado. Demonstrando raça, tentaram competir jogando com apenas nove até o intervalo, quando voltaram com apenas sete e pouco depois, por lesão, ficaram com seis. Com jogadores insuficientes para prosseguir, a partida foi encerrada por wo e o placar continuou no 7 a 0.

O Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA), divulgou nas redes sociais que analisou nesse domingo, 13 amostras recebidas associadas ao caso dos jogadores do elenco do Belenenses e identificou a variante, informando que a contaminação inicial partiu de um dos atletas que havia feito a viagem recente a África do Sul, onde foi descoberta a variante.

O órgão de saúde ainda divulgou análise de outras 218 amostras de passageiros de um voo com origem em Maputo, capital de Moçambique e que chegou a Lisboa com alguns infectados. De todas as amostras, apenas dois teriam sido de variantes, com um sendo a Delta e outro, uma ainda não permitiu a correta identificação.

O Japão anunciou nesta segunda-feira (29) o fechamento de suas fronteiras a todos os visitantes estrangeiros para frear a variante ômicron da Covid-19 e, durante o dia, os ministros da Saúdo do G7 se reunirão em caráter de urgência para tentar estabelecer uma estratégia comum diante do avanço da pandemia.

Três semanas após flexibilizar algumas restrições, o Japão decidiu implantar controles rígidos de fronteira, algo que muitos consideram coisa do passado.

"Vamos proibir a entrada de estrangeiros de todo o mundo partir de 30 de novembro", afirmou o primeiro-ministro japonês Fumio Kishida.

A variante ômicron, detectada inicialmente no sul da África, já está presente em vários países.

Nesta segunda-feira, os ministros da Saúde do G7 (França, Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Itália, Japão e Reino Unido) se reunirão "para discutir a evolução da situação sobre a ômicron", em um encontro organizado em caráter de urgência em Londres, que tem a presidência temporária do G7.

Com mais de cinco milhões de mortes em todo o mundo desde que a pandemia foi declarada, a Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou a ômicron como uma variante de "preocupação".

"Sabemos que estamos em uma corrida contra o tempo", disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, antes de destacar que os fabricantes de vacinas precisam de "duas a três semanas" para avaliar se as vacinas existentes continuam sendo eficazes contra a nova variante.

Vários países adotaram restrições para viajantes procedentes do sul da África, incluindo Estados Unidos, Reino Unido, Indonésia, Arábia Saudita, Kuwait e Holanda.

- Dano econômico -

O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, pediu no domingo aos países que suspendam as restrições "antes que provoquem mais danos a nossas economias".

Na mesma linha, o diretor da OMS para a África fez um apelo para que os países priorizem a ciência, em vez de impor restrições de voo para conter a nova variante.

"Com a variante ômicron detectada em várias regiões do mundo, a aplicação de restrições de viagens para a África é um ataque à solidariedade global", declarou diretor regional da OMS, Matshidiso Moeti.

Poucos dias depois do anúncio por cientistas da África do Sul sobre a descoberta da nova variante, que tem mais mutações que as anteriores detectadas do coronavírus, o hospital Bambino Gesu de Roma conseguiu a primeira "imagem" da ômicron e confirmou que efetivamente tem mas mutações que a delta, mas isto não significa que é mais perigosa, de acordo com os pesquisadores.

As autoridades holandesas afirmaram que identificaram ao menos 13 casos de ômicron entre 61 passageiros que testaram positivo para covid-19 depois que desembarcaram da África do Sul no sábado.

A polícia de fronteira da Holanda anunciou a detenção de um casal em um avião com destino a Espanha, depois que os dois fugiram de um hotel em que estavam em quarentena.

O casal, um espanhol de 30 anos e uma portuguesa de 28, retornou à quarentena e pode ser acusado de "ataque à segurança pública".

Apesar da nova ameaça, dezenas de milhares de pessoas protestaram na Áustria contra a vacinação obrigatória no país, o primeiro da UE a aplicar a medida.

O chanceler Alexander Schallenberg considerou o protesto uma "interferência menor" para o país com uma das menores taxas de vacinação na Europa ocidental.

No Reino Unido, o ministro da Saúde, Sajid Javid, anunciou que na terça-feira entrarão em vigor novas regras sanitárias, incluindo o uso de máscaras em estabelecimentos comerciais e nos transportes públicos, assim como restrições para os passageiros procedentes do exterior.

- Sintomas leves -

E enquanto os cientistas tentam determinar o nível de ameaça da nova variante, uma médica sul-africana destacou que dezenas de pacientes suspeitos de portar a variante ômicron mostraram sintomas leves, como fadiga.

Angelique Coetzee, presidente da Associação Médica Sul-Africana declarou à AFP que observou 30 pacientes nos últimos 10 dias que testaram positivo para covid-19 e se recuperaram sem a necessidade de hospitalização.

O conselheiro do governo dos Estados Unidos para a pandemia, Anthony Fauci, afirmou que continua "acreditando que as vacinas existentes devem fornecer um grau de proteção contra casos severos de covid".

Diante do que considera um risco crescente, Israel anunciou algumas restrições mais severas, incluindo o fechamento das fronteiras a todos os estrangeiros, quatro semanas depois da reabertura para os turistas.

"Estamos levantando a bandeira vermelha", disse o primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou neste domingo, 28, que identificou um caso positivo de covid-19 em um passageiro brasileiro com passagem pela África do Sul e que desembarcou no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, neste sábado, 27. Não há ainda a confirmação que o caso seja da variante Ômicron.

A rede de saúde ainda vai realizar o sequenciamento genético para identificar o vírus. O procedimento deve ser concluído nesta segunda-feira, 29. O passageiro, que estava em um voo da Ethiopian Airlines, está em isolamento e já havia sido vacinado.

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Em nota, a Anvisa informou que fiscaliza e exige que o viajante apresente exame PCR negativo para covid-19 realizado em, no máximo, 72 horas antes do voo internacional (na origem do voo). O passageiro chegou ao Brasil com teste negativo, assintomático. No entanto, após sua chegada, a Anvisa foi informada às 21h12 deste sábado sobre o resultado positivo de novo teste de RT-PCR, feito por laboratório no aeroporto.

A agência notificou o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) nacional, estadual e municipal, às 1h07 de hoje. A Vigilância epidemiológica da cidade de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, também foi acionada para acompanhar o caso.

Após a identificação e testagem com resultado positivo para covid, o passageiro foi colocado em isolamento e já está em quarentena residencial. Os órgãos de saúde estadual e municipal passaram a fazer o monitoramento do caso. O Ministério da Saúde acompanha o caso.

Após recomendação da agência, voos com destino ao Brasil que tenham origem ou passagem pela República da África do Sul, República de Botsuana, Reino de Essuatíni, Reino do Lesoto, República da Namíbia e República do Zimbábue estão proibidos.

A agência também recomendou, neste sábado, que Angola, Malawi, Moçambique e Zâmbia fossem incluídos na lista de países sujeitos a restrições.

De acordo com a Portaria vigente, o viajante brasileiro procedente ou com passagem pela República da África do Sul, República do Botsuana, Reino de Essuatíni, Reino do Lesoto, República da Namíbia e República do Zimbábue, nos últimos quatorze dias antes do embarque, ao ingressar no território brasileiro, deverá permanecer em quarentena, por quatorze dias, na cidade do seu destino final.

A variante Ômicron continua a se espalhar pelo mundo. Com novos casos confirmados por Austrália, Dinamarca e Holanda, neste domingo (28), a nova cepa do coronavírus já foi identificada em quatro continentes: Ásia, Europa, Oceania e África (onde o primeiro caso foi detectado). Mais de dez países já confirmaram casos de Covid-19 causados pela nova variante - e outros casos suspeitos seguem em análise.

O governo holandês anunciou neste domingo a confirmação de 13 casos de Covid-19 relacionados à Ômicron no país. Todos os casos envolvem passageiros de dois voos que partiram da África do Sul e chegaram em Amsterdã na sexta-feira (26), quando mais de 600 passageiros foram testados e 61 casos positivos de Covid-19 foram detectados.

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"Não é improvável que mais casos apareçam na Holanda", disse o ministro da Saúde da Holanda, Hugo de Jonge. "Isso pode ser a ponta do iceberg".

Também neste domingo, autoridades de Austrália e Dinamarca confirmaram a identificação de dois casos da Ômicron cada. Nos quatro casos, os infectados foram pessoas que chegaram ao país em voos provenientes do sul da África. Nos casos australianos, os dois passageiros foram testados em Nova Gales do Sul, o Estado mais populoso do país. Ambos estavam assintomáticos e haviam sido vacinados contra a Covid-19.

Em um comunicado, o departamento de saúde de Nova Gales do Sul afirmou outros 12 passageiros de voos vindos do sul do continente africanos também terão que cumprir uma quarentena de 14 dias em um hotel, enquanto outros 260 passageiros e tripulantes dos voos receberam a recomendação de manterem um autoisolamento.

Até o momento, casos da nova variante foram detectados na África do Sul, Reino Unido, Alemanha, Itália, Holanda, Dinamarca, Bélgica, Botsuana, Israel, Austrália e Hong Kong. A Áustria analisa um caso suspeito, enquanto o ministro da Saúde da França, Olivier Veran, admitiu que a cepa já deve estar em circulação no território francês.

Restrições

Estados Unidos, Brasil, Canadá, países da União Europeia, Austrália, Japão, Coréia do Sul, Indonésia, Arábia Saudita e Tailândia impuseram restrições de viagens vindas da África do Sul, onde a Ômicron possivelmente teve origem.

Na noite de sábado, 27, Israel anunciou a proibição de entrada de estrangeiros e a reintrodução da tecnologia de rastreamento de contato por aplicativo no celular para conter a propagação da variante.

O primeiro-ministro israelesnse, Naftali Bennett, disse que a proibição deve durar, a princípio, 14 dias. As autoridades de saúde de Israel esperam que dentro desse período haja mais informações sobre a eficácia das vacinas contra a Ômicron .

No Reino Unido, onde dois casos vinculados à variante foram identificados, o governo anunciou medidas para tentar conter a propagação, incluindo aplicação de testes para pessoas que chegam ao país e a exigência do uso de máscaras em alguns ambientes.

O ministro da Saúde britânico, Sajid Javid, afirmou que espera receber orientação em breve a respeito de uma possível ampliação no programa de vacinação para as pessoas já totalmente imunizadas, a fim de enfraquecer o impacto da variante.

A descoberta da Ômicron na semana passada, pela Organização Mundial da Saúde, gerou preocupações em todo o mundo de que a nova cepa poderia ser mais resistente à vacina e prolongar a pandemia de coronavírus ao redor do mundo.

Há suspeita de que a variante é potencialmente mais contagiosa do que as outras cepas, embora ainda não se saiba se ela causa sintomas mais ou menos graves em comparação às demais.

(Com agências internacionais)

A variante omicron do coronavírus, descoberta por pesquisadores sul-africanos, é rara e possui um elevado número de mutações, o que a tornaria altamente transmissível.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) falou na sexta-feira sobre uma variante "preocupante", que gerou pânico global e restrições aos voos internacionais.

Os cientistas trabalham 24 horas por dia para analisá-lo e tentar entender seu comportamento. É o que se sabe a partir dos elementos compartilhados por cientistas sul-africanos.

- Origens -

A origem desta nova cepa é atualmente desconhecida, mas os pesquisadores sul-africanos foram os primeiros a anunciar sua descoberta em 25 de novembro. Casos foram relatados naquele dia em Hong Kong e Botswana. Um dia depois, foi a vez de Israel e da Bélgica.

- Mutações -

Em 23 de novembro, os pesquisadores descobriram uma nova variante com uma "constelação muito incomum de mutações". Alguns conhecidos, muitos novos.

Tem "o maior número de mutações que vimos até agora", explica à AFP, Mosa Moshabela, professor encarregado de pesquisa e inovação da Universidade de KwaZulu-Natal (sudeste da África do Sul). "Alguns já foram vistos em delta e beta, mas outros são desconhecidos ... e não sabemos como essa combinação de mutações ficará."

Na proteína espícula, chave para a entrada do vírus no corpo, os pesquisadores observaram mais de 30 mutações, um elemento importante se comparado a outras variantes perigosas.

- Transmissão -

A velocidade com que novos casos diários de covid-19 estão aumentando na África do Sul, muitos relacionados ao omicron, sugere que isso se deve à forte capacidade de transmissão da cepa.

A taxa diária positiva para o coronavírus aumentou rapidamente nesta semana, de 3,6% na quarta-feira, para 6,5% na quinta-feira e para 9,1% na sexta-feira, de acordo com dados oficiais.

“Algumas das mutações que vimos no passado permitiram que o vírus se propagasse com mais rapidez e facilidade. Por isso, suspeitamos que essa nova variante se espalhe muito rapidamente”, explica o professor Moshabela.

- Imunidade e vacinas -

A julgar por alguns casos de reinfecções, "muito mais numerosas do que nas ondas anteriores" da pandemia, pode-se pensar que a variante prevalece sobre a imunidade, diz Moshabela com base nos primeiros dados disponíveis.

Isso poderia reduzir a eficácia das vacinas, a um grau que ainda não foi determinado.

- Gravidade da doença -

É o grande desconhecido. Passou-se menos de uma semana desde que a variante foi detectada, deixando muito pouco tempo para determinar clinicamente a gravidade dos casos.

A Holanda anunciou neste sábado (27) que está analisando se 61 pessoas procedentes da África do Sul que deram positivo à Covid-19 estão afetadas pela nova variante omicron, que está provocando o isolamento mundial do sul da África, cujos líderes lamentaram estarem sendo "castigados".

Além disso, na Alemanha as autoridades informaram que já existe um possível primeiro caso dessa variante nova e muito contagiosa, em uma pessoa que retornava da África do Sul. Seria o segundo país europeu a confirmar a presença da omicron em seu território, depois da Bélgica.

Na sexta-feira, o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) afirmou que o risco de que a nova variante da covid-19 se espalhe pela Europa é "de alto a muito alto".

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que essa variante é "preocupante" assim como a atualmente dominante delta e as detectadas anteriormente, alfa, beta e gama.

Segundo as autoridades de saúde holandesas, os 61 passageiros que deram positivo viajaram em dois aviões procedentes da África do Sul, nos quais havia outros 531 passageiros que deram negativo. Por enquanto, estão em quarentena em um hotel nos arredores do aeroporto de Amsterdã.

"Os resultados positivos serão examinados rapidamente para ver se estão relacionados com a nova e preocupante variante", explicaram.

Na Alemanha, o ministro para Assuntos Sociais da região de Hesse (oeste), Kai Klose, disse que é "muito possível que a variante omicron tenha chegado" ao país, já que os testes realizados na sexta-feira com este viajante revelaram "várias mutações típicas da omicron".

"Essa pessoa foi isolada em seu domicílio devido a esses grandes indícios. O sequenciamento ainda não foi concluído", acrescentou.

- "Castigados" -

Também na República Tcheca, o primeiro-ministro Andrej Babis disse que estão estudando o caso suspeito de uma mulher que deu positivo ao chegar ao país após ter passado por Namíbia e viajado para a República Tcheca via África do Sul e Dubai.

A nova mutação fue notificada pela primeira vez pela África do Sul em 24 de novembro. Desde sexta-feira, cada vez mais países suspendem as viagens com a África do Sul, Zimbábue, Namíbia, Lesoto, Essuatini (ou Suazilândia), Moçambique e, em alguns casos, Malawi.

Neste sábado, o governo sul-africano se disse "castigado" por ter detectado a nova variante e lamentou que sua excelência científica por tê-la descoberto acabe penalizando o país.

"Essas proibições de viagem castigam a África do Sul pela sua capacidade avançada no sequenciamento de genomas e em detectar mais rapidamente as novas variantes. A excelência científica deveria ser aplaudida e não castigada", disse o governo em um comunicado.

"Vemos também que há novas variantes detectadas em outros países. Nenhum desses casos tem relação recente com o sul da África. E a reação com esses países é radicalmente diferente da gerada pelos casos no sul da África", lamentou o ministério das Relações Exteriores neste comunicado.

Na sexta-feira, a OMS disse que poderia levar várias semanas para determinar se a nova variante provoca mudanças na transmissibilidade ou gravidade da covid-19, assim como na eficácia das vacinas, e alertou contra a imposição de restrições de viagens enquanto a evidência científica é escassa.

- Novas vacinas ou mais vacinas? -

Os laboratórios Pfizer/BioNTech informaram que estão estudando urgentemente a eficácia de sua vacina contra essa nova variante e que teriam dados "em duas semanas no mais tardar".

Neste sábado, o cientista britânico que liderou as pesquisas sobre a vacina Oxford/AstraZeneca contra o coronavírus, Andrew Pollard, afirmou que é possível criar uma nova contra a variante omicron "muito rápido".

O professor considerou que é "altamente improvável" que esta nova variante se propague com força entre a população já vacinada.

O coronavírus deixa mais de 5,18 milhões de mortos em todo o mundo desde sua aparição na China no final de 2019, embora a OMS estime que os números reais possam ser muito maiores.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que a nova variante deve incentivar o resto do mundo a doar mais vacinas às nações mais pobres, destacando que seu país "já doou mais vacinas para outros países que todos os demais países juntos" e "é hora" de se igualar à sua "generosidade".

Cerca de 54% da população mundial recebeu ao menos uma dose da vacina anticovid, mas nos países de baixa renda essa proporção é de apenas 5,6%, segundo o portal Our World in Data.

O ministério da Saúde de Israel anunciou nesta sexta-feira (26) a detecção de um caso da nova variante de Covid-19 descoberta na África do Sul e que, segundo os cientistas, se propaga rapidamente.

"A variante descoberta nos Estados do sul da África foi identificada em Israel. Trata-se de uma pessoa que veio de Malauí", afirmou o ministério, que teme outros dois casos de pessoas que chegaram do exterior e já estão confinadas.

As três pessoas já estavam vacinadas contra o coronavírus, informou o ministério em um comunicado.

O primeiro-ministro Naftali Bennett convocou uma reunião de emergência com autoridades da área da saúde para examinar a situação e os riscos.

O governo israelense incluiu em sua lista vermelha sanitária África do Sul, Lesoto, Botsuana, Zimbábue, Moçambique, Namíbia e Eswatini (ex-Suazilândia) após o anúncio da descoberta da nova variante.

A variante é identificada como B.1.1.529 e parece ser muito contagiosa, de acordo com cientistas sul-africanos. Não se sabe se as vacinas que estão sendo aplicadas são eficazes contra a nova cepa.

Potencialmente muito contagiosa e com múltiplas mutações, uma nova variante da Covid-19 foi detectada na África do Sul, que vê sinais de uma nova onda da pandemia, anunciaram cientistas sul-africanos nesta quinta-feira (25).

A variante B.1.1.529 apresenta um número "extremamente alto" de mutações e "podemos ver que tem potencial para se espalhar muito rapidamente", anunciou o virologista Túlio de Oliveira em entrevista coletiva online supervisionada pelo ministério da Saúde.

Sua equipe do instituto de pesquisa KRISP, vinculado à Universidade de Kwazulu-Natal, foi a que descobriu a variante beta altamente contagiosa no ano passado.

As mutações do vírus inicial podem potencialmente torná-lo mais transmissível a ponto de torná-lo dominante: foi o caso da variante delta, registrada inicialmente na Índia e que, segundo a OMS, reduziu a eficácia das vacinas em termos de transmissão do vírus para 40%.

Neste momento, os cientistas sul-africanos não têm certeza da eficácia das vacinas anticovid existentes contra a nova forma do vírus.

"O que nos preocupa é que esta variante pode não só ter uma capacidade de transmissão aumentada, mas também ser capaz de contornar partes do nosso sistema imunológico", disse outro pesquisador, o professor Richard Lessells.

Até o momento, foram registrados 22 casos, afetando principalmente jovens, de acordo com o Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis (NICD). Também foram relatados casos nos vizinhos Botswana e Hong Kong, em uma pessoa que voltava de uma viagem à África do Sul.

- Séria ameaça -

"O número de casos detectados e a porcentagem de testes positivos estão aumentando rapidamente", confirmou o NICD em um comunicado, particularmente na província mais populosa de Gauteng, que inclui Pretória e Johannesburgo.

As estruturas de saúde devem esperar uma nova onda de pacientes nos próximos dias ou semanas, alertaram os cientistas.

A África do Sul, oficialmente o país mais afetado pelo vírus no continente, registra um novo aumento na contaminação nas últimas semanas.

Atribuída primeiramente à variante delta, a nova variante está na origem desse aumento "exponencial" e representa "uma grande ameaça", segundo o ministro da Saúde, Joe Phaahla.

O surgimento desta nova cepa "reforça o fato de que este inimigo invisível com o qual lidamos é muito imprevisível", acrescentou.

A África do Sul tem quase 2,9 milhões de casos e 89.600 mortes. Mais de 1.200 casos novos em 24 horas foram registrados na quarta-feira, contra cem no início do mês.

As autoridades temem uma nova onda de pandemia até o final do ano.

Globalmente, a Europa voltou a ser o epicentro da pandemia. A Áustria impôs recentemente um novo confinamento, a França anunciou um reforço das medidas sanitárias enquanto a Alemanha ultrapassou as 100.000 mortes.

O coronavírus já matou mais de 5,16 milhões de pessoas em todo o mundo desde seu aparecimento na China no final de 2019.

A OMS estima que, considerando o excesso de mortalidade direta e indiretamente ligado à covid-19, o número de vítimas da pandemia pode ser de duas a três vezes superior.

A variante delta do coronavírus, altamente contagiosa, reduziu a eficácia das vacinas contra a transmissão da doença para 40%, disse nesta quarta-feira (24) o chefe da OMS, pedindo às pessoas que continuem usando máscaras e respeitando as medidas de distanciamento.

"As vacinas salvam vidas, mas não evitam totalmente a transmissão da covid-19", explicou Tedros Adhanom Ghebreyesus em uma coletiva de imprensa regular sobre a pandemia, que está devastando a Europa.

“Há dados que sugerem que antes da chegada da variante delta, as vacinas reduziam a transmissão em 60%, mas, com o surgimento dessa variante, caiu para 40%”, observou.

“Em muitos países e comunidades, tememos que haja um equívoco de que as vacinas acabaram com a pandemia e que as pessoas vacinadas não precisam mais tomar mais precauções”, acrescentou.

Uma nova rodada do sequenciamento genético de amostras da Covid-19, realizada pelo Instituto Aggeu Magalhães em amostras de pacientes positivos para a Covid-19, confirma que a Variante Delta continua predominando em Pernambuco, com prevalência superior a 98%. 

Ao todo, de 126 genomas com qualidade para a análise, 124 (98,5%) apresentavam a linhagem e sublinhagens Delta. Apenas em dois deles (1,5%) foi constatada a variante Gamma.

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"Este é um dado que só corrobora com a necessidade da vacinação completa com as duas doses. Inclusive, agora da vacina da Janssen", afirmou o secretário Estadual de Saúde, André Longo, durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (18).

O secretário reforça que estudos apontam que a vacina da Janssen tem eficácia limitada no combate à variante Delta e, por isso, a necessidade da aplicação de uma nova dose desse imunizante que era aplicado como dose única. 

Para isso, Pernambuco está aguardando que mais doses da Janssen sejam enviadas pelo Ministério da Saúde para iniciar a aplicação da segunda dose do imunizante nos 173 mil pernambucanos vacinados com o insumo produzido pela Johnson & Johnson.

Terceira dose

O secretário Estadual de Saúde assevera que existem muitos pernambucanos que ainda não completaram o esquema vacinal. "Para alcançarmos a dose de reforço, temos antes que tomar a segunda dose, já que sem ela não há como falar nesse reforço. Ainda temos 593 mil pernambucanos que estão com a segunda dose atrasada", salienta André Longo.

O secretário bem lembra que essas pessoas estão colocando as suas vidas em risco, podendo se contaminar e ter um quadro grave. 

"Por isso, reforço o meu apelo para que todos se engajem nesse processo de vacinação. É fundamental o compromisso de cada um, de toda a sociedade pernambucana, para que tenhamos uma melhor cobertura vacinal em nosso Estado. As vacinas são as principais aliadas de cada um na proteção da nossa própria vida", pontua.

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