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Um brasileiro de 26 anos foi preso na noite de segunda-feira, 27, em um aeroporto de Lisboa, em Portugal, transportando uma mala com carne humana, de acordo com informações do jornal português Correio da Manhã. Trata-se do mineiro Begoleã Fernandes, que tinha acabado de chegar em Lisboa de um voo proveniente de Amsterdã, na Holanda, e iria embarcar em outro avião com destino a Belo Horizonte, Minas Gerais, no Brasil, ainda na tarde de segunda-feira.

Antes disso, ele foi detido pelos inspetores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), do país europeu, que averiguaram que seu passaporte e visto de residência italiano eram falsificados. No sistema do aeroporto, descobriram ainda que já havia um pedido de detenção por homicídio emitido pela polícia da Holanda, assim como a suspeita de canibalismo.

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Em sua bagagem, ainda de acordo com o periódico português, havia uma caixa de plástico com diversos pedaços de carne humana. No entanto, de acordo com as análises, a carne humana não pertence a Alan Lopes, homem de 26 anos que teria sido morto por Fernandes, em Amsterdã, no domingo, 26.

Ainda de acordo com informações publicadas pelo Correio da Manhã nesta quinta-feira, 2, Fernandes enviou mensagens à família e amigos da vítima horas depois de ter cometido o crime.

Nos áudios gravados, o brasileiro justificou que estava se defendendo depois de o amigo, também brasileiro, ter dito que ele era canibal e que iria comê-lo em um churrasco na tarde de domingo.

Procurados, o Itamaraty e a Embaixada dos Países Baixos em Brasília não se pronunciaram.

Um homem de 40 anos foi preso nesta semana pelo Departamento Federal de Investigação dos Estados Unidos (FBI) depois de tentar carregar explosivos em uma mala que despachou para um voo doméstico no Aeroporto Internacional de Lehigh Valley, na Pensilvânia, informaram as autoridades norte-americanas nessa quarta-feira.

O explosivo foi descoberto na segunda-feira pelos agentes da Transportation Security Administration (TSA) depois que a bagagem do homem disparou um alarme no aeroporto.

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"O dispositivo foi detectado durante uma verificação de rotina da bagagem de porão", disse a TSA em um comunicado.

O suspeito, identificado como Mark Muffley, planejava pegar um avião para Orlando, na Flórida, mas deixou o aeroporto após ser chamado pelo escritório de segurança. Horas depois, ainda na segunda-feira, ele foi preso em sua casa.

Durante a inspeção no aeroporto, os agentes encontraram dentro da mala um objeto circular de "três polegadas" (7cm) de diâmetro escondido no forro.

Ao examinar o dispositivo, a Polícia Federal determinou que se tratava de um explosivo em pó, semelhante ao usado em fogos de artifício, de acordo com a denúncia judicial.

O objeto tinha dois tipos de pavio acoplados, um para agir em curto e outro para fazê-lo de forma retardada.

Também na bagagem havia butano, um gás combustível, um isqueiro, duas tomadas elétricas coladas, uma furadeira sem fio e um tubo com resíduo de pó branco, disse o FBI.

Agora, o norte-americano, que continua preso, enfrenta duas acusações de tentativa de contrabandear explosivos para um avião, o que pode levar a uma pena de pelo menos 10 anos de prisão. COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O Conselho Federal de Medicina (CFM) pediu à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que suspenda a obrigatoriedade do uso de máscaras em aeroportos e aeronaves como forma de prevenção à covid-19. Para fazer o pedido, o CFM se baseou em uma revisão de estudos internacionais publicada na "Cochrane Library", cuja principal conclusão é de que a proteção facial não teria impacto significativo. Cientistas apontam fragilidades do estudo e questionam resultados. A Anvisa discute a questão em reunião na manhã desta quarta-feira, 1.

Publicado em 30 de janeiro, o estudo avaliou a eficácia da máscara na prevenção de doenças respiratórias - entre elas a covid-19. O trabalho revisa dados de outros 12 estudos e é assinado por pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido. A principal conclusão da revisão é que a máscara faz "pouca ou nenhuma diferença" como política de saúde pública destinada a evitar a disseminação de vírus respiratórios. O estudo reascendeu a polêmica que já havia provocado intensos debates no início da pandemia.

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Um artigo de opinião assinado pelo jornalista conservador Bret Stephens e publicado no New York Times na semana passada jogou gasolina no já acalorado debate:

"(...) Quando se trata dos benefícios do uso de máscara em nível populacional, o veredito é: o uso obrigatório foi um fracasso", escreveu Stephens. "Os céticos que foram furiosamente ridicularizados e ocasionalmente censurados como ‘desinformantes’ estavam certos. Os principais especialistas que incentivaram as máscaras estavam errados. Em um mundo melhor, caberia a este último grupo reconhecer o erro, juntamente com seus consideráveis custos físicos, psicológicos, pedagógicos e políticos."

Antes mesmo de o artigo de Stephens ser publicado, o CFM já havia elencado o estudo de Oxford (entre outros trabalhos) no ofício enviado à Anvisa, datado de 13 de fevereiro:

"Ao final, conclui-se que, diferentemente do que ocorre no contexto de profissionais de saúde em ambientes hospitalares usando equipamentos de alto nível, não há justificativa científica para a recomendação ou obrigatoriedade do uso de máscaras pela população em geral como política pública de combate à pandemia de covid-19."

Pesquisadores brasileiros ouvidos pelo Estadão, no entanto, apontam falhas na revisão da Cochrane que podem ter enviesado os resultados e defendem a continuação da obrigatoriedade do uso de máscaras em aviões e aeroportos.

Os cientistas dizem que os britânicos compararam situações e momentos diferentes (em muitos casos não havia circulação significativa do vírus, por exemplo) e que não houve um controle por exemplo sobre como as máscaras teriam sido usadas.

"Foi uma infelicidade da Cochrane misturar uma revisão sistemática com uma meta-análise; fica uma salada, analisaram situações e momentos diferentes", afirmou a pneumologista da Fiocruz Margareth Dalcolmo, uma das maiores especialistas do País em covid-19. "Tirar desse estudo a conclusão de que uma barreira mecânica não protege contra uma doença viral de transmissão respiratória é uma estupidez completa."

O infectologista Júlio Croda, também da Fiocruz, outro expoente do combate à covid-19 no País, concorda com a colega. Croda explicou que todos os estudos incluídos na revisão são ensaios clínicos individuais.

"Muitos profissionais de saúde acreditam que os ensaios clínicos geram as evidências mais robustas para qualquer tipo de pergunta científica, o que não é necessariamente verdade", afirmou o especialista. "E essa dificuldade de entendimento sobre a qualidade das evidências atrapalha a compreensão das limitações de cada estudo."

Nos estudos analisados, o uso da máscara é uma recomendação.

"Ou seja, não temos como checar se as pessoas realmente usaram a máscara, se usaram durante todo o tempo, se usaram da forma correta como recomendado", ponderou.

"Por isso, os estudos clínicos de comunidade são os mais adequados para este tipo de avaliação. Nestes estudos, usamos comunidades semelhantes (nível econômico, educacional), como cidades, bairros ou aldeias. Em algumas fazemos campanhas educativas e distribuímos máscaras. Em outras, não. Como são comunidades semelhantes e a única coisa diferente foi a sua intervenção, é possível medir o efeito dessa intervenção."

De acordo com as orientações gerais da Organização Mundial de Saúde (OMS), revisadas no último mês, as máscaras são recomendadas para "qualquer pessoa em espaço lotado, fechado ou mal ventilado".

"Vale lembrar que a OMS não declarou ainda o fim da pandemia. É pouco provável que tenha outra onda, mas não é impossível. O vírus continua circulando", afirmou Margareth Dalcolmo. "Ainda que os aviões tenham filtros de ar novos, eu defendo o uso de máscara. Se houver um portador de vírus de transmissão respiratória, a chance de contágio é muito grande."

A Anvisa decide nesta quarta-feira se mantém a obrigatoriedade em reunião da diretoria colegiada.

Em nota enviada à imprensa por ocasião do recebimento do ofício do CFM, portanto antes do feriado do carnaval, a Anvisa informou que "pauta suas decisões nas melhores evidências científicas e está alinhada a organismos nacionais e internacionais de referência como o Ministério da Saúde, a OMS e a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas)."

A agência reforçou ainda que "há circulação do coronavírus no País, o que pode levar ao aparecimento de novas variantes de preocupação."

Também por nota, o CFM esclareceu que "não se posicionou contra as máscaras".

"O CFM apenas compartilhou com a Anvisa, por meio de ofício, o resultado de levantamento feito por pesquisadores sobre estudos relacionados à eficácia do uso de máscaras em aeronaves. O envio teve como objetivo contribuir com reflexão sobre o tema no âmbito daquela autarquia, em especial no que se refere ao trânsito de passageiros e tripulantes na aviação. No Brasil, chama a atenção o fato das máscaras serem obrigatórias apenas nos aeroportos e aviões, enquanto não são cobradas em outros ambientes, como shows e outras aglomerações. Diante disso, entende-se que cabe à agência avaliar os documentos e tomar medidas com base nas evidências arroladas, caso as considere pertinentes."

Michelle Bolsonaro desembarcou em Brasília, na noite dessa quinta-feira (26), sem Jair Bolsonaro. O ex-presidente não tem data prevista para retornar ao Brasil, mas seu visto de permanência nos Estados Unidos expira na segunda (30).

Acompanhada por um segurança, a ex-primeira-dama deixou o Aeroporto de Brasília por volta das 19h50, segundo o G1. Após passar quase um mês em Orlando, ela desembarcou no Brasil com casaco, máscara e boné para não ser identificada.

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Michelle e o marido chegaram nos Estados Unidos no dia 30 de dezembro do ano passado. Nos dias fora do país, Bolsonaro acompanhou a invasão de seus apoiadores ao Distrito Federal e deu entrada em um hospital no dia seguinte.

Os primeiros escândalos da gestão passada, como os gastos com cartão corporativo, a falta de assistência e a desnutrição do povo yanomâmi e o vencimento de milhares de vacinas contra a Covid-19, também foram revelados enquanto Bolsonaro está longe do Brasil.

O incêndio que atinge um terminal de cargas do Aeroporto Internacional Tom Jobim Galeão, na Ilha do Governador, na zona norte do Rio, não provocou impactos nas operações de pousos e decolagens nem na movimentação de cargas de importação e exportação, informou nesta quarta, 18, a RIOgaleão, concessionária responsável pela operação do terminal. Tampouco há registro de vítimas, informou a concessionária.

"O RIOgaleão informa que a brigada do aeroporto atua em conjunto com o Corpo de Bombeiros para combater um incêndio em um módulo de um galpão, localizado próximo ao Terminal de Cargas. Por medida de segurança, a área foi isolada", diz uma nota divulgada pela RIOgaleão, que é controlada pela Changi, operadora aeroportuária de Cingapura.

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O Corpo de Bombeiros do Rio foi acionado às 13h46 para conter o incêndio. Embora não haja registros de feridos, a coluna de fumaça provocada pelo fogo chamou a atenção no entorno do terminal.

 Na tarde desta quarta-feira (18), o Corpo de Bombeiros foi acionado para conter um incêndio em um galpão no terminal de cargas do Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), localizado na Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Apesar da grande quantidade de fumaça preta no local, não há relatos de feridos.

Na tentativa de debelar as chamas, nove quartéis do Corpo de Bombeiros foram envolvidos na ocorrência: Ilha do Governador, Grajaú, São Cristóvão, Central, Irajá, Nova Iguaçu, Penha, Catete e Tijuca. Pelas redes sociais, usuários relatam conseguir ver o incêndio de diversas partes da cidade.

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Em razão da grande quantidade de fumaça na área, o Centro de Operações Rio (COR) recomenda que motoristas tenham cuidado ao trafegar na Linha Vermelha. De acordo com o jornal carioca Extra, não há aviões estacionados nas proximidades do incêndio.

Réu por tentativa de explosão de uma bomba próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília, o blogueiro bolsonarista Wellington Macedo de Souza teve uma trajetória movimentada nos últimos quatro anos: em 2019, ocupou cargo comissionado com remuneração de R$ 10.373,30 no Ministério chefiado pela hoje senadora Damares Alves; em 2020, recebeu quatro parcelas de R$ 600 do auxílio emergencial; em 2021, foi preso pela Polícia Federal pela divulgação de 'ato violento e antidemocrático'; e em 2022 concorreu a um cargo na Câmara dos Deputados pelo PTB.

Já na última terça-feira, 20, Wellington Macedo De Souza se tornou alvo de uma ação penal por crime de explosão, ao lado de Alan Diego dos Santos Rodrigues e Washington de Oliveira Sousa - que chegou a ser preso e confessou a montagem da bomba. Segundo o depoimento de Washington, Alan teria sido o responsável por levar a bomba até a Estrada Parque Aeroporto, onde o artefato foi encontrado pela Polícia Militar do Distrito Federal.

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Wellington Macedo De Souza foi assessor da Diretoria de Promoção e Fortalecimento dos Direitos da Criança e do Adolescente no Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos na gestão Damares Alves. O cargo ocupado pelo bolsonarista tem o código código DAS 102.4, correspondendo a um dos níveis mais altos no Grupo-Direção e Assessoramento Superiores. Segundo a tabela de remuneração de cargos comissionados do governo federal, a remuneração para tal cargo é de R$ 10.373,30.

No Portal da Transparência, é possível observar que o ex-servidor do governo Jair Bolsonaro recebeu, além dos salários, cerca de R$ 24 mil em pagamentos do Executivo federal, entre eles indenizações após a exoneração e pagamentos de diárias. O mesmo site indica ainda que, meses depois de deixar o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, o blogueiro passou a receber auxílio emergencial - quatro parcelas de R$ 600, pagas em maio, junho, julho e setembro de 2020.

Em setembro de 2021, Wellington Macedo De Souza foi preso pela Polícia Federal no inquérito aberto para investigar a organização de manifestações violentas no feriado de 7 de Setembro. Foi no bojo de tal inquérito que o ministro Alexandre de Moraes determinou, na última semana, medidas contra os atos golpistas registrados no último dia 8 em Brasília.

À época, ele foi apontado pela PGR como um dos responsáveis pela divulgação de 'ato violento e antidemocrático' previsto para o feriado. Uma de suas postagens no Twitter, na ocasião, registrava, em provável referência ao golpe militar de 1964: "Após 57 anos, serão derrotados os que se achavam donos do poder. Poder o povo dá. Poder o povo tira, só o povo é o poder."

Um ano depois, o blogueiro concorreu a uma vaga na Câmara dos Deputados, mas acabou derrotado. Nas redes sociais, onde se apresenta como coordenador nacional da Marcha da Família, ele pedia votos exibindo uma tornozeleira eletrônica - medida imposta pelo ministro Alexandre de Moraes, em substituição ao decreto de prisão no inquérito dos atos antidemocráticos.

COM A PALAVRA, WELLINGTON MACEDO DE SOUZA

Até a publicação deste texto, a reportagem buscou contato com o réu, mas sem sucesso. O espaço está aberto para manifestações.

O juiz Osvaldo Tovani, da 8.ª Vara Criminal de Brasília, tornou réus Alan Diego dos Santos Rodrigues, Wellington Macedo de Souza e George Washington de Oliveira Sousa pela tentativa de explosão de uma bomba perto do Aeroporto Internacional de Brasília.

George Washington foi preso e confessou a montagem do explosivo. A ideia era colocá-lo em um caminhão de combustíveis.

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Apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, ele disse à Polícia Civil que a ação, frustrada, era um "plano com manifestantes (acampados no entorno) do Quartel-General do Exército para provocar decretação de estado de sítio e impedir a instauração do comunismo no Brasil".

Na terça-feira passada, Tovani considerou que a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios apresentava "justa causa".

Na sexta-feira, ele acolheu o pedido e tirou o sigilo do processo, que foi registrado como "crimes do sistema nacional de armas", com indicação de "motivação político-partidária".

O trio foi indiciado por crime de explosão, com pena de 3 a 6 anos de prisão. A investigação começou no dia 24 de dezembro.

Procuradas, as defesas dos réus não foram localizadas até o fechamento da edição de domingo do jornal O Estado de S. Paulo.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, agradeceu o ministro da Justiça, Flávio Dino, por ter colocado a Polícia Federal (PF) à disposição para investigar ataques e ameaças aos membros da Corte.

No ofício enviado a Dino, a presidente do STF afirma que a mensagem será transmitida aos demais ministros do tribunal.

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O gesto do ministro da Justiça aconteceu depois que o ministro Luís Roberto Barroso, vice-presidente do STF, foi hostilizado em um aeroporto nos Estados Unidos.

Em novembro, quando uma comitiva de ministros do STF viajou a Nova York para participar de um evento organizado pelo ex-governador de São Paulo, João Doria, bolsonaristas chegaram a cercar o hotel em que eles estavam hospedados.

Dino chamou de "extremistas antidemocráticos" os manifestantes que "perseguem" ministros do STF.

Em seu discurso de posse, o ministro da Justiça já havia indicado uma mudança de tom em relação ao STF. O tribunal se tornou um dos alvos preferenciais do bolsonarismo durante o mandato do presidente Jair Bolsonaro (PL). O novo governo pretende uma reaproximação com o tribunal.

"Ficaram no passado as palavras acintosas, agressões e tentativas de intimidação do Poder Judiciário, substituídas por harmonia e diálogo", disse Dino.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, voltou a ser hostilizado, na segunda-feira (2), ao embarcar no Aeroporto Internacional de Miami em direção ao Brasil. Os manifestantes vaiaram e xingaram o ministro e entoaram o coro "sai do voo".

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Barroso, no entanto, embarcou e já chegou ao Brasil.

Em nota, o magistrado classificou o episódio como uma "mistura de ódio, ignorância, espírito antidemocrático e falta de educação".

"O Brasil adoeceu. Espero que consigamos curá-lo e que uma luz espiritual ilumine essas pessoas", afirmou o ministro.

Barroso tem sido alvo frequente de ataques bolsonaristas. Em Nova York, ao rebater um manifestante que o questionou sobre o código-fonte das urnas eletrônicas, o ministro disse: "perdeu mané, não amola".

O magistrado também foi hostilizado em restaurante em Porto Belo (SC), onde jantava com amigos.

O Aeroporto Internacional de Brasília receberá reforço policial em operação integrada entre as polícias Militar, Civil e Federal para a posse presidencial, que ocorre no domingo (1º), informa a Inframerica, concessionária que administra o terminal, em comunicado à imprensa. Segundo a empresa, as equipes terão efetivo fixo 24 horas no aeroporto e o Detran também auxiliará na fiscalização dos veículos na região.

Entre sexta-feira (30) e segunda-feira (2), a Inframerica diz esperar movimento de 150 mil pessoas entre embarques e desembarques na capital federal, com 1.050 pousos e decolagens.

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"A Inframerica também intensificará a atuação de suas equipes privadas de vigilância em todo o terminal aéreo. Além disso, o Centro de Controle Operacional do Aeroporto dará o apoio para os órgãos policiais acompanhando toda a movimentação por videomonitoramento. A concessionária mantém uma cooperação estreita com as autoridades de segurança pública locais e federais", diz o comunicado.

"Já o Itamaraty é responsável pela recepção das delegações estrangeiras que virão para a posse presidencial. O órgão fará os receptivos das autoridades de forma coordenada com a Inframerica. A Base Aérea de Brasília também está alinhada com a concessionária para as tratativas dos chefes de Estado que desembarcarão na área militar", completa.

Pelo menos seis pessoas tiveram participação na tentativa de praticar um ato terrorista na capital federal para tentar provocar "caos" e impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Preso pela Polícia Civil no último dia 24, George Washington de Oliveira Sousa, de 54 anos, detalhou como foi planejada a ação que resultou na instalação de uma bomba próxima a um caminhão de combustível no aeroporto de Brasília. O artefato não explodiu.

Gerente de um posto de gasolina no interior do Pará, Sousa revelou que, além dele, outros quatro homens e uma mulher sabiam da fabricação da bomba. Segundo ele, a ideia de provocar uma explosão surgiu no dia 23, no acampamento de extremistas na frente do Quartel General do Exército. Uma "mulher desconhecida" teria sugerido aos manifestantes que fosse instalada uma bomba na subestação de energia na cidade de Taguatinga, nos arredores de Brasília.

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Sousa contou que foi ao local da subestação numa picape Ranger branca de um dos manifestantes. Feito o reconhecimento, ele alega que o plano não avançou porque a tal mulher não teria providenciado um carro para a operação. Um homem de nome Alan teria se voluntariado para levar a bomba. Como teria sido constatado que havia dificuldade em instalar o explosivo na subestação, foi decidido que o alvo seriam postes de transmissão de energia próximos.

O gerente de posto de gasolina disse aos policiais que contou aos demais manifestantes que tinha explosivos. O material havia sido entregue a ele em Brasília por um fornecedor do Pará. "Eu disse aos manifestantes que tinha a dinamite, mas que precisava da espoleta e do detonador para fabricar a bomba", contou.

Segundo ele, ainda no dia 23, por volta das 11h30, "um manifestante desconhecido" que estava acampado no QG lhe entregou um controle remoto e quatro acionadores. "De posse dos dispositivos, eu fabriquei a bomba", admitiu, no depoimento. George Sousa alega que entregou o explosivo a Alan, com o pedido para que fosse levada à subestação de energia. Ele alega que só ficou sabendo pela TV que a bomba tinha sido levada ao aeroporto.

CAC

No mesmo depoimento, Sousa disse que se registrou como CAC (colecionador, atirador profissional ou caçador) para comprar armas. Ele alegou que veio para Brasília para protestar contra eleição de Lula e afirmou que, ao viajar de carro do Pará para Brasília, trouxe o arsenal apreendido pela Polícia no dia da prisão. Ele ainda contou que a ideia do atentado era de provocar um "caos" na capital, para estimular as Forças Armadas a intervir e decretar Estado de Sítio, impedindo a posse do presidente eleito - e já diplomado.

A tentativa de atentado provocou reação de integrantes do governo petista. O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, disse que o acampamento na frente do quartel é incubadora de terroristas.

Veja quem são os investigados:

- George Washington Sousa - gerente de posto de gasolina no Pará que confessou ter fabricado a bomba;

- Mulher do acampamento no QG do Exército - teria dado a ideia para explodir uma subestação de energia;

- Dono de Ranger branca - manifestante acampado no QG do Exército que levou George para vistoriar o local onde seria instalada a bomba;

- Homem do acampamento no QG do Exército - foi o fornecedor dos dispositivos de acionamento dos explosivos;

- Alan - acampado no QG do Exército e responsável por levar a bomba até o aeroporto de Brasília;

- Fornecedor dos explosivos - homem que trouxe a substância explosiva do Pará para Brasília.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) acionou o Senado para identificar quem autorizou a entrada do militante bolsonarista suspeito de terrorismo na Casa em 30 de novembro. No ofício enviado nesta segunda-feira (26) ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o parlamentar solicitou os nomes dos responsáveis pela audiência pública em que George Washington de Oliveira Sousa, de 54 anos, esteve presente.

Randolfe também pediu esclarecimentos sobre a possível presença de Sousa no gabinete de algum parlamentar no Senado após a audiência, que ocorreu em reunião extraordinária da Comissão de Transparência, Fiscalização e Controle da Casa, solicitada pelo senador Eduardo Girão (Podemos-CE), aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL). "Nas imagens também foi identificada a presença do segundo suspeito de terrorismo, Alan Diego dos Santos Rodrigues, 32, que seria cúmplice de George Oliveira", diz nota divulgada pela assessoria de Randolfe.

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"O Congresso Nacional, em hipótese alguma, pode ser abrigo para terroristas. Isso é um absurdo sem precedentes. Precisamos dar uma resposta ao povo e mostrar que a Casa de leis não é conivente, de forma alguma, com esses criminosos", declarou Randolfe. Como mostrou o Estadão/Broadcast, o parlamentar será o líder do novo governo Lula no Congresso a partir do ano que vem.

Desde o fim da eleição, apoiadores de Bolsonaro estão acampados em frente a instalações militares para pedir que as Forças Armadas impeçam a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Na noite de sábado (24), véspera de Natal, autoridades policiais prenderam Souza em flagrante, por atentado contra o Estado. Ele se diz gerente de posto de gasolina no Pará e confirmou que tem ligação com os acampamentos bolsonaristas.

Sousa confessou ter tentado explodir um caminhão de combustível perto do aeroporto da capital federal para provocar falta de energia e dar início, segundo ele, a um caos que levasse à decretação de um estado de sítio no País. Ele também planejava explodir uma bomba no estacionamento do aeroporto. A prisão do acusado foi convertida em preventiva pela Justiça comum do Distrito Federal, o que faz com que ele perca o direito de responder ao processo em liberdade, mesmo sem ter antecedentes criminais.

Nesta segunda-feira, 26, o Senado decidiu proibir a entrada de visitantes até a posse de Lula, em 1º de janeiro. A Secretaria de Polícia da Casa divulgou um comunicado em que cita a necessidade de reforço na segurança da Praça dos Três Poderes "diante dos últimos acontecimentos". Pelas regras do Senado, visitantes só podem entrar com autorização direta dos gabinetes, das comissões ou da Presidência.

As medidas adotadas, que valem durante toda a semana que antecede a posse, incluem a obrigatoriedade de servidores, funcionários terceirizados e prestadores de serviços passarem por raio X e detectores de metais antes de entrar nas dependências do Senado. Além de visitantes, também ficarão proibidos de acessar a Casa entregadores de alimentos e motoristas de aplicativos. As entregas e os desembarques de passageiros deverão ser feitos na área externa do Congresso.

Também não será permitida a entrada de correntistas que não trabalhem no Senado nas agências bancárias localizadas na Casa. "Apenas senadores, servidores, profissionais terceirizados e estagiários poderão utilizá-las", diz o comunicado.

Mais cedo na segunda-feira, no Twitter, Pacheco disse que não há lugar no Brasil para atos análogos ao terrorismo. "As eleições se findaram com a escolha livre e consciente do presidente eleito que tomará posse no dia 1º de janeiro. O Brasil quer paz para seguir em frente e se tornar o país que todos nós desejamos!", escreveu.

O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou nesta segunda-feira, 26, que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não permitirá que se instale no País o que ele chamou de "terrorismo político". No sábado (24), um militante bolsonarista foi preso por plantar uma bomba nas imediações do aeroporto de Brasília. Dino avaliou que o homem não é um "lobo solitário" e prometeu que todas as "conexões" da tentativa de atentado serão investigadas.

Ele disse também que o novo governo vai desocupar os acampamentos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) em frente a quartéis, caso essa providência não seja tomada pelas atuais autoridades federais. "Não há dúvida, no governo eleito, inclusive com a orientação do presidente Lula, que a lei deve ser cumprida. Então, não se trata de uma escolha, não se trata de uma opção, se trata de uma imposição legal", disse.

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"Nós esperamos que nesta semana esse processo de ocupação ilegal em torno do Quartel General (do Exército) em Brasília cesse, ou seja, que a desocupação prossiga e, com isso, nós possamos ter um quadro de normalidade durante a posse", declarou, em entrevista à GloboNews.

Desde o fim da eleição, apoiadores de Jair Bolsonaro estão acampados em frente a instalações militares para pedir que as Forças Armadas impeçam a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Na noite de sábado, véspera de Natal, autoridades policiais prenderam em flagrante por atentado contra o Estado o gerente de posto de combustível George Washington de Oliveira Sousa, de 54 anos, que confessou ter tentado explodir um caminhão de combustível perto do aeroporto da capital federal para provocar falta de energia e dar início, segundo o próprio acusado, a um caos que levasse à decretação de um estado de sítio no País. Ele também planejava explodir uma bomba no estacionamento do aeroporto.

"Estamos esperando o que fará, exatamente, o (atual) ministro (da Justiça, Anderson Torres), a Polícia Federal até o dia 31. Mas é certo que nós temos, inclusive, conexão com aquele inquérito policial dos atos antidemocráticos que tramita no Supremo. Então, o enquadramento criminal deve ser revisto. A Polícia Civil do DF vai continuar com as apurações, segundo informações que nós obtivemos, tendo em vista essas conexões", afirmou Dino.

O futuro ministro da Justiça acredita que possa estar havendo omissões por parte das autoridades. "Nós temos indicações de que, no mínimo, há omissões de autoridades e agentes públicos federais. Isso é muito evidente e há fatos que autorizam essa minha afirmação", declarou.

Ao ser questionado sobre a postura de Bolsonaro, que ainda não se pronunciou sobre a tentativa de atentado, ele respondeu que a responsabilidade política do presidente está "obviamente configurada", mas que a responsabilidade jurídica ainda precisa ser esclarecida. Dino prometeu que todas as conexões do caso serão apuradas pelo futuro governo e voltou a criticar os decretos de Bolsonaro que facilitaram a obtenção de armas. "Nós não vamos permitir que esse terrorismo político se instale no Brasil", disse.

No domingo (25), Dino escreveu no Twitter que a tentativa de atentado perto do aeroporto de Brasília comprova que os acampamentos de apoiadores de Bolsonaro em frente a quartéis viraram "incubadoras de terroristas". O futuro ministro também informou que todos os procedimentos para a posse de Lula, em 1º de janeiro, serão reavaliados para fortalecer a segurança.

A Justiça comum do Distrito Federal converteu em preventiva a prisão de George Washington de Oliveira Sousa, 54, acusado de deixar um explosivo na manhã do sábado (24), na Estrada Parque Aeroporto, próximo do Aeroporto Internacional de Brasília. Com isso, mesmo sem antecedentes criminais no Distrito Federal, ele perde o direito de responder ao processo em liberdade.

A decisão foi assinada pela juíza Acácia Regina Soares de Sá, da 8ª Vara Criminal do Distrito Federal. Ela atendeu ao pedido do Ministério Público, feito pelo promotor de Justiça Arnaldo Dias Santos da Costa Carvalho. O vídeo da audiência de custódia foi juntado aos autos às 23h50 deste domingo (25).

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"Ainda que seja alegado pela defesa que o autuado possui bons antecedentes, verifico que o delito (trecho inaudível) foi de extrema gravidade em concreto, especialmente pela quantidade de munições apreendidas", argumentou a juíza. Ela também ponderou que a ausência de endereço fixo em Brasília é um obstáculo a que Sousa responda em liberdade.

De acordo com o promotor de Justiça, o acusado, que se apresentou como gerente de postos de gasolina no Pará, teria dito à Polícia que cogitou explodir estação de energia em Taguatinga, na região metropolitana de Brasília, no intuito de provocar a intervenção das Forças Armadas. Para pedir a conversão da prisão em flagrante em preventiva, Carvalho afirmou que "não cabe à sociedade suportar o ônus da sua liberdade", referindo-se ao acusado.

No início do ato, quando indagado pela juíza a respeito das condições em que se deu a prisão - procedimento de praxe nas audiências de custódia -, Sousa fez referência a um descontentamento com o delegado que o interrogou. O acusado disse que solicitou que fossem retirados os nomes de Lula e Bolsonaro do seu depoimento, pois, segundo ele, sua atitude se deu em protesto "pelas eleições que aconteceram no Brasil".

Ele disse que estava há cerca de um mês acampado em frente ao Quartel do Exército em Brasília, local em que, de acordo com o representante do Ministério Público, ele teria recebido os explosivos. Sousa foi acompanhado por uma defensora pública na audiência e não constituiu advogado até a manhã desta segunda-feira.

O próximo andamento dos autos será a abertura do prazo de dez dias para apresentação de defesa prévia. Contudo, a decisão proferida na audiência de custódia determina, primeiramente, a redistribuição do processo para o cartório criminal competente.

O ministro da Justiça, Anderson Torres, afirmou neste domingo, 25, que a Polícia Federal foi acionada para acompanhar as investigações da Polícia Civil do Distrito Federal sobre a bomba montada na Estrada Parque Aeroporto, próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília, na primeira manifestação de um integrante do governo de Jair Bolsonaro sobre o incidente.

Em uma publicação nas redes sociais, Torres afirmou que o Ministério da Justiça oficiou a PF para acompanhar as investigações e "no âmbito de sua competência, adotar as medidas necessárias quanto ao artefato encontrado ontem (24) em Brasília".

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O ministro acrescentou ainda ser "importante aguardarmos as conclusões oficiais, para as devidas responsabilizações".

Quase 24 horas após a descoberta do explosivo em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro publicou um vídeo desejando um feliz Natal aos seus seguidores, mas não se manifestou sobre a tentativa de ato terrorista em Brasília pela rede social.

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu na noite de sábado, 24, o homem suspeito de ter montado o explosivo. O objeto foi encontrado à margem da pista de rolamento, no gramado de um canteiro central.

De acordo com a Polícia, o homem de 54 anos é um empresário que viajou do Pará a Brasília para participar das manifestações em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL). Com ele, foram apreendidas duas espingardas, um fuzil, dois revólveres, três pistolas, centenas de munições, uniformes camuflados e outras cinco emulsões explosivas.

O homem, que não teve o nome divulgado, foi encontrado e preso em um apartamento em Sudoeste, na região central do Distrito Federal - ele confessou que tinha intenção de explodir o artefato no aeroporto Juscelino Kubitschek. O empresário foi autuado por posse e porte ilegal de armas, munições e explosivos e crime contra o estado democrático de direito.

Classe política repercute ameaça terrorista em Brasília

Parlamentares e lideranças políticas condenaram a tentativa de ato terrorista na capital federal. Integrantes do futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva e figuras não alinhadas com o petista, mas de oposição ao presidente Jair Bolsonaro reiteraram que o ato se tratou de terrorismo e pediram punição ao caso.

O senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP) compartilhou imagens dos materiais apreendidos pela Polícia Civil do DF, uma delas em que aparece o suposto suspeito. "Isso estava com o TERRORISTA que tentou explodir uma bomba no aeroporto de Brasília na véspera de Natal. Num momento de união, eles querem a morte! Mais um membro de acampamentos antidemocráticos. Não é patriotismo, é CRIME, é violência, é ódio. Não faltará cadeia para eles!!", escreveu.

Futuro ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT) afirmou que "Golpismo e terrorismo armamentista devem e serão tratados como crimes pela justiça", apontando que o "Nosso estado é democrático".

"A tentativa de explosão próximo ao aeroporto de Brasília é inaceitável! É preciso dar uma rápida e firme resposta às investidas terroristas para que não escalem ainda mais. O Brasil não pode se tornar um lugar de guerra e atentados estimulados por minorias extremistas", afirmou Alessandro Molon (PSB-RJ).

O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) acusou o presidente Jair Bolsonaro de ser "o mentor intelectual do ataque" por alimentar "o ódio político". "Um atentado terrorista foi impedido ontem, em Brasília, quando um criminoso tentou plantar uma bomba próximo ao aeroporto. O mentor intelectual do ataque é Bolsonaro - até por isso, claro, deu errado -, que alimenta o ódio político. Todos eles devem ser presos. Bom Natal!"

Outros congressistas e líderes políticos acompanharam a narrativa do futuro ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB-MA), que afirmou mais cedo que os acampamentos bolsonaristas na frente dos quartéis se tornaram "incubadoras de terroristas".

João Amoêdo, ex-candidato à Presidência pelo NOVO, escreveu que Dino está "absolutamente correto" ao dizer que os acampamentos bolsonaristas viraram "incubadoras de terrorismo". "As manifestações antidemocráticas são criminosas e devem assim ser tratadas, não podendo ser confundidas com o direito à liberdade de expressão."

O senador Fabiano Contarato (PT-ES) afirmou que "a célula patriótico-terrorista que tem sido alimentada nos acampamentos bolsonaristas se tornou uma bomba-relógio e ameaça a segurança de todos", parabenizando a Polícia Civil pela ação. Jandira Feghali (PCdoB-RJ) escreveu que "Já passou da hora de acabar com esse QG do golpismo, essa semente do horror em frente ao Exército!".

Aeroporto e rodovias do Distrito Federal já vivem o aumento de fluxo comum nos últimos dias do ano, quando muitas pessoas pegam avião ou ônibus para encontrar seus entes ou amigos queridos. A expectativa é de que, apenas o Terminal Rodoviário Interestadual de Brasília, cerca de 10 mil pessoas embarquem para outros estados entre os dias 23 e 24 de dezembro, chegando a 34 mil passageiros até o dia 26. .

Já no Aeroporto de Brasília, a movimentação total projetada para dezembro supera 1,3 milhão de passageiros, fluxo 5% maior do que em 2021; porém 11% inferior ao registrado em 2019, antes de a pandemia chegar no país, conforme informado pela concessionária do aeroporto, Inframerica.

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O Aeroporto de Brasília é o segundo mais movimentado do Brasil, e um dos principais centros de conexão de voos, por auxiliar na interligação das capitais com o interior do país. Segundo a Inframerica, cerca de 40% dos passageiros usam o terminal para fazer conexões. Inclusive duas das principais companhias aéreas instalaram nele seus hubs, que são os centros de distribuição de passageiros.

No caso do terminal rodoviário, os principais destinos são Rio de Janeiro, Anápolis, Belo Horizonte, São Paulo, mas é também significativo o número de partidas para os estados das regiões Sul e Nordeste. Para dar conta dessa demanda, serão disponibilizados 120 ônibus extras. “Caso seja necessário, mais carros podem ser colocados em operação”, informa o Consórcio Novo Terminal referindo-se a uma das operações especiais adotadas pela gestão da rodoviária interestadual.

Dicas para uma viagem tranquila

Tanto a gestora da rodoviária como a concessionária aeroportuária apresentaram, à Agência Brasil, uma lista de recomendações para que os viajantes evitem surpresas desagradáveis em meio aos deslocamentos.

Deslocamento aéreo

- A Inframerica orienta os passageiros a chegarem no aeroporto com 2h de antecedência para voos domésticos e 2h30 para voos internacionais;

- Para agilizar o processo na fila de raio-x, o passageiro deve retirar todos os objetos metálicos que estiver carregando - cintos, relógios, chaves, moedas e celulares. Notebooks também devem ser retirados de malas e mochilas e depositados nas caixas plásticas para inspeção;

- Vale lembrar que alguns itens são proibidos na bagagem de mão, como objetos cortantes ou perfurantes. Para evitar o descarte dos objetos no canal de inspeção, transporte-os em sua bagagem despachada;

- Com relação a quantidade, volume e peso de bagagens de mão, vale confirmar com a sua companhia aérea as regras para não precisar despachar a bagagem quando estiver embarcando. Este processo pode atrasar o voo;

- Os horários de pousos e decolagens podem ser acompanhados pelos monitores espalhados pelo terminal, pelo site ou pelo aplicativo do aeroporto;

- No caso de viagem ao exterior, fique atento à validade do seu passaporte e aos vistos necessários para a viagem. Alguns países possuem regras de acesso específicas por causa da Covid-19;

- Para embarcar é necessário apresentar documento com foto. São aceitos: passaportes, carteiras de identidade, carteiras de motoristas e carteiras de trabalho. O documento digital também é aceito;

- Fique atento a documentação e a autorização para viajar com menores de 16 anos;

- Objetos esquecidos e perdidos no aeroporto são enviados ao Achados e Perdidos. No caso do Aeroporto de Brasília, a sala fica localizada próximo ao balcão de pagamento de estacionamento. O telefone de contato é o (61) 3214-6109. Objetos esquecidos dentro das aeronaves são de responsabilidade das companhias aéreas;

- Malas e bagagens de mão devem estar sempre acompanhadas de seus donos. Por motivos de segurança, não deixe seus pertences desacompanhados;

- O conteúdo das malas é de responsabilidade do passageiro. Fique atento, pois transportar objetos de terceiros pode ser um risco;

- Em caso de dúvidas, procure os funcionários da concessionária aeroportuária no balcão de informações;

- Ao optar por transporte por aplicativo ou táxi, preste atenção ao embarcar. O serviço de táxi possui uma área própria e credenciada para o serviço no aeroporto. Motoristas de aplicativo não abordam passageiros. As corridas devem ser feitas pelo sistema da empresa no celular. Confira a placa e o nome do condutor do veículo antes de embarcar. O embarque em transporte por aplicativo é feito em uma área especial para isso.

Deslocamento terrestre

- Para ter a garantia de que sua viagem não passará por nenhum imprevisto, opte pelo transporte rodoviário regular. Somente ao embarcar nos terminais rodoviários oficiais os passageiros viajam com total segurança, por meio de viações regulares que podem assegurar todos os direitos garantidos em lei, evitando, inclusive, riscos de cancelamento de viagem em cima da hora;

- Terminais regulares possuem postos da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), e por isso as linhas regulares passam por fiscalizações constantes. O passageiro ainda pode desfrutar de amplas áreas de espera e verdadeiros centros de conveniência com restaurantes, lojas,

serviços e várias outras comodidades;

- Caso não seja possível realizar a compra online, antes de se deslocar ao terminal rodoviário entre em contato com a empresa de ônibus que deseja contratar para checar a disponibilidade de passagens e opções de datas e horários;

- Caso apresente algum sintoma relacionado à Covid-19, entre em contato com a empresa e remarque a sua viagem. O passageiro rodoviário tem prazo de até um ano para remarcar a data da sua passagem;

- Todos os passageiros, até mesmo as crianças, devem apresentar documento de identificação original e com foto;

- O embarque de menores de 16 anos para viajarem desacompanhados ou com terceiros requer autorização. Para informações, acesse: www.tjdft.jus.br, em Informações / Infância e Juventude/ Autorização de Viagem;

- São permitidas bagagens de até 30 kg no bagageiro e até 5 kg de bagagem de mão, desde que não interfira no conforto dos demais passageiros. Recomendamos que identifique as bagagens com etiqueta contendo nome completo e telefone;

- É importante que o passageiro chegue ao terminal com pelo menos 30 minutos de antecedência em relação ao horário marcado na passagem;

- A remarcação e o reembolso da passagem são feitos com até 3 horas de antecedência, diretamente com a empresa de ônibus.

Com pedras, pedaços de pau e pneus em chamas, centenas de manifestantes bloqueiam a pista do aeroporto de Arequipa, segunda maior cidade do Peru, para exigir a renúncia da nova presidente Dina Boluarte e eleições presidenciais e legislativas antecipadas.

"A pista do aeroporto foi bloqueada com pedras, paus e pneus", disse um fotógrafo da AFP no local.

A iluminação da pista foi destruída, e o aeroporto, fechado. A polícia enfrenta os manifestantes com gás lacrimogêneo.

O anúncio da presidente do Peru, Dina Boluarte, de que apresentará um projeto de lei ao Parlamento para antecipar as eleições, de abril de 2026 para abril de 2024, não acalmou os manifestantes.

Nas ruas em várias cidades do país, uma multidão exige a libertação do agora ex-presidente Pedro Castillo, assim como o fechamento do Parlamento e novas eleições já.

As estradas de acesso a várias cidades do país permaneciam bloqueadas hoje no norte e no sul do país, incluindo Arequipa, Trujillo e Cuzco.

Castillo está detido por ordem de um juiz, após sua fracassada tentativa de golpe na última quarta-feira e posterior destituição por parte do Congresso. Foi substituído por sua vice, Dina.

Na madrugada dessa segunda, Boluarte disse que tentará "alcançar um acordo com o Congresso" para antecipar as eleições gerais para abril de 2024. Anunciou, ainda, que declarava estado de emergência nas áreas do país que registram protestos violentos.

- Protestos -

Desde domingo, as manifestações aumentaram em várias cidades do norte e do sul.

Na cidade andina de Andahuaylas, no sul, o Ministério do Interior informou que duas pessoas morreram, e cinco ficaram feridas, entre elas um policial, após confrontos violentos em uma tentativa dos manifestantes de invadirem o aeroporto da cidade.

A nova presidente lamentou a morte dos dois manifestantes.

No fim de semana, milhares de pessoas se mobilizaram pelas ruas de Cajamarca, Arequipa, Tacna, Andahuaylas, Huancayo, Cuzco e Puno, segundo imagens divulgadas por emissoras de televisão locais.

Em Lima, a polícia dispersou com gás lacrimogêneo, na tarde de domingo, uma manifestação nas proximidades do Congresso em apoio a Castillo. A capital do país sempre rejeitou Castillo, um professor rural e líder sindical que não tinha contato com as elites peruanas, enquanto as regiões andinas expressam apoio ao esquerdista desde as eleições de 2021.

- "Greve por tempo indeterminado" -

Enquanto isso, sindicatos rurais e organizações representativas dos povos indígenas convocaram uma "greve por tempo indeterminado" a partir de terça-feira em apoio a Castillo, que vem de uma família de camponeses.

Eles exigem a suspensão do Congresso, a realização de eleições antecipadas e uma nova Constituição, assim como a libertação imediata de Castillo, segundo um comunicado da Frente Agrária e Rural do Peru, que reúne cerca uma dúzia de organizações.

A Frente Rural afirma que Castillo "não praticou um golpe de Estado" na quarta-feira, quando anunciou a dissolução do Congresso, a intervenção dos poderes públicos e disse que governaria por decreto.

Dominado pela direita, o Congresso aprovou na madrugada de hoje uma norma que permite acelerar um julgamento penal contra Castillo. Ele foi detido por sua própria equipe de segurança quando seguia para a embaixada do México para pedir asilo político. O Ministério Público o acusa de rebelião e conspiração. Ele já era investigado por corrupção.

- Eleições antecipadas -

Nesta segunda, as atenções se concentram na reação do Congresso à proposta de eleições gerais antecipadas, pois também implica a redução do mandato em dois anos.

Para reduzir mandatos populares, como o presidencial e o legislativo, é preciso fazer isso em duas legislaturas consecutivas. Este processo pode durar até um ano, conforme a lei peruana. E, para convocar eleições antecipadas, é necessária uma reforma constitucional.

“Tem que haver uma negociação política para que o Congresso faça as reformas políticas básicas necessárias para novas eleições”, disse à AFP a analista política Giovanna Peñaflor.

Boluarte formou um governo no sábado com um perfil independente e técnico e com o ex-procurador Pedro Angulo como primeiro-ministro.

A demanda por novas eleições está associada a uma rejeição esmagadora do Congresso. De acordo com as pesquisas de novembro, 86% dos peruanos desaprovam o Parlamento.

Enquanto isso, cresce a polêmica em torno da versão de um ex-chefe de gabinete e do advogado de Castillo de que o ex-presidente estava dopado, ao ler a mensagem na qual anunciou sua tentativa fracassada de golpe.

Em uma carta que teria escrito na prisão, Castillo afirma que um médico e enfermeiras "camuflados" e uma promotora "sem rosto" tentaram "obrigá-lo" a dar amostras de sangue na sexta e no sábado. Ele disse ter-se recusado por temer por sua segurança.

Dois afegãos que estavam acampados há cerca de um mês no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, testaram positivo para Covid-19 neste domingo, 4. Voluntários que atuam no local suspeitam que pode estar havendo um surto da doença. Atualmente, 80 refugiados estão dormindo no aeroporto em busca de assistência, segundo a prefeitura da cidade.

A gestão municipal informou que os infectados foram encaminhados para a Unidade de Pronto Atendimento a Saúde (UPA) Cumbica, onde permanecem isolados até serem liberados para encaminhamento para um abrigo. A prefeitura reforçou ainda que acionou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre os diagnósticos, já que o aeroporto internacional é de concessão federal.

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O Afeganistão vive em guerra desde o fim do ano passado, quando o grupo armado Taleban retomou o controle do país. O Brasil passou a oferecer, então, um visto humanitário para receber refugiados, encaminhando aqueles que não tinham recursos para centros de acolhimento. Com o tempo, porém, as vagas nesses espaços tornaram-se insuficientes, e os afegãos passaram a se aglomerar no aeroporto especialmente desde agosto.

Os dois refugiados diagnosticados com covid, uma mulher de 64 anos e um homem de 21, estavam assintomáticos e só foram encaminhados por voluntários para um posto de saúde porque havia suspeita de outros problemas de saúde. Um deles apresentava complicações em decorrência da diabetes e outro, suspeita de inflamação nos rins.

Neste domingo, ativistas que atuam no aeroporto já há alguns meses realizaram uma ação de saúde no aeroporto. Cerca de vinte profissionais de saúde voluntários, entre médicos e enfermeiros, prestaram atendimento no local. Dos três refugiados que foram encaminhados para uma UPA, dois testaram positivo mesmo sem apresentar sintomas gripais.

"A gente ficou em pânico", relatou ao Estadão a ativista Swany Zenobini, uma das voluntárias que atua no aeroporto por meio do coletivo Frente Afegã. Os resultados saíram no fim da tarde de domingo. "Se de três pessoas que foram testadas, sem nem terem se queixado, porque estão assintomáticas, dois deram positivo, imagina o tanto de gente que deve estar covid naquele aeroporto."

Swany relata que o grupo notificou ainda no domingo a prefeitura de Guarulhos, que mantém um posto de atendimento no aeroporto. A gestão municipal providenciou o isolamento dos pacientes no posto de saúde. Agora, o objetivo do coletivo Frente Afegã, continuou a voluntária, é fazer com que outros refugiados sejam testados antes de serem encaminhados para abrigos.

A prefeitura informou, em nota, que "segue as orientações do governo de São Paulo, que orienta, conforme nota técnica, a testagem apenas em pessoas sintomáticas". "Semanalmente a Secretaria de Saúde de Guarulhos tem realizado ações de saúde no aeroporto, como vacinação, consultas médicas, além de orientações gerais sobre saúde", informou.

A gestão municipal afirmou que já abriu dois acolhimentos na cidade: um em agosto, com 27 vagas, e um em outubro, com mais 20. "Abriríamos ainda esta semana mais 28 vagas com o recurso enviado pelo governo federal, mas estamos verificando a possibilidade de usar este espaço para acolher os que testaram positivo ontem", afirmou. A pasta reiterou entregar café da manhã, almoço e jantar aos que aguardam acolhimento no aeroporto.

Como mostrou o Estadão em outubro, alguns dos refugiados estão sendo encaminhados para centros de acolhimento, mas o grupo acampado no aeroporto, que muda de composição a todo momento, cresce especialmente desde agosto. Segundo voluntários, o número cresceu com o aumento de voos devido à Copa do Mundo e ficou perto de 300 na última semana. Agora, conforme a prefeitura de Guarulhos, são cerca de 80.

O que dizem a Anvisa e o governo de São Paulo

Em nota, a Anvisa informou que a situação de refugiados afegãos que estão acampados no aeroporto de Guarulhos é de conhecimento da agência, que acompanha a situação desde que os primeiros grupos passaram a aguardar o encaminhamento para localidades de destino.

"A partir da observação do crescimento do grupo e do tempo de permanência, a Anvisa informou oficialmente, em 11 de outubro, o Ministério da Saúde, relativo aos riscos à Saúde de tal situação; e o Comitê Nacional Para Refugiados (Conare) do Ministério da Justiça, relativo à situação de um acolhimento para os acampados", afirmou o órgão.

A Anvisa afirmou que executa atividades de Vigilância Epidemiológica sob orientação técnica e normativa do Ministério da Saúde. Segundo a agência, o ministério indicou a atuação da Divisão de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE), da Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo, como órgão que faria a oferta de vacinas, a coleta de amostras de casos suspeitos e o apoio na mitigação do risco de transmissão de doenças infectocontagiosas.

Após os casos positivos identificados neste domingo, a Anvisa comunicou, então, o CVE/SP e reforçou a indicação do uso de máscaras, disponibilizando-as para todo o grupo de refugiados. "Caso novos refugiados apresentem sintomas é indicada a testagem nas unidades de saúde do município e isolamento em local fora do aeroporto", apontou.

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) confirmou ter recebido a notificação, pela Anvisa, dos dois casos ao Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE). "Os dois pacientes estão em isolamento em uma unidade municipal e seguem sendo acompanhados pelas vigilâncias estadual e municipal", afirmou o governo estadual. Até o momento, nenhum outro caso foi identificado.

O ex-candidato à presidência da República, Ciro Gomes (PDT), foi hostilizado por uma apoiadora do presidente Jair Bolsonaro (PL), enquanto estava na fila de embarque no aeroporto de Miami, nos Estados Unidos, ao lado de sua esposa, Giselle Bezerra. O vídeo circula nas redes sociais e foi publicado pela bolsonarista, em redutos de comunicação da direita, mas logo se espalhou. 

Nas imagens, a mulher provoca e ataca Ciro por ele ter apoiado o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições, ainda que o apoio tenha surgido após uma forte onda de críticas do pedetista, que acompanhou o voto do próprio partido no último momento. A mulher também ofende Lula. 

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“Olha aqui, gente, quem tá aqui em Miami, aquele que se aliou ao bandido do PT, ó, Ciro Gomes, na fila aqui de Miami. O traidor. Falou um monte de bosta do Lula e se aliou a ele. Está aqui, ó, passeando em Miami enquanto vocês estão aí passando dificuldade”, disse a bolsonarista. Ciro e a mulher sorriem de forma irônica, mas não respondem à agressão.

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