Um relatório divulgado hoje (20) pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), da ONU, mostra que houve queda de quase 50% no número de mortes pela doença desde 2005 – ano em que 1,9 milhão de pessoas morreram por conta do vírus HIV.
O relatório ainda mostra que houve avanço no tratamento da Aids: mais da metade dos 36,7 milhões de soropositivos do mundo estão recebendo medicamentos contra o vírus. Isso representa 53% de pacientes tomando antirretrovirais.
##RECOMENDA##O vice-diretor executivo do Unaids em Nova Iorque, Luiz Loures, afirma que os avanços não devem servir de acômodo e que o número de pessoas em tratamento deve aumentar. "Com decisão política, envolvimento de comunidades e com os recursos necessários, cada vez mais nós estamos convencidos que podemos chegar ao fim da epidemia.O número de pessoas tratadas hoje no mundo é quase de 20 milhões, o que nos dá sem dúvida a esperança. Nós estamos no ritmo para alcançar a meta de ter 30 milhões de pessoas em tratamento em 2020, para a partir daí chegarmos a 2030 com essa epidemia sob controle”, disse.
De acordo com o documento, a expectativa de vida dos soropositivos aumentou em 10 anos na última década. Luiz Loures destacou o exemplo do Brasil, que foi pioneiro no combate à epidemia. "Em quase todos os países existe o desafio das novas infeções entre jovens. Mas essa é uma tendência mundial que tanto na África, no Brasil, na Europa ou nos Estados Unidos merece atenção especial. Se eu vejo hoje a epidemia da Aids entre jovens, eu diria que é mais global do que nunca. Nós estamos observando um risco acentuado em relação à epidemia entre jovens em todos os países, independente se eles estão no norte ou no sul", declarou o vice-diretor.
O número de mortes vinculadas à Aids na América Latina diminuiu 12% entre os anos 2000 e 2016.