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Nesta quarta-feira (24), ao invés de receber 2,8 mil doses das vacinas contra a Covid-19, o Amapá recebeu 78 mil unidades do imunizante da Astrazeneca - mesma quantidade que estava prevista para ser entregue para o Amazonas. 

Segundo publicado pelo deputado federal Marcelo Freixo (PSOL), o Ministério da Saúde errou os destinos e as vacinas que deveriam ser entregues ao governo amazonense foram direcionadas para o governo do Acre. 

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"A equipe de Pazuello trocou os Estados. Só num desgoverno como o de Bolsonaro um sujeito incompetente como esse pode ser ministro da Saúde", escreveu o parlamentar.

O próprio governador do Amapá havia dito em suas redes sociais que, na tarde desta quarta-feira (24), desembarcaria 2.800 doses da vacina, sendo 2 mil da Astrazeneca e 800 da CoronaVac na capital Macapá. 

À Rede Amazônica, o Ministério da Saúde informou que o Amazonas e o Amapá irão receber, ainda nessa madrugada, as quantidades de doses corretas dos imunizantes. 

O Ministério Público do Trabalho PA-AP (MPT) registrou 2.622 denúncias de irregularidades trabalhistas no ano de 2020, uma média de 218,5 denúncias por mês. O número é cerca de 7% maior do que o registrado em 2019, quando o MPT recebeu 2.439 denúncias.

As atividades econômicas com o maior número de procedimentos autuados foram Administração Pública em geral, seguida de atividades de organizações sindicais e atividades de atendimento hospitalar. O aumento é atribuído à pandemia do novo coronavírus.

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Nesse mesmo período, o MPT PA-AP ajuizou 175 ações, uma média de 14,5 ao mês; 88% das ações judiciais ingressadas pelo órgão, no ano passado, foram referentes à Administração Pública em geral. O MPT também firmou 189 Termos de Ajuste de Conduta (TAC) com empregadores que descumpriram a legislação trabalhista e instaurou 956 Inquéritos Civis. Além disso, foram realizadas 2744 audiências extrajudiciais em 2020.

A Procuradoria Regional do Trabalho da 8ª Região (PA-AP) é umas das Regionais do MPT com menos procedimentos em tramitação crítica, que são aqueles que se encontram sem movimentação há 90 dias. A unidade é a que apresenta o melhor desempenho quanto à média de dias parados por procedimento e à média de procedimentos parados por ofício, o que faz dela uma das Regionais mais eficientes do país.

Quanto à atuação do MPT PA-AP voltada para o enfrentamento da covid-19, de 1º de março de 2020 a 20 de janeiro de 2021, foram ajuizadas pelo órgão 19 ações civis públicas, firmados 14 Termos de Ajuste de Conduta e realizadas 237 audiências administrativas. Durante a pandemia, o MPT PA-AP expediu 167 recomendações a empresas e instituições públicas sobre medidas de saúde e segurança, além de 5.009 notificações, ofícios e requisições.

Para atuar de forma preventiva nos vários setores econômicos, o órgão também instaurou 73 procedimentos promocionais cujos principais temas foram “Condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho” e “Equipamentos de proteção individual ou coletiva”; os tipos de estabelecimento maiores alvos foram os de saúde e de serviços; e as atividades econômicas mais incidentes foram “Estados, Municípios e demais instituições que possam atuar no combate à covid-19”.

No Pará e Amapá, estão previstos mais de R$ 10 milhões em reversões do MPT para o combate à pandemia. Os valores são resultado da atuação da Procuradoria Regional do Trabalho da 8ª Região, garantidos por decisões da Justiça do Trabalho ou por acordos extrajudiciais. Os recursos beneficiam hospitais públicos, associações de saúde, universidades, Estados e municípios.

Serviço

Para denúncias, acesse o aplicativo Pardal.

Da assessoria do MPT.

O Ministério Público do Amapá (MPAP) instaurou um inquérito civil para apurar se o secretário de Saúde do município de Serra do Navio-AP, Randolph Antônio Pinheiro da Silva, conhecido como Randolph Scooth, se beneficiou do cargo para receber a vacina contra a Covid-19. Scooth já chegou a questionar a eficiência da vacina mais de uma vez nas redes sociais.

O secretário foi um dos primeiros a receber o imunizante na cidade, na terça-feira (19). Conforme os planos Estadual e Nacional de Imunização, apenas profissionais de saúde da linha de frente de combate à Covid-19, indígenas aldeados e idosos institucionalizados podem ser vacinados neste momento.

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A ação do MPAP também tem o objetivo de apurar se a esposa do secretário recebeu indevidamente a imunização. Segundo o órgão, circulam fotos nas redes sociais e publicações na imprensa sobre o suposto fato.

Caso seja constatado o ilícito, poderá ser configurado o ato de improbidade, além do crime do artigo 268 do Código Penal, que prevê responsabilização criminal daquele que pratica infração de medida sanitária preventiva.

O MPAP enviou ofício para que Scooth se manifeste no prazo de 48 horas e encaminhe nome, critério e qualificação e cada pessoa vacinada no município até o momento. À Rede Amazônica, ele informou que recebeu o imunizante por ser de grupo de risco, estar na linha de frente ser profissional de saúde. Serra do Navio recebeu 89 doses.

Em outubro de 2020, o secretário compartilhou uma publicação que dizia que os chineses não tomaram a vacina e queriam que os brasileiros tomassem. "Vacina da China deixa eles tomarem... esse povo não mandou nada que preste para o mundo", ele escreveu. 

Em 30 de dezembro, o secretário voltou a criticar a China. "Envenena o povo e vende a vacina. Dá pra acreditar?", questionou.

O juiz federal João Bosco Costa Soares da Silva, da 2ª Vara Federal Cível do Amapá, determinou prazo de 48 horas para que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) deem explicações sobre o blecaute que atingiu o Amapá na quarta-feira (13). A empresa responsável pelo equipamento que apresentou problema, a Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE), também deverá esclarecer a ocorrência.

De acordo com a decisão, os órgãos e a concessionária deverão apresentar as informações sobre as causas e eventuais providências relacionadas ao blecaute, que afetou ao menos 13 dos 16 municípios do Estado, sob pena de aplicação de multa. O prazo conterá a partir do momento em que as partes tiverem ciência da decisão.

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A petição contra os agentes do setor e a LMTE foi protocolada na tarde desta quinta-feira (14) pelo líder da Rede no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O pedido tramita na ação popular que trata da crise energética que durou mais de vinte dias no Amapá.

Essa não é a primeira decisão do juiz contra a Aneel. O magistrado chegou a determinar o afastamento da diretoria da agência reguladora e do ONS. A determinação foi derrubada posteriormente pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).

Na solicitação, Randolfe afirmou que mesmo que a falha no fornecimento de energia desta quarta-feira tenha sido corrigida rapidamente, é um termômetro indicativo de que o sistema elétrico do Estado "está em péssimas condições de funcionamento." "Sequer energia elétrica estável e confiável parece haver no Amapá."

A interrupção de energia aconteceu após o desligamento de circuitos da linha de transmissão que vai de Laranja à Macapá, capital do Estado. Sem detalhar, a LMTE informou que sofreu "uma ocorrência externa ao seu controle".

Em nota, a empresa afirmou que eventos como esse ocorrem diariamente no Brasil. "No caso particular, com consequência de falta de energia em um Estado, expõe a fragilidade do sistema de energia do Amapá, que não conta com redundância devido a questão de planejamento setorial."

Um novo apagão elétrico atingiu o Amapá na tarde desta quarta-feira (13). O problema teve origem em um trecho da linha de transmissão pertencente à empresa Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE) e afetou as mesmas 13 cidades que, entre outubro e novembro de 2020, passaram 21 dias sem energia elétrica devido a um incêndio em uma subestação energética de Macapá pertencente a LMTE.

A empresa concessionária do serviço público informou que o problema foi rapidamente sanado e o fornecimento restabelecido. Em nota, a LMTE classificou o problema na linha de transmissão energética de Laranjal a Macapá como uma “ocorrência externa ao seu controle”.

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Sem fornecer detalhes sobre a causa do problema, a empresa se limitou a informar que “tal evento ocorre diariamente no Brasil” e “expõe a fragilidade do sistema de energia do Amapá, que não conta com redundância [de sistemas] devido à questão de planejamento setorial”.

Ainda de acordo com a empresa, não houve danos à subestação de Macapá ou aos três transformadores em funcionamento na capital.

Também em nota, a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), responsável por distribuir a energia para todo o estado, informou que aguardará por informações do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e que o problema não teve qualquer relação com a distribuição. De acordo com a companhia, o fornecimento começou a ser restabelecido perto das 16h20 (17h20 em Brasília).

 

Um homem de 50 anos foi indiciado por estuprar duas filhas em Macapá-AM. O crime ocorreu há mais de dez anos, quando as vítimas tinham 13 e 14 anos. O caso chegou até a polícia após denúncia do Conselho Tutelar da cidade.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Ronaldo Entringe, existe um prazo prescricional de 20 anos para que a vítima denuncie o crime.

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"Durante a investigação, identifiquei indícios do cometimento do crime e representei pela prisão preventiva do acusado", disse o delegado. "Agora concluí o inquérito policial e ele foi indiciado pela prática do crime de estupro de vulnerável em relação às duas vítimas".

Ainda segundo Entringe, o investigado negou as acusações e ameaçou as testemunhas. As duas vítimas engravidaram na época dos abusos. Exames de DNA foram realizados para saber se o suspeito é o pai das crianças, mas o resultado ainda não foi concluído.

Um mês depois da interrupção do fornecimento de energia elétrica que instalou um caos no Amapá, a capital do Estado, Macapá, voltou a registrar falta de luz no domingo (27). Um problema em uma outra subestação deixou às escuras a zona norte, a maior região da capital.

A origem do problema, segundo o governo local, nada tem a ver com a que deixou o Estado no escuro por 22 dias. Em 3 de novembro, o fornecimento de energia foi interrompido após uma explosão na subestação Macapá, que atendia quase todo o Amapá.

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Agora, uma falha foi registrada na subestação Macapá II. Por volta das 16 horas do domingo, a zona norte, com cerca de 200 mil moradores, ficou sem luz. Em Macapá, há cerca de 510 mil habitantes. A cidade concentra a maior parte da população do Estado, de aproximadamente 860 mil pessoas.

Até a noite, o fornecimento para as residências havia sido apenas parcialmente retomado, com alguns dos bairros mais populosos ainda no escuro.

Nas redes sociais, moradores manifestaram indignação por relembraram os apuros que viveram ao longo de quase todo o mês de novembro. "Situação difícil dos moradores da grande zona norte de Macapá, que volta a faltar energia. Quando vai parar esse sofrimento?", escreveu um morador. "Está faltando energia aqui em Macapá de novo. Meu Deus, quando isso vai parar?", publicou outra.

A Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), estatal responsável pela distribuição da energia no Estado, confirmou que houve uma "pane" na subestação que fica na zona norte da capital.

Em nota, disse que o fornecimento foi restabelecido parcialmente após duas horas desde a interrupção. De acordo com informações preliminares, houve um problema no sistema que conecta os alimentadores da subestação. No entanto, bairros como Jardim I e Jardim II, Infraero II e Parque dos Buritis ficaram ao menos quatro horas sem luz.

Em novembro, o apagão no Amapá ocorreu quando os olhos do Brasil e do mundo estavam voltados para as eleições nos Estados Unidos. As consequências da crise impactaram fortemente a vida de pessoas simples no Estado e levaram desgastes à classe política de Brasília.

Sem luz, as bombas das estações de tratamento e distribuição de água também foram prejudicadas. Moradores de 13 dos 16 municípios que não podiam pagar caro por garrafas com preço inflacionado precisaram recorrer ao Rio Amazonas ou a poços artesianos.

A população pobre do Estado da Região Norte do País precisou improvisar para acondicionar alimentos, recarregar aparelhos celulares, driblar o calor e manter-se segura na escuridão. Ambas as subestações, Macapá e Macapá II, ficam na mesma região. A primeira, porém, abastece quase todo o Estado.

Procurados para comentar o novo episódio, o Ministério de Minas e Energia, o Operador Nacional do Sistema Elétrico e a Agência Nacional de Energia Elétrica não se manifestaram até o fechamento da reportagem, no fim da noite do domingo.

Vítimas da situação de calamidade que tomou conta do Amapá entre o fim de outubro e o mês passado, 185 mil consumidores de energia tiveram suas faturas de contas de luz suspensas, entre os dias 26 de outubro e 24 de novembro. Na prática, não se trata de nenhuma benesse ao consumidor, uma vez que este ficou, de fato, sem consumidor energia, tendo de conviver com o caos por semanas, em decorrência do apagão que deixou a maior parte do Estado no escuro.

A isenção de cobrança, que abrangeu 13 municípios do Estado, chegou a R$ 55,6 milhões no período. O governo havia autorizado o repasse de até R$ 80 milhões para cobrir essa conta.

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Os municípios de Oiapoque, Laranjal do Jari e Vitória do Jari, segundo informações da Companhia Eletricidade do Amapá (CEA) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), não foram afetados pela interrupção.

Em 10 de novembro de 2020, a CEA informou que o "apagão" no Estado tinha afetado o fornecimento de energia para cerca de 85% da população do Amapá. A empresa alegou que o resultado do corte levou, automaticamente à queda de seu faturamento e arrecadação, causando dificuldades para "honrar seus compromissos financeiros, tanto os relativos às obrigações setoriais, quanto com relação a outras despesas, com forte probabilidade de repercussão negativa na qualidade do serviço oferecido".

A Medida Provisória editada pelo presidente Jair Bolsonaro, publicada em 25 de novembro, isentou os consumidores dos municípios incluídos na situação de calamidade pública do pagamento da fatura de energia elétrica referente aos últimos 30 dias, a contar de sua edição. Paralelamente, essa MP abriu o crédito extraordinário para o Ministério de Minas e Energia, no valor de R$ 80 milhões, para transferir esse recurso à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), encargo cobrado na conta de luz, com o objetivo de custear essa isenção.

Ao todo, a CEA atende 16 municípios em sua área de concessão, somando 207.559 unidades consumidoras, com faturamento mensal de R$ 50,7 milhões.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após um apagão no Amapá, o Ministério de Minas e Energia propôs a instalação de uma nova subestação de energia e a construção de uma linha de transmissão para reforçar o sistema elétrico e evitar um novo blecaute. No mês passado, 14 dos 16 municípios do Estado ficaram quase quatro dias sem energia e outros vinte dias com racionamento após uma explosão na subestação Macapá.

De acordo com o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME, Paulo Cesar Magalhães Domingues, a previsão é que os estudos necessários para a licitação sejam concluídos até abril de 2021. Nesse cronograma, a previsão é que os leilões sejam realizados em dezembro do ano que vem.

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A intenção é construir uma segunda subestação na Capital do Estado, Macapá. Em relação à linha de transmissão, Domingues explicou que há duas possibilidade em estudos: conectar ao Sistema Interligado Nacional (SIN), ou seja, com todo o setor elétrico do País, ou com as usinas que geram energia para abastecer o Estado.

As propostas são baseadas em um estudo elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). "O ministério solicitou à Empresa de Pesquisa Energética EPE para fazer um estudo de identificação de alternativa para ampliar a confiabilidade ao suprimento de Macapá e as demais localidades ligadas à Capital", explicou o secretário.

Ele ressaltou que as soluções não estão sendo estudadas apenas para o Amapá, mas para todos os Estados que apresentam maior complexidade para o fornecimento de energia elétrica.

O presidente do Operador Nacional do Sistema (ONS), Luiz Carlos Ciocchi, afirmou nesta segunda-feira (7) que o curto-circuito que causou um apagão de quase quatro dias no Amapá pode ter sido causado por "defeito estrutural" ou ter sido resultado de uma falha no isolamento da subestação Macapá, onde aconteceu o incêndio.

"O curto-circuito que gerou a explosão pode ter sido causado por efeito estrutural ou resultado da falha do isolamento da subestação", afirmou em coletiva de imprensa no Ministério de Minas e Energia.

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Um incêndio na subestação Macapá em 3 novembro deixou 14 dos 16 municípios do Estado sem energia elétrica por quase quatro dias, além de quase 20 dias de racionamento. A explosão danificou um dos transformadores, e um segundo ficou sobrecarregado e também se desconectou do sistema.

O terceiro equipamento, de "back up", estava em manutenção desde dezembro de 2019. Durante sua apresentação, Ciocchi reconheceu que o ONS tinha conhecimento de que o equipamento não estava em funcionamento.

O transformador que a estatal Centrais Elétricas do Norte do Brasil (Eletronorte) alugou temporariamente à Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE) para garantir o fornecimento de energia elétrica ao estado do Amapá já está sendo transportado para a capital amapaense. A LMTE não estipulou uma data para que o equipamento esteja pronto para entrar em operação.

Segundo o Ministério de Minas e Energia, o transformador da Eletronorte foi retirado da subestação de Boa Vista (RR) na quarta-feira (2). O transporte e a instalação do equipamento de cerca de 200 toneladas está a cargo da LMTE, responsável pela subestação de Macapá que, em novembro, foi atingida por um incêndio que afetou o fornecimento de energia elétrica para 13 das 16 cidades amapaenses por 21 dias.

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“Para reforçar a segurança das operações da subestação de Macapá, um terceiro transformador está em deslocamento, com previsão de chegada nos próximos dias”, informou, nesta quinta-feira (3), a empresa privada. A LMTE disse que a transferência do equipamento da Eletronorte em regime de cessão onerosa temporária foi a forma encontrada para garantir, em curto espaço de tempo, a plena segurança da operação da subestação de Macapá e a estabilidade do fornecimento elétrico para todo o estado.

De acordo com a LMTE, a data da chegada do transformador a Macapá depende, entre outros fatores, das condições climáticas, uma vez que o transporte das quase 200 toneladas de material em meio à Região Amazônica é uma operação complexa. Esse é um dos motivos pelo qual, por cautela, a empresa tem evitado anunciar publicamente uma data para a conclusão da montagem e da fase de testes do transformador. O Ministério de Minas e Energia, no entanto, revelou que a empresa tem sinalizado que o equipamento pode ser ligado ainda na segunda quinzena deste mês.

Segurança

Em nota, o Ministério de Minas e Energia minimizou o risco de novos incidentes ocorrerem enquanto a subestação de Macapá estiver operando com apenas dois transformadores – tal como no dia do incêndio que causou o apagão em quase todo o estado. “Os riscos foram minimizados”, assegurou a pasta, citando, como exemplo de medidas já implementadas para garantir a segurança do abastecimento energético, a instalação de geradores e a contratação de geração termelétrica de duas usinas operadas pela Eletronorte (UTEs Santana II e Santa Rita).

“O gabinete de crise acompanha de perto a situação do atendimento ao Amapá e a evolução dos trabalhos para o restabelecimento da normalidade e confiabilidade do suprimento de energia”, assegurou a pasta. 

Na quarta-feira (2), o ministro Bento Albuquerque esteve em Macapá pela quinta vez desde o início da crise no fornecimento energético. Na companhia de representantes da Aneel, da Eletronorte, do ONS, da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Albuquerque visitou a subestação da LMTE e, depois, se reuniu com o governador do estado, Waldez Góes.

Segundo a assessoria do governo estadual, o ministro antecipou que, no próximo dia 7, anunciará um “plano de estruturação integral da rede de abastecimento energético” estadual e os primeiros resultados das análises para apurar as causas e as responsabilidades pelo incêndio na subestação de Macapá e pelo apagão.

Aluguel

A LMTE não informou o quanto pagará à Eletronorte pelos transformadores, nem por quanto tempo o equipamento de Boa Vista permanecerá em Macapá, mas anunciou que já adquiriu outros dois novos aparelhos para “reforçar a segurança da transmissão de energia no estado”. 

“Os novos equipamentos, em fabricação, substituirão os dois transformadores que estão atendendo, de maneira plena e sem interrupções, à demanda atual do distribuidor de energia”, disse a empresa, sem informar quando os dois novos equipamentos devem começar a funcionar. 

Em nota, o governo do Amapá atribuiu ao Ministério de Minas e Energia a informação de que os dois novos transformadores devem chegar ao estado em até dez meses.

Especificamente sobre o transformador deslocado de Boa Vista, a LMTE informou, em nota, que o equipamento se encontrava “excedente no setor”, e servirá como um reserva para os outros dois aparelhos em funcionamento na subestação de Macapá. Por segurança, as subestações amapaenses operam com três transformadores. A de Macapá, que foi atingida pelo incêndio, contava com três equipamentos, mas um deles estava em manutenção desde ao menos dezembro de 2019.

A decisão de transferir o aparelho de Boa Vista para Macapá foi do gabinete de crise, segundo a LMTE, que assegurou que os dois transformadores já em funcionamento são capazes de atender integralmente às necessidades da subestação, permitindo o fornecimento de energia elétrica à população. 

Um desses dois transformadores voltou a funcionar na madrugada do dia 7, após ser consertado. O outro foi transferido de Laranjal do Jari, permitindo que o serviço fosse integralmente restabelecido e o rodízio suspenso no último dia 24

Reunião

A cessão onerosa temporária do transformador que a Eletrobras mantinha em sua subestação de Boa Vista foi autorizada pelo gabinete de gestão de crise que o Ministério de Minas e Energia criou em 4 de novembro. O gabinete foi instituído para centralizar as ações adotadas a fim de restabelecer o fornecimento de energia elétrica após o blecaute causado pelo incêndio na subestação da LMTE, em Macapá. Além de representantes do ministério, da Eletronorte e da própria concessionária, integram o gabinete membros da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA).

No dia 27 de novembro, a medida foi ratificada pela diretoria da Aneel. Durante reunião extraordinária do colegiado, os diretores da agência reguladora também determinaram que o transformador transferido para a subestação Macapá seja considerado disponível pelo tempo que durar a cessão, garantindo a Eletronorte a manutenção da parcela de receita do equipamento. “O gabinete de crise deliberou pela transferência, em caráter provisório, do transformador instalado na subestação de Boa Vista para a de Macapá, como uma alternativa de curto prazo mais viável para o imediato restabelecimento de fornecimento de energia para o Amapá”, apontou o diretor da Aneel, Efrain Pereira da Cruz, relator do processo que resultou no aval da Aneel. Decisão que se aplica também à cessão, pela Eletronorte, de um outro transformador que será transferido da subestação que a estatal mantém em Vila do Conde, no Pará, para uma subestação de Laranjal do Jari (AP), pertencente a LMTE.

De acordo com o Ministério de Minas e Energia, o equipamento de Vila do Conde começou a ser desmontado na quarta-feira (2) e deve chegar ao Amapá em breve. A pasta sustenta que a transferência dos dois transformadores da Eletronorte “visa a ampliar a confiabilidade do fornecimento de energia elétrica para todos os consumidores do Amapá”.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou uma redução média de 4,12% nas tarifas da Companhia Eletricidade do Amapá (CEA). Para consumidores conectados à alta tensão, haverá alta de 1,65%, para a baixa tensão, haverá queda de 5,89%.

As novas tarifas entram em vigor de forma retroativa a 30 de novembro. A CEA atende a 207 mil unidades consumidoras no Estado.

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Com a decisão, a distribuidora terá a segunda tarifa mais barata do País, atrás apenas da Energisa Borborema, na Paraíba, segundo o ranking da Aneel.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), fez sustentação oral no processo e pediu à Aneel que tivesse sensibilidade com os consumidores do Amapá, afetados por um apagão de quase quatro dias e 20 dias de racionamento no mês de novembro.

O fornecimento de energia elétrica no Estado do Amapá foi 100% restabelecido nesta terça-feira (24) com a energização do segundo transformador na subestação Macapá, informou na manhã desta terça (24) o Ministério de Minas e Energia (MME).

A energização do equipamento, essencial para a normalização do fornecimento de energia ao Estado, estava prevista para ocorrer até quinta-feira (26) mas na segunda-feira (23) o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone, sinalizou que essa operação poderia ser antecipada.

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Já o MME indicou, na noite de segunda, que o equipamento seria submetido a testes.

A Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LTME) também divulgou comunicado informando que restabeleceu a carga de energia em dois transformadores na sua subestação na madrugada desta terça-feira.

"A LMTE está integralmente mobilizada desde o acidente e trabalhou incansavelmente em conjunto com os demais órgãos governamentais para que a carga voltasse a 100% antes do prazo máximo estabelecido (26/11). A companhia reforça que se solidariza com todos os amapaenses e informa que seguirá empenhada a minimizar os impactos e em transportar energia segura para o estado do Amapá", afirmou a empresa, em nota.

O presidente Jair Bolsonaro comemorou neste domingo o fim do apagão no Amapá. "Energia retornando no Amapá. Obrigado a todos pela acolhida", escreveu no Twitter.

No entanto, reportagem do G-1 informa que moradores de vários bairros do município de Macapá relatam problemas com a energia.

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No sábado, o presidente visitou a região, que sofre com apagão há 20 dias, acompanhando a ativação dos geradores termoelétricas.

O presidente Jair Bolsonaro disse neste sábado (21) que o fornecimento de energia está próximo de ser normalizado no Amapá, Estado atingido por dois apagões nas últimas semanas. O governo federal também anunciou a edição de uma medida provisória para permitir a isenção da conta de luz aos consumidores do Estado.

"Hoje em dia podemos dizer que estamos nos aproximando do 100%. Acredito que nos próximos dias, como vimos agora há pouco, ao apertar o 'start' de pequenos geradores, de pequeno potencial, mas que no somatório brevemente atingiremos a plena suficiência", disse Bolsonaro, em pronunciamento feito na capital Macapá.

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O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse que a isenção da conta de energia valerá pelos 30 dias anteriores à edição da medida, mas não anunciou quando o texto será assinado.

Conforme antecipado pela reportagem, na quinta-feira (19) o governo prepara uma medida provisória para isentar a população do Estado. O Tesouro deve fazer um aporte para bancar o benefício com custo entre R$ 45 milhões e R$ 80 milhões. Bolsonaro visitou o Amapá com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Bolsonaro reconheceu que a população amapaense passou por dificuldades, mas afirmou que o governo federal prestou assistência. "Demoraria 90 dias para ser restabelecido (a energia). Mesmo não sendo atribuição federal, nós mergulhamos, especialmente por pedido do presidente do Congresso, Davi Alcolumbre", disse o presidente.

Sem energia, moradores viveram dias de terror no Amapá. Como mostrou o Estadão, o rodízio de luz atendeu principalmente bairros nobres, enquanto a periferia passou dias no escuro. Protestos em revolta ao apagão foram reprimidos com violência pela polícia. Bolsonaro não visitou o Estado nos dias de maior tensão.

"Estavam carentes, mas não sem assistência. Desde o começo fizemos todo o possível para restabelecer a energia", disse Bolsonaro ao ser questionado por um jornalista após o pronunciamento sobre que "mensagem" passaria à população do Amapá.

O Senado chegou a aprovar um projeto de lei que prevê compensações para consumidores atingidos pelo apagão. A proposta ainda depende da Câmara dos Deputados e de sanção presidencial. Uma medida provisória, por outro lado, passa a valer assim que assinada. Além disso, o projeto do Senado foi questionado pela Consultoria Legislativa da Casa, que avaliou risco de o texto encarecer o preço da conta de luz para todo o País e até causar novos apagões.

O presidente Jair Bolsonaro irá ao Amapá, neste sábado (21), a convite do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). O Estado enfrenta uma crise de energia há 18 dias, com dois apagões registrados e fornecimento ainda precário de eletricidade. A previsão é a de que Bolsonaro visite Macapá, capital do Estado, no período da tarde.

O caos elétrico começou no último dia 3, quando um incêndio em um transformador deixou o Estado às escuras. Um segundo apagão ocorreu no Amapá na noite de terça-feira (17). Desta vez, porém, a falha foi no lado da distribuição de energia.

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Bolsonaro só falou sobre o apagão quatro dias depois da primeira ocorrência. Em vídeo nas redes sociais, ele isentou o governo federal de responsabilidade sobre o problema. No dia 9, o presidente criticou a empresa fornecedora de energia no Estado durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais. Nesta semana, em evento em Goiás, Bolsonaro evitou responder a perguntas sobre a situação no Estado.

O Ministério de Minas e Energia avalia que a carga total do Estado seja restabelecida até o dia 26. Em entrevista nesta quinta-feira (19), o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse que o fornecimento deve ser ampliado já a partir deste sábado, com início da operação de unidades geradoras contratadas emergencialmente.

A ida de Bolsonaro ao Amapá foi informada por Alcolumbre. Em nota, o presidente do Senado afirmou ter reforçado pedidos a Bolsonaro sobre o pagamento de auxílio emergencial às famílias atingidas pelo blecaute. O mesmo apelo foi feito ao ministro da Economia, Paulo Guedes.

Além do prejuízo material e financeiro aos moradores, a crise energética no Amapá obrigou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a adiar o primeiro e o segundo turnos da eleição municipal em Macapá de novembro para dezembro.

O governo deve editar uma medida provisória para isentar consumidores do Amapá do pagamento da conta de luz em novembro. O Estado sofreu dois apagões em um intervalo de 14 dias. O Tesouro deve fazer um aporte para bancar o benefício, que deve custar entre R$ 45 milhões e R$ 80 milhões, segundo apurou o Estadão/Broadcast. Ontem, a Justiça Federal determinou o afastamento provisório da diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Operador Nacional do Sistema (ONS).

A medida provisória deve ser publicada hoje no Diário Oficial da União. A determinação visa a contribuir para o enfrentamento da crise de energia no Amapá, que sofreu um apagão em 3 de novembro - 14 dos 16 municípios do Estado ficaram às escuras por quatro dias. A população passará por racionamento até o dia 26, quando o atendimento deve ser plenamente restabelecido. Na terça-feira, um novo blecaute atingiu o Estado às 20h27, mas a eletricidade voltou à 1h04 em sistema de rodízio, já que o fornecimento não foi completamente retomado em razão do primeiro apagão.

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O governo ainda não fechou os cálculos sobre o valor que será necessário aportar para pagar a conta de luz da população do Amapá. Ainda não foi decidido se haverá limite máximo para o nível de consumo que terá isenção, mas a ideia é que toda a conta seja bancada. A proposta é repassar recursos do Tesouro para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), fundo que banca subsídios da conta de luz, e, a partir da CDE, enviar recursos para a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), distribuidora do Estado.

Ontem à noite, o Senado também aprovou projeto de lei que prevê compensações para consumidores atingidos pelo apagão. A proposta estabelece "crédito" na conta de luz até que a energia elétrica seja restabelecida no Estado. Além disso, o texto prevê medidas para outros Estados em caso de situações semelhantes. A Consultoria Legislativa do Senado levantou questionamentos.

Segundo a avaliação técnica, a medida não detalhada como o benefício será implementado, se pode encarecer o preço da conta para todo o País e até causar novos apagões. O projeto tem de passar pela Câmara.

Afastamento

Ainda ontem, a Justiça Federal determinou o afastamento provisório, por 30 dias, da diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e dos diretores do Operador Nacional do Sistema (ONS), responsáveis por fiscalizar e operar o sistema elétrico no País, em função do apagão. A decisão foi dada para evitar interferência enquanto as responsabilidades pelo blecaute são apuradas, justificou o juiz João Bosco Costa Soares da Silva. A empresa responsável pela concessão do serviço em Macapá também foi incluída na ação.

O juiz federal afirmou que houve "completa omissão" ou, no mínimo, negligência dos órgãos reguladores no sistema de energia do Amapá. Além disso, para o magistrado, a população foi vítima de um "apagão de gestão" no governo federal. A Justiça determinou o afastamento das diretorias no âmbito de uma ação popular movida pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Na mesma ação, o juiz classificou o ocorrido como "lamentável" e escreveu que uma sucessão de erros conduz o Brasil ao "neocolonialismo". Na decisão, de sete páginas, o magistrado afirmou que os governos no País tratam o povo como "rebanho bovino".

O juiz federal enviou a decisão ao Tribunal de Contas da União (TCU) e à Polícia Federal do Amapá, que também foram acionados para apurar as responsabilidades pelo apagão.

A União e Aneel apresentaram recurso contra a decisão.

Representante da Aneel e do governo na Justiça, a Advocacia-Geral da União (AGU) afirma que a decisão de afastar toda a diretoria da Aneel com base em "mera suposição", que chama de "irreal", põe em risco toda a atividade de regulação e fiscalização do setor elétrico. Para o órgão, o afastamento prejudica a tomada de medidas emergenciais para o restabelecimento da energia no Amapá. O ONS, por sua vez, disse continuar empenhado na normalização do fornecimento de energia.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após a Justiça Federal afastar por 30 dias a diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o órgão afirmou em nota divulgada nesta quinta-feira que "respeita a decisão", mas ponderou que a medida gera "ruído" e prejudica os trabalhos em um momento em que todos os esforços deveriam estar concentrados no restabelecimento de energia no Amapá.

"A ANEEL respeita a decisão da Justiça, mas ações como essa acabam gerando ruído e prejudicando os trabalhos em um momento em que todos os esforços deveriam estar concentrados no restabelecimento pleno do fornecimento de energia no Amapá", diz a nota.

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No comunicado, a Aneel destacou também que os geradores que vão suprir emergencialmente o Estado já estão na capital, Macapá, e que equipes da agência integram a comitiva do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, no Amapá nesta quinta-feira.

A agência afirmou ainda "que vai acompanhar o andamento dos trabalhos com vistas à plena normalização do atendimento". O órgão não comenta na nota se irá ou não recorrer da determinação.

A decisão de afastamento temporário da diretoria da Aneel veio do juiz federal de 1ª instância, João Bosco Costa Soares da Silva, que tomou a mesma medida em relação aos diretores do Operador Nacional do Sistema (ONS) em função do apagão que atingiu o Amapá. A decisão foi dada para evitar interferência na apuração das responsabilidades pelo blecaute, justificou o magistrado.

No início do mês, um incêndio em uma subestação de energia da capital Macapá deixou 13 dos 16 municípios do Estado no escuro. Nos últimos dias, o abastecimento ainda não havia sido regularizado 100% e vinha sendo feito pelo sistema de rodízio. Anteontem, o Amapá sofreu o segundo apagão em duas semanas.

A Justiça determinou o afastamento das diretorias no âmbito de uma ação popular movida pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

A Justiça Federal determinou o afastamento provisório, por 30 dias, da diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e dos diretores do Operador Nacional do Sistema (ONS) em função do apagão que atingiu o Amapá. A decisão foi dada para evitar interferência na apuração das responsabilidades pelo blecaute, justificou o juiz João Bosco Costa Soares da Silva.

No início do mês, um incêndio em uma subestação de energia da capital Macapá deixou 14 dos 16 municípios do Estado no escuro. Nos últimos dias, o abastecimento ainda não havia sido regularizado 100% e vinha sendo feito pelo sistema de rodízio. Na terça-feira (17), o Amapá sofreu o segundo apagão em duas semanas. A Justiça determinou o afastamento das diretorias no âmbito de uma ação popular movida pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

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O juiz federal enviou a decisão ao Tribunal de Contas da União (TCU) e à Polícia Federal do Amapá, que também foram acionados para apurar as causas e responsabilidades pelo apagão. "Portanto, por intermédio do afastamento provisório dos agentes públicos, busca-se fornecer ao juiz instrumento capaz de alcançar a verdade real, evitando-se que eventuais atuações dolosas possam atrapalhar a produção dos elementos necessários à apuração dos fatos e, por conseguinte, à formação do convencimento judicial", escreveu o magistrado na decisão.

O presidente Jair Bolsonaro ignorou nesta quarta-feira, 18, perguntas sobre o novo apagão no Amapá, ocorrido nesta terça, 17, quinze dias depois da população do Estado ficar completamente no escuro. Na primeira vez, o presidente demorou quatro dias para se pronunciar e, quando o fez, em transmissão pelas redes sociais, isentou o governo federal de responsabilidade sobre o problema.

Nesta quarta-feira, 18, Bolsonaro foi questionado sobre o assunto por jornalistas em duas oportunidades durante cerimônia que participou em Flores de Goiás (GO), cidade a 234 km de Brasília. Em ambas, o presidente não parou para responder.

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O assunto também foi ignorado em seu discurso no evento, em que o governo entregou títulos de terras a assentados da região.

Na noite de ontem, um novo blecaute atingiu todo o Estado, deixando a população de ao menos 13 cidades sem energia elétrica. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apontou como possível causa a falha em uma linha de transmissão da empresa responsável pela distribuição no Estado, a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA).

No último dia 9, quando voltou a falar sobre a falta de energia no Amapá nas redes sociais, Bolsonaro havia dito que o problema estava sendo normalizado e que 70% do Estado a energia já havia sido restabelecida. O fornecimento, no entanto, nunca chegou a ser completamente restabelecido e desde então vinha funcionando em esquema de rodízio. Como mostrou o Estadão, a vida de moradores afetados pelo apagão seguia repleta de improvisos e dificuldades por causa da situação.

Na ocasião, Bolsonaro reforçou as críticas à empresa fornecedora de energia no Estado e disse que o Ministério de Minas e Energia ainda estava apurando o que havia ocorrido. "Essa energia lá não é responsabilidade do Estado nem da União. É de uma empresa lá que ganhou a concessão", afirmou, em live transmitida no último dia 9.

Nesta quarta-feira, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) enviou ofícios ao ONS, à Companhia de Eletricidade do Amapá e à concessionária Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE) cobrando explicações sobre o apagão no Amapá de ontem.

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