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Ocupando cinco locais distintos na cidade de São Paulo até o dia 16 de novembro, o 7º Festival Contemporâneo de Dança começa nesta quinta-feira, 30, na Galeria Olido, com Marlene Monteiro (Cabo Verde/Portugal). Ela faz parte do Coletivo Bomba Suicida desde sua criação, em 1997, e dança Guintche (2010), apresentado no FID do ano passado, em Belo Horizonte.

Mantendo a originalidade da sua curadoria, o FCD continua, felizmente, ignorando o vírus mercadológico da novidade e apostando na consolidação do conhecimento. Assim, traz novamente Ivo Dimchev (Bulgária/Áustria), com duas performances (Concerto e iCure), e Taoufiq Izeddiou (Marrocos), desta vez com a sua companhia, Anania (Rev'illusion).

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Comprometida com a educação ao longo do tempo, a programação do FCD abre espaço para jovens criadores sul-americanos, apresentando Luciana Chieregato, do Coletivo Qualquer (Brasil/Espanha, com Gag), Cecília Lisa Eliceche (Argentina/Bélgica, com Cow’s Theory) e a dupla Santiago Turenne/Miguel Jaime (Uruguai, com Surto). E realiza Oficinas de Criação com Ivo Dimchev (4 e 5 de novembro) e Taoufiq Izeddiou (4, 5 e 6 de novembro). A oficina de Marlene Monteiro aconteceu dias 28 e 29 de outubro.

Declarando-se interessado na experimentação e na criação de novos contextos para a dança, o FCD acolhe novamente o 7 X 7, importante projeto sobre as maneiras de se falar de dança que, desde 2009, acompanha todas as suas edições. Sheila Ribeiro concebeu o 7X 7 para estimular a produção de leituras poético-críticas de obras de dança.

Com as características de forte tonalidade não-colonizada que vem lapidando, o FCD realiza uma bem-vinda ampliação no rol das figurinhas carimbadas na dança contemporânea. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O atual diretor técnico da Pinacoteca do Estado, Ivo Mesquita, negou que sua saída do cargo, que será ocupado pelo professor e crítico Tadeu Chiarelli a partir de fevereiro, tenha sido provocada por uma decisão do conselho administrativo da instituição, presidido pelo colecionador e banqueiro José Olympio Pereira. "Coloquei meu cargo à disposição, após a reforma que instituiu o cargo de superintendente, para seguir novos caminhos como curador", disse. "Isso não tem nada a ver com uma intransigência minha em diminuir o orçamento do museu para o próximo ano, como chegou a ser veiculado", concluiu Mesquita, que tem ainda dois projetos curatoriais vinculados à Pinacoteca, entre eles uma mostra com o acervo da Fundação Helga de Alvear, uma das mais sólidas instituições espanholas, e do artista cubano Carlos Garaicoa.

Mesquita trabalha há 12 anos na Pinacoteca. Assumiu primeiro o cargo de curador do octógono, de 2003 a 2006, depois o de curador-chefe e, desde 2012, é o diretor técnico da instituição, quando substituiu o atual secretário de Estado da Cultura, Marcelo Mattos Araújo. Com a sua saída, o novo cargo de superintendente será ocupado por Chiarelli, que vai contar com a assistência do diretor financeiro Marcelo Dantas, em substituição a Miguel Gutierrez, que assumiu o mesmo cargo no Museu de Arte de São Paulo (Masp). O diretor de relações institucionais permanece o mesmo, Paulo Vicelli.

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Durante a gestão de Mesquita, foram realizadas importantes mostras internacionais, entre elas das de Giacometti (2012), William Kentridge (2013) e, mais recentemente, a da artista brasileira de origem suíça Mira Schendel, que veio da Tate Modern de Londres. Com a instituição inglesa, a Pinacoteca firmou um acordo nas áreas técnica, educacional e expositiva. Para 2016, está prevista, segundo Mesquita, uma grande mostra da inglesa Bridget Riley, pioneira da op art londrina com grande reputação entre os críticos. Ainda este ano, a partir de 20 de novembro, o público paulistano poderá ver a mostra do escultor australiano Ron Mueck, que atraiu milhares de visitantes ao MAM do Rio. Entre as obras estão três esculturas recentes e inéditas (Mueck trabalha o corpo humano em grandes dimensões).

Para trazer exposições como essa, entre as 20 que realiza por ano, a Pinacoteca necessita uma verba superior aos R$ 35 milhões do seu orçamento anual, parte dele (R$ 12 milhões) destinado às mostras. A estrutura da instituição cresceu durante a gestão de Marcelo Araújo, atual secretário de Estado da Cultura, de quem Ivo Mesquita foi o braço direito durante os dez anos (de 2002 a 2012) em que Araújo esteve à frente dela. Foi justamente em 2002 que a gestão do museu foi transferida para a Associação Pinacoteca Arte e Cultura (Apac), cujo conselho de administração está a cargo do colecionador José Olympio Pereira. Ele agradeceu a contribuição de Mesquita por esses 12 anos na Pinacoteca, afirmando que "sua marca ficará registrada na história deste museu".

O professor Tadeu Chiarelli, atual presidente do Conselho de Orientação Artística da Pinacoteca, órgão consultivo da Secretaria de Cultura do Estado, garantiu que vai dar continuidade aos projetos de exposição desenvolvidos durante a gestão de Mesquita, entre os quais estão incluídas retrospectivas de Nelson Felix, Nuno Ramos e José Resende. Chiarelli, que deixou este ano a direção do Museu de Arte Contemporânea (MAC), diz estar contente pela oportunidade de trabalhar com antigos colaboradores e orientados, hoje funcionários da Pinacoteca.

O novo superintendente ainda não comunicou sua decisão de aceitar o cargo na Pinacoteca à Universidade de São Paulo (USP), onde é professor. "Isso não significa abandonar a universidade", garantiu, definindo como "irrecusável" o convite feito pela Apac, com apoio do secretário Marcelo Araújo. Chiarelli tem larga experiência como diretor de museus. Esteve à frente do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) de 1996 a 2000 e do Museu de Arte Contemporânea da (MAC/USP) entre 2010 e 2014. "Ainda estou sob o efeito da saída do MAC, que foi uma experiência intensa e muito trabalhosa", admitiu Chiarelli.

Mesmo com um recorte de tempo limitado - com obras realizadas entre o 60º aniversário de Turner e sua morte, em 1851 -, a mostra Late Turner - Painting Set Free traça um panorama bastante vasto das questões que mobilizaram o pintor ao longo da vida e que, de certa forma, se intensificaram em sua fase madura, reunindo quase duas centenas de pinturas, desenhos e esboços.

Lá estão presentes diversos subtemas, como a importância das viagens, a presença das narrativas clássicas e dos mitos, a capacidade inesgotável de experimentar novas técnicas e formas de pintar e o interesse crescente pelas marinhas - ao ponto de dizerem que ele teria se amarrado a um mastro de navio para ver como era uma tempestade de verdade. Mas o principal foco de interesse, que parece costurar todos esses segmentos, é o anseio por sublinhar a notável capacidade do artista de condensar, num mesmo e intenso processo, um profundo interesse pelos temas históricos e míticos com uma observação arguta, atenta e dramática do mundo moderno. Obras em destaque, como Rain, Steam and Speed (1844), uma impactante e inovadora representação visual da sensação de movimento (ao ponto de Constable ironizar dizendo que ele usava fumaça tingida ao invés de tinta), são exemplos precisos dessa atitude de confronto entre o progresso e a natureza. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A Fundação de Cultura Cidade do Recife promove entre os sábados, de 8 de novembro a 6 de dezembro, a oficina Arte-Educação em Diálogos com a Antropologia, com a professora e antropóloga Nicole Costa. Os encontros acontecem às 9h, no Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (MAMAM). 

Os encontros visam promover reflexões e atividades práticas sobre conceitos relativos a arte, arte-educação e suas relações com a antropologia. Entre as atividades, que ajudarão a construir algumas práticas em arte-educação: leitura de imagens (marcadamente de obras advindas de fontes da antropologia, tais como produções indígenas, africanas e afro-brasileiras); mediação cultural; biografia de objetos (artísticos, musicais ou de outras naturezas) e colecionismo.

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O público alvo da atividade são arte-educadores/mediadores de museus, professores, estudantes de literatura e demais interessados pelo assunto. Para se inscrever, o candidato deve enviar e-mail para inscricoesartesvisuais@gmail.com identificando no assunto do e-mail o nome: OFICINA ARTE EDUCAÇÃO, até o dia 4 de novembro. No corpo do email devem constar: nome completo, endereço, telefone, breve currículo (até 300 palavras) e carta de intenção (300 palavras). Os candidatos selecionados serão comunicados até 2 dias antes do início da atividade. A oficina de Arte-Educação em Diálogos com a Antropologia é coordenada pela Gerência do Centro de Formação em Artes Visuais da Cidade do Recife (CFAV) e pela Gerência de Artes Visuais da Cidade do Recife.

Serviço
Oficina Arte-Educação em Diálogos com a Antropologia com Nicole Costa
08, 22 e 29 de novembro, das 9h às 13h |   06 de dezembro, das 9h às 18h 
Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (Rua da Aurora, 265 - Boa Vista)
Gratuito 

 

O fera que está se preparando para o vestibular deve ficar atento. Faltando poucos dias para a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Portal LeiaJá traz nesta quinta-feira (16) dicas de literatura com a professora Erika Costa do Colégio BJ e Curso. 

Durante resolução de questões, a educadora reforça que estudantes devem saber diferenciar as funções das artes, e principalmente ter conhecimento sobre Semana de Arte Moderna. Assista ao vídeo abaixo:

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O novo diretor artístico do Masp Adriano Pedrosa anunciou, em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira, 9, a volta dos cavaletes de vidro projetados pela arquiteta Lina Bo Bardi para a exposição do acervo permanente do museu. Projetados há 46 anos, os cavaletes estavam sem uso há pelo menos 15.

Os objetos devem estar de volta em meados de 2015. O diretor presidente do museu, Heitor Martins, também anunciou a retomada do vão livre do Masp para a realização de exposições. Ele está em negociações com a Prefeitura. É provável que a Feira de Antiguidades semanal seja retirada do local.

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Os diretores ainda não anunciaram nenhuma exposição internacional, mas afirmaram estar em conversas com entidades estrangeiros. Uma delas é Metropolitan Museum, de NY, para o qual o Masp vai emprestar um quadro de Cézanne.

Quanto ao prédio anexo, Martins revelou que as conversas com a Vivo, proprietária do prédio cedido ao Museu, estão bem adiantadas, mas não falou sobre valores que o Masp pretende investir na reforma do prédio.

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Recife ganhou o primeiro parklet permanente da cidade. O espaço foi montado na Rua do Futuro, em frente ao Parque da Jaqueira, na Zona Norte do Recife. A estrutura é uma intervenção urbana, agindo como uma extensão da calçada, com bancos, pufes e bicicletário.

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São quatro bancos com encosto, medindo 1,5 metro de largura, jardineiras e três pufes. O bicicletário terá 1,6 metro de largura. Segundo a Prefeitura do Recife (PCR), o parklet é de madeira pinus com verniz naval, sendo resistente ao sol e à chuva. A estrutura recebeu ainda desenhos do artista plástico Bozó, da Nuvem, produtora especializada em arte urbana.

Para o movimento Cicloação Recife, a atitude da PCR é louvável. O grupo espera agora que as estruturas sejam colocadas em frente de estabelecimentos comerciais, substituindo um automóvel estacionado na frente por um maior espaço para atendimento aos clientes. 

A partir desta terça-feira, 7, os paulistanos poderão conhecer um dos mais importantes conjuntos de obras sacras de Cândido Portinari. A exposição Capela da ‘Nonna’: Fé, Religiosidade e Arte estará em exibição no Museu de Arte Sacra de São Paulo, instituição da Secretaria da Cultura do Estado.

A mostra reproduz, em dimensões reais, por meio de painéis e recursos cênicos, a beleza dos murais que Portinari pintou, em 1941, nas paredes da capelinha que ele mesmo mandou construir dentro de casa da família, em Brodowski (SP), para que sua avó Pellegrina, já doente, pudesse fazer suas orações.

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"Trata-se de um dos conjuntos mais importantes na vida e obra de Cândido Portinari. É a primeira vez que levamos uma exposição de Brodowski para São Paulo, em parceria com o Museu de Arte Sacra", explica Angelica Fabbri, diretora da associação que administra o Museu Casa de Portinari ao lado do governo estadual.

O espaço criado tem as mesmas dimensões da capela original e pinturas retratando São Francisco de Assis, Santa Luzia, São Pedro, São José, São João Batista, a Sagrada Família, entre outras figuras religiosas. O pintor usou as fisionomias de parentes e amigos para retratar os santos, retomando uma tradição de pintura presente, principalmente, entre artistas italianos do século XV.

O Museu de Arte Sacra de São Paulo, onde estará a exposição, é uma das mais importantes instituições do gênero no País. No local, havia um mosteiro e seu acervo é composto por coleções da Mitra Arquidiocesana, do Antigo Museu dos Presépios, da Ordem das Concepcionistas e de doações. São mais de 14 mil itens, incluindo obras de nomes reconhecidos, como Frei Agostinho da Piedade e Antonio Francisco de Lisboa, o "Aleijadinho".

Itinerante

A apresentação das obras de Portinari acontece quatro meses após o museu construído onde o pintor morava, em Brodowski, ser reaberto. Segundo Angélica Fabbri, a exposição em São Paulo complementa a programação de reabertura, depois de dois anos de reforma. "Queremos alcançar novos públicos e fortalecer a relação da instituição com a comunidade", explica.

Para ela, dar visibilidade a esse conjunto de arte sacra - tão significativo na obra de Candido Portinari - ajuda o processo. Quem for à exposição também poderá conferir itens que fazem uma releitura dos jardins do Museu Casa de Portinari, com os canteiros que formam a palavra DIO (Deus, em italiano), as roseiras cultivadas por Dona Domingas, mãe do artista, e textos com informações sobre a vida e obra de Portinari.

Índio, burguês, flâneur, intelectual, primitivo, artista, espectador extasiado. O fotógrafo peruano Martín Chambi (1891-1973) saiu de uma cidade muito pequena e muito isolada às margens do Lago Titicaca, com seus 16 anos, vindo de uma família indígena quéchua, para se tornar a grande testemunha visual do nascimento de uma nação, nos primeiros anos do século 20.

A mostra Face Andina, que o Instituto Moreira Salles abriu nessa quinta-feira, 2, em sua sede, traz algumas das obras mais importantes de Chambi, pelas quais se pode acompanhar seu percurso e suas revelações. São 88 fotografias (ampliações feitas a partir dos negativos de vidro originais) e 23 postais inéditos, encontrados recentemente pela curadoria em 6 álbuns comprados de um colecionador.

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Muitos se debruçaram sobre o esplendor das fotos de Chambi, que são maravilhosas. Para Mario Vargas Llosa, Chambi "desnudou a complexidade social dos Andes", entre outros méritos. O lote apresentado pelo Instituto Moreira Salles é um recorte que ilustra desde as origens do fotógrafo até os exemplares mais emocionantes do seu orgulho étnico.

Passando por festividades, casamentos, paisagens (como sua primeira visão do Caminho Inca) e cenas cotidianas populares, até chegar a seu período de maior reconhecimento profissional (quando teve um estúdio e começou a fotografar famílias burgueses), Chambi tinha um único objetivo, que era "conhecer e me confundir com o verdadeiro povo", além de imaginar um Peru "finalmente nosso". Tinha, portanto, um princípio ideológico.

"Ele nunca deixou de fotografar o povo andino, era um militante da valorização de sua gente", diz a curadora da exposição, Mariana Newlands. Mas Chambi fazia isso, esclarece a curadora, sem idealizar nem romantizar nada. Ele via com afetuosidade e carinho seus conterrâneos, mas não dourava a pílula. Essa característica "crítica", por assim dizer, de sua obra acaba por destacar elementos da dominação econômica, da submissão cultural, o espírito duro do progresso, as aspirações de classe social, assim como também do legado da terra.

Chambi aparece em vários momentos da exposição, eram comuns seus autorretratos. O que ilustra essa página mostra o fotógrafo olhando para um negativo de si mesmo como um Hamlet do altiplano, mas há também fotos suas em motocicletas e ao lado de sua mula no alto de uma montanha - o peso do equipamento era tamanho que ele precisava dos animais para se locomover, e ainda assim o fazia como um atleta.

Chambi começou estimulado pelo fascínio que sentiu ao ver os fotógrafos das mineradoras de ouro da região em que cresceu. Por ambição profissional, foi ainda garoto para Arequipa, onde teve como mestre outra lenda peruana, Max T.

Vargas. Tornou-se um dos primeiros fotógrafos a registrar a cidade de Machu Picchu, descoberta em 1911, e teve fotos publicadas em outros países, como no jornal argentino La Nación e na National Geographic.

Sua obra se fez cult no mundo todo, o que ajudou a família a recuperar seu legado (hoje, estimam-se em 30 mil os negativos existentes no Arquivo Fotográfico Martín Chambi). Seu triunfo é a vitória de milhares de peruanos anônimos, que tornaram-se parte do retrato de formação de seu país. "Havia conseguido ser mais um cusquenho em Cusco, querido e respeitado por pessoas importantes e simplórias, ricos e pobres. Minhas fotografias eram a causa, e minha identidade ancestral, minha inspiração." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O diretor-presidente do Museu de Arte de São Paulo (Masp), Heitor Martins, confirmou nessa quarta-feira, 1, que o curador-chefe do museu, Teixeira Coelho, continua vinculado à instituição, ainda que não no cargo ocupado por ele nos últimos sete anos. Martins negou que o novo titular da área tenha sido escolhido. "É leviano falar que tudo está fechado, pois o Conselho do museu vai se reunir no dia 8 justamente para decidir quem serão os curadores", disse o presidente do Masp. Martins garantiu que não nomeou o crítico Adriano Pedrosa para o lugar de Teixeira Coelho. "Ponderamos, eu e o conselho, que é melhor mudar o modelo curatorial e penso que deveremos ter entre quatro e cinco curadores trabalhando em equipe, não exclusivamente vinculados ao Masp".

Martins também negou que o Masp poderia vender obras para quitar suas dívidas, informação extraoficial como a do anúncio do nome de Adriano Pedrosa como curador-chefe do museu. "Nunca passou pela nossa cabeça vender obras para pagar dívidas, isso é uma coisa horrorosa, não faz sentido." O diretor-presidente reafirmou que a questão do endividamento do Masp está praticamente resolvida - o museu tem uma dívida de R$ 12 milhões e R$ 10 milhões já estão garantidos para saldar os compromissos.

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O novo modelo curatorial, que deverá ser examinado pelo conselho do museu no dia 8, segue a lógica da pluraridade para se conformar às necessidades de um museu que tem, entre suas 8 mil obras, peças de todos os períodos da história da arte, da Antiguidade clássica ao contemporâneo. "Não existe um curador com cabeça renascentista capaz de conhecer tudo isso, o que nos leva ao modelo da curadoria dividida entre curadores senior e junior", observou Martins.

Sobre a possibilidade futura de comprar obras para o Masp com o dinheiro da venda de peças do acervo, ela parece remota. Toda a coleção do museu (além do prédio e do mobiliário) foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em dezembro de 2003. Nessa reunião, grupos de pressão brigaram por causa da inclusão dos cavaletes de vidro projetados por Lina Bo Bardi para expor o acervo. O Instituto Lina Bo Bardi pediu o tombamento, mas o ex-presidente Júlio Neves conseguiu que os cavaletes fossem incluídos no item mobiliário - ou seja, ficava a critério do curador usá-los ou não, embora o decreto do Iphan, ao tombar o mobiliário, obrigue o Masp a responder pelos danos causados aos cavaletes, hoje fora do alcance da vista dos visitantes do museu.

Do acervo permanente, o museu tem hoje 250 obras expostas. Martins não anunciou as mostras temporárias do próximo ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ano de 2014 leva mais um grande nome da cultura brasileira. Desta vez, nos deixa o escultor, desenhista, ceramista, gravador e poeta, Abelardo da Hora. Mais um pernambucano que ganhou o mundo com sua arte e fez exposições em vários países da Europa, na Mongólia, na Argentina, em Israel, na antiga União Soviética, na China e nos Estados Unidos.

Apesar de ter sido, no começo da carreira, influenciado por Cândido Portinari, ele afastou-se de qualquer referência ou influência anterior e começou a construir um estilo próprio e que logo caiu no gosto do povo. As obras de Abelardo tornaram-se inconfundíveis. Ele era um apaixonado pela figura feminina e pelo povo.

Abelardo despertou para arte por coincidência, quando entrou, por acaso, na Escola Técnica da Encruzilhada e concluiu o curso de Artes Decorativas. No entanto, não acredito em coincidência. Abelardo se tornou o que era em sua essência: um dos pilares da arte moderna em Pernambuco.

As esculturas de Abelardo estão espalhadas pelo Recife, no entanto, é na sua casa que está a maior parte das suas obras. O artista trabalhava e vivia no mundo que ele mesmo criava. Quem olhava aquele pequeno homem, enxergava um jeito doce, a tranquilidade e a simplicidade de quem tinha prazer em viver e trabalhar.

Da Hora era um exemplo de vitalidade. Com mais de 1.800 obras e aos 90 anos, ele se preparava para novos trabalhos. Abelardo foi comunista, fundou a Sociedade de Arte Moderna do Recife, contou que foi preso mais de 70 vezes, inclusive durante o golpe militar, foi secretário de educação e tantas outras coisas. Mas, o mais importante, Abelardo da Hora foi e é história.

E, se a arte de Abelardo da Hora é, desde o começo, feita de amor e solidariedade, ele dedicava o seu amor às mulheres através das esculturas e a solidariedade vinha da inspiração que o povo e a vida popular lhe davam. Uma das séries mais famosas do escultor, “Meninos do Recife”, foi inspirada no sofrimento e na miséria do povo, e eternizada em esculturas expressionistas.

O último traço da genialidade de Abelardo da Hora foi sobre o futebol. A peça ‘O Artilheiro’ está imortalizada na entrada da Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata, sua cidade natal. Com um título sugestivo, a estátua simboliza o artista que sempre fez “gols” em todos os seus trabalhos. Em um ano tão marcante, perdemos mais um grande artista e inspirador.

Os dois principais convidados nos dez anos do festival Paraty em Foco, que começa nesta quarta-feira, 24, têm em comum a capacidade de transformar momentos ordinários em pura poesia. A japonesa Rinko Kawauchi, aos 42 anos, combina a serenidade oriental com perturbadoras imagens construídas com a luz. O norte-americano David Alan Harvey, que completou 70 anos em junho, trabalha igualmente com a luz, mas privilegia a sombra. Compreensível. Harvey estudou pintura, foi inicialmente marcado pela instabilidade da luz captada pelos impressionistas, mas retomou a trilha realista, tornando-se conhecido como um fotógrafo das ruas, ao adotar como referências Robert Frank e Cartier-Bresson, este último um dos criadores da respeitada agência Magnum, para a qual David Alan Harvey trabalha desde 1997.

O fotógrafo concedeu uma entrevista, por telefone, na qual falou principalmente de sua experiência brasileira, mais particularmente sobre seu livro Based on a True Story (Baseado numa História Real), vigoroso exercício de fotojornalismo que venceu no ano passado o Pictures of the Year (Poy), concurso instituído há 70 anos pela Universidade de Missouri. O livro é fruto de uma longa temporada de dois anos que Harvey passou no Rio de Janeiro, fotografando o povo nas praias e nas favelas com uma Leica M9, um iPhone e uma Panasonic GF-1.

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Para Alan Harvey, foi como voltar ao primeiro livro, Tell It Like It Is (Conte como é), de 1967. Para criar essas imagens antológicas, ele foi morar com uma família pobre de negros num gueto da Virgínia. Passou um verão inteiro documentando a vida desses deserdados. No Rio, a cor e a condição social de seus modelos não mudou. "Guardamos muitas semelhanças entre nós", ironiza o fotógrafo. "Apreender a cultura local é a minha meta, e não me desviei dela por um minuto, desde então", garante. "Tinha 23 anos quando fiz o livro e, na época, a relação entre brancos e negros era turbulenta", conta. "Meus pais não eram racistas, mas meu avô ficou bastante irritado quando fiz a série", lembra.

Alan Harvey era um garoto surfista de classe média que só pensava em festas e garotas, revela. Por motivos desconhecidos, o tédio burguês o levou a perceber a vida dos negros e ele teve uma espécie de epifania ao visitar o gueto negro que lhe abriu as portas do fotojornalismo, colocando o fotógrafo no caminho trilhado por Walker Evans e outros profissionais que, antes dele, registraram a miséria nos EUA. Com o sucesso do primeiro livro, suas aspirações foram além da estética, ao doar o dinheiro que recebeu da edição para a igreja da comunidade local. "Era um idealista, e continuo sendo."

Ele vai ministrar workshops e expor cinco gigantescas fotos (de 5 m x 5 m) na tenda montada na Praça da Matriz, em Paraty, onde também vão ser instalados quatro grandes cubos com 48 fotos de Rinko Kawauchi (backlights com imagens de seu livro Iluminance). No total, segundo o organizador do Paraty em Foco, Iatã Canabrava, serão 900 m² ocupados por imagens. Fotógrafos como o mexicano Javier Hinojosa, que usa drones para produzir fotos, vão ministrar 22 workshops.

Outros, como o holandês Niels Stomps, foram convidados para falar de seus fotolivros a um público calculado em 6 mil pessoas esperadas para o evento, orçado em R$ 1,3 milhão (a organização captou R$ 900 mil).

Tendo como curador das exposições o fotógrafo e curador independente espanhol Claudi Carreras, a décima edição do Paraty em Foco recebeu mais de 1.200 ensaios de 26 países. Entre os dez maiores festivais do gênero no mundo, o Paraty em Foco vai abrir gratuitamente a tenda da Matriz (sem a necessidade de retirar ingressos) para todas as entrevistas que serão feitas com os fotógrafos convidados - de David Alan Harvey e Rinko Kawauchi a Pedro Motta e Rodrigo Braga. A tenda tem capacidade para 400 pessoas. Já os workshops são pagos (R$ 450). Com patrocínio do grupo Itaú, Petrobrás, prefeitura de Paraty, Nikon e Faap, o festival vai até domingo, 28. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Brasil era um país em transição para o modelo industrial quando o fotógrafo de origem alemã Hans Günter Flieg desembarcou no porto de Santos com sua família, em 1939, escapando de uma Alemanha antissemita à beira da catástrofe nazista.

Flieg, nascido em Chemnitz, na Saxônia, tinha apenas 16 anos, mas uma relativa experiência com câmeras, que aprendera a operar entre 1937 e 1938 com a professora Grete Karplus, ex-funcionária do Museu Judaico de Berlim. Foram necessários apenas seis anos para que Flieg se estabelecesse como respeitado fotógrafo de publicidade e arquitetura, produzindo por encomenda algumas das mais belas imagens que registram o processo de desenvolvimento industrial e arquitetônico de São Paulo, cidade que adotou e onde mora até hoje, aos 91 anos.

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Flieg será homenageado pelo Instituto Moreira Salles (IMS) com um livro (Flieg - Indústria, Arquitetura e Arte na Obra de Hans Günter Flieg) e uma mostra retrospectiva no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP). A exposição, com 220 imagens do fotógrafo, será aberta neste sábado, 20, às 11h30, com uma visita guiada pelo curador Sergio Burgi. Ela traz fotografias do acervo do artista sob guarda do IMS, uma coleção com mais de 35 mil negativos registrados nas quatro décadas de atividades de Flieg, que encerrou sua carreira como fotógrafo em 1988.

Num contato inicial com as fotos em preto e branco do primeiro período de atividade de Flieg - anos 1940 a 1960 - é possível associar essas imagens aos princípios estéticos do construtivismo internacional, corrente em voga na Alemanha nos anos 1920, embora o fotógrafo, naturalizado brasileiro em 1965, não identifique essa filiação, preferindo ver na própria experiência profissional - o registro de indústrias, lojas e objetos - o marco zero de sua formação como fotógrafo. Um dos pioneiros da fotografia publicitária no Brasil, seu trabalho é caracterizado pelo rigor e pela limpeza formal, valores igualmente encontrados nos fotógrafos ligados ao movimento Neue Sachlichkeit (Nova Objetividade), em particular Albert Renger-Patzsch (1897-1966). Outro nome a ser lembrado e que mantém parentesco estético com Flieg é Paul Wolff (1887-1951), especialmente no que se refere ao registro de fábricas e fotos de arquitetura (como a do ginásio do Ibirapuera em construção).

Flieg trabalhou com grandes arquitetos, entre eles Lina Bo Bardi, que projetou o Masp. Fotografou o museu desde a pedra fundamental - aliás, antes dela, registrando a demolição do belvedere do Trianon, que deu lugar a um pavilhão onde foi realizada a 1.ª Bienal de São Paulo, da qual Flieg, aliás, foi o fotógrafo oficial, em 1951. Sua ligação com arte é antiga. "Foi por meio dela que comecei a fotografar, pois gostava de desenhar e fazer gravuras em linóleo na Alemanha", conta Flieg. Mas, ao contrário dos fotógrafos contemporâneos que procuram amalgamar pintura e fotografia, ele preferiu seguir o caminho do suíço Werner Bishof (1916- 1954), que buscou a serenidade e harmonia fora da representação pictórica, em confronto com o mundo real. Flieg admite que o intrigava o sentido de ordem e placidez presente no clássico livro sobre o Japão de Bishof, morto prematuramente, aos 38 anos.

Apesar de reconhecer tais referências, nunca se considerou um autor. "Não fazia distinção entre fotografar um chocolate da Candy ou uma fábrica da Klabin." Ele garante que tampouco frequentava o círculo dos que se dedicavam à fotografia experimental no Brasil, que ingressou na modernidade pela porta do concretismo (Geraldo de Barros, por exemplo). "Eu vim como imigrante e via a fotografia como ganha-pão", justifica. "Aprendi muito tarde a pensar em foto autoral, diria que por volta dos anos 1970, quando tive contato com Boris Kossoy e conheci Madalena Schwartz."

Kosoy viria a organizar a primeira retrospectiva de Flieg em 1981, quando dirigia o Museu da Imagem e do Som (MIS). Era uma mostra completa, que tinha desde uma foto do seu cão Ajax, fotografado pelo jovem Flieg aos 11 anos, até fotos de catálogos de indústrias. O fotógrafo conserva vários álbuns com fotos da família, sendo possível notar as semelhanças do precoce fotógrafo com Paul Wolff desde que começou a usar a câmera presenteada pelo pai (mais tarde ele adotaria Wolff como referência num calendário da Pirelli).

Acima de tudo, as fotos de Flieg são marcadas pela arquitetura da luz, que o fez valorizar os cristais da Prado, os móveis de Zanine, os prédios de Artacho Jurado, Rino Levi e Oscar Niemeyer."Nunca gostei de flash, usava lâmpadas normais", revela. Nem precisava. Hans Günter Flieg, decididamente, tem luz própria. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O quadro "Cleopatra's needle and charing cross bridge", obra de 1899 do pintor impressionista Claude Monet, foi vendido nesta quinta-feira (11) por R$ 20 milhões pela galeria Gagossian, de Nova York, durante a ArtRio, feira internacional de arte que começou na última quarta-feira (10), no Píer Mauá, na zona portuária do Rio de Janeiro.

A galeria não divulgou o nome do comprador, que fechou negócio. Ao final do dia, o quadro foi retirado da sala exclusiva onde era exposto na feira. A assessoria de imprensa do evento informou que só a galeria pode prestar informações detalhadas sobre a compra.

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Em 2011, a ArtRio surgiu com a ambição de se tornar uma das cinco mais importantes feiras de arte do mundo, do nível das gigantes Art Basel, na Suíça, e a londrina Frieze. Três edições depois, ainda pavimenta esse caminho, mas já conseguiu o feito de atrair - e fidelizar - grandes colecionadores e galerias como a Gagosian, a maior do mundo, a Pace e a David Zwirner, as três de Nova York, e a White Cube e a Victoria Miro, de Londres, movimentando mais de R$ 100 milhões a cada ano.

O sucesso da iniciativa dos sócios Brenda Valansi, Elisangela Valadares e Luiz Calainho se mede também pelo surgimento de eventos paralelos. Em sua terceira edição, a ARTIGO Rio, focada em obras mais baratas, acessíveis à "nova classe média", é um deles - 40% das obras à venda têm preços entre R$ 500 e R$ 5 mil. Trinta e cinco galerias estão participando. Pela primeira vez, a feira será no mesmo Pier Mauá da ArtRio, no armazém de número 6.

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"Não há concorrência entre as duas porque nosso foco é outro: não é alto comprador e, sim, a nova classe média, que sabe que a obra de arte vale mais do que o objeto de decoração, além da velha classe média. E tem também o colecionador que quer o artista novo, a promessa", explica Alexandre Murucci, idealizador do evento, que espera atrair 20 mil pessoas. "Somos um sinal de amadurecimento do mercado. Nas grandes feiras do mundo, existem até 20 eventos paralelos."

As duas feiras mesclam galerias brasileiras a estrangeiras, e vêm crescendo. Hoje ocupando os armazéns 1, 2, 3, 4 e 5 do cais do porto (são mais de 20 mil metros quadrados de área), a ArtRio começou com 83 galerias e público de 45 mil pessoas; hoje tem 110 galerias, de 13 países, e recebe cerca de 50 mil pessoas. Os organizadores não querem inflar esses números - depois de um primeiro ano de boom, a feira chegou a 2012 com 120 galerias e 74 mil pagantes, o que foi considerado exagerado. A peneira curatorial foi fina: mais de 450 galerias se inscreveram para vir.

"A gente chegou ao formato que quer seguir. Hoje o público é muito mais preparado. No primeiro ano, as pessoas não sabiam direito o que era uma feira, achavam que era uma exposição", acredita Brenda, para quem está provado que era descabida a dúvida quanto à capacidade de o mercado brasileiro acomodar uma segunda feira, sendo a primeira a SP-Arte (que existe desde 2005 e é realizada em abril).

"O Rio tem um apelo turístico, as pessoas vêm. E a cultura está no DNA das pessoas. Por outro lado, nós nunca quisemos fazer uma feira no Rio para o Rio e, sim, uma feira internacional no Rio. Buscamos o equilíbrio entre o brasileiro que compra arte estrangeira e o estrangeiro que compra arte brasileira", diz.

Entre os nomes nacionais, será possível encontrar de clássicos, como Cícero Dias e Maria Leontina, a novidades dos contemporâneos Vik Muniz, Nuno Ramos e Daniel Senise. Entre os estrangeiros, assinaturas estelares, de Monet e Picasso a Damien Hirst e Yayoi Kusama - todos com obras vendidas por milhões de dólares.

Os negócios mais vultosos devem ser fechados já nesta quarta-feira, 10, quando os grandes colecionadores, aqueles que frequentam o circuito de feiras internacionais, terão acesso privilegiado aos galpões. De carros executivos exclusivos, eles chegarão às 11 h, duas horas antes da abertura oficial, e terão curadores especializados para fazer visitas guiadas. Outros mimos à disposição são brunches oferecidos pelas galerias junto com os artistas, visitas a ateliês, a casas de colecionadores e a museus, em horários fechados só para eles.

Este ano, a arte de rua ganhou em status: a ArtRua será aberta amanhã no Centro Cultural Ação da Cidadania, perto do porto, e terá trabalhos inéditos de artistas reconhecidos, como o baiano Toz. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A dupla de artistas plásticos brasileiros Osgemeos divulgou nesta quarta-feira, 3, fotos dos seus primeiros painéis 360º, pintados em Vancouver, no Canadá, como parte da Bienal daquela cidade. O mural tem 20 metros de altura e mais de 2 mil m² e foi pintado por Gustavo e Otávio Pandolfo na região da False Creek, enseada que separa o centro do restante da cidade. Este é o maior mural público já feito pela dupla e faz parte da série Gigantes, pintada anteriormente em outras cidades do mundo.

De acordo com o site oficial da dupla, o primeiro desafio foi encontrar um gênero artístico que fossem além do convencional na mostra. "A proposta da Bienal tem uma forte conexão com esculturas, então optamos por um espaço no qual a pintura pudesse se transformar, criando um diálogo entre os mundos bidimensional e tridimensional", explicam Osgemeos na página.

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A escolha do False Creek - região pela qual passam mais de 10 milhões de visitantes por ano - não foi por acaso. "Para nós, a água age como uma veia, porque simboliza vida e está muito presente em nosso trabalho", afirmam.

O presidente e fundador da Bienal de Vancouver, Barrie Mowatt, também afirmou ao site da dupla que o mural se tornará uma das obras públicas mais icônicas da história.

Entre outros artistas que participam da Bienal estão Ai Weiwei, Andy Goldsworthy, Vik Muniz e Jonathan Borofsky

O Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) abre duas oportunidades na área de desenho e ilustração. A instituição oferece duas turmas para o curso de Ilustrador, uma com aulas iniciando no dia 12 de setembro, pela manhã, e outra no dia 15 à noite. Com carga horária de 160h, os cursos têm aulas três vezes por semana.

Os cursos contemplam vários assuntos, entre eles estão: técnicas para elaborar imagens, com conceitos de sombra e luz, forma, cor, perspectiva, composição e figura humana. Os conhecimentos adquiridos servem de base para outras áreas no ramo das artes gráficas e plásticas, como design, moda e publicidade.

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As inscrições devem ser realizadas presencialmente na Central de Atendimento Senac (CAS), situada na Avenida Visconde de Suassuna, nº 500, Santo Amaro. Os interessados devem ter, no mínimo, ensino fundamental completo.

Cursos de Ilustrador | Senac

Central de Atendimento Senac (CAS) - Avenida Visconde de Suassuna, nº 500, Santo Amaro

0800.0811.688

De 1998 a 2013, o programa de fomento Rumos Artes Visuais Itaú Cultural rastreou 400 artistas de todo Brasil, 35 dos quais estão reunidos na exposição Singularidades/Anotações, alguns já com carreira internacional, como a pintora e escultora Tatiana Blass, que, aos 35 anos, conquistou prêmios importantes no estrangeiro, e o fotógrafo Rodrigo Braga, cujo trabalho, marcado pelo choque - imagens da relação ancestral homem/natureza - já foi exposto em lugares como a Maison Européenne de la Photographie, em Paris. Os dois foram selecionados com mais 33 artistas para a mostra organizada pelos curadores Aracy Amaral, Paulo Miyada e Regina Silveira, que será aberta nesta quarta-feira, 27, no Itaú Cultural. Eles escolheram 60 obras que, em 2015, viajarão pelo Rio, Belo Horizonte e Fortaleza. Dez dos participantes vão ministrar workshops em várias cidades do País, mantendo a tradição do programa, a de promover o intercâmbio entre artistas.

Graças ao Rumos, alguns criadores com dificuldades de mostrar seus trabalhos, em virtude dos locais onde moram, puderam alcançar o eixo Rio-São Paulo - ainda o principal no mercado pelo número de instituições e galerias. Os curadores lembram, de imediato, dois nomes, o do cearense Vitor César, desde 2006 radicado em São Paulo, e o paulistano Yuri Firmeza, que se mudou para o Ceará, desenvolvendo seu trabalho no Nordeste, mas expondo regularmente na Capital (ele participa da 31.ª Bienal em setembro).

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Não só artistas, mas jovens curadores foram introduzidos no circuito pelo Rumos. Aracy Amaral e Regina Silveira lembram que o pernambucano Moacir dos Anjos, um dos curadores da 29.ª Bienal de São Paulo, começou sua carreira ingressando no programa. "Nos outros Estados não havia nada parecido e o Rumos fez com que Belo Horizonte e Curitiba, por exemplo, criassem programas para jovens artistas", completa o curador Paulo Miyada.

A linha curatorial não teve, contudo, a preocupação de estabelecer uma simetria regional. O critério, como sugere o título da exposição, foi a singularidade dos artistas, confirma a curadora Regina Silveira. De fato, não seria possível identificar uma tendência dominante depois de uma visita à mostra, considerando a diversidade de linguagens e técnicas - da pintura ao vídeo, passando por peças de alta tecnologia e instalações. No último caso está a obra A Espera (foto maior desta página), da dupla Leandro Lima e Gisela Motta, concebida no ano passado, que projeta sombras de um homem e uma mulher sentados em dois bancos de aço carbono.

A alta tecnologia está presente em obras como Arvorar, de Katia Maciel, em que o espectador sopra no bocal do microfone e as folhas de uma projeção começam a se mexer, ou na peça concebida por Lucas Bambozi, Obsolescence Trimmer (2012), que convida o visitante a manipular seu celular e ver diante de uma tela a imagem de centenas de telefones portáteis sendo destruídos pelo campo magnético gerado no ambiente. É, ao mesmo tempo, um manifesto contra o excesso de comunicação (sem qualidade) no mundo contemporâneo e contra o celular, diz Bambozi.

A questão do simulacro, que tanto preocupa a nova geração de artistas, está presente em obras como as fotografias da jovem Sofia Borges, paulistana de 30 anos que, na série Theater, deste ano, usa imagens copiadas e recicladas de desenhos, criando peças ambíguas que se assemelham a telas pintadas. A mostra traz também Autoridade, um dos primeiros trabalhos do veterano Caio Reisewitz, paulistano de 47 anos, criado para o primeiro Rumos, em 1998. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Arte para uns, erro para outros. As famosas tatuagens atravessaram séculos e acompanham gerações. Já serviram de ritual em tribos indígenas, como formas de identificação em campos nazistas, símbolo de força e de vida para os marinheiros, se “marginalizaram” através dos presidiários e, atualmente, viraram entre os jovens símbolos para a liberdade de expressão. 

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Quando as tatuagens ainda vêm acompanhadas de piercings, o preconceito é bem maior. O problema mais questionado é que os desenhos podem ser “mal vistos” por certas profissões consideradas conservadoras, representando assim uma barreira para a admissão. Então, essa escolha é um grande dilema para quem quer colocar os desenhos na pele. É preciso saber analisar como esse ato pode interferir na vida profissional.

Apesar de o preconceito contra pessoas tatuadas ser menos evidente atualmente, ainda existe um receio em algumas pessoas na hora de se tatuar por conta do mercado de trabalho. Na hora do "vamos ver" sempre surge aquela pergunta: “Ser tatuado pode ser um problema na hora de buscar emprego?”.  Na hora de uma seleção, é sempre importante saber o perfil da empresa, se o cargo é diretamente ligado ao atendimento ao consumidor e se você acredita ter o perfil para a vaga. Para a assessora de Recursos Humanos, Viviane Duque, as tatuagens não são motivos para a eliminação de um candidato em um processo seletivo. “ Não existe nenhum normativo, nenhuma norma de conduta e contratação que implique que a pessoa que for tatuada está fora da seleção”, afirma.

Em depoimento ao Portal LeiaJá, a assessora dá algumas dicas para os candidatos. Confira na entrevista em vídeo:

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As “aparências” não enganam

As tatuagens são presentes na vida do advogado Vinícius Santiago. Ele conta que pensou bastante no local que em que seria tatuado. “Nas primeiras tatuagens, minha preocupação era muito grande. Quando fiz a mais recente, na parte interna do braço, pensei como isso poderia repercutir na minha vida profissional. Embora a advocacia seja uma profissão extremamente tradicional, não há que se confundir a conduta do profissional com gosto e preferências da vida pessoal”, opina.

Para o advogado, as tatuagens não interferem  na competência,  no compromisso profissional e não podem estar vinculados apenas a imagem.“Acredito que as pessoas associam as tatuagens a uma vida desregrada. A representatividade dos desenhos e mensagens são pessoais, escolhidas para marcar eventos importantes. Em outros países, da América Latina mesmo, o uso de tatuagens é bem mais comum. É incrível como há resistência às diferenças. Afinal, considerar que uma pessoa riscada tenha um caráter duvidoso é, no mínimo, uma grosseria.”, complementa. 

Cuidados necessários na hora de se tatuar

Para evitar traumas, infecções e estresses, devem ser tomados alguns cuidados antes de escolher o local onde será feita a tatuagem. A primeira dica é que sejam visitados alguns estúdios, para que você tenha noção de como é o espaço e conheça tatuador. Preste também muita atenção se o local está com condições de higiene validadas pela Vigilância Sanitária. Pontos como esterilização do material, uso de luvas e o descarte delas devem ser analisados. Os tatuadores não podem receitar nenhum tipo de remédio, apenas pomadas para cicatrização.

Vale ressaltar que após fazer a tatuagem existem vários e importantes cuidados que devem ser seguidos para que possam garantir a cicatrização e evitar qualquer tipo de infecção. Depois de terminada a sua tatuagem, ouça bem as recomendações do tatuador sobre quais são os cuidados a serem tomados. Use uma película sobre o desenho e aplique a pomada no local. É importante evitar a exposição solar durante pelo menos um mês para que queimaduras sejam evitadas. Durante o processo de cicatrização é normal que a tatuagem ganhe uma crosta e que dê comichão, mas, evite coçar, a retirada pode modificar os desenhos. Ao primeiro sinal de infecção ou reação alérgica, consulte de imediato um médico.

O que diz a legislação?

Não existe nenhuma lei no Brasil que proíba o preconceito sofrido por pessoas tatuadas. Mas, o Art.1º da Lei Nº 9.029, de 13 de Abril de 1995, proíbe a adoção de qualquer prática discriminatória e limitativa para efeito de acesso a relação de emprego, ou sua manutenção, por motivo de sexo, origem, raça, cor, estado civil, situação familiar ou idade.

Mas em São Paulo, um projeto de Lei do deputado estadual Campos Machado, tornou crime a tatuagem feita em menores de idade, mesmo que eles tenham a autorização de seus responsáveis. O Art.1º da Lei 9.828/97 diz que estabelecimentos comerciais, profissionais liberais, ou qualquer pessoa que aplique tatuagens permanentes em outrem, ou a colocação de adornos, tais como brincos, argolas, alfinetes, que perfurem a pele ou ombro do corpo humano, ainda que a título não oneroso, ficam proibidos de realizarem tal procedimento em menores de idade, assim considerados nos termos da legislação em vigor.

Opinião do tatuador

Existem muitos profissionais bem treinados para tatuar e reproduzir com perfeição os desenhos e escrituras em corpos. O tatuador e grafiteiro  Júnior M. EU relata que o número de pessoas que fazem tatuagens tem crescido, que os clientes já tem noção do que querem fazer. “Grande parte da clientela já vai decidida do que quer fazer e onde, mas venho  percebendo que grande parte evita certos tamanhos e não mais lugares”, afirma o tatuador.

Júnior sempre aconselha seus clientes antes das sessões. “A pessoa tem que ser ela mesma e fazer o que lhe está confortável a fazer. Se ela não está segura de que quer ter uma tattoo no momento, então não é a hora certa. Às vezes o medo pode vir de casa, do trabalho ou igreja e quem tem uma tatuagem assume o risco e pra isso é preciso ter a mente decidida”, declara.

Entre as diversas homenagens prestadas ao ex-governador Eduardo Campos, uma em especial está chamando atenção, no Palácio do Campo das Princesas, área central do Recife. Quatro grafiteiros estão homenageando Campos, na noite deste sábado (16), através de pinturas e grafitagem.

De acordo com o artista Daniel Ferreira, a ideia é exaltar o líder e incentivar a classe. "De todos os gestores, Eduardo foi o mais presente, com projetos como os da Ilha de Deus", explicou.

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Além dele, estão os artistas Lídio Leão e Inaldo Junior, todos estão retratando a imagem do ex-governador.

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