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Profissionais terceirizados do Hospital Otávio de Freitas, localizado no bairro de Tejipió, Zona Oeste do Recife, decidiram reduzir a carga horária de trabalho para meio expediente, por tempo indeterminado. A medida foi tomada devido a um atraso de pagamento de salário, tíquete alimentação e vale-transporte que já dura 51 dias.

A decisão foi tomada após uma assembleia realizada nesta terça-feira (25), em frente ao hospital. Na oportunidade, ficou decidido que eles só retornarão ao horário normal de trabalho após o pagamento dos itens em atraso. Os trabalhadores contam com o apoio do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio e Conservação de Pernambuco (STEALMOIAC) e da Força Sindical de Pernambuco.

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Os serviços de terceirização correspondem ao setor administrativo do hospital, como recepção, farmácia (distribuição de medicamentos), manutenção, almoxarifado, serviço social, motorista, entre outros. De acordo com a Força Sindical de Pernambuco, trabalhadores terceirizados do Governo do Estado e da Prefeitura do Recife vêm recebendo o pagamento dos salários com atraso, além da falta de pagamento de benefícios, como tíquete alimentação e vale transporte desde o começo do ano.

O governo Dilma Rousseff voltou a atrasar recursos para a Caixa realizar o pagamento do seguro-desemprego, um programa obrigatório, o que configura a chamada "pedalada fiscal". Segundo dados fornecidos pela própria instituição financeira e também pelo Banco Central, a Caixa ficou sem R$ 44,5 milhões do Tesouro Nacional no fechamento do mês de março.

Os dados apontam que atrasos no repasse do Tesouro para a Caixa pagar o seguro-desemprego ocorreram nos governos Itamar Franco (1992-94), Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) e, principalmente, ao longo do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff (2011-2014). O governo defendeu que as pedaladas foram "totalmente corrigidas" desde o fim de 2014. Mas os dados do próprio governo revelam o contrário.

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De fato, as transferências do Tesouro para a Caixa pagar os programas Bolsa Família e abono salarial foram colocadas em dia desde outubro. No caso do seguro-desemprego isso também aconteceu, exceto em março. Foi, até aqui, o primeiro atraso verificado em despesas obrigatórias do governo no segundo mandato de Dilma. Os dados da Caixa e do BC, no entanto, terminam em abril.

Os documentos oficiais mostram atrasos no repasse para a Caixa pagar o seguro-desemprego de dois meses no ano de 1994, quando o presidente era Itamar Franco (então pelo PMDB), de um mês em 1996 e outro em 2001, já sob Fernando Henrique (PSDB). Em 2002, ano eleitoral, os atrasos aumentaram: foram quatro meses e somaram R$ 564,5 milhões, em valores nominais.

Abono

No caso do abono salarial os primeiros atrasos na série iniciada em janeiro de 1994 surgem apenas em setembro e novembro de 2003. São atrasos que, somados, não chegam a R$ 400 milhões. O mesmo ocorre com os três meses de atrasos registrados em 2004 e 2005 e os dois atrasos em 2006. Os atrasos só voltam em 2009 e 2010 em tamanho ainda menor (somaram R$ 37,8 milhões e R$ 34,1 milhões). As pedaladas começam a ganhar volume e repetição a partir de agosto de 2013. Somente naquele mês o atraso foi de R$ 1,49 bilhão.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo Dilma Rousseff atrasou por 21 meses, desde que assumiu a Presidência, repasses do Tesouro Nacional para a Caixa realizar o pagamento do seguro-desemprego, deixando o saldo do programa no vermelho. Essa manobra, chamada de "pedalada fiscal", foi intensificada no ano de 2013 e só interrompida em outubro de 2014, às vésperas de a reeleição ser definida.

O período com saldo negativo é superior ao dos dois presidentes que a antecederam. Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) tiveram, inclusive, mais tempo de mandato do que Dilma até aqui.

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Nos oito anos de gestão de Lula, as pedaladas com o seguro-desemprego ocorreram em 7 meses. Já nos dois governos do tucano FHC, o saldo do seguro-desemprego ficou negativo na Caixa em seis meses.

Ao todo, o saldo negativo do governo Dilma com a Caixa alcançou R$ 34,2 bilhões em recursos obrigatórios para pagar programas sociais, como Bolsa Família, seguro-desemprego e abono salarial, entre o início de 2011 e o mês de abril deste ano. Esses atrasos foram cobertos pelo banco, que precisou usar recursos próprios.

As "pedaladas fiscais" estão hoje no centro de um cabo de guerra entre Dilma e o Tribunal de Contas da União (TCU), que avaliará se as irregularidades são motivo para a reprovação das contas de 2014 da presidente. A oposição espera um parecer da corte pela rejeição para embasar um pedido de impeachment de Dilma.

Requerimento

Os dados sobre os saldos dos programas federais foram repassados pela Caixa e pelo Banco Central ao deputado federal Mendonça Filho (PE), líder do DEM na Câmara, por meio de um requerimento de informação.

Segundo o líder, o governo praticou "uma clara pedalada eleitoral" por causa da intensificação da medida às vésperas da disputa presidencial do ano passado. "As pedaladas tinham duas motivações: manipular as contas e facilitar a reeleição da Dilma", disse o líder do DEM na Câmara.

De acordo com a documentação de 138 páginas, os saldos negativos nas contas de programas sociais da Caixa, que são abastecidas pelo Tesouro, começaram em 2013, entre o mês de agosto (para seguro-desemprego e abono) e outubro (para Bolsa Família). Somente voltaram a ficar positivos um ano mais tarde, em outubro de 2014, data da eleição.

As pedaladas fiscais são apontadas pelo tribunal como um possível crime fiscal, por terem violado o artigo 36 da Lei de Responsabilidade Fiscal, que proíbe que um banco público (como a Caixa) financie seu controlador (a União). Segundo entende o Ministério Público de Contas, foi justamente o que ocorreu quando a Caixa usou seu próprio cofre para pagar programas do governo federal.

'Prestação de serviços'

Em sua defesa encaminhada ao TCU, Dilma nega que a relação entre a Caixa e a União seja de operação de crédito, mas sim de prestação de serviços. Neste caso, os atrasos nos repasses de recursos do Tesouro não constituiriam um crime fiscal.

Ao mesmo tempo, o governo apresenta dados mensais de 1994 até 2014 que mostram que atrasos pontuais ocorreram, em maior ou menor medida, em outros governos.

"Não existe meia gravidez. Se a mulher tem um mês ou nove meses de gravidez, não interessa, ela está grávida. Concordo que o volume e a repetição dos atrasos em 2013 e 2014 permitem um debate sobre uma mudança de sistemática. Mas se o entendimento (do TCU) caminhar para considerar a prática errada, ela é errada sempre que ocorreu, independentemente do tamanho ou da repetição", disse na segunda-feira à reportagem o advogado-geral da União (AGU), Luís Inácio Adams.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após votar o texto-base do projeto de lei sobre a desoneração da folha de pagamentos até por volta de 1 hora da manhã, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não conseguirá retomar a discussão da matéria no horário anunciado para esta manhã, que seria às 9 horas. Até por volta das 9h30, só 13 parlamentares registraram presença no Plenário da Casa.

Para esta quinta-feira, 25, está prevista a votação de 26 destaques ao texto. A sessão de ontem à noite foi marcada por obstrução da oposição, que reclamou que o relatório final do projeto, do deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), foi produzido de última hora e os parlamentares não tiveram tempo de analisar o texto. Além da obstrução da oposição, a sessão foi marcada por discussões em plenário e provocações. O líder da minoria, Bruno Araújo (PSDB-PE), ironizou o último discurso da presidente Dilma Rousseff enaltecendo a mandioca. A provocação trouxe discussão no Plenário e deputados chegaram a se exaltar durante a sessão.

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Antes de retomar nesta manhã a votação do projeto, último item do pacote de ajuste fiscal, líderes da base governista se reunirão a partir das 10 horas para discutir a estratégia em torno da apreciação dos destaques. Os governistas deixaram a sessão de ontem preocupados com os reflexos da derrota na Medida Provisória 672 na votação do ajuste fiscal. Ontem, os deputados aprovaram emenda a essa MP que vincula o reajuste do salário mínimo aos beneficiários da Previdência.

Lançado com entusiasmo em dezembro de 2014, o sistema de partilha de carros elétricos pioneiro no País ainda não está disponível à população. A expectativa era de que os veículos estivessem em livre circulação pelas ruas dos bairros do Recife e Santo Amaro desde março. De acordo com o Porto Digital, empresa por trás da iniciativa, o atraso aconteceu por falta de seguro que contemple os veículos. O novo prazo para liberação está marcado para o segundo semestre deste ano, ainda sem data definida.

Por ser um sistema inédito no País, existe dificuldade em encontrar propostas das seguradoras. Até agora, nenhum contrato foi fechado. Enquanto o problema não é solucionado, os veículos continuam em fase de testes. Três carros fazem parte do projeto de compartilhamento e cerca de 30 pessoas que trabalham no Porto Digital utilizam o transporte no dia a dia. 

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Ainda de acordo o Porto Digital, cerca de 780 viagens curtas já foram realizadas com os carros. Hoje, três estações estão disponíveis para os usuários nesta fase de testes, sendo que cada uma delas possui duas vagas. Ao ser liberado, o sistema deverá ganhar novas estações, com sistemas de câmeras e totens de alimentação de energia.

Quando for aberto ao público, o usuário vai poder se cadastrar no sistema pelo seu celular, através de um aplicativo, e fazer uma assinatura mensal de R$ 30. Cada viagem tem um custo de R$ 20 por trajeto de meia hora - caso queira fazer a viagem sozinho. 

O compartilhamento de carros foi pensado para estimular o transporte solidário a partir das caronas. Por isso, basta o usuário anunciar que está disposto a oferecer uma carona para que o valor da viagem caia pela metade. 

O veículo, modelo chinês Zhidou, possui dois assentos, rodam até 120 km sem precisar carregar e atingem uma velocidade de 60 km/h. O cadastramento ainda não foi iniciado, mas o serviço será oferecido para qualquer pessoa que possua a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e cartão de crédito. Multas e avarias serão pagas pelo próprio usuário.

A construção do primeiro túnel exclusivo para ônibus em São Paulo, projetado para interligar a Radial Leste ao Terminal Parque Dom Pedro, está parada. Menos de seis meses após o início, não há operários trabalhando no canteiro de obras, e a Prefeitura já admite rever o prazo de conclusão, inicialmente estipulado para novembro de 2016.

Orçado em R$ 150 milhões, o túnel de cerca de 700 metros de extensão foi anunciado pelo prefeito Fernando Haddad (PT) em outubro do ano passado. A maior parte dos recursos para execução da obra deve vir do Programa de Aceleração do Crescimento para a área de mobilidade (PAC Mobilidade Urbana), do governo federal. A Prefeitura, no entanto, alega atrasos no repasse das verbas que serviriam para pagar às empresas contratadas.

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O túnel integra o projeto chamado Corredor Radial Leste Trecho 1, que tem 12 quilômetros de via segregada para ônibus entre a Estação Vila Matilde, da Linha 3-Vermelha do Metrô, até a altura do Parque Dom Pedro, na região central.

O investimento total previsto é de R$ 455 milhões, dos quais R$ 15 milhões representam a contrapartida da Prefeitura. A via, que aproveitará parte de uma estrutura subterrânea inutilizada pela Companhia do Metropolitano, com extensão de 150 metros, vai levar os veículos que saem da Radial direto para o terminal.

A passagem subterrânea terá uma faixa em cada sentido, além de uma área central de segurança, caso algum ônibus apresente falhas. Em comparação com o acesso atual dos coletivos que saem ou chegam ao Parque Dom Pedro para a Radial, a Prefeitura estima que o túnel tornará o trajeto 20 minutos mais rápido.

Crise

A São Paulo Obras, empresa da Prefeitura responsável pelo gerenciamento do contrato, citou a crise econômica atual para justificar o ritmo das escavações. "Todas as obras com recursos do PAC estão em ritmo bem lento. O túnel tinha a previsão de término para o fim de 2016. No entanto, com a crise econômica que ocasionou a suspensão de recursos e a diminuição do ritmo das obras, esse prazo pode ser estendido", informou a empresa.

A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo esteve no local na sexta-feira passada e constatou que o "ritmo lento" da construção admitido pela empresa significava, de fato, a paralisação completa das obras.

Providências

A SPObras confirmou a ausência de trabalhadores no canteiro, mas disse que o ritmo citado se refere à tomada de providências burocráticas, como licenças, e também ao manejo arbóreo. As medidas, de acordo com a empresa, continuam ocorrendo. O Ministério das Cidades informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que "quitou todos os empenhos de obras de mobilidade que estão sendo realizadas pela Prefeitura". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Faz sete meses que os passageiros de voos internacionais do Aeroporto de Viracopos, em Campinas, têm de conviver com tapumes, guindastes e furadeiras. O novo terminal do aeroporto, que deveria ter sido entregue um mês antes da Copa do Mundo no Brasil, completou nesta semana um ano de atrasos. A operação, em um terço do edifício, é parcial desde outubro de 2014. O novo prazo para conclusão é setembro deste ano.

Funcionários que trabalham na construção dizem duvidar, no entanto, desse prazo. "Setembro? Deste ano? Muito difícil", comenta um. "Isso aí vai ficar pronto só em 2020", diz outro. Segundo a concessionária Aeroportos Brasil, o terminal está com 95% das obras concluídas. Em maio do ano passado, estava com 92%.

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Para o Mundial, o Píer A, exclusivamente internacional, foi inaugurado inacabado, para que o aeroporto pudesse receber jogadores de sete seleções, e, depois, só voltou a receber voos internacionais no dia 14 de outubro. Hoje, esse píer recebe 38 voos por semana, e ainda faltam o forro no teto para esconder a fiação, a substituição do piso, que é provisório, e a remoção das paredes de gesso que servem para esconder a obra dos outros dois píeres, o B (doméstico e internacional) e o C (doméstico), que permanecem fechados.

A concessionária foi autuada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) por causa do atraso, e a multa pode chegar a R$ 170 milhões, mais R$ 1,7 milhão por dia de atraso. A Anac informou que o valor ainda será definido.

Inacabado. Com decolagens e pousos concentrados à noite e na madrugada, o terminal fica vazio à tarde. No dia em que o Estado o visitou, havia mais operários circulando no terminal do que passageiros. "Estou detestando, não encontro ninguém para dar informações. Não tem o mínimo de estrutura ainda", disse a dona de casa Valéria Fonseca, de 51 anos.

A médica Dorothy Feres, de 62 anos, reclamou da falta de lojas e de tomadas, mas ressaltou que a construção "está ficando bonita". O seu marido, o médico Carlos Feres, de 67, disse acreditar que o prédio ficará "de primeiro mundo". "Mas ainda está bem cru", observou.

Já a aposentada Leda Alves, de 63 anos, se disse contente com a possibilidade de viajar por Viracopos. "Está um pouco parado por aqui, mas eu não pretendo nunca mais ir até Guarulhos para pegar um voo", explicou ela, moradora de Campinas, que costuma viajar todo ano.

Imprevistos. Inicialmente orçado em R$ 2 bilhões, o valor da construção passou para R$ 3 bilhões por causa dos atrasos. A concessionária, que começou as obras em agosto de 2012, teve de lidar com acidentes de trabalho (com dois mortos), paralisações de funcionários e autuações do Ministério Público do Trabalho, que denunciou até trabalho escravo.

Por falta de dinheiro, as obras diminuíram de ritmo no fim do ano passado. Um dos acionistas da concessionária é a empreiteira UTC, cujo presidente, Ricardo Pessoa, está em prisão domiciliar por seu envolvimento no esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato.

A obra é executada pelas construtoras Constran, que pertence à UTC, e Triunfo. No fim de abril, o aeroporto conseguiu a aprovação de R$ 633,7 milhões em empréstimo no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e agora faltam os trâmites burocráticos para a liberação do dinheiro.

Enquanto isso, as obras do novo terminal estão sendo tocadas por cerca de 500 operários - em 2014, 9 mil chegaram a trabalhar ali. A Aeroporto Brasil informou que, com o novo aporte do BNDES, quando liberado, "a obra terá, novamente, seu ritmo acelerado". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Parada desde junho de 2014 - quando teve sua primeira parte entregue pela presidente Dilma - a construção da Via Mangue foi retomada sem muito alarde na última segunda-feira (4). Com apenas 2% da obra a ser finalizado, segundo a Prefeitura do Recife, o novo prazo de conclusão é dezembro de 2015.

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Justificado por adequações no projeto ou falta de recursos, o atraso na entrega do corredor viário nunca foi explicado de forma convincente, visto que as esferas do poder público não se entendiam sobre os reais motivos do problema.

Inicialmente a retomada estava agendada para a primeira quinzena de outubro. Nesta época, a Prefeitura do Recife (PCR) disse que a demora na liberação de verba do Governo Federal foi uma das razões para o atraso no andamento do serviço. A PCR ainda afirmou que a disputa eleitoral havia sido um fator considerado relevante para o "esfriamento" da obra.

Na ocasião, o Governo Federal respondeu que  os recursos não haviam sido repassados porque a Empresa de Urbanização do Recife (URB) não havia enviado com a readequação pretendida pela Prefeitura.

Obra

Só nesta etapa, que segundo a Prefeitura corresponde a 2% do total da obra, serão aplicados 26 milhões de reais, fruto de um convênio com a Caixa Econômica Federal. O dinheiro é repassado à construtora Queiroz Galvão.

A principal intervenção desta etapa da obra é a alça da ponte do Encanta Moça, a tão falada “readequação”. Em outubro do ano passado, o LeiaJá esteve no local para tentar entender o que segundo a assessoria da PCR, seria um benefício aos pedestres e comerciantes com seus carrinhos de produtos que passam diariamente pela ponte Paulo Guerra.

Nossa reportagem averiguou e confirmou que após a liberação da alça de acesso à Via Mangue, a parte por onde os pedestres passavam foi cortada no meio. A intervenção, planejada pela URB, prevê “uma descida em espiral que passará por debaixo da ponte estaiada e será ligada à Avenida Herculano Bandeira”. Além disso, também estão nesta etapa a ciclovia e algumas calçadas.

Efetivo escalado

Desde a última segunda (4), cerca de 70 homens trabalham na obra. Número bem inferior ao encontrado no pico da operação, quando a obra chegou a ter aproximadamente 2.200 trabalhadores. Entre os 70, alguns com fardamento da Queiroz Galvão e muitos com a farda da Planes Engenharia.

Os funcionários terceirizados do Hospital da Polícia Militar do Recife paralisaram as atividades por tempo indeterminado a partir desta quinta-feira (7). O grupo cobra o pagamento de salários, tíquetes-alimentação, que estão atrasados há dois meses, e o pagamento de férias já cumpridas e do vale-transporte completo.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio e Conservação de Pernambuco (STEALMOAIC), a empresa GDM Empreendimentos e Serviços informou aos trabalhadores que não recebe os valores de repasse do Hospital da Polícia Militar do Recife há quatro meses e que não tem previsão de pagamento. 

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Os trabalhadores estão concentrados em frente ao hospital, localizado no bairro do Derby, na área central do Recife. Eles exercem a função de serviços gerais da unidade. 

Com informações da assessoria

A Secretaria das Cidades anunciou que não renovará o contrato com o Consórcio Mendes Júnior-Servix para a conclusão das obras do corredor Leste-Oeste do Sistema Bus Rapid Transit (BRT). O contrato com a Mendes Júnior terminou no final de abril. 

De acordo com o secretário executivo da Secretaria das Cidades, Marcelo Bruto, o consórcio estaria colocando muitos problemas, alegando também desequilíbrio contratual. “Nós estávamos observando. Tivemos aquele esforço para a retomada do Túnel da Abolição e discutimos também um novo cronograma para as obras do corredor, mas havia muita dificuldade”, comentou o secretário.

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Marcelo disse que neste momento sua equipe jurídica está analisando um novo processo licitatório. Com 80% das obras concluídas, o objetivo é que uma nova empresa retome o quanto antes. “O jurídico está observando justamente isso, a melhor forma de retomar a obra. Estamos estudando o Regime Diferenciado de Contratações (RDC) e a (lei) 8.666”, detalhou Bruto. 

No início do ano, a Construtora Mendes Júnior já havia se desligado do projeto de requalificação de 30 km da BR-101. O governo negociou com a segunda colocada da licitação, que não se interessou, e por último com a terceira colocada. Segundo a Secretaria das Cidades, o projeto também precisou ser revisado, já que foi elaborado em 2010. Neste momento o projeto está em finalização do processo de licitação e o contrato deve estar assinado com a construtora até o final de maio.

A situação dos aeroportos do País é de um número reduzido de atrasos no período próximo ao fim da manhã deste sábado (2). De acordo com o boletim mais recente divulgado pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), que é vinculada à Secretaria de Aviação Civil, apenas seis (0,9%) dos 670 voos domésticos programados apresentaram atrasos da zero hora às 11 horas deste sábado. No caso dos voos internacionais, somente um (4,3%) dos 23 programados saiu com atraso. Em relação aos cancelamentos, foram 143 (21,3%) entre os voos domésticos e nenhum entre as partidas para fora do Brasil.

O levantamento exclui o aeroporto de Guarulhos, que não é mais administrado pela Infraero e que conta com um boletim próprio sobre a situação dos voos.

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No Aeroporto de Congonhas, na zonal sul de São Paulo, nenhum dos 49 voos domésticos programados saiu com atraso. Um voo deste total (2%) foi cancelado.

Em Campinas, no interior paulista, o Aeroporto de Viracopos não teve voos atrasados, tanto na parte nacional como na internacional. Especificamente em relação aos cancelamentos, não houve casos entre as partidas para fora do País, mas foram anotados 20 (35,1%) entre os voos domésticos, de um total de 57 programados.

No Rio de Janeiro, no Aeroporto Santos Dumont, também não houve voos atrasados no período. Do total de 38 domésticos programados, sete (18,4%) foram cancelados.

Também na capital fluminense, o Aeroporto Tom Jobim teve dois voos domésticos atrasados (6,5%) e nenhum cancelado do total de 31 programados. Entre os voos internacionais, de um total de nove programados, não houve atrasos ou cancelamentos.

Em Brasília, o Aeroporto Presidente Juscelino Kubitschek, não teve voos atrasados, mas contou com dez (17,9%) dos 56 voos domésticos programados cancelados. Quanto aos voos internacionais, houve apenas um atraso, entre as duas partidas programadas e realizadas no período.

A partir desta sexta-feira (1°), pilotos portugueses da Transportes Aéreos Portugueses (TAP Portugal) entrarão em greve anunciada pelo Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC). A paralisação está prevista para durar 10 dias. Pessoas que vão aproveitar o feriado do Dia do Trabalhador para viajar podem contar com atraso ou cancelamento de voo desta companhia aérea. 

Para alertar os consumidores sobre seus direitos nestes casos, o Procon-PE divulgou algumas garantias que os passageiros têm, baseadas no Código de Defesa do Consumidor e na resolução 141 da Agência Nacional de Aviação Civil – Anac.

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São garantidos aos passageiros:

1 – Direito à assistência material que envolve comunicação, alimentação e acomodação, as quais são oferecidas gradualmente pela empresa aérea, de acordo com o tempo de espera: a partir de uma hora, comunicação (internet, telefonemas, e-mails, etc); a partir de duas horas, alimentação (voucher, lanche, bebidas, etc); e a partir de quatro horas, acomodação (hospedagem e transporte do aeroporto ao local de acomodação);

2 - Nos casos de atraso superior a quatro horas ou cancelamento, a empresa aérea deverá oferecer opções de reacomodação em outro hotel/empresa aérea ou reembolso que devem ser previamente autorizados pelo consumidor;

3 - Nos casos de cancelamento de voo, o consumidor tem direito ainda à declaração por escrito da empresa aérea, contendo o motivo do atraso ou cancelamento do voo;

4 - Caso o consumidor perca o pacote turístico, reserva, diária de hotel, ingresso de evento, etc, decorrente do atraso ou cancelamento do voo, a empresa aérea é responsável pela indenização dos danos morais ou materiais causados.

Os terceirizados das delegacias de Pernambuco se concentraram na manhã desta sexta-feira (24) em frente à Sede da Polícia Civil, na Rua Aurora, no bairro da Boa Vista, área central do Recife. A categoria protesta contra o atraso de dois meses no pagamento dos salários e vale-transporte, além do repasse do tíquete alimentação, atrasado há um mês.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio e Conservação de Pernambuco (Stealmoaic), a empresa terceirizada CNCRED teria dito que não recebeu os valores do Governo do Estado para efetuar os pagamentos. Durante o ato de hoje, a empresa contatou o sindicato para dizer que o pagamento será feito na noite da segunda-feira (27). Os trabalhadores também reclamam do baixo valor do tíquete, de R$ 48 por mês.

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A categoria pretende retornar aos postos só após a efetuação do pagamento. Caso na próxima semana o problema não tenha sido regularizado, uma nova manifestação deve ser realizada. De acordo com o Stealmoaic, cerca de 200 trabalhadores terceirizados da CNCRED fazem o serviço de limpeza das delegacias do Estado.

O governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB), anunciou nesta sexta-feira, 24, que o Estado decidiu atrasar o pagamento da parcela da dívida com a União referente a abril, no valor de R$ 280 milhões, para honrar a folha do funcionalismo público. "Devo adiantar que este é um recurso extremo, porque fizemos outros ajustes internos, tomamos outras medidas," afirmou em coletiva, lembrando que, desde o início do mandato, o governo publicou dois decretos de contingenciamento que preveem, por exemplo, a limitação de gastos com viagens, a redução do orçamento das secretarias e o congelamento de concursos públicos e nomeações.

De acordo com o governador, o atraso no pagamento da dívida foi necessário porque a arrecadação do Estado ainda está abaixo do esperado (apesar de ter melhorado em abril) e porque hoje o Estado não conta com outras possibilidades de incremento de receita. Na quinta-feira, 23, Sartori se encontrou com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, em Brasília, para pedir a liberação de R$ 200 milhões em repasses federais atrasados. Os recursos são relativos ao Fundo de Exportação e à Lei Kandir, que traz compensações pela desoneração em exportações. Levy, no entanto, informou que não haveria espaço fiscal para a liberação das verbas. "Devo dizer que ele (o ministro) não deu nenhuma solução para o episódio, e ficou de rever, avaliar e possibilitar que, num futuro, sejamos atendidos nos valores", disse Sartori.

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O governador afirmou que os cofres estaduais têm um déficit mensal em torno de R$ 400 milhões. Por isso, para manter os vencimentos dos servidores em dia, em abril será necessário atrasar o pagamento de fornecedores e prestadores de serviços, além de retardar o repasse da parcela da dívida à União. Conforme o governo, a folha da administração direta, incluindo fundações e autarquias, está em torno de R$ 1,8 bilhão ao mês.

Apesar de reconhecer que não há, no curto prazo, uma solução para a crise das finanças do Estado, o governador descartou a continuidade da inadimplência com a União. "Quero deixar claro que não estamos fazendo moratória nem calote", afirmou. "É uma medida extrema e ela será tomada uma única vez." Segundo Sartori, a expectativa é quitar a parcela de R$ 280 milhões com a União até o dia 11 de maio.

Ele admitiu que a medida anunciada hoje, de descumprir o contrato de pagamento da dívida, pode interferir na relação com a União e gerar sanções, limitando não só o repasse da arrecadação de impostos, com o IPI, mas também a liberação de recursos federais destinados a áreas como saúde e educação. "Sabemos que qualquer atitude com relação à dívida poderia penalizar o Estado", disse. "Sabemos que estamos correndo risco." De acordo com o governador, seguir retardando o pagamento do passivo não é uma opção justamente porque os prejuízos para o Rio Grande do Sul seriam "muito maiores" do que a economia obtida com a inadimplência.

O secretário da Fazenda do Rio Grande do Sul, Giovane Feltes, esclareceu que o juro relativo à parcela da dívida de abril em atraso será da ordem de R$ 20 milhões e incidirá somente no final do contrato, em 2028.

Com uma estimativa de déficit de R$ 5,4 bilhões para 2015, o governo gaúcho vem desde o início do ano sinalizando a dificuldade de "fechar a conta" no fim do mês. Em março, o Executivo chegou a estudar a possibilidade de atrasar o salário dos servidores, mas, na ocasião, o saque de R$ 300 milhões da conta de depósitos judiciais evitou a medida. Segundo Sartori, o anúncio de hoje reforça o compromisso do governo de manter em dia folha do funcionalismo.

Enquanto os corredores Norte-Sul e Leste-Oeste do sistema de Bus Rapid Transit (BRT) não são concluídos, as estruturas inacabadas começam a se desgastar. E a tendência é que a situação se agrave, visto que depois de atrasos e mais atrasos, a Secretaria das Cidades não consegue mais apontar uma data de conclusão.

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Na Avenida Conde da Boa Vista, na área central do Recife, as estações, que inicialmente eram provisórias pois possuem menos recursos que as demais e que serão permanentes, são as que apresentam os maiores traços de esquecimento: com grandes pichações, sujeira e estrutura com sinais de ferrugem. A estação que fica em frente à Faculdade Fafire, por exemplo, virou casa para morador de rua. Uma cama está instalada no local, além de restos de “quentinhas” e muitas mangas podres espalhadas.

Trabalhadores do entorno das estações da Boa Vista relatam que desde dezembro as obras estão paralisadas. “Usaram nosso dinheiro para levantar isso aí [parte da estrutura] e deixaram para lá”, reclama o vendedor Vanildo Barbosa Dias, de 64 anos.

Enquanto as estações de BRT da avenida não ficam prontas, os usuários do transporte público têm que se acostumar com as paradas provisórias. É que para construir os pontos de BRT foi preciso retirar algumas paradas ali instaladas e ampliar as restantes com uma parada de estrutura mais humilde. A professora Maria das Graças, de 61 anos, pega ônibus em uma dessas e lamenta não poder utilizar o BRT. “A situação está péssima. A gente tem que enfrentar chuva, sol forte...”, lamenta.

O projeto inicial continua sofrendo alterações desde sua primeira apresentação, tanto que a resposta da Secretaria das Cidades sobre a quantidade total de estações ainda é tratada como previsão. O número previsto para o corredor Leste-Oeste, no qual a Avenida Conde da Boa Vista está inserida, é de 22 estações; já para o corredor Norte-Sul, a previsão é de 28. Atualmente os trechos estão com 13 e 11 estações em operação, respectivamente.

Na Avenida Caxangá, na zona Oeste da cidade, quase todas as estações já estão em funcionamento, com exceção da que ficará instalada em cima do elevado para BRT, que se encontra em estágio inicial de obra. As estações Forte do Arraial, no bairro do Cordeiro, e Abolição, na Madalena, estão com vidros depredados. Os terminais integrados da III Perimetral, próximo ao Hospital Getúlio Vargas, e da IV Perimetral, ao lado do viaduto da BR-101, também estão incompletos e com obras paradas.

Outra estação com obras paralisadas está localizada na Rua Benfica, que liga a Madalena ao bairro do Derby. Por conta disso, a linha 437 – TI Caxangá (Centro), de veículo comum, que funciona parcialmente expresso, está embarcando pessoas nas paradas de ônibus da Benfica e não só da Avenida Conde da Boa Vista, como foi programada.

Na PE-05, em Camaragibe, moradores da comunidade das Barreiras possuem uma estação em frente a suas casas, mas não têm muito o que comemorar. A Estação Barreiras é mais uma sem operar e fica localizada entre duas que funcionam, mas a uma distância longe o suficiente para os moradores não se arriscarem a ir a pé até uma delas. “Pois é, a gente tem uma estação na porta de casa e não pode usar”, diz um usuário de ônibus na parada. “Vão nem ligar mais para isso porque já passou a Copa do Mundo”, alfineta outra moradora. 

Dos que utilizam o BRT do corredor Leste-Oeste, os camaragibenses parecem os mais insatisfeitos. Apesar do corredor ligar Camaragibe ao centro do Recife, após a PE-05 não há mais estações até o TI de Camaragibe, o que representa uma distância de aproximadamente 3,5 km sem paradas.

Para a Avenida Belmino Correia, em Camaragibe, eram previstas inicialmente cinco pontos de BRT. A Secretaria das Cidades esclareceu que, após dialogar com a Prefeitura de Camaragibe, concordou em revisar o projeto e instalar apenas quatro estações, visando minimizar o impacto das desapropriações que seriam necessárias. Não há sinais destas estações.

No corredor Norte-Sul as obras continuam, mas devagar e atrasadas. A reportagem do LeiaJá passou pela área e só viu trabalhadores em apenas uma das estações em obras. Uma outra estação em Paulista aparenta ter um futuro mais complicado maior, porque é conectada com uma passarela, que também está incompleta. “Essa obra trazia uma perspectiva de melhora, mas parou. Não vejo mais ninguém desde o período de eleição”, lamenta o ator Adriano Cabral, 43, que pega ônibus nas proximidades.

Já não bastasse as obras incompletas, as que já foram concluídas apresentam algumas falhas que acabam revelando um processo mal feito, sem zelo. É o caso, por exemplo, das informações presentes dentro das estações, que possuem tradução para o inglês. Uma delas, que fica ao lado das portas automáticas avisa: “Antes de entrar no ônibus, verifique se as portas do mesmo encontram-se posicionadas corretamente”. Logo abaixo, segue a frase em inglês: “Before boarding bus, make sure doors are fully opened”, que significa “antes de embarcar no ônibus, certifique-se de que as portas estão completamente abertas”. Enquanto o primeiro aviso pede que o usuário analise se as portas da estação estão alinhadas com a dos ônibus, visto que elas abrem automaticamente e não há a presença do cobrador para auxiliar o motorista do BRT, a mensagem em inglês faz um alerta óbvio o suficiente para não precisar ser feito. 

A Construtora Mendes Júnior é responsável pela execução dessas obras, mas está em situação delicada desde que apareceu nas denúncias da Operação Lava Jato. A Secretaria das Cidades disse que advertiu formalmente a empresa para que retome as obras paradas.

Ainda segundo a secretaria, só será possível prever a data de conclusão do Corredor Leste-Oeste quando as obras voltarem em ritmo normal. Já o Corredor Norte-Sul – 26 estações, TI Abreu e Lima e três passarelas de pedestres -  tem previsão de conclusão para o final do primeiro semestre de 2015. As demais obras dependem “da remoção das interferências”, segundo a resposta da secretaria.

O Grande Recife Consórcio de Transportes explicou que os vidros para substituir os que foram apedrejados na Avenida Caxangá já foram encomendados e estão vindo de São Paulo. O consórcio lembrou que o material é temperado e não se estilhaça, não oferecendo risco aos usuários.   

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O Ministério da Educação (MEC) liberou somente na semana passada dinheiro para quitar pagamentos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) referentes a 2014. Segundo a pasta, foram liberados R$ 200 milhões para repasses a instituições privadas que oferecem vagas do programa. O MEC garante que agora não haverá mais atrasos no Pronatec, uma das bandeiras educacionais do governo Dilma Rousseff.

Os procedimentos de pagamento estão em tramitação, segundo a pasta. O que significa que as instituições não necessariamente receberam as quantias, o que pode demorar ainda alguns dias.

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Por causa dos atrasos, algumas instituições adiaram a volta às aulas para alunos que estão com cursos em andamento. O adiamento das aulas foi tratado em reportagem de segunda-feira, 30, do jornal Folha de S.Paulo. Pelo menos duas escolas, uma do Paraná e outra de Minas Gerais, tiveram de mudar o calendário. As aulas do colégio mineiro Augustus, por exemplo, só voltarão no dia 6 de abril - um mês após o previsto.

Instituições particulares têm recorrido a empréstimos para arcar com as contas. "As escolas estão passando por uma situação complicada sem os repasses, principalmente as pequenas", disse o diretor executivo da Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior, Sólon Caldas. Havia atrasos referentes aos meses de novembro, dezembro e janeiro.

Normalmente, o MEC paga os valores até 45 dias após o mês letivo. A próxima previsão é de que um novo pagamento seja feito até 15 de abril. Em fevereiro, o MEC liberou R$ 119 milhões para pagamento das mensalidades das instituições privadas, valor que não foi suficiente para cobrir todo o déficit.

Ajuste

Os atrasos são reflexo de ajuste fiscal do governo iniciado ainda no ano passado - e sem relação com represamento de recursos por causa do atraso na aprovação do orçamento deste ano. "Esses valores de novembro e dezembro já deviam estar previstos no orçamento do ano passado", afirma Sólon.

Nos dois primeiros meses do ano, os gastos com o Pronatec foram 58% menores do que no mesmo período de 2014. O governo também não definiu quantas novas vagas serão oferecidas neste ano. Previsto para maio, o começo das aulas foi adiado para junho. A presidente Dilma voltou a reafirmar o compromisso de oferecer 12 milhões de vagas até o fim do mandato. Entre 2011 e 2014, foram cerca de 8 milhões.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Entidades de ensino reclamam que o governo federal atrasou envio de verbas para o programa de escolas em tempo integral, o Mais Educação. O programa do Ministério da Educação (MEC), que custeia a jornada de tempo integral em escolas municipais e estaduais de todo o País, estaria atrasado em pelo menos duas parcelas - a última de 2014 e a primeira de 2015. O MEC afirmou que não houve atrasos e que o prazo para os pagamentos termina no fim de abril.

"Recebemos reclamações de alguns municípios. Estamos levantando onde estão os casos. Houve atraso no início do ano", disse a presidente da União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Cleuza Repulho.

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De acordo com a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), o Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE) atrasou os recursos pela primeira vez desde a criação do programa.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) anunciou nesta terça-feira (24) que os funcionários terceirizados que prestam serviços de copa e portaria para a instituição vão receber até o final desta semana os salários atrasados desde o início do ano.

O pagamento faz parte de um acordo firmado entre a Projebel Serviços Comércio (empresa que contrata os funcionários), a UFRJ e o Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro (MPT-RJ). A empresa se comprometeu a regularizar sua situação com o fisco e a pagar os cerca de 300 funcionários, incluindo os profissionais que atuam em dois hospitais universitários do Rio de Janeiro, além de verbas rescisórias dos empregados cujo contrato foi encerrado.

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A partir desse acordo a UFRJ vai regularizar o pagamento de todas as empresas terceirizadas que prestam serviços para a instituição. Segundo a UFRJ, os repasses à Projebel começaram a ser feitos hoje, após a empresa regularizar o recolhimento de contribuições previdenciárias que estavam em atraso. "A empresa estava negativada no Sistema Unificado de Fornecedores (Sicaf), o que impediu a universidade de fazer o repasse. Queremos uma solução rápida, para que essas pessoas possam receber", destacou a pró-reitora da UFRJ, Araceli Cristina Ferreira, durante audiência de conciliação realizada na última sexta-feira (20) pela procuradora do Trabalho Guadalupe Couto.

A retomada dos repasses vai garantir o pagamento, até o final desta semana, de aproximadamente R$ 500 mil devidos aos empregados em função de salários, férias e verbas rescisórias. Com isso, o serviço de copa e portaria do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho e do Instituto de Pediatria da UFRJ serão normalizados. O atraso no pagamento de terceirizados da UFRJ foi denunciado ao MPT-RJ em fevereiro, levando à abertura de inquérito pelo órgão.

Segundo o reitor da UFRJ, Carlos Levi, desde janeiro a universidade vinha enfrentando problemas nos repasses, inclusive devido à demora na aprovação do orçamento da União para 2015, o que ocorreu na última semana. A universidade vinha recebendo recursos do governo federal em parcelas mensais correspondentes a apenas 1/18 do orçamento proposto para este ano. Além disso, em 2014 deixaram de ser repassados à instituição quase R$ 60 milhões, o que equivale a cerca de 20% do orçamento, segundo a reitoria.

Os cortes orçamentários sofridos pela universidade e a consequente dificuldade em repassar os valores às empresas terceirizadas fizeram a UFRJ adiar o início das aulas deste ano em duas semanas. O maior problema foi com a empresa Qualitécnica, responsável pela prestação de diversos serviços, incluindo limpeza. Devido ao atraso de mais de três meses no pagamento das faturas pela UFRJ, a firma deixou de pagar salários aos trabalhadores, o que levou à suspensão dos serviços. Após a abertura de inquérito, a UFRJ regularizou o repasse a todas as empresas, ficando pendente apenas a Projebel, cuja situação será solucionada esta semana, como fruto do acordo firmado com o MPT-RJ.

Um dos pilotos do avião Solar Impulse 2, que tenta dar uma volta ao mundo histórica sem combustível, queixou-se da lentidão da burocracia na Índia, onde a aeronave realizava nesta quarta-feira uma nova etapa, com um atraso de três dias.

Bertrand Piccard, um dos dois pilotos suíços do avião que funciona apenas com energia solar, explicou à imprensa que a decolagem da aeronave a partir de Ahmedabad, no estado de Gujarat (oeste), foi atrasada por culpa dos trâmites administrativos.

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Na terça-feira da semana passada, o avião pousou em Ahmedabad procedente de Mascate. Deveria partir no domingo para uma breve etapa com destino a Benares, na Índia, antes de voar a Mianmar.

Finalmente, o Solar Impulse 2 decolou nesta quarta-feira pilotado pelo suíço André Borschberg, e espera-se que chegue a Benares às 15h30 GMT (12h30 de Brasília).

Antes da decolagem, Bertrand Piccard disse que o atraso ocorreu por problemas com as autorizações.

"O atraso deve-se à administração, aos papéis, aos carimbos", disse.

"Não estou aqui para acusar ninguém. Só dico que nos últimos cinco dias tentamos reunir os carimbos necessários e todos os dias nos diziam 'amanhã'". "Levamos cinco dias tentando ter os carimbos e ainda nos faltam", acrescentou.

O protesto do piloto é incômodo para o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, que dirigiu precisamente o estado de Gujarat e declarou guerra à burocracia, permitindo "estender o tapete vermelho aos que quiserem fazer negócios na Índia".

Depois da Índia, o Solar Impulse 2 voará a Mianmar. Posteriormente enfrentará a etapa mais longa do trajeto: cinco dias seguidos de voo para um só piloto, que irá de Nankin (China) ao Havaí, no centro do Pacífico Norte.

No total, a aeronave percorrerá em doze etapas 35.000 km a uma velocidade relativamente modesta (entre 50 e 100 km/h) e sobrevoará dois oceanos, o Pacífico e o Atlântico.

No fim de julho ou início de agosto espera-se que retorne a Abu Dhabi, onde iniciou no dia 9 de março sua histórica volta ao mundo para promover o uso das energias renováveis.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta quarta-feira que estuda repassar verba às famílias com filhos em escolas estaduais para que comprem o material escolar. Hoje, estudantes da rede pública recebem o kit do próprio governo, que adquire os itens por meio de licitação. A proposta seria adotar método semelhante ao do Distrito Federal, que criou o "Cartão Material Escolar". A iniciativa permite aos pais que escolham que material comprar aos filhos, em qualquer livraria.

A afirmação, sem mais detalhes da proposta, foi dada após reportagem do jornal Folha de São Paulo, hoje, que revelou que cerca de 390 mil estudantes ainda não receberam os kits paulistas. Para o presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (ABFAE), Rubens Passos, um cartão de débito melhoraria o sistema. "Hoje existe muito desperdício."

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