Tópicos | atraso

Um ano e quatro meses após deixarem o terreno em Itaquera, na zona leste de São Paulo, os moradores da Copa do Povo ainda não sabem quando, de fato, terão casa própria. Ocupada às vésperas da Copa do Mundo pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), a área de 155 mil metros quadrados, perto do estádio de abertura do evento, a Arena Corinthians, chegou a abrigar cerca de 5 mil famílias, protagonistas de diversos protestos por moradia na época em que os holofotes estavam voltados para a região.

Hoje, uma placa informa a quem passa por ali que serão construídas 2.650 unidades habitacionais. As obras do Condomínio Copa do Povo, nome do empreendimento, porém, não têm prazo para começar.

##RECOMENDA##

Quando foi invadido, em maio de 2014, o terreno estava sem uso havia 20 anos. "Era um período de muita visibilidade. Várias famílias procuraram o movimento porque estavam enfrentando preços abusivos de aluguel na região por causa da Copa do Mundo", afirma Josué Rocha, da coordenação do MTST, uma liderança que atua diretamente na Copa do Povo.

Após protestos com barricadas e confrontos com a Polícia Militar, os sem-teto conseguiram do governo federal o compromisso de incluir a ocupação no programa Minha Casa Minha Vida Entidades, modalidade voltada para movimentos sociais. Inicialmente, a ideia era construir 3,5 mil moradias no local, mas o número de unidades já foi reduzido em quase 25%. "Foi o que coube no terreno", diz Rocha.

Projeto

A compra do terreno foi assinada em setembro, com recursos da Caixa Econômica Federal, mas o Ministério das Cidades, responsável por administrar o programa, ainda não recebeu o projeto para aprovar a construção de 12 condomínios, formado por prédios de oito a dez andares, áreas de lazer e apartamentos com sacada.

A expectativa do MTST é de que, até o mês que vem, todos os licenciamentos com a Prefeitura de São Paulo e o governo do Estado estejam resolvidos. Só então poderia ser iniciado o processo de contratação para obra.

Até lá, os antigos moradores da Copa do Povo vão continuar organizando reuniões periódicas e mutirões de limpeza e segurança do terreno.

Fora dos barracos, o grupo se divide entre os que foram morar de favor em casa de parentes e amigos ou pagam aluguel - caso do porteiro Edson Oliveira Santos, de 50 anos, que divide um apartamento com a mulher e quatro filhos na região. "Sobra muito pouco no fim do mês, quase nada", diz.

Santos diz que passou quatro meses com a família em um dos barracos da Copa do Povo. Muitas vezes, forrava o chão com lona para dormir. "Mas era melhor estar morando lá do que pagando aluguel", afirma.

Natural de Maceió, ele veio para São Paulo na década de 1990 em busca de emprego. "Nunca tive oportunidade para comprar uma casa. A expectativa é de um dia conseguir nossa moradia", diz o porteiro, que, nas palavras dele, ficou "animado" após a compra do terreno. "Sempre pedem para a gente ter paciência. O difícil é começar a obra, mas, se começar, termina."

Sem prazo

O Ministério das Cidades afirma que, na época da ocupação, União, Estado e Município assinaram um protocolo na 3.ª Vara Cível do Fórum Regional de Itaquera para viabilizar o projeto. "Não há previsão de prazo para a obra, pois o projeto está em processo de licenciamento e aprovação pelos órgãos competentes e os envolvidos em sua efetivação - governos federal, estadual e municipal - estão modelando suas responsabilidades."

O governo está preocupado com a possibilidade de o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes empurrar para fevereiro a tramitação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, ainda que diversos ministros do STF defendam decisão rápida sobre o trâmite rápido.

Próximo ao PSDB, Mendes sinalizou a intenção de "pedir vista" na ação que questiona o rito do afastamento de Dilma, causando apreensão no Palácio do Planalto, que trabalha para se livrar o mais rápido possível desse processo.

##RECOMENDA##

A ameaça foi vista por auxiliares da presidente como "o pior dos mundos". Um dia após conversa entre Dilma e o vice Michel Temer, a desconfiança entre ambos permanece no Planalto. Embora tenham estabelecido um pacto de civilidade para consumo externo, nos bastidores uma guerra fria movimenta o governo.

Temer vai se encontrar nesta sexta-feira, 11, com Mendes, em São Paulo, em inauguração de uma filial de um instituto do qual o ministro é sócio. Para interlocutores de Dilma, o vice adotou uma agenda de quem defende a deposição. Na noite de anteontem, depois de um diálogo formal com a presidente de 50 minutos, Temer circulou com desenvoltura em um jantar de confraternização na casa do líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE).

Não foram poucos os convidados que observaram a satisfação do vice. "Ele está pronto para assumir, se necessário for", resumiu o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES).

A estratégia acertada no Planalto, porém, consiste em não alimentar as divergências entre Dilma e Temer. "Os relatos que tive da conversa entre os dois são positivos. Sem nenhum tipo de otimismo falso, não vejo estremecimento", disse o ministro Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo).

Para Dilma, não há muito a fazer para recompor a aliança. A presidente precisa do PMDB para enfrentar o impeachment, mas a ala dissidente do partido, ao lado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), está ganhando força. Em conversas reservadas, petistas dizem que Temer "joga junto" com Cunha.

Ministros do PMDB pressionam deputados para reverter votos dados a Leonardo Quintão (MG), que assumiu a liderança da bancada no lugar de Leonardo Picciani (RJ), aliado de Dilma. Os ministros Marcelo Castro (Saúde) e Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) podem até reassumir os mandatos na Câmara para dar apoio a Picciani. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente Dilma Rousseff não chegou a Buenos Aires a tempo de assistir ao juramento e discurso de posse do novo presidente da Argentina, Maurício Macri. Dilma saiu de Brasília apenas por volta das 9h30 desta quinta-feira, 10, embora o horário previsto de embarque inicialmente fosse 9h. Seu plano era chegar às 11h15 a Buenos Aires e regressar às 15h45.

Segundo o jornal O Estado de S.Paulo apurou, a presidente chegou somente às 13h (horário de Brasília), quando Macri já encerrava seu discurso no Congresso Nacional argentino. Um dos motivos de atraso é que o avião presidencial precisou aguardar autorização para pouso por cerca de meia hora em Buenos Aires. Com isso, Dilma seguiu direto para a cerimônia na Casa Rosada, onde o presidente argentino vai receber os cumprimentos dos chefes de Estado.

##RECOMENDA##

Macri assumiu a presidência argentina às 11h45. Sob boicote da maior parte da bancada kirchnerista, ele fez o juramento diante do Congresso e exercerá o mandato até 2019.

O País tem cada vez mais cidadãos de cor preta ou parda, mas a desigualdade racial ainda diminui a passos lentos. Apesar dos avanços recentes no aumento da escolaridade, o nível de instrução da população preta ou parda permanece aquém da registrada pela população branca uma década atrás.

Na passagem de 2013 para 2014, mais brasileiros se declararam de cor ou raça preta ou parda: essa fatia da população cresceu de 52,9% para 53,6%, enquanto a fatia dos que se declararam brancos encolheu de 46,3% para 45,5%, segundo a Síntese de Indicadores Sociais 2015 divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, apenas 52,6% da população negra ou parda de 20 a 22 anos conseguiu concluir ao menos o ensino médio, contra uma fatia de 71,7% da população branca. Apesar da melhora ao longo dos anos, o patamar de pretos e pardos com pelo menos o nível médio completo ainda é bastante inferior ao da população branca que possuía esse mesmo grau de escolaridade (57,9%) uma década atrás, em 2004.

##RECOMENDA##

O mesmo fenômeno ocorre entre os estudantes de 18 a 24 anos que frequentam o ensino superior. Entre os pretos e pardos nessa faixa etária, 45,5% estão no ensino superior, uma evolução ante a fatia de 40,7% registrada em 2013. Entretanto, o montante ainda é menor do que a proporção de brancos que possuía esse grau de instrução em 2004 (47,2%). Em 2014, 71,4% da população branca nessa faixa etária frequentava o ensino superior.

"Em dez anos, eles (pretos e pardos) ainda não alcançaram o que a população branca tinha em 2004", confirmou Cristiane Soares, pesquisadora da Coordenação de População e Indicadores Sociais do IBGE.

A desigualdade racial se repete também na distribuição de rendimentos. Na população mais pobre - os 10% que recebiam os menores rendimentos no País em 2014 -, 76% eram pretos ou pardos. Entre aqueles do 1% dos mais ricos, que recebiam os maiores rendimentos, apenas 17,4% eram pretos ou pardos.

O ministro da Saúde, Marcelo Castro, passou por uma saia justa vergonhosa, ontem, em Gravatá. Enquanto o Estado disponibilizou R$ 25 milhões para o enfrentamento da epidemia da dengue, cujo mesmo mosquito tem propagado outras doenças, como a chikungunya e a zica, esta responsável pela microcefalia, o ministro sequer soube definir os valores destinados à operação emergencial que anunciou para detonar o perigoso inimigo, o Aedes aegyptie.

“Ainda não temos o valor porque esta é uma ação que envolve 17 ministérios”, disse o ministro, que frustrou o governador Paulo Câmara e todos os prefeitos presentes. Castro sequer convenceu na resposta quanto ao atraso de seis meses dos valores repassados pelo Ministério aos municípios para compra do larvicida, praga usada no combate às larvas responsáveis pela disseminação do mosquito.

“Perdi meu tempo. Vim de tão longe”, desabafou o prefeito de Petrolândia, Lourival Simões (PR), que viajou mais de 400 km para chegar até Gravatá. Também presente ao encontro, a prefeita de Arcoverde, Madalena Brito (PSB), saiu igualmente desapontada. “Nem acredito no que ouvi. Nunca vi uma reunião tão vazia. Quem salvou o encontro foi o governador”, afirmou, referindo-se aos R$ 25 milhões anunciados pelo Estado.

O Ministério da Saúde, segundo os prefeitos presentes, pode ser apontado como o principal responsável pelo surto da zica no Nordeste pelo fato de ter atrasado em seis meses os recursos para compra do larvicida ao mesmo tempo em que cortou 60% dos agentes de endemias. “Em Bezerros havia 50 agentes, hoje temos 20 e quem está pagando a conta é a Prefeitura”, disse o prefeito Severino Otávio, o Branquinho (PSB).

Integrante da diretoria da Amupe, o prefeito de Cumaru, Eduardo Tabosa (PSD), também reclamou. Contou que a União cortou mais de 50% dos agentes de saúde e não repassa o dinheiro do larvicida há seis meses. “Foi por isso que já estamos com um caso comprovado de microcefalia”, desabafou.

Na coletiva, o ministro da Saúde revelou despreparo e desconhecimento da pasta que dirige. Mais do que isso, mostrou que não tem domínio sequer do plano emergencial de combate ao mosquito da dengue. Já na plateia, recheada de prefeitos e secretários municipais de saúde, frustrou quem esperava algo mais concreto no momento em que afirmou que não faltarão recursos para evitar que a zica vire uma epidemia no País.

CONTAS NO VERMELHO- As contas de todo o setor público consolidado – que englobam o Governo, Estados, Municípios e empresas estatais – registraram déficit primário de R$ 11,5 bilhões no mês de outubro, ante R$ 7,3 bilhões em setembro, segundo relatório do Banco Central. O resultado é o pior desde o início da série histórica, em dezembro de 2001. De acordo com o BC, o resultado do mês de outubro foi impactado pelo adiamento do cronograma de pagamento de uma parcela do décimo terceiro dos aposentados, que passou de setembro para outubro neste ano.

Sertânia com a saúde na UTI– O prefeito de Sertânia, Guga Lins (PTB), que jogou a saúde do município da UTI, enfrenta, hoje, a ira dos servidores que trabalham na área. Eles se concentram pela manhã em frente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais e de lá seguem em passeata pela cidade. Denunciam o sucateamento dos hospitais, a falta de medicamentos, a defasagem e redução dos seus salários, além da falta de médicos.

Rejeição de Lula– Avaliação feita por integrantes da cúpula do PT aponta que o aumento da rejeição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o ponto que mais preocupa na pesquisa Datafolha. Pelo levantamento, a rejeição de Lula é de quase metade dos eleitores, atingindo 47%. Para o PT, dois fatores contribuem para uma rejeição tão elevada: o agravamento da situação econômica e os desdobramentos da operação Lava Jato, que tem atingido políticos importantes do Partido dos Trabalhadores, como o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), preso na semana passada.

Contaminado por Dilma– A pesquisa Datafolha aponta que, em quatro cenários de disputa presidencial, Lula teria dificuldades em voltar ao Palácio do Planalto. Se a eleição fosse hoje, ele perderia para o tucano Aécio Neves, em primeiro e segundo turno, e também perderia em segundo turno para Geraldo Alckmin e Marina Silva. “Isso mostra que a rejeição ao governo Dilma já contamina a liderança de Lula. É preciso o governo reagir na economia para voltar a recuperar a popularidade. Caso isso não aconteça, já enfrentaremos dificuldades na eleição de 2016”, diz um integrante da cúpula petista.

Lucas e Patriota sem unem – O PSB fez, no último fim de semana, mais uma agenda 40 em Petrolina sem a participação de dois importantes quadros do partido: o deputado federal Gonzaga Patriota e o deputado estadual Lucas Ramos, ambos dissidentes do grupo do senador Fernando Bezerra Coelho, que deve lançar o filho Miguel Coelho, deputado estadual, para disputar a Prefeitura. Lucas está negociando um partido para enfrentar Miguel nas urnas e deve contar com Patriota em seu palanque. O PSB em Petrolina virou um saco de gatos.

CURTAS

DE VOLTA– O ministro Gilberto Occhi, da Integração Nacional, informou, ontem, em Gravatá, que a presidente Dilma virá a Pernambuco na próxima semana. A ideia é que ela entregue trecho da Transposição do Rio São Francisco e assinar um termo de compromisso para Pernambuco licitar o abastecimento de água para o Interior.

ALÔ, VITÓRIA! – Hoje, estarei em Vitória de Santo Antão, na Câmara, às 19 horas, para lançar meus livros e fazer palestra sobre a conjuntura nacional. Amanhã, será a vez de Panelas, no mesmo horário, na Câmara. Na quinta, Garanhuns, também na Câmara e no mesmo horário. Na sexta-feira, Ouricuri, na Câmara, às 19 horas, e no sábado, por fim, em Itapetim, às 19 horas, na Câmara.

Perguntar não ofende: O Brasil ainda tem Governo?

Uma sobretensão de energia no trecho que vai da Estação Recife a Estação Ipiranga deixa a linha Centro do Sistema de Metrô praticamente parada na manhã desta segunda-feira (23). De acordo com a assessoria de comunicação da Metrorec, o ramal ficou sem energia elétrica e alguns passageiros desceram das composições e foram andando pelos trilhos, atrapalhando a normalização do sistema.

A assessoria também informou que técnicos já trabalham no local para reestabelecer o sistema e parte da energia já foi reestabelecida. Não há previsão de normalização da linha centro. A linha Sul opera normalmente.

##RECOMENDA##

 

Um grupo de manifestantes a favor da intervenção militar no Brasil parou o trânsito em frente ao Itamaraty e alterou a programação do almoço entre o vice-presidente Michel Temer e o príncipe herdeiro Haakon da Noruega.

Na chegada ao palácio, o comboio do vice e do príncipe tiveram que desviar do protesto, o que fez com o que o norueguês chegasse ao local antes de Temer. Pelo protocolo, o vice deveria receber Haakon para iniciar a confraternização.

##RECOMENDA##

Na saída, por questão de segurança, o príncipe herdeiro da Noruega deixou o local pelos fundos do prédio. Temer saiu em seguida, sem falar com a imprensa.

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) culpou, nesta quinta-feira (5), o excesso de chuva por não cumprir a promessa de entregar 4 mil litros de água por segundo na transposição da Represa Billings para o Sistema Alto Tietê. Hoje, a interligação opera com 1 mil litros de água por segundo, com apenas 25% da capacidade estimada. O tucano afirmou que até o final do mês a medida estará em "pleno" funcionamento. Ao todo, o Estado investiu R$ 130 milhões no projeto que, caso produzisse toda a água para que foi projetada, atenderia até 300 mil pessoas que hoje sofrem com os efeitos da redução de pressão na zona leste da capital e na Grande São Paulo.

"Atrasou um pouco em razão das chuvas. Aliás, é ótimo. Quanto mais chover melhor, mas é evidente que chovendo dificulta as obras que precisam ser feitas", disse Alckmin. "Se chover atrasa um pouco porque não dá para trabalhar com chuva. Mas a boa notícia é que todos os reservatórios estão subindo", explicou o governador que citou outras políticas para enfrentar a crise hídrica como o bônus da conta de água.

##RECOMENDA##

A transposição acontece pelo braço Taiaçupeba da Represa Billings. A água que sai deste ramal é enviada para o Sistema Alto Tietê que, segundo o governador está em uma situação que "preocupa mais que o Cantareira".

De acordo com o relatório diário da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o manancial em crise severa está com 14,7% da sua capacidade total de 573,8 bilhões de litros de água. Isso significa que as represas que foram o Alto Tietê tem apenas 84,1 bilhões de litros armazenados.

Histórico

A transposição do Rio Grande para o Alto Tietê enfrenta uma série de problemas desde a sua inauguração, no dia 30 de setembro. A cerimônia com a presença de Alckmin precisou ser adiada do horário da manhã para a parte da tarde por vazamentos inesperados nas tubulações.

Duas semanas após a entrega, a transposição precisou ser paralisada porque causava o assoreamento de um rio em Ribeirão Pires, no ABC paulista. Ainda em outubro, a medida emergencial foi embargada após inundações em ruas e fábricas da cidade. A Defesa Civil do município teve que interditar três casas.

Nenhum sinal de trabalhadores em obras. Cercado por tapumes, o mato crescido e entulhos habituais dos terrenos abandonados. O hotel-marina do Porto Novo Recife no Cais de Santa Rita, inicialmente, era para estar pronto para a Copa de 2014. Já este ano, novo prazo dado para início da construção: junho. Às vésperas do penúltimo mês do ano, o cenário não muda. Nada acontece.

Arrendada em 2012 pela empresa Gerencial Brasitec Serviços Técnicos, subsidiária da Companhia Excelsior de Seguros, a área foi contemplada com projeto de revitalização dos armazéns 7 ao 17, entre os quais já funcionam o polo gastronômico e a Central de Artesanato de Pernambuco. O hotel, marina e o centro de convenções, que funcionarão de forma integrada, correspondem aos armazéns 15, 16 e 17, respectivamente. 

##RECOMENDA##

[@#galeria#@]

Quando ganhou a licitação, há três anos, o grupo Excelsior obteve o direito de transformar os antigos armazéns de carga por 25 anos. Diretor-financeiro da empresa, Sérgio Bivar não se mostra satisfeito com a demora. “Estamos esperando a licença (de construção) sair. Não sei qual é o problema na prefeitura e acho até bom vocês cobrarem deles. O projeto parece que passou pela Regional, como projeto arquitetônico, mas ainda precisa ser aprovado pela CTTU, Secretaria de Meio Ambiente”. 

Bivar revela que um protocolo foi encaminhado à Secretaria de Meio Ambiente, no intuito de receber a licença de instalação, em meados de março de 2015. O empresário admite que o projeto “perdeu o ciclo econômico (de expansão) do Estado e o cenário de receita agora é outro”. “Éramos para ter começado há três anos. Dentro de um prazo de 25 anos, já perdemos mais de 7%, quase beirando a inviabilidade do projeto. Mas a crise não afetará, porque assumimos o compromisso”, disse o executivo da empreiteira. 

O hotel terá sete pavimentos, com mais de 200 leitos, com bares, restaurante e uma marina internacional com também 200 vagas. Interligado ao centro de convenções e um empresarial construídos nos armazéns 16 e 17, o projeto tem um investimento total de R$ 160 milhões.

Prefeitura rebate: grupo não deu entrada no pedido de licença

Através da Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano, a Prefeitura do Recife se defendeu e disse haver pendências do Grupo Excelsior de Seguros. Em nota, explica que o projeto do hotel-marina foi aprovado em fevereiro de 2015, após passar pela Comissão de Controle Urbanístico (CCU), pelo Conselho de Desenvolvimento Urbano (CDU) e “nas demais instâncias exigidas em um processo de análise de empreendimentos de impacto”.

Desde a aprovação, a Secretaria afirma que os “responsáveis pela construção não deram entrada na licença de construção”. Situação semelhante em relação aos armazéns 16 e 17, onde serão construídos o centro de convenções e empresarial. “O projeto seguiu para análise dos diversos órgãos e instituições envolvidos e foram feitas exigências aos empreendedores – etapa esta que ainda não foi concluída pelos mesmos”, explicita o texto. 

O discurso é o mesmo da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade. Segundo a pasta, as licenças prévias para a construção nos armazéns citadas já foram emitidas para os responsáveis pelo Porto Novo Recife. Porém, a Secretaria “aguarda a apresentação de novos documentos por parte do empreendedor para concluir o processo de licenciamento ambiental”. 

Os terceirizados da Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope) paralisaram as atividades por tempo indeterminado. Os trabalhadores estão fazendo um ato em frente ao prédio do Hemope, na manhã desta quinta-feira (29).

Na última sexta-feira (23), o sindicato da categoria já havia anunciado que aguardava até a quarta-feira (28) para o pagamento de salário atrasado. Os terceirizados da unidade - que fazem serviço de vigilância, portaria, serviços gerais e administrativos - cobram o pagamento do salário de setembro. As empresas responsáveis pelo serviço de terceirização são a Alforge e Via Service. 

##RECOMENDA##

Os funcionários do Hospital Geral de Areias (HGA), que também cobram salário atrasado, ainda não pararam as atividades. De acordo com o sindicato, a diretoria ofereceu uma proposta de quitar a dívida em quatro vezes. Os terceirizados vão apresentar uma contraproposta, para que o valor seja pago em duas vezes.  

No histórico de problemas acumulados nas obras da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), fazer qualquer previsão sobre a conclusão do projeto baiano virou um exercício de futurologia. As dúvidas desaparecem, porém, quando o assunto é o preço da ferrovia baiana.

Com seu cronograma original completamente comprometido, a Fiol viu seu orçamento estourar em nada menos que R$ 2,2 bilhões. O custo inicial da ferrovia baiana, que foi estimada em R$ 4,3 bilhões, agora já chega a R$ 6,5 bilhões.

##RECOMENDA##

Na quarta-feira (21), na tentativa de dar uma resposta e acalmar os ânimos de deputados durante audiência na Câmara, o presidente da estatal federal Valec, Mário Rodrigues Júnior, disse que, até o primeiro trimestre de 2018, deverá ser entregue um trecho total de 1 mil km da ferrovia, ligando as cidades de Barreiras, no oeste baiano, a Caetité e, finalmente, a Ilhéus, no litoral do Estado.

Metade desse trecho, segundo Rodrigues, tem possibilidade de ser concluído no segundo semestre de 2017.

Previsões à parte, o fato é que a Fiol já acumula dois anos e meio de atraso. Iniciada em 2010, a obra deveria ter ficado pronta em julho de 2013. Se a nova profecia da Valec se cumprir, serão cinco anos de adiamentos e aumentos de custos.

Extensão

Se pairam dúvidas sobre a execução desses 1 mil quilômetros de trilhos, não é melhor a situação de um trecho adicional do projeto, um traçado de 500 km previsto para ligar a Fiol à Ferrovia Norte-Sul, a partir de Figueirópolis, no Tocantins.

Sobre essa malha, não há sequer licenciamento ambiental ou traçado definitivo. Na prática, não há nada em execução nesta ponta da Fiol. Quanto ao outro extremo da linha, onde espera-se a conclusão do chamado "Porto Sul", também não há mais um cronograma definido.

Na quarta, durante audiência pública na Comissão do Trabalho, da Administração e Serviço Público da Câmara, o deputado Arthur Maia (BA), líder do Solidariedade pressionou o presidente da Valec sobre as demissões em massa feitas pelas empreiteiras contratadas pela estatal.

Conforme reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo no mês passado, até um ano atrás os lotes da Fiol eram ocupados por 5,6 mil trabalhadores. Hoje, esse número caiu pela metade, para 2,9 mil funcionários.

Por trás dessas demissões estão os atrasos nos pagamentos da Valec para as empresas. Em alguns casos, disse Rodrigues, houve atrasos de até 90 dias nos pagamentos.

"Fizemos uma redução drástica, por conta do corte do orçamento", argumentou o presidente da Valec, admitindo que há ainda novos pedidos de suspensão de serviços, por conta do ritmo lento que domina o empreendimento.

Apesar das dificuldades, disse Rodrigues, a expectativa é de que a Fiol passe a retomar gradualmente suas obras a partir de março do ano que vem, com a perspectiva de novas contratações. Hoje a prioridade é concentrar os poucos recursos disponíveis na execução de trabalhos de contenção, para que não se perca o que já foi executado.

Nos cálculos da Valec, a execução física entre Barreiras e Ilhéus chega a 39% do total. Rodrigues afirmou que, apesar do ritmo lento, não há atualmente nenhum lote paralisado. Quanto às dívidas com os trabalhadores, disse ele, foram todas quitadas. A Fiol já consumiu R$ 3 bilhões dos cofres públicos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Associação dos Policiais Civis de Pernambuco (Aspol-PE) divulgou, nesta quarta (14), uma nota na qual denuncia o não pagamento de horas extras para agentes penitenciários do Estado, há mais de dois meses. Por conta do atraso no depósito das cotas do Programa de Jornada Extra (PJES), a Aspol-PE oficiou a Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres). 

“O que nos deixa intrigados é que os demais servidores da segurança pública estão recebendo os valores trabalhados na forma de cotas extras, mas deveriam ser remunerados por horas extraordinárias. Além disso, alguns Coronéis, por falha na gestão, não pagam essas cotas no período acordado”, afirmou o presidente da Aspol, Diego Soares. 

##RECOMENDA##

Além de notificar a Secretaria, os policiais também solicitarão informações ao Tribunal de Contas do Estado para averiguar a origem dos valores para o repasse das cotas. 

[@#galeria#@]

Mais uma promessa para a reinauguração do Cine Teatro Samuel Campelo, localizado na Praça Nossa Senhora do Rosário, em Jaboatão dos Guararapes. O equipamento, que foi prometido para ser entregue no mês de maio deste ano, agora será reaberto em novembro, segundo o secretário de Cultura, Isaac Luna. O espaço cultural está fechado há vinte anos e em reforma a aproximadamente cinco anos.

##RECOMENDA##

No mês de abril de 2014, o mestre de obras Jânio José Bezerra falou, em entrevista ao Portal LeiaJá, que a conclusão da reforma iria ocorrer em três meses, uma vez que só faltavam alguns retoques, como parte da construção, a acústica e o mobiliário, porém isso não aconteceu. Após um ano e meio, a equipe de reportagem visitou o local e constatou que o espaço ainda está em fase de acabamento, como a instalação do forro acústico e o revestimento do piso na área interna.

>> Espaços culturais da RMR sofrem com obras intermináveis <<

>> Teatro em Jaboatão, fechado há 20 anos, ainda é promessa <<

>> Jaboatão promete reabrir Samuel Campelo em setembro <<

>> Novo Cineteatro Samuel Campelo deve ser entregue em maio <<

De acordo com o secretário de Cultura de Jaboatão dos Guararapes, vários aspectos dificultaram o andamento das obras, entre eles a desistência de uma empresa que havia vencido a licitação. A ausência de profissionais qualificados para instalação da iluminação e de acústica também foi apontada por Isaac Luna. “Tudo no âmbito público é complicado. Com isso (a desistência da empresa), a gestão teve que realizar um novo pregão e consequentemente fazer uma nova licitação”, explica.

Além deste problema, o gestor alega também que para conseguir uma empresa que fizesse o trabalho de acústica, iluminação e até a reforma, foi difícil. “A equipe da Prefeitura está acostumada a construir posto de saúde e habitacional. Esse tipo de reforma é bem mais complexa, são necessários conhecimentos técnicos, que envolvem aspectos ligados à acústica e iluminação voltados para um cine teatro”, defende. Confira a seguir o vídeo do secretário falando sobre a obra: 

[@#video#@]

Ainda em entrevista ao Portal LeiaJá, Isaac abordou questões relacionadas à crise econômica e como a pasta pode ser afetada. “É notório que quando há uma crise econômica a primeira secretaria a ser afetada com a redução de investimento é a de Cultura, como aconteceu no Estado de Pernambuco com a Fundarpe, e em Jaboatão não será diferente. Vamos trabalhar no limite, pelo menos até o fim do mandato do prefeito”, prospecta. Quanto à gestão, diante da crise, Luna fala: “O jeito é levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima”. Em relação à abertura do Samuel Campelo, o secretário reforçou a previsão para o mês de novembro de 2015.

Conforme Luna, o espaço está sendo reformado e tem como o propósito de atender a todas as exigências técnicas de um espaço cultural, bem como de acessibilidade. Quanto à tecnologia audiovisual, ele relatou que haverá o projetor de 35mm, que foi doado pelo Cinépolis, e um digital, que já está licitado e foi adquirido pelo governo municipal.

Moradores incrédulos

Após tanto tempo fechado, os moradores da região estão incrédulos quanto à reinauguração do Samuel Campelo. A ambulante Silvana Maria de Almeida fala que mora próximo ao espaço cultural há 46 anos, relembra com saudade o funcionamento do local e lamenta a filha não poder ter a mesma oportunidade. “Praticamente, todos os filmes dos Trapalhões eu vi aqui no Cine Teatro. Era muito bom ter um local para ir perto de casa. Infelizmente, minha filha de 21 anos ainda não teve essa chance”, comenta.

O comerciante João de Oliveira destaca que não tem mais esperança de ver o espaço aberto novamente. “Essa reinauguração é tão prometida que já entrou para a história do teatro. Acho que a intenção do prefeito é transformar o local em um museu e só depois abrir”, critica. Compactuando do mesmo entendimento, o aposentado Sérgio de Oliveira desabafa: “Já era para estar aberto! Essa reforma está demorando uma eternidade! Sinceramente, agora só acredito vendo”.

A Justiça do Trabalho da 6ª Região concedeu uma liminar de antecipação da tutela do bloqueio de R$ 13.008.568,51 da Líber Conservação e Serviços Gerais LTDA. A empresa de terceirização prestava serviços à Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco.

Por conta dos atrasos mensais e a falta de repasses dos valores, a prestação dos serviços de apoio administrativo (Lotes II e III) e também aos serviços que se refere à limpeza e desinfecção hospitalar (Lote II) foi encerrada. 

##RECOMENDA##

Conforme o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio e Conservação de Pernambuco (STEALMOIAC – PE), no final de agosto 1.900 terceirizados da Líber foram demitidos e ainda não receberam as verbas rescisórias.

Desde o começo do ano, segundo o STEALMOIAC – PE, os trabalhadores terceirizados vêm recebendo o pagamento dos salários com atraso, além da falta de pagamento de benefícios, como tíquete alimentação e vale transporte. As empresas terceirizadas, que somam mais de 10, alegam que não receberam o valor de repasse dos contratos com o Governo do Estado e Prefeitura do Recife. 

Cerca de 12 mil trabalhadores prestam serviço de terceirização, distribuídos em hospitais, escolas e na mobilidade urbana do Recife. Na última sexta (11), após um protesto da categoria, o Governo do Estado liberou 17 milhões para o pagamento de salários atrasados.

Com informações da assessoria

[@#galeria#@]

Cerca de 500 pessoas realizam um protesto em direção ao Palácio do Campo das Princesas, no Centro do Recife. O ato é composto por estudantes, professores e funcionários das Autarquias Municipais de Ensino do Estado, que reivindicam o repasse das verbas do Programa Universidade para Todos de Pernambuco (Proupe). 

##RECOMENDA##

Segundo a professora da autarquia de Serra Talhada, Rita Araújo, a falta de verba para sustentar as faculdades afeta o salário dos professores, que estão atrasados, a parte administrativa das instituições e a própria infraestrutura dos locais de ensino. “Cerca de 80% da verba das autarquias vêm do Proupe. Nossos estudantes não têm condições de ingressar no ensino superior se não for por meio de programas como o Proupe”, disse Rita. A professora afirmou, ainda, que há cinco meses o repasse está atrasado.

A Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Setec informou por meio de nota de esclarecimento em sua página virtual, que o problema no repasse das verbas é por conta do momento de instabilidade econômica que o Brasil está passando. “(...)o estado tem sofrido com uma queda substancial da sua arrecadação e dos repasses recebidos pelo Governo Federal. Isso tem criado diversos problemas de fluxo de caixa que afetam a execução de recursos alocados em orçamento. O Proupe é um dos programas afetados por tal estado de coisas”, diz a nota. 

Ainda segundo a Setec, providências foram tomadas para lidar com a situação econômica. Entre elas, estão a mudança no cronograma de pagamentos de uma base trimestral para uma mensal e suspensão do edital de seleção de novos bolsistas para o segundo semestre deste ano.

Na manhã deste sábado (12), um dia após o acidente que deixou verde limão o canal do Rio Jordão, na Avenida Marechal Juarez Távora, finalmente os técnicos e fiscais da Secretaria de Meio Ambiente, da Prefeitura do Recife, colheram amostras do material que teria vazado de um caminhão de tintas no fim da manhã da sexta (11). Segundo a PCR, o nível de toxidade da substância é baixa e, apesar de "não ser necessária a montagem de barreiras e nem a sucção do material", a empresa proprietária do caminhão pode ser multada.

De acordo com a chefe da Fiscalização da SMAS, Ana Patrícia Rocha, a solução despejada realmente é tinta, mas do tipo solúvel em água. “Fomos ao local onde ocorreu o despejo e ainda havia resíduos da tinta sólida e já diluída. Observamos que o material é hidrossolúvel e o PH da água está neutro em todos os pontos visitados. Ou seja, sua toxidade é baixa e não é necessária a montagem de barreiras nem a sucção do material”, afirmou.

##RECOMENDA##

Ana Patrícia Rocha também explicou que, como o Canal do Jordão deságua na Bacia do Pina e há um bom nível de água, todo o material deve ser facilmente diluído, sem acarretar grande danos ambientais. Mesmo assim, amostras colhidas em diferentes pontos do curso d’água serão encaminhadas para análise em laboratório específico. A intenção é verificar o nível exato do impacto causado pelo despejo da solução.

Quanto ao acidente que pode ter provocado a mancha, a Secretaria de Meio Ambiente solicitará as imagens das câmeras de monitoramento que a Prefeitura possui na área para saber quem são os responsáveis. “Queremos identificar e autuar o responsável pelo despejo. Ele vai responder a um processo administrativo na prefeitura e pode sim ser multado. Além disso, vamos encaminhar o caso para o Depoma, pois se trata de um crime ambiental”, finalizou.

Com informações de assessoria

 

Uma comissão dos trabalhadores terceirizados foi recebida pelo secretário executivo da Casa Civil, Marcelo Canuto. A reunião ocorreu após um protesto realizado pela categoria na manhã desta segunda-feira (10).

Segundo Rinaldo Júnior, presidente da Força Sindical de Pernambuco, o Governo se comprometeu em repassar R$ 17 milhões para as empresas terceirizadas nesta sexta-feira (11). “A gente torce para que o empresário agora pague o trabalhador”.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Cerca de 12 mil trabalhadores estão há dois meses sem receber salário e os vales alimentação e transporte. Pelo menos é o que afirma o presidente da Força Sindical, Rinaldo Júnior, que na manhã desta quinta (10) reuniu terceirizados do Governo do Estado e Prefeitura do Recife para protestar contra o atraso nos pagamentos. A manifestação começou no Parque 13 de Maio e estava programada para passar na Assembleia Legislativa, no Tribunal de Contas e termina no Palácio do Campo das Princesas.

Os trabalhadores prestam serviço de terceirização, distribuídos em hospitais, escolas e serviços de mobilidade urbana. Os sindicatos destacam que na terça-feira (8) 500 terceirizados da prefeitura foram demitidos e que, no mês de julho, 1900 trabalhadores da empresa Líber Soluções foram desligados. "Parece brincadeira, mas é verdade. Desta vez o protesto não é por melhores condições de salário ou por aumento, é para receber", afirmou Rinaldo Júnior.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Com uma orquestra tocando marchas fúnebres, os manifestantes carregavam um caixão, que segundo eles, representava o enterro do salário. "O governo não fala nada. O silêncio impera", completou o líder sindical, que entregou uma carta ao deputado Edilson Silva (PSOL), que representou a bancada de oposição. "A força de vocês não esta aqui no parlamento. A força de vocês é esta que vai as ruas. Seus salários estão atrasados, mas a copa do Palacio esta cheia, com certeza", disse o deputado.

[@#galeria#@]

Com informações de Giselly Santos

Prometida para 2014 e depois para 2016, a entrega da futura Linha 13-Jade da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) vai atrasar novamente e teve o calendário alterado pela segunda vez em nove meses. Segundo o secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, o trecho que vai ligar a estação Engenheiro Goulart, da Linha 12-Safira, ao Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Região Metropolitana, será inaugurado no final de 2017 ou no começo de 2018.

O governo do Estado culpa o governo federal pelo atraso no repasse de R$ 250 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "A dificuldade que nós temos hoje é que tinha sido publicado (no Diário Oficial da União) em abril de 2014 a obra como sendo selecionada pelo PAC, para comprar energia, os trens, sinalização e todo o sistema de telecomunicações, mas infelizmente o dinheiro não veio", disse Pelissioni, nesta segunda-feira, 31, após entregar 12,3 quilômetros do Corredor Metropolitano Guarulhos.

##RECOMENDA##

Ele acompanhou o governador Geraldo Alckmin (PSDB) que também criticou a falta do dinheiro, dizendo que sua gestão não recebeu "nenhum centavo". "Não recebemos nada. Estamos fazendo sozinhos, com recursos do Estado", afirmou o governador. No ano passado, a gestão estadual já havia culpado a falta de recursos do PAC.

Na época, o Ministério das Cidades afirmou que o repasse do dinheiro não estava atrasado. A pasta esclareceu que após a publicação da portaria com o recurso, seria "demandado um tempo para a análise de toda a documentação necessária e posterior formalização do Termo de Compromisso".

A Linha 13-Jade terá cerca de 12 quilômetros, três estações e vai passar sobre áreas de proteção ambiental, como o Parque Ecológico do Tietê. Os trilhos serão elevados e também passam por cima das Rodovias Presidente Dutra e Ayrton Senna até chegar a Cumbica. A previsão é que o ramal seja utilizado por 120 mil passageiros por dia. Por ligar o Aeroporto de Cumbica ao sistema de trens, os vagões serão equipados com bagageiros. A obra custará R$ 2,1 bilhões.

Até o Metrô

Durante a entrega da extensão do corredor de ônibus da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), o tucano disse que a partir do ano que vem uma nova intervenção deve ser feita para ligar Guarulhos ao Metrô de São Paulo. O governo vai ligar o Terminal Vila Nova Galvão, em Guarulhos, à Estação Tucuruvi, da Linha 1-Azul do Metrô, por 4,5 quilômetros de corredor. A gestão está finalizando o projeto executivo.

Monotrilhos

Alckmin e Pelissioni negaram que os monotrilhos das linhas 15-Prata e 17-Ouro não vão chegar mais em bairros distantes da periferia como Cidade Tiradentes, na zona leste, e Paraisópolis, na zona sul. Segundo eles, a prioridade agora é finalizar os trechos que estão com as obras em andamento, deixando os extremos da capital para o sucessor de Alckmin. O governador prometeu, nesta segunda-feira, entregar a Linha 15-Prata até a estação Sapopemba e deixar a Linha 15-Ouro pronta entre o Aeroporto de Congonhas e a estação Morumbi da Linha 9-Esmeralda da CPTM.

Com um trânsito intenso e cada vez mais caótico em virtude do crescimento da quantidade de veículos nas ruas, a capital pernambucana sofre com engarrafamentos e o amplo fluxo de carros e motos nas principais avenidas do Recife. Para melhorar essa realidade foi anunciado desde 2012, e iniciado em 2013, o “Programa Rios da Gente”. O projeto de navegabilidade prevê a construção de sete Estações Fluviais que irão funcionar no horário convencional dos ônibus: das 5h às 23h. No entanto, a iniciativa atrasada há mais de um ano, foi retomada neste segundo semestre e só deve ser entregue no final de 2016. 

Visto como inovador e principalmente como outra via para desafogar o trânsito, o “Rios da Gente” tem um investimento de R$ 94.193.682,38. Deste montante, segundo a Secretaria das Cidades de Pernambuco, R$ 1.989.930,09 é de contrapartida do Estado e já foi paga. O restante é por parte do Orçamento Geral da União (OGU), através do PAC MOB – Grandes Cidades. O valor já pago pelo Governo Federal até agora é de R$ 775.115,19. Paralelo aos recursos da obra, há ainda um contrato de dragagem de R$ 101.488.639,09, sendo R$ 25.617.036,98 contrapartida do Estado já pago e R$ 47.426.110,78 do Governo Federal.

##RECOMENDA##

[@#galeria#@]

Apesar de ainda faltar parte dos recursos do valor da obra, a secretária Executiva de Articulação e Capacitação de Recursos da Secretaria das Cidades, Ana Suassuna, alegou não haver dificuldades com a liberação dos valores por parte do Governo Federal. No entanto, eles são repassados a cada fase avançada. “A infraestrutura que foi colocada: escadas, limpeza da obra, transformador de energia... - tudo isso vai sendo medido e vai sendo colocado para a fiscalização ir fazendo as liberações. Depois dessas medições você encaminha à Caixa Econômica Federal e ela faz a liberação ou não”, explicou.

Suassuna também detalhou os motivos do atraso da obra. “A gente teve que interromper porque houve uma lentidão na análise do projeto. Agora, a gente está numa perspectiva de fazer toda essa reprogramação de obra para dar um novo horizonte”, confirmou. A representante da Secretaria das Cidades ressaltou que o andamento também depende de questões burocráticas. “Há ainda uma licitação da concessão da linha fluvial. Toda questão ambiental tem uma forma de tratamento especial. Você tem toda a intervenção física, porque metade da obra é dentro d’água e metade fora, tem a novidade de se inserir esse modal de fluvial integrado aos ônibus e ao metrô no Sistema SEI e toda esta licitação tem que acontecer para coincidir com a conclusão das obras e a chegada dos barcos. Ele é um projeto muito especial e por isso, tem que ter cuidados especiais”, enalteceu. 

Fora o atraso e a licitação, Suassuna explanou que necessita de uma liberação da Marinha para construir uma das rotas. “A rota do eixo-norte ainda não temos a liberação por parte da Marinha (a rota inclui as Estações Correios e a do Tacaruna). Uma característica bem própria porque uma depende da outra”, expôs. 

Diante da crise econômica vivenciada no País e refletida nos Estados, um dos funcionários da obra que preferiu não se identificar, vê a retomada do projeto como positiva. "A gente espera que a partir de 1° de setembro a obra volte. Estamos pedindo a Deus que dê tudo certo", anseia. 

O segurança do Memorial de Medicina, que fica ao lado de uma das futuras Estações Fluviais, no bairro do Derby, Paulo Fernando Leal, de 61 anos, acredita que o empreendimento pode ser até uma opção de trabalho. “A Estação Fluvial vai ajudar. Posso até trabalhar com o barco. Eu acho que vai melhorar muito incluindo o estacionamento”, ressaltou. 

Para a ambulante e moradora do bairro de Apipucos, próximo a Estação Fluvial Parque Santana, Maria de Fátima, 52, o término da obra beneficiará a população local. “Deve ajudar muito a gente e era bom que terminasse logo”, deseja. 

De acordo com Ana Suassuna, das sete estações, a primeira retomada foi a do Parque Santana, em Apipucos, Zona Norte do Recife. A perspectiva é que a cada três meses uma nova estação volte a ser construída, de acordo com cronograma estabelecido. “A obra das Estações Fluviais, sinalização náutica e galpão de manutenção foi iniciada pela Estação Fluvial Santana. A próxima Estação será a BR-101 com previsão de início de obras para outubro de 2015, iniciando uma Estação Fluvial a cada três meses. O prazo para conclusão são 16 meses”, detalhou. 

Entre as sete Estações Fluviais que estão em atraso: BR-101, Torre, Derby, Recife, Estações Rota Norte (sendo uma nos Correios e outra próxima ao Tacaruna), a última, no bairro de Joana Bezerra, servirá de galpão para manutenção, abastecimento, limpeza e atracação dos barcos. 

Apesar de algumas questões burocráticas e do atraso, Suassuna vê o projeto de forma dinâmica e importante. “Este projeto mexe com toda a autoestima dos pernambucanos, principalmente, a população ribeirinha. São questões simbólica e ambiental. São ganhos maravilhosos que este projeto está trazendo para o povo de Pernambuco. Se a gente tem uma locomoção muito difícil como a Rui Barbosa e a Rosa e Silva, por exemplo, nós iremos ter o deslocamento seguro e regular, que hoje a população ainda não tem, com o ganho do modal de barco”, pontuou. 

Com um novo prazo de entrega, que conforme placa informativa fixada nas futuras estações seria de 240 dias, a obra apenas está prevista para 2016. “A gente tem uma expectativa de no final de 2016 a gente ter concluído isso, mas ainda não é uma certeza”, revelou Ana Suassuna.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando