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O plano do governo federal era universalizar os serviços de saneamento básico até 2033. Mas, no ritmo atual, esse cronograma deverá atrasar, pelo menos, 20 anos, segundo o levantamento "Diagnósticos e Perspectivas para os investimentos em saneamento no Brasil", feito pela GO Associados. Para atingir a meta, o País teria de investir R$ 20 bilhões por ano até 2033. De 2010 a 2015, porém, o investimento médio ficou na casa de R$ 11 bilhões, quase a metade do necessário.

Resultado disso é o baixo nível de cobertura dos serviços. O índice de coleta de esgoto, por exemplo, está em 50% e o de tratamento de esgoto, em 42,7%. Entre 2005 e 2015, esses indicadores melhoraram, mas de uma forma muito lenta, na proporção de 1 ponto porcentual ao ano - número incompatível com as metas do Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab).

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Outro dado preocupante é que, nesse mesmo período, o número de domicílios sem rede de esgoto aumentou, de 25,6 milhões para 28,5 milhões. A explicação é que, apesar do aumento do atendimento, ocorreu também um crescimento populacional e uma mudança demográfica representativa no período. Os serviços de abastecimento de água estão em uma posição melhor, mas ficaram basicamente estáveis nos últimos anos, com 93% de atendimento urbano em 2015 (83,3% de atendimento total).

O sócio da GO Associados Pedro Scazufca, especialista em saneamento e responsável pelo estudo, diz que o quadro do setor é grave, especialmente quando se analisa a situação em detalhes. "As empresas que mais precisam investir são as que menos investem. Nesses casos, se não houver mudança, não dá nem pra pensar em universalização."

Em Rondônia, por exemplo, apenas 2% da população urbana tem coleta de esgoto e nada é tratado; no Pará, 3,41% tem rede de esgoto; e no Amapá, 3,79%. "Em muitos locais não houve avanço algum nos indicadores", diz Scazufca. Exemplo disso, é que nesses Estados os investimentos caíram entre 10% e 27% entre 2014 e 2015, segundo o levantamento.

Scazufca afirma que no setor de água há deficiências, especialmente na Região Norte. Mas, no caso do esgotamento sanitário, o problema é geral - o que implica em gastos diretos em saúde pública. Segundo cálculos de mercado a cada R$ 1 investido no setor de saneamento, o governo economiza R$ 4 no sistema de saúde.

Diagnóstico

Hoje as empresas estaduais atendem cerca de 75% da população no abastecimento de água e 50% em esgoto. Muitas delas não têm condições de elevar o volume de investimento no setor por causa da elevado endividamento. De acordo com o diagnóstico feito pela GO Associados, umas das alternativas é aumentar as parcerias entre a iniciativa privada e o setor público.

O levantamento mostra que, apesar das companhias privadas atenderem apenas 6% dos municípios brasileiros e 14,5% das pessoas, elas foram responsáveis por 20% dos investimentos do setor em 2015. O sócio da GO Associados afirma que tem crescido a modalidade de subconcessão, em que a estatal - responsável pela concessão - faz um contrato com a iniciativa privada para transferir alguns serviços, como o esgotamento sanitário. "Isso já está ocorrendo em Teresina e em Goiás, em ambos os casos na área de serviços de esgoto." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na manhã desta quarta-feira (17), os funcionários do Consórcio EMSA Aterpa, responsável pelas obras das estações de BRT no corredor Norte/Sul, se mobilizaram no Complexo de Salgadinho, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Cerca de 50 trabalhadores participaram do protesto.

A causa da manifestação, segundo a categoria, é um atraso de cerca de 40 dias no repasse de verbas do Governo do Estado para a empresa. Os funcionários que participaram do protesto agora aguardam um posicionamento da gestão estadual sobre a situação, que não foi dado até o momento.

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Em nota, a Secretaria das Cidades afirmou que aguarda que a empresa EMSA encaminhe a documentação necessária para realizar o pagamento.

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Motoristas e cobradores de ônibus da capital paulista cruzaram os braços por três horas na madrugada desta sexta-feira (12), e realizaram uma assembleia para discutir a campanha salarial da categoria.

Segundo o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (Sindmotoristas), as 32 garagens da capital aderiram ao movimento e houve atraso médio de 40 minutos na saída dos coletivos. A entidade afirmou ainda que não houve prejuízo para o sistema.

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Na manhã desta sexta-feira, está marcada uma reunião do sindicato com o secretário municipal de Mobilidade e Transportes, Sérgio Avelleda.

A paralisação e as reuniões ocorreram entre 3h e 6 h, após rejeição da proposta patronal de 3% de reajuste salarial - abaixo da inflação -, dividido em duas parcelas. A categoria reivindica aumento de 5% mais reposição da inflação.

Paralisações

A recusa foi aprovada em assembleia na tarde desta quinta-feira, 11. Há previsão para novas assembleias para segunda-feira, dia 15, também na madrugada, a fim de continuar informando os funcionários sobre o andamento da proposta.

Por volta das 7h30, ainda havia coletivos da Viação Campo Belo, na zona sul, na garagem, de acordo com o presidente do sindicato, Valdevan Noventa. A previsão é de que tudo se normalize por volta das 10 h.

Na terça-feira, 16, a categoria cruza os braços das 14h às 17h em protesto. Segundo o sindicato, na terça, "às 14 horas não sai nem entra nenhum ônibus nos terminais" como forma de reivindicação.

Após cancelar o treino, cobrando pagamentos atrasados nesta quinta-feira (27), o elenco do Náutico deve voltar aos treinos já nesta sexta-feira (28). A informação é da assessoria de imprensa do clube, que promete novos esclarecimentos em breve pelos canais oficiais do Timbu. Os atletas alvirrubros cobravam uma reunião com o presidente Ivan Brondi e o encontro já ocorreu. Confira a nota enviada aos jornalistas:

"O Presidente Ivan Brondi acabou de se reunir com o elenco de jogadores, prestou alguns esclarecimentos ao elenco e funcionários do CT e ficou definido que toda programação voltará acontecer normalmente amanhã. Assim que tudo for totalmente definido, outros esclarecimentos serão informados por essa ferramenta ou canais oficiais do clube".

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Uma coletiva foi convocada pelos atletas do Timbu, na qual o meia Marco Antônio falou em nome do grupo, explicando os motivos da paralisação, apontando seis meses de atraso nos pagamentos dos direitos de imagem. Segundo os jogadores, existia a preocupação de que novas contratações fossem realizadas antes da quitação dos débitos com os jogadores presentes no clube. A programação prevê que os jogadores treinem às 15h30 desta sexta-feira (28), no CT Wilson Campos, no bairro da Guabiraba, Zona Norte do Recife.

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O deputado federal Tadeu Alencar (PSB) fez críticas duras, nesta quarta-feira (26), ao comentar sobre a reforma Trabalhista [PL 6787/16]. O socialista, que é contra o projeto de lei, disse que uma oportunidade de promover reformas construídas “em torno de um novo pacto social” está sendo desperdiçada. 

“O modelo proposto não garante esses objetivos. Não somos nós que queremos manter o Brasil no atraso, mas aqueles que, fruto de uma visão equivocada, acham que cassando direitos abre-se, como por milagre, a retomada do crescimento”, disparou Alencar.

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O parlamentar também disse que o debate foi superficial e que as mudanças podem causar danos profundos. “Não podemos permitir a perda de direitos duramente conquistados por gerações de brasileiros. A reforma trabalhista que queremos e que é necessária é aquela que estimula a geração de empregos, que moderniza as relações de trabalho, mas ao mesmo tempo garante a dignidade do trabalhador e suas conquistas”, enfatizou. 

Tadeu Alencar, sem minimizar nos julgamentos, disse que a proposta não recebeu o tratamento devido na Câmara dos Deputados. “Votarei contra a Reforma Trabalhista por dois motivos. Primeiro, por considerar que não houve um debate amplo com a sociedade sobre tema de tamanho relevo. Na própria Câmara dos Deputados, a proposta não recebeu o tratamento devido com a aceleração de sua tramitação, estimulada pelo Governo Federal, no velho estilo rolo compressor. Ou seja, quer-se promover a alteração de mais de uma centena de artigos da CLT a toque de caixa”, salientou. 

Mais um posicionamento sem previsão de solução. Nesta segunda-feira (24), o Ministério da Cultura, através da nova gestão da Secretaria de Cidadania e da Diversidade Cultural, informou que o pagamento do convênio nº 821891/2015, do projeto ‘A Gente da Palavra’, está sob a ingerência da Secretaria de Governo (Segov) da Presidência da República. Vinte agentes do projeto que incentiva a leitura em comunidades afirmam que não recebem bolsa há cinco meses. A remuneração é de R$ 350 mensais. O 'A Gente da Palavra' é vinculado à Secretaria de Cultura e à Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe).

Em nota, a Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura informou que a autorização de pagamento já foi realizada pelo então ministro Roberto Freire e pela secretária da Cidadania e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura (SCDC), Débora Albuquerque, em 7 de fevereiro de 2017. Porém, até o momento, o dinheiro não foi repassado. 

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Além disso, a Secretaria reiterou que ainda continua no empenho de solucionar os entraves nos convênios e que, além disso, a Secult-PE nunca acionou a SCDC para relatar atrasos de repasses neste convenio. Ainda não há uma data concreta para o pagamento. Confira a nota na íntegra:

“A nova gestão da Secretaria de Cidadania e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura tem como política o diálogo permanente e as discussões com os parceiros, objetivando sempre a execução dos projetos culturais.

 A continuidade do pagamento do convênio nº 821891/2015, firmado entre o MinC e a Secretaria de Cultura de Pernambuco (Secult-PE), se encontra neste momento sob a ingerência da Secretaria de Governo (Segov) da Presidência da República, já tendo sido autorizado pelo ministro da Cultura, Roberto Freire, e pela secretária da Cidadania e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura (SCDC), Débora Albuquerque, em 7 de fevereiro deste ano.

A Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura reitera que seu empenho segue sempre no sentido de solucionar os entraves nos convênios e que a Secult-PE nunca acionou a SCDC para relatar atrasos de repasses neste convenio.”

Entenda o caso - Na última quinta-feira (20), o LeiaJa.com publicou uma matéria relatando o atraso de pagamento da Secretaria de Cultura de Pernambuco (Secult-PE), gestão do governo estadual, para 20 profissionais que atuam no projeto ‘A Gente da Palavra’. Em resposta, a pasta em questão responsabilizou o Minc pela falta de pagamentos.

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Vinte bolsistas do projeto “A Gente da Palavra” - trabalho que incentiva leitura em comunidades -, um iniciativa vinculada à Secretaria de Cultura e à Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), estão sem receber o pagamento dos últimos cinco meses do trabalho prestado. Procurada pelo LeiaJá, a Secretaria de Cultura (Secult) do Governo de Pernambuco respondeu que é de total responsabilidade do Ministério da Cultura (MinC) fazer a quitação da dívida com os profissionais, já que o projeto é de origem federal e não estadual.

Em nota, exclusiva, a Secult-PE informou também que devido à descontinuidade do repasse de verbas, por parte do MinC, as atividades foram suspensas e não está sendo exigido o cumprimento de tarefas, enquanto não houver novo repasse.

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O preparatório teve início em setembro do ano passado, e logo no primeiro mês houve atraso no pagamento, sendo feito em novembro. Mesmo com o atraso, os bolsistas continuaram na ação. Segundo os integrantes do projeto, novembro, dezembro, janeiro, fevereiro e março são os meses pendentes. De acordo com o edital da seleção simplificada, cada agente receberia R$ 350 por mês. Ao todo, foram recrutados 20 profissionais, sendo 14 para atuar no Recife e Jaboatão dos Guararapes, e seis para trabalhar no interior do Estado. 

A nota ainda informa que as dívidas serão quitadas assim que o MinC efetuar a transferência de recursos para o Governo. Segundo a Secretaria de Cultura de Pernambuco, a prestação de contas está em dia, assim como toda a documentação necessária para sua continuidade, o que ocorrerá quando o repasse do MinC for efetuado.

Confira a nota na íntegra:

A Secult-PE esclarece que os recursos do projeto A Gente da Palavra são de origem federal, por Convênio com o Ministério da Cultura, com orçamento garantido por emenda parlamentar da Dep. Fed. Luciana Santos.

A contrapartida do Estado é o fornecimento das bicicletas e livros pela CEPE-Cia. Editora de PE. Ao MinC compete o pagamento das bolsas.

Os 20 jovens bolsistas selecionados por meio de convocatória pública participaram de um última ação no mês de Janeiro de 2017. Devido à descontinuidade do repasse de verbas, por parte do MinC, as atividades foram suspensas e não está sendo exigido o cumprimento de tarefas, enquanto não houver novo repasse.

Os jovens continuam vinculados ao Projeto e as bolsas pendentes serão quitadas tão logo o Ministério efetue uma nova transferência de recursos, tendo em vista que a prestação de contas está em dia, bem como toda a documentação necessária para sua continuidade, o que ocorrerá quando o repasse do MinC for efetuado.

A Coordenadoria de Literatura da Secult-PE dispõe de uma equipe específica para o A Gente da Palavra, que esteve em contato presencial recente com todos os jovens participantes, atualizando informações e se colocando à disposição para quaisquer esclarecimentos.

No dia 20 de abril, o LeiaJá ouviu alguns esclarecimentos dos profissionais que participaram do 'A Gente da Palavra’,. Relembre: Bolsistas cobram pagamento ao Governo de Pernambuco.

Quando teve seu nome ligado ao Sport pela primeira vez, em 2005, Ney Franco era uma icógnita, já que só havia dirigido uma equipe profissional, o Ipatinga (MG). Na época, com a proposta rubro-negra em mãos, o treinador decidiu permanecer no time mineiro, onde havia conquistado o título estadual, inclusive tendo sido criticado pelo antigo empresário por "fazer leilão". Dado como certo por grande parte da imprensa pernambucana para substituir Daniel Paulista, o nome do técnico ainda não foi oficializado pela diretoria do Leão da Ilha.

Hoje, mesmo com a experiência de quem já esteve à frente de gigantes brasileiros, como São Paulo e Flamengo, e da seleção brasileira sub-20, Franco não pode ser taxado de solução para o Sport, até porque vem de um longo período afastado da profissão. 

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Depois do Ipatinga, Ney Franco treinou o Flamengo (2 vezes), Atlético Paranaense, Botafogo, Coritiba (2 vezes), São Paulo e Vitória. Nos clubes, os grandes trabalhos foram no rubro-negro carioca, onde conquistou a Copa do Brasil de 2006, e no São Paulo, onde foi campeão da Copa Sul-Americana em 2012. No Coritiba, Ney Franco acumulou fracassos e sucessos, ao cair para a série B com o time paranaense em seu centenário, mas depois retornar com o título da segundona, mesmo tendo recebido proposta e já fechado para ser o coordenador de base da seleção brasileira em meio à disputa da competição.

Pela seleção sub-20, sua principal missão foi classificar o Brasil as Olimpíadas de Londres, por meio do Sul Americano Sub 20, o que conseguiu vencendo o Uruguai por 6-0 na última rodada, ficando com o título. Na ocasião, Franco dirigia ninguém menos que Neymar, Phillipe Coutinho e Casemiro, titulares da seleção principal no último jogo das eliminatórias para a Rússia 2018.

Seu último clube foi o Coritiba, na segunda passagem, de onde foi demitido no dia 03 de Novembro de 2015, após 6 partidas sem vencer pelo Campeonato Brasileiro. Depois, decidiu dar uma pausa na carreira e ir aos Estados Unidos, com visto de estudante, para reciclar seus conceitos de futebol e aprimorar a língua inglesa. Nesse tempo em que esteve afastado, Ney Franco deu algumas entrevistas onde alegou que sua principal dificuldade era controlar o grupo de jogadores, administrando os problemas causados por diferentes personalidades e pelo contraste na folha salarial.

A celebrada agilidade da indústria chinesa em projetos de construção civil não vale para a floresta amazônica. A entrega da linha de transmissão da hidrelétrica de Belo Monte, maior projeto do setor no País, com 2,1 mil quilômetros de extensão e custo de R$ 4,5 bilhões, está com seu cronograma totalmente comprometido, por causa de atrasos sucessivos nas obras da gigante chinesa Sepco, empreiteira que assumiu a responsabilidade de construir um trecho de 780 quilômetros do empreendimento.

O atraso das obras já levou a Sepco a ser multada pelos donos do projeto, a concessionária Belo Monte Transmissora de Energia (BMTE), formada pela também chinesa State Grid (51%) e pela Eletrobras (49%). Segundo apurou o jornal "O Estado de S. Paulo", essas punições já chegam a R$ 8 milhões. Preocupada em cumprir os prazos de seu contrato de concessão, a BMTE também exigiu que a Sepco subcontrate outras empreiteiras para executar aquilo que ela ainda não fez.

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O tempo é curto

Por contrato, a linha de transmissão, que parte do Rio Xingu, no Pará, e avança até a região Sudeste do País, tem de estar energizada daqui a um ano, mais precisamente no dia 12 de fevereiro de 2018. Dividida em oito lotes de 260 km cada, a malha da BMTE tem cinco lotes com o cronograma em dia. O problema está nos três lotes da Sepco. Das 1.508 torres que a empresa precisar erguer, apenas 515 foram instaladas até agora. Por isso, não houve nenhum lançamento dos cabos de alta tensão.

Desde o ano passado, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) alerta a empresa para o atraso. No fim de outubro, depois de visitar trechos do projeto, técnicos da agência concluíram pela necessidade de "atuação imediata da BMTE para que a entrada em operação do empreendimento não seja comprometida".

As causas do atraso, segundo a Aneel, estão atreladas ao baixo rendimento da empreiteira chinesa nos trechos em que atua, falta de material para construção e, principalmente, dificuldades de acesso e de condições de trabalho por uma razão simples: os chineses não incluíram em seus roteiros o período chuvoso na região amazônica, entre novembro do ano passado e abril deste ano.

Para a agência, a conclusão é simples. "Diante dos fatos apresentados, a fiscalização entende que há riscos no cronograma de execução da obra, que poderão comprometer a data 12/02/2018, estabelecida no contrato de concessão", declarou em seu parecer.

Questionado sobre a situação do projeto, o diretor técnico da BMTE, Armando Araújo, confirmou que tem pressionado a Sepco por uma solução no atraso. Apesar do descumprimento do cronograma, o executivo diz que a linha estará pronta dentro do prazo. "Estamos com 5,6 mil empregados trabalhando em toda a obra. Até o fim de março essa situação com a Sepco deve estar resolvida. Vamos cumprir o cronograma, sem nenhuma dificuldade", defende.

Para Araújo, as causas do fraco desempenho dos chineses estão atreladas a questões administrativas. "Não é restrição de pessoal. Até porque, só no primeiro trecho, eles têm 1,1 mil pessoas trabalhando. Então o caso é de ineficiência mesmo. Há problema gerencial", disse.

A Sepco não comentou o assunto. Por meio de nota, declarou apenas que seu presidente "está na obra" e que "está muito ocupado". Por isso, não daria entrevista.

O eventual atraso na linha de transmissão impacta, diretamente, o consumidor de energia de todo o País em sua conta de luz, já que a energia gerada pela hidrelétrica de Belo Monte já foi contratada pelas distribuidoras. Com ou sem linha de transmissão, a usina tem que ser remunerada porque cumpriu sua parte no acordo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Enfermeiros vinculados ao Hospital da Restauração, a maior unidade de saúde pública da capital Pernambucana, bloquearam a avenida Agamenon Magalhães e provocaram um intenso engarrafamento no Recife. A justificativa para o ato foi o atraso de três meses no pagamento de um bônus, que segundo os manifestantes, teria sido pago somente aos médicos.

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Apesar do barulho e do congestionamento, menos de 50 pessoas participaram do movimento. O número de soldados enviados para liberar a via - Recife está com reforço federal nas ruas - foi maior do que o de manifestantes. "Todos aqui são estatutários, concursados. Estamos sem luz, sem água e a previsão é que nos paguem só dia 6. É uma falta de respeito do governo de Pernambuco", reclamou Nilson Ramos, técnico de enfermagem há 30 anos.

Os atrasados reclamados pelos enfermeiros se referem à um bônus, denominado "Produtividade", que é pago pelo ministério da saúde aos estados, que repassam aos trabalhadores. "O governo alega que não recebeu o repasse, mas como pode ser os médicos já receberam", questionou Cristina Vasconcelos, enfermeira do Restauração há mais de 20 anos.

Depois de negociar o fechamento das vias durante 15 minutos em cada um dos sentidos, os enfermeiros voltaram ao Hospital para formar uma comissão e ir até a direção da unidade para cobrar os pagamentos.

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Em nota ao Portal LeiaJá, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) explica que o “repasse aos hospitais estaduais para pagamento da produtividade é feito com verba do Sistema Único de Saúde (SUS), enviado pelo Ministério da Saúde”. Diante disso, o documento aponta para a expectativa que o “órgão federal efetue o repasse ainda esta semana. Tão logo seja efetuado, a SES dará início aos procedimentos para repasse aos profissionais”.

Além disso, a Secretaria esclarece que “É importante deixar claro que o pagamento não está atrasado. Esse pagamento é realizado, normalmente, 60 dias após o período trabalhado, já que é necessário realizar o processamento dos dados para efetuar o repasse. Os médicos também se encaixam no mesmo processo e o pagamento é feito juntamente aos enfermeiros”. 

Com informações de Brenda Alcântara

Servidores do Estado do Rio chegaram em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo estadual, distribuindo pão francês e água na chamada "Ceia da Miséria", ato de repúdio ao atraso no pagamento de salários pelo governador Luiz Fernando Pezão (PMDB).

Eles fecharam as duas pistas da rua Pinheiro Machado, onde fica o Palácio, no bairro de Laranjeiras, na zona sul da cidade, após caminhar por algumas quadras, desde o Largo do Machado, onde a concentração começou às 10h.

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Ônibus deixam a via de marcha ré e já há engarrafamento na região no início da tarde desta sexta-feira, 23. A Polícia Militar, que acompanha o protesto, não estimou o número de participantes, tão pouco os organizadores.

Participam do protesto servidores das áreas de educação, saúde, Justiça, segurança, entre outras. Eles relatam dificuldades para pagar contas durante todo o ano, por causa dos sucessivos atrasos de salário. O movimento unificado dos Servidores do Estado (Muspe) informou que já distribuiu mais de 800 cestas básicas, especialmente para pensionistas do Estado, que estão em último lugar na lista de escalonamento do pagamento.

O anúncio feito nesta quinta-feira, 22, pelo governo de que os salários de novembro só serão pagos em janeiro de 2017 aumentou ainda mais a revolta do funcionalismo. "O Rio está triste neste Natal. Se vão pagar novembro em janeiro, quando pagarão o salário de dezembro? E o décimo terceiro? Fui privilegiado por ser da Justiça, mas, ainda assim, o Natal será sombrio", disse Ramon Carrera, diretor do Muspe.

Um ano depois da decretação de situação de emergência nacional por causa da microcefalia, o Ministério da Saúde exibe uma extensa lista de promessas anunciadas e não cumpridas para proteção da população contra o zika. Gestantes integrantes de famílias beneficiárias do Bolsa Família até hoje não recebem repelentes. Testes para identificar a contaminação por zika, prometidos para fevereiro do ano passado, ainda não são encontrados no sistema público de saúde. O controle das bolsas de sangue para a identificação do vírus, outro compromisso assumido pelo ministério, também não saiu do campo de projeto.

Técnicos do Ministério da Saúde ouvidos pelo Estado atribuem os atrasos à ansiedade nos primeiros meses do surto de microcefalia em mostrar que medidas para contenção do problema estavam a caminho. As promessas foram feitas quando as ideias ainda eram embrionárias. O fator político também pesou. Com afastamento da então presidente Dilma Rousseff, a saída do ministro Marcelo Castro e a posse de Ricardo Barros, projetos foram revistos. E parte voltou à estaca zero.

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A distribuição dos repelentes para gestantes do Bolsa Família é um exemplo da combinação desses dois fatores. A estratégia é considerada uma ferramenta poderosa de proteção, principalmente diante do fato de que o risco da má-formação é mais acentuado entre a população de baixa renda. Dados do Ministério da Saúde mostram que a taxa de prevalência de microcefalia é maior entre mulheres de baixa escolaridade.

A proposta, anunciada em dezembro, no primeiro momento previa alcançar todas as gestantes. No mês seguinte, foi reduzida para garantir o produto apenas para mulheres participantes do programa. A ideia era que o produto começasse a ser fornecido em fevereiro. Depois de várias mudanças na proposta, ficou acertado que a compra seria feita até junho. Uma mudança no formato do edital, no entanto, foi feita e as discussões tiveram de ser reiniciadas.

Questionado, o ministério afirmou, em nota, que o edital para compra dos repelentes deverá ser publicado dia 21 deste mês. A compra, agora, está programada para dezembro. Também está programada para dezembro a distribuição de testes rápidos para diagnóstico da zika. A exemplo dos repelentes, a chegada do teste será com mais de 10 meses de atraso. Em janeiro, Castro havia anunciado a compra e distribuição de um teste produzido pela Fiocruz. Na época, a promessa era a de que o teste chegaria à rede pública no mês seguinte: fevereiro. Com o passar do tempo - e a constatação do atraso - veio a mudança.

O teste anunciado não havia sido submetido ao aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), não tinha registros e, por isso, não poderia ser comprado pelo governo. Somente no mês passado, com a compra de outro teste, produzido pela Bahiafarma, é que a promessa ganhou condições de ser cumprida.

Sangue

A análise prévia de bolsas de sangue para identificar a presença de zika foi anunciada em fevereiro. Naquele mês, o então ministro Castro informou que o País iria desenvolver uma técnica em parceria com pesquisadores americanos para inclusão do zika no exame NAT, que identifica a presença do vírus (e não anticorpos) no material analisado. A expectativa, em fevereiro, era de que o exame poderia ser testado ainda no primeiro semestre. O Ministério da Saúde, no entanto, vem afirmando que o desenvolvimento do teste ainda está em fase de avaliação.

Preso em Curitiba, o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) terá de pagar uma multa de R$ 3.544 por ter atrasado em 25 dias a entrega do apartamento funcional da Câmara dos Deputados. A família do peemedebista só devolveu nessa segunda-feira (7) as chaves do imóvel onde Cunha foi preso há menos de um mês.

A Quarta-Secretaria, responsável pela administração dos apartamentos ocupados por parlamentares, aplicou uma multa diária de R$ 141,76 ao parlamentar cassado. O valor foi calculado com base no auxílio-moradia de R$ 4.253 e de forma proporcional aos dias em que a ocupação esteve irregular.

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Agora, o Departamento de Finanças estabelecerá o prazo para a quitação da dívida e notificar o peemedebista.

O ex-deputado mandou desocupar o apartamento na Asa Sul de Brasília quase dois meses após ser cassado. Cunha perdeu o mandato no dia 12 de setembro e tinha 30 dias para sair do imóvel. Há mais de 10 dias, a família havia sido notificada a desocupar o apartamento sob pena de pagamento de multa.

Os funcionários da Câmara dos Deputados se preparavam para encaminhar a segunda notificação quando foram informados de que os móveis do ex-deputado estavam sendo retirados do apartamento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Diante do atraso no pagamento do Fundo de Financiamento Estudandil (Fies), que segundo as instituições privadas de ensino superior tem travado as renovações de matrículas, representantes do setor vieram nesta quinta-feira (29) a Brasília e foram recebidos no Palácio do Planalto.

“Temos quase 2 milhões de alunos estudando de maneira irregular, que não conseguem renovar as matrículas. Se isso não for regularizado nesse semestre, imagina o caos que será em 2017”, disse o diretor executivo da Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior, Sólon Caldas.

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Segundo ele, o impacto é maior nas pequenas e médias instituições, que não têm condições de arcar com o custeio e matrículas dos estudantes financiados. “Fomos ao MEC [Ministério da Educação], à Casa Civil, ao Planalto e o que a gente percebe é que o governo não está dando a importância devida dada a gravidade da situação. É um problema que precisa ser resolvido”, criticou.

No Palácio do Planalto, as associações representantes das universidades privadas foram recebidas pela subchefe de Assuntos Parlamentares da Secretaria de Governo da Presidência, Mariangela Fialek.

Desde julho, quando deveriam renovar as matrículas, os estudantes não conseguem acessar o sistema do Fies. De acordo com o Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp), o atraso atinge 1.863.731alunos de 1.358 instituições particulares de ensino. Segundo a entidade, os repasses atrasados referentes a certificados do Fies somam cerca de R$ 5 bilhões.

Em manifesto divulgado esta semana, com assinatura de dez entidades representativas do ensino superior, as particulares dizem que há instituições que correm o risco de ter que suspender as atividades.

Nas redes sociais, estudantes estão em dúvida sobre como proceder para renovar o financiamento e perguntam sobre os prazos para o aditamento. “Estão conseguindo fazer o aditamento deste semestre??? O nosso não abriu... o que devemos fazer??? Alguém ajude”, pergunta um estudante em grupo criado para discutir problemas no Fies no Facebook.

Um pequeno grupo chegou a criar o evento “Renovação do Fies Já”, compartilhado mais de 800 vezes na rede social.

Em nota, o MEC diz o crédito está assegurado e que não haverá prejuízo para os estudantes. Em relação aos aditamentos do 2º semestre de 2016, a pasta diz que o processo está no prazo normal. Segundo as regras do Fies, esses aditamentos devem ocorrer até o fim de outubro.

Pagamentos

O Fies oferece a estudantes financiamento de cursos em instituições privadas de ensino superior. Pelo programa, o MEC paga as instituições com títulos do Tesouro. Em datas especificadas pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), as instituições podem optar por resgatar os títulos para pagar tributos ou, como o valor dos títulos pode ser maior do que os impostos, podem solicitar a recompra de títulos excedentes pelo governo.

O MEC diz que a atual gestão encontrou o Fies sem orçamento para o pagamento da taxa de administração dos agentes financeiros do sistema, responsáveis pela contratação e aditamentos do fundo.

Para cobrir esses custos, são necessário mais de R$ 800 milhões, segundo o MEC, o que levou a pasta a enviar um projeto de Lei (PL 8/2016) ao Congresso para garantir o orçamento necessário para este fim. “A partir da aprovação deste PL, o FNDE poderá assinar os contratos com os agentes financeiros e abrir os aditamentos do 2º semestre de 2016. E, com isso, resolver os repasses para os contratos com saldo devedor.”

O projeto de lei concede crédito suplementar ao Orçamento da União em favor do MEC no valor de mais R$ 1,1 bilhão para reforço de dotações constantes da Lei Orçamentária vigente.

As entidades pedem que o Congresso Nacional coloque o PL em votação na sessão legislativa do próximo dia 4.

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Cerca de 100 aprovados no concurso da Guarda Municipal do Recife (GMR) realizam um protesto, na manhã desta quinta-feira (18), em frente à Prefeitura da Cidade (PCR). Os concursados cobram a nomeação imediata de 380 pessoas que não foram chamadas para ocupar os cargos do certame.

De acordo com uma das aprovadas, e integrante da comissão dos concursados, Karoline Cavalcanti, somente 320 aprovados foram nomeados até o momento. O certame ofereceu ao todo 1.355 vagas. “Muitas pessoas estão passando necessidades porque saíram de seus empregos”, afirmou Cavancanti.

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Ainda segundo Karoline, o cronograma de nomeação dos candidatos atrasou e eles foram avisados em cima da hora. “Quatro dias antes do início do curso de formação, em 24 de março, da segunda turma dos aprovados, o Prefeitura soltou uma nota suspendendo o início das aulas”, explicou.

As aulas foram realizadas em período integral e, por isso, muitos dos aprovados já tinham pedido demissão. “Terminou que as aulas só começaram em 16 de maio e acabaram em 16 e julho. Durante o curso, muitas pessoas já estavam passando necessidades, então fizemos ‘cotinha’ pra comprar cesta básica e até mesmo pagar conta de luz”, revelou Karoline.

Segundo a comissão, os aprovados seriam chamados para ocupar os cargos no segundo semestre de 2015, mas, com o atraso no cronograma, a gestão municipal afirmou que eles seriam nomeados no primeiro semestre deste ano. “O prefeito diz que a Lei de Responsabilidade Fiscal impede que nós sejamos chamados, mas sabemos que eles podem nos nomear. O que nos dizem é que vão nos chamar em janeiro, mas como é que essas 400 famílias vão conseguir sobreviver até lá?”, completa. 

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Com mais de dois anos de atraso, a gestão Geraldo Alckmin (PSDB) quer inaugurar no próximo mês o hospital voltado para dependentes químicos na Cracolândia, região central da capital. Batizado de Unidade Recomeço Helvetia, o local foi idealizado para oferecer diferentes tipos de tratamento para usuários de drogas, como desintoxicação e moradia assistida, mas até agora só há serviços assistenciais, como banho, barbearia e academia.

O anúncio da data de abertura da estrutura completa do hospital foi feito na segunda-feira, 15, por Alckmin. "Vamos entregar logo, logo o prédio da Rua Helvetia. Lá já começou o trabalho, tem 40 conselheiros de rua que fazem abordagem e acolhimento, tentando trazer os pacientes para tratamento. Vamos inaugurar em questão de 30 a 40 dias."

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No fim de 2013, no entanto, o coordenador do programa Recomeço, Ronaldo Laranjeira, afirmou à reportagem que o serviço deveria entrar em funcionamento integral já no mês de maio de 2014. O hospital deverá ter 21 leitos para desintoxicação e 36 camas de moradia assistida, estrutura para usuários de drogas que estão abstinentes, mas que ainda precisam de monitoramento para buscar a reinserção social.

Hoje, dependentes químicos abordados pelos conselheiros de rua na região da Cracolândia paulistana são encaminhados para leitos em outras unidades estaduais.

Cratod

Na segunda-feira (15), Alckmin também entregou a ampliação do Centro de Referência de Álcool, Tabaco e outras Drogas (Cratod) e anunciou a renovação do convênio entre o Estado e o Judiciário que permite a realização de internações involuntárias e compulsórias de usuários de drogas.

Em vigor desde janeiro de 2013, a parceria já foi responsável pela realização de cerca de 2,2 mil internações involuntárias (com autorização da família do paciente) e 22 compulsórias. Outras 11 mil internações foram feitas com o consentimento do dependente químico.

No Cratod, os leitos de observação passaram de 25 para 37, com a criação de uma área de isolamento. Foram entregues ainda mais dois consultórios e uma sala para atendimento de urgência.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No Brasil desde 2011, a Hyundai Elevadores surgiu como uma alternativa aos grandes fabricantes de elevadores, escadas rolantes e afins para atender a crescente demanda por estes equipamentos no País. No Recife, foi a empresa responsável por instalar a passarela que liga o Aeroporto Internacional do Recife à linha de metrô. Porém, ao que parece, a empresa vem tendo problemas para cumprir o que promete. Grandes construtoras têm reclamado do atraso na entrega de elevadores, o que motivou os empresários a acionarem o ministério público de Pernambuco contra a empresa.

Segundo Rodolfo Lira, empresário de Campina Grande, "falta honestidade" da Hyundai com os clientes. "Comprei os elevadores, estimados em R$ 500 mil e dividi em seis vezes. A promessa era de que quando terminasse de pagar a entrega seria feita e não foi o que aconteceu. Deram várias desculpas, mas o equipamento que deveria ter sido entregue em julho de 2015 não chegou até hoje e nem devolveram o dinheiro", afirma.

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Para não se prejudicar ainda mais, Lira teve que recorrer a outras empresas. "Tive que comprar de outro fabricante. Não entrei na justiça porque o que queria era resolver, mas sei de vários que entraram", complementa.

A reportagem apurou que a lista de prejudicados é extensa e atinge a maioria das grandes construtoras. Queiroz Galvão, Odebrecht, Rio Ave, Habil, Boa Vista e Modesto teriam encomendado elevadores à Hyundai e esperam até hoje pela entrega. Outra prejudicada foi a Moura Dubeux, que teve que seguir o mesmo caminho de Rodolfo Lira.

Em nota, a empresa afirmou que em 2015 foi constatada a quebra dos contratos de fornecimento e instalação de elevadores por parte da Hyundai Wollk, representante da Hyundai Brasil no Recife, cujos contratos previam o abastecimento de elevadores para três obras da incorporadora nos estados de Pernambuco e Ceará. Com isso, a construtora teve que recorrer a outros fornecedores para não atrasar o cronograma de entrega dos seus imóveis. "Com a decisão, a incorporadora assumiu o aumento dos custos com a contratação de novas empresas, sem ônus para os futuros moradores", diz a nota.

No caso da Construtora Rio Ave, os 16 elevadores comprados foram entregues, mas houve outro problema. “Eles chegaram dentro do cronograma previsto, porém demoraram na montagem”, afirma Alan Ferrão, gerente de planejamento da empresa.

Segundo Ferrão, a Rio Ave contornou os problemas e conseguiu entregar os empreendimentos, mesmo com a demora. “O planejamento da obra é feito com base na programação de entrega dos maiores equipamentos e o elevador é um dos itens que mais impactam no prazo final da obra”, explica.

Além do prejuízo financeiro, há outro dano que afeta as construtoras. “É complicado mensurar financeiramente o impacto desse atraso, visto que o maior prejuízo causado seria na imagem de um empreendimento, caso houvesse atraso na entrega”, completa Alan Ferrão.

A Moura Dubeux e a Rio Ave confirmaram que, junto à outras empresas e à Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (ADEMI), acionaram o Ministério Público no caso. A Odebrecht não negou a informação obtida pela reportagem, mas não quis se posicionar sobre o assunto, assim como outros empresários que preferiram não comentar “para não interferir no processo em curso”.

O LeiaJá entrou em contato com a Hyundai Elevadores Wollk. Por telefone, a funcionária Paula Koike disse que "não existia" nenhum problema no prazo de entrega dos elevadores. Já Francisco Kim, indicado como representante da Hyundai Elevadores do Brasil LTDA, apesar de ter se mostrado aberto a responder, não o fez até a publicação desta reportagem.

Os ânimos esquentaram neste sábado (13), na entrada do Parque Olímpico, no Rio de Janeiro. Com alguns esportes disputando a final, os ingressos esgotaram-se em poucas horas. E quem deixou para última hora, teve que enfrentar uma fila enorme para tentar conseguir algum ingresso para alguma das poucas modalidades que ainda restavam.

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Com o grande volume de pessoas e informações desencontradas, o resultado foi uma discussão entre dois homens que estavam em uma das filas para retirar o ingresso. A confusão teve início quando um alegou que o outro estava furando a fila.

Eles começaram a discutir e um deles começou a gritar palavras de baixo calão. As pessoas na fila reagiram reprovando a atitude do brigão. O rapaz só baixou a voz quando um policial à paisana se apresentou e pediu para ele se controlar.

Em seguida chegou a Polícia Militar, que está fazendo a segurança do evento, e resolveu a situação.

Sem papel, a Universidade de São Paulo (USP) suspendeu parcialmente em março a impressão de diplomas para alunos que concluíram a graduação ou a pós-graduação. Apenas os casos considerados urgentes foram atendidos nos últimos quatro meses. Segundo a universidade, aproximadamente 4 mil estudantes aguardam seus diplomas.

A instituição afirmou que a emissão dos certificados foi interrompida em março porque o estoque do papel usado estava "baixo". No entanto, não informou quanto ainda havia no estoque quando a reitoria determinou a suspensão parcial. Ontem, a universidade informou que um lote do material foi entregue e que a emissão será "imediatamente retomada".

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Os papéis usados para a impressão dos diplomas são confeccionados pela Casa da Moeda do Brasil, empresa estatal do governo federal. De acordo com o Diário Oficial, a universidade só firmou novo contrato com a empresa no dia 15 de março, no valor de R$ 444,8 mil, para a entrega de 80 mil diplomas em 20 meses. A USP não esclareceu por que o contrato só foi assinado quando o estoque já estava baixo.

Em nota, a Casa da Moeda informou que o contrato previa prazo de 150 dias para a primeira entrega. Ou seja, a empresa estatal teria até o dia 14 de agosto para entregar os primeiros 4 mil diplomas.

A empresa afirmou que a USP solicitou urgência na entrega de pelo menos 6 mil diplomas - no entanto, não informou quando o pedido de urgência foi feito. "A fim de colaborar com a instituição, a Casa da Moeda enviou, antecipadamente, 7.500 diplomas no dia 21 de julho."

Urgência

Em nota, a USP declarou que nos últimos quatro meses atendeu apenas os casos que foram considerados urgentes, como estudantes que foram aprovados em concursos públicos ou que precisavam de comprovação da conclusão do curso para empresas ou viagens ao exterior. A instituição não informou quantos pedidos urgentes foram atendidos.

Funcionários que trabalham nos setores de atendimento aos alunos das unidades e pediram para não ser identificados informaram que essa foi a primeira vez que a universidade ficou sem imprimir diplomas. Para os alunos que solicitavam a emissão do documento, as unidades encaminharam e-mail esclarecendo a situação, sem informar que havia brecha para casos urgentes.

PDV

Com o menor repasse de verba do governo estadual em sete anos, a USP prevê fechar este ano com uma dívida de R$ 868 milhões - 60% a mais do que havia estimado no começo do ano. Para atenuar a crise financeira, a instituição aprovou há cerca de dez dias um novo plano de demissão voluntária para funcionários técnico-administrativos e um programa de redução de jornada de trabalho. Desde 2013, o gasto com salários na universidade tem sido superior ao total de recursos recebidos do Estado.

A situação tem feito a universidade usar reservas para pagar as contas. O saldo da poupança da USP caiu de R$ 3,61 bilhões, em junho de 2012, para R$ 1,3 bilhão no fim do ano passado.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O adiamento da campanha de vacinação contra a poliomielite de agosto para setembro não deverá trazer problemas nem riscos para as crianças que serão vacinadas, segundo infectologistas ouvidos pela reportagem. Isso porque, além de a doença estar erradicada no Brasil há muitos anos, a vacina está disponível nos postos de saúde durante todo o ano.

"A campanha é uma forma de chamar a população para a vacinação. Mas para aqueles que precisam tomar as doses ou os reforços na idade indicada, a vacina fica disponível no posto de forma permanente", diz Marco Aurélio Sáfadi, presidente do Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria e professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

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O virologista Celso Granato, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), concorda. "Considerando que não temos casos da doença no Brasil há muito tempo, nem em países vizinhos, e que o adiamento da campanha é muito curto, de apenas um mês, não há quebra de segurança nem risco de queda na proteção", afirma o especialista.

Segundo os médicos, no último ano, apenas dois países do mundo registraram casos de paralisia infantil: Afeganistão e Paquistão.

Redução

Os médicos dizem ainda que a mudança feita pelo Ministério da Saúde na campanha, para um formato menor, reduz o número de doses extras e, portanto, desnecessárias dadas a crianças com o esquema vacinal completo.

"Não há problema em dar doses extras, mas não precisa dar tantas doses como a gente dava. Claro que quando você faz mais campanhas, você aumenta as chances de pegar aqueles que, por algum motivo, não tomaram todas as doses necessárias, mas nos países com a mesma condição de erradicação do Brasil, eles vacinam bem menos. Então não há problema nessa alteração", diz Granato.

A redução do uso da vacina oral, a "gotinha", é, inclusive, recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), explica Sáfadi. "Já substituímos as primeiras doses, que antes eram orais, pelas injetáveis, feitas com o vírus inativado. A tendência é que, daqui a alguns anos, nem tenhamos mais a vacina oral disponível", diz.

O especialista explica que, embora muito pequeno, há risco de a vacina oral levar a um efeito adverso que causa paralisia. O risco, no entanto, é de 1 caso em 2 milhões de vacinados. "Como a doença está sob controle, a tendência é que a gente elimine por completo esse risco reduzindo o uso da vacina oral", diz.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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