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O Ministério da Justiça multou nesta sexta-feira a Ford em R$ 165.360,00 por publicidade enganosa do veículo Ford F-250 Super Duty. De acordo com a assessoria do ministério, a publicidade induzia o consumidor ao erro por omitir informação sobre a necessidade do condutor possuir Carteira Nacional de Habilitação (CNH) na categoria C - necessária para dirigir caminhões.

Segundo o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), a veiculação da publicidade, sem informações claras sobre a necessidade de carteira diferenciada para a condução dos veículos, violou os direitos previstos no Código de Defesa do Consumidor. "A informação correta e precisa é fator fundamental para se garantir a transparência nas relações de consumo e o direito de informação dos consumidores", afirmou Amaury Oliva, diretor do DPDC, em nota distribuída à imprensa.

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De acordo com o assessoria, o valor da multa deve ser depositado em favor do Fundo de Defesa de Direitos Difusos (FDD) do Ministério da Justiça e será aplicado em ações voltadas à proteção do meio ambiente, do patrimônio público e da defesa dos consumidores.

A Ford Argentina anunciou um investimento de US$ 200 milhões destinados a aumentar em 19% a capacidade instalada de sua unidade localizada em General Pacheco, na Província de Buenos Aires, para a produção do novo Focus. O anúncio foi feito durante encontro na noite de quarta-feira (10) entre o presidente da companhia no país, Enrique Alemañy, e a presidente Cristina Kirchner, segundo nota distribuída à imprensa.

Alemañy informou que os recursos para o modelo pertencente à plataforma global da empresa no segmento dos veículos médios contemplam um significativo investimento de US$ 60 milhões no desenvolvimento de peças fabricadas localmente. Os investimentos vão gerar cerca de 300 empregos. "O contínuo fluxo de investimentos da Ford na Argentina é evidência do importante papel da operação no país como fornecedor de produtos de segmentos-chave para os mercados da América Latina", comentou Alemañy.

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Ele ressaltou que esta é a segunda plataforma global da Ford exclusiva na região designada para a unidade de Pacheco. O novo modelo começará a ser fabricado neste ano para abastecer os mercados do Mercosul. O novo projeto faz parte do plano de investimentos da montadora para o período de 2011 a 2014, com um total de 2,713 bilhões de pesos. Pela cotação oficial atual da moeda em relação ao dólar, o valor é equivalente a US$ 527,30 milhões.

No ano passado, a indústria automobilística da Argentina produziu 764,5 mil unidades, o que representou um recuo de 7,8% na comparação com 2011. Para 2012, o setor espera a retomada da economia brasileira, seu principal mercado de exportação, para voltar a crescer no mesmo ritmo de 2011, quando a indústria produziu 828,8 mil unidades.

A coreana Hyundai vai iniciar, ainda neste semestre, um terceiro turno de trabalho na fábrica de Piracicaba (SP), medida que deve gerar a abertura de 600 a 700 novas vagas diretas. Com a nova turma, o grupo ampliará sua capacidade produtiva - inicialmente de 150 mil veículos - antes mesmo de completar um ano de operação.

A fábrica iniciou a produção em setembro, com 1,5 mil funcionários e, no mês seguinte, já teve de adotar o segundo turno de trabalho para dar conta da demanda do modelo HB20. Atualmente, a unidade emprega 2 mil pessoas, cerca de 1,8 mil delas no setor de produção.

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O modelo, que em fevereiro ganhou uma versão mais esportiva, a HB20X, aparece na quarta colocação entre os automóveis mais vendidos no País na lista divulgada na primeira quinzena de março pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Fica atrás apenas do Gol, da Volkswagen, e do Uno e do Palio, ambos da Fiat. Em abril, a Hyundai lançará uma versão sedã, chamada de HB20S.

Segundo o gerente de Relações Públicas e Imprensa da Hyundai, Maurício Jordão, as bases para a adoção do terceiro turno serão discutidas nesta terça-feira com o Sindicato dos Metalúrgicos de Piracicaba. “Vamos discutir de que forma será implantado o novo turno, quantas contratações serão necessárias e se serão temporárias ou fixas”, disse

O presidente do sindicato, José Luiz Ribeiro, calcula a abertura de 600 a 700 vagas apenas na linha de montagem da Hyundai. “Tem ainda os 12 fornecedores que atuam ao lado da fábrica, que também precisarão contratar.” Ribeiro afirma que, atualmente, os funcionários realizam em média 2 horas extras diárias, além de trabalhar aos sábados. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

A Volkswagen completa no sábado 60 anos de sua chegada ao Brasil com novos projetos, como o início da produção, no segundo semestre, do compacto global Up! e a volta do sedã Santana. Também se prepara para ceder novamente parte da fábrica de São José dos Pinhais (PR) para a coligada Audi, que deve voltar a produzir veículos de luxo no País.

O grupo também deve anunciar nos próximos meses uma ampliação do plano atual de investimentos, que prevê R$ 8,7 bilhões para o período 2010-2016. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já avalia pedido de financiamento de R$ 600 milhões para projetos futuros, segundo o presidente da instituição, Luciano Coutinho, que esteve presente no evento comemorativo aos 60 anos da montadora em São Paulo, na noite de quarta-feira.

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“Precisaremos investir mais para atender demandas do Inovar-Auto, como a redução de emissões”, diz Thomas Schmall, presidente da Volkswagen do Brasil. O programa governamental estabelece que, até 2017, novos carros tenham motores 12% menos poluentes que os atuais.

Previsto para outubro, o Up! será feito na fábrica de Taubaté (SP). O modelo ficará abaixo do Gol - líder de vendas no País há 26 anos -, e deve custar cerca de R$ 26 mil, segundo fontes. Questionado sobre o novo carro, Schmall apenas diz que o mercado “vai se surpreender com a tecnologia”.

Já a nova geração do Santana, que será fabricada em São Bernardo do Campo (SP) a partir do fim do ano, será similar ao modelo lançado em dezembro na China. A Volkswagen ainda não confirma esse automóvel, mas pessoas envolvidas no projeto dão como certa a produção local. Ele vai disputar mercado com sedãs como o Chevrolet Cobalt. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

As vendas de automóveis na Índia devem cair pela primeira vez em uma década neste ano fiscal. A forte desaceleração econômica, altas taxas de juros e crescente alta nos preços do combustível pressionaram um dos mercados mais promissores para o setor automobilístico mundial. As vendas caíram em cinco dos 10 primeiros meses do ano fiscal, que termina em 31 de março, incluindo uma queda de mais de 12% em janeiro.

"O que estamos vendo agora é uma queda na demanda", disse Vishnu Mathur, diretor da Sociedade Indiana de Fabricantes de Automóveis (Siam). A associação, que já reduziu duas vezes sua previsão de vendas para este ano fiscal, não informou a previsão geral de vendas desta vez.

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As vendas locais caíram 1,8%, no período entre abril de 2010 e janeiro de 2013, para cerca de 1,55 milhão de carros. A provável queda nas vendas durante todo o ano fiscal será a primeira desde o ano que terminou, em março de 2003, quando as vendas recuaram 2,1%.

A Índia vendeu 2,02 milhões de carros no último ano fiscal, encerrado em março de 2012, um aumento de 2,2% em relação ao ano anterior. O resultado foi o menor crescimento nas vendas em três anos.

As informações são da Dow Jones.

A partir desta sexta-feira a BMW do Brasil e a Caoa - representante oficial da Hyundai no País - estão habilitadas como investidoras no Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores (Inovar-Auto). As portarias interministeriais foram publicadas nesta sexta-feira no Diário Oficial e foram assinadas pelos ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Fernando Pimentel, e de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Marco Antonio Raupp.

As duas habilitações valem até o dia 31 de março mas podem ser prorrogadas automaticamente se os cronogramas de investimentos físicos e financeiros dos projetos apresentados forem cumpridos. A BMW anunciou investimentos superiores a R$ 600 milhões para a construção de sua primeira unidade na América Latina, em Araquari (SC), e a Caoa pretende investir R$ 300 milhões para dar início a produção do hatch IX35 na sua unidade de Anápolis (GO).

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Com a publicação, as duas empresas passam a usufruir dos benefícios definidos no Inovar-Auto, como o crédito presumido do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para parte dos veículos apresentados no projeto de investimento e ganham o direito de importar mensalmente 500 unidades - no caso da Caoa -, e 1.200 unidades - a BMW - com benefício fiscal.

Com essas duas publicações, chega a 35 o número de empresas habilitadas no Inovar-Auto. Até 2017, o governo espera investimentos de até R$ 5,5 bilhões e aumento na produção de automóveis no País. No ano passado, foram produzidos cerca de 3,3 milhões de automóveis, segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). A expectativa já divulgada pelo governo é chegar a marca de 4 milhões.

De acordo com o MDIC, Para ter direito à habilitação, a empresa deve estar em dia com o pagamento de tributos federais, se comprometer a atingir níveis mínimos de eficiência energética em relação aos produtos comercializados no País (para veículos a gasolina, álcool ou flex) e a atender a critérios de produção definidos no decreto.

A montadora italiana Fiat SpA está pronta para assinar um novo contrato com a empresa chinesa Guangzhou Automobile Group Co., para produzir veículos da marca Jeep para a China, um dos mercados com maior demanda e crescimento na indústria automobilística. É o que informa a edição deste domingo do jornal milanês Corriere della Ser, sem citar as fontes.

A Guangzhou, que já produz na China automóveis para a marca Fiat, usará uma das suas fábricas para montar os veículos esportivos da Jeep, os quais serão destinados apenas ao mercado doméstico chinês e não à exportação, segundo o jornal. A reportagem informa que os modelos da Jeep a serem montados ainda não foram definidos. O contrato não afetará as operações da Jeep nos Estados Unidos.

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A Fiat e sua subsidiária Chrysler não fizeram comentários sobre a matéria, publicada logo antes do Salão do Automóvel de Detroit, que ocorrerá nesta semana.

A Rússia é outro mercado onde a Fiat entrou, em parceria com o banco estatal OAO Sberbank, para fabricar veículos da marca Jeep.

Em 2012, foram vendidos um recorde de 701.626 veículos da marca Jeep, 19% a mais que em 2011, graças a um aumento de mais de 50% nas vendas na Ásia. A Jeep planeja elevar seu número de concessionários na China dos atuais 150 para 200 até o final de 2013. A marca vende três modelos no país asiático: Grand Cherokee, Wrangler e Compass. Todos os três são importados dos EUA. As informações são da Dow Jones.

Uma nova corrida pelo mercado de carros compactos se inicia no Brasil. Pelo menos oito modelos, com preços entre R$ 22 mil e R$ 35 mil, chegarão ao mercado nos próximos dois anos, todos com produção local. Eles vão acirrar a disputa deflagrada neste fim de ano com o lançamento do Hyundai HB20, do Toyota Etios e do Chevrolet Onix, todos dispostos a abalar a hegemonia do Volkswagen Gol, líder de vendas há 26 anos, e de seus principais concorrentes, o Uno e o Palio, ambos da Fiat.

Modelos classificados como de entrada (antes chamados de populares, com motor 1.0) e hatch pequenos (versões mais completas e motores 1.0 a 1.6) respondem por quase 60% do mercado brasileiro de automóveis, segundo a Fenabrave, entidade representante dos concessionários. Até novembro, 1,45 milhão de unidades foram vendidas, 10,6% a mais em comparação com igual período de 2011. O mercado total cresceu 8%, para 2,58 milhões de automóveis.

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Nos próximos dois anos quatro novas fábricas serão inauguradas para produzir carros desses dois segmentos. A primeira será a Chery, que iniciará operações no fim de 2013 em Jacareí (SP). O grupo chinês vai produzir o novo QQ, com preço na casa dos R$ 20 mil, e as versões hatch e sedã do Celer, que custará a partir de R$ 35 mil.

Em 2014 serão inauguradas as fábricas da Nissan no Rio (que fará o hoje importado March, na faixa de R$ 25 mil) e a JAC Motors na Bahia, com um carro a partir de R$ 30 mil, sucessor do J2 trazido da China por R$ 31 mil. "O segmento de entrada já é bastante competitivo e ficará ainda mais concorrido com outras marcas pleiteando participação", diz o vice-presidente da Chery, Luis Curi.

As quatro montadoras mais antigas no País, donas de 95% do mercado de entrada, também se movimentam para enfrentar os novos rivais. A Fiat vai abrir em 2014 uma fábrica em Pernambuco para fazer o substituto do Mille, vendido a R$ 22 mil.

A Volkswagen, além de manter a estratégia de renovar o Gol, prepara para o próximo ano a chegada do Up!, subcompacto mais barato que o atual líder de vendas. Para um pouco mais à frente, a General Motors trabalha no desenvolvimento do substituto do Celta (na faixa de R$ 25 mil) e a Ford terá um novo Ka.

Renault e Peugeot também estão na briga, a primeira com o recém-lançado novo Clio, vendido a R$ 23,8 mil, e a outra com o 208, previsto para chegar em abril no lugar do 207, hoje oferecido a R$ 30 mil.

A chegada em outubro do HB20, produzido pela coreana Hyundai em Piracicaba (SP) já provocou mudanças na lista dos mais vendidos. Em novembro, o compacto com preço a partir de R$ 32 mil já era o oitavo no ranking, com 8.077 unidades.

Entre os concorrentes mais diretos, o Fiat Uno foi o que mais caiu em vendas na passagem de outubro para novembro: 12,9%. O Palio também teve as vendas reduzidas em 8,2% e o Gol em 7,7%. O mercado total de automóveis caiu 7% no período. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. (Cleide Silva)

O Siri foi integrado aos carros da Chevrolet (GM), de acordo com anúncio realizado hoje. Os automóveis que executarão funções através do comando de voz da Apple serão os Spark, Sonic LTZ e nos modelos RS que estarão no mercado no próximo ano. 

A conexão dos iPhones com o Siri (presente nos iPhones 4S e 5) acontece através do Chevrolet MyLink que é um sistema de informações criado e instalados nos automóveis da marca. Não foi anunciado se o serviço funcionará com o uso do iPad. 

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Com mais comodidade, os motoristas poderão, através do comando de voz, tocar músicas do iTunes, pesquisar na internet, compor mensagens e outros recursos possíveis através do Siri. 

Outras marcas já confirmaram que irão utilizar o sistema em seus automóveis como é o caso da Toyota, BMW, Honda e Mercedes. 

O carro pé de boi, totalmente desprovido de itens de segurança e conforto, está com os dias contados. As novas leis que obrigam montadoras a colocarem sistemas como airbag, freio ABS, motor mais econômico e menos poluente, além da própria exigência do consumidor em ter acesso ao conforto e à conectividade, vão acelerar a transferência para os carros mais baratos de tecnologias hoje disponíveis apenas em modelos de luxo.

Algumas iniciativas começam a surgir em novos veículos, como o compacto Onix, da General Motors, que tem sistema multimídia que permite ao usuário trazer músicas, fotos, vídeos e aplicativos do celular para o carro, além de fazer ligações telefônicas via Bluetooth. O sistema de conectividade do novo Renault Clio permite arquivos em MP3, conexão via Bluetooth e entrada auxiliar do tipo USB.

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Numa categoria mais acima, o novo Ford EcoSport traz sistema de partida sem chave, sensor de estacionamento e assistente de partida em rampa que mantém o veículo parado por até três segundos após a retirada do pé do freio, facilitando manobras.

O diretor da Delphi, Valdir de Souza, afirma que as novas tecnologias chegam ao mercado primeiro nos produtos top de linha porque o custo de desenvolvimento é elevado, mas, à medida que se intensifica o uso, o preço cai. "Em média, num período de três anos ocorre uma redução de custo de 50% numa nova tecnologia", diz. "Foi o que ocorreu com os celulares, computadores e TVs."

Outro sistema com diversas funções, chamado de MyFi e já disponível em carros na China, vigia tudo o que ocorre dentro do carro e repassa um aviso ao smartphone do proprietário se há algum movimento. "Isso pode evitar, por exemplo, que uma criança seja deixada no carro, como já vimos em casos recentes que resultaram até em mortes", diz Souza.

A empresa também vai lançar os rastreadores, que passarão a ser obrigatórios em 100% dos carros novos até agosto de 2013, com funções extras, como avisar sobre a necessidade de abastecimento e de troca de óleo, além de medir consumo e desgaste de pneus.

O diretor da consultoria Roland Berger, Martim Bodewig, concorda que o maior salto a ser dado pelas montadoras será nos carros de entrada. "Será uma mudança constante e cada vez mais o carro brasileiro será parecido com o carro global, mais seguro, mais eficiente, com mais conforto e maior conectividade."

O vice-presidente da Ford, Rogelio Golfarb, acredita que, nos próximos cinco anos, "haverá um tsunami tecnológico nos carros brasileiros". O programa Inovar-Auto, que estabelece metas para redução de consumo e de poluentes a partir de 2017, também incentiva o desenvolvimento de tecnologias nas áreas de segurança e conectividade, com redução de impostos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

A Fiat liderou novamente em outubro a venda de veículos leves, com 80.797 emplacamentos de automóveis e comerciais leves registrados no período, ou 24,71% do total do mês, informou nesta terça-feira a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). No segmento de automóveis, liderado pelo modelo Uno, a montadora italiana comercializou 65.631 unidades, ou 26,27% dos licenciamentos registrados no mês. Em relação aos comerciais leves, a Fiat registrou 15.166 veículos comercializados, ou 19,67% do total vendido pelas concessionárias do País em outubro neste segmento.

A Volkswagen teve o automóvel mais emplacado em outubro, o Gol (27.737 unidades), que ficou à frente do Fiat Uno, o segundo colocado, com 21.370 unidades. A montadora alemã, porém, foi a vice-líder em vendas de veículos leves no mês, com 70.562 unidades (21,58%). Desse montante, 59.811 foram emplacamentos de automóveis (23,94% do segmento) e 10.751 (13,94%), comerciais leves.

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A General Motors (GM) e a Ford ficaram com, respectivamente, o terceiro e o quarto lugares em vendas de veículos leves em outubro. A GM vendeu 54.065 (16,54%) unidades no mês, enquanto a Ford comercializou 29.936 (9,16%) no período. A Renault aparece em seguida com 21.201 veículos leves, ou 6,49% dos emplacamentos registrados no mês, segundo a Fenabrave.

O mercado de caminhões foi liderado pela Volkswagen em outubro, com 3.110 unidades vendidas, ou 24,79% do mercado do mês. A Mercedes-Benz ficou em segundo lugar, com 3.032 caminhões emplacados (24,17%), mas liderou as vendas de ônibus, com 921 unidades comercializadas - ou 41,81% do mercado de outubro neste segmento.

Duas rodas

Em relação a motos, a Honda segue na liderança, com 80,29% das vendas realizadas em outubro, o que representou 108.180 unidades. A Yamaha conseguiu a vice-liderança nas vendas deste segmento em outubro, com 13.019 motos vendidas, ou 9,66% do mercado do mês.

As vendas de automóveis na China devem aumentar num ritmo mais rápido do que a economia do país nos próximos anos, disse o secretário-geral da Associação de Fabricantes de Automóveis da China, Dong Yang, nesse domingo (28). Isso significa que as vendas no maior mercado mundial de automóveis terão um crescimento anual de pelo menos 7%, número que representa a meta de crescimento econômico do governo chinês para o período de 2011 a 2015.

"A desaceleração observada neste ano foi resultado de diversos fatores, como a desaceleração da economia dentro e fora da China, assim como a remoção de alguns subsídios do governo para carros pequenos", disse Dong em um fórum do setor em Xangai.

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Dados da associação mostram que as vendas gerais de veículos, que incluem carros comerciais e de passageiros, cresceu 3,4% na China nos primeiros nove meses deste ano. No mesmo período em 2011, o aumento foi de 4%, que já representava uma desaceleração ante o crescimento de dois dígitos nos anos anteriores.

"Atualmente há mais de 130 milhões de motocicletas elétricas e 200 milhões de bicicletas elétricas registradas na China. Com certeza grande parte desses usuários vão migrar para o mercado de automóveis no futuro", acrescentou.

As informações são da Dow Jones.

A Caixa Econômica Federal anunciou nesta sexta-feira a redução dos juros para o financiamento de veículos novos e usados. Com o corte, as taxas passam a variar de 0,75% a 1,51% ao mês. Anteriormente, a taxa máxima era de 1,63% mensais, conforme as condições do financiamento. Para veículos com até dois anos de fabricação, a taxa máxima caiu de 1,55% para 1,34% ao mês.

Segundo nota à imprensa, a linha de financiamento está disponível nas agências da Caixa e nas concessionárias ou lojas credenciadas pelo Banco Panamericano. As taxas são definidas por fatores como cota de financiamento, idade do veículo, prazo e nível de relacionamento do cliente com a Caixa. O valor financiado pode ser de até 100% para veículos zero km. Já o prazo pode chegar a 60 meses para veículos com até cinco anos, e até 48 meses para os com até 10 anos.

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A Caixa, em conjunto com o Banco Panamericano, encerrou agosto com o recorde de R$ 668 milhões no mês em contratações no setor. O valor atingido representa 143% mais que em abril deste ano, quando foram contratados R$ 274 milhões em créditos totais.

Até agosto, a participação em volume de contratação mensal da Caixa e do Banco Panamericano era de 7,04% do mercado. O objetivo é que a operação conjunta atinja 10% da produção total do mercado até dezembro próximo. O saldo da carteira de veículos dos dois bancos, que hoje é R$ 9,3 bilhões, deve chegar a R$ 10,6 bilhões até o fim do ano.

Os automóveis ficaram mais caros na porta da fábrica em julho, segundo o Índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgado nesta quinta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os veículos automotores, que incluem também caminhões, subiram 0,80% em relação a junho. Como resultado, a atividade teve o segundo maior impacto no IPP do mês, de 0,09 ponto porcentual na taxa de 0,54%, atrás somente da contribuição de alimentos (0,62 ponto porcentual).

O IPP mede a evolução dos preços dos produtos sem impostos e fretes, portanto, não é influenciado pela redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), em vigor durante a última medição. Os produtores aumentaram a margem de lucro enquanto os consumidores compraram a preços mais baixos por causa da isenção do IPI no varejo.

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"O automóvel está saindo mais caro da fábrica", afirmou Cristiano Santos, técnico da Coordenação de Indústria do IBGE. "No caso de automóveis, houve tendência em julho de um aumento de margem (de lucro)." Os caminhões e peças para motores também puxaram o resultado do IPP em julho. A exigência na legislação de adoção de um motor menos poluente fez com que o produto ficasse mais caro.

"Mudanças de tecnologia também não deveriam afetar o IPP. Porém, nós enxergamos que houve sim no caso de caminhões uma tendência de agregar valor ao produto final como um todo. É o que aparece aqui. No caso de peças, são peças para o motor, então essa agregação do motor esta ligada à motorização de caminhões", explicou Santos.

Os preços dos automóveis, que caíram após as medidas do governo de redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), foram a principal contribuição para a inflação de junho (0,08%). No entanto, em julho, já não tiveram a mesma influência sobre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 0,43%, a maior taxa desde abril (0,64%).

O resultado de julho foi influenciado para cima principalmente pela alta dos preços dos alimentos. Soma-se a isso a queda menos intensa dos preços dos automóveis. "O efeito da redução de automóveis foi apropriado em junho. Em julho, os automóveis continuaram em queda, mas não de forma tão intensa", disse a coordenadora de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos.

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A variação do grupo Transportes passou de -1,18% em junho para -0,03% em julho. A de veículos próprios passou de -2,48% para 0,00% na mesma base de comparação. E a inflação do automóvel novo foi de 0,01% no mês passado, ante deflação de 5,48% no mês anterior. No caso do automóvel usado, a taxa foi de -0,91% em julho, ante -4,12% em junho.

Aos 20 anos, Roni Peterson perdeu seu primeiro emprego de montador na fábrica da General Motors de São José dos Campos (SP), conquistado um ano e meio antes. Era 1998, ano da crise asiática, que teve impacto nas economias mundiais. A produção da indústria automobilística, que em 1997 tinha sido a maior da história, despencou 23%.

Após dois anos desempregado, Peterson recuperou a vaga na montadora, onde está até hoje, aos 38 anos. Casado, pai de duas meninas de dez e três anos, ele teme enfrentar a mesma decepção da juventude. A GM vai deixar de produzir automóveis no complexo oficialmente inaugurado em 1959 pelo então presidente Juscelino Kubitschek e pode demitir 1,5 mil trabalhadores.

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Peterson não trabalha no setor ameaçado. É funcionário da linha de montagem da picape S10, única a operar em três turnos no complexo. "Se tiver demissão, não significa que vai atingir só o pessoal do setor, mas todo mundo corre risco", diz. "Nos últimos dias está um clima angustiante na fábrica. Ninguém conversa, ninguém brinca".

O complexo emprega 7,2 mil funcionários em oito fábricas. A que está ameaçada é a MVA, que até o mês passado produzia os modelos Corsa, Classic, Meriva e Zafira. Hoje, só resta o sedã Classic, que também é feito nas fábricas de São Caetano do Sul (SP) e da Argentina, e só fica atrás do Celta em vendas.

São José é responsável por 25% da produção do Classic e, segundo a GM, o modelo foi levado para lá para reforçar a linha dos outros três carros que já vinham perdendo vendas por serem antigos. A Meriva e a Zafira foram substituídas pelo Spin, feito em São Caetano. O Corsa saiu de linha para dar lugar à família Ônix, que será feita em Gravataí (RS) no início de 2013.

As outras unidades do complexo produzem a S10 - e, até o fim do ano, a nova Blazer -, motores, cabeçotes, transmissões, estamparia, peças plásticas e kits para exportação (CKDs).

Os próprios funcionários avaliam que só o Classic não será suficiente para sustentar uma linha e se preparam para ver o fim da produção de automóveis na fábrica que produziu o Chevette - que vendeu 1,6 milhão de unidades - e o Kadett. No auge da produção, em 1997, a fábrica chegou a ter 11 mil funcionários.

"Dos 18 anos que estou na fábrica, essa é a pior fase que enfrento", afirma José Monteiro Silva, de 47 anos. Tapeceiro na MVA, ele é da Cipa e, portanto, tem estabilidade no emprego, mas diz que sofre ao ver companheiros contarem que não conseguem mais dormir. "Vi um colega chorando de desespero." Na saída do primeiro turno na quinta-feira, às 15h, muitos trabalhadores cruzavam os portões cabisbaixos. Poucos aceitaram dar entrevistas e a maioria pediu para não ter os nomes citados.

Um deles, de 47 anos, está na GM há 27. Foi contratado no ano em que a empresa enfrentou uma das mais polêmicas greves, que resultou na ocupação da fábrica por grevistas que fizeram 370 funcionários reféns por 36 horas. "Hoje a situação é ainda pior. Se fecharem a MVA, vai ter mais de 1,5 mil demissões".

Explicações. A direção da GM foi convocada pelo Ministério da Fazenda para dar explicações na terça-feira sobre a ameaça de cortes. Na sexta-feira, a presidente Dilma Rousseff cobrou a manutenção de empregos dos setores que foram beneficiados pela redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

A GM já abriu um programa de demissão voluntária que teve a adesão de 356 trabalhadores. Alguns alegam terem sido "forçados" a aderir.

O diretor de relações institucionais da GM, Luiz Moan, tem dito que a empresa cumpre o acordo de manutenção de vagas, pois está contratando em outras unidades. Neste mês, abriu 250 vagas em Gravataí e 300 na fábrica de motores que vai inaugurar em Joinville (SC).

No dia 4, a GM, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, a prefeitura e o Ministério do Trabalho voltam a se reunir para analisar propostas que possam evitar as demissões ou, ao menos, adotar um processo menos traumático. "Eu consegui esse emprego há apenas um ano, tenho muitas dívidas e, se perdê-lo, ser muito complicado", afirma Rodrigo Alves, funcionário da MVA.

Sem acordo. A GM não alega problemas de mercado para fechar a fábrica de carros, mas de falta de flexibilidade por parte da direção do Sindicato dos Metalúrgicos, com quem tem dificuldades de fechar acordos há vários anos. "A fábrica de São José é a única que não tem banco de horas", exemplifica Moan.

Segundo ele, em razão dessas dificuldades, projetos novos foram para outras fábricas. Com o fim da linha dos modelos mais antigos, não há produtos para substituí-los. "O último acordo que fizemos foi em 2008, para a produção da nova S10". Segundo a GM, o acordo previa redução dos salários para novas contratações e trabalho extra quando necessário, mas não foi renovado pelo sindicato em 2010.

O presidente do sindicato, Antonio Ferreira de Barros, afirma que há cinco meses busca novas propostas da GM, mas nada foi apresentado. "O sindicato é apontado como a parte radical, o intransigente nas negociações, mas o que falta é justamente uma proposta da GM. Queremos acreditar que dia 4 ocorra um avanço por parte da empresa pois, do ponto de vista econômico, não há razão para demitir."

No meio automobilístico, contudo, há quem acredite que, no longo prazo, a GM poderá fechar todo o complexo.

As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

A principal contribuição para a desaceleração do IPCA-15 de 0,51% em maio para 0,18% em junho veio do grupo Transportes, cuja variação passou de -0,25% para -0,77%. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) considera que, com a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), a partir de 21 de maio, os preços dos automóveis novos caíram 3,50%, com impacto de 0,12 ponto porcentual negativo, o mais baixo no mês.

Com isso, foi influenciando também o mercado de usados, cujos preços ficaram 2,62% menores, com impacto de 0,04 ponto negativo. A redução dos preços de carros novos e usados, juntos, causou impacto de 0,16 ponto porcentual negativo no índice de junho.

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Ainda no grupo Transportes, contribuíram para a desaceleração do IPCA-15 as variações dos preços do etanol (-1,51%), por causa da baixas cotações da cana-de-açúcar, e da gasolina (-0,37%).

Carros, motos, caminhões e acessórios para veículos. Logo é possível imaginar uma concessionária tradicional das grandes fabricantes. Bem diferente disso é a Feira de Veículos Velhos e Seminovos do bairro da Joana Bezerra, no Recife, bem embaixo do viaduto. Evento que acontece há mais de 10 anos e funciona a base da negociação direta entre comprador e vendedor. 

Quem quer comercializar logo o seu produto conta com a ajuda do locutor de preços e marcas, Jorge Fernandes, que há seis anos trabalha na Feira. Ele tem o papel da fazer a propaganda das ofertas. “Eu faço uma prestação de serviço para ajudar os colegas a vender e a comprar. A partir de R$ 3,00 eu faço até três anúncios e é muito legal poder ajudar todo mundo”, diz o locutor. Segundo ele, estima-se em torno de 10 mil pessoas que participam do evento a cada domingo.

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Frequentador do ambiente, o cidadão Menezes Galvão reclama da organização da na área e cobra da Prefeitura do Recife ações para melhorar o espaço. “A proposta de comércio é muito boa e garante a qualquer pessoa ter seu carro. Mas a Feira precisa de organização e de melhores condições para o público. Espero que a Prefeitura possa trabalhar para organizar melhor a Feira”,afirma  Galvão.    

Em uma área de grande extensão, milhares de automóveis se aglomeram, todos identificados com o valor, ano de fabricação e características de funcionamento, além da tradicional “placa de vende-se”. E diferentemente do ambiente das lojas tradicionais, a feira ao ar livre é bastante agitada. Na área, é possível identificar preços tão baixos que chegam até a R$ 2 mil - caso de um fusca que a reportagem pode conferir.

Além da compra e venda, os participantes tem a opção de, simplesmente, fazer a troca de um produto por outro - pessoas que querem simplesmente trocar os seus veículos por outros mais novos, do mesmo ano ou até mesmo mais velhos. No entanto, essas transações também podem envolver dinheiro, com a chamada “volta”. Isso acontece quando uma das partes deve pagar determinada quantia para equilibrar os valores dos carros, quando o automóvel mais velho é trocado por um mais novo.

Carros para todos os gostos

Uma imensa variedade de carros pode ser encontrada no Feirão. Os participantes não sabem ao certo a quantidade de veículos semanalmente. Porém, é perceptível que o local se assemelha a grandes eventos de comercialização do setor. Iranildo José é vai várias vezes ao local, algumas para comprar e outras para vender. Neste domingo (20), revelou que o  objetivo é repassar um fusca do ano de 1975. “Já veio muita gente olhar o carro e eu acredito que vou vendê-lo rápido”, diz Iranildo. Para ele, o feirão é muito melhor que as agências tradicionais, principalmente no quesito preço. “Comercializar aqui é mais em conta. As agências querem comprar carros a preço baixo e vender com um valor grande. O meu fusca está custando aqui R$ 2.700, e se estivesse numa loja, ele estaria na faixa de R$ 4 mil”, comenta.

Já o vendedor Jeferson Roberto (foto à esquerda) há mais cinco anos é frequentador assíduo do “Feirão”. “Vendo e compro, e sempre saio satisfeito daqui. É um lugar de livre comércio, onde nós podemos negociar os preços. Nas agências normais isso não ocorre porque elas têm que seguir um padrão”, ressalta. Mas, por causa da experiência de tanto tempo na Feira, Jeferson aconselha os interessados a “antes de comprar um carro, avaliarem bem as condições dos veículos. É preciso olhar a parte mecânica, a condição da lataria do carro, a estabilidade e também a documentação”, aconselha. Ele complementa que se o comprador não tiver experiência com carros, é importante levar um mecânico na hora da compra para fazer uma avaliação.

Em meio ao comércio, todas as partes envolvidas fazem o seu papel. Os vendedores contam suas vantagens sobre os seus carros e os compradores tentam baixar o preço ao máximo. E quanto à avaliação dos veículos, na prática essa é feita no próprio local, sem muitos rodeios. Os vendedores fazem questão de expor as condições dos carros, principalmente as dos motores. Já os compradores, pensam no conjunto que é a qualidade e o preço.

Um dos principais pontos do novo regime automotivo, para o período de 2013 a 2017, ainda não saiu do forno: técnicos do governo preparam uma tabela com metas de eficiência energética para os veículos fabricados no País, a exemplo do que as montadoras já precisam cumprir em outros países.

Segundo fontes ouvidas pelo Estado, o objetivo da equipe de Dilma Rousseff é exigir um consumo cada vez menor de combustível por quilômetro e, consequentemente, reduzir emissões de gases de efeito estufa.

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O governo também espera, com a medida, usar a eficiência no consumo de combustíveis como catalisador de uma nova geração de motores capaz de competir no mercado externo. O assunto envolve discussões técnicas dos ministérios do Desenvolvimento e da Ciência e Tecnologia e será apresentado a representantes da indústria automotiva nas próximas semanas.

Na semana passada, o governo lançou a pedra fundamental do novo regime automotivo, chamado de Inovar-Auto. Para escapar do aumento de 30 pontos porcentuais do IPI, implantado em 2011, as montadoras precisam comprar autopeças nacionais. Quanto maior o valor gasto com os equipamentos produzidos no País, maior será o desconto no IPI. A novidade é que as metas de eficiência energética pretendem estimular as montadoras a investir no desenvolvimento de uma geração "brasileira" de motores.

Começamos 2012 com novo recorde nas vendas de automóveis no Brasil. Apesar de uma queda em relação a dezembro de 2011, janeiro fechou com alta de 9,8% em comparação ao mesmo período do ano passado. Hoje, o Brasil tem mais de 65 milhões de veículos em circulação, mais de 2 milhões deles estão em Pernambuco e 1 milhão se concentram apenas na Região Metropolitana do Recife.

Nesse contexto, atualmente, o Estado tem emplacado entre 1 mil e 1.300 veículos por dia. E a tendência é cada vez mais aumentar o número de  automóveis nas ruas, já que as vendas são impulsionadas pela facilidade de prazos e condições  de pagamentos, financiamentos longos, taxas de juros e a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados, IPI. A frota da capital pernambucana é que representa uma preocupação maior em relação às demais capitais da região Nordeste, analisando Recife, Salvador e Fortaleza, as três cidades mais importantes econômica e politicamente da Região, a capital de Pernambuco é a que apresenta a maior relação carro/população.

Considerando todos os habitantes da cidade, mesmo aqueles abaixo de 18 anos e que não possuem carteira de habilitação, o percentual de moradores com carros chega a 31,9% da população. Nada comparado, entretanto,  à cidade de São Paulo,  que recebe cerca de 800 novos veículos por dia. Porém, é preciso lembrar que nossa estrutura viária também não pode ser comparada a capital paulista, haja vista que  possuímos um limitado espaço viário.

Passado o período de férias de verão, festas de final de ano e com a retomada das aulas escolares, cerca de 200 mil veículos voltam a circular em Recife, trazendo à tona os problemas com os congestionamentos nas principais vias da cidade. Para quem mora ou trabalha no Recife e região metropolitana e precisa deslocar-se,  seja de carro ou através de transporte público por vias onde não há faixa exclusiva para ônibus, as notícias sobre os congestionamentos não têm sido muito animadoras. A cada dia, a imagem  de trânsito parado nas ruas, avenidas e BRs tem feito parte da paisagem.

As vias existentes já não suportam o crescente número de veículos. Culturalmente, não  temos o hábito de usar a bicicleta ou  caminhar. Por outro lado, utilizar  transporte público torna-se quase inviável em face do tempo de espera e da superlotação. Inúmeros projetos sobre mobilidade estão em discussão atualmente: construção de viadutos, expansão das linhas de metrô e alargamentos de ruas. Mesmo se realizadas essas ações, que esperamos imensamente que ocorram,  provavelmente, elas  não serão suficientes para comportar o crescimento econômico que o estado está  vivendo. 

Com efeito, em alguns anos, seguindo a estatística de crescimento anual de 7% para veículos e superior a 16% para motos, Recife deverá repetir o retrato de São Paulo, com rodízio de veículos e pagamento de pedágios.  Antes disso, precisamos lembrar que, daqui a apenas 2 anos, receberemos número recorde de turistas para a Copa do Mundo de Futebol.

Caro leitor e atenta leitora, o fato é que, para seguirmos as lições dos países de primeiro mundo, precisamos parar de colocar a culpa dos engarrafamentos na fila dupla das escolas, na falta de viadutos ou na falta de sincronização dos semáforos e começar a pensar no coletivo. Hoje, temos uma taxa de ocupação de 1,5 ocupantes por veículo. Medidas simples, como rodízio  entre pais para levar os filhos à escola, ou de colegas de trabalho para ir ao escritório; melhoria na qualidade de transporte público, com maior número de veículos, mais opções de linhas e corredores exclusivos; além de qualidade na segurança pública e incentivo a utilização de bicicletas são medidas simples e que se desenvolvidas  poderão ser  capazes de reduzir o número de veículos nas ruas, trazendo mais qualidade de vida e proporcionando menos estresse à população.

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