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Com a queda de quase 5% na ação registrada nesta quarta-feira (6) a Vale já perdeu R$ 70,6 bilhões em valor de mercado desde o acidente da mina de Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), ocorrido no dia 25 de janeiro.

Um dia antes do rompimento da barragem, o valor de mercado da Vale era de R$ 289,7 bilhões, caindo para R$ 219,1 bilhões nesta quarta.

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De acordo com um analista, que pediu para não ser identificado, o cancelamento da autorização provisória que a mineradora tinha para operar a barragem de Laranjeiras e a decisão do Tribunal Regional Federal da 1.ª Região (TRF1) de negar o pedido da Vale para retomar as operações da mina de níquel Onça Puma, no Pará, reforçam a visão de maior incerteza em relação à mineradora.

A unidade de Onça Puma respondeu por 11% da produção de níquel da Vale entre janeiro e setembro de 2018, enquanto a paralisação de Brucutu poderá tirar do mercado 30 milhões de toneladas de minério de ferro, que vão se somar aos 40 milhões que também não serão produzidos este ano nas minas de Minas Gerais, cujas barragens foram fechadas pela Vale depois da tragédia.

Segundo o analista da Mirae Corretora Pedro Galdi, o mercado começa a somar todas as notícias negativas para a mineradora, que ainda poderá ser castigada pelos investidores estrangeiros. Geralmente, lembra Galdi, esses investidores costumam entrar na justiça americana pedindo ressarcimento das perdas quando a empresa tem culpa da queda do valor das ações.

"A primeira queda das ações (dia 28/2) foi exagerada e o mercado foi corrigindo aos poucos, mas quando começaram a sair o número de mortos (de Brumadinho), rebaixaram o rating, e as várias notícias negativas como as de hoje, o papel foi perdendo o valor", explicou Galdi, que coloca também na "lista negativa" as multas que vem sendo anunciadas.

Para analistas, do ponto de vista da produção, a companhia poderá compensar a redução com mudanças nas estratégias. No caso do minério de ferro, avaliam que há espaço para aproveitar a produção de Carajás, no sistema Norte. A decisão judicial que paralisou a mina de Brucutu, porém, é apontada como fator de incerteza. "A barragem de Brucutu é completamente diferente da que rompeu. Mesmo assim, a Justiça decidiu parar", destacou o representante de uma das principais casas de análise sobre a mineradora. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Moradores do Córrego do Feijão, em Brumadinho, e funcionários que sobreviveram ao rompimento da barragem relataram a ocorrência de um suposto vazamento no pé da estrutura, uma semana antes do colapso. Segundo esses depoimentos, a mineradora estaria tentando reparar o problema, sem sucesso.

"Eu pude notar que tinha uma lona azul, lá no pé da barragem, e procurei saber se havia algum vazamento, mas ninguém falou nada", contou Celso Henrique de Oliveira, de 20 anos. Ele trabalhava dentro da mina em uma empresa terceirizada. O depoimento foi dado ao Movimento dos Atingidos por Barragens. A pesquisadora Karine Carneiro, do Grupo de Estudos e Pesquisas Socioambientais da Universidade Federal de Ouro Preto, que acompanha o trabalho da força-tarefa que investiga o colapso, observou depoimentos semelhantes. "Temos relatos sobre a lona azul, usada quando da ocorrência de umidade ou vazamento", conta ela. "Outras pessoas falam de um brejo no pé da barragem, que estaria sendo observado."

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Uma imagem de satélite feita antes do rompimento da barragem do Córrego do Feijão também revela um volume de água muito acima do normal entre os rejeitos. A saturação, ou excesso de água, pode ter causado o colapso da estrutura, de acordo com a força-tarefa responsável pela investigação do desastre.

O relatório da consultoria alemã Tüv Süd, que atestou a estabilidade da estrutura em agosto do ano passado já apontava problemas na drenagem interna da barragem. Havia entupimento de algumas tubulações de drenos e erros de projeto.

Procurada, a Vale informou que não houve registro de aumento do nível de água na barragem. Segundo a mineradora, após a instalação dos drenos horizontais profundos, como medida adicional de segurança, em 2018, foi feita inspeção em toda a barragem e não se detectou nenhuma anomalia.

A mineradora também afirmou que duas auditorias foram realizadas, em junho e setembro do ano passado, por uma empresa de renome internacional, que atestou a segurança física e hidráulica da estrutura. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os trabalhos de buscas em Brumadinho onde uma barragem da empresa de mineração Vale se rompeu chegou ao 13º dia nesta quarta-feira (6) com dificuldade em razão da chuva que atinge a região. Segundo o tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, 400 homens atuam no local. Além do efetivo, as equipes contam com o auxílio de 25 máquinas pesadas.

O balanço mais recente da Defesa Civil do Estado aponta 150 mortos na tragédia, sendo que 134 já foram identificados. Ainda não foram localizadas 182 pessoas - entre funcionários da Vale, terceirizados que prestavam serviços à mineradora e membros da comunidade.

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O tenente informa ainda que será preciso reavaliar a dinâmica da operação. A equipe vai se reunir nesta quinta-feira (7) com o comandante-geral da operação para avaliar se é necessário criar uma nova "modelagem de buscas".

Há previsão de chuva nos próximos dias. "Fazemos o acompanhamento em tempo real. A chuva demanda modificações nas áreas de buscas. A chuva prejudica a operação. Não é possível decolar e nem pousar. Deixa a lama em condições difícil de manuseio, além do próprio deslocamento dos militares, que deve ser feito em segurança. Dependendo do local, vamos demorar o dobro do tempo ou mais para chegar em algum local", destacou o porta-voz.

"Foi necessário fazer uma escavação profunda, com utilização de maquinário pesado, como retroescavadeiras para retirar corpos da lama em camadas mais profundas", finalizou Aihara.

O trabalho de resgate de animais em Brumadinho (MG) após o rompimento da barragem da Vale no último dia 25 de janeiro continua. De acordo com a Brigada Animal, 350 foram resgatados até domingo (3). A contagem se refere a animais resgatados e devolvidos a seus donos ou aqueles que foram acolhidos na fazenda onde funciona o hospital de campanha.

Os animais que receberam atendimento nas propriedades de seus tutores também compõe esse número. Dos 350 resgatados, 145 seguem em atendimento no local. Lá, os animais recebem procedimentos veterinários e, após os tratamentos, são devolvidos para os respectivos donos.

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Os animais de tutores não localizados serão disponibilizados para adoção. Entre os bichos atendidos estão gatos, cães, equinos, bovinos, pássaros e aves - além de uma serpente e um cágado.

Subiu para 150 o número de mortos no rompimento de uma barragem da Vale em Brumadinho (MG), segundo balanço divulgado nesta quarta-feira (6) pela Defesa Civil.

Outras 182 pessoas estão desaparecidas. Do total de vítimas, 134 corpos já foram identificados. Ou seja, após 13 dias de buscas, mais da metade dos indivíduos supostamente atingidos pelos rejeitos ainda não foram encontrados.

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O Corpo de Bombeiros já trabalha com a hipótese de que alguns corpos não sejam recuperados. As últimas vítimas foram achadas perto do estacionamento da unidade de tratamento de minério e de um vestiário.

O rompimento ocorreu no último dia 25 de janeiro, e a Vale, dona da barragem, ainda não conseguiu explicar o motivo do desastre.

Três funcionários da mineradora e dois engenheiros que atestaram a segurança do reservatório haviam sido presos, mas o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou a soltura na última terça-feira (5). 

Da Ansa

O deputado estadual Antônio Moraes (PP) anunciou, nessa terça-feira (5), que solicitará a criação de uma Comissão Especial para discutir e acompanhar a situação das barragens de Pernambuco. O objetivo, segundo ele, é verificar, junto aos órgãos federais e estaduais competentes, as condições de infraestrutura dos reservatórios, agindo para evitar tragédias como a ocorrida após o rompimento da barragem da mineradora Vale em Brumadinho (MG).

O parlamentar expressou preocupação, em especial, com a Barragem de Jucazinho, no Agreste Setentrional. “O ex-presidente da República (Michel Temer) assinou a liberação de recursos para a recuperação do equipamento, mas até hoje não foi feita nenhuma obra nesse sentido. Felizmente ou infelizmente, não choveu, e ela está totalmente seca. Mas se estivesse chovendo naquele manancial, a gente poderia estar com um problema muito sério”, advertiu.

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Moraes citou, ainda, as barragens de Sobradinho (Sertão do São Francisco) e de Carpina (Mata Norte). E ressaltou que a Assembleia Legislativa de Minas Gerais instituiu uma Comissão Extraordinária das Barragens, após o rompimento da barragem de rejeitos da Samarco, que destruiu o povoado de Bento Rodrigues, matou 19 pessoas e poluiu o Rio Doce com metais pesados em novembro de 2015.

“Infelizmente, em Minas Gerais, o lobby das mineradoras foi vencedor, e a gente teve em Brumadinho a perda de vidas humanas e destruição ambiental”, lamentou.

*Do site da Alepe

Cerca de 380 homens deram início aos trabalhos no 13º dia de buscas na região onde uma barragem da mineradora Vale se rompeu, em Brumadinho (MG). De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar do estado, além do efetivo, as equipes contam com o auxílio de 21 máquinas pesadas e quatro caminhões.

O último balanço da Defesa Civil de Minas Gerais aponta 142 mortos na tragédia, sendo que 122 já foram identificados. Três pessoas permanecem hospitalizadas e 194 ainda não foram localizadas – entre funcionários da Vale, terceirizados que prestavam serviços à mineradora e membros da comunidade. Há também 103 desabrigados.

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Libertação de presos

Nessa terça-feira (5), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu pela libertação de cinco pessoas presas no dia 29 de janeiro, acusadas de envolvimento no rompimento da barragem. Entre elas estão engenheiros, geólogos e outros técnicos da Vale e da empresa que assinou laudo assegurando as condições de segurança da barragem.

O número de mortos confirmados em decorrência da tragédia do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG) subiu para 142. Destes, 122 foram identificados e 20 estão sem reconhecimento. As informações foram atualizadas pela Defesa Civil de Minas Gerais no fim da tarde de hoje (5).

Segundo o boletim do órgão, ainda há 194 desaparecidos, sendo 61 da listagem da Vale e 133 de trabalhadores terceirizados ou pessoas da comunidade. Já os localizados totalizam 392, sendo 223 da lista da mineradora e 169 terceirizados ou da comunidade.

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No balanço divulgado ontem (4), haviam sido registrados 134 pessoas mortas na tragédia, 199 desaparecidas e 394 localizadas.

Os dados da Defesa Civil atualizam também desabrigados e hospitalizados. No primeiro grupo encontram-se 103 pessoas, que foram deslocadas para alojamentos temporários, como hoteis. Entre as pessoas em tratamento em hospitais restam três vítimas.

Soltura de presos

Hoje o Superior Tribunal de Justiça decidiu pela soltura de cinco pessoas presas no dia 29 de janeiro acusadas de envolvimento na tragédia. Entre elas estavam engenheiros, geólogos e outros técnicos da Vale e da empresa que assinou laudo assegurando as condições de segurança da barragem.

A Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) mandou soltar três funcionários da Vale e dois engenheiros da empresa TÜV SÜD, que prestava serviços a mineradora, hoje (5). Os três foram presos devido ao rompimento da barragem de Brumadinho (MG).

A decisão foi tomada por unanimidade entre os cinco ministros que participaram da sessão. “Todos os ministros ressaltaram a gravidade do fato ocorrido e a comoção social causada pela tragédia. No entanto, a turma entendeu que não há fundamentos idôneos para as prisões”, afirma a Corte, em nota.

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A decisão do STJ é provisória (liminar) e vale até que o Tribunal de Justiça de Minas Gerais julgue o habeas corpus (pedidos de liberdade) apresentado pela defesa dos cinco investigados.

O relator do caso, ministro Nefi Cordeiro afirmou que “os engenheiros e funcionários da Vale já prestaram declarações, já foram feitas buscas e apreensões e não foi apontado qualquer risco que eles pudessem oferecer à sociedade”.

De acordo com os investigadores, os profissionais são suspeitos de fraudar laudos técnicos para a Vale, permitindo que as operações na mina Córrego do Feijão ocorressem normalmente.

No primeiro dia de trabalho legislativo, deputados recém-empossados protocolaram na Mesa Diretora da Câmara dois pedidos de instauração de comissões parlamentares de inquérito (CPIs). São solicitações de investigação sobre o rompimento da barragem de Brumadinho (MG); e contratos do BNDES.

Um dos pedidos foi registrado pelo deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP) com o objetivo de auditar contratos internacionais firmados pelo governo brasileiro nos últimos anos. “Queremos avaliar contratos feitos com Cuba, com ditaduras africanas e empréstimos do BNDES com a Venezuela que foram muito mal explicados. Quanto se gastou? Que tipo de benefício o Brasil teve?”, disse Macris.

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Brumadinho

Deputada de primeiro mandato, Joice Hasselmann (PSL-SP) protocolou pedido para criar uma CPI sobre o rompimento da Barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), que causou a morte de 134 pessoas até o momento. “Trabalhei rapidamente e coletei mais de 200 assinaturas, mais do que as 171 necessárias”, disse.

Segundo ela, o objetivo é iniciar as investigações por Brumadinho e estendê-las a todas as regiões do País onde existam barragens do mesmo tipo. “É um tipo de crime que não pode mais acontecer”, finalizou.

Trâmite

Depois de protocolados os pedidos, o primeiro passo agora é conferir se não há duplicidade de assinaturas. São necessárias assinaturas de 171 deputados (1/3 do total de 513 parlamentares). A Constituição exige ainda que as comissões tenham fato determinado e prazo certo de funcionamento para serem instaladas.

*Da Agência Câmara

O tempo firme em Brumadinho (MG) na manhã desta terça-feira (5) permitiu que os trabalhos na região onde a barragem da mineradora Vale se rompeu começassem cedo. De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, as equipes em terra e as aeronaves já estão em campo.

A corporação informou que, ao longo do dia, homens farão buscas a pé, de barco e de helicóptero, além de usarem cães farejadores, escavadeiras, máquinas anfíbias e drones. Também está autorizada a atuação de voluntários.

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A movimentação de helicópteros nas imediações do cemitério de Brumadinho será interrompida por volta de 11h30 por causa de um sepultamento agendado para o meio-dia. O pedido da interrupção dos trabalhos aéreos, de acordo com o corpo de bombeiros, foi feito pela família.

Na segunda-feira (4), o tempo instável e a chuva no município suspenderam os trabalhos durante parte da manhã.

Em busca de informação sobre vítimas, moradores de Brumadinho organizaram-se por WhatsApp para compartilhar novidades, perguntar por entes queridos e comentar as ações de resgate. Autorizado por administradores, a reportagem acompanhou o grupo "Desaparecidos Brumadinho", com mais de 200 membros, desde o sábado (26). Nas mensagens, os participantes acabaram escrevendo uma espécie de diário da tragédia.

Sábado, 26 de janeiro. No dia seguinte à tragédia, bombeiros faziam sobrevoo de helicópteros e buscas por terra. Foram localizadas 366, além de 34 mortos e 254 desaparecidos. "Gente, que angústia. Nunca pensei que passaríamos por isto", escreveu uma moça às 19h17, quando o sol de Brumadinho ia se pondo. As famílias sabiam que isso significava a suspensão das buscas até a manhã seguinte. "Espero que todos apareçam", outro comentou. "É muito triste ficar sem noticia." Entre as mensagens, porém, havia quem demonstrasse ânimo. "Enquanto não há corpo, ainda há esperança", escreveram. "Deus, vamos ter fé."

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Domingo, 27 de janeiro. "Que barulho é esse há um tempo? Parece alarme, sei lá", dizia uma mensagem, antes das 6 horas. Era o início de mais um pesadelo: com risco de desabamento da barragem 6, foi preciso evacuar áreas da cidade e suspender buscas. No grupo, proliferaram notícias falsas: "ALERTA A BARRAGEM ROMPEU".

"Mães, parentes e amigos que sofrem sem notícia e, para piorar, não podem esperar nem em suas casas porque moram perto de rio", comentou uma mulher. Às 11 horas, fotos e vídeos do exército de Israel animaram o grupo, mesmo após a informação de que a ajuda só desembarcaria à noite. "Que Deus use eles como instrumento", dizia um comentário, seguido de emojis de mãos batendo palma. O clima mudou pouco depois. O número de mortos chegou a 58; os desaparecidos, a 305. Já não se falava mais em resgates. "Cada dia a mais, a angústia aumenta", comentaram. "Ontem, minha prima e afilhada de coração estavam arrumando a casa dela para receber o pai", contou uma participante. "Ela tem certeza que ele volta. Tem 11 anos."

Segunda, 28 de janeiro. Às 10h35, veio a ideia que acabou monopolizando o dia: "Alguém sabe se estão fazendo buscas nas matas?". Em pouco tempo, muitos se voluntariaram. Até foi criado um novo grupo só para os interessados. "É um espaço muito grande para poucos bombeiros. Devemos ir todos." À noite, em coletiva, os Bombeiros descartaram a hipótese de ter sobreviventes na mata. Os mortos, ao todo, eram 84.

Terça, 29 de janeiro. O grupo passou a madrugada calado. "Francis era meu amigo e foi enterrado hoje, caixão fechado", dizia uma das últimas mensagens, ainda do dia anterior. Nem a prisão de engenheiros que atestaram a segurança da barragem quebrou o silêncio do grupo. À tarde, uma notícia sobre a morte de uma vaca que havia ficado atolada mobilizou alguns. Outro reclamou: "Tô pouco me lixando para vaca, quero encontrar meu irmão".

Quarta, 30 de janeiro. "Minha esperança é de que encontrem nossos parentes e amigos para que tenham um sepultamento digno", dizia uma mensagem. Ao longo do dia, muitos perguntavam por atualização de lista de mortos, que só foi divulgada às 22 horas. "Pena que não saiu o nome do meu primo."

Quinta, 31 de janeiro. As mensagens ficaram espaçadas e muitos, sem ter mais por quem precisar de informação, deixaram o grupo. Às 23h30, alguém quis prestar um serviço e publicou um passo a passo: "Como retirar certidão de óbito".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nesta segunda-feira (4), o meia Thiago Neves, do Cruzeiro, usou o seu Instagram para provocar o rival Atlético-MG. Porém, sua postagem foi considerada uma brincadeira de mau gosto por fazer referência ao caso do rompimento da barragem da Mina do Feijão, em Brumadinho, que aconteceu no último dia 25.

O camisa 10 postou uma foto do muro do Centro de Treinamento do Atlético e escreveu “barragem que já caiu uma vez assusta moradores de Vespasiano e região. Atenção aí pessoal”, fazendo referência ao rebaixamento dos alvinegros, em 2005.

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Minutos depois, Thiago Neves foi alvo de várias críticas de milhares de internautas e apagou o stories, porém, não antes da imagem ser printada e viralizar na internet.

Após o episódio de infelicidade do jogador, o Atlético-MG usou seu twitter oficial para responder o meia.

[@#video#@]

Após repercussão, Thiago Neves pediu desculpas em seu instagram e disse que não percebeu que estava excedendo os limites ao referir-se ao rival.

O Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais desmentiu nesta segunda-feira (4) a informação de que sirenes tenham sido acionadas pela mineradora Vale na região de Brumadinho, onde a barragem da Mina do Córrego do Feijão se rompeu em 25 de janeiro. A informação havia circulado nas redes sociais durante a madrugada.

“A informação não procede”, destacou a corporação, por meio de nota. “Parece que teve um som, mas não foi proveniente da região afetada pelo rompimento da barragem ou de outra barragem da Vale”, completou. O barulho, segundo o comunicado, seria de uma empresa localizada nos arredores.

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Drone

O Corpo de Bombeiros do estado informou ainda que um operador de drone foi preso na manhã de hoje. As equipes que atuam na região utilizam um radar capaz de detectar a posição do aparelho e também do operador.

A chuva que atinge, desde a madrugada desta segunda-feira (4), a cidade de Brumadinho (MG), impediu o início do trabalho de busca por vítimas do rompimento da barragem da Mina do Córrego do Feijão, ocorrida em 25 de janeiro. De acordo com o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, o trabalho, que normalmente começa às 4h, não pôde ser iniciado.

As buscas serão retomadas assim que a chuva der uma trégua, segundo o Corpo de Bombeiros. Até o momento, foram encontrados 121 corpos, dos quais 114 foram identificados pelo Instituto Médico Legal.

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De acordo com a mineradora Vale, que administra a barragem, 205 pessoas continuam desaparecidas.

A tragédia causada pelo rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, a 57 quilômetros de Belo Horizonte, completa nesta segunda-feira (4) 11 dias de buscas. Lentamente, as pessoas tentam retomar o cotidiano. Voluntários buscam ajudar nessa tarefa, como um grupo de cabeleireiras e manicures, que abriram mão do lucro, para dar conforto a quem perdeu um parente ou busca notícias de um familiar desaparecido.

Com o semblante entristecido, a auxiliar de cozinha Leidiane Paula Araújo, de 24 anos, disse que estava ali para tentar melhorar a angústia de ter enterrado a mãe. Camareira de uma pousada, a mãe de Leidiane é um dos 121 mortos do desastre do último dia 25.

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“A gente tentando ficar feliz e fazendo a vida caminhar”, afirmou a auxiliar de cozinha, que fez o cabelo e as unhas. Ela levou a avó, que sofre com a perda da filha.

Ajuda

A manicure Rosemary Santos trabalha em um salão no centro de Brumadinho. Segundo ela, desde a tragédia só tem um pensamento: “tenho de ajudar”. A manicure contou que, apesar de não ter perdido parentes na tragédia, sente-se responsável por ajudar as famílias.

“Não tenho familiares, mas tenho conhecidos em Brumadinho”, disse a manicure. “É muito bom [estar aqui], acho que a gente ganha mais energia.”

A ideia de levar cabeleireiras e manicures como voluntárias foi do empresário Gabriel Augusto de Barreiras, de 26 anos. Segundo ele, cerca de 150 pessoas estão envolvidas na ação, além de outras iniciativas, como distribuição de água e alimentos.

“A gente vai diagnosticando as demandas”, afirmou o empresário. “A gente vai percebendo outras demandas, pensando em cuidar da saúde mental dessa galera”, acrescentou. “Nada vai pagar as vidas que se foram, a dor é imensurável.”

Uma parada para o almoço salvou a vida do soldador Eridio Dias, de 32 anos, em 2015. Ele era um dos operários que trabalhavam em Mariana. Na época, Dias escapou da lama que desceu da barragem de Fundão e saiu vivo da tragédia, que deixou 19 pessoas mortas.

O irmão do soldador, Laércio Dias, contou ao jornal "O Estado de S. Paulo" que constantemente o soldador relatava, com muita emoção, como escapou ileso do rompimento em Mariana. "Ele contava que saiu pra almoçar fora do local de serviço naquele dia e, quando voltou, a lama tinha tomado conta da parte baixa da mineradora, bem onde ele trabalhava".

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Três anos depois a sorte não foi a mesma. Dias é uma das 226 pessoas desaparecidas na tragédia em Brumadinho. "Ele estava almoçando no refeitório quando veio aquele monte de lama e levou todo mundo", contou a tia de 49 anos, Luzia Aparecida Felipe.

Muito abalada e sem sinais do sobrinho, dona Luzia diz que não há muitas esperanças de encontrá-lo com vida. "Cheguei a pensar que estava em um mato ou tivesse sido socorrido por alguém, que estivesse em alguma casa da região. Mas a ficha vem caindo com o passar dos dias", contou emocionada.

"Naquela, ele se salvou, mas, nessa, a gente acha muito difícil. Só Deus sabe", disse o irmão que veio acompanhar os trabalhos de busca. Antes de chegar à Brumadinho ele passou pelo Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte onde amostras de DNA foram colhidas. "É muita dor, um sofrimento que não tem fim", comentou Laércio.

Dias é funcionário de uma empresa terceirizada da Vale e sempre viaja para outras áreas de mineração. Não tinha base fixa, segundo a família. O rapaz tem uma filha de 7 anos e estava há cerca de 6 meses prestando serviços em Brumadinho. "A menina pergunta todos os dias pelo pai. Já não sabemos mais o que dizer", comentou o irmão do desaparecido.

Revoltada, a tia faz um apelo. "Tem que acabar com essas barragens. Esta é a segunda vez que o meu sobrinho passa por isso. Segunda vez que inocentes morrem por trabalharem em áreas onde não há condições e nenhuma segurança."

A Polícia Civil de Minas Gerais atualizou, no início da tarde de hoje (3), a relação de vítimas do desastre de Brumadinho já identificadas. Segundo o Instituto Médico Legal (IML), 107 foram confirmados, até o momento. 

De acordo com balanço mais recente divulgado pela Defesa Civil de Minas Gerais, no total, 121 pessoas morreram com o rompimento da barragem 1 da Mina Córrego do Feijão, ocorrido no dia 25 de janeiro. Outras 226 continuam desaparecidas e 395 pessoas foram localizadas pelas equipes de salvamento.

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Segundo informações da corporação, a maioria dos corpos das vítimas já foi liberada pelo IML para sepultamento ou cremação. Somente 11 corpos de vítimas ainda permanecem no local, aguardando retirada por parte de parentes: Alexis Cesar Jesus Costa, Claudio Marcio dos Santos, Dennis Augusto da Silva, Izabela Barroso Camara, Lenilda Cavalcante Andrade, Leonardo Pires de Souza, Letícia Mara Anizio de Almeida, Lourival Dias da Rocha, Lucio Rodrigues Mendanha, Rodney Sander Paulino Oliveira e Sebastião Divino Santana. 

As vítimas Letícia Rosa Ferreira Arrudas e Rangel do Carmo Januário deverão ser retiradas pelas funerárias designadas para seus enterros, de acordo com nota da assessoria da instituição. 

Força-tarefa

O Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) informou, na manhã deste domingo, que 454 pessoas compõem, atualmente, a força-tarefa que atua nas buscas feitas na região da ocorrência. Ao todo, 332 são bombeiros - 228 deles de Minas Gerais, 64 são agentes da Força Nacional e 58 participam de forma voluntária. Quatorze cães farejadores auxiliam nos trabalhos, além de nove máquinas de retroescavadeira e anfíbio (equipamento que transita tanto na água quanto na terra), estas muito utilizadas em áreas onde a lama se encontra fluida e torna o deslocamento das equipes mais difícil. 

Para facilitar as inspeções, a região afetada foi dividida em quadrantes de 50 mil metros quadrados, cada qual sendo coberto por uma parcela do efetivo. O Batalhão de Emergências Ambientais de Resposta a Desastres do CBMMG, por exemplo, tem se dedicado a vistoriar estruturas desmoronadas à procura de vestígios humanos, com a ajuda de bombeiros militares de São Paulo.

Recém-chegados ao município mineiro, os militares da Força Nacional, por sua vez, fazem buscas perto da base do Posto de Comando do CBMMG, no Córrego do Feijão. 

Em 2014, foi a mina de Itabirito (MG) que se rompeu e matou três pessoas. No ano seguinte, veio o caso de Mariana, deixando 19 vítimas. Agora, foi Brumadinho, que soma até agora 121 mortos e 226 desaparecidos. O que explica que o mesmo País tenha registrado três dos maiores desastres com barragens de minério da última década?

Ao jornal O Estado de São Paulo, especialistas apontaram que a legislação não é a maior culpada, mas, sim, o "jeitinho" e a "gambiarra", que driblam a fiscalização, o monitoramento e até as punições. Outro ponto que coloca o Brasil em destaque é o número de vítimas, em parte pela frequente existência de comunidades e estruturas de trabalho ao lado das barragens.

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O rompimento da barragem de Mount Polley no Canadá, por exemplo, chamou a atenção da comunidade mundial pelo volume de 24 milhões de m³ de rejeitos tóxicos liberados na natureza. Fora de uma área de concentração humana, deixou impactos menos evidentes, mas também danosos, especialmente na natureza, o que também afetou comunidades indígenas da região. O resultado de tudo isso? A empresa voltou a operar no local em menos de um ano, em 2015, e moveu uma ação contra seus engenheiros.

Por outro lado, um exemplo positivo vem do Chile. Por ter uma grande atividade sísmica, o país é mais propenso a acidentes e incidentes e, por isso, proíbe o modelo de barragem de Mariana e Brumadinho desde os anos 1970. Além disso, exige o envio de dados de monitoramento de empresas, como a Antofagasta PLC, que disse à Bloomberg ter 76 instrumentos instalados para recolher dados 24 horas por dia.

"Não tem fatalidade. Acidentes podem ser previstos", ressalta Sérgio Medici Eston, professor de Engenharia de Minas da Universidade de São Paulo (USP). O professor aponta que o País precisa de uma "cultura de gerenciamento de risco", o que inclui desde a adoção de tecnologias e materiais seguros até programas de capacitação e sensibilização nas companhias.

Medici defende também mudanças na fiscalização que, hoje, é feita por ao menos 31 diferentes órgãos, segundo levantamento de 2017 da Agência Nacional de Águas (ANA). Para ele, é necessário criar um órgão regulador específico para barragens de mineração, que centralize a fiscalização e que tenha mais agentes. "Quando pulveriza, ninguém acha o culpado."

Já Alex Cardoso Bastos, um dos colaboradores do relatório "Mine tailings storage: safety is no accident", de 2017, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Unep), comenta que hoje o minério é um tema que perpassa tanto a Agência Nacional de Mineração, que faz a licença da lavra, quanto o Meio Ambiente, por causa do licenciamento.

"É preciso olhar, também, para o minerador menor, os pequenos vazamentos que não são nem reportados", diz o também professor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). "A nossa legislação é tão ou mais rigorosa do que a dos demais países, precisa mexer em pouca coisa. Falta mais é fiscalização. Passaram três anos do caso de Fundão e ninguém foi punido", completa Eduardo Marques, professor de Engenharia na Universidade Federal de Viçosa (UFV).

Panorama

Em todo mundo, de 1908 a 2017, foram identificadas ao menos 119 falhas consideradas graves e muito graves em barragens. O número vem crescendo. De 1998 a 2007, foram 19 casos, enquanto ocorreram 27 no período posterior, segundo a organização americana World Mine Tailings Failures.

"(O Brasil) não tem o suficiente em sua lei para evitar perdas nem capacidade técnica para supervisionar adequadamente as operações com vistas à prevenção de perdas", disse ao Estado Lindsay Bowker, diretora executiva da organização. Entre as falhas na nossa legislação, diz ela, está a possibilidade de os donos transferirem a propriedade de uma mina danificada, sem resolver os problemas criados.

Em sete anos, o Brasil teve ao menos 24 acidentes e 52 ocorrências de menor porte - incidentes -, conforme relatório da ANA. Os casos deixaram ao menos 31 mortos, além de impactos ambientais e sociais. O acidente é quando se compromete a integridade estrutural, com liberação incontrolável do conteúdo da barragem. Já o incidente é qualquer ocorrência na estrutura que afete o comportamento da barragem, como pequenos rompimentos, que podem levar a acidentes.

O documento ressalta que podem ter havido mais incidentes e acidentes não reportados à ANA e a fiscalizadores. Há 24.093 barragens cadastradas no País - 42% não têm "ato de autorização, outorga e licenciamento" e, em 76%, não está definido se a barragem é submetida à Política Nacional de Segurança de Barragens (que prevê regras de segurança) "por falta de informação". Do total, 790 são de rejeitos de minério.

PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A TRAGÉDIA

1.

Quais os impactos do rompimento da barragem?

A barragem tinha cerca de 13 milhões de m³ de rejeitos, despejados sobre a região do Córrego do Feijão, em Brumadinho, atingindo a área administrativa da Vale e a comunidade ao redor. Imagens de câmeras de segurança mostraram o avanço da lama, que teria chegado a uma velocidade de quase 80 km/h.

2.

Já se sabe quais são as causas do desastre?

A perícia só poderá ir ao local do acidente após o término das buscas pelos bombeiros. Uma das hipóteses é que tenha ocorrido liquefação, fenômeno caracterizado pela redução da rigidez do solo, o mesmo que ocorreu em Mariana, em 2015.

3.

Outras regiões foram afetadas?

A onda de rejeitos chegou ao Paraopeba, deixando o rio turvo, e começou a se mover em direção ao São Francisco. O governo de Minas desaconselhou o uso da água.

4.

Já foram aplicadas punições à Vale?

A Vale teve R$ 12,6 bilhões bloqueados pela Justiça e recebeu multa de R$ 250 milhões do Ibama.

5.

Alguém foi preso?

Dois engenheiros da empresa alemã TÜV SUD, que atestou a estabilidade da barragem, e três funcionários da Vale, que estariam envolvidos diretamente no licenciamento, foram detidos.

6.

Como é feita a fiscalização dessas barragens?

Inspeções de segurança são feitas pela mineradora ou por empresas contratadas por ela, como foi o caso da TÜV SÜD em Brumadinho.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ibama realizava um levantamento técnico sobre os impactos da tragédia de Brumadinho na fauna no Rio Paraopeba, quando a equipe de agentes se deparou com dois corpos.

O trabalho de busca pelas mais de 200 vítimas da tragédia de Brumadinho que ainda estão desaparecidas passou a utilizar escavadeiras com esteiras similares à de tanques de guerra. São nove retroescavadeiras auxiliando as buscas. As máquinas têm conseguido se movimentar sobre a lama, que ainda está mole em boa parte da área atingida.

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Em um barco de pequeno porte, dois agentes do Ibama e um policial militar ambiental de Betim faziam uma inspeção visual rio, na tarde de sábado, 2, com o objetivo de coletar informações sobre mortandade de animais. Os corpos foram encontrados numa área central de Brumadinho, presos em vegetações nas margens do Paraopeba.

A área fica a cerca de sete quilômetros de distância do local onde rompeu a barragem da mineradora Vale, no Córrego do Feijão. O primeiro corpo era um troco com braços. Os bombeiros foram acionados imediatamente para retirar a vítima do local.

Cerca de 150 metros acima do rio, a equipe voltou a encontrar partes de uma vítima, desta vez uma perna. O Corpo de Bombeiros teve de ser acionado novamente para retirar a vítima.

A Polícia Militar Ambiental de Betim registrou um boletim de ocorrência sobre os corpos, que seguiram para identificação. Até a noite de sábado, 2, o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais havia confirmado 121 mortos e 226 desaparecidos na tragédia.

O Estado sobrevoou toda a área que foi coberta pelo rejeito da barragem do Córrego do Fundão. Dois tratores com esteiras mergulhavam lentamente suas escavadeiras no barro. Agentes observavam o que traziam do fundo.

Nove dias depois da tragédia, ainda é difícil e arriscado acessar a área. Durante toda a semana, equipes percorreram as margens a tragédia em acessos por terra. A maioria das buscas só foi possível com o uso de helicópteros, operação que segue em andamento.

A prefeitura de Brumadinho declarou que a Vale terá de retirar 100% do material que vazou de sua barragem, restabelecendo o leito natural da região. Técnicos ambientais ouvidos pela reportagem afirmam que as buscas e as exigências para que as vítimas sejam encontradas são os fatores que devem ser priorizados na remoção do barro.

Emissão de documentos

Em nota, a Vale informou que neste domingo a Estação Conhecimento recebe um mutirão da Polícia Civil para a emissão da segunda via de Carteira de Identidade, gratuitamente.

A Polícia Civil começou a atender a população às 8h30 da manhã, com distribuição de até 200 senhas. Os interessados devem apresentar certidão de nascimento (se solteiro), original ou autenticada ou certidão de casamento, original ou cópia. Futuramente, o serviço será oferecido em outro Ponto de Atendimento.

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