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O deputado federal eleito Chico Alencar (PSOL-RJ) confirmou, no domingo (22), que vai concorrer ao comando da Câmara dos Deputados no dia 1º de fevereiro, contra o atual presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL). A informação foi antecipada na sexta-feira (20), pelo Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado

Ao anunciar sua candidatura, Alencar defendeu que o Conselho de Ética apure o envolvimento de parlamentares nos atos golpistas de 8 de janeiro, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram e depredaram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF).

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"É oficial, sou candidato à presidência da Câmara dos Deputados! Na eleição, que ocorrerá no próximo dia 1º de fevereiro, defenderei um Parlamento mais democrático, transparente e participativo e #AnistiaNão aos golpistas", escreveu o deputado eleito, no Twitter. "É preciso livrar a Câmara tanto dos golpistas que pedem o voto para tramar contra o Parlamento, quanto dos que querem mais e mais poder para fazer o Executivo refém de seus interesses oligárquicos e corporativos", emendou.

O PSOL é o único partido da esquerda que não declarou apoio a Lira. Embora os próprios membros admitam que não há chance de vitória, a ideia é reforçar o posicionamento ideológico da sigla, que costuma fazer críticas contundentes ao Centrão do atual presidente da Câmara.

A decisão afasta o PSOL do PT, que embarcou na candidatura à reeleição de Lira em nome de garantir governabilidade para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Ainda em novembro, o deputado alagoano ganhou o apoio declarado dos petistas, do PCdoB e do PV (que formam uma federação com o PT), do PSB, legenda do vice-presidente Geraldo Alckmin, e do PDT, que agora integra o governo com o ministro da Previdência, Carlos Lupi.

O PSOL é representado na Esplanada pela ministra Sônia Guajajara (Povos Indígenas). O deputado eleito Guilherme Boulos (SP), líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), chegou a ser cotado para assumir o Ministério das Cidades, responsável pelo programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, mas a pasta ficou com Jader Filho, num acordo de Lula com o MDB.

Fora da Esplanada, Boulos será o líder da bancada do PSOL na Câmara. Ele foi o deputado federal mais votado de SP na eleição de outubro, com mais de 1 milhão de votos. Em segundo lugar, ficou a deputada reeleita Carla Zambelli (PL), da tropa de choque bolsonarista na Câmara.

O vereador Chico Alencar (PSOL-RJ) recebeu uma ameaça de morte pelo Instagram nessa quinta-feira (22), por meio de uma mensagem direta na plataforma. “Vou mandar matar você, sei onde você mora”, disse um homem identificado como Vinicius Melo. No perfil, estavam presentes menções ao presidente Jair Bolsonaro (PL), ao patriotismo e ao armamento civil. 

O parlamentar, que já foi ameaçado anteriormente, comunicou o episódio à Procuradoria Câmara Municipal do Rio de Janeiro que enviou um ofício para a Polícia Civil informando sobre o ocorrido e solicitando que uma investigação seja aberta. Chico Alencar deve comunicar também o Tribunal Regional Eleitoral do Estado, que cuida, junto à Justiça Eleitoral, de ameaças aos candidatos. Alencar disputa uma vaga no Congresso este ano, por um assento como deputado federal. 

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No alerta à Procuradoria da Câmara, o parlamentar afirmou que começou a sofrer ameaças depois de se tornar o relator do processo de cassação contra o agora ex-vereador Gabriel Monteiro. O ex-PM e youtuber bolsonarista teria cometido crimes sexuais, incluindo crianças e adolescentes entre as vítimas, e Chico teve um papel fundamental no processo que o afastou da vida política. 

Nas redes sociais, o PSOL carioca demonstrou apoio ao vereador, classificou a ameaça como "bárbara e absurda", e exigiu que seja realizada uma investigação porque "ameaças como esta não podem ser toleradas". 

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Foram menos de cinco minutos de discurso, mas os efeitos duraram quase uma década. Em setembro de 1968, o então deputado Marcio Moreira Alves subiu à tribuna da Câmara e pregou o boicote aos desfiles do Dia da Independência. No plenário, quase ninguém acompanhou o discurso, mas o Palácio do Planalto decidiu processar o parlamentar por injúria. No dia 12 de dezembro, a Câmara rejeitou o pedido de licença para processar Marcito, como era conhecido. Horas depois, o general Costa e Silva decretou o Ato Institucional número 5 (AI-5).

Considerado o mais duro dos atos institucionais do período da ditadura militar (1964-1985), o AI-5 autorizava o presidente da República a decretar o recesso do Congresso Nacional, das assembleias legislativas e das câmaras de vereadores, cassar mandatos de parlamentares e suspender direitos políticos dos cidadãos. Há exatos 50 anos, no mesmo dia em que instituiu o AI-5 (em 13 de dezembro de 1968), Costa e Silva fechou o Congresso Nacional por tempo indeterminado. Segundo registro da Câmara, o Congresso só voltou a funcionar dez meses depois.

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Além do então presidente da República, assinaram o AI-5: Luís Antônio da Gama e Silva, Augusto Hamann Rademaker Grünewald, Aurélio de Lyra Tavares, José de Magalhães Pinto, Antônio Delfim Netto, Mário David Andreazza, Ivo Arzua Pereira, Tarso Dutra, Jarbas Passarinho, Márcio de Souza e Mello, Leonel Miranda, José Costa Cavalcanti, Edmundo de Macedo Soares, Hélio Beltrão, Afonso Lima e Carlos de Simas. A justificativa era assegurar a ordem e a tranquilidade no país.

Invasão

No fim de dezembro de 1968, o governo cassou o mandato de Marcio Moreira Alves, por causa do discurso de setembro, feito em protesto contra a invasão da Universidade de Brasília (UnB) pelos militares. Ao defender a democracia, o então deputado do MDB disse que deveriam cessar, no país, as relações entre civis e militares. "Os militares vão pedir aos colégios que desfilem junto com os algozes dos estudantes. Que cada um boicote esse desfile. Esse boicote deve passar também às moças que dançam com cadetes e namoram jovens oficiais", afirmou Moreira Alves, morto em 2009.

O AI-5, o papel moderado do ex-deputado Pedro Aleixo, que foi vice-presidente na ditadura, e o discurso de Marcito foram lembrados hoje (13) em sessão solene da Câmara, proposta pelos deputados Chico Alencar (PSOL-RJ) e Tadeu Alencar (PSB-PE).

“O AI-5 inaugurou um momento dramático na vida brasileira”, disse o deputado pernambucano, lembrando que mandatos de cerca de 300 parlamentares foram cassados durante a vigência do ato. Era ampla a abrangência do AI-5. O presidente da República tinha poder para intervir nos estados e municípios, o habeas corpus por crimes de motivação política foi suspenso, foi instituída a censura prévia de obras culturais e dos meios de comunicação, as reuniões políticas dependiam de autorização policial e havia toque de recolher em todo o país. Além da cassação dos mandatos eletivos, o AI-5 permitia que o presidente destituísse funcionários públicos, incluindo os juízes.

Abertura

Dez anos depois de instituído, o AI-5 foi revogado no dia 13 de outubro de 1978, pelo Artigo 3º da Emenda Constitucional 11, promulgada no governo do general Ernesto Geisel (1974-1979), já como parte do processo de abertura política. A emenda restaurou o habeas corpus, mas proibiu que os efeitos do AI-5 fossem contestados judicialmente.

Em discurso na sessão solene de hoje da Câmara, o deputado Ronaldo Lessa (PDT-AL), disse que o AI-5 foi “uma página triste” da história brasileira. “A democracia é imperfeita, mas ainda é a melhor forma de governo”, afirmou Lessa. Em um momento de transição de governo, o deputado alagoano pregou a construção de pontes: “Podemos discordar sobre o caminho que nos leva ao desenvolvimento, mas o amor pelo país nos une”.

Para a deputada Luiza Erundina (PSOL-SP), o AI-5 marcou “um dos momentos mais críticos” do país, e a população precisa estar vigilante para que não haja retrocesso na democracia brasileira. “É importante lembrar para nunca mais esquecer, para nunca mais acontecer”, afirmou a deputada. Sob o AI-5, segundo Erundina, o país viveu um período de violação dos direitos humanos, de desaparecidos políticos e de mortes dos que resistiam ao regime militar.

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) usou a tribuna para lembrar os 50 anos da edição do AI-5, mas ressaltou a democracia hoje vigente no país. "É preciso lembrar deste dia para que fique claro que hoje nós vivemos um novo tempo, vivemos a antítese daquele dia. Temos uma Constituição cidadã, pleno exercício da democracia, liberdade de expressão e liberdade de ir e vir. Isso é o que significa o presente e é o que queremos para o futuro do país", argumentou.

O aumento na tarifa do metrô do Recife pode ser suspenso caso o Congresso Nacional aprove o Projeto de Decreto Legislativo 928/18, do deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), que busca impedir o reajuste. Além do Recife, o texto também abrange o aumento no preço das passagens em Belo Horizonte, Maceió, João Pessoa e Natal.

A matéria está tramitando na Câmara dos Deputados e susta esses reajustes efetivados na 364ª reunião do conselho de administração da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), que opera o metrô nessas capitais. A estatal justificou o aumento com base na recomposição de perdas pela inflação.

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Para Chico Alencar, porém, a correção tarifária é muito superior à inflação acumulada desde o último reajuste. O deputado citou como exemplo o Recife, onde a tarifa foi de R$ 1,60 – valor do último reajuste em 2012 – para R$ 3,00. “Com a atualização monetária baseada no IGP-M (FGV), esse valor hoje seria de R$ 2,27, portanto, bem abaixo do reajuste proposto”, afirmou.

Na avaliação do psolista, o reajuste é “abusivo e súbito”, gerando incerteza e instabilidade econômico-financeira aos usuários do serviço público.

*Com informações da Agência Câmara

O pedido de demissão de Pedro Parente da presidência da Petrobras, nesta sexta-feira (1º), causou reações entre os políticos que, nos últimos dias, pregavam a saída do executivo como um dos meios para a mudança da política de preços da estatal para os combustíveis, um dos fatores que gerou a paralisação dos caminhoneiros por dez dias em todo o Brasil. Entre os que comemoraram a saída do executivo da estatal petroleira, houve quem recomendasse o presidente Michel Temer a fazer o mesmo que Parente. 

“Pedro parente já vai tarde. A desastrosa política de preços da Petrobras e a privatização branca causaram um estrago que o povo brasileiro está sentindo no bolso.  Parente já foi, agora falta o Temer”, disse o pré-candidato a presidente pelo PSOL e líder nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos. 

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A postura adotada por Parente vinha fazendo com que a estatal refletisse as variações do petróleo no mercado internacional e também a oscilação do dólar para reajustar os combustíveis, diariamente. 

“Que ao menos essa política de preços dos combustíveis, dolarizada, acabe, já! E que a capacidade de nossas refinarias seja plenamente utilizada. Sem Pedro, sem pedras nesse caminho. Que é longo, e não será trilhado por esse (des)governo. Temer podia seguir o exemplo de Parente”, argumentou o deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ).

Líder da oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE), por sua vez, chamou Pedro Parente de “fanfarrão”. “Ministro do apagão elétrico do PSDB e ministro do apagão de combustível de Temer, não aguentou a pressão e caiu fora do governo golpista”, afirmou o senador. O senador Roberto Requião (MDB-RS) também disse que “a queda do Parente” era “o primeiro passo da caminhada para devolução da dignidade ao povo brasileiro”. 

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou nesta quarta-feira (23) o Projeto de Lei 4124/08 que reconhece o funk como manifestação cultural popular digna do cuidado e proteção do Poder Público.

Do deputado Chico Alencar (Psol-RJ), o texto assegura aos artistas do funk o respeito aos seus direitos, e ao movimento funk a livre realização de suas atividades e de manifestações como festas, bailes e reuniões.

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A proposta foi aprovada em caráter conclusivo e, portanto, segue para o Senado, a não ser que seja apresentado recurso para votação em Plenário.

O relator na CCJ, deputado Wadih Damous (PT-RJ), ressaltou que “faz-se necessário que o Estado reconheça todas as formas de manifestações culturais e as incentive, para evitar o preconceito e para que valiosas formas de manifestações culturais, como o funk, deixem de ser criminalizadas e associadas à violência, tráfico e consumo de drogas, como comumente ocorre no Brasil”.

* Da Agência Câmara

O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) afirmou nesta terça-feira, 17, que desistiu de disputar a Presidência da República e que vai tentar uma vaga ao Senado em 2018. Chico era um dos nomes cotados pelo PSOL. O partido costuma lançar candidatos ao Palácio do Planalto que têm pouca chance de vitória, mas marcam posição no campo da esquerda.

Na avaliação do deputado, na candidatura ao Senado, ele também corre risco de não ser eleito, mas não tão grande quanto se disputasse a Presidência. Segundo o parlamentar, ele tomou a decisão depois de consultar o seu círculo mais próximo de convivência e de outros integrantes do partido.

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O PSOL quer definir ainda este ano quem será o candidato a presidente da sigla em 2018. Um dos cotados é Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, que ainda não se filiou à legenda. Segundo nomes do partido, Boulos resiste à ideia por não querer enfrentar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na disputa.

A bancada do PSOL na Câmara dos Deputados anunciou, na tarde desta terça-feira (27), que vai solicitar uma audiência com o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para tratar sobre o rito de tramitação da denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer (PMDB). O partido quer que a discussão do assunto no plenário da Câmara tenha a mesma notoriedade que a admissibilidade do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). 

Temer é o primeiro presidente a responder por corrupção no Supremo Tribunal Federal (STF), mas antes da Alta Corte avaliar a denúncia, a Câmara precisa autorizar. Em pronunciamento, o líder do PSOL, Glauber Braga, detalhou o que o partido vai solicitar de Maia. 

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“Queremos que a sessão aconteça em um domingo, como foi a sessão de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT); que haja transmissão ao vivo; que os parlamentares sejam chamados nominalmente, com cada parlamentar indo ao microfone, falando o qual é o seu voto, com o tempo de 15 segundos para justificá-lo; e os parlamentares ausentes possam ser chamados repetidamente pelo presidente da Câmara para que fique claro quem são os presentes e os ausentes”, detalhou. 

O rito proposto, segundo Braga, tem precedente na tramitação do processo de impeachment. “Já existe um precedente na Casa em que isso aconteceu, esperamos que o precedente  seja repetido. Se ele [Rodrigo Maia] apoiou no passado, não vemos justificativas para que agora recue. É necessário que se tenha equilíbrio. O que a gente espera é única e exclusivamente guardar sinergia com o que ocorreu no passado”, frisou. 

O deputado federal Chico Alencar (PSOL) reforçou a tese defendida por Braga e disse que “a argumentação do hoje presidiário [Eduardo Cunha] era que pela gravidade da matéria [o impeachment] deveria ser uma sessão bem longa para que os parlamentares pudessem falar. Para nós sou de espetacularização total, agora, exceto aquele ridículo coreto no Plenário, a sessão tem que ter o mesmo rito”. 

Já na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, por onde antes a denúncia deve passar antes de ir ao plenário, Alencar frisou que pretende “exigir que se cumpra o regimento”. “Recebido a denúncia, oferta-se ao denunciado do direito de defesa. Ele tem 10 dias para apresentar. Vamos exigir que as cinco sessões para a avaliação da denúncia sejam rigorosamente cumpridas. O presidente Rodrigo Pacheco garantiu que vai indicar um relator que tenha um mínimo de independência, por isso que não pode ser um bate-estaca do governo. Não é esses [deputados] inteiramente fiéis ao governo. Vamos cobrar a independência”, observou.

O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) pediu a palavra e anunciou, nesta quarta-feira, 19, no plenário da Câmara a prisão do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Adversário político de Cunha, o deputado do PSOL disse esperar que o peemedebista tenha amplo direito de defesa durante o processo.

Não houve manifestações - nem contra nem a favor - enquanto o deputado fazia o anúncio.

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A ordem de prisão de Cunha partiu do juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância. O peemedebista estava perto do prédio onde mora em Brasília quando foi abordado pelos policiais. Ele será levado para Curitiba.

O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) disse na madrugada deste domingo que a abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff é uma "lição" para a esquerda de que não se deve fazer alianças "sem critério". Para Alencar, agora é preciso "juntar os cacos" e se recompor.

"O PT é aquele parente distante que a gente não visitava há muito tempo. Rompemos e agora estamos aqui, vendo o que aconteceu. Lula sempre dizia: 'Nós não podemos errar'. Mas erraram muito além da conta", afirmou o deputado, numa referência à frase dita pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na campanha de 2002.

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Chico Alencar deixou o PT em 2005, após o escândalo do mensalão. Ele votou contra o afastamento de Dilma na Câmara e disse que nunca imaginou ver um "colegiado tão medíocre". Para ele, porém, o PT precisa recuperar a tradição da autocrítica, repensar o projeto de País e entender "porque o governo está acabando desta maneira".

Mesmo assim, Alencar observou que, como o julgamento de Dilma no Senado não será imediato, logo vão aparecer os "podres" da coalizão formada pelo PMDB do vice-presidente Michel Temer. "O que querem é a troca de síndico do poder que o PT não soube reestruturar, porque acabou aceitando as regras do velho inquilino", comentou o deputado. "É claramente a vitória da direita e do fascismo."

Erundina

Na avaliação da deputada Luiza Erundina (PSOL-SP), que foi prefeita de São Paulo pelo PT e também deixou o partido, a autorização dada pela Câmara para abrir processo contra Dilma foi "uma agressão". Apesar disso, Erundina disse ter críticas ao governo, que, no seu diagnóstico, não administrou para o povo, privilegiou o ajuste fiscal e alimentou uma aliança no Congresso "à base de barganha".

"O governo tinha uma maioria circunstancial", comentou Erundina. "Não era nada em torno de um projeto. Eram interesses individuais". Para a ex-prefeita, a única saída de Dilma, agora, é buscar ajuda. "Ela precisa ter uma atitude mais humilde, tomar a iniciativa de chamar todas as forças e admitir as dificuldades. É a única saída", insistiu.

O rito que o processo de impeachment deverá seguir no Congresso Nacional, definido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na noite dessa quinta-feira (17), gerou divergências entre os deputados federais que compõem a base governista e a oposição. Os ministros do STF definiram, entre outras coisas, que a Câmara Federal apenas autoriza ou não a instauração do processo de impeachment, enquanto o Senado pode optar por arquivar o processo. Além disso, anulou a eleição para a comissão especial que aconteceu no último dia 8.

"A forma com que a comissão foi eleita é completamente divergente da Constituição e, ao mesmo tempo, desprestigiante para com os partidos políticos, que são os elementos que precisam ser fortalecidos na democracia", afirmou a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA). Na eleição venceu a chapa avulsa, formada por partidos de oposição e dissidentes da base governista.

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Corroborando o argumento de Portugal, o líder do PSOL, deputado Chico Alencar (RJ), afirmou que a opção de o Senado decidir se arquiva ou não o processo “foi correta”. "O Senado não é apenas uma casa de acolhimento de uma decisão da Câmara. Num Congresso bicameral, ele também é parte decisória até sobre o prosseguimento ou não do pedido de impeachment, que é o ponto mais fundamental e grave da Constituição brasileira no nosso sistema político”, disse.

Já o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) afirmou que a decisão do Supremo foi uma manobra política para favorecer o governo atual. "Enquanto há toda uma preocupação do legislador na Constituição brasileira com o trâmite da Câmara, o Supremo, ao interpretar a Constituição, não leva para o Senado Federal o mesmo princípio, de que teria que ser por um número proporcionalmente similar ao da Câmara e não por maioria simples numa mera comissão", frisou.

Apesar da análise do democrata, o líder da Minoria, deputado Bruno Araújo (PSDB), afirmou que a decisão do Supremo não foi uma derrota para a oposição, porque o rito do impeachment ficou definido, mas ele criticou a decisão do tribunal de não permitir chapas avulsas para a instalação da comissão especial do impeachment.

"Na realidade, o que o Supremo decide é que não há eleição. Há uma homologação, ou sim ou não. O Supremo transfere o poder de deliberação do Plenário para uma ditadura dos líderes, o que não parece muito democrático. Respeitamos a decisão, mas discordamos. Isso é ruim para a discussão democrática no ambiente interno dentro da Câmara", disse o líder da Minoria.

Bruno Araújo afirmou que, até fevereiro, quando ocorrerá a votação para a nova comissão especial, os partidos de oposição vão trabalhar na mobilização dos políticos e da sociedade para conseguir o quórum para a instalação do processo de impeachment.

*Com a Agência Câmara.

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados decidiu nesta quinta-feira (10), por unanimidade, arquivar o pedido de abertura de processo de investigação sobre suposta quebra de decoro do líder do PSOL na Câmara, deputado Chico Alencar (RJ).

O relator do caso, deputado Sandro Alex (PPS-PR), argumentou que não há justa causa na representação, apresentada pelo deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), aliado do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

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Na representação, o parlamentar acusava Chico Alencar de ter usado recursos da Câmara para fins eleitorais por ter parte da sua campanha financiada por funcionários de seu gabinete e de ter apresentado notas frias por serviços prestados por empresa fantasma para ser ressarcido pela Câmara. Segundo Chico Alencar, “não era uma representação, era uma retaliação”, justificada, de acordo com ele, pela oposição ao presidente da Câmara.

Relator do processo contra o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, o deputado federal Sandro Alex (PPS-PR), recomendou o arquivamento do caso. O republicano protocolou seu parecer preliminar nesta quinta-feira (26).

Chico Alencar foi acusado de financiar parte de sua campanha para deputado federal com contribuições de funcionários do seu gabinete. A representação por quebra de decoro, apresentada pelo deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), também indica que Alencar teria usado notas fiscais frias para ser ressarcido pela Câmara dos Deputados.

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Para Sandro Alex, não há, contudo, provas que justifiquem o andamento do processo. "A conclusão é pelo arquivamento, porque a representação é inepta e ausente de justa causa. Isso está baseado em documentos e provas que estão nos autos e são chancelados por instituições como o Ministério Público Federal, a Receita Federal, o Ministério da Fazenda e a Justiça Eleitoral, além de decisão do Supremo Tribunal Federal", disse o relator.

O relatório preliminar do processo deve ser lido em reunião do Conselho de Ética na próxima quarta-feira (2).

O Conselho de Ética instaurou, nesta quarta-feira (11), um processo por suposta quebra de decoro parlamentar contra o líder do PSOL, deputado Chico Alencar (RJ). A representação é de autoria do presidente do Solidariedade, deputado Paulo Pereira (SP). Segundo a denúncia, Alencar teria cometido irregularidade através de doações de funcionários do gabinete durante a campanha eleitoral e no uso de notas frias, de empresa falida, para comprovar gastos que teriam sido pagos com verba indenizatória de sua cota parlamentar.

Antes mesmo dos procedimentos de escolha do relator do caso, Alencar antecipou sua defesa por escrito. O deputado disse ter detectado, na representação do SD, “25 mentiras, falsidades, afirmações enganosas e impropriedades”. Ele afirmou ter orgulho da colaboração de sete servidores de seu gabinete, que fizeram doações voluntárias, dentro dos limites permitidos pela Justiça Eleitoral. Quanto às supostas notas frias, Chico Alencar encaminhou detalhes do arquivamento de investigação do Ministério Público sobre o caso.

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O líder do PSOL lembrou que Paulo Pereira é aliado do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que responde a processo de cassação movido pelo PSOL e pela Rede Sustentabilidade por denúncias de supostas contas secretas na Suíça e delações no âmbito da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. “É uma medida intimidatória e com ânimo vingativo”, disse Alencar.

O deputado rebateu os argumentos de Alencar. Segundo ele, o líder do PSOL “gosta de questionar a ética” dos demais parlamentares no Plenário da Câmara, mas também precisa explicar acusações que, na opinião de Pereira, são graves. “Será uma oportunidade para Chico Alencar se explicar e esclarecer os fatos”, argumentou.

Pereira lembrou ter respondido a um processo no Conselho de Ética, há oito anos, movido por Alencar. “Entendo a indignação dele”, acrescentou. Paulo Pereira também negou haver intimidação ou retaliação. “A minha posição em relação a Cunha já é conhecida”, completou.

Sorteio do relator - O relator do caso será escolhido pelo presidente do Conselho de Ética, deputado José Carlos Araújo (PSD-BA), a partir de uma lista tríplice sorteada há pouco entre os membros do colegiado. Nela, estão os deputados Sérgio Brito (PSD-BA), Zé Geraldo (PT-PA) e Sandro Alex (PPS-PR). Araújo deve definir o nome do relator na quinta-feira, após conversar com os três sorteados.

*Com informações da Agência Câmara

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), voltou a ser questionado se tem ou não contas na Suíça, como informam autoridades daquele país. Nesta quinta-feira (1º), o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) perguntou, da tribuna, ao peemedebista, mas foi ignorado.

Utilizando seu tempo de líder partidário para orientar a votação de sua bancada em projeto que proíbe prisão disciplinar de policiais e bombeiros militares, Alencar indagou o presidente da Câmara.

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"O presidente Eduardo Cunha tem ou não contas secretas na Suíça?", questionou. "Esta é uma pergunta de interesse publico, não é invasão de privacidade", disse Chico Alencar. "É cristalino, é simples. Não tenho e se veio algo em meu nome, abro mão disso. Como o deputado Paulo Maluf sempre faz", afirmou o parlamentar, referindo-se ao deputado Paulo Maluf (PP-SP), que nega reiteradamente ter contas no exterior.

"Isso é algo que tem a ver com a construção do resgate da credibilidade da política", insistiu. "Um silêncio cúmplice ou um 'tô nem aí' é incompatível com a responsabilidade dos nossos mandatos públicos. É simples assim. E a pergunta está reiterada: o presidente Eduardo Cunha tem ou não tem contas na Suíça? Será que este assunto vai ficar abafado aqui na Câmara dos Deputados? Essa é uma pergunta que interessa à cidadania".

Cunha, no entanto, ignorou as indagações e deu seguimento à votação.

Candidato do PSol à Presidência da Câmara, o deputado Chico Alencar (Psol-RJ) defende que o Congresso Nacional dialogue com as demandas populares. Para ele, essa é uma das formas de resgatar a imagem do Parlamento perante os brasileiros. O parlamentar também prega a independência do Legislativo em relação ao Executivo.

O candidato quer colocar em pauta a reforma política de iniciativa popular, para discutir especialmente o fim do financiamento de empresas às campanhas partidárias. Outra prioridade, para ele, é a reforma tributária que comece pela taxação das grandes fortunas. Desde que foi lançado pela legenda para a disputa do comando da Câmara, o deputado também tem dito que será contra a construção de mais um anexo da Casa e do aumento salarial dos parlamentares acima da inflação.

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Professor e escritor, Alencar tomará posse neste domingo (1º) para seu quarto mandato na Câmara dos Deputados.

Confira abaixo a transcrição da entrevista concedida por Chico Alencar à TV Câmara.

Deputado, se o senhor for eleito para a Presidência da Câmara, qual será a sua prioridade?
A primeiríssima é colocar a Câmara aberta às demandas da população. Muito mais do que um anexo novo para os deputados, precisamos criar pontes com a sociedade, que nos olha meio de banda, que vê na política institucional, nos acertos partidários, algo que não lhe diz respeito. É interessante ver que 53 milhões de brasileiros, entre os 142 milhões que compõem o eleitorado brasileiro, não votaram em nenhum de nós, não votaram em ninguém. O Brasil tem uma maioria de mulheres, mas só 10% das deputadas são mulheres. O Brasil tem uma maioria de jovens, mas só há 27 deputados com menos de 30 anos de idade. O Brasil tem 80% de não brancos, mas apenas 22 deputados da nova legislatura são negros. Tem mais empresários do que trabalhadores. Então, a gente não esgota a representação da sociedade. A nossa tarefa é abrir a Câmara para as demandas da população. Isso significa a votação de direitos dos trabalhadores, dos aposentados, da jornada de trabalho, enfrentar todas essas questões de precarização de direitos, que a gente não tem conseguido enfrentar aqui. E também, obviamente, uma mudança no sistema político-eleitoral, que hoje claramente está dominado pelas grandes corporações econômicas, que financiam as candidaturas vitoriosas, com poucas exceções.

 

Dentro dessas mudanças, que reformas o senhor elencaria não só como importantes, mas como factíveis, para um possível mandato como presidente da Câmara nos próximos dois anos?
Vamos discutir, por exemplo, a iniciativa popular de lei de reforma política, conhecida como Eleições Limpas (Projeto de Lei 6316/13), liderada pela OAB e pela CNBB. Vamos ouvir a plataforma dos movimentos sociais pela reforma política, trabalhar aqui os projetos que já surgiram, centralmente aqueles que acabam com o financiamento empresarial de campanhas, que está sendo julgado pelo Supremo Tribunal Federal. O STF só não decidiu pela inconstitucionalidade desse tipo de “dinheirão” nas eleições – que gera, aliás, corrupções, “mensalões” e “petrolões” – porque o ministro Gilmar Mendes pediu vistas. Mas seis ministros do Supremo já se manifestaram contra esse financiamento empresarial, que desequilibra a igualdade de condições na disputa. A Câmara tem que enfrentar essa questão e a questão tributária também. A gente precisa fazer justiça tributária no País, taxar não os ganhos do trabalho, os rendimentos dos assalariados, cortar direitos de aposentados e pensionistas, exigir contribuição previdenciária deles, como a lei hoje determina e já há projeto para revogar isso, mas as grandes fortunas, que não são taxadas no País. Enfim, reforma política, reforma tributária e um conjunto de projetos dos deputados que ampliam direitos, que reconhecem a diversidade da sociedade brasileira. Nós precisamos ser uma central de produção de políticas públicas e de seu arcabouço legal. E não ter medo de fiscalizar o Executivo, exercer rigorosamente essa função. E não nos autoprotegermos. Eu considero que parlamentar investigado e indiciado na Operação Lava Jato, mesmo com sua prerrogativa de foro no Supremo, não pode exercer função de mando, de direção, ainda que o processo dele no Conselho de Ética não tenha se concluído.

Em uma democracia presidencialista, naturalmente existem freios e contrapesos entre os três poderes. Como o senhor vê o relacionamento do Congresso com o Palácio do Planalto?
Como um relacionamento de diálogo republicano, altivo, entre poderes distintos. Hoje ambos os poderes acabam seguindo a lógica de quem os garante lá. De novo, a questão do financiamento da nossa democracia. Assim como na Câmara há a bancada do agronegócio, das empreiteiras, dos frigoríficos, das mineradoras, da bola, da bala, da cerveja, esses mesmos grandes interesses econômicos vertebram as linhas políticas dos governos, que acabam sendo todas iguais. A presidente Dilma se elege com um discurso e, na prática, nesse início de governo, faz aquilo que acusava que Aécio [Neves, candidato à Presidência pelo PSDB] faria, precarizando direitos, fazendo um ajuste fiscal duro, que incide, por enquanto, só sobre os de baixo, os mais fracos. Na verdade, há uma grande força econômica dominante na política brasileira. E a gente tem que ser independente dessas forças, não pode haver a hegemonia de determinadas forças econômicas. Para isso, a gente tem que buscar autonomia e a relação altiva. Não vai ser o Executivo que vai pautar a Câmara, e o nosso papel não é governar. Deputado não faz obra nenhuma, embora muitos vendam isso na campanha. O nosso papel principal é fiscalizar, mesmo sendo o nosso próprio governo.

Em todas as democracias, os Congressos são mal avaliados. Como resgatar a imagem do Congresso brasileiro perante a opinião pública?
É preciso “ressignificar” os partidos. A maioria deles são partidos de mero acerto negocial, são quase empresas para benefício dos seus donos, em um esquema cartorial. Acertam tempo de televisão, coligações em eleições com base no toma-lá-dá-cá; os mandatos têm valores monetários, quando você pula de um partido para o outro, você carrega parte do fundo partidário; tudo isso é a decomposição do nosso sistema. A estrutura partidária brasileira está muito apodrecida, apequenada, tem até partido grande que sofre de nanismo moral, como a Lava Jato vai mostrar. Tem que haver um resgate do sentido doutrinário, ideológico, de partido. E recuperar a credibilidade do Parlamento também é colocá-lo aberto à demanda popular. Por isso, estou pedindo que todo mundo telefone para o telefone 0800619619, que é o “Fale com o Deputado”, e diga sua opinião sobre o papel da Câmara, sobre a Presidência, critique os candidatos, se envolva, porque isso diz respeito à sua vida. A decisão também tem que ser da população.

Por que o senhor entende que deve ser o próximo presidente da Câmara?
Porque eu entendo que essa concepção – que não é minha exclusiva, é de amplos setores da sociedade brasileira – de democracia representativa, mas também participativa, direta, de acolhida de segmentos “invisibilizados” do mundo político brasileiro, tem que ser a função precípua do Parlamento. Eu creio que eu tenha condições de expressar esse resgate da credibilidade do Parlamento, como um servidor público com plenas condições para exercer o mandato. Não precisamos criar mais nada para os deputados, precisamos valorizar os servidores públicos da Casa, que são excelentes. Em comunhão com as lideranças partidárias, quero colocar de novo a política no dia a dia da população, e não a politicagem. Fazer aquilo que Joaquim Nabuco, senador do Império, dizia: “Só me interessa a Política com P maiúsculo, a Política que é história”. Quem sabe, com a sua participação, a gente consiga fazer isso.

Com informações da Agência Câmara.

Com uma bancada de apenas cinco parlamentares, o PSOL decidiu na noite dessa quinta-feira (22) lançar a candidatura de Chico Alencar (RJ) para a presidência da Câmara dos Deputados. O objetivo é marcar posição contra as candidaturas do peemedebista Eduardo Cunha (RJ), do petista Arlindo Chinaglia (SP) e de Júlio Delgado (PSB-MG).

O partido discutia internamente a possibilidade de apoiar Delgado, visto como uma candidatura de independência em relação ao Palácio do Planalto, já que Cunha e Chinaglia são postulantes da base governista. Alencar já disputou o comando da Casa em 2011 e 2013.

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"Esta decisão da bancada buscará expressar não os interesses da corporação, mas do corpo social na sua diversidade, nas suas carências, na afirmação de seu protagonismo", diz a nota divulgada pelo deputado em sua página do Facebook.

A bancada do PSOL no Congresso Nacional promove, nesta terça-feira (29), a campanha #VetaDilma no twitter. A iniciativa tem o intuito de pressionar a presidente Dilma Rousseff (PT) para que ela possa vetar as mudanças no texto da Medida Provisória 627, já aprovada no Congresso Nacional, que perdoa a dívida de R$2 bilhões em multas aos planos de saúde.

A mobilização está sendo organizada pelo senador e presidenciável, Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), e os deputados federais Ivan Valente (PSOL-SP), Chico Alencar (PSOL-RJ) e Jean Wyllys (PSOL-RJ).  A intenção deles é ter, ao menos das 15h às 16h30, a hashtag #VetaDilma nos assuntos mais comentados no microblog.  

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Depois dos movimentos que tomaram as ruas, em junho passado, agora é a vez dos jovens se reunirem para ocuparem os shoppings. O grito de "vem pra rua", deu lugar ao "vem pro shopping". Os chamados rolezinhos, encontros de adolescentes, nos centros de lazer, são agendados pelas redes sociais, a exemplo das manifestações do ano passado. O deputado Chico Alencar (Psol-RJ) propõe a realização de uma audiência pública conjunta das comissões de Educação; Cultura e Segurança Pública para discutir o assunto.

Os organizadores definem esses atos como um "grito por lazer" e afirmam que não há qualquer intenção ilegal. Ainda assim, viraram alvo de investigações policiais e dividiram a opinião da sociedade. Agora, parlamentares querem debater os rolezinhos na Câmara.

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Alencar avalia que, ao contrário das manifestações de junho, os rolezinhos não têm conteúdo político ou de protesto, mas pretendem incomodar. "O que se trata é de criar espaços de lazer, cultura, encontro, oportunidades, para uma população tradicionalmente muito marginalizada e que encontrou nessa novidade, organizada pelas redes sociais, uma maneira de dizer ‘eu estou aqui."

O deputado João Campos (PSDB-GO) concorda que o poder público deve refletir sobre o assunto e, principalmente, garantir locais adequados para lazer e cultura dos jovens. Ele defende, no entanto, o direito dos shoppings de se protegerem de atos que podem afastar clientes ou danificar o patrimônio de lojistas.

"Se começar a ocorrer crimes, danos ao patrimônio público, danos ao patrimônio privado, furtos etc. Aí, inverte-se o papel da polícia. A polícia passa a ter o dever de intervir, o Ministério Público de denunciar, a Justiça de condenar, daí por diante, porque nenhum direito é absoluto."

Novidade

Desde o fim de 2013, jovens têm organizado os rolezinhos pelas redes sociais, principalmente, em shoppings da Grande São Paulo. A primeira iniciativa a ganhar repercussão aconteceu no Shopping Metrô Itaquera, Zona Leste de São Paulo, em 8 dezembro. Algumas lojas fecharam com medo de saques e o centro comercial encerrou o expediente mais cedo.

Agora, há encontros marcados no Rio, em Brasília, no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e em Pernambuco. Ao menos três shoppings da capital paulista conseguiram liminares que proíbem os rolezinhos.

Com informações da Agência Câmara

Em seu discurso como candidato à presidência da Câmara, o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) criticou a hegemonia do PMDB no Legislativo. Ele afirmou que o comando das duas Casas, Senado e Câmara, nas mãos do PMDB dificulta o exercício da função fiscalizadora do Congresso. "É um perigo para a democracia brasileira", disse. Segundo ele, fará com que o "oficialismo predomine" e o Legislativo renuncie à fiscalização.

Alencar deu uma estocada no candidato oficial e favorito na disputa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), ao defender o projeto em tramitação na Casa que proíbe o parlamentar destinar recursos de emendas ao Orçamento da União para empresas de assessores. Uma das denúncias que pesam contra Alves é por suposto favorecimento a empresa de engenharia de seu assessor, que deixou o cargo após a publicação de reportagem sobre o assunto.

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Ele defendeu mudanças nos critérios para apresentação de emendas. "As emendas parlamentares são usadas para o clientelismo, fisiologismo ou na perspectiva do mandato futuro", disse. Alencar reconheceu que não tinha chance de vitória, mas que a contabilidade dos votos não era o mais importante. "O que mais importa é o que queremos para o parlamento. E o parlamento está mal", disse, defendendo a discussão dos interesses da sociedade. "Parece óbvio, mas o óbvio muitas vezes é esquecido", afirmou. Para ele, há na sociedade um desalento e um desencanto com a atividade política.

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