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Líder da resposta da OMS à pandemia, a epidemiologista Maria Van Kerkhove afirmou que existe uma tendência de aumento nos casos de coronavírus na América do Sul, o que é "preocupante". A declaração foi dada após o comando da entidade ser questionado sobre o quadro na região, por uma jornalista argentina que falou por telefone durante a entrevista coletiva em Genebra (Suíça).

Kerkhove não tratou sobre casos específicos, mas ressaltou que a trajetória da pandemia em cada país "depende de como cada um deles reage" ao problema. Ela afirmou também que ainda há uma janela de oportunidade para que vários países atuem para conter o ritmo das novas transmissões.

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Também presente na coletiva em Genebra, o diretor executivo do Programa de Emergências à Saúde da OMS, Michael Ryan, discutiu como poderão ser retomados eventos que reúnem muitas pessoas, como os esportivos. Ryan disse que será impossível determinar exatamente quantas pessoas reunidas seria seguro. Ele notou que aproximar as pessoas eleva os riscos, "mas obviamente elas querem voltar à vida normal".

Diante disso, Ryan recomendou um trabalho conjunto entre as autoridades e as pessoas, para reduzir os riscos "ao mínimo que seja gerenciável", além de insistir na necessidade de que se organizem bem esses eventos quando eles forem acontecer, a fim de se diminuir os riscos.

Estratégias

Maria Van Kerkhove afirmou que a OMS apoia que os países mudem suas estratégias com relação ao coronavírus, conforme evolui o cenário para a doença em cada um deles. Michael Ryan enfatizou a necessidade de haver comunicação e diálogo entre as sociedades, a fim de que as decisões relativas ao problema sejam tomadas e seguidas.

Ryan ainda lembrou que a OMS não tem o poder de impor suas recomendações, nem de intervir nas decisões soberanas de cada país. Ressaltou, porém, que o órgão continua a ter seu papel de recomendar políticas na área de saúde, a fim de buscar minimizar os problemas existentes.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, exortou os países a seguirem o manual de recomendações da entidade ao avaliar o relaxamento das medidas de distanciamento social impostas pelo coronavírus. "O afrouxamento das restrições deve ser um processo gradual", disse durante entrevista coletiva, em Genebra, na Suíça.

Tedros Ghebreyesus também demonstrou preocupação com a situação da África, onde, segundo ele, houve aumento de 51% no número de casos de covid-19 na última semana e 60% de registros de mortes pela doença. "Com os desafios atuais de obtenção de kits de testes, os números reais provavelmente são maiores", afirmou, acrescentando que mais de 1 milhão de testes serão distribuídos pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) do continente.

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Sobre a divulgação de um novo número de mortes pelas autoridades de Wuhan, na China, a líder da resposta da OMS ao coronavírus, Maria Van Kerkhove, explicou que os dados tiveram que ser revistos porque, entre outros fatores, muitas pessoas morreram em casa na época em que o sistema de saúde local estava sobrecarregado. Segundo ela, outros países terão que fazer revisões semelhantes após a pandemia.

Maria Van Kerkhove também garantiu que a entidade está trabalhando com Taiwan, embora a ilha não seja reconhecida como país pela Organização das Nações Unidas (ONU), responsável pela OMS.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), informou que a taxa de isolamento social em São Paulo nesta terça-feira (14) foi de 50%, mesmo número divulgado para a última segunda-feira (13). Segundo ele, mesmo considerando que a meta do Estado é atingir o nível de 70% da população em quarentena, a atual taxa não é ruim.

"Temos que estimular a população a seguir de forma determinada seu isolamento", reiterou Doria nesta quarta-feira, 15, em entrevista coletiva. Perguntado sobre se o governo paulista pretende adotar medidas mais rígidas para conter a saída da população às ruas, o governador afirmou que São Paulo irá seguir as mesmas recomendações pelo menos até o próximo dia 22, quando termina o prazo estipulado para a quarentena no Estado. "Após esta data faremos uma avaliação e tomaremos as decisões que forem necessárias", concluiu o tucano.

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O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou, nesta segunda-feira (13), que as medidas de restrição social impostas por causa da pandemia de coronavírus terão de ser retiradas "de modo lento, controlado". Durante entrevista coletiva em Genebra, ele falou sobre a doença e seus efeitos, inclusive econômicos.

Neste quadro, o comando da OMS pediu que os países tomem a decisão sobre reforçar ou relaxar a circulação de pessoas tendo como prioridade a saúde humana e que isso seja parte de uma estratégia abrangente de medidas contra a covid-19.

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Tedros Ghebreyesus notou que alguns países e regiões enfrentam "restrições econômicas severas" há semanas ou mesmo meses. "É difícil sobreviver a um 'lockdown' quando se depende do trabalho diário para comer", admitiu, referindo-se a medidas de restrição mais forte de circulação, impostas por algumas das nações ou regiões especialmente afetadas. Ainda assim, o diretor-geral destacou que a curva de novos casos acelera rápido, mas desacelera de modo mais devagar.

O comando da OMS lembrou que há relatos pelo mundo de muitas pessoas em risco de passar fome ou já nessa situação. No caso das crianças, há 1,4 bilhão delas sem escola, o que aumenta o risco de abusos e também de se ficar sem acesso a alimentos. "Em muitos países, a ordem de ficar em casa pode não ser prática", reconheceu a entidade, notando que há muitos pobres e imigrantes e refugiados vivendo em residências lotadas, com poucos recursos.

Nesse contexto, Ghebreyesus apontou que o isolamento social é "apenas parte da equação das medidas" contra a covid-19. A OMS voltou a insistir que essa equação precisa incluir a busca de casos, testes e o isolamento dos doentes, para conter a disseminação da doença.

Secretário de saúde do estado frisou também o convênio com a Prefeitura de Olinda, para gerir leitos na maternidade Brites de Albuquerque. (Reprodução)

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Diante da procura global por insumos, Pernambuco aposta na produção de equipamentos para suprir sua demanda de combate à pandemia do novo coronavírus. Em coletiva de imprensa realizada na tarde desta terça (7), o governo estadual informou que acaba de receber a primeira remessa de álcool em gel produzido pelo Laboratório Farmacêutico do Estado de Pernambuco (Lafepe), com 200 galões de 5 litros do material. Até o fim do mês de abril, Pernambuco espera produzir um total de 70 toneladas de álcool em gel.

O secretário de saúde do estado, André Longo, frisou ainda que, também nesta terça, assinou contrato para a gestão da maternidade Brites de Albuquerque, localizada em Olinda. “Já na próxima semana, teremos leitos em operação lá, fruto de um convênio entre governo do estado e prefeitura de Olinda”, comunicou.

Longo comentou ainda que, para a próxima semana, há também a expectativa é de que sejam iniciadas as operações no Hospital Alfa, no Recife, que contará com 230 leitos, sendo 100 destes de UTI e 130 de enfermaria, para receber os pacientes acometidos pela covid-19. No momento, a taxa de ocupação dos leitos de UTI no Recife é de 61%.

O governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB), disse que, em nome dos outros governadores, ficou "feliz" ao acompanhar o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro, transmitido nesta terça-feira (31), em rede nacional de rádio e televisão, em que afirmou ver "um presidente mais moderado e com bom senso". Durante o discurso de ontem a noite sobre o enfrentamento à crise causada pelo novo coronavírus, Bolsonaro amenizou as críticas às políticas de isolamento e fez acenos ao Judiciário e ao Legislativo.

Apesar do elogio, Doria se disse "preocupado" ao ver "o mesmo presidente numa postagem agredindo os governadores". "Em qual presidente da República nós devemos confiar?", disse nesta quarta-feira o governador de São Paulo em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes. "É preciso coerência, presidente. Seja equilibrado, moderado. Faça aquilo que o senhor fez ontem à noite em rede nacional, mas não caia na tentação de seguir a orientação daqueles que do seu gabinete do ódio propõem o confronto e o combate", pediu Doria.

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"Prefiro levar em conta a sua manifestação de ontem e desconsiderar a sua manifestação de hoje pela manhã", concluiu Doria. Mais cedo, Bolsonaro compartilhou um vídeo em que um suposto feirante não identificado do Ceasa de Belo Horizonte mostrava o mercado vazio, chamava os governadores de "corja de canalhas" e dizia que Bolsonaro agiu com "responsabilidade" ao tentar determinar a volta às atividades de trabalho. Menos de duas horas depois, o presidente apagou o vídeo de suas contas.

Recursos

Doria também cobrou do governo federal a liberação de crédito à microempreendedores. "Tenho certeza que o governo federal cumprirá seus compromissos de liberação de recursos", disse. Segundo Doria, "os recursos devem ser rapidamente transferidos a quem precisa".

O governador de São Paulo, João Doria, disse nesta terça-feira, 31, que o presidente Jair Bolsonaro deveria se desculpar com a população por incentivar as pessoas a descumprirem o isolamento social e saírem de casa durante a pandemia do coronavírus. Em entrevista coletiva, o tucano citou o exemplo do prefeito de Milão. Giuseppe Sala, que patrocinou a campanha "Milão não para". Depois que o número de mortes na região chegou a 4.474, ele pediu desculpas publicamente.

"Ele reconheceu o seu erro ao apoiar uma iniciativa do setor privado em apoiar a campanha de que Milão não deveria parar. A lição de humildade do prefeito é de reconhecer os erros e eu espero que o presidente Jair Bolsonaro reconheça o seu erro de estimular as pessoas a saírem de casa. Faça, presidente, como fez o prefeito de Milão. Reconheça o seu erro e seja valorizado por isso. Ser humano, ser sincero, falar a verdade, reconhecer as suas falhas é prova de grandeza e não de fraqueza", disse Doria.

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O governador paulista disse que fará, ainda nesta terça-feira, uma conferência com Sala, a quem chamou de "amigo pessoal". O objetivo é usar a experiência italiana no combate à covid-19 para entender quais medidas deram certo e quais deram errado.

Em relação ao decreto cogitado pelo presidente Jair Bolsonaro, para reabrir setores do comércio, Doria disse que pode judicializar a questão: "Se Bolsonaro vier a implementar ou tomar decisão desse tipo, informo que o governo de São Paulo tomará medidas judiciais para evitar que isso aconteça. Em São Paulo, não vamos permitir que nenhum ato irrresponsável se sobreponha ao posicionamento sereno, equilibrado e responsável do Estado, através de seu governo e das prefeituras".

Ao se dirigir diretamente aos empresários, o tucano afirmou: "A vida vem antes do lucro. E, por favor, fiquem em casa".

O ministro da Saúde, Henrique Mandetta, figurou entre os assuntos mais comentados do Twitter, neste sábado (28), ao dar novas instruções para a população em relação ao isolamento social causado pela CODIV-19. Na rede social foi possível ver usuários comentando frases polêmicas do gerente da pasta, além de apontamentos sobre o afastamento do discurso levantado pelo presidente Jair Bolsonaro - que estimulava a população a voltar às ruas.

Mandetta dividiu opiniões ao recomendar que as pessoas “desliguem um pouco a televisão, eles são tóxicos demais” e também ao questionar as comparações entre Brasil e Itália - um dos países mais afetados com a pandemia do novo coronavírus. Internautas questionaram a mudança no tom das declarações dadas em coletiva online. Após diminuir a gravidade do pronunciamento de Bolsonaro, que dizia que o “Brasil não pode parar”, o chefe da pasta voltou a pedir que a população permaneça em casa. 

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De acordo com dados publicados neste sábado pelo Ministério da Saúde, o Brasil tem 3.904 casos e 111 mortes por covid-19. Ao completar um mês da primeira detecção de covid-19 no país, o país registrava 77 mortes e 2.915. O primeiro caso foi registrado em 26 de fevereiro.

Minutos após convocar jornalistas, a Secretaria Especial de Comunicação da Presidência (Secom) cancelou um pronunciamento que seria feito pelo presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto. O motivo não foi informado.

A expectativa era que Bolsonaro falasse sobre a reunião com os governadores do Sudeste, marcada por conflitos entre ele e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

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O pronunciamento seria seguido de uma conversa entre autoridades e jornalistas sobre a covid-19, com a possibilidade de até quatro perguntas.

De acordo com a Secom, estariam presentes o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, da Defesa, Fernando Azevedo, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, e o secretário especial da Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues.

No evento, também seria realizada uma apresentação por Guimarães, que deve ser adiada.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) e outras entidades internacionais subordinadas à Organização das Nações Unidas, como o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), lançaram nesta quarta-feira (25), um Plano de Resposta Humanitária Global contra os efeitos do coronavírus. Na teleconferência sobre o assunto, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, foi questionado pelo correspondente do UOL, Jamil Chade, sobre declarações recentes do presidente Jair Bolsonaro de que a doença seria similar a um "resfriado".

Ghebreyesus não quis se estender no assunto, mas comentou que em várias nações há muita necessidade agora de atendimentos de urgência, por causa da doença. "Em muitos países, o coronavírus é uma doença muito séria", afirmou.

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Na teleconferência, que contou também com o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, as autoridades detalharam medidas para ajudar no combate ao coronavírus nos países mais pobres e vulneráveis, pedindo apoio, inclusive financeiro, a essas iniciativas. "A história nos julgará sobre como responderemos às comunidades mais pobres em sua hora mais difícil", afirmou Ghebreyesus.

O diretor-geral da OMS voltou a lembrar da seriedade do quadro atual sobre o coronavírus. "Como vocês sabem, a pandemia tem acelerado nas duas últimas semanas e, embora o coronavírus seja uma ameaça para todas as pessoas, o que é mais preocupante é o risco que o vírus representa para pessoas já afetadas pela crise", afirmou. Ghebreyesus também insistiu na importância de haver condições adequadas para profissionais de saúde, dizendo que eles "são heróis, mas também são humanos" e correm riscos.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse que manter a merenda escolar mesmo sem aulas em meio à pandemia de novo coronavírus é importante, já que muitas crianças mais pobres dependem disso para se alimentar ao longo do dia.

"Isso é louvável, se o ministro Abraham (ministro da Educação, Abraham Weitraub) assim proceder", afirmou. Mandetta disse que o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, prepara medidas para reforçar a alimentação das crianças mais pobres, com proteína, leite em pó e barras.

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O ministro disse ainda que o início da transmissão do covid-19 começou no Brasil nas classes mais ricas, que viajam ao exterior, e, portanto, são bem nutridas e vivem em casas bem estruturadas, ao contrário da maioria das doenças, que começam nas classes mais pobres. Por isso, é preciso que o País se prepare para quando a doença atingir essa população.

Sapatos

O ministro da Saúde disse que todo tipo de medida que puder ajudar a não propagar o novo coronavírus deve ser adotada, mas com bom senso.

Questionado sobre se as pessoas devem tirar os sapatos ao chegar em casa, ele disse que sempre adotou a prática, já que ele e a mulher são médicos e frequentavam hospitais, para evitar contaminação dos filhos quando eram crianças e ainda engatinhavam.

O secretário de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira, disse que tirar os sapatos ao entrar em casa é um hábito comum em países europeus e reforçou que essa é uma questão de bom senso.

Mandetta lembrou ainda à população que abra sua casas e deixem o ar circular, para impedir que gotículas de saliva possam contaminar outras pessoas.

O ministro disse que cabe à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidir se é preciso adotar medidas adicionais para checar passageiros que chegam de voos internacionais nos aeroportos brasileiros. "Já temos transmissão sustentada, temos que ver até que ponto isso teria eficácia."

O ministro disse que o governo vai convocar profissionais para trabalhar por meio do programa Mais Médicos. Sobre médicos que se formaram em outros países, como Bolívia e Paraguai, e que ainda não possuem licença para trabalhar no Brasil, o ministro sugeriu que eles cumpram a "missão humanitária de atender nossos irmãos bolivianos e paraguaios, já que estão legitimados para tal". Segundo ele, não trabalhar nesses locais "seria uma falta de cortesia dos médicos formados em países tão carentes, e com uma qualidade tão boa".

Sobre a antecipação da formatura de estudantes de medicina, o ministro esclareceu que é algo meramente burocrático e que servirá apenas para aqueles que estão no sexto ano, que já cumpriram 99,9% do curso.

Cidades pequenas

Mandetta voltou a pedir bom senso às pessoas em relação a medidas de prevenção ao novo coronavírus.

"Tem gente tomando decisão por pânico, por política, decisões devem ser técnicas", criticou. "Em cidades muito pequenas não faz sentido tantas restrições de circulação", completou.

O ministro reforçou que a covid-19 é uma doença de notificação compulsória e lembrou que atrasos na comunicação de casos suspeitos e confirmados pode levar a penalidades.

Jovens

Ao responder perguntas sobre a possibilidade de casos graves de covid-19 entre os mais jovens ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, criticou os informes feitos pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

"Eu tenho que dizer aos jovens que não temos casos de problemas com jovens. Já passou da hora da OMS falar qual o comportamento dessa doença, o que ocorreu na China. O que ocorreu em Pequim? Por que lá teve meia dúzia de casos?", questionou.

Mandetta lembrou que também existem jovens com leucemia, diabetes, asma grave e outras comorbidades. "Mas a OMS colocou isso de maneira genérica. É o sistema imunológico dos jovens que vai proteger o resto da imunidade, como foi desde o início da humanidade", completou.

O ministro voltou a pedir bom senso para as autoridades locais que têm tomado medidas de restrição à circulação de pessoas. "As pessoas precisam saber quais são as regras de comportamento e como podem se movimentar. Estamos aqui para oferecer amparo técnico a prefeitos e vereadores para que não banalizem a hora que pediremos recolhimento da população", completou.

CRM

O ministro da Saúde explicou que a ideia de antecipar a formatura de médicos seria para os alunos mais próximos de obterem o diploma, já em residência médica - chamados sextoanistas.

"Vamos trabalhar com o MEC para que, no momento da graduação já se faça a inscrição no CRM. Os sextoanistas já estão se preparando para a formatura", afirmou. "Não tem nenhum sextoanista que, se estudou e fez a prova, não conhece essa doença. Sabe muito bem conduzir um caso de pneumonia clínica, sabe fazer a identificação dessa morbidade", acrescentou.

Para Mandetta, os médicos mais jovens só têm sintomas leves e por isso podem ser usados na linha de frente. "A Itália entrou com médicos de mais idade, não teve essa oportunidade", completou.

China

Mandetta voltou a contestar as informações sobre o novo coronavírus fornecidas pelo governo chinês no começo do surto de covid-19, ainda em novembro e dezembro de 2019.

"Nos parece que o que nos mostraram é bem diferente do que estamos vendo acontecer no mundo ocidental. Ou é um vírus bem diferente, ou é uma história que será narrada pela ciência ocidental, que achamos que pode ser a que está mais correta", afirmou. "O que aconteceu em novembro e dezembro na China? Se estavam se deslocando", completou.

O governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta sexta-feira, 20, que fechou acordo com associações de supermercados e farmácias para que redes destes estabelecimentos façam a venda de frascos de álcool em gel pelo preço de custo. De acordo com Doria, a medida passará a valer a partir de segunda-feira, 23.

"Estamos reduzindo os custos e garantindo condições de acessibilidade", comentou o tucano. Junto com a medida virá a restrição de venda: são no máximo dois frascos por consumidor.

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"Não há necessidade de corrida a supermercados e farmácias, estamos seguros de que não haverá desabastecimento. Comprem aquilo que é necessário dentro do seu padrão e dentro do seu bom senso", alertou Doria. Segundo o governador, o Estado está reforçando a segurança nas ruas e nas proximidades a supermercados e farmácias.

Bolsonaro

No início da coletiva, o governador fez críticas indiretas ao presidente Jair Bolsonaro e ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que tem protagonizado uma discussão nas redes sociais com a Embaixada da China no Brasil. "Gostaria de deixar aqui um gesto de solidariedade à China e ao povo chinês. O país se mobilizou para proteger seu povo e somos absolutamente solidários. Não é justo que ninguém, quem quer que seja, possa fazer qualquer tipo de acusação contra a China ou contra o povo chinês", disse Doria.

O governador disse que o Estado está "em guerra contra o vírus", em referência ao novo coronavírus, causador da covid-19, e que o enfrentamento à doença deve ser feito com união. "Não há como fazer isso usando de mecanismos ideológicos, sectários, separados", declarou.

Doria afirmou, ainda, que tem desempenhado um papel que caberia ao chefe do Executivo nacional. "Estamos fazendo o que deveria ser feito pelo líder do País, o que o presidente Jair Bolsonaro, lamentavelmente, não faz, e quando faz, faz errado", disse.

 Em coletiva de imprensa realizada na noite desta quinta (19), o Governo de Pernambuco anunciou novas medidas de enfrentamento ao COVID-19. O estado informou que criará um um fundo de doações para reunir recursos para medidas como a garantia de insumos hospitalares, embora tenha reiterado que não faltam materiais para os atendimentos. A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) irá suspender a conta de água para usuários da tarifa de uso social.

De acordo com o secretário Estadual de Saúde, André Longo, Pernambuco chegou a 508 notificações do COVID-19, com três prováveis, 166 descartados, 311 em investigação e 28 casos confirmados. “É muito importante que a gente tenha um cuidado especial com a pessoa idosa, é muito importante que essas pessoas guardem maior isolamento social, evitando sair de casa desnecessariamente. Que os jovens possam proteger essas pessoas idosas”, comentou Longo.

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A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) irá suspender a conta de água para usuários da tarifa de uso social. (Reprodução)

Também presente, o secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia destacou a abertura de uma seleção para contratação de mais de 100 profissionais de saúde, incluindo médicos, fisioterapeutas e enfermeiros, com contrato de um ano. “As inscrições acontecem até o próximo domingo (22) e os detalhes do edital estarão no site da PCR. Os candidatos devem ter até 59 anos de idade, pois eles estão menos expostos. Devem apresentar declaração de que não se encontram no grupo de risco da COVID-19, porque serão os profissionais escalados para enfrentar esse desafio”, explicou Correia.

Correia colocou ainda que serão suspensas as cirurgias eletivas, que tem grande impacto em hospitais como o Maria Lucinda e o Hospital da Mulher. “No esforço de gerar leitos para que tenhamos enfermarias de retaguarda para o plano de contingência municipal”, completou.

Compesa

A secretária de Infraestrutura e Recursos Hídricos, Fernandha Batista, anunciou o investimento de mais de R$ 9,5 milhões para obras de pequeno porte e rápida ação. “Aumento da produção em Tapacurá, mais de 150% de incremento de carros pipa, serão mais de 360 deles em Pernambuco, e mais ações que ao longo do tempo serão anunciadas”, acrescentou.

Navio retido

Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Bruno Schwambach, o governo do estado pretende anunciar, até a próxima sexta (20), a saída do primeiro vôo, com destino à Grã Bretanha, de passageiros do navio retido no Porto do Recife. “Todos os esforços estão sendo feito para devolver esses passageiros em segurança sanitária para seus países. O cruzeiro tem uma equipe médica, a Anvisa tem dado o suporte de acompanhamento de passageiros e a gente espera que possa, nos próximos dias, anunciar a retirada dos passageiros em segurança”, acrescentou André Longo.

Representantes dos países africanos na Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmaram nesta quinta-feira (19) que o continente precisa se preparar melhor para enfrentar a pandemia do coronavírus, reforçando a capacidade de identificar casos de contaminados e com a adoção de medidas de restrição de circulação de pessoas. A África tem 659 casos de coronavírus em 30 países. As declarações da OMS à imprensa nesta quinta-feira (19) tiveram como foco principal a região com 1,2 bilhão de habitantes e 54 nações.

A diretora regional da OMS para a África, Matshidiso Moeti, afirmou que identificar os infectados, isolá-los e descobrir de onde veio a contaminação é fundamental para conter o avanço do coronavírus. Além disso, ela defendeu a restrição de circulação de pessoas, o fechamento de escolas e sugeriu que as pessoas devam evitar aglomerações. "Quanto mais cedo adotarmos essas medidas de precaução antes que o vírus se espalhe, é melhor. É a coisa sábia a se fazer".

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Na quarta-feira, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que a África deveria se "preparar para o pior". "Meu continente deveria acordar", afirmou.

O cenário de países como China, Itália, Irã e Espanha, os mais afetados pela pandemia, começa a se espalhar pelas cidades africanas: centros comerciais fechados, ruas vazias, lojas sem movimento e escolas sem alunos. Uma das precauções manifestadas foi a possibilidade de contágio rápido em grandes capitais como Lagos (Nigéria), Cairo (Egito), Kinshasa (Congo) e Luanda (Angola), todas metrópoles com milhões de habitantes e condições precárias de saneamento e transporte público.

"Precisamos engajar as comunidades para criarmos uma rede de contato e adotar a vigilância. Todos os líderes locais e ONGs precisam estar à mesa para discutir esse assunto", afirmou Owen Kaluwa, representante da OMS para a África do Sul, onde há 116 casos confirmados.

O país adotou medidas como a proibição da entrada de estrangeiros vindos de EUA, Reino Unido, China e Itália. Suspendeu aulas em escolas e universidades por um mês e fechou importantes portos. Bares e restaurantes terão de limitar o número de clientes e reduzir os horários de atendimento.

As autoridades também destacaram a necessidade de reforçar a capacidade de testes em parceria e cooperação com o setor privado. "Precisamos aumentar o acesso aos testes, a detecção e adotar as medidas necessárias", disse Lucile Imboua-Niava, representante da instituição para o Senegal.

No Senegal, as escolas e mesquitas foram fechadas e os voos foram reduzidos drasticamente desde o dia 13 de março. Há 37 casos confirmados no país de 15 milhões de pessoas, onde um canal de televisão tem transmitido aulas para as crianças.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou nesta quarta-feira , 18, que o governo tem conhecimento de que medidas de maior restrição podem ser necessárias para conter a epidemia do novo coronavírus no País. Ressaltou, no entanto, que "não adianta fechar tudo" como "tem sido insinuado por alguns governadores."

"Logística é interesse nacional. Não adianta fechar tudo e segurar o frango que está pronto para chegar. Se não chegar o cloro para colocar na água, que vai ser bebida pelos brasileiros, cai a qualidade. Ações precisam ter ótica mais centralizada", afirmou.

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O ministro disse que a equipe do presidente Jair Bolsonaro está trabalhando em conjunto para elaborar medidas nas áreas de saúde, segurança e da economia. Ainda, que é esperado que haja identificação de um grande número de casos nos próximos dias, mas que é necessário alargar esse pico.

"Se todos forem subir o Monte Everest, muitos não aguentarão, por não termos equipamento e estrutura. Se conseguirmos ter montanhas como de Minas, alargar o pico, muitos terão dificuldades, mas a caminhada será menos pesarosa", disse comparando a situação da doença no País com uma escalada.

Sistema de saúde. O ministro afirmou que o governo reforçará o sistema de saúde para atendimentos dos pacientes contaminados e possíveis suspeitos. Entre as medidas, está a renovação da frota de ambulâncias. Segundo ele, 20% da frota será renovada neste semestre e outros 20% na segunda metade do ano.

O ministro também afirmou que a exportação de equipamentos e produtos necessários, como respiradores. Segundo ele, havia uma preocupação com a aquisição do equipamento. Também há um esforço para abertura de leitos em hospitais conforme solicitado pelos Estados.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, esclareceu nesta quarta-feira, 18, que não haverá necessidade de o governo contingenciar recursos na ordem de R$ 37 bilhões. Ele voltou a explicar que, em função do reconhecimento do estado de calamidade pública, a meta do resultado primário fica suspensa, dispensando o contingenciamento. "Calamidade pública foi melhor resposta técnica para evitar contingenciar, que seria dramático", disse Guedes.

O ministro da Economia voltou a falar que a crise gerada pelo novo coronavírus gera um problema para pessoas mais vulneráveis economicamente. "Estamos precisando dar recursos para a sobrevivência de pessoas autônomas, que também são atingidas com isolamento social. Como disse Mandetta, se diminuir o ritmo de contágio, mas vai ter gente que vai ter problema de conseguir comida do outro lado, se fica todo mundo na rua aumenta o ritmo de contágio. É um equilíbrio difícil", disse Guedes.

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O deputado federal Túlio Gadêlha (PDT) comentou, nesta segunda-feira (9), sobre a polêmica e a repercussão envolvendo a reunião do PDT na última semana, quando ele chorou ao perder a votação de líder da Minoria.  “Eu sempre fiz política com amor, política com paixão e sempre farei. Com sinceridade e com verdade. A emoção é coisa natural da política, né?”, disse.

No início desta tarde, o deputado reuniu a imprensa no Recife para informar das exigências que fez ao partido como condição para que ele mantenha a pré-candidatura a prefeito. Antes de apontar os tópicos, ele conversou sobre o episódio da reunião do PDT. “A gente precisa desconstruir essa imagem do homem que não chora, do homem firme e tentar desconstruir também essa associação da expressão dos sentimentos com a fragilidade. Eu posso ser uma pessoa que expresso meus sentimentos, mas não por isso sou uma pessoa frágil”, ele acrescentou.

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Gadêlha disse que se sentiu decepcionado com a votação de líder da Minoria. Ele havia conversado com a bancada e 21 deputados haviam garantido que votariam nele, mas apenas três cumpriram com a palavra. “Existiu da minha parte uma decepção, uma grande decepção com relação à minha bancada, mas apesar da decepção eu compreendi por que aquilo aconteceu de fato”, comentou nesta segunda-feira.

O deputado informou ter conversado com Ciro Gomes (PDT) sobre a votação. “Conversei com Ciro, mas ele teve que viajar e não pode nos ajudar como ele gostaria na discussão dessa sucessão, mas continuo com grande proximidade e acreditando muito na pessoa de Ciro Gomes.”

O deputado federal Túlio Gadêlha (PDT), em coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (9) no Recife, fez exigências ao partido que, se não cumpridas, resultará na retirada de seu nome como pré-candidato a prefeito do Recife. “Fomos ventilados como candidatos em Recife no início de 2019, mas as condições necessárias para que a gente entre na disputa não foram viabilizadas”, lamentou o deputado.

Túlio Gadelha cobrou quatro ações do partido: regularização da comissão do partido no Recife até 12 de março, nomeando o grupo protocolado pelo deputado em 12 de novembro de 2019; que o partido deixe a gestão do prefeito do Recife Geraldo Julio (PSB) até 13 de março - atualmente, Isabella de Roldão (PDT) é secretária de Habitação do município; fornecimento da senha do sistema de filiação partidária até 19 de março, para que o grupo do deputado tenha autonomia de fazer as filiações; e realização da convenção do PDT do Recife até 28 de março. Caso essas cobranças não sejam atendidas, Túlio garante que deixará o projeto.

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Durante a coletiva, o deputado federal mais de uma vez destacou que não partiu dele a decisão de disputar a prefeitura. “Foi um projeto colocado pelo nosso partido. Nunca partiu da minha cabeça o interesse em disputar uma pré-candidatura na cidade. Essa sempre foi uma declaração dada pelo nosso presidente nacional, pela executiva nacional do partido e eu por ser uma figura partidária, por ter 12 anos de PDT, encampei esse projeto como projeto do nosso grupo político”, disse em uma das oportunidades. Questionado se tinha vontade de ser prefeito, ele desconversou, afirmando que era uma vontade do seu grupo, chamado ‘Recife em frente’.

Caso as medidas não sejam cumpridas, Gadêlha diz voltará as atenções para o mandato em Brasília e buscará eleger vereadores no estado.

Na última semana, Túlio Gadêlha virou notícia por ter chorado durante reunião da bancada do PDT. Na ocasião, o deputado havia perdido a votação para ser o líder da Minoria, disputa vencida por André Figueiredo, do Ceará. Segundo o Estado de São Paulo, contrariado com o resultado, Gadêlha teria anunciado a desistência da candidatura a prefeito do Recife.

O líder da Minoria atua como uma liderança da oposição na Câmara. Um acordo fechado em 2019 prevê que a liderança vai ser do PDT em 2020.  

Nesta segunda-feira, o pedetista se disse decepcionado com o ocorrido. “Existiu da minha parte uma decepção, uma grande decepção com relação à minha bancada, mas apesar da decepção eu compreendi por que aquilo aconteceu de fato. De certa forma, somos um pouco refém dos nossos partidos.”

O vice-presidente Hamilton Mourão esteve em Belém nesta sexta-feira (5) para tratar do Conselho da Amazônia Legal. Em coletiva à imprensa, Mourão falou sobre a participação dos governadores de Estado nas discussões sobre a questão amazônica. 

“O presidente Bolsonaro criou o Conselho exatamente para integrar e coordenar os esforços do governo federal. Os governos estaduais não estão de fora. Estou indo em todos os Estados. Se não houver essa junção dos esforços entre o que o governo federal realiza e o que os Estados têm planejado nós não vamos conseguir cumprir a nossa meta de proteger, preservar e desenvolver a Amazônia", afirmou.

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Responsável pela coordenação do Conselho, Mourão disse que está ouvindo todos os ministérios para poder montar um planejamento que integre esforços. "No dia 25 será a primeira reunião do Conselho, onde será apresentado nosso plano com objetivos e metas a serem alcançadas”, disse.

O general lembrou que a reunião do dia 25 será apenas do Conselho da Amazônia Legal e só depois os governadores serão chamados para saberem do resultado.

“O Conselho que havia foi criado em 1995 e nunca se reuniu, não existiu uma única ata, ficou só no papel. A nossa visão é que ele realmente realize tarefas que vão ao encontro das necessidades de proteger, preservar e desenvolver. Nossa finalidade é integrar as políticas do governo federal", assinalou.

Segundo Mourão, as três plataformas de dados e monitoramento da Amazônia, da Polícia Federal, INPE (Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais) e Censipam (Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia), têm recursos investidos para que as informações sejam compartilhadas com os que necessitam. "O Conselho terá a tarefa de impulsionar e fazer com que as coisas aconteçam”, destacou.

O vice-presidente demarcou também os pontos principais do Conselho da Amazônia Legal: a proteção da Amazônia devido às fronteiras e problemas de contrabando e narcotráfico, a preservação do bioma e o desenvolvimento, o qual considerou o mais difícil. Para ele, o desenvolvimento deve ser sustentável com ordenamento fundiário, biodiversidade e uma mineração estratégica, sem degradação do meio ambiente.

O Conselho da Amazônia Legal foi reformulado e sua administração passada para a vice-presidência da República no dia 11 de fevereiro, por um decreto do presidente Jair Bolsonaro. Antes o órgão fazia parte do Ministério do Meio Ambiente. Será composto pelos ministros da Casa Civil, Justiça, Defesa, Relações Exteriores, Economia, Infraestrutura, Agricultura, Minas e Energia, Ciência, Tecnologias e Comunicação, Meio Ambiente, Desenvolvimento Regional, Secretaria Geral da Presidência e Gabinete de Segurança Institucional. O Conselho foi questionado e gerou reações negativas porque não incluiu governadores e representantes da sociedade civil. 

Reportagem de Filipe Bispo.

Em coletiva de imprensa realizada na tarde desta quarta-feira (4), o ministro da Saúde, Luiz Mandetta, admitiu que o número de casos de coronavírus no Brasil pode estar sendo subestimado. "Me parece que se subestima o número de casos, só se notifica o confirmado. Isso pode ter dez, quinze, vinte que não são confirmados", afirmou.

Durante o pronunciamento, o ministério confirmou o terceiro caso de coronavírus no Brasil. Um quarto caso, de uma menina de 13 anos que esteve em Portugal e Itália e agora se encontra internada no Hospital de Beneficiência Portuguesa, em São Paulo, ainda aguarda contraprova. 

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O Ministério também informou que o número de casos suspeitos em todo o país é de 530. Amanhã, o governo promoverá uma reunião com organizações de saúde como Fiocruz, Hospital das Clínicas, Associação Brasileira de Enfermagem, Federação Brasileira de Hospitais, Sociedade Brasileira de Medicina Tropical e Conselho Federal de Farmácia. "Vamos reunir todos para juntos pensarem e exporem seus pontos de vista. Temos um tempo pela frente, são todos casos importados", comentou Mandetta.

O ministro voltou a criticar a Organização Mundial de Saúde. "Demora-se para que OMS fale que temos uma pandemia, para que possamos trabalhar com critérios pandêmicos", alfinetou.

Foto: José Cruz/Agência Brasil

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