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O último dia do mês de fevereiro foi escolhido para marcar o Dia Mundial das Doenças Raras, desde 2008, pela Organização Europeia de Doenças Raras (Eurordis). A data tem como maior objetivo dar visibilidade às doenças raras, além de chamar a atenção dos governantes, profissionais de saúde e da população sobre a existência dessas doenças. Também é a oportunidade para conscientizar as pessoas sobre a importância de políticas públicas, das dificuldades que os pacientes enfrentam no seu dia a dia e buscar incentivo para pesquisas e tratamentos.

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            Neste ano, durante o Mês Mundial das Doenças Raras, uma campanha realizada pelo Unidos Pela Vida - Instituto Brasileiro de Atenção à Fibrose Cística, em parceria com o Instituto Vidas Raras, tem o tema "Ilumine com Solidariedade", com o objetivo de chamar a população a espalhar solidariedade, atenção e empatia às pessoas que vivem com uma doença rara no mundo, compartilhando informações para o conhecimento de todos. A campanha ganhou força nas redes sociais com as hastags #Iluminecomsolidariedade #DiaMundialdasDoençasRaras #RarediseaseDay2023.

 Doença rara, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é aquela que afeta até 65 indivíduos em um grupo de 100 mil pessoas. O número exato de doenças raras existentes é incerto, mas estima-se que são de 6 a 8 mil tipos em todo o mundo, o que corresponde a cerca de 300 milhões de pessoas, em um universo de 7,88 bilhões de habitantes, uma média de 5% da população mundial. Mais de 70% das Doenças Raras se manifestam na infância e o diagnóstico precoce, logo no nascimento, pode ser realizado por meio da triagem neonatal, conhecida popularmente como o teste do pezinho, ou em exames do pré-natal.

 O diagnóstico das doenças geralmente é complicado, demorado e muitos pacientes relatam passar por inúmeros profissionais de saúde, até conseguir ter um laudo conclusivo. Isso pode ocorrer pelo fato de os sintomas variarem de paciente para paciente, de doença para doença e se confundirem com outras doenças mais comuns, levando esses pacientes a um sofrimento na busca pelo diagnóstico, não só clínico, como psicossocial. 

        Esse é o caso da estudante de Odontologia Lia Leão Góes, de 21 anos, que possui o diagnóstico de uma doença rara, a Miastenia Gravis, e relata a dificuldade que foi chegar a ele. “O meu diagnóstico foi muito difícil, porque foram dois anos buscando vários profissionais, para ter um laudo e entender o que estava acontecendo, meus sintomas, até que encontrei um profissional que conseguiu me diagnosticar”, disse Lia. A estudante relata que chegou a passar por cerca de 10 profissionais em Belém e a realizar até mesmo uma viagem a São Paulo em busca do diagnóstico. 

        A Miastenia Gravis é uma doença autoimune que afeta as conexões entre os nervos e os músculos do corpo, levando o paciente a apresentar sintomas como fraqueza muscular e cansaços extremos. Pode afetar os músculos da face e respiratórios e a visão, causando queda de pálpebras e visão dupla, dificuldades para deglutição, fala, com comprometimento até mesmo dos movimentos de braços e pernas.

A doença se manifesta, na maioria das vezes, em mulheres entre as idades de 20 e 40 anos. No caso dos homens, menos frequentemente, entre 50 e 80 anos. Raramente é manifestada na infância. A Mistenia Gravios não tem cura, apenas tratamentos que melhoram o quadro do paciente para ter uma vida mais confortável.

 O tratamento para a Miastenia Gravis é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), conforme a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras, e também nos planos de saúde. Mas essa não é a realidade para todas as doenças raras: cerca de 95% delas não possuem tratamentos, apenas cuidados paliativos para os sintomas, é o que destaca o neurologista Antônio de Matos. “O paciente com doença rara em geral tem um cunho genético associado, não é comum nós mudarmos o gene do paciente, visando ao tratamento dele. Porém, com os avanços das pesquisas, nós já temos medicamentos hoje que conseguem realizar esse tratamento. Fazendo um acompanhamento multidisciplinar, o paciente com doença rara consegue melhorar o dia a dia, dessa família, fazendo com que ele receba uma inclusão social. O tratamento vai muito além de um remédio, o tratamento é abraçar o paciente na causa e nas demandas dele como indivíduo complexo”, observou o médico.

            Atualmente tramita na Câmara dos Deputados um projeto de lei aprovado no Senado, e enviado para revisão na Câmara, o PL 4691/2019, da senadora Leila Barros (PDT-DF), que inclui uma ementa à Lei nº 6.259, de 10 de outubro de 1975, que “Dispõe sobre a organização das ações de Vigilância Epidemiológica, sobre o Programa Nacional de Imunizações, estabelece normas relativas à notificação compulsória de doenças, e dá outras providências”, para tornar obrigatória a notificação de doenças raras, visando assim ter um número correto de casos no Brasil e oferecer políticas públicas aos pacientes. O projeto está parado desde novembro de 2021. 

Uma vida com ressignificação

Lia Leão relata que no início a falta de informações, o não entendimento dos sintomas e a falta de um diagnóstico chegaram a lhe provocar vergonha de se socializar com amigos e familiares. Para ela, o diagnóstico, além do tratamento adequado, permitiu o entendimento sobre sua condição e melhora no bem-estar psicológico. “Agora que eu tenho mais acesso à informação e sei muito mais sobre a minha doença, me sinto melhor pra falar com as pessoas, minha família, meus amigos, sair, socializar e perdi a vergonha sobre o assunto”, assinalou.

O médico Antônio de Matos explica também que pacientes com doenças raras costumam ter uma vida com dificuldades principalmente relacionadas ao desconhecimento da sociedade, ocasionando a não inclusão do paciente em tarefas do dia a dia. “Falar sobre as doenças raras faz com que esses pacientes sejam mais incluídos na sociedade, recebam adaptações no seu dia a dia para que eles possam ter o mais próximo do habitual de independência, qualidade de vida. O Dia das Doenças Raras vem nos trazendo mais informações sobre isso", destacou. 

           A vida de um paciente com doença rara requer cuidados de uma equipe multiprofissional que busca o bem-estar, qualidade de vida e equidade dos pacientes para um convívio em sociedade. A estudante de Odontologia, que há menos de um mês passou por internação devido a uma crise miastênica, quadro agudo da doença, em um hospital particular, pelo plano de saúde, relata que a maioria dos profissionais que a acompanham são particulares. “Faço pilates para melhorar a minha força muscular, faço acompanhamento também com fonoaudiólogo, uma vez por semana, que me ajuda nos sintomas da disfagia, e também terapia com psicólogo e neurologista. Quando fiquei internada, no hospital eles realizaram um tratamento com a imunoglobulina, que é um tratamento que regula os anticorpos da doença que atacam meu corpo, é um tratamento que tem tanto particular como no SUS, caríssimo, difícil de conseguir e que eu não teria condições de pagar, só é realizado em hospitais”, disse Lia.

A estudante conta que há dois anos passou por mudanças e adaptações em sua rotina diária. “Eu vejo o que consigo fazer, dentro dos meus limites em relação ao esforço físico. Quando tô com uma maior dificuldade de me alimentar, por exemplo, procuro alimentos mais pastosos, líquidos, mais fáceis de mastigar, deglutir, a proteína que seja mais fácil de ter, utilizo também suplementos alimentares”, afirmou.

Ela relata que, além da dificuldade para se alimentar, já apresentou momentos com visão dupla em períodos quando precisou estudar mais, como semanas de prova da universidade, e tem dificuldade na fala, nos membros superiores em atividades como levantar peso. Há dias, informa, em que até mesmo para tomar banho e escovar o cabelo ela sente dificuldade. Como também para realizar tarefas corriqueiras do dia a dia e até para sorrir. 

A dentista Helen Damasceno, 40 anos, enfrenta situação complexa. Portadora de Lúpus e da Síndrome Rara de Anticorpo Fosfolípide, que causa distúrbios na coagulação, trombose e em casos mais extremos acidentes vasculares cerebrais, com diagnóstico há 20 anos, ela disse que saber o que estava tratando foi fundamental para buscar uma qualidade de vida e a diminuição das crises de dores na cabeça, anteriormente só tratadas como crises de enxaqueca. 

Hoje, consciente do seu quadro, Helen conseguiu um carro adaptado às suas necessidades, uma vez que desenvolveu uma diminuição das forças nos membros superiores e inferiores, alterando também a sua forma de dirigir. "Hoje eu preciso dirigir um carro adaptado, eu sou considerada uma pessoa com deficiência (PCD)", disse. 

         A dentista deixa um recado para a sociedade nessa data: "Eu acho importante frisar um alerta para as pessoas estarem sempre atentas aos seus sintomas, procurarem médicos quando apresentarem sintomas de algum problema, porque nunca se sabe se pode chegar a um diagnóstico de doença rara. Algumas são mais complicadas, mas possíveis de serem controladas. Isso que é importante, a gente ter a consciência de realizar o tratamento adequado para ter qualidade de vida. Assim como a importância do diagnóstico precoce. Se você tiver o diagnóstico precoce de qualquer doença é mais fácil de realizar o controle e não sofrer as formas mais graves delas", orienta.

Diagnóstico e tratamento 

         Pacientes com doenças raras podem procurar atendimento, diagnóstico e acompanhamento nas Unidades Básicas de Saúde ( UBSs) ou em hospitais ou serviço de média e alta complexidades, como ambulatórios especializados e serviços de reabilitação. As Universidades federais e estaduais, com seus hospitais universitários, também oferecem serviços voltados para pacientes com erros inatos do metabolismo. Além disso, existem 21 estabelecimentos de saúde habilitados como Serviços Especializados e Centros de Referência no País. 

Para maiores informações sobre a campanha nacional e global acesse https://vidasraras.org.br/sitewp/ , https://diamundialdoencasraras.unidospelavida.org.br/, http://www.rarediseaseday.org/ .

Por Monique Leão (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

De acordo com os dados divulgados, no Pará 92 trabalhadores foram encontrados em condição análoga à de trabalho escravo, o que o coloca no 7º lugar do ranking encabeçado por Minas Gerais, onde 1.070 pessoas foram encontradas nessa condição. Em 2021, o Pará ocupou o 4º lugar no número de trabalhadores resgatados.

Desde sua recriação, em 2020, o Grupo Móvel de Fiscalização Regional tem intensificado sua atuação, contribuindo significativamente para o enfrentamento do trabalho análogo ao de escravo. Ao todo, em 2022, foram organizadas regionalmente 11 forças-tarefas com alvos localizados principalmente no sudeste e sudoeste paraense.

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Entre os municípios com propriedades fiscalizadas estão: Abaetetuba, Água Azul do Norte, Altamira, Anapu, Baião, Belém, Brasil Novo, Cachoeira do Arari, Capitão Poço, Concórdia do Pará, Irituia, Juruti, Itupiranga, Marabá, Medicilândia, Moju, Novo Progresso, Ourilândia do Norte, Paragominas, Rondon do Pará, Salvaterra, Santa Maria das Barreiras, Santana do Araguaia, Santa Bárbara, São Félix do Xingu, São Geraldo do Araguaia, Senador José Porfírio, Tucuruí, Uruará e Vitória do Xingu.

As forças-tarefas são um importante instrumento de garantia de direitos. Em alguns empreendimentos não houve resgate, mas foram encontradas irregularidades relativas ao meio ambiente de trabalho, as quais foram devidamente sanadas. Mais de 320 trabalhadores foram beneficiados com a regularização trabalhista.

Para a procuradora Claudia Colucci Resende, que atua na Coordenadoria de Combate ao Trabalho Escravo (Conaete), “as fiscalizações também possuem um importante caráter pedagógico, no sentido de demonstrar que o Estado está presente, mesmo nas regiões mais inacessíveis do país”. Em 2022, o Ministério Público do Trabalho recebeu 1.973 denúnacias de trabalho análogo à escravidão no país.

Ao todo, o órgão ingressou com 126 ações civis públicas contra empregadores pela prática e firmou 351 Termos de Ajuste de Conduta (TACs). No Pará, foram recebidas 116 denúncias, firmados 20 TACs e apresentadas 5 ações civis públicas ao Judiciário.

Um dos grandes desafios da luta contra o trabalho escravo é o pós-resgate. O que acontece com esses trabalhadores depois que são retirados da situação de trabalho em condição análoga à de escravo e recebem as verbas devidas? A procuradora do Trabalho Silvia Silva, coordenadora regional da Conaete, explica que o MPT tem atuado não só através de fiscalizações nos grupos móveis nacionais como regionais, mas também na execução de projetos de capacitação da rede de atendimento às vítimas do trabalho escravo e do tráfico de pessoas. "A atuação tem se dado por meio da realização de eventos nos municípios que concentram maior número de casos de trabalhadores resgatados na região ou com maior número de trabalhadores neles arregimentados e resgatados em outros estados da federação”, diz a procuradora.

Ela conta que o intuito é capacitar profissionais da Rede de Atendimento sobre os marcos conceituais da escravidão contemporânea, a estruturação de políticas públicas, a formulação de estratégias para a prevenção, o combate e  o atendimento às vítimas e  seus familiares no contexto do trabalho escravo e  do tráfico de pessoas, bem como enfatizar a importância de direcionamento do trabalhador resgatado e de sua família para programas sociais, Previdência Social, atendimento à  saúde, educação e apoio à inclusão no trabalho digno. 

Em conjunto com a Comissão Estadual de Erradicação ao Trabalho Escravo (COETRAE/PA), o Ministério Público do Trabalho participou em Belém, no dia 27, de uma ação de conscientização sobre a escravidão contemporânea. A iniciativa ocorreu no Terminal Rodoviário da capital paraense.

Com informaçõe da assessoria do MPT.

 

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, não discutiu a política monetária ou o quadro econômico atual, em discurso no qual lembrou o Holocausto. Ela comentou que o prédio principal do BCE, em Frankfurt, Alemanha, fica em uma área "ligada às atrocidades do Holocausto" durante a Segunda Guerra e ressaltou a importância de se buscar a unidade europeia, a fim de garantir que "a tirania e a injustiça estatal nunca prevaleçam de novo". Nesta sexta-feira (27), celebra-se o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto.

Lagarde lembrou que o local do prédio principal do BC "é um dos milhares de locais na Alemanha e pela Europa nos quais o regime nazista alemão pôs em ação o assassinato de milhares de membros da comunidade judaica e de outras minorias". O prédio atual da instituição fica num terreno que abrigava um mercado atacadista de Frankfurt, no qual judeus acabaram presos e depois foram deportados.

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Para lembrar as deportações e as mortes subsequentes, o BCE inaugura um memorial, em cooperação com a cidade e seu Museu Judaico de Frankfurt. A inauguração ocorre no 78º aniversário da libertação do campo de Auschwitz e há uma placa para lembrar a história, comentou ela em sua fala.

Lagarde ainda destacou o projeto da União Europeia como uma resposta à Segunda Guerra e ao Holocausto. Segundo ela, o compromisso de nunca permitir que algo do tipo volte a ocorrer dá expressão concreta aos esforços para construir uma Europa ainda mais unida, "que garanta nossa estabilidade política e econômica", com o euro como parte crucial disso.

Composição, arranjos, melodia, ritmo, canto. Capaz de emocionar, transformar e alegrar a vida de quem a ouve, a música pode despertar memórias e inspirar o presente. Como forma de homenagear os artistas que transbordam inúmeras sensações por meio do som, nesta terça-feira (22) é celebrado o Dia do Músico.

Seja na trilha sonora de filme ou na comemoração de um casamento, promovendo sentimentos, debates e cultura, a música está presente nos variados espaços. Para a cantora Luize Liz, 20 anos, que tem o convívio com a cena musical desde a infância cantando na igreja, a música é um dom vindo de Deus. “Desde pequena convivo com a música. Meu pai é compositor e um apaixonado por essa arte que é muito expressiva no meu município de Igarapé-Miri. Nossa casa é muito frequentada por músicos”, conta.

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Luize fala sobre a motivação para estar no universo musical e relata que ingressar no curso de canto da Escola de Música da Universidade Federal do Pará (UFPA) – Emufpa, neste ano, foi um verdadeiro divisor de águas em sua carreira e tem acrescentado muito na vida da artista. “Minhas família e os amigos da música têm sido fundamentais nesse começo, juntamente com a resposta que venho recebendo do público que aprecia o meu trabalho e me faz seguir”, explica.

A jovem cantora relembra o momento mais marcante vivenciado por ela na música, destacando o projeto The Voice Estudantil, que ocorre durante as comemorações do Dia do Músico, em sua cidade natal. Luize assistia às edições e tinha vontade de participar, mas acreditava não estar preparada, até que em 2016 decidiu encarar o desafio e foi a vencedora. “Foi maravilhoso, motivador e fez mudar tudo o que eu, até então, pensava sobre a música na minha vida”, afirma.

Luize acredita que a música é comunicação, emoção e um misto que agrega ao trabalho, prazer, cultura e informação. Luize também comenta sobre suas maiores inspirações no meio artístico. “Artistas da MPB, que é um estilo musical que faz a minha identidade, podendo ser destacados: Marisa Monte, Elis Regina, dentre muitos. A música paraense, com toda sua riqueza”, cita.

Reunindo arte, música e Amazônia, a UFPA e a Fundação Cultural do Pará receberam o festival Jambu Live 2022, como parte do Circuito Jambu Multicultural. Luize Liz foi apresentada como Aposta Jambu 2022. Para ela, a experiência pode ajudar na carreira profissional. "Uma experiência incrível. Oportunidade de me tornar mais conhecida e poder projetar minha carreira profissionalmente. O projeto é maravilhoso, equipe nota mil. Estou muito feliz e realizada em participar e ser escolhida como Aposta Jambu 2022", destaca.

A cantora conta seus planos e trabalhos para este ano, como profissional e estudante. "Sou aluna da Emufpa e nesse final de ano tenho algumas apresentações programadas. No campo profissional, estamos finalizando um trabalho através do Studio Sinimbú Music, que será lançado em breve. Estarei abrindo agenda a partir de dezembro para apresentações", detalha Luize.

Por Even Oliveira, Isabella Cordeiro e Karoline Lima (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

Nesta segunda-feira (31) comemora-se o Dia Nacional da Poesia, data criada durante o governo Dilma Rousseff em homenagem ao nascimento do poeta Carlos Drummond de Andrade (1902-1987). Até o ano de 2015, a data era comemorada no dia 14 de março, em homenagem a Antônio Frederico de Castro Alves, porém não era uma celebração oficial.

No dia três de junho de 2015, a ex-presidente sancionou a Lei 13.131/2014, que criou oficialmente o Dia Nacional da Poesia, proposta via projeto de lei do então  então senador Álvaro Dias.

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Carlos Drummond de Andrade nasceu em Minas Gerais no dia 31 de outubro de 1902. O autor foi um dos maiores poetas brasileiros, sendo reconhecido internacionalmente por seu trabalho. Em Belo Horizonte, estudou e trabalhou como funcionário público, além de iniciar sua carreira como escritor.

Drummond fundou o periódico “A Revista”, órgão oficial do modernismo mineiro, tornando-se um grande destaque no movimento literário. Em 1930, Carlos publicou sua primeira obra, conhecida como “Alguma Poesia”, quando o Modernismo já estava consolidado em terras brasileiras.

Seus poemas abordavam temas do cotidiano da época (família, amigos, conflitos sociais, existência humana etc.) e sua escrita era repleta de toques de ironia e pessimismo.

O autor morreu em  1987, no Rio de Janeiro, 12 dias após de sua única filha, Maria Julieta Drummond de Andrade, declaradamente o maior amor da vida do escritor.

Um carro foi roubado nesta segunda-feira (17), à luz do dia, na Avenida Caxangá, no estacionamento de uma farmácia no bairro do Cordeiro, Zona Oeste do Recife, de acordo com informações do ‘Cantinho da Várzea’. 

Ainda de acordo com o perfil, a dupla de assaltantes que levou o carro foi pego pelo Grupo de Ação Tática da Polícia (Gati) na Praça do Derby, área central da cidade. 

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De acordo com a Polícia Militar através de nota, uma equipe do 12ºBPM fez a busca dos assaltantes assim que receberam a informação da central e logo encontraram os suspeitos que, “ao avistar o policiamento, tentaram fugir, dando início a um acompanhamento”. “Os homens foram detidos no bairro do Derby, o carro recuperado e uma arma de fogo e três celulares apreendidos. Diante dos fatos, os suspeitos foram conduzidos para a delegacia para adoção das medidas cabíveis”.

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O Dia do Professor, comemorado em 15 de outubro, foi oficializado em 1963 por meio do decreto federal nº 52.682, durante o governo de João Goulart. O dia faz alusão ao 15 de outubro de 1827, quando D. Pedro I instituiu a Lei Imperial do Ensino Elementar que criou os cursos primários.

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 Apesar da celebração, os professores brasileiros amargam dúvidas e insegurança, devido às últimas medidas tomadas pelo governo federal, como o contingenciamento de verbas. No primeiro semestre, em maio, o governo anunciou o bloqueio de 14,5% da verba que seria destinada ao Ministério da Educação (MEC). No fim de setembro, o bloqueio foi de R$ 1,1 bilhão, fazendo parte do contingenciamento de mais de R$ 2,6 bilhões no orçamento da União.

 Para Leila Almeida, doutora em Educação pela Universidade Federal do Pará (UFPA), professora no curso de Pedagogia na UNAMA – Universidade da Amazônia e pesquisadora, as atitudes tomadas vão na contramão do progresso econômico e do desenvolvimento da nação. “As universidades são as maiores produtoras de pesquisas e descobertas científicas no Brasil. A ciência se faz pela educação, sem seu total financiamento a própria dinâmica econômica, social, biológica, tecnológica sofre graves consequências”, diz.

 Em meio ao cenário atual, Leila acredita que o Dia do Professor deve ser para repensar as ações governamentais de valorização ao profissional. A professora avalia esse quadro como um sinal de alerta da democracia. Ela destaca que “é na democracia que a experiência da formação cidadã e humanizada é possível, justamente por levar a mudanças na realidade social”.

 Leila busca incentivar seus alunos aprofundando o conhecimento, aproximando o saber acadêmico à vida real e transformando informação em conhecimento.

 Incentivo aos professores

Leila Almeida destaca que o Dia do Professor é data de compreender o lugar do profissional de educação no desenvolvimento humano, ético e político de uma sociedade. “A educação pública brasileira precisa ser pensada com absoluta prioridade”, avalia. “Nossas crianças e jovens precisam não só ter acesso à escola, mas a garantia de sua permanência em uma instituição de qualidade.”

 Mara Aguiar é professora de História do Estado há 22 anos. De acordo com a docente, “o professor é insubstituível para a construção da sociedade”.

“A valorização do professor é um dos primeiros passos para garantir uma educação de qualidade”, diz. “A atuação do docente tem impacto dentro e fora da sala de aula, principalmente no desempenho dos estudantes, na qualidade da escola, no progresso do país. Então, em termos de valorização, o primeiro passo é remuneração adequada.”

Segundo Luiz Carvalho, professor da rede privada de ensino, a data é o reconhecimento de um profissional que a cada dia se aproxima da inexistência. Ele também aponta para remuneração igualitária. “O professor deveria ser o profissional mais bem pago de todos”, afirma. “Porém a verdadeira valorização vai além do financeiro, porque o conhecimento repassado é imaterial. Acredito que o professor deva ser amado.”

“Nós, professores, não podemos, jamais, esquecer que, na natureza, todos os recursos que estão disponíveis agora são finitos. A água é finita, os minerais são finitos. Nós, professores, trabalhamos com o único recurso que é inesgotável no mundo, que é a inteligência humana. Pela educação, eu acredito, sim, que a gente pode fazer uma revolução", sentencia Leila Almeida.

"Quando vemos um jovem galgando caminhos do bem, realizado, não há melhor reconhecimento do que esse. Eu aprendi uma frase que diz: quem tem coragem para falar, sempre encontrará alguém com coragem para ouvir. Porém, modificando um pouco, eu diria: quem tem coragem de ensinar, encontrará alguém com coragem para aprender", assinala Luiz Carvalho.

Em seu portal na internet, o Sindicato dos Trabalhadores e das Trabalhadoras em Educação Pública do Pará (Sintepp) divulgou a seguinte nota, pelo dia 15 de outubro.

"Ao longo dos anos a educação não tem sido prioridade no Brasil, e nós sempre fomos mal interpretados/as como o/a profissional que deveria apenas servir a sociedade, renunciando as nossas próprias vontades em função de outras… Ou seja, não se preocupam com nossos baixos salários, com os assédios, mas estamos aqui na luta por valorização profissional e pessoal, e por uma educação crítica e com liberdades fundamentais, em nossa incessante busca pelo pleno desenvolvimento da personalidade humana.

"Hoje, comemoramos sim, mas refletindo sobre nossa importância na vida do ser humano e na sociedade em que vivemos. Sabemos que muitos/as professores/as já tombaram para garantir os direitos que atualmente temos, mas o avanço da perseguição política-ideológica aos/as que lutam por uma educação crítica, reflexiva e emancipadora é gigantesco.

"O Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação Pública do Pará – Sintepp (Regionais e Subsedes) parabeniza todos/as os/as professores e professoras que não desistem de lutar, de acreditar e de construir uma educação libertadora."

Na segunda-feira (17), a UNAMA - Universidade da Amazônia celebra o Dia do Professor no campus Alcindo Cacela, em Belém.

Por Lívia Ximenes e Sergio Manoel (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

 

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Comemorado nesta segunda-feira (5), o Dia da Amazônia tem como finalidade conscientizar a população sobre a importância de um dos patrimônios naturais mais valiosos da humanidade. A data foi instituída por lei em 2007 para celebrar a maior floresta tropical do mundo.

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Reconhecida pela fauna, flora, cultura e diversidade, a floresta amazônica ganha mais um enfoque: o desmatamento. De acordo com o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), no período de agosto de 2021 a julho de 2022 foram derrubados 10.781 km² de floresta; somente em abril deste ano, foi detectada a derrubada de 1.197 km² de floresta na Amazônia – 54% a mais do que o registrado no mesmo mês de 2021 – sendo o pior abril dos últimos 15 anos.

 Constitucionalmente, os poderes executivos – em âmbitos federal, estadual e municipal – são responsáveis pela proteção da floresta, explica o professor e doutor em Ciências Ambientais Paulo Pinho. "É importante afirmar que no atual governo houve uma desmobilização, uma desestruturação, dos sistemas de defesa da nossa floresta. Então, por isso que está tendo um aumento do ataque aos nossos ativos florestais e aos nossos recursos naturais", lembra Paulo.

 O professor fala que o fato de muitas pessoas não terem acesso a educação e saneamento no Brasil resulta na falta de atenção voltada para questões políticas e ambientais. "Essas pessoas não exercem todos os seus direitos. O que nós precisamos é que as pessoas, hoje, da classe média a classe média alta, se sensibilizem, pressionem, se envolvam mais nas questões políticas, para que decisões relativas a educação e saneamento atinjam a maioria da população", enfatiza.

A engenheira florestal Danielle Brito aponta o desmatamento ilegal como a principal causa da devastação amazônica e diz, ainda, que a população contribui para isso. "A partir do momento em que você adquire uma madeira, um móvel sem saber a procedência, sem saber a rastreabilidade, você está contribuindo, você está incentivando”, observa.

Para Danielle, o desmatamento desenfreado pode causar danos como o aumento da emissão de gás carbônico – um dos principais gases associados ao efeito estufa –, problemas respiratórios e crescimento lento de espécies arbóreas de grande porte, por exemplo. A engenheira destaca a importância da floresta. “É importante para a nossa respiração, é importante para o nosso clima, para o nosso ambiente. Está tudo interligado. É tudo um sistema”, pondera.

Danielle e Paulo enfatizam que a proteção da floresta é essencial e que deve ser discutida. “Nos últimos anos têm surgido diversas campanhas na mídia, nas redes sociais e ONGs que trabalham em favor disso. É muito importante a gente botar em pauta a proteção não só da floresta amazônica, mas de todas as florestas", avalia a engenheira.

"Discutir a floresta amazônica, discutir os recursos naturais, é discutir sobre a viabilidade da sociedade humana e de outros seres vivos da terra. É uma condição fundamental e básica", finaliza o professor.

Por Even Oliveira e Isabella Cordeiro (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

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Celebrado no Brasil anualmente no segundo domingo de agosto – neste ano, comemorado no dia 14 –, o Dia dos Pais homenageia aqueles que se dedicam a oferecer o melhor para os filhos. A figura paterna tem papel importante na formação das pessoas.

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Para Aloísio Carvalho Junior, propagandista vendedor da indústria farmacêutica, ser pai é preparar os filhos, por meio de exemplos e atitudes, a viver em um mundo cheio de desafios. “Nós nunca sabemos tudo e sempre estamos prontos para aprender e ensinar, e precisamos ter um equilíbrio em todas as áreas; pessoal, profissional e espiritual”, acrescenta.

O propagandista diz que possui uma boa relação com as duas filhas – Anne Louise Monteiro e Vitória Monteiro – e, por ter sido pai cedo, teve muito o que aprender e isso acabou refletindo no relacionamento com Anne Louise, que é especial. Ele conta que procura conversar, estar presente e procura não influenciar nas decisões delas, mas mostra as consequências de cada escolha.

Aloísio relata que aprendeu sobre as responsabilidades da paternidade antes da hora e fala sobre a beleza da experiência. “Tudo que sou hoje é consequência dessa situação. Foi cedo demais, amadureci precocemente, mas amo minhas filhas e não sei o que seria de mim sem elas”, afirma.

Ser pai também é saber lidar com os desafios do dia a dia. Aloísio acredita que o mundo atual traz informações que podem edificar ou prejudicar a formação do caráter dos filhos. Devido à necessidade do sustento familiar, os pais são forçados a transformar a quantidade do tempo em qualidade – o que demanda sabedoria diária.

Ainda sobre desafios, o propagandista comenta a respeito de uma situação inesperada que viveu com a filha no supermercado e relata que se tratava de algo que, geralmente, a esposa costumava lidar. “Tentei manter a calma e conversar sobre a situação com minha filha, pois ela paralisa nessas horas e eu também [risos]”, relembra.

Para ele, os ensinamentos mais valiosos da paternidade envolvem a empatia e a compreensão ao próximo. “Buscar a outra verdade e entender que, muitas vezes, a idade, o ambiente e outros podem explicar algumas decisões. Ouvir antes de julgar e tentar levar a reflexão e não impor minhas ideias”, acrescenta.

O professor Silvio Tadeu e a esposa Ana Paula Simões Castro estão à espera do primeiro filho, o Arthur – nascimento previsto para setembro. O pai de primeira viagem já consegue dizer o que é a paternidade no ponto de vista dele. “Entendo que ele [Arthur] é a materialização de todo o amor que eu sinto pela mãe dele. Hoje, ele é, junto com minha esposa, a coisa mais importante da minha vida”, define.

Silvio conta que já conversava com a esposa a respeito de terem um filho há algum tempo e que a experiência de descobrir que seria pai foi incrível. “Quando tivemos a certeza, ficamos extremamente felizes e esperançosos. Acho que realmente acreditamos em um futuro com propósito”, relembra.

Desde a descoberta, o professor revela ter aprendido que há a existência de um propósito. “Entender que existe uma pessoa que depende de mim e que aprenderá comigo. Falando em aprender, estamos estudando bastante, desde o parto até o desenvolvimento cognitivo, postura e alimentação”, acrescenta.

Silvio também confessa estar empolgado com a espera de Arthur e diz que quer muito conhecer o filho e mostrar o mundo todo a ele. Ainda sobre as expectativas, o professor explica que a rotina é adaptável e que o importante é participar de todos os momentos, ver e sentir todas as evoluções.

O professor acredita que comemora o Dia dos Pais todos os dias e revela o que pretende fazer nesta data. “O feriado vai ser o dia em que vou visitar o meu pai e ouvir todas as histórias que eu puder”, diz.

Para o coordenador comercial Moreno Lima, pai do Bernardo – um anjinho no céu, como carinhosamente o nomeia – e Benício, 4 meses, a paternidade é um dos momentos mais solenes da vida. “É o teu coração batendo fora do teu corpo. É uma experiência única para quem tem a oportunidade de ser agraciado por um filho ou filha. Nós pedimos muito a Deus para estar vivendo esse momento. Eu só tenho gratidão por esse status, por essa condição de ser pai”, afirma.

Para Moreno e a esposa Raynara Lima, após perdas gestacionais, com a chegada de Benício, este ano, as comemorações trazem mais sentido. “Quando a gente perdeu o nosso filho, se ela já não deixava esse momento passar, agora que não deixa. Isso me remete às lembranças que me emocionam, que me fragilizam, mas ao mesmo tempo eu tenho alegria de compartilhar. Com o Benício vai ser o primeiro ano, mas eu já vivenciava isso com as memórias do meu filho, com a minha esposa”, relembra.

Apesar da vivência corrida, Moreno fala que depois que se torna pai é que, então, há uma determinação e sentido na vida. “Fazer do mundo propício para que seu filho tenha o melhor. E, realmente, tudo o que a gente faz agora é em prol dele. É algo que evidencia, digamos assim, a sua existência no mundo. Agora a gente ganha mais esse entusiasmo, mais alegria, vontade de crescer, de fazer melhor e de explorar muito mais o mundo”, diz.

Moreno enfatiza que, para que os filhos tenham um reflexo de caráter, amor e alegria, o pai deve ser o exemplo. “Como vou cobrar uma atitude se eu não inspiro essa pessoa? Ser pai é justamente isso: é ter atitude; é ser exemplo; é, realmente, olhar para si e pensar ‘eu preciso ser o melhor’”, pondera.

Para quem pretende ser pai, o coordenador comercial deixa o recado: “Não há alegria maior. Eu tenho um exemplo disso – tenho um superpai, que até hoje é muito presente na minha vida. Você se descobre e não imagina tudo o que é capaz de fazer por uma pessoa”. Moreno também avalia as responsabilidades. “Não é somente o mar de rosas. É uma vida que vai ficar sob sua responsabilidade por toda uma eternidade”, conclui.

No vídeo acima, veja outros depoimentos sobre a experiência da paternidade.

Por Even Oliveira, Isabella Cordeiro e Clóvis de Senna (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

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De acordo com a Organização Mundial da Saúde – OMS, saúde é “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades”. Dessa maneira, entende-se que o ambiente de convivência, envolvendo locais e pessoas, afeta diretamente a vitalidade, de forma positiva ou negativa.

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No Brasil, 5 de agosto é determinado como o Dia Nacional da Saúde, comemoração instituída em 1967 pela Lei nº 5.352. A data foi escolhida em homenagem a Oswaldo Cruz – grande médico e sanitarista que lutou pela erradicação de epidemias no Brasil, como febre amarela, peste bubônica e varíola – e tem como objetivo conscientizar a população a respeito do cuidado com o bem-estar.

Após 23 anos, em 1990, a legislação brasileira estabeleceu a criação do Sistema Único de Saúde – SUS. De acordo com Lei nº 8.080, as ações do SUS abrangem desde a participação de políticas de saúde até o controle e fiscalização de serviços e produtos utilizados pela população. Entre essas ações, encontram-se vigilância sanitária e epidemiológica, assistência terapêutica e farmacêutica, orientação alimentar e colaboração na proteção ambiental.

Como abordado pela OMS, o bem-estar mental também é relevante e deve receber atenção. Klaudia Sadala, psicóloga clínica e professora da UNAMA - Universidade da Amazônia, observa que para ter saúde é necessário que as diversas áreas da vida estejam, minimamente, harmônicas. “A saúde mental implica muito mais que a ausência de doenças mentais, mas um estado onde o sujeito se sinta capaz de realizar enfretamentos diante as adversidades vivenciadas, nos mais variados contextos de vida”, explica.

Klaudia destaca que existem elementos essenciais para a manutenção do bem-estar mental, como empregabilidade, renda, educação, saneamento básico, moradia, proteção contra a violência e rede social de apoio, e outros que são agravantes, como vivência familiar conturbada, relações tóxicas, poucas horas de sono de qualidade, ausência de atividades físicas e uso excessivo de telas.

A psicóloga considera que todas as experiências que provocam tensão e comprometem o equilíbrio emocional das pessoas levam à necessidade de suporte; porém, para procurar auxílio profissional, não é necessário esperar que situações de sofrimento ou adoecimento aconteçam. “Buscar entender nossas emoções, pensamentos e comportamentos e buscar estratégias de enfrentamento para os desafios da vida é uma importante ferramenta. Neste sentido não precisamos vivenciar um problema para buscar este processo”, pondera.

O SUS oferece atendimento psicológico gratuito nos Centros de Atendimento Psicossocial – CAPS, promovendo acesso à população geral. Como observa Klaudia, o Brasil possui um alto índice de ansiedade e depressão quando comparado a outros países da América Latina e, após a pandemia do covid-19, os números aumentaram. “O SUS deve potencializar suas políticas públicas em saúde mental, pois, ainda que os números sejam alarmantes, pouco avançamos para alcançar as proporções que a pandemia nos impôs”, ressalta.

Em 2020, o presidente Jair Bolsonaro, por meio do decreto Nº 10.530, de 26 de outubro, autorizou investimentos de instituições privadas em Unidades Básicas de Saúde – UBS, o que gerou um clima preocupante no setor público. O decreto foi revogado, dois dias depois, em decorrência da sua repercussão negativa, pelo Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 453/20.

A prática de parcerias público-privadas já é comum na saúde e em outros setores da ciência no Brasil. Entretanto, devido às UBS serem a porta de entrada para o SUS, o decreto gerou preocupações e desaprovação, visto que isso poderia implicar ações de privatização no sistema.

Everaldo Otoni, médico generalista residente de Medicina de Família e Comunidade, trabalha no SUS há 2 anos, em Santarém/Pará, e acredita que o cenário incerto em que o país se encontrava quando da publicação do decreto e os problemas enfrentados com a pandemia geraram dúvidas se, de fato, a opção seria viável. “Entendo que por um lado seria interessante, visando os benefícios ao usuário, uma vez que a modernização e os investimentos seriam potencializados. Porém, a privatização desordenada poderia prejudicar os prestadores de serviços, talvez com maiores jornadas ou decréscimos nos salários”, elucida.

O médico fala que trabalhar no SUS é prazeroso e, ao mesmo tempo, desafiador, principalmente em relação à remuneração precária, mas que, apesar dos obstáculos, o sistema está em uma constante evolução a passos curtos. “O SUS é um sistema de extrema importância no Brasil, especialmente quando paramos pra pensar que mais da metade da população brasileira jamais teria condições de arcar com despesas de saúde particulares”, declara.

Para que a saúde humana seja plena, é necessário que haja uma relação indissociável com o bem-estar animal e equilíbrio ambiental. Dessa forma, compreende-se o conceito de Saúde Única. Liliane Carneiro, médica veterinária e coordenadora da Comissão de Residência Multiprofissional em Saúde do Instituto Evandro Chagas – IEC, afirma que, ao melhorar a qualidade de vida dos animais, é possível melhorar, também, dos humanos e do meio ambiente, o que nos leva, por exemplo, à redução de doenças.

A médica veterinária ressalta que a interação homem-animal traz muitos benefícios para a saúde mental, o que, consequentemente, colabora para todo o organismo. “É cientificamente comprovado que ter um animal de estimação em casa ajuda consideravelmente na redução de sintomas de ansiedade, estresse e depressão. Segundo dados de estudos, há relatos de 75% de melhora na saúde mental em decorrência da relação com seu animal de estimação”, diz.

Em relação à saúde pública brasileira, Liliane considera que a reflexão e a discussão sobre o tema são muito importantes. Ela cita a proposta do Ministério da Saúde de um sistema sustentável e 100% digital. “Isso vem sendo notado nas diversas plataformas digitais que o governo criou e vem disseminando com acesso rápido a informações, porém a atenção básica ainda está esquecida e é nisso que o país precisa melhorar”, destaca.

Boa alimentação e exercícios físicos

A nutricionista Aline Reis acredita que saúde é o equilíbrio entre o bem-estar social, mental e do corpo físico, para o qual a alimentação é extremamente importante, considerando que as nossas escolhas alimentares influenciam na preservação e no tratamento de algumas doenças, como diabetes, hipertensão arterial e alguns tipos de câncer.

Aline afirma que a alimentação também é importante para o bem-estar mental e social. Para ela, alimentar-se de maneira saudável deve incluir os aspectos biopsicossociais do indivíduo. “Ela não é sinônimo de ‘comer limpo e tudo natural’ o tempo todo e devemos considerar o comer para socializar (comer social) com amigos e família como parte de uma alimentação saudável”, complementa.

A nutricionista explica que algumas vitaminas e minerais estão na base produtiva de neurotransmissores atuantes em nosso cérebro e cita a discussão sobre a alimentação saudável fazer parte do tratamento da depressão, ansiedade e demais doenças psiquiátricas. “Isso sem falar nos transtornos alimentares, que envolvem também aspectos relacionados à imagem corporal, história de vida da pessoa, entre outros”, acrescenta.

Todos precisam de uma alimentação equilibrada – carboidratos, proteínas e gorduras – e rica em vitaminas minerais. Aline ressalta que a melhor forma de consumir esses nutrientes é pela alimentação variada em frutas, legumes e verduras. “É nesse contexto que entram a individualidade, a análise do que é possível fazer e a orientação nutricional especializada para que este hábito seja instaurado e permaneça para o resto da vida”, explica.

Devido à correria da rotina, muitas pessoas escolhem uma alimentação mais “rápida”, com industrializados e processados. Para facilitar o acesso a alimentos saudáveis, a nutricionista destaca o hábito de organizar marmitas.

“Deixar todos os alimentos que serão consumidos nos próximos dias já organizados, cortados, prontos ou semiprontos para consumo é uma estratégia que facilita o consumo de frutas, legumes e verduras, pois ter esses alimentos acessíveis na hora da fome aumenta as chances de consumi-los", observa.

Segundo dados do II Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar (II VIGISAN) no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, mais da metade da população brasileira (125,2 milhões) vive em algum grau de insegurança alimentar no país, sendo que, destes, 33,1 milhões passam fome.

Esses dados refletem não somente a pandemia, mas também a ineficácia de políticas públicas governamentais para a garantia do Direito Humano a Alimentação Adequada e Saudável, afirma Aline Reis. Para a nutricionista, a longo prazo, a primeira forma de lidar com isso é votar em candidatos que levantam a bandeira em defesa desse direito, da Segurança Alimentar e Nutricional e Soberania Alimentar.

“Pensando no curto prazo, pois quem tem fome tem pressa, os alimentos da região e que estão na safra costumam estar mais baratos. Além disso, a compra dos alimentos no final da feira, o famoso horário da xepa, também pode ser mais interessante para aqueles que possuem baixa renda”, aponta.

A nutricionista afirma que aliar a nutrição à prática regular de atividade física é a base para prevenir e tratar algumas doenças e, indo além, a aliança desses dois pilares deve se fazer presente mesmo quando não há alguma doença diagnosticada. “Não podemos esquecer que uma boa noite de sono também deve ser priorizada quando falamos de uma vida saudável, além de algumas práticas que nos últimos anos vêm ganhando espaço, como a meditação e ioga”, destaca.

O professor e coordenador do curso de Educação Física na UNINASSAU – Belém, Márcio Cerveira, acredita que ter saúde ou estar saudável é estar em equilíbrio com as práticas de exercício regulares, manter alimentação saudável, usufruir o que a vida oferece de melhor e, acima de tudo, ter saúde mental para lidar com as adversidades do dia a dia.

O professor explica que cuidar da saúde física deixou de ser apenas sobre o corpo, incluindo também a saúde mental, nutricional e relacional. Segundo ele, os estudos apontam altos índices de pessoas adoecendo mentalmente, até mesmo atletas de alto rendimento. “Nesse sentido, é de suma importância que cuidemos de tudo, mas sem esquecer da saúde mental que fará toda a diferença nesse equilíbrio”, reafirma.

Márcio Cerveira aponta que os exercícios físicos geram diversos efeitos no organismo e liberam hormônios que promovem o bem-estar, como a endorfina, serotonina – também conhecida como o hormônio da felicidade –, adrenalina, somatotrofina ou hormônio do crescimento e o cortisol, que tem a função de proteger a nossa saúde.

O professor afirma que estar bem fisicamente e mentalmente vai refletir na vida sentimental, profissional e na vida social. “Quanto mais sou saudável, mais tenho disposição para buscar meus propósitos de vida; quanto menos sou saudável, mais tempo consumo em tentar melhorar minha saúde deixando de lado as demais áreas”, acrescenta.

Márcio Cerveira salienta que o último censo do Ministério da Saúde mostrou inúmeras cidades brasileiras com insuficiência em práticas de atividades físicas, colaborando para o aumento de doenças ocupacionais, obesidade e transtornos psicológicos. “Uma sociedade sedentária fará com que inúmeros setores da economia sofram com tal comportamento. Por isso, exercitem-se!”, orienta.

Por Isabella Cordeiro e Lívia Ximenes (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

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O Dia dos Namorados é comemorado em 12 de junho no Brasil. A data de cunho exclusivamente comercial, idealizada pelo publicitário João Dória em 1948, foi uma estratégia para o aumento das vendas no mês, que estavam em declínio. Juntando o útil ao agradável, Dória criou uma das datas mais esperadas pelos casais, aliando a comemoração de Santo Antônio, o santo casamenteiro, no dia 13, à ocasião que exala amor.

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Saber sobre a data e aproveitar o lucro que ela traz é fácil, mas quando vivida só quem sente sabe explicar. É o caso de Amilly de Fátima Costa dos Santos, autônoma, de 32 anos, e seu namorado, Nagib Charone Neto, bancário, de 31, que vivem em união estável há 11 anos e nunca sentiram necessidade de casar, como deseja grande parte da sociedade. “A prioridade é viver bem e estar feliz um ao lado do outro”, contou a autônoma. O bancário complementa: “Não foi determinante para consumar nosso relacionamento. Nossa preferência é viajar, usufruir a vida. A gente já se sente casado”.

Para muita gente a ideia de namoro pressupõe que pessoas estão juntas há pouco tempo. Não necessariamente. Há quem esteja casado há décadas e ainda se sente como namorado. José Firmino de Abreu, secretário da saúde, de 70 anos, e Dalvani Oliveira de Abreu, aposentada, de 71, são exemplos.

Casados há 48 anos, José Firmino e Dalvani revelam que o segredo para o amor ser duradouro é um conjunto de causas. “Deus na nossa vida, nossos filhos, nossos netos, carinho, admiração e respeito que temos um pelo outro”, contou o secretário de saúde. A aposentada valida o que o marido diz, ressaltando a importância do respeito, que sempre deve prevalecer entre ambos.

No mês em que se comemora o amor, celebra-se também o orgulho LGBTQIA+. A história dos estudantes Leonardo Damasceno Antunes e Eduardo Andrey Castro dos Santos, ambos de 19 anos, transborda paixão. Juntos, eles contornaram os entraves da homofobia e conseguiram ter uma vida mais digna. “Uma das opções foi ter saído do país, devido ao forte preconceito, e morar em outro com ele”, relatou Antunes.

Apesar disso, Eduardo diz que a relação da família com ele e com o namorado sempre foi baseada no respeito. “Minha mãe, meu padrasto e meu irmão amam ele. Tenho certeza que não teria problemas”, contou o estudante. Esse ano será o primeiro em que o casal passará a data oficialmente como namorado, aproveitando o dia em uma sessão de filme em casa, acompanhado de muita comida e romance.

Existem muitas formas de amor nesse mundo, algumas incompreendidas. Mas quem disse que precisa? A professora Carla Quaresma, de 26 anos, e a namorada Alice Liberté, produtora cultural, de 25, vivem em um relacionamento aberto desde o início do namoro e não dão abertura para opiniões que interfiram na dinâmica do casal. “Não dou espaço para que outras pessoas interfiram” relata Liberté.

Esse modelo consiste em uma relação romântica não monogâmica, em comum acordo. Ou seja: o casal se permite a relação com outras pessoas sem considerar isso uma traição. Confiança é a base de um relacionamento, e isso é o que não falta no delas. “É tranquilo ter com quem contar. É estar livre de posse e ego para desfrutar a construção do companheirismo”, explica a professora.

No Dia dos Namorados, esses e outros casais buscam aproveitar bons momentos ao lado de quem amam, comprando presentes e fazendo declarações de amor.

Por Gabriel Pantoja e Gabrielle Nogueira (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

Nesta terça-feira (07) é celebrado no país o Dia Nacional da Liberdade de Imprensa. No dia 07 de junho de 1977, há 45 anos, cerca de três mil jornalistas assinaram um manifesto exigindo o fim da censura e a instauração imediata de uma imprensa livre no Brasil. O Dia Internacional da Liberdade de Imprensa, por sua vez, é celebrado no dia 03 de maio.

Cerca de um ano e meio após o ato do manifesto, em outubro de 1975, Vladimir Herzog, diretor de jornalismo da TV Cultura na época, foi torturado e assassinado por agentes do Destacamento de Operações de Informação - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI), órgão utilizado para cercear a liberdade de expressão e de imprensa durante a Ditadura Militar (1964-1985).

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Herzog formou-se em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP) em 1959. Após passar por diversos veículos de imprensa, como “O Estado de S. Paulo” e “BBC”, Vladimir assumiu o comando do departamento de telejornalismo da TV Cultura nos anos 1970. O prédio do departamento de jornalismo leva o nome do ex-diretor até os dias de hoje.

Em 1975, durante o governo de Ernesto Geisel, Herzog foi convocado para prestar depoimento sobre sua ligação com o PCB (Partido Comunista Brasileiro). Após comparecer à sede do DOI-CODI, o jornalista ficou preso, assim como diversos outros profissionais da área na época. Dias depois, o comando militar divulgou que Vladimir teria se suicidado dentro de sua cela, além de uma foto de Herzog com um cinto amarrado no pescoço, como se ele tivesse se enforcado.

Esta foto tornou-se um dos principais símbolos na luta pela liberdade de imprensa e contra a censura no país, sendo utilizada para mostrar como o regime militar lidava com as críticas e à oposição. Diversos anos depois, o Governo Federal foi finalmente responsabilizado pela morte de Herzog.

O registro de óbito de Vladimir só viria a ser ratificado em 2012. Segundo a Justiça, a morte do jornalista decorreu de “lesões e maus-tratos sofridos em dependência do II Exército - SP (DOI-CODI)”. O jornalista tornou-se um marco e símbolo no combate à repressão e também na luta por uma imprensa livre.

Por Matheus de Maio 

Nesta quarta-feira (25) é celebrado mundialmente o Dia do Orgulho Nerd, também conhecido como Dia da Toalha. Ao redor do mundo, essa data é usada para realizar atividades temáticas e recreativas envolvendo seus personagens e histórias favoritas, seja em filmes, quadrinhos etc. Mas, você sabe de onde vem esta data?

Existem dois motivos principais para o dia 25 de maio ser escolhido como o Dia do Orgulho Nerd pela comunidade. O primeiro é o livro “O Guia do Mochileiro das Galáxias”, lançado em 1979, primeiro livro da série escrita por Douglas Adams e um marco na cultura nerd. No livro, acompanhamos a história da exploração espacial e extraterrestre do humano Arthur Dent.

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A toalha, no universo do Guia, é descrita como um dos objetos mais úteis em viagens intergaláticas, contando com funções além das óbvias. Pelo aspecto inusitado, a toalha tornou-se um símbolo para os amantes da obra. Logo após o falecimento de Douglas Adams, em 2001, os fãs saíram com toalhas na rua para homenageá-lo, isso aconteceu em 25 de maio. A partir deste dia a data ficou conhecida como Dia da Toalha.

Outro motivo da data está relacionado a Star Wars. Star Wars: Uma Nova Esperança, o primeiro filme da franquia de George Lucas, que estreou nos cinemas em 25 de maio de 1977. Assim, a data tornou-se importante para diversos amantes da cultura nerd.

Por Matheus de Maio

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Enfermeiros e enfermeiras ao redor do mundo, assim como o esforço desses profissionais, foram homenageados na quinta-feira (12), e os estudantes também comemoram a data. Os alunos do curso de Enfermagem da UNAMA - Universidade da Amazônia participaram de uma atividade de simulação realística chamada “Resgate de paciente politraumatizado”.

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A professora Milene Tyll, da disciplina Enfermagem em Emergência e Trauma, explicou que a ação faz parte da grade curricular do curso de Enfermagem. “O nosso egresso enfermeiro Murillo Monteiro, diretor de saúde da Brigada Civil de Emergências Grão-Pará, trouxe sua equipe de bombeiros civis e todos os equipamentos necessários, incluindo a ambulância, para essa simulação realística”, disse.

Milene Tyll abordou a relevância de práticas como essas, que colocam o estudante em situações realísticas, tornando-o parte do processo de resgate. “Fazendo-o entender a importância do conhecimento técnico e científico adquirido na universidade”, complementou.

Sobre a data, a professora afirmou que a melhor maneira de celebrar os enfermeiros é através do respeito, da valorização profissional e salarial, e de melhores condições de trabalho de uma classe que, segundo Milene, cuida do próximo em todas as horas, mesmo com medo do desconhecido. “Os enfermeiros são profissionais valorosos e corajosos”, definiu.

Milene Tyll também deixou um recado para os que ainda estão estudando para tornarem-se profissionais da área. “Estudem, pesquisem, pratiquem, dediquem-se, porque espaço tem para todos, mas só os fortes sobressaem”, afirmou.

Luanna Mayra de Souza, 42 anos, estudante do 9º semestre do curso de Enfermagem, participou da atividade e acredita que, pela vivência prática dos atendimentos com a qual os futuros enfermeiros vão lidar no dia a dia, é essencial que haja aulas nesse formato. Ela também falou como foi a experiência de fazer parte da ação. “Foi fantástico. A oportunidade de participar de uma aula prática é enriquecedora”, contou.

Luanna também é formada em Fonoaudiologia, pela UNAMA, desde 2004. Para ela, o Dia do Enfermeiro representa um recomeço. “Fazer parte de uma profissão tão bonita e cheia de qualidades me enche de orgulho. Somos muitos em um só, pois a Enfermagem vai muito além do cuidado assistencial. Somos líderes”, disse.

A estudante acredita, ainda, que a data de hoje representa a luta de uma classe que sempre esteve em segundo plano dentro das instituições de saúde, e que merece reconhecimento, respeito e remuneração proporcionais à dedicação dos profissionais.

Assim como a professora Milene Tyll, Luanna também deixa um recado para os estudantes de Enfermagem e para os trabalhadores de saúde: “Faça sempre o seu melhor. Esteja sempre à frente do seu tempo. Estude bastante, pois a excelência depende de dedicação. Seja especialista em algo que acredite. E ame o que faz, sem deixar de lado o retorno financeiro, pois este será proporcional ao seu esforço”.

Por Isabella Cordeiro (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

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A gravidez na adolescência transforma a vida e a rotina de mulheres. Entre as experiências e desafios, essa realidade faz com que meninas precisem abrir mão da juventude para assumir as responsabilidades da maternidade. Em homenagem ao Dia das Mães, comemorado no domingo (8), o LeiaJá Pará mostra histórias de mulheres que se tornaram mães ainda jovens. 

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A estudante de Segurança do Trabalho Laís Gomes, de 30 anos, descobriu a gravidez aos 16 anos, quando ainda estava no ensino médio. Ela conta que foi muito julgada por ser nova e não recebeu apoio da família, que passou a aceitar a situação somente perto da filha de Laís nascer. 

"No começo foi muito difícil encarar a gravidez. Eu sabia que ia ter que largar tudo para cuidar de uma criança. A minha mãe não aceitava, quase não tive apoio de ninguém e foi um dos piores momentos e melhores, porque a minha filha ia chegar. Eu sabia que não ia ser nada fácil, tanto para eu aceitar quanto para a minha família", disse. 

Estar na maternidade sem rede de apoio é difícil e quando o pai não está presente, as complexidades aumentam. Laís lembra que as dificuldades foram muitas. "Tive um filho atrás do outro e, no segundo filho, eu perdi o pai deles e tive que lidar só, fazer o papel de pai e mãe", conta. 

A técnica em Saúde Bucal Elaine Rodrigues, 47 anos, engravidou pela primeira vez aos 17 anos, período em que viajou de Joanes, no Marajó, para Belém em busca de um ensino melhor. Para a técnica, a descoberta da gravidez foi inacreditável devido à falta de experiência. "A sensação era de medo, pois era tudo novo e, principalmente, por não ter estrutura alguma. Fiquei paralisada diante da realidade", relembra. 

Apesar do suporte psicológico que recebeu dos pais, Elaine conta que as condições financeiras não eram as melhores. "Tive que arregaçar as mangas e ir à luta. Foi aí que travei uma busca incansável, por causa da responsabilidade. Fui trabalhar de gari em Joanes para dar uma condição de sobrevivência ao meu filho", relata.

Lívia Natividade, estudante de Pedagogia e auxiliar de coordenação pedagógica, de 21 anos, engravidou aos 17 anos e, entre os 5º e 6º meses de gestação, descobriu que havia sido aprovada na faculdade. Desde então, começou sua rotina entre maternidade, estudos e trabalho. “Na época em que eu descobri que estava grávida, foi um susto, um baque. Imagino como para todas as outras mães. Eu fiquei muito nervosa, comecei a pensar muito nas coisas. Desde aí, comecei a me organizar com minha família, a fazer pré-natal”, fala.

No início da gestação, Lívia sofria crises de ansiedade e, após o nascimento da filha, teve depressão pós-parto e recebeu tratamento por três meses. “Tive que conciliar o tratamento com cuidar dela, porque eu também não poderia deixar de me cuidar”, comenta. Atualmente, a estudante equilibra seu dia a dia intenso com o auxílio da mãe e não romantiza a maternidade.

A designer de sobrancelhas Thassiane Ferreira, 35 anos, teve sua primeira gestação aos 19 anos. Ao descobrir, buscou ajuda da família do pai do bebê que, por sua vez, sugeriu que a mesma abortasse, algo que não estava em seus planos. Sua família, em contrapartida, deu suporte. “Apesar da idade, de toda a dificuldade que eu iria viver a partir daquele momento, eu não queria abortar. Minha família abraçou, apoiou”, ressalta.

Após o nascimento da filha, a designer decidiu terminar o Ensino Médio, mesmo confusa com tudo o que estava acontecendo. “Eu ia para a escola com ela, os professores me ajudavam na hora das provas, seguravam ela. Eu era uma aluna inteligente, os professores gostavam muito de mim, então todos eles me deram esse apoio, esse suporte para terminar o Ensino Médio”, conta. Thassiane relembra começou a trabalhar quando filha tinha quatro meses. Desde então, foi se aperfeiçoando para receber um salário melhor. Hoje em dia, é mãe de três e afirma que tudo o que faz é por eles.

A estudante de Serviço Social Júlia Moraes, de 20 anos, engravidou na reta final do vestibular, aos 17 anos. Júlia relembra que, na época, teve problemas pessoais e de saúde. Por isso, decidiu não contar a ninguém e, durante os três primeiros meses, cogitou abortar. “Desde o início, por ter escondido a minha gravidez por quase quatro meses, todo o período em que minha vida se encontrava, minha gestação nunca foi fácil ou tranquila; me arrependo muito de não ter aproveitado mais”, pondera.

Júlia reforça que sua família e a do pai da criança são sua rede de apoio e que, se consegue estudar, trabalhar e cuidar do filho, é por incentivo delas. Apesar das dificuldades, reforça que o filho é sua fonte de vida e razão pela qual permanece buscando evoluir. 

“Ele me salvou de mim mesma e trouxe luz para meus olhos. Maternidade não é um mar de rosas; em todos os momentos da vida de uma mulher haverá percalços, principalmente na geração e criação de uma nova vida, uma nova pessoa. Muitas responsabilidades, muita paciência e resiliência para todo esse processo; mas ainda bem que nós, mulheres, tudo podemos. Nada como um dia após o outro”, afirma.

Luiza Maria Moraes de Freitas, estudante de Técnica em Enfermagem, aos 17 anos descobriu que estava grávida após fazer vários exames para solucionar problemas de saúde. Para a estudante, a notícia foi assustadora pela inexperiência e o medo de revelar a gestação para os pais. Quando contou para a família, Luiza recebeu todo o apoio, principalmente do pai, que tinha um sonho em ser avô. “Meu pesadelo era meu pai e confesso que foi o cara que me acolheu e me abraçou. Pronto, todo mundo da família soube do primeiro neto do meu pai, que sempre sonhou com isso”, relembra.

Durante a gestação, Luiza passou por problemas psicológicos e teve um parto conturbado. Apesar disso, sua relação com o filho se constrói de maneira saudável e regada de carinho.

“Eu sei que meu filho me ama incondicionalmente, esse amor não se mede. Esse é o amor mais puro, o amor mais doce e frágil. Tenho que regar todo dia esse amor, tenho que abraçar, tenho que acolher e tenho que ser forte. Meus problemas eu até esqueço”, conclui.

As inseguranças deram vez ao amor 

De todos os sentimentos que pulsam dentro de uma mãe, desde a ansiedade até o medo, o que caracteriza e eterniza o elo com o filho é o amor. Quando perguntadas sobre qual o significado de ser mãe, elas responderam: 

Laís Gomes – “Não foi nada fácil, como até hoje não está sendo, mas graças a Deus vejo com outros olhos. Sou uma mulher realizada por tê-los. Se eu voltei a estudar, se eu procurei a minha melhora, foi por causa dos dois, para dar o melhor para eles. Hoje, a melhor coisa que eu tenho na vida são meus dois filhos.”

Elaine Rodrigues – “Hoje eu só tenho gratidão a Deus por tudo. Por ter me permitido ser mãe, pois foi através desse grande desafio que me tornei uma mulher determinada. Amadurecer em meio às lutas foi uma das experiências mais difíceis que vivi, mas a maternidade me trouxe a oportunidade de viver experiências maravilhosas também. É um grande privilégio ter uma família para cuidar. Filhos são heranças concedidas pelo Criador.”

Lívia Natividade – “Ser mãe para mim é sinônimo de força, coragem, é saber que eu vou ter alguém pra vida toda do meu lado. É um sentimento inexplicável que só sabe quem é mãe mesmo. O amor que a gente sente pelos filhos é algo surreal, é cuidado, é carinho. Às vezes é um estressezinho também, mas, no final, ver aquele serzinho sorrindo e falando que te ama não tem preço.”

Thassiane Ferreira - “Para mim, ser mãe, é um misto de loucura, de ter que se abster de vontades suas para suprir e fazer vontades de outras pessoas, que são tão importantes que chegam a te anular. Muitas vezes, eu preciso olhar para mim e dizer: ‘Ei, eu sou uma pessoa! Isso aqui eu posso fazer por mim!’. Na maioria das vezes, na maior parte do tempo, eu estou fazendo por eles, para eles. Ser mãe é um amor que eu descobri que eu não sabia que eu poderia oferecer e um olhar diferente em mim, como mulher, como pessoa, em me autoanalisar e em perceber que eu sou a melhor mãe que eu posso ser. Quando eu paro para olhar para eles, o amor que eu sinto é inexplicável. Tudo que eu faço é por eles.”

Júlia Moraes – “Para mim, ser mãe é conhecer uma força inexplicável que te torna capaz de tudo. Seja escalar montanhas ou andar quilômetros só para ver a felicidade no rostinho dos nossos filhos. Ser mãe do Gael me trouxe esperança de que, através dele, eu consigo melhorar o mundo, ou pelo menos o nosso.”

Luiza Freitas – “Ser mãe me fez entender que ficamos para depois, mas não podemos esquecer de nós. Ser mãe me ensinou que o maior amor da minha vida nasceu de mim. Ser mãe não é fácil. Ser mãe é ser colo, alimento, psicóloga, professora, conselheira e uma coisa que eu sempre vou responder para alguém que me perguntar “como é ser mãe?” é: eu amo meu filho, mas não amo a forma que romantizam a maternidade. Cada mãe é diferente, cada filho é diferente. Ser mãe na juventude é bom e, ao mesmo tempo, traumático, temos que mudar nossos planos e rotinas, mas no final um sorriso do filho cura e compensa tudo. Hoje em dia eu amo e aceito a fase que estou vivendo.”

Por Amanda Martins, Even Oliveira, Isabella Cordeiro e Lívia Ximenes (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

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Comemorado no domingo (8), o Dia das Mães está entre as datas especiais mais esperadas do ano. No mês de maio, multiplicam-se as homenagens para aquelas que, mesmo diante das adversidades, buscam oferecer o melhor para os filhos, sendo exemplos de força, resiliência e amor. Nesta reportagem, em tom de celebração, o LeiaJá Pará apresenta relatos de mães que enfrentam e superam desafios diariamente.

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Daniela Teixeira, 46 anos, é autônoma e tem uma filha portadora de paralisia cerebral. Ela conta algumas das histórias que viveu e ainda vive como mãe de Suellem Lobato, de 22 anos. Desde o nascimento da filha, Daniela enfrentou muitos desafios - segundo ela, por ser muito nova na época da gravidez e estar cercada de desinformações.

Suellem, ainda pequena, passou alguns anos na Fundação Pestalozzi, onde começou a participar de sessões de fonoaudiologia e aprendeu a conviver com outras crianças. Pouco tempo depois, era levada pela mãe para realizar musculação, fisioterapia e hidroterapia no ginásio da Universidade Estadual do Pará – UEPA. Daniela diz que, apesar dos momentos difíceis, não desistia e apoiava bastante a filha.

Ao observar que Suellem tinha potencial para estudar, Daniela visitou diversas escolas em busca de alguma que a aceitasse, explicava a situação e dizia que, caso necessário, poderia ficar lá durante as aulas. Quando conseguiu uma vaga para a filha, a diretora da escola já havia sido sua professora na UEPA. “A Suellem ficou até a sétima série porque ela parou devido às dores e viagens também. Ela a aceitou, foi maravilhosa, foi coisa de Deus”, conta.

Aos 30 anos, Daniela sofreu um acidente vascular cerebral e teve o lado direito do corpo todo paralisado. Com isso, a autônoma precisou aprender novamente a realizar algumas tarefas. “Foi muito difícil. A coisa que eu mais pedia para Deus era que não levasse a minha consciência, que era a coisa mais importante para mim, na minha vida, era lembrar de tudo que eu passei com a minha filha”, relembra.

Daniela teve dificuldades em lidar com algumas condições de Suellem, que faz suas atividades com os pés, mas descobrir e compreender o diagnóstico da filha foi fundamental para o processo de aceitação. “Hoje, eu tenho esse pensamento muito mais concreto na minha cabeça, que a gente tem que lutar, mas temos que saber até onde lutar e até onde buscar, e entender verdadeiramente nossos filhos”, enfatiza.

Atualmente, Suellem é blogueira e faz parte do universo de digital influencers. A mãe revela que, depois de todos esses anos, consegue enxergar que o esforço realmente valeu a pena. “Ela consegue escrever, compreender, raciocinar, para ela poder chegar aonde chega”, complementa.

Por cuidar da filha o tempo todo, Daniela não trabalha, mas vende cestas de café da manhã. Além disso, a família consegue se manter graças ao salário de Suellem, conta a autônoma. “Temos gastos com fraldas, com remédios, e o pai dela já é falecido. Não tenho ajuda do pai dela, nem do pai do Diego (irmão de Suellem)”, diz.

Mãe: "profissional" incansável

A publicitária Mônica Lopes, 35 anos, é mãe de três filhos: Asaf Ben, de 13 anos, Liah Ohana, 9, e Oliver Micah, 5. Ela diz que conciliar trabalho e filhos é uma tarefa muito árdua e que é preciso ter equilíbrio emocional para lidar com tudo. “Para mim, maternidade é uma profissão também. É necessário dedicação, constância e é algo que você não tira férias. Acredito que, até depois que os filhos se casam, a maternidade continua. É uma profissão para a vida toda, muito valiosa, muito prazerosa”, descreve.

O filho mais velho de Mônica, Asaf, possui o Transtorno do Espectro Autista – TEA. A publicitária afirma que um filho demanda atenção, sabedoria, ensino e dedicação, mas ter um filho dentro do Espectro Autista exige mais ainda. “O maior desafio é o equilíbrio emocional para você conseguir dar conta de tudo e não se cobrar demais, não deixar a desejar demais. Esse equilíbrio, eu diria que é tudo”, acredita.

Depois que Asaf nasceu, em 2008, Mônica lembra que foi difícil retornar ao trabalho porque via a necessidade estar com ele, mas na época a lei não permitia uma licença maior que quatro meses. Quando deu à luz Ohana, voltar a trabalhar foi ainda mais difícil, conta a publicitária. “Foi muito complicado, porque a gente não encontra muitos trabalhos com flexibilidade”, observa.

Após Oliver nascer, a publicitária adoeceu e ficou sem trabalhar por um pouco mais de dois anos. Ela revela que nunca teve uma pessoa em casa para limpar e cozinhar, e reafirma que conciliar ser mãe, profissional, esposa e dona de casa é complicado. Mônica conta que preferiu, inclusive, não trabalhar por querer estar perto dos filhos.

“Hoje, eu já me considero em casa, porque eu trabalho muito em home office. Eu faço coisas pontuais no trabalho, mas eu diria que 50% ou até mais do meu horário de trabalho é em casa. Eu consigo, ainda, estar aqui de olho neles, fazendo parte do dia a dia deles. Isso, para mim, é importante”, relata.

Mônica afirma que o mercado de trabalho é preconceituoso com as mães e que poucas são as empresas que fazem programas para atender às profissionais durante a maternidade. Ela acredita, ainda, que em comparação com os homens que são pais, o peso da responsabilidade é maior para as mulheres. “Espero que a nossa sociedade, um dia, consiga fazer com que essa balança seja equilibrada e que as mães consigam ter esse valor social, para o mercado, esse valor emocional”, acrescenta.

A publicitária afirma que ser mãe é uma dádiva e que, ao olhar para trás, não faria nada diferente. Mônica enfatiza que leva a sério essa "profissão" da qual não tem pressa para tirar férias.

“Eu sonho em vê-los grandes, constituindo família, em ter netos, em continuar caminhando com eles e eu só consigo ser grata a Deus e dizer: ‘Senhor, muito obrigada por ter me escolhido para ser mãe da Ohana, do Oliver e do Asaf. Eu realmente não sou merecedora de tamanho presente’. Meus filhos são maravilhosos, não sei o que eu faria da minha vida sem eles”, conclui.

Os desafios da dupla jornada

A confeiteira Kathleen Sabrina Silva, 29 anos, tem aprendido a lidar com o trabalho e o cuidado com os filhos, Gustavo e Henrique, e a criar uma disciplina no dia a dia. “O primeiro momento foi bem enlouquecedor, imagina conciliar duas crianças pequenas com o emprego. Quando eu comecei [a trabalhar], o Henrique tinha 5 anos e o Gustavo estava com 3 anos, e foi bem difícil. Agora já está bem melhor porque eles já estão maiores”, relembra.

Para ela, o maior desafio de ser mãe é dividir o tempo de estar com eles e de trabalhar. Além disso, fazer com que os filhos entendam essas circunstâncias. “Eles me veem em casa e querem estar juntos, e eu falando que ainda não é o momento. O maior desafio é conciliar o momento e aprender a dizer ‘não’, para poder cumprir com o meu papel de mãe e empreendedora”, explica.

A confeiteira fala sobre os problemas que surgiram no período em que trabalhou em Marituba, saindo cedo e chegando tarde em casa – época em que Gustavo rejeitava ser amamentado. “Eu precisei continuar trabalhando. Eu trabalhei fora de casa até ele completar os 2 anos de idade, então eu saía de casa e eles estavam dormindo, eu chegava e eles estavam dormindo. Isso foi bem dolorido pra mim”, diz.

Kathleen quase adoeceu e vivenciou momentos de estresse que acabavam afetando a paciência com os filhos. Por trabalhar em departamento financeiro e com vendas, a cobrança era grande. “Eu decidi sair para ficar com eles, cuidar da minha saúde, ter um relacionamento saudável com eles e pra mim foi a melhor coisa que eu fiz”, afirma.

Sobre a relação das mães com o mercado de trabalho, Kathleen argumenta que, por mais que se diga que existem benefícios e regalias, na verdade não existem. Segundo a confeiteira, dentro desse mercado, só se faz o que é obrigatório pela lei e não porque queiram ter mães trabalhando.

“No meu ponto de vista, a mão de obra feminina é inegociável. Mulheres são mais detalhistas. Por mais que queiram substituir pelo público masculino, eles não conseguem, até porque, se conseguissem, eles fariam essa substituição para não terem os 'gastos' de uma mãe trabalhando em suas empresas”, defende.

Para Kathleen, ser mãe é um sonho realizado. Apesar dos desafios, a maternidade é algo que proporciona muitas alegrias à confeiteira. “Ser mãe é algo inexplicável, é o maior tesouro que já tive na vida. Posso ter sucesso na minha carreira e na minha vida, mas o maior reconhecimento que posso ter é o dos meus filhos, é ouvi-los dizer que são felizes em serem meus filhos, ou felizes em me ver bem”, finaliza.

Por Isabella Cordeiro (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

Durante a pandemia do Covid-19, tornou-se muito importante discutir sobre o valor dos infectologistas e profissionais da área da saúde. Graças à atuação dos infectologistas, pudemos entender e atuar contra o virus do Sars-CoV, além de orientar a população sobre as medidas necessárias para desacelerar o avanço e proliferação da doença. Hoje (11) é Dia Do Infectologista.

Trata-se de um profissional que está envolvido em grande parte do ciclo dos profissionais da saúde, desde a vigilância epidemiológica das doenças quanto na população geral (focando nos aspectos de saúde pública). Seja dentro ou fora dos hospitais, esses profissionais atuam e assistem diretamente aos pacientes, além de atuarem na prevenção, diagnóstico e tratamento das doenças.

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Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), só em 2015 estima-se que cerca de um bilhão de pessoas foram alvos ou receberam tratamento para algum tipo de DTN (Doenças Tropicais Negligenciadas). Para combater este tipo de doenças, é necessária uma atuação em conjunto de médicos, profissionais da saúde, biólogos, infectologistas e um corpo científico. Desde 2007 a OMS realiza ações para conter o avanço de DTN’s nos países emergentes, obtendo um alto nível de sucesso nas regiões dos trópicos.

Todas as doenças que possuem um agente infectológico são tratadas e pesquisadas por infectologistas, algumas delas são: gripes, meningite, abscessos cerebrais, sinusite, bronquite, pneumonia, hepatite, DST’s, tuberculose, infecções de pele e dos ossos e outras doenças tropicais. Além de realizar o acompanhamento, o infectologista também trabalha quando há um surto de alguma doença, como foi o caso do Covid-19, H1N1, Febre Amarela etc.

A desinformação sobre a área de atuação de um infectologista faz com que as pessoas geralmente busquem outro profissional da saúde para tratarem seus problemas. Quando são afetados por uma pneumonia, buscam um pneumologista, por cistite, um urologista, e assim segue. Isto acontece pois, quando a infecção atinge um órgão em específico, é comum que busquem o médico especialista naquela região. O infectologista, por ser um médico mais habituado a lidar com enfermidades situadas em múltiplos órgãos do corpo, também possui uma visão mais geral sobre o estado de saúde do paciente.

Neste 11 de abril é importante celebrar e reafirmar a importância desta área tão nobre e vital na qualidade de vida e saúde da população como um todo.

Por Matheus de Maio

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), devido ao caráter epidêmico e pelos índices crescentes de mortalidade, o câncer é o principal problema de saúde pública do mundo. A mais recente estimativa mundial, do ano de 2018, aponta que ocorreram no mundo 18 milhões de casos novos de câncer e 9,6 milhões de óbitos.

Segundo o Inca, no período de 2020 a 2022, o Brasil terá 1.875.000 novos casos de câncer. Ou seja, só em 2022, sem considerar a subnotificação, a incidência da doença no País será de aproximadamente 625 mil novos casos (considerando a subnotificação estimada, seriam 685 mil). Desde que o Instituto Nacional de Câncer iniciou o monitoramento anual dos casos de câncer, no final da década de 1970, os números não pararam de aumentar.

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“No Brasil, temos um motivo muito claro para o crescimento da incidência e da mortalidade, que é o baixo investimento em prevenção. Em 2019, mais de 90% dos países de alta renda relataram que serviços abrangentes de tratamento para câncer estavam disponíveis no sistema público de saúde. No grupo dos países de baixa renda apenas 15% declararam essa condição, segundo levantamento feito pela OPAS – Organização Pan-Americana da Saúde”, observa a médica oncologista Paula Sampaio.

O Dia Mundial do Câncer foi criado pela União Internacional Contra o Câncer (UICC) em apoio aos objetivos da Declaração Mundial do Câncer, lançada em 2008. A cada 4 de fevereiro, um esforço coletivo e mundial é realizado para conscientizar a população e as autoridades sobre a prevenção e o controle da doença, com o objetivo de diminuir o número de mortes causadas pela doença.

No Brasil, o tipo mais comum é o câncer de pele não melanoma, que deve atingir mais de 177 mil casos até o final de 2022. Os outros tipos de maior incidência no Brasil, segundo o INCA, são:

* câncer de mama, com 66.280 casos por ano;

* câncer de próstata, com 65.840 casos por ano;

* câncer de cólon e reto, com 40.990 casos; 

* câncer de pulmão, com 30.200 casos;

* câncer de estômago, com 21.000 casos por ano no Brasil.

“As terapias mais modernas de combate ao câncer, quando não oferecem a cura ou remissão da doença, aumentam a sobrevida a ponto de o câncer virar uma doença crônica, em que o paciente, medicado, leva uma vida normal. Temos experimentado avanços importantes na oncologia nos últimos cinco anos. Tratamentos com melhores resultados e menos efeitos colaterais”, comemora a oncologista Paula Sampaio.

A partir de testes moleculares realizados no tumor, é possível conhecer em detalhe as alterações bioquímicas, o que permite o uso de drogas com atuação voltada para a mutação identificada.

“É uma mudança de paradigma. Antes se recomendava a mesma quimioterapia para um mesmo tipo de câncer. Hoje, a tendência é uma abordagem individualizada. O resultado disso pode ser visto nos casos em que há mutação genética, pois o uso desses medicamentos dobra a duração da resposta, ou seja, o tempo em que o tumor é controlado”, explica a médica.

Com o diagnóstico genético, o médico pode adotar medidas mais adequadas para o paciente, implementando, quando possível, medidas que previnem o câncer ou que favorecem o diagnóstico mais precoce.

Além disso, a área de testes genéticos tem avançado também em outros aspectos. Há grandes avanços na identificação de novos genes de predisposição e na caracterização de novas síndromes de predisposição ao câncer. Esses indicadores são gerados em pesquisas e organizados em bancos de dados. 

Mais informações: Centro de Tratamento Oncológico (CTO).

Assessoria de imprensa: Ronaldo Penna – 98814-1569 – ronaldo.penna@hotmail.com/Dina Santos – 991613302 e 983747880 – dinnasantos@gmail.com

Da Redação do LeiaJá (com informações do CTO).

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No Dia Internacional do Empreendedorismo Feminino (19 de novembro), comemora-se a independência e o empoderamento das mulheres. Apesar dos desafios diários, com esforço e inovação elas têm buscado cada vez mais alcançar o próprio espaço em todos os lugares.

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Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), atualmente as mulheres representam 34% do mundo dos negócios, com cerca de 9,3 milhões de empresárias.

Nayara Anielle, 19 anos, estudante de Publicidade e Propaganda, é maquiadora profissional. Ela conta que sempre gostou do mundo artístico e que trabalha com maquiagem há cinco anos, fazendo também vídeos para a internet. “Esse ano entrei no mercado de cabeça e criei meu estúdio, para trabalhar com o que eu amo e dar cursos para as pessoas que também buscam esse conhecimento”, diz.

Para Nayara, ter o próprio negócio é muito significativo. Ela enfatiza que as mulheres estão conquistando cada vez mais espaço no mercado, com muita luta e trabalho árduo para conseguirem o que desejam. “E eu, hoje, sinto-me realizada só de abrir meu espaço e conquistar mais um sonho que eu almejava”, acrescenta.

Sobre o empoderamento feminino no mundo empreendedor, Nayara aponta que, quando a igualdade de gênero não é uma prioridade, isso se torna transformador, pois motiva as mulheres a darem o melhor de si nas profissões que querem seguir. Segundo ela, o maior desafio tem sido alcançar um público maior que confie em uma nova maquiadora.

As redes sociais têm sido aliadas da maquiadora nesse sentido. Nayara conta que elas ajudam na divulgação do trabalho e a conhecer pessoas. “Comecei fazendo vídeos nas redes sociais, os famosos ‘challenges’ (desafios) e tutoriais. Hoje sou uma profissional na área, dou dicas, faço mais vídeos, interajo, tiro dúvidas, e muitos que conhecem meu trabalho pela internet hoje são meus clientes e alunos”, diz.

Nayara aconselha quem deseja trabalhar por conta própria. “Meu conselho é, primeiramente, confie em Deus, não desista dos seus sonhos, pois pode demorar o tempo que for, mas se você tiver fé, você consegue realizar tudo. Invista na sua área, faça cursos, pense à frente, pense em algo inovador, sempre mostre o seu diferencial”, incentiva.

A empresária Raiza Aquino, 29 anos, vem de uma família de comerciantes. Em 2014, resolveu abrir o próprio negócio. Ela conta que o mundo da beleza a encantou, e hoje está à frente de três lojas, em Belém, que já contam com 30 colaboradoras e onde são oferecidos serviços de depilação, esmalteria e design de sobrancelhas.

Os altos impostos e pouco incentivo destinado às pequenas empresas e profissionais com baixa qualificação são alguns dos desafios do mercado, diz Raiza. Entretanto, ela afirma que sempre foi apaixonada pelo empreendedorismo. “Ter meu próprio negócio me faz ser forte, ousada para superar os desafios, ser resiliente e ser uma ponte para que outras mulheres também possam ter sua independência financeira e mudar sua realidade de vida”, complementa.

A empresária acredita que o empoderamento das mulheres que são empreendedoras é muito importante. “Não vendemos somente serviços de beleza, bem-estar, mas principalmente o amor próprio, cuidado, autoaceitação”, destaca.

Raiza tem planos para o futuro que incluem a expansão das lojas, o investimento em novos produtos e a capacitação e padronização da equipe. A empresária também aconselha e incentiva aquelas que desejam abrir o próprio negócio. “Seja persistente, não desista na primeira, segunda ou terceira dificuldade. Empreender é ser resiliente”, diz.

Instagram – Clube Depil (Raiza Aquino): www.clubedepil.com.br

Instagram – Nayara Anielle Makeup.

Por Isabella Cordeiro.

 

 

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No Brasil, o dia 18 de outubro é a data escolhida para homenagear e celebrar o trabalho dos profissionais que se dedicam diariamente, algumas vezes sem a estrutura e os recursos necessários, em prol da saúde das pessoas: os médicos.

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Yuleisy Cardona Feria é cubana, formada em Medicina há 20 anos, e veio ao Brasil para exercer a profissão através do programa “Mais Médicos”. Atualmente, ela trabalha no município de Colares, nordeste do Estado do Pará. Yuleisy conta que sonhava em ser médica desde criança e que cursou Medicina por seis anos, ainda em Cuba.

Depois de se especializar em Gastroenterologia, a médica trabalhou na Venezuela durante cinco anos e retornou a Cuba, em 2012. Ela também relata que sempre teve vontade de conhecer o Brasil. “Surgiu o programa Mais Médicos. Então, eu fiquei interessada e queria trabalhar pra cá”, relembra.

Yuleisy diz que trabalhou para o programa de 2016 a 2018, quando ele foi encerrado. Ela voltou para Cuba, mas retornou ao Brasil em um mês, porque decidiu que ia ficar aqui. “Já revalidei meu diploma, trabalho legalmente aqui. Foi uma grande conquista na minha vida, porque quando você migra para outro país, poder trabalhar no que você gosta, no que você se formou, é muito importante”, afirma.

Com a pandemia, Yuleisy começou a trabalhar no Hospital de Campanha, instalado no Hangar, em Belém, onde prestou assistência aos pacientes com covid-19, de abril de 2020 até agosto do mesmo ano.

A médica recorda dos dias difíceis. “Vi muitas coisas, pessoas que morriam na minha frente, sem poder fazer nada. Porque é uma doença muito complicada, não é como uma que você vai tratar com antibióticos”, relata.

Depois dessa experiência, Yuleisy retornou a Colares, onde trabalhou com pacientes da covid-19 até o mês passado. A médica também falou sobre as dificuldades de morar em outro país e longe da família. Entretanto, diz que a internet tem sido uma aliada nos momentos de saudade. “É muito duro. Graças a Deus, se evoluiu muito a internet. Não pode falar todo dia, dar um abraço, mas é compensador”, desabafa.

Yuleisy afirma que qualquer pessoa tem que ir atrás do seu sonho. Para ela, o médico, sobretudo, tem que ser uma pessoa muito humana, tem que sentir a dor do outro e colocar-se no lugar dele. “O trabalho médico às vezes é muito estressante. Tem que ter muita capacidade de escutar o outro. Se a pessoa tem o sonho de ser médico e tem essas qualidades, tem que lutar e lutar. Não pode medir esforços para conseguir seu objetivo”, reforça.

A médica acrescenta que os profissionais da área se sentem felizes pelo reconhecimento do trabalho que fazem. “Quando você trabalha em alguma coisa que você gosta é ainda melhor. Eu me sinto feliz e reconhecida pelo agradecimento das pessoas, é o que dá mais forças pra continuar com o trabalho e seguir ajudando as pessoas em suas doenças e nos problemas emocionais”, diz.

A médica nefrologista Verônica Costa conta que sempre gostou de cuidar das pessoas, motivo pelo qual escolheu a Medicina. Segundo ela, a maior recompensa da profissão é ver as pessoas sobrevivendo e tendo qualidade de vida. Ela também diz que vive uma rotina muito intensa porque, além dos atendimentos, precisa manter os estudos em dia para estar atualizada.

Assim como toda profissão, a Medicina tem os próprios desafios. Verônica afirma que o principal deles é fazer com que os gestores públicos e privados entendam que os médicos precisam de boas estruturas e de valorização. Em tempos de pandemia, o cansaço físico se tornou um grande desafio, afetando a saúde dos profissionais, que também perderam pessoas queridas.

Verônica acredita que a pandemia mostrou ao mundo que a saúde vem em primeiro lugar. “Profissional de saúde ruim não é uma opção, pessoas morrem por causa disso. Por outro lado, profissionais de saúde competentes sem uma boa estrutura de saúde também não fazem muito”, ressalta.

A médica afirma que um dia difícil na profissão é aquele em que, mesmo sabendo o que deve ser feito, não tem condições de fazer o melhor pelo paciente. “Muitas vezes, o resultado disso é a morte de alguém. Superar isso só é possível com muita consciência de que não somos onipotentes, mas continuar lutando para que a cada dia tenhamos serviços melhores para nossa população”, diz.

Yasmim Nascimento escolheu a Medicina por vontade de ajudar o próximo, seja na cura de uma doença, ou apenas com uma palavra acolhedora. A médica recém-formada tem uma rotina de trabalho que se resume a plantões feitos em três cidades diferentes. “Alguns de 12 horas e outros de 24 horas. Algumas vezes passo quatro dias de plantão e muitas vezes tenho apenas um dia de folga na semana. Muita correria”, explica.

Yasmim lamenta, que mesmo com tanto esforço e dedicação, os profissionais da saúde, como um todo, sofram com o descaso das autoridades no que diz respeito às remunerações e pagamentos referentes ao período da pandemia. A médica também afirma que um dia difícil é aquele em que não consegue ajudar as pessoas. “É aquele em que você se sente impotente diante de tanto trabalho, de tantas demandas burocráticas, e se torna pior ainda quando as perdas acontecem”, registra.

A médica destaca uma das recompensas da profissão. “A maior recompensa de ser médico é poder ouvir o agradecimento e o sorriso de satisfação e alívio do paciente e seus familiares ao se recuperar, ou ao ser atendido e ouvido com carinho e atenção”, diz.

Lourival Marsola, médico infectologista, diz que a constante necessidade de estudar é um dos muitos desafios da profissão. “Os honorários também, o médico hoje tem mais de um emprego para ter um salário digno. A sobrecarga de trabalho”, aponta.

O infectologista concorda que a recompensa de exercer a profissão é poder cuidar das pessoas. “Nessa pandemia, nós vimos como é importante, o quão importante nós somos para a vida dessas pessoas. Quão alegre é você ver um paciente se recuperar e voltar para a família. Essa é a maior recompensa”, conclui.

Por Isabella Cordeiro (Com produção de Karoline Lima e Dinei Souza).

 

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